poems that come from the depths of me, ignored by everyone
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Poesia da indiferença
Eu vivo num mundo de muros altos, Onde olhos fechados ignoram as cores Que dançam nas sombras esquecidas, E o eco do valor se perde Entre os vãos do amor e da amizade.
A vida já pesa sem adornos, Como encontrar poesia no inevitável? Como costurar as rachaduras da alma Que o tempo e as mágoas cavaram? Como confiar nas promessas do novo, Quando o ontem ainda dói?
Há um mar inexplorado dentro de mim, Mas como navegar sem velas, Sem vento, sem rumo? Como abraçar a leveza Quando o peito guarda tempestades? Cada suspiro é um grito abafado, Uma luta para permanecer.
E se viver é sufoco, Como lidar com o peso da indiferença? Como caminhar por estradas de pedras Sem ceder ao desejo de repousar? Ainda assim, eu insisto, Porque, talvez, resistir Seja a única poesia que resta. - Laís Lobo
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Tédio Amargurado
O tédio me abraça como um manto pesado, Uma apatia que corrói cada segundo. Sou a espectadora de um palco vazio, Onde não há enredo, Nem urgência, Nem sequer o som de aplausos ao fim. Pensamentos vagam por mim como tempestades errantes, Um turbilhão sem direção, Capaz de devastar as ruínas já erguidas. Mas, quando os entendo, Eles se desfazem, Deixando apenas o eco do vazio que os trouxe. A tristeza então ocupa o espaço que resta, Densa e inescapável. É uma melancolia que se entranha, Tornando-se minha essência, Como se o tédio, a dor e o nada Fossem tudo o que realmente possuo. - Laís Lobo
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Ruído Sob a Pele
Um toque frio, infinito, Sussurra incertezas que nunca se calam. Das minhas entranhas, a dor transborda, Enquanto o peso do mundo despenca em mim.
Como, eu, tão complexa e exuberante, Me deixei prender pelas tramas De um homem que sequer compreende o que é ser? Como, com minha mente desperta, Escolhi naufragar em mares rasos Apenas para sentir que pertenço?
Agora, minha pele conhece outra textura, Os ruídos têm nova forma, E a dor canta em outro tom. Tudo isso, Porque alguém não soube enxergar minha imensidão, Preferiu a mesmice do ordinário Quando poderia ter sido sublime. - Laís Lobo
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Sinais
Sinais me cercam, Silenciosos, abafados pelo tempo. Por que ignorei o óbvio? O vermelho sangrava em meu peito, E mesmo assim eu fiquei.
Por que insisti, sabendo o peso? Por que me entreguei, consciente, A alguém que jamais me quis por inteira? A paixão, como uma lâmina, Me cortou mais fundo que eu podia suportar.
Derrubei minhas barreiras, Anulei quem sou por um instante de pertencimento. E agora resta a dor — Mais feroz que o fogo, Mais fria que o vazio de não ser suficiente.
Ele segue, imune ao que sinto. A normalidade o veste como um escudo, Enquanto eu me afogo Na estranheza de amar onde não há lugar. No desejo disfarçado de toque, Quando tudo o que pulsa em mim é amor. - Laís Lobo
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Amor fadado ao fracasso
Supliquei aos céus por você, por um murmúrio que fosse da sua voz. Mas o silêncio se fez resposta, e o vazio voltou, aquele que pesa na alma, aquele que rouba o calor do coração.
Era o mesmo frio de novembro, da noite em que nossos lábios se tocaram, e se afastaram, deixando o agora tão distante, tão vazio, tão meu. - Laís Lobo
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Amiga da tristeza
Nas brumas, tua face se revela, Sublime, enigmática, distante. Uma máscara que não cede, Falta de ser, de sentir, Um fingimento que não te veste, Que nunca coube em ti.
E então, tua essência se libertou, Amizade de traços frágeis, Inquieta, dispersa, Tão longe do que pensei encontrar.
Meus pensamentos, presos a ti, Quando tudo que desejei foi o teu bem. Mas o teu nunca se voltou ao meu. Se não acolhes o meu pior, Jamais serás digna do meu melhor. - Laís Lobo
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The girl who never was
Eu preciso de você. Não porque é fácil admitir, Nem porque é certo sentir, Mas porque você é o eco no vazio, A certeza que não consigo ignorar.
