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Não sei nem por onde começar.
Que vinho cê gosta? Eu gosto dos fortes, dos com bastante álcool e tanino, que deixa a boca bem vermelha sabe?
Vermelho.
Onde posso começar?
Tá. Vou começar na primeira vez que me senti sozinha. Sozinha pra caralho.
Eu tinha sei La,.. uns 10 anos.
E tinha duas amigas na escola (os nomes foram trocados por motivo de processo) a Laura e a Caroline. Éramos o que se pode chamar de amigas. Uma dormia na casa da outra, conversávamos sobre todas as coisas que garotas de 10 anos conversam quando confiam umas nas outras. Até que um dia eu descobri um bilhete quando eu estava na casa de uma delas. O bilhete que as duas trocaram na sala e nunca compartilharam comigo, falando o quanto elas não queriam que eu estivesse perto, me chamando pelos nomes que outras pessoas me chamavam na escola quando passavam por mim (sim, rolou um bullying leve nessa época). Cara, isso doeu.
Doeu tanto que tirei um Xerox desse bilhete e tenho até hj. (masoquismo¿ )
Não sei MT bem porquê. Mas sempre me fudi com amizades femininas. SEMPRE. Tipo 99,9%.
Ter alguém pra chamar de amigo foi uma luta pra mim desde que me lembro como gente. Não quero parecer que to me vitimizando aqui, não é o caso. Até pq se vc acha que é o caso, vc está mais que convidado a parar de ler isso a qualquer momento, o mundo é livre e o choro tbm.
Mas essa é a minha verdade. Já leu Dom Casmurro¿
Enfim, sempre tentei ser uma boa amiga. Por algum motivo, minhas amizades feminias acabavam acabando. Partindo meu coração. Mesmo.
Laura e Caroline.
Andressa.
Essa foi A melhor amiga. A pessoa que eu mais confiei na vida, amava como se fosse irmã. Vivia lá em casa. Até que assei no vestibular da unica universidade que eu queria fazer na vida (ainda não sabia MT pq, mas sabia que eu devia).
Era em curitiba. Eu sou de poços de caldas. 800km de distancia, eu lembro quando minha mãe me ligou, eu estava na casa dela
“Alo, oi mãe
- VOCÊ PASSOU NA UFPRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR (esse nível de emoção)
- ok, só vou comemorar qdo eu chegar em casa e ver que realmente fui eu olhando no numero da minha inscrição (vamos combinar que Ana Carolina dos Santos não é um nome sueco e único no Brasil) “
Cheguei em casa, olhei no jornal (sim, JORNAL, sabe o que é isso¿ é tipo um papel impresso com noticias que você vê no facebook, só que de uma forma tão deturpada quanto, porém muitas vezes mais bem escrita) e vi lá meu nome, e conferi minha inscriçao e sim, era eu.
ERA FUCKING EU
Passei na porra do vestibular que eu mais queria passar. E aqui vou falar (pq eu to escrevendo sobre a minha vida então eu posso falar) que eu passei em todos os vestibulares que eu prestei.
Assim começou minha jornada em Curitiba.
Gente. Foi difícil.
Pensa em uma pessoa SUPER tímida, que morria de vergonha da vida. Do universo. E de tudo mais. Entrei pra nutrição.
Mas mal sabia eu que nutrição era considerado um dos cursos comas calouras mais gatinhas da universidade.
O trote foi tão suave quanto o pessoal que fazia o curso.
Trote no Brasil é um papo sério. Muita gente já morreu por isso. Tinha um amigo meu (falarei dele em breve) que fazia economia na UFPR e o trote consistia em jogar agua de peixe nos calouros.
GEMTE
AGUA
DE
PEIXE
Em uma pessoa que estudou pra caralho pra passar na federal e tomar AGUA DE PEIXE* no trote é pra foder.
Agua de peixe pros desentendidos é uma aguá misturada com peixe morto e quem tem um cheiro que nem que você esteja no role por uma semana sem tomar banho você vai ter. Só os peixes tem. E os peixes mortos tem mais ainda.
