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RAISSA ARAÚJO
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controlagem · 8 years ago
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[EU SOU TAMBÉM]
Eu adoraria que chamassem o que faço de poesia. Alguns até chamam. Pelo menos na minha frente. Outros insistem em colocar complementos visando claramente a rebaixar o meu jeito de dialogar com o mundo. Até entendo a necessidade de classificar o trabalho de alguém. O mundo tem essa mania ultrapassada de encaixar a gente (muitas vezes em lugares onde a gente nem cabe!). Às vezes, por razões estratégicas; noutras, por desconhecimento ou ainda pelo simples prazer em diminuir a importância de uma determinada manifestação artística.
Tenho que admitir: até ontem, tudo isso me incomodava demais. Hoje não me importo mais com rótulos. Pela primeira vez, eu tive a oportunidade de falar com mais calma com alguns alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Jacyra Baracho, em São José dos Campos/SP. Esse dia mudou a minha forma de encarar as críticas. Acredito que o que aprendi com essa experiência se estende aos demais alunos de todas as escolas do Brasil. E aos ex-alunos também. Se é que existe ex-aluno quando a essência da vida está em aprender e ensinar de forma contínua.
Definir é limitar, já dizia Oscar Wilde. Eu não sou só, sou também. Eu não faço só poesia, eu faço também. Eu não sou só um publicitário, eu sou também. Eu não sou só um artista de internet, eu sou também. Eu não sou só um autor de redes sociais, eu sou também. Eu não sou só um cara que desenha palavras em guardanapos, eu sou também. Enquanto as pessoas não souberem diferenciar o só do também, elas continuarão a me classificar na posição óbvia e nada desafiadora da mesmice. Bom para elas; eu preferi acreditar no olhar dos meus leitores. Eles, os leitores, têm os olhos molhados pela emoção do encantamento. Elas, as críticas, têm os olhos secos pela necessidade de classificar.
No refeitório do colégio, Poliana deixou escapar que quer ser engenheira química e seu sonho é entrar na UFRJ. Yasmin timidamente assumiu sua vontade de escrever. Fábio mostrou todo seu talento quando o assunto é fotografia ou edição de vídeo. Já o menino Anderson deixou aparecer sua capacidade de transformar pequenos elásticos em pulseiras ou bichinhos (obrigado pela coruja-elástica). A meu ver, tudo isso é arte. Querer ser alguém é arte.
Não é fácil agradar o mundo. E é muito mais difícil ser aceito pelos mais jovens. Por isso me emociono toda vez que alguém chega e me diz que a minha poesia (sim, poesia) carismática fez com que um aluno perdesse o medo de desenhar, que ganhasse a vontade de escrever ou que simplesmente voltasse a querer ler. Quando isso acontece, ele descobre que a simplicidade também tem seu valor, que a delicadeza também tem sua importância e, principalmente, vê que quando algo tem a capacidade de emocionar uma outra pessoa de forma sincera, esse algo terá sempre seu lugar no mundo. Muitos têm talentos escondidos, que precisam apenas de uma luz para revelá-los. Talvez esse texto seja aquele empurrãozinho ou aquela forcinha para que eles acreditem nos próprios sonhos. Não posso ensinar ninguém a decolar, afinal ainda estou tentando entender a mecânica das minhas turbinas. O que eu posso pedir é: não seja só suas asas, seja também o seu voo.
————————————– *PEDRO GABRIEL nasceu em N’Djamena, capital do Chade, em 1984. Filho de pai suíço e mãe brasileira, chegou ao Brasil aos 12 anos — e até os 13 não formulava uma frase completa em português. A partir da dificuldade na adaptação à língua portuguesa, que lhe exigiu muita observação tanto dos sons quanto da grafia das palavras, Pedro desenvolveu talento e sensibilidade raros para brincar com as letras. É formado em publicidade e propaganda pela ESPM-RJ e autor de Eu me chamo Antônio e Segundo – Eu me chamo Antônio.
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controlagem · 8 years ago
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Tive que esperar três longos dias para esses porquinhos construírem suas casas. Por que eu não percebi antes? Eu já estava lá há um tempão, só esperando a minha vez de entrar. Será que eles acham eu estômago de lobo é que nem de jiboia? Ei, ei, eu sinto fome diariamente. Toda hora. Minha barriga aqui tá quase pra fazer uma ópera profana. Foda-se, vou sair dessa moita agora. Não sabem fazer uma casa que preste! Essa de palha aqui tá fácil, é só fazer um buraco, tirando as palhas do lugar pra dar um sustão nesse porcoite lá dentro. Ai inventaram um tal de bater na porta, olhar pela janela! Mano, tu achas que lobo faz isso? Mas tem que seguir o script, né. Hora de soprar. Pior parte. Eu fumo um maço de tabaco por dia e ainda querem que eu sopre forte. Por isso que só na terceira soprada eu consigo. O porco correu! Alguém joga a minha bombinha de asma, por favor, preciso pegar esse porco, desgraçado! Eu ia chegar quebrando toda aquela madeirada, metendo a pata e BUM! Cortaram o meu barato. Lá vou eu ter que soprar novamente. Derrubei mais tô sem fôlego e perdi de novo esses porquinhos! Parece que o irmão mais velho foi espeto, não vou conseguir soprar essa casa de tijolos. Amanhã eu volto. Eu heim, vou é comer outro.
