Cantora, compositora, às vezes youtuber. Metade virginiana, metade leonina. Amo black music e séries americanas de investigação. Escrevo uns textos sobre tudo. Então, pegue sua xícara de café e fique a vontade. Follow @LarissaDelsanto
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Brasil: um dos melhores países do mundo
Primeiramente, já pegou sua xícara de café?
Para alguns, o título é uma tremenda mentira, para outros, pode ser uma loucura, para uma mínima parcela da sociedade, sim, o Brasil é um dos melhores países do mundo e venho aqui para elucidar esse fato. Estamos acostumados a reproduzir aquela ideia de todo brasileiro que fala mal do próprio país, sempre na tentativa de supervalorizar um país estrangeiro em determinado ponto específico que é de seu interesse, o nomeamos como “espírito de vira-lata” ou qualquer coisa dessa natureza. Tudo porque de fato, nossa construção como cultura nos incentivou a odiar nosso país, sempre o visando de forma superficial e setorizado, principalmente pelo viés da política e tudo o que isso envolve como segurança, saúde pública e etc. Que temos uma política extremamente corrupta, isso não é um segredo e isso se deve muito pela forma como fomos colonizados. Ou seja, essa parte ruim do Brasil infelizmente se dá aos europeus que vieram roubar e minar nossas riquezas e o que eles fizeram pra que isso acontecesse como genocídios, estupros e tantas outras coisas que não nos contam na escola. Mas isso é papo pra outro texto, hoje eu venho trazer à você, exemplos que fazem do Brasil, um dos melhores países do mundo.
Leis Trabalhistas
Você sabia que países como China e Estados Unidos não têm uma lei específica para férias remuneradas? Nos EUA, isso precisa ser combinado no contrato de trabalho, e isso geralmente só acontece em grandes empresas bem estabelecidas, ou seja, a minoria das empresas oferece isso no contrato de trabalho, a maior parte dos trabalhadores não tem férias remunerada, e quando falamos da China, estamos dizendo que trabalhadores com média de 10 anos de trabalho às vezes têm chance de conseguir 10 dias de descanso remunerado, isso mesmo, 10 dias de férias oferecidos pela empresa. No caso da licença maternidade, a regra nos Estados Unidos é que a trabalhadora tenha até no máximo 12 semanas de licença após o parto, sem remuneração e sem garantia de estabilidade após retorno ao posto de trabalho. No Brasil, a gestante tem de 4 a 6 meses de licença maternidade, e tem estabilidade garantida por lei de até 4 após o parto, ou seja, ela não pode ser demitida dentro desse período. Sobre as férias remuneradas, o trabalhador tem direito à 30 dias de descanso remunerado a cada 12 meses de trabalho, podendo ser negociado se serão 30 dias direto, ou divididas ou até vendidas ao empregador. Ponto para o Brasil.
Terra fértil, riqueza agropecuária
Só a nossa produção de grãos é suficiente para alimentar quatro vezes a população brasileira ou mais de 850 milhões de pessoas. Se dependesse somente da nossa produção, a fome não seria um problema do nosso país. Além dos grãos, o Brasil produz por ano cerca de 35 milhões de toneladas de alimentos como mandioca, batata, inhame, batata-doce, cará, etc... Comida básica para mais de 100 milhões de pessoas. Em matéria de leite, o Brasil produziu 35,2 bilhões de litros, 4,1 bilhões de dúzias de ovos. Enquanto isso, em 2014, um país absurdamente industrializado como a Coreia do Sul importou US$ 27 bilhões em alimentos, outra grande economia, o Japão, teve que importar US$ 68,9 bilhões. E a enorme China bateu recorde com US$ 105,2 bilhões. Ponto para o Brasil.