Enfim. Triste.
Tá. Voltando.
Onde eu tava mesmo¿ To bêbada gente, me perdoem se algo sair meio fora de contexto, mas acho que eu estava falando sobre......
Sobre............................................................................................
Ah! Sobre ter passado na universidade que eu mais queria, a UFPR.
(to be continued)
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Oi.
Welcome to my story. But it could have been yours as well.
Your neighbor.
Your friend.
Your mom.
How many times, did we answer “I´m good” when someone asks how we´re doing.
Mas por dentro estar despedaçado, fodido, acabado.
Quem nunca¿
Mas vem cá. Chega aqui perto.
A verdade é que
Ninguém se importa.
Ninguem
Ninguém se importa como você sente.
Eu não me importo como você se sente. Você não se importa como eu sinto.
Estamos sozinhos. Nascemos sozinhos (mesmo sendo gêmeos, um nasce de cada vez), morreremos sozinhos e acreditar que temos alguém é pura ilusão.
Vem cá, senta aqui, vamos tomar um vinho juntos. Vou te contar umas historias.
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The german Guy
He was not the first one, but this is not about a time-sequence story. Straight to point he sent me a message: - Hey, wahts up? wanna meet up? It was incredibly fast. But since i´m also very intense i´ve embraced the opportunity since german guys was not on the menu just yet. First meeting “lets meet up at the botanical garden (a incredible stunnishing fucking huge and beautiful place). We walked all over the place, just chatting some easy chats like who are you and what are you up to in life stuff. This guy was a backpacker and had visited a lot of places that i´d love to see someday. He was incredible beautiful. All the german pattern: blue eyes, perfect smile, short hair with the bangs up to his eye, giving him that sexy look which was very pleasant to look at. - Now tell me about tinder –said him. What have you been up to?/ - Oh well you see, you are my first tinder meeting (I lied). So, not much going on, and you? - I´ve had some good and bad experiences. - Tell me more. - The good ones turned into meeting nice girls like you (I blushed), but the bad ones, oh man, like people who lie in their pictures you know¿ that sucks! (its clear that it was a tinder date, and as it is, you choose people by their appearance. Is quite shallow, I know, but is also very easy to hook up if that’s what you want. – I cannot say I was into just hook up, but when you have a blued eyed tall german guy looking at you and saying you´re a nice girl it kinda makes you feel grateful for tinder existence). - Yeah, that should totally sucks man (by this time I´ve just remembered a date I´ve had with a guy in NYC by tinder as well (yep I lied he was my first tinder date, but in USA i´ve had this one and it was enough for me not wanting any of this shit anymore. Till Australia, of course. I wish I could tell him about this meeting, OMG was just the worst evah, maybe one day I´ll tell you guys). Some easy talk later I invited the guy to have some drinks cause you know, I´m not obligated to stand such a beauty by being sober and shy. - I just know a place. I tooked him to a backpacker bar very close to the main train station in Melbourne cause its cheap and have good music while you can have good drinks and smoke a cigarette at the same time (when you leave Brazil you start to understand the value of stuff like this). I payed him a drink, cause you know, I feel uncomfortable by man paying me stuff. One beer after he said he needs to leave cause he was going to this festival out of the city (fact about Australia: they LOVE an excuse to make a party. - Cheers to that). That was it. No kiss, and one “I see you when I come back” Oh well, sounded fine. One week later he messaged me. - Hey Brazilian beauty, I´m back, lets catch up! Man, this was one of the most boring dates I´ve ever had. The guy was super quiet. He wanted to pay for the wine we had at the beach cause he felt he owned me after that drink. “That’s cool” – I tought. He came up with the shittest sweet wine ever. But that’s okay, not judging here, just telling. And then when the wine ended up he wanted by all sorts of way go to my house. Fact: no kiss yet. I was just in my most state of lazyness ever seen. So I said we couldn’t cause my housemate was there and he doesn’t like strange people at our home (I laugh so hard inside cause if there´s something we do good is inviting strange people over every week). We ended up at this festival at the beach (remember aussies love an excuse to party?). The guy was just seated there by my side, talking nothing. No talk, no kiss (I know, I could have done the move to kiss him, but at this point I was just praying for the God of boreness to take him away of there), no boose. Ok, lets buy another wine – I´ve said. - Only if you pay. Dude, I´ll pay GLADLY specially if you get the fuck out of here as quick as a fart can spread in the air. - Yeah, I´ll pay. Half bottle later. No kiss, no talk, no nothing. - So, if we-re not going to your place I think I´m going home. - Ok, sorry, you know, I wish but we can´t. Blame Felipe. (laughing inside again, this shit never gets old). The guy went home or whatever the place he was. Me dialing straight away: - Felipe? Where are you? Come here, there´s an AMAZING thing going on at the beach and you should be here right fucking now. And also there´s wine.