Sua ausência me acompanha, Como uma melodia que não esqueço. Tudo o que quero é o calor do seu toque, A paz de me perder em você.
Você lança dúvidas no meu caminho, Me deixa confusa entre o talvez e o não. E mesmo assim, me pergunto: Será que poderíamos ser, Se você apenas deixasse?
Eu, que sempre temi a proximidade, Deixei sua pele tocar a minha. Eu, que busco respostas no silêncio, Encontrei verdades nos seus olhos.
Quando nossos lábios quase se tocaram, Foi como se o tempo hesitasse, E o mundo parasse de girar. Quis te beijar, mesmo sabendo que não podia, Quis te ter, mesmo sem saber como.
Sua presença ilumina o que era cinza. Você é o detalhe que não sei explicar, O instante que nunca quero esquecer.
Será que é errado querer tanto? Será que é loucura desejar o impossível? Mesmo com as dúvidas que me assombram, Ainda assim, eu quero você.
Quero ser quem faz seu coração disparar, Quem te encontra em meio à confusão. Se você me deixar, Eu quero ser nós. - Laís Lobo
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Sem Título
Conexões raras, difíceis de encontrar, deslizam para longe de mim, como se eu fosse de papel.
A importância que damos a elas é um reflexo quebrado, uma ilusão breve de almas rasas, sem profundidade, sem verdade.
E a dor que isso deixa, tão feroz e silenciosa, nos separa de quem somos, fazendo o coração sangrar na amarga esperança de que, desta vez, fosse diferente. - Laís Lobo
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Sempre Quase
Nunca a escolhida, Nunca o amor que perdura, Nunca a mais bonita. Sempre à margem, Sempre quase, Mas nunca plena.
O peito arde em um grito mudo, Dilacerado pelo caos, Entre o broto que promete E a flor que decepciona. Amarga e impiedosa, Sou eu suficiente para alguém ficar?
Não sou a mais brilhante, Nem a mais sábia, Muito menos a mais encantadora. Nunca sou o bastante.
Afundo no peso do vazio, Perco-me nas tentativas de ser mais, De ser tudo que não sou. Estou me apagando. Estou desistindo de mim. - Laís Lobo
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Miragem
Me apaixonei por aquilo que enxerguei em você, Pelo rastro de sonhos que percebi no teu sorriso, Por um olhar que dizia tanto em silêncio E escondia segredos que talvez nunca serão meus.
Me apaixonei pelo som da tua risada, Que fez tremer as barreiras que eu ergui, Pela promessa invisível de ser tua, Pelo reflexo de mim que vi em ti.
Agora queimo em um fogo inquieto, Por alguém que talvez nunca me veja assim. Mas espero, insisto, me agarro à esperança: Que desta vez, a miragem seja real. - Laís Lobo
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Desvanecer
Tanto tempo perdida, Buscando saber quem sou Ou quem ainda posso ser.
Tanto tempo desejando pertencer A um lugar que chamo de lar, Mas que nunca me abraça.
Tanto tempo tentando encontrar sentido Em trabalhos que não me reconhecem, Sem brilho, sem destaque, Nem na vida, no amor, Em lugar algum.
Nunca boa o suficiente. Nem filha exemplar, Nem amiga essencial, Nem o amor inesquecível, Nem a profissional admirada.
Sempre à margem, Enquanto outros parecem merecer mais. Por que a vida é tão dura Quando tudo o que ofereço É o que há de mais puro em mim?
Por que o mundo insiste em me ferir, Como se eu já não estivesse quebrada? Por que ainda insisto em estar aqui, Se a minha melhor versão Parece ser o silêncio da ausência?
Por que aceitar o desamor e o desprezo, Dos outros e de mim mesma? Quando este peso irá cessar? Quando minha resistência irá ceder E o vazio tomará o que resta? Estou sufocando. - Laís Lobo
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"A tristeza penetra minha alma, envolvendo meus pensamentos em uma névoa que pesa sobre mim a cada batida do coração. É como se estivesse à beira de um naufrágio, prestes a ser engolida pelas águas de uma solidão avassaladora. Me sinto perdida, como se nunca fosse encontrar um propósito ou alguém que preencha o vazio dentro de mim. A angústia, agora um tormento incessante, parece um enigma que não consigo decifrar, uma dor sem nome e sem fim". - Laís Lobo
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Your Grief Over Resonance
Ainda ouço suas músicas, como se fosse a única forma de te manter nos meus pensamentos. Sua voz ecoa, entrelaçada nas melodias e palavras que marcaram meu coração.