SUS, sistema de saúde universal gratuita
São poucos os países que possuem um sistema de saúde público universal. Reino Unido, Canadá, Austrália, França e Suécia integram, junto com o Brasil, este pequeno grupo. Enquanto isso, no queridinho Estados Unidos, tão bem falado pelos brasileiros como se fosse um paraíso, os cuidados médicos são extremamente caros. Se você for internado por três dias, por exemplo, e não tiver seguro, terá de desembolsar cerca de US$ 30 mil (em média quase R$100 mil) para pagar a conta do hospital. Por lá, a garantia de receber um bom atendimento médico é pagando um convênio particular. Pessoas abaixo da linha de pobreza e idosos são os únicos beneficiados por serviços gratuitos como o Medicare e Medicaid, que prestam apenas atendimentos mais simples e de emergência, mas com condições, o Medicare só oferece atendimento médico para americanos de 65 anos ou mais que tenham contribuído com o pagamento de impostos para a saúde durante seus anos de trabalho. Pessoas que durante sua vida não tiveram a possibilidade de contribuir, não irão usufruir desse serviço. Já o Medicaid é um programa de saúde para pessoas de qualquer idade que têm recursos financeiros extremamente limitados. Diferente do Medicare, que é financiado pela previdência dos Estados Unidos, o Medicaid é bancado pelo governo federal em conjunto com os estados. Eles reembolsam hospitais e médicos que fornecem tratamento a pessoas que não podem arcar com suas próprias despesas médicas.O governo federal exige que os estados beneficiem certos grupos de pessoas, como famílias de baixa renda e crianças que recebem renda de segurança suplementar do Estado. Ou seja, existe uma limitação, uma série de condições, diferente do Brasil, em que qualquer pessoa brasileira por lei, pode e deve ser atendida.
E para que o texto não fique muito extenso, irei citar alguns motivos que nos faz ser um país singular e de destaque, e eles são: As praias exuberantes do Brasil. Com seus aproximadamente 7.500 km de litoral à temperaturas tropicais, o Brasil é um país essencialmente praiano. Uma pessoa que deseja conhecer o Brasil e não inclui ao menos uma praia no roteiro não terá de fato conhecido o país. A música brasileira e sua diversidade também é digna de ser notada. Samba, sertanejo, axé, forró, capoeira, funk e outros ritmos derivam da música popular brasileira e que exportam grandes músicos para o mundo todo. A comida brasileira tem autenticidade e personalidade, do sul ao norte, cada região tem seu diferencial. O churrasco brasileiro, a feijoada, moqueca, por exemplo. No Brasil, o churrasco é de fato um ritual sagrado. Cordialidade e hospitalidade. Muitos turistas que conheceram o Brasil relatam que o povo brasileiro é bastante amigável, caloroso e convidativo. Essa não chega a ser uma característica sociocultural, mas é inegável que a receptividade brasileira é fruto de elogios em vários cantos do mundo. Combate à AIDS, o Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Enfim, foi preciso resumir ao máximo para não deixar essa leitura cansativa, mas ao mesmo tempo, deixá-la o mais intuitiva e claro, com o poder de lembrar à você que sim, nosso país é lindo, bom, próspero, e com um potencial invejável. Nosso maior problema hoje, é o combate à corrupção, porque é exatamente através da política bem feita, que essas riquezas serão expandidas, e novos motivos para nos orgulhar passarão a existir. É através da política que melhoramos a segurança, educação, saúde, distribuição de renda, entre outras tantas pautas existentes e que estão sendo deixadas de lado.
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Escrito por Larissa Delsanto ATENÇÃO: A reprodução parcial ou total deste texto é PROIBIDA e protegida pelo Art. 184. Para usar este texto entre em contato com a autor.
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MC Carol, assédio em show e feminismo contraditório
Primeiramente, já pegou sua xícara de café?
Recentemente, em um show da MC Carol, aconteceu um episódio lamentável envolvendo um dançarino e uma fã, ambos no palco. Essa notícia gerou polêmica em vários aspectos. “Mc Carol feminista de telão X a culpa é do dançarino e não da Carol, ela não é politizada”, foram os dois pontos de vistas mais recorrentes, ambos os lados cobrando uma postura de alguém, seja da Carol ou do dançarino dela, mas aparentemente, poucos se preocupando com a vítima e se colocando no lugar dela.