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controlagem · 8 years ago
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Arregaçado
Eu queria muito transar, uma daquelas noites picantes, com pica grande entrando em mim. É sábado e eu ainda preciso dançar hoje à noite. Mas tem que ser hoje. 5 passos pra não dar o cheque. Mangueirada bem na pontinha. De quatro e pra cima, isso já tem água entrando. Agora é só despejar água pelo cu. Repito 4 vezes. Salivo e pronto, ta pronto para um edi entrar. Passivo querido é passivo chucado. Coloquei minha jaqueta de couro preta e chamei um Uber. Tudo pronto. Vou dançar e depois chamo algum boymagia no Hoornet. Esse taxista é bafo.
- Quer que eu ligue a luz neon do carro?
- Aiiin, eu quero.
- Aceita uma menta?
- Lógico.
- Você está indo pra onde?
- Vou dançar num espetáculo.
- Espero que não esteja atrasado.
- Eu sempre chego duas horas antes do espetáculo.
- Quer uma garrafa de gin?
- Não posso, vou dançar.
- Bebe um pouco, pra soltar mais o corpo.
- Já que você insiste.
Que coisa doce! Gente, que coisa doce e depois do terceiro gole eu já estava ritmo do axé do Timbalada, doido pra abrir o teto solar.
- Você quer ir para um local mais reservado?
Não consigo ver a cara dele, já to louco pra chupar o pau dele, mas quando começo eu não paro cedo e preciso dançar.
- Você está me ignorando?
- Não, desculpas, não te ouvi...
- Vamos para o motel?
Gente, o que fazer quando não vejo a cara do tiozinho do Uber e se ele for um homem feio? O pau é bom? Vejo um volume grande nas calças. Então cai de boca no pau e não beija na boca. Aiiii. Estamos chegando próximo do teatro. Cai de boca, ele correu para o primeiro beco e foi ali mesmo, dentro do carro. Ele colocou pra dentro bem gooostoso. Cheguei a tempo. Dancei todo arregaçado.
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controlagem · 8 years ago
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Carta para o meu primeiro amor
Oi, sou eu. Por favor, não rasga essa carta. Um dia desses comentei com um amigo sobre o quanto acho interessante folhear agenda despretensiosamente. Eu fazia bastante isso e gostava das lembranças que dali ecoavam. Era sempre um susto lembrar o que fiz nos dias dos anos passados. Sem contar com poemas que eu escrevia nela, quando nenhum outro caderno estava próximo. Ou aqueles insights que nem investi. Enfim, conversamos sobre perder esse hábito com a utilização de emails. Pensei muito sobre isso hoje e busquei a palavra "esquece" no histórico do email pra encontrar qualquer coisa, então encontrei uma conversa nossa. Ela grifava um "esquece, vou para casa", seu, do dia 1º de novembro. Li toda essa conversa e logo cheguei numa seguinte, a do dia 4 de novembro de 2013. Provavelmente passamos o final de semanas juntas e voltamos a nos falar pelo Hangouts na segunda-feira, dia 4.
Hoje é dia 4 de novembro de 2016. Eu que achei que já não lembrava de ti, não tive controle. Lembrei um pouco mais do que apenas a tua existência e no traçado irregular das memórias, recordo outras conversas que tínhamos. Você me fazendo rir com seu estresse ou observações estranhas. Eu sorri ao lembrar do teu andar torto, quando corria atrás da Gegê, essa cachorra, único ser humano que me causava ciúmes de você. Havia esquecido dos sentimentos que tinha por você e lembrei da gente se jurando eternidade, até ontem eu achei que te amaria novamente, mas então fechei a janela quando senti o nojo da tempestade que vivemos naquela época. A esta altura você deve ter lembrado também, mas vamos parar aqui. Não vale a pena se martirizar. Eu te perdoei no dia em que finalmente saltei da ponte sem me importar com a direção do rio. Mesmo batendo nas pedras, o meu desejo era apenas ir. Acho que fiquei fragmentada nessa viagem. Morri várias vezes e ainda desconheço a morte em seu estado físico. Na queda percebi que “ir” só tinha sentido atrelado ao meu desejo de criar novas memórias. Se pudéssemos nos ver agora, imagino que não nos reconheceríamos. Mas queria apenas saber, que sentido, hoje, tem esse passado para você? E por favor me perdoe se eu esquecer novamente.
