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baraodamata · 4 years
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baraodamata · 4 years
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baraodamata · 4 years
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baraodamata · 4 years
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baraodamata · 4 years
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PASTOR ISAÍAS MORREU NO PUTEIRO, COMO UM GRANDE MISSIONÁRIO
Pobre Pastor Isaías! O nome bíblico já mostra seus dons divinais. Isaías fora o profeta que anunciara a vinda do Messias setecentos anos antes do nascimento deste. Um predestinado então nosso santo salvador de almas, condutor de ovelhas, propalador da palavra de Deus, ardente e veemente servo de Jesus, missionário do Senhor devotado à causa de lapidar e aperfeiçoar os espíritos para o ingresso no Reino dos Ceús. Pobre Pastor Isaías! Foi morrer justo num puteiro! Mas nenhum homem pode fugir ao seu destino. E esse destino fora-lhe dado pelo Pai Eterno, que quer os homens evangelizados, achados sejam esses onde quer que seja. Apesar de ter morrido num lugar tão vil , num espaço tão hostil à virtude e tão impregnado de pecado, nosso amado cristão só ali estava porque cumpria a incumbência que todo bom evangélico se dá de prestar a caridade e apregoar a Palavra mesmo nos locais de mais lascívia, de maior degradação humana, os antros mais ignóbeis e sórdidos, porque pretendem sempre, a despeito dos ambientes em que venham a pisar, ensinar aos pecadores o caminho da honra, da retidão e da salvação. O Nobre Pastor, elevado, ascético, adentrou o prostíbulo sem a bíblia sob o braço porque os seus mais de vinte anos de dedicação a Jesus já lhe permitiam saber de cor e repetir aos degenerados os versículos, as parábolas, os salmos, os mandamentos e as diretrizes do Todo Poderoso. Pois assim, munido do conhecimento e pejado de bondade, Isaías adentrou o alcoice e, após cumprimentar os seguranças e garçons, homens que há mais de dez anos tentava converter nas três vezes semanais em que ali entrava... Após cumprimentá-los, o bondoso cristão dirigiu-se às moças que ali dançavam e se exibiam nuas ou semidespidas, e o modo como com elas lidava era pleno de simpatia e de sorrisos, tão benevolente era o sublime religioso que não tinha preconceitos nem se dava a discriminações para aquelas pobres mulheres distantes do mérito e da grandeza, mas que por ele eram olhadas com olhos cheios de atenção e interesse. Comove-me saber que o Bom Pastor, afável e terno como todo ser do bem, além de sorrir-lhes tocava-as carinhosamente pelo corpo inteiro, demorando-se um pouco nas regiões mais íntimas, talvez por assim tentar entender por que meras partes do corpo feminino podem trazer em si o estranho poder de desviar os homens e levá-los à perdição. Examinava, examinava o Santo Pastor e, após sorver um comprimido azul com uísque -- zeloso da própria saúde --, resolveu escolher três dentre aquelas pecadoras para pregar-lhes os santos ensinamentos no quarto, talvez para não serem incomodados pela música alta que tocava no salão. A fé e a missão dos homens escolhidos por Deus levam-nos a tantos sacrifícios! Como não bastasse haver de adentrar a alcova com aquelas pecadoras contumazes, a humildade fez que o iluminado mestre se despisse como elas. São terríveis as provações por que tem de passar um humano que se dedica a servir a Deus em toda a plenitude da expressão: entre uma e outra dose de uísque (talvez para poder suportar o martírio a que se submetia), o puro Pastor teve de vencer toda a repulsa, todas as náuseas e introduzir o angelical pênis naquelas tão indecentes criaturas. Assim, não é de surpreender que o grandioso devoto tenha sucumbido no meio do cumprimento do seu alto dever de cristão, caindo sem vida para um lado, os olhos arregalados e a boca aberta como se fora cantar um cântico aos Céus. Dizem muitos religiosos que Deus não dá a um filho uma cruz mais pesada do que a que ele possa suportar, e foi arrebatando-o que o Senhor livrou-o daquele mal de estar desnudo em meio a toda aquela triste libertinagem. O Pastor Isaías foi um mártir que sacrificou a própria vida tentando purificar almas naquele lugar tão corrompido, imoral, tão vicioso e tão infernal. Homens como o Pastor Isaías vão sempre para o Reino de Deus... e passam a fazer parte daquela legião de anjos de que o Senhor se cerca para tornar o Céu um lugar ainda mais belo e magnífico.