MC Carol, 100% Feminista
Uma rixa majoritariamente entre mulheres brancas e pretas, muitas delas feministas, de um lado acusando Mc Carol de ter sido negligente com a vítima, já que em sua nota, a vítima alega que foi bloqueada pela Carol nas redes sociais, negando assim, qualquer conversa e acordo para resolução do problema. Por outro lado, mulheres defendendo a Mc Carol dizendo que ela nada tem a ver com isso, que ela ta sendo vítima de racismo por conta dessa situação, que ela não é politizada, é periférica, então não deve ser cobrada como uma feminista de fato, subestimando qualquer conhecimento que a MC de funk possa ter. Em sua conta do Instagram, Carol, depois de muito ser cobrada, se manifestou:
Nesse primeiro storie, pessoas apontam um tom de ameaça à vítima, que alegou que Carol seria feminista de telão, que se aproveitou do movimento pra ganhar mais fãs, mas que no momento de ser feminista, ela se calou e passou pano pro dançarino (em sua nota no Facebook, Carol disse conhecer o dançarino há mais de 10 anos, como quem diz que conhece X abusador há tanto tempo e duvida que ele possa ter feito isso, você já deve ter ouvido algo assim na vida). Concordo que é muito estranho se falar “meu feminismo” quando esse movimento se trata de coletividade. O papel de uma MC feminista nessa hora era receber a reclamação e analisar a situação ao invés de bloquear e se negar a conversar com a vítima. Ela continua:
As pessoas na internet lembraram o caso onde MC Carol buscou a delegacia pra denunciar a tentativa de homicídio do ex marido e ela não foi ouvida, e agora, com desprezo, ela aconselha a moça a procurar a delegacia ao invés de fazer texto na internet (sendo que ela fez o mesmo quando quase foi assassinada pelo ex).
O que eu entendo disso tudo é, as pessoas que estão cobrando uma posição da MC Carol estão fazendo isso por entender que ela, por ser a atração principal e patroa do dançarino, tinha o dever de mandar parar a apresentação de maneira mais firme, já que segundo ela, ela pediu pra parar mas que o dançarino não ouviu e continuou com o assédio. Essas mesmas pessoas cobram que ela demita o rapaz, que tome uma postura mais amigável com a vítima e colabore na resolução do problema, sem hostilidade como tem feito até aqui. Por outro lado, as pessoas que estão defendendo ela, principalmente por ser mulher e preta, estão tentando aliviar o peso da cobrança porque essa mesma cobrança, segundo elas, não vem no mesmo peso quando se trata de um homem branco. Então, segundo elas, já que não cobram dessa mesma forma os homens brancos que são machistas/misóginos, ninguém tem o direito de cobrar a Carol porque ela é preta. Eu entendo que são pesos iguais pra medidas diferentes mas, então quer dizer que iremos aceitar qualquer coisa de pessoas negras por serem negras? Eu sou negra com consciência racial mas sei que existe um lance chamado CARÁTER, que até aqui não houveram provas científicas que comprovem ser uma questão genética. Portanto, eu julgo a atitude de uma pessoa, e ser negligente diante de um ato de machismo é pesado, ainda mais vindo de uma mulher que se autodeclara feminista. É aí que entra a importância do discernimento e calar um pouco a voz da carência em se sentir representado a qualquer custo, porque feminismo não é só usar “macho embuste” no vocabulário, volto a dizer que se trata de coletividade, mulheres por mulheres, e não ficar xingando homem na internet ou fazer músicas pseudo libertadoras para as mulheres. Sou compositora e sei o quão fácil é vestir um personagem na composição, pra falar a verdade essa é a melhor parte de compor, então não acreditem em tudo que vêm na internet.