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controlagem · 8 years ago
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No teu enterro eu disse
Eu havia planejado me despedir de ti
Naquela noite eu pensei em te dizer tanta coisa
Naquela noite eu pensei em mil coisas pra te dizer
Mil coisas pra jogar na tua cara
Mil peidos pra soltar na tua cara
Queria jogar tua fruta no chão
Estragar com a tua janta
Mas você não parava de falar
Agora canta, ainda canta, canta, canta
Pensei, pensei em mil coisas pra te dizer
Eu to cansada da tua canção
Queria lembrar do que aconteceu
Queria jogar o sangue da minha menstruação no chão da cozinha
Pra te fazer limpar
Pra limpar minha alma de ti
Pra limpar tudo o que tirastes de mim
Pra limpar o teu corpo sujo sobre o meu
Eu queria muito lembrar do que aconteceu
Não quero acreditar que eu não neguei
Eu te neguei
Eu neguei
Eu não consenti
Eu devo ter gritado que não queria
Porque eu não ouvi nada
Porque ninguém parou você?
Você,
Você canta, não para de cantar
Não
Eu disse: não.
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controlagem · 9 years ago
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cheiro
Ela pode falar que nos encontramos em vidas passadas, mas isso só faz sentindo quando o presente cheiro dela no cobertor da minha cama penetra na memória, intromete-se no presente e o único passado de que recordo é o ontem. Desde ontem olho para o relógio, vejo que os minutos vão passando e o que estou sentindo é bem maior que o intervalo de milésimos de segundos contados no relógio. Aguardar o tempo, o momento pra estar em nós, mesmo que o físico não supere o que a gente sente. Começa a chover, o quarto fica abafado, parece até bagunçado. Arrumo, aqui e ali. Ainda há algo estranho, sufocante. É o cheiro dela que está aqui. Insistentemente ele permanece como prova de que sua presença existia aqui há poucas horas. Por hoje a gente não mais se vê, mas o coração escuta os sussurros dos segredos que ficam entre nós. Não vou abrir a janela para o vento levar teu cheiro que já está guardado como mancha na roupa, que eu não quero lavar não. E quando me percebo já tenho um baú seu, onde guardo tuas covinhas ao rir, tuas vitórias e teus pecados, as histórias que me contas antes de dormir, tuas manias e teu jeitinho de arrancar meus segredos, e onde ainda quero guardar todas as conversas de varanda no leito de um sonho bom. A chuva passa, mas ela permanece aqui.
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controlagem · 9 years ago
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transitivos indiretos
tem presença viva num ser que se constitui no durar. mas não no mesmo estado ou nas mesmas características. muda-se. está na expansão a partir de um estado extremamente denso e quente. a fusão de componentes de outro corpo libera um novo componente. mas nesse caso, o novo componente ficou acumulado e foi se expandindo tanto que num dia superaquecido explodiu. das lesões foram liberadas múltiplos vapores. nesta atmosfera, a temperatura baixou e os vapores se transformaram em líquido. - gases poluentes! - xingou agora, a situação é de acúmulo, o que eleva o nível das águas diariamente e cria limites territoriais. encarrego-me de andar na mutação. afasto natural de um, encontro por proximidade de outro. cansaço do novo que repete o antigo.
ação > despir-se em reação entrada > injeção, mudança de estado natural saída > ansias consequência > desnível brusco responsabilidade > dupla seres transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos
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controlagem · 9 years ago
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Sobre o que nos sustenta. Nada
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controlagem · 9 years ago
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Hoje foi um dia daqueles descompassados. Apesar de ter dormido sóbria, acordei às 11h, com uma sensação de embriaguez. Levantei da cama apenas para comer e tomar banho. Liguei pra ela e meu coração fez um frevo. Uma conversa boêmia com brindes distantes de ressaca. Eu tava intoxicada de saudade e, na noite passada, a tinha visitado pela fantasia do sonho.
Com minhas pernas dancei com o lençol e no final do dia ele já tava todo embolado. Era um tempo parado, mas estávamos ali despertas. Tínhamos combinado um encontro? Por que ali? Estávamos com medo? De quê? Eu segurava no braço dela, fitando cada parte daquele lugar. A rua era pouco iluminada, deserta. Não sei onde estávamos. Ela, com aquele par de olhos castanhos mais incríveis que já vi, dizia: calma.