Barão
da
Mata
#barão
#pastor
#puteiro
#morte
#prostíbulo
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baraodamata · 4 years
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SE EU SOUBESSE CANTAR
Se eu soubesse cantar,
Poria os pés no infinito,
Pisaria no Céu dos arcanjos,
Deixaria a tristeza na Terra,
Tão longe de não me tocar.
Se eu soubesse cantar,
Voaria por entre os astros,
Tornaria pó minha dores,
Espalhadas em chãos ignotos,
Seria eu mesmo um poema,
Faria da paz minha casa,
Se eu soubesse cantar.
Barão da Mata
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baraodamata · 4 years
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JONAS, O SALAFRÁRIO
Jonas já nasceu salafrário. Ainda no berçário, sempre desandava a chorar. Não porque tivesse febre,fome ou dor de barriga. Fazia-o apenas para que a enfermeira, que usava uniforme decotado e dispensava sutiã, se debruçasse diante dele e lhe permitisse ver os seios. Aos dois anos, na creche, vendia leite falsificado, feito com água e farinha de trigo, às outras crianças, recebendo o pagamento em balas ou doces. Colocava maracujina no suco de laranja das coleguinhas e aproveitava-se do sono das mesmas para ficar a boliná-las.
Quando entrou para a escola, procurou sentar-se na primeira fila, bem diante da mesa da professora. Não que fosse aluno aplicado , interessado nas aulas, mas porque ela se descuidava vez por outra ao sentar-se , abrindo as pernas sob a mesa, o que dava-lhe condições de ver-lhe as calcinhas.
Na adolescência, já a sua primeira namorada foi conquistada de um modo não lá muito ético. É que o nosso protagonista tinha um colega de classe um tanto quanto tímido, que interessou-se por uma menina de uma outra turma, que correspondia aos seus sentimentos; entretanto, como o rapazinho não se encorajava a declarar-se direta e pessoalmente, resolveu um dia mandar recado pelo amigo:
-- Diz a ela que eu tô apaixonado . Se ela gostaria de ir ao cinema comigo...
O nosso rapaz, todavia, como também se sentira atraído pela mesma menina, tornou a mensagem extremamente diversa da enviada:
-- O fulano pediu a você que o desculpasse, mas que não alimentasse qualquer esperança com relação a conquistá-lo, porque gosta de meninos e não dá a mínima pra meninas.
Ante a perplexidade da mocinha, continuou:
-- E disse mais, só que pra mim em confidência: que você é uma bobalhona que se apaixonou tanto por ele, que é incapaz de namorar qualquer outro rapaz deste colégio. O que é uma pena, já que eu tô tão interessado em você e...
-- Você topa me namorar?! – atalhou a colegial, magoada, furiosa e resoluta.
O colega de classe ficou sem entender nada, porque a moça passou a virar-lhe o rosto a partir de então, além de namorar o seu desleal mensageiro.
--A gente não entende as garotas. – explicou-lhe este uma vez – Quando eu fui dar o recado, ela me disse que não tinha o menor interesse em você e que eu, sim, sou o rapaz dos seus sonhos.
Não chegou, ao completar dezoito anos, a ingressar nas forças armadas, graças a um atestado médico de insuficiência física, atestado este com timbre de um hospital público que obtivera de um falsário. Liberado de suas obrigações em relação à pátria, resolveu, no entanto, mesmo depois de vinte e tantos anos, não ingressar no mercado de trabalho.
--Querem vocês -- dizia a seus críticos – que eu engrosse essa camada de trabalhadores explorados que padecem neste país? Abster-me de trabalhar é antes de tudo um protesto contra a perversa relação de trabalho que grassa nesta nação.