Nessa história toda, quem está se importando com a vítima? Já enviou alguma mensagem de apoio? Algum dos seus textos e vídeos foram direcionados à ela e à todas as vítimas de assédio/abuso? Ao menos se compadeceu e se colocou no lugar dela antes de fazer qualquer julgamento? Na velocidade da internet, às vezes nem dá pra ter empatia né?! A raiva de algum dos dois lados e a vontade de “militar” vem antes né?! Estamos cada vez mais afastados da humanidade que a maioria de nós ainda tem dentro de si. Que possamos diariamente, sem precisar de más notícias, nos conectarmos à essa humanidade, pra não passar pano para os “bons” que não fazem nada diante da maldade, e ouvir algo sem julgar de maneira pretensiosa.
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Machismo no RAP: ódio ao feminino
Primeiramente, já pegou sua xícara de café?
Juro pra vocês que esse blog não é só feito de RAP, mas é que nos últimos 10 dias tivemos muitas surpresas a respeito dos artistas e ouvintes do meio, gerando muitos pensamentos. E nessa pegada de ficar refletindo sobre o meio do HIP HOP em geral, me lembrei de como se deu o início da cultura e como as mulheres precisavam e ainda precisam forçar a barra pra entrar, serem aceitas, ouvidas, e respeitadas tanto como artistas quanto como ouvintes. Você certamente já viu ou conheceu alguma mulher nesses quase 40 anos de movimento, que se vestia “como um homem” pra poder curtir ou fazer um som em paz. Por que essas mulheres sentiam essa necessidade? Não bastando o jeito de se vestir, algumas ainda modificavam o jeito de falar, de se portar, no caso de MCs escreviam e rimavam de maneira máscula, se comportavam no palco de forma bruta, bgirls andavam e dançavam de forma diferente da “vida real”. Por que essas mulheres sentiam essa necessidade? Quais mulheres do RAP 90′s você ouviu sendo elogiada pela artista que é/era sem que ela tenha se vestido de forma masculina ou namorado algum rapper famoso e adorado? O RAP desde que foi criado, é um ambiente hostil e majoritariamente masculino, e as mulheres que ousam transpassar esse cerco tendem ser ignoradas ou odiadas, e pouquíssimas, quase nenhuma tem respeito de maneira geral do público e dos artistas masculinos.
MC Lyte, Dina Di, Queen Latifah, Da Brat, TLC, Ciara (até os anos 2000), foram algumas artistas que se expressavam com uma moda dita “masculina” na época. Particularmente EU acho que roupa não deve definir ninguém, nem tampouco dizer se a pessoa merece ou não respeito, uma vez que são apenas panos recortados, mas vivendo em um mundo heteronormativo e binário, quando uma mulher se vestia dessa forma, principalmente naquela época, ela queria passar uma mensagem especifica. E não era diferente no meio do HIP HOP, será que essas mulheres queriam meeeesmo se vestir dessa forma ou elas estavam sendo influenciadas a passar uma determinada mensagem? Porque se tem uma indústria que valoriza a aparência, essa indústria é a fonográfica, e afins, tenha certeza disso, nada é à toa. Deixar de ser você pra tentar ser respeitada e fazer o que se ama é uma micro-agressão e poucas pessoas falam disso. “Ah mas hoje em dia tudo é mimimi”, não gente, é que hoje em dia a internet propaga mais rapidamente os questionamentos alheios, mas se perguntar o porque as coisas são como são é um hábito bem antigo, pessoas que revolucionaram uma geração, ou a humanidade, não eram pessoas que aceitavam as coisas como eram, só que elas não tinham Facebook e nem Twitter pra expor isso, mas fizeram mudanças como pessoas hoje em dia também fazem.