Sinto sua falta, mesmo quando tento afastar esse sentimento. A cada dor no peito, o vazio se faz presente, lembro do que poderia ser, se alguém preenchesse esse espaço. Falta seu toque, seu beijo, seu olhar.
Sinto falta de nós. Essa falta me consome, me destrói de dentro para fora, fazendo-me duvidar de quem eu poderia ser, se fosse sua. Você é a lembrança que mais dói, mas que mais carrego.
- Laís Lobo
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Yearning Grief Over Ruin
Sinto uma dor que imaginei ter deixado para trás há exatamente um ano. Um ano desde que ele terminou tudo. Um ano e um mês desde que me trocou por outra.
Todas as falsas palavras E os sonhos não vividos Penetram no meu coração E me deixam sufocada em mim mesma, Presa em fragmentos de memórias Que não consigo soltar.
Sentimentos que pensei não existirem mais Ainda estão aqui. Percebo que não consigo sentir nada por ninguém, Porque meu coração ainda bate por ele. Por isso, nenhum beijo encaixa, Nenhum toque é suportável, Nenhum olhar é sincero.
Meu coração sangra e implora por migalhas De um amor fadado ao fracasso. Meus pensamentos mais puros ainda se voltam a ele O homem que me destruiu E me fez esquecer quem eu sou. O homem que me fez sentir amada Depois de anos acreditando que eu não era ninguém. Sinto falta dele. Ainda o amo. E não sei até quando conseguirei amar O homem de outra mulher. - Laís Lobo
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Esquecimento
Ainda guardo em mim o reflexo dos teus olhos de mel, o sorriso que me desarma sem esforço, o toque suave que era calmaria e tempestade.
Carrego comigo as promessas vazias, os abraços que prendiam e deixavam marcas, o sabor de lábios que selavam o que jamais seria. Lembro de você, mesmo quando desejo esquecer, mesmo quando dói e me rasga em silêncio.
Ainda sinto tua presença viva dentro de mim, um eco que persiste e me invade, e isso, pouco a pouco, me desfaz. - Laís Lobo
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Chamas Internas
Você consegue ouvir os murmúrios dos meus pensamentos mais profundos? Consegue se apaixonar por mim, na complexidade que sou? Às vezes, me pergunto se essa conexão é real, Ou se estou apenas sonhando em busca de um significado. Perdida em um labirinto de incertezas e desejos.
Deveria ser mais forte, mas a vida me tornou sensível, Uma alma feita de fragilidade, Carregando as cicatrizes das experiências passadas. Cada uma delas é um lembrete de dor e beleza, Que me fazem questionar se sou suficiente, Se mereço amor em meio a tantas incertezas, Ou se sou apenas uma sombra do que poderia ser, Uma presença que se dissolve na bruma da indiferença.
Nunca sou só o poema; sou a poetisa que arde em seu próprio fogo— Cada palavra uma chama, cada verso um desabafo. Aqueles que amei, em sua indiferença, Nunca sentiram a intensidade do que ofereci, E sou eu quem mergulha nas águas profundas, Por aqueles que hesitam em tocar As ondas deste vasto oceano que sou. - Laís Lobo
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Ciclos das Sombras
Sempre que fecho os olhos, Descubro um paraíso sombrio, Um espaço intocado, Um futuro que anseio, Um temor que se dissolve, Aprisionado na tentativa.
Medo de mim mesma, De não encontrar meu lugar neste vasto universo. Medo de nunca me descobrir E de me perder na essência, Onde as palavras se tornam vãs Diante da amargura que ecoa em mim.
Medo de ser ou não ser, Medo de arriscar ou deixar passar. Vejo pessoas da mesma idade, algumas mais jovens, Conquistando o que parece inatingível.
Isso me fere e me silencia, E me faz querer desistir da luta, Desistir de viver. Estou aprisionada nesse ciclo melancólico, Encarcerada em um futuro que tanto almejo, Temendo o fracasso de não alcançar. - Laís Lobo
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