Houve uma época em que deu a impressão de querer dedicar-se à caridade, e não é que alugou um terreno, armou um "stand" e montou uma igreja, a Igreja do Jesus Miraculoso, onde fazia enxergar os cegos, ouvir os surdos, falar os mudos, numa sucessão de milagres jamais vista? É bem verdade que cobrava donativos pesados, mas explicava a suas ovelhas que a igreja era de Deus e Deus não era mendigo para receber parcas esmolas, além de pô-los a par de que precisava dar continuidade à sua ( a dele, Jonas) obra incomensurável e magnífica: a construção, para os seus seguidores, de um condomínio de moradias no Céu.
Essa história toda de condomínio celeste, milagres, caridade só deu em água por culpa de uma mulher mal-amada, disposta a jogar por terra toda a vastidão do trabalho do nosso pastor. É que um dia, mal Jonas acabara de fazer enxergar um cego que o era há já dez anos, a mulherzinha gritou do meio da multidão:
--É mentira! Esse homem nunca foi cego!
O pastor indignou-se e dirigiu-se a ela com a autoridade moral natural e peculiar dos homens do Senhor:
--A senhora duvida de um milagre de Deus?
--Deixa de palhaçada, seu safado! Ele é meu marido e fugiu ontem com a vizinha. Pelo menos até ontem tava enxergando muito bem!
Foi um corre-corre danado, o falso cego levando guardachuvadas da mulher, gorda e mal-vestida, Jonas fugindo à ira da multidão, as pedras atingindo-lhe os calcanhares, e o episódio mostrando-nos mais uma ironia da vida, onde se pode descer da magnitude à execração, do mais elevado pedestal à colocação mais chã. Assim o nosso amigo sofreu a primeira grande queda de sua vida.
Mas tinha capacidade para reerguer-se! E o conseguiu através de um casamento bastante ... digamos... satisfatório. A mulher era um pouco mais velha, se levarmos em conta que ele contava uns trinta anos e ela, setenta e cinco. Uma viúva doente e que herdara alguns bens do marido...
--Vejam só, meus amigos – costumava comentar entre os companheiros de copo, no período de recém-casado – duas bênçãos vieram a mim ao mesmíssimo tempo: o amor e a boa-sorte.  E, num gesto de auto-exaltação:--É a recompensa pela bondade, meus irmãos! Eu me dei à caridade, à probidade e à honradez. Deus me deu uma bela e remediada mulher por minhas obras e minha conduta neste mundo.
A conduta de Jonas dispensava comentários, a expressão remediada se adequava perfeitamente à situação financeira da mulher; todavia, bonita era uma palavra jocosa para se fazer alusão à mencionada senhora. Ela tava  "no bagaço", tinha setenta e cinco anos e aparência de oitenta e cinco. Tanto que o recente esposo tinha dificuldades em cumprir suas obrigações conjugais, sendo em muitas das noites auxiliado (ou melhor, salvo) pelos soníferos que vivia a colocar nos sucos de tomate que a pobre mulher tinha o hábito de tomar após o jantar.
Enfim, a senhora morreu no tempo mais ou menos previsto por Jonas, mas este não viu sequer a cor de sua herança, pois os credores da finada deixaram-na pobre como um indigente poucos dias antes de sua morte, com uma todos os bens e as contas bancárias penhoradas.
Foi aí, então, que o nosso homem teve a sua segunda queda na vida .
Nosso amigo houve assim de enfrentar a dura luta pela sobrevivência. Teve de se valer de pequenos expedientes como vender pardais pintados de amarelo para passarem por canários e fazer outros pequenos "bicos", tudo pelo suado pão dos dias.Outros biscates, aliás, de vez em quando lhe rendiam ganhos bastante razoáveis, sobretudo com o golpe da mulher adúltera.