Por outro lado, mulheres que sempre se vestiram de forma “feminina” eram julgadas como p��ssimas MCs, vulgares, que precisavam desse artifício pra chamar atenção, porque não tinham talento. Isso ainda acontece nos dias atuais, e o RAP é um dos gêneros musicais mais conservadores que existe, logo ele que veio pra quebrar regras sociais (aparentemente somente de interesses do homem). Lil Kim foi um nome muito controverso e polêmico, ela foi e é muito ofendida na internet, mas existe uma parcela que fala muito bem dela, e que a endeusa e com razão porque ela é muito boa. Mas será que ela teria essa mesma visibilidade se não tivesse tido um relacionamento com Notorious? (um rapper extremamente machista mas que por fazer rap de um jeito diferenciado é adorado até hoje, inclusive por mulheres) Não duvidando da capacidade dela, mas sendo realista em um mundo racista e machista. Nicki Minaj, Cardi B, Remy Ma, alguns nomes do rap mainstream, que usam e abusam da sensualidade têm suas habilidades questionadas, inclusive, através de rumores de “teste do sofá” entre outras coisas mais baixas. Tudo porque são mulheres. Ninguém questiona com que mulher um rapper teve que se deitar pra obter sucesso.
Gostaria de falar mais sobre misoginia no RAP, mas por hoje é só, apenas queria compartilhar meus devaneios sobre essa aceitação condicional de mulheres fazendo poesia ritmada. Na verdade não é bem aceitação, e sim, uma tolerância.
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“Falem bem ou falem mal, mas falem de mim” ▬ Publicidade no estilo Melody
Primeiramente, já pegou sua xícara de café?
Com a internet, estamos vivendo uma super velocidade no compartilhamento de notícias e isso é bom, na maioria das vezes. Maioria das vezes? Como assim? Bom, é ótimo pra compartilhar notícias boas e que nos agregam de alguma forma, mas e quando se trata de bad news? Seria ótimo se o único efeito disso fosse conscientizar as pessoas, mas infelizmente não causa somente isso. Por outro lado, o compartilhamento em massa de notícias ruins como os casos de abuso na indústria fonográfica, política e afins, gera popularização do opressor. Inúmeras pessoas que ora são opressoras, ora são inconscientes dessas problemáticas, se levantam em favor de seus ídolos afim de combater qualquer reação negativa do povo ao episódio de assédio, apologia e preconceito do opressor. Algumas dessas pessoas fazem isso porque se negam a acreditar que seu ídolo pode ser tão ruim quanto as pessoas estão dizendo que ele é, por outro lado tem aqueles que não se importam, não tem empatia, e concordam com o abuso, o racismo, misoginia... Não podemos duvidar de mais nada, uma vez que a internet se tornou um lugar onde pessoas destilam ódio sem pensar duas vezes, se sentem livres pra falar e fazer o que acharem melhor.
Nessa semana, dois episódios de racismo e misoginia, respectivamente, no mundo do rap, tomaram a atenção do público e da internet. Dos que estão protestando, uma grande maioria está falando abertamente o repúdio que estão sentindo e esperando que veículos de informação do meio HIP HOP se manifestem, uma minoria está dizendo pra darmos atenção aos artistas que são responsáveis com suas atitudes, que devemos propagá-los pois eles merecem e eu concordo plenamente. Abaixo segue um texto compartilhado no Facebook por um produtor, youtuber e MC:
“Na ânsia de extravasar nossa raiva, estamos expondo o que nos ofende o tempo todo. Isso é propaganda de graça.
É por essas e outras que Trump foi eleito lá fora. Que Bolsonaro se tornou candidato plausível e não a piada de mau gosto que ele é. Por isso que os brancos que odeiam Raffa Moreira deram cada vez mais fama pra ele ao longo dos últimos anos (continue, irmão).
Isso infelizmente vale pra versos de rap que agridem, a gente quer protestar e falar que tá errado, mas no final das contas tá dando mais visibilidade. Eu vi VÁRIOS no facebook falando "OLHA QUE ABSURDO, VAI LÁ OUVIR". Cê se ofendeu mas tá fazendo propaganda mano... Pára.
A festa dos otários acaba quando cê para de consumir, conscientiza pessoas que pode alcançar de maneira privada pra evitar frenesi nas redes, e afeta a cadeia de consumo a ponto de mexer no BOLSO desse povo.
Quando perceberem que o público não vai mais nos shows, que os contratantes estão evitando pra não se queimar, que o engajamento nas redes tá caindo, as coisas mudam. Até aí, até citar o nome do artista na internet, mesmo que reclamando, ajuda.