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Strangers in the night
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O problema é que nós sempre confundimos a ideia de amor com apego. Sabe, nós imaginamos que o apego e o ciúmes que temos em nossas relações demonstram que amamos. Quando na verdade é só apego. E isso nos causa dor. Porque quanto mais nos agarramos a algo, mais temos medo de perder. E então, se nós perdermos, vamos sofrer. O que quero dizer é que amor genuíno é… Bem, o apego diz: “Eu te amo, por isso quero que você me faça feliz”. O amor genuíno diz: “Eu te amo, por isso quero que você seja feliz. E se isso me incluir, ótimo. Se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.”. E são dois sentimentos diferentes. O apego é como segurar com muita força. Mas o amor genuíno é como segurar muito gentilmente, alimentando aquilo, mas permitindo que as coisas fluam. Não é ficar preso com amarras. Quanto mais amarrarmos o outro, mais nós sofremos. É muito difícil para as pessoas entenderem isso porque elas acham que quanto mais se agarram a alguém, mais elas demonstram que se importam com essa pessoa. Mas não é assim. Elas realmente estão apenas tentando prender alguma coisa, porque se for de outra maneira, acham que elas é que se ferirão. Em qualquer tipo de relacionamento no qual pensamos que podemos ser preenchidos pelo outro está fadado a ser complicado. O ideal seria que as pessoas se juntassem já tendo esse sentimento de preenchimento próprio, e se juntassem para apreciar a companhia do outro em vez de esperar que o outro supram a necessidade de preenchimento que elas não sentem sozinhas. E isso gera um monte de problemas. E com isso vem a projeção do romance e do amor, em que idealizamos nossas ideias, desejos e fantasias românticas do outro. E possivelmente o outro não será capaz de corresponder a essas expectativas. Quando começamos a conhecer o ouro, reconhecemos que ele(a) pode não ser o Príncipe Encantado ou a Cinderela. É apenas uma pessoa comum, que também está lutando. E a menos que sejamos capazes de enxerga-las, de gostar delas e de sentir desejo por elas, e também ter compaixão e ternura, será um relacionamento difícil.
Jetsunma Tenzin Palmo
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a perfect day for yoga classes
Double Downward Cats
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This is Harisu. I´ve met her around Flynders St in Melbourne. She was promoting a burlesque show, in which she is performing: Thailand Ladyboy Superstars. We didnt spoke much, but when I asked her about the ladyboys situation in thailand she explained that when a straight man dates a ladyboy, she acts as a sort of sugar mama, paying for everything for the man. "My goal is to be successful here in Australia, but I´ll always carry my Thai essence with me."
You go girl!
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"we were talking
About the space between us all
And the people
Who hide themselves behind a wall
Of illusion
Never glimpse the truth
Then it's far too late
When they pass away”
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eu pensei sobre aquele dia que a gente conversou
eu pensei sobre aquele dia e
e
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Because you know I´m all about the balance.
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