Este golpe era, aliás, bastante simples: Jonas associou-se a uma morena dotada de inúmeras e inquestionáveis virtudes – bunda grande, peito em pé, coxas grossas e torneadas, olhar lascivo e lábios carnudos – que, quer num ponto de ônibus, "shopping" ou que lugar fosse, olhava insinuante e insistentemente para o sujeito que lhe parecesse ter a carteira recheada. A vítima se aproximava, os dois conversavam e trocavam lisonjas, Celina, a morena, convidava-o a ir à sua casa, este ia, os dois se despiam no quarto, ela fazendo que antes o indivíduo deixasse as roupas sobre uma cômoda que ficava bem próximo à porta do quarto. A cama ficava bem longe da cômoda e encostada à janela, e, quando os dois iam iniciar o ato sexual, Jonas, que sempre passava todo o tempo escondido na sala, gritava:
--Sua vagabunda! Desta vez eu mato você e o teu amante! –e metia a mão na maçaneta, abrindo a porta e surgindo diante do coitado com um revólver sem bala em punho.
Jamais um dos pegados no truque quis ir até a cômoda para pegar as roupas e a carteira, todos pulavam a janela nus como estavam. Os dois cúmplices riam muito nessas ocasiões, dividiam o dinheiro e Jonas é que se regalava nas carnes bronzeadas da gostosona.
Esta sociedade só se desfez porque o nosso amigo sofreu o seu terceiro golpe. Houve um dia em que Celina gostou de verdade de um sujeito, um cara grandalhão e musculoso como um hércules. Quando o tal estava nu e Jonas começou a bradar, a morena segurou o parceiro pelo braço, impedindo-o de pular:
--Não pula não, meu bem, que o revólver é de brinquedo.
Jonas arregalou os olhos, quedado, viu de repente aquele gigante nu crescer diante dele, e apanhou copiosamente... numa surra memorável, inesquecível.
Sumiu durante umas três semanas. Quando reapareceu, entrou no bar lotado de conhecidos, o ar compenetrado, e não sorriu nem aceitou as bebidas que lhe foram oferecidas.
--Senhores! – bradou solenemente – Quero pedir-lhes o silêncio por um momento, apenas para dizer-lhes que estou de partida.
Quiseram dizer alguma coisa, mas ele os conteve com um gesto, seguiu:
--Um homem deve ir sempre ao encontro de seus iguais e seus pendores, um homem deve ir sempre ao encontro de seu destino. Adeus, senhores! – e saiu botequim afora, sem atender a qualquer voz que o chamasse, sem dar qualquer explicação.
Sumiu do bairro, nunca mais ninguém o viu nem soube dele. E vez por outra ficavam a conjeturar sobre que rumo tomara na vida, o que quisera dizer com suas poucas e formais palavras. A que iguais se referira? A ladrões, vigaristas, golpistas, assaltantes? Não, assaltantes não: Jonas nunca fora violento. Nem os tais iguais deveriam ser desonestos, mas tão somente tristes, já que ele tinha o ar tão sério e compungido... E o que quisera dizer quando falou em ir ao encontro de seus pendores? Vigarice, calhordice, desonestidade...? Não, pois e o semblante tão austero...? Além disso, aquela merecida surra provavelmente o havia regenerado. Ele falava de algum pendor sério, talvez para a tristeza – não é o que sugeria em sua expressão? Reunir-se-ia a outras pessoas tristes, uma associação dessas de anônimos que há por aí. Ou quem sabe tornar-se-ia monge, viveria num mosteiro em lugar ermo e distante...? Não, meu Deus! Estaria ele pensando em suicídio, juntar-se a outras almas igualmente tristonhas? Meu Deus! Que tragédia! Foi isso que quis dizer ao referir-se a ir ao encontro do próprio destino! Só podia ser! ir em busca de seus iguais era ligar-se no plano sobrenatural a outras almas infortunadas, o infortúnio era o seu pendor, e a morte, o meio de chegar a tal destino. Os boatos rolavam com frequência.. Jonas se matara. Jonas fora para um mosteiro. Jonas tornara-se um eremita. Integrara-se a uma quadrilha de falsários. De vigaristas. De assaltantes. Jonas casara-se com uma milionária, morava no estrangeiro.