Não tô falando que é fácil segurar a onda de pistolar nessas horas. Eu mesmo já vacilei muitas vezes. Mas é fato, precisamos jogar o jogo como numa partida de xadrez. Um boicote coletivo e inteligente afeta eles lá na frente.
PS: AH! E trabalhem na memória de vocês também. Artista que fez blackface uns anos atrás tá tranquilo batendo 300k em vários sons. Afinal de contas, racismo é o crime que se resolve pedindo desculpa.” ▬ Raí Faustino
A pergunta que não pode calar é: como faremos pra conscientizar as massas sem citar os responsáveis pelos episódios criminosos? Eu também não quero ser responsável por fazer publicidade boca à boca, mas como iremos boicotar, fazer chegar a informação do ocorrido para os demais? Eu realmente me sinto perdida em como comunicar e levar à frente as informações, mas minha parte estou fazendo de levar a conhecimento a existência de MCS fodas, responsáveis e com boa música. Confere no Spotify, uma playlist completíssima, com atualizações frequentes, com músicas peeeeesadas, sem fazer uso de preconceito, misoginia ou qualquer tipo de violência. Vos apresento:
RAP FINO, 60 músicas pra você seguir e curtir ♥
A princípio com toda certeza é o que está ao nosso alcance: ouvir, compartilhar, seguir nas redes sociais e ir em shows daqueles que fazem um bom trabalho sem diminuir ninguém.
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Disseram que o RAP BR morreu por causa de uns lixos, tudo isso porque não dão atenção aos bons de verdade. Souto MC, Rap Plus Size, Larissa Delsanto, Rimas e Melodias são alguns exemplos de quem te diverte e te agrega
Café com Leitura
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O RAP BR, racismo, machismo e síndrome de estocolmo
Primeiramente, já pegou sua xícara de café?
Pois bem, como começar esse texto? Ainda estou organizando as ideias porque são muitas, muuuuitas informações.
Que o mundo é racista e machista nós já sabíamos, e muito bem diga-se de passagem, especialmente pessoas negras e mulheres em específico, uma vez que são a base dessa estrutura que fere e mata pessoas diariamente. Mas quando vemos esse tipo de coisa acontecer na nossa casa, é diferente. A gente ta acostumado a ver isso acontecendo com o vizinho, com o colega do trabalho, mas com os nossos não. Quando é com a gente, o negócio muda. Quando é com a gente, cresce a revolta, a dor, a frustração... Com essa analogia da casa, quero falar um pouco sobre o Hip Hop, mais precisamente o Rap, que é um dos elementos da cultura e é o que mais frequentemente exporta artistas para o mundo.
O Rap desde o princípio é machista, isso é um fato, e isso se estende até os dias de hoje, infelizmente, uma vez que ele é um espelho da realidade da sociedade em que estamos inseridos e muito mais por ser feito por homens (em número e alcance), consequentemente um gênero misógino e de ambiente hostil. De uns 10 anos pra cá que o Brasil tem experimentado um Rap mais mainstream e popular, temos visto alguns episódios de racismo no meio, praticados majoritariamente por rappers brancos ainda não vi racismo por parte de rapper negro, já que se tornou um gênero “de todos”. Mas confesso que no último semestre de 2017 e nesse primeiro semestre de 2018, a coisa ficou fora de controle. Um número absurdo de fãs e rappers brancos invadindo se tornando parte do movimento, que outrora foi criado como forma de expressão negra e periférica, agora tem em seu “casting”, artistas sem nenhuma consciência de respeito e tolerância, e que me atrevo a dizer que se um artista desse escreve o que canta, muito provavelmente ele é assim na vida real (especificamente sobre racismo e misoginia).
Ano passado, em seu canal, Lívia Cruz acompanhada de Bárbara Sweet, duas rappers feministas, em um vídeo falaram abertamente sobre tesão em homens com “cara de bandido”. E aqui eu deixo um adendo: sabemos o que é considerado cara de bandido pra uma sociedade racista. Aqui vai um trecho do que foi falado no vídeo, mas infelizmente esse mesmo vídeo foi retirado do ar 2 meses depois do ocorrido mediante pressão das pessoas na internet (do contrário, o vídeo continuaria circulando).
