Tumgik
apolo-rivera · 4 years
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diosnysos​:
                           Estava concentrado em provocá-lo, mesmo que não fosse seguro fazê-lo naquele momento. A tensão sexual entre ambos era sempre palpável, o que não atrapalhava em nada a relação de cumplicidade, assim como a sensação de estarem mais completos e se reconhecerem perto um do outro. Tinha acabado de falar alguma coisa absurda, que resultara em gargalhadas, quando o tom da conversa foi completamente alterado. Sentiu o coração errando uma batida. Não porque não estava acostumado com aquele carinho, mas porque era exatamente daquilo que precisava no momento, e não havia se dado conta até então. Já havia tido todos os tipos de conversas nas últimas horas e se preparava para os mais variados tipos de broncas, mas ainda não havia escutado palavras de conforto que o faziam sentir tão bem. “Obrigado.” Foi o que conseguiu dizer a princípio, a voz embargada, enquanto tentava formular uma declaração tão boa quanto. “Eu fiz muita merda, mas ainda bem que no final deu tudo certo porque… Você estaria perdido sem mim, fala sério, essa vida ia virar um tédio sem fim.” Brincou, rindo. “Você é importante pra caralho para mim, Tris. Não tem mais ninguém que viria me raptar no hospital.” Agradeceu, sabendo que ele entenderia o que queria dizer.
                          O corpo se esticou mais uma vez para tentar observar a porta, o corredor iluminado e quanto movimento havia dentro do hospital. Conhecendo a estrutura tão bem, assim como os funcionários e os horários destes, não foi difícil começar a dar as instruções. Detalhou por onde Tristan deveria entrar, em silêncio e evitando ao máximo a recepção e os postos mais importantes da enfermagem. “Sorte a nossa que a essa hora está todo mundo desmaiado quase, mas cuidado com o barulho porque qualquer coisinha ecoa por aqui.” Advertiu, antes de dar instruções sobre onde encontrar uma cadeira de rodas para levá-lo, assim como a direção para o quarto onde estava. “Quando você virar a direita, vai ver um quarto mais brilhante que o normal e alguém totalmente quebrado perto da porta. Vou desligar, vem logo.” Terminou de instruí-lo, desligando o telefone para arrumar-se desajeitadamente na poltrona pela milionésima vez, sem conseguir encontrar posição confortável. Arrumou a camisola hospitalar no corpo, mantendo a expressão mais séria possível. “Finalmente alguém para cuidar de mim de verdade.”
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A vida naquela rua resumia-se aos gatos furtivos e ao porto-riquenho que também passava secreto por entre as sombras das árvores floridas. Naquele trecho específico da rua, um manto de folhas e flores sanguíneas secas jazia no chão dando-lhe um aspecto irregular e lúdico. As rodas da bicicleta traçavam um trajeto linear, um rastro efêmero do caminho percorrido por Tristan, prova de sua incursão noturna naquela alameda arborizada. À medida em que as horas mortas passaram, uma delicada neblina úmida incorporou-se próxima ao chão e, mescladas ao forro rubro de folhas, criou a ilusão de que toda aquela rua estava submersa em lava. Apolo brincou mentalmente deslizando sobre o magma, abandonando pequenos tornados de neblina que se dissipavam no frio. Suas roupas o camuflam nas sombras tornando-o praticamente invisível, não fosse o som: das folhas secas quebrando, dos aros das rodas varando o ar ou o tilintar metálico das correntes para denunciar sua presença ali, ainda assim as únicas testemunhas desse evento eram os gatos vadios em suas lixeiras.
Chegara a seu destino e, alocando devidamente sua bicicleta, espreitou pelos jardins da propriedade, aproveitando das sombras e da neblina noturna para manter-se oculto, até chegar à edificação. Ignorou o portal principal caminhando para lateral do edifício, um anexo sem janelas com uma entrada discreta para funcionários. Torceu para que a porta estivesse destrancada enquanto caminhava sorrateiro, observando seu entorno com as pupilas dilatadas e o coração que pulsava dentro da boca, deparou-se com a porta encostada e em poucos instantes estava no interior do hospital. Não poderia demorar-se nos corredores uma vez que aquela porta aberta sinalizava o possível trânsito recente de funcionários naquela ala, traçou rapidamente o caminho para o corredor escuro no qual encontravam-se as cadeiras de roda, tomou posse da mais leve e seguiu rumo pelo corredor à direita do bebedouro como o indicado pelo amigo. Uma fresta de luz emanava de uma porta quase ao final do corredor e quando se aproximou pode ver a silhueta do amigo de camisola. Respirou aliviado apressando-se para dentro do quarto com a cadeira de rodas.