E assim os rumores foram indo e vindo, de boca em boca, até que um dia uma barulhenta e perturbadora carreata parou bem em frente ao boteco que outrora Jonas frequentava, e adivinhem quem estava de pé no carro principal, com uma faixa enorme acima da cabeça! Adivinhem quem! Quem? O próprio, minha gente! E na faixa se lia: “Votar em Jonas Pereira é votar em trabalho e honestidade.”Jonas desceu do carro e abraçou os amigos, pediu votos e pagou bebidas, sorriu muito e comentou com entusiasmo:
--Um homem com os meus dotes é nascido e feito sob medida para a carreira política.
E o nosso protagonista não só teve os votos dos amigos, como também elegeu-se na condição de um dos políticos mais votados daquelas eleições.
1996
Barão da Mata
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baraodamata · 4 years
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O BÊBADO
Desceu do táxi às oito da manhã. Vinha bêbado da noitada, a gravata e o paletó dependurado num dos braços. Entrou no prédio com os passos trôpegos, pegou o elevador e chegou ao apartamento. Dentro da sala, jogou-se ao sofá, e o revólver que portava caiu da cintura. Tirou-o do sofá e colocou-o sobre a mesa de canto.
A cabeça rodava, os pensamentos mais velozmente ainda.
Lá fora crianças brincavam. Era uma manhã serena e morna de primavera. Babás e mães empurravam seus carrinhos com bebês, colhendo para eles o sol da manhã dourada. Os carros passavam sem estardalhaços pela rua de pouco movimento e pouca atratividade pelos seus quebra-molas. Algumas raras buzinas se ouviam, o trânsito na rua transversal era intenso.
Ficou a matutar sobre a vida e o porre que tomara. De que valia a esbórnia e um porre? Besteira! De que valia a vida? De que valia tudo?
Mulheres decotadas passavam pela rua, os olhos ávidos do porteiro do prédio as acompanhavam. Moças de saia curta cutucavam-lhe os desejos.
O bêbado tentou levantar-se em vão, caiu sentado no sofá. Já nem se lembrava do momento em que pagara o táxi. Mas quase com certeza o pagara, pois do contrário teria havido uma confusão dos diabos na entrada do prédio. Levou uma das mãos ao rosto e teve vontade de chorar: uma lágrima desceu-lhe do rosto suado.
Um carro deslizou suavemente pela rua de pouco movimento. Uma babá tirou a criança do carrinho e a pôs no colo. Um menino andava vagarosamente em sua bicicleta, sobre a calçada de colorido piso. Um passarinho pousou num ninho defronte a uma janela, sobre o galho de uma árvore frondosa. Um casal de idosos passeava de mãos dadas, uma mulher bonita e de vestido com transparências arrastava atrás de si os olhos do porteiro. Outro menino passou calmamente em sua bicicleta. Um outro passarinho procurou o ninho. O estampido do tiro mortal encheu a manhã serena, subitamente convertida em manhã de pânico e estupefação.
2008
Barão da Mata
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baraodamata · 4 years
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VERSOS DE PORCELANA No 2
Quero te fazer um poema co’a delicadeza de quem toca harpa
Co’a mansidão de quem dedilha violão.
Quero versejar para ti assim como quem toca flauta,
Como quem docemente canta ao silêncio da profunda noite.
Quero te cantar como quem se dá de todo às estrelas e ao luar,
Numa coisa assim que é mais que prece, que oração, que reza,
Mais que entrega, enlevamento, que viagem,
Algo que nenhuma língua tem palavras para exprimir.
2000
Barão da Mata
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baraodamata · 4 years
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baraodamata · 4 years
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Barão da Mata - Tudo
www.baraodamatatotal.blogspot.com
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baraodamata · 4 years
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POEMA DE NÃO-AMOR
Quero fazer um poema que seja só não-amor. Que não seja canto, mas silêncio; que não seja perdão, mas ódio calado, velado e mudo. Quero fazer um poema que não olhe nos olhos da amada, mas baixe a fronte, jogando os próprios olhos sem brilho no chão. Quero fazer um poema cheio de vazio, que não afague, mas ponha as mãos cerradas para trás. Quero fazer um poema que nada expresse, não faça gesto, não olhe, não sinta, mantenha a boca fechada, trancada, e o corpo imóvel tal como estátua feita de pedra. 1999
Barão da Mata
www.baraodamatatotal.blogspot.com
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