Será mesmo, de verdade, que ninguém encontrou problema nessas falas durante as gravações, edição e durante esses 2 meses que ele esteve no ar? Ou as pessoas estão tão acostumadas com esses termos e micro-agressões que apenas deixaram passar porque “todo mundo pensa assim”? Bom, fica aí a dúvida.
Mais recentemente, Nabrisa, em um perfil de um grande selo carioca (que está envolvido em escândalos com falta de pagamento aos parceiros e não cumprimento na entrega de produtos aos seus clientes) lançou versos que dividiram a internet e que particularmente, me soou de extrema ignorância, desonestidade e racismo. Na letra, ela diz:
“Pássaro que voa canta Deixa eu cantar nessa porra Cês não vão cortar minhas asas, nem travar minha ciranda Anda logo pra varanda, Sol já tá quase na janta Baseado tá na ponta, o que é deles tá guardado... Inferno é pra branco e pra preto Cadeia tem branca e preta Favela tem branco e preto Rap é pra branco e pra preto Todo preço já foi pago, eu não preciso dar um jeito”
“Mas ela estava falando de Jesus, que ele pagou na cruz pelos nossos pecados” disseram os fãs. Mas pra quem já acompanha as polêmicas dessa rapper, sabe que ela vem há algum tempo se afirmando negra WHAT? e favelada, soando e afirmando que ambas as coisas são sinônimos (o racismo quer que seja mesmo) mas não é. Eu já estive em debate com ela em uma página do Facebook onde ela dizia estar triste porque do mesmo jeito que ela sofria, um negro sofria igual, porque ela também era favelada. Mas espera aí, ser preto e favelado não são as mesmas coisas. “Mas Larissa, perdoa um pouco, ela só tem 17 anos”, então que não se envolva em “assunto de adulto” do contrário vai ser tratada como tal. Ela é branca, e mesmo que tenha passado fome em algum momento da vida, ela tem mais oportunidades do que uma pessoa preta do mesmo nível social que ela, uma vez que ela tem perfil vendável, comercial, um banho de loja faz dela uma patricinha aos olhos dos outros, e o mundo se apega a isso, aparência.
E como se não bastasse, hoje 22 de maio de 2018, Nog, outro rapper branco extremamente misógino, dá as caras novamente. Dessa vez, numa colaboração com outro rapper. Ele diz na letra:
“Xamã com Costa Gold nesse beat loco tira o sono deixa ela dormir que se ela vira eu como boto o cano na goela e atiro e gozo”
Sério isso gente? Desapontada mas não surpresa. O que esperar de um rapper que mais parece embaixador do Ministério da Saúde de tanto falar em DST? Não tem ideia quente pra trocar, fala rápido umas palavras aleatórias e o público sub 17 vai à loucura. Isso é uma vergonha!
Meses atrás, no Funk, o MC Diguinho foi um dos mais rechaçados da história do gênero e com razão, o que ele dizia na letra era apologia ao estupro, e o que o Nog acabou de rimar é a mesma coisa. Teremos a mesma repercussão? Teremos o mesmo boicote? Teremos o mesmo julgamento ou será diferente? Vamos falar sobre isso até as plataformas excluírem essa track? Espero que sim.
Sei que existem rappers brancos falando algo que presta mas particularmente, depois de tanta decepção eu espero tudo de todos eles, não confio. Pra uns, os colonizadores vieram dando um espelho de mão em troca de mão de obra, mas na real, eles vieram pra matar, roubar e destruir. E às vezes tenho a sensação de que isso pode estar no DNA, não soando racista, claro, até porque não tem como.
Estou bastante incomodada com toda essa história e ainda mais em ver que mulheres e homens negros estão dando ibope, indo em shows, dando play nas plataformas de streaming, enriquecendo pessoas que diretamente nos atacam nas letras. Isso não deveria ser piada, é real. É um problema de TODOS. Boicotem, parem de seguir, ir em shows, ouvir as músicas. Valorizemos os que correm pelo certo e que eles não sejam lembrados somente em momentos de decepção com os rappers padrão. Tem muita MC correria, dando ideia quente, falando sobre assuntos variados, fazendo vocês refletirem e rebolarem, não tem desculpa pra não dar o ibope que elas merecem, divulguem elas. Conto com vocês!
Fogo vocês sabem em quem.
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Pais abusivos, filhos doentes
Primeiramente, já pegou sua xícara de café?
Pois bem, essa semana, depois de muito tempo sorry sem postar nada no meu canal no Youtube, disponibilizei um vídeo sobre abuso no ambiente familiar. Existem inúmeras formas de abuso e em vários níveis de crueldade, consciente ou não, e nesse vídeo eu abordo sobre um abuso mais emocional e psicológico do que necessariamente físico ou sexual. Abordei sobre um assunto que eu particularmente pouco ouço falar, mas vivenciei e sei que é mais rotineiro do que se imagina pois é um tipo de abuso normalizado, ou seja, pela repetição, acabou se tornando “normal”.
A verdade é que eu só tomei consciência de que isso era um abuso e que estava acontecendo comigo no momento em que vivenciei o desprazer de passar por mais um episódio de abuso familiar, o pior abuso que eu passei até aqui e que minha memória consegue se lembrar: meu gatinho foi roubado por familiares afim de me ferir e me manipular.
Nessas horas a gente se pergunta: “mas o que essa pessoa fez pra merecer esse abuso?”, meus queridos, às vezes o abusador faz isso apenas pelo prazer de ter alguém submisso a ele, às vezes o abusado é uma pessoa difícil de lidar por inúmeros motivos (inclusive, talvez de tanto passar por episódios abusivos essa pessoa se tornou uma “pessoa difícil”), às vezes é só repetição de um hábito em que o abusador está repetindo o que seus pais fizeram com ele. A verdade é que, na minha cabeça não existe justificativa para se praticar abuso, acredito que é preciso buscar meios de nos relacionarmos sem oprimirmos o outro, para o bem do outro e nosso também, porque viver nesse ciclo de abuso, independente da sua posição nessa história, só traz malefícios, por mais que pareça que não.
Em todos os casos, o ideal é buscar ajuda. Sim, espiritual, médica, emocional, física... Buscar ajuda é essencial pra nos desvencilharmos dessa doença que é os relacionamentos abusivos.
Assista o vídeo que produzi e compartilhe com seus amigos, quanto antes se conscientizarem, melhor e mais fácil será o processo de término ou amenização dessa intoxicação.
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Que na vida nunca falte paz, amor, felicidade e um café bem quentinho.
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Posso fazer um pedido? Nos finais de tardes bonitos, lembra de mim.
Clarissa Corrêa (via poetizei-o-silencio)
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Dando as boas-vindas
Primeiramente, já pegou sua xícara de café?
Pois bem, estou retornando à esse lugar, no qual eu tenho boas lembranças e ao sair, levei pessoas dentro do meu coração. Em 2009 foi quando tudo começou aqui, e quase 10 anos depois estou aqui novamente, estou feliz por isso.
A intenção em estar aqui é de apenas compartilhar devaneios, viagens mentais e filosóficas de toda e qualquer natureza, sempre gostei de fazer essas coisas de refletir sobre as coisas do dia a dia mas nos últimos anos eu não criei uma forma de expressar tais experiências através da escrita. Amo escrever, mas ignorei por muito tempo essa forma tão poderosa de aliviar as tensões, dar asas à imaginação e compartilhar as mais variadas sensações.
Café Com Leitura é uma fração de quem eu sou e quem posso ser. Do que sinto ou irei sentir, viver, vivi, vi, verei, senti, sentirei... Apenas colocar pra fora o que se passa na minha mente.
Portanto, pegue sua xícara de café e fique a vontade.
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