O suor frio escorria de sua nuca, seu corpo ainda gelado do orvalho da noite, os olhos dilatados, a respiração pesada. – Nem acredito que consegui entrar...- cochichou, as mãos fluíram para o pescoço de Bazz, acariciou com vigor a nuca do amigo enquanto olhava na profundidade de seus olhos, o rosto próximo ao de Dionísio, o sorriso largo. – Como está se sentindo? Quer fazer isso mesmo? – disparou preocupado com a condição do amigo, seus olhos correram pelo corpo do outro analisando a condição do outro. Embora muito ferido o amigo estava devidamente amparado, com curativos bem aplicados e um aspecto saudável. – Como saímos daqui então? Trouxe essa coisa. – Apontou a cadeira – Nem sabia que precisava tanto assim te ver – Abraçou cuidadosamente o amigo e antes de desvencilhar-se completamente deixou um beijo demorado bem próximo aos lábios de Bazz.
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apolo-rivera · 4 years
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bigbadwclff​:
❝ — O BAILE DE FORMATURA ESTÁ CHEGANDO!❞ — leu em voz alta nas letras garrafais enquanto encarava o panfleto cravado no mural. Sequer prestou atenção na sua companhia, não fazia muita diferença agora que estava perdido em pensamentos. Apesar das letras em caixa alta e ponto de exclamação, o tom de voz de Wolfgang foi o oposto de animado. Se o baile está chegando, o fim da escola também, e ele ainda não estava preparado para pensar nisso. ❝ — Soa quase como um ‘vá embora logo!’ à esse ponto, não acha?❞ — questionou sua companhia, exibindo um sorriso modesto. ❝ — Pretende se candidatar?❞ — adicionou rapidamente, a fim de desviar o assunto ligeiramente depressivo para algo mais descontraído.
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Olhou com igual desânimo para a situação, achatando a boca e lançando as mãos nos bolsos do casaco, o rosto do Apolo indicava um pouco de descontentamento e um misto de incompreensão com preguiça. Wolfgang não era o colega com quem tinha maior intimidade, mas uma vez que havia sido dirigida a palavra, decidiu que partilharia seu desânimo com o anúncio em questão. - De fato... não soa, é exatamente isso que tá escrito! Olha. - sacou um canetão da mochila e escreveu com letras garrafais abaixo do texto de anúncio “Vá embora logo!” com as mesmas palavras que Pallas usara. - Detesto eufemismos. - embora seu ato de vandalismo acontecesse a título de graça, seu semblante mantinha-se imutável e apático. 
- Me candidatar? Não... Minha participação vai ser só essa mesma - Reforçou a escrita com um contorno e estrelinhas nos cantos. - não vejo graça na bagaça monárquica, mas um ponche com música nunca falha. - Sorriu com um canto da boca, sutilmente. - Você vai ? - Disse referindo-se à candidatura .
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apolo-rivera · 4 years
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FLASHBACK
odesxronado​:­
Não passou despercebido para Charles a súbita mudança de comportamento do outro rapaz, não podendo esperar nada diferente daquilo, uma vez que ambos estavam em lados opostos da guerra que o próprio Lennox havia declarado desde que colocara os pés na escola. Conseguia apenas imaginar que tipo de impressão Tristan tinha dele, tendo certeza que muitas das suas atitudes alimentavam ainda mais o seu papel de vilão. Também não era hipócrita ao ponto de afirmar que não havia feito pré-julgamentos com relação ao porto-riquenho, no entanto, acreditava que ele era uma das figuras mais inofensivas que pertenciam ao outro grupo. Sendo assim, somando isso à sua exaustão, não viu motivos para assumir uma postura implicante com o Rivera, ainda mais ao notar que ele também fazia certo esforço para tornar a interação o mais agradável possível. “  — Perdoe a minha ignorância.”