Acordei tateando a cama e tava vazio. Dormi e ainda estávamos ali caminhando não sei pra onde e nem por quê. Um vento quente passa pela gente, provavelmente o vento do ventilador do meu quarto combinado com o calor da noite e do dia inteiro. Continuávamos andando por uma rua longa, nem conseguia ver o final dela. O chão era de paralelepípedo. Aparentemente não havia ninguém nas ruas além de nós duas. Vi algumas petecas pelo chão. Haviam crianças ali? Ou era um obstáculo? Eu larguei o braço dela para pegar algumas bolinhas e ela hesitou em pedir pra eu não fazer, mas calou. Guardei as bolinhas no bolso do macacão dela.
Acordei novamente e reposicionei o ventilador. Acordei diversas vezes nessa noite. Andamos a noite toda. Sentia-me cansada. Sentamos na calçada, tirei uma peteca do bolso dela e joguei no chão. Ela riu, tirou outra do bolso e jogo em cima da minha. Acordei e voltei para o sonho sem saber onde paramos. Quando finalmente despertei, ela não tava ali. Sai do quarto e vi no chão a peteca que chutei no dia anterior quando escorreguei sobre ela.
Foi um sonho tão forte que acreditei nele por minutos como uma realidade, mas só porque ela estava aqui, ali e a nós em algum lugar.
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controlagem · 9 years ago
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Que estranho viver de roupa de mala. Andar amassada e revirada do avesso. Que estranho não desfazer a mala em minha própria casa. Que estranho estar em casa, mas só de passagem e comprar outra passagem para um lugar em que casa já não tenho. Que estranho entrar nas casas e me sentir em casa, sem desfazer as malas. Que estranho estar nessa troca de casas trocando o figurino por uma dezena de livros. Que estranho não por os figurinos na mala e assistir eles, ali, pendurados pelo cabide engatado à porta do guarda roupa, que não tem roupas. Que estranho saber que amanhã já não haverá apresentação e que não estarei em cena. Amanhã serei somente eu. Ousei cumprir minha vocação libertina. No meio da viagem, vejo que meus sapatos estão gastos e preciso deixá-los para trás porque ainda há muito o que andar. Que estranho seguir a direção que o próprio coração manda. Ele vai pra lá, eu vou prá cá, ali, logo lá. Queria que essas convicções vivessem nas ciências exatas. Que estranho viver em  despedidas, logo eu que nunca gostei de dizer “até logo, a gente se vê”. Eu não sei, talvez a gente minta numa dessas, então “foi bom te encontrar” me parece mais sincero. As despedidas são sempre estranhas. Há os abraços apertados, a promessa de planos, o sorriso que cessa ao virar das costas, as lágrimas que limpam os olhos para uma nova realidade. Há uma disritmia, uma dor no beijo, um desejo físico e carnal de possuir o eu pra mim. Quantas pessoas sentaram ao meu lado nessas viagens? Doze? Que estranho sentimento de perder o voo e se culpar lentamente por todos os passos dados. Comento com meu orientador sobre essa estranheza, sobre sentir viver dois anos em um e ele disse que isso denunciava um tempo que não passa, compassado. Mas não. A sensação de viver um tempo longo em pouco tempo curto não é de lentidão, mas  de intensidade e volume de coisas feitas. Sinto minha alma viúva de sentidos cegos. E neste momento não sei quem hei de ser, tua? Não.
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controlagem · 9 years ago
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Acostumei a velejar Deixando em cada porto um fragmento Sou pedaços de tudo o que me rodeia Sob a ordem geral de amar
Volto com a certeza de colher um pedaço de mim. Vim carregando o sonho que me conduz e vejo que pouco me resta do que fui, num confuso quintal vertical com raízes que se esvaem
O tempo está com um comboio e na carruagem muitos contos pra ti. Só um orgulhoso sentimento cego Ao que é intrínseco em nós ultrapassa
Sem ter que haver madrugada um derramar de confissões tropeçadas sobem, breve e suave
No prazer a durar quero ser capaz de te oferecer, por inteiro, o que queres agora. Por deleite me deito sobre a saliência do teu nu
E na manhã seguinte teu corpo faísca pelo ar. Vejo as rosas que adornam tuas costas. Pra quem deve embarcar, meu único movimento é não sair dali pra fitar teu olhar de bêbado, que embriaga as palavras que quero te dizer
Meu desejo é te ter mas não me acostumei a te ver navegar
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controlagem · 9 years ago
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Chegada
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A aeronave aterrissa. Abracei a certeza de que devo afastar qualquer tipo de pressa. Aguardo a chamada para a saída, a abertura das portas, o trajeto do ônibus, a chegada da bagagem, o horário do próximo ônibus que me levaria até o metrô. Sou um passante nas ruas, dispersadamente atenta, sinto-me andando sorrindo. Quase um pecado, tento esconder. Um vendedor ambulante, em frente ao Masp, diz: - Que bonito te ver sorrindo com o olhos, moça. Ih! Fui pega. Ele me sorrir de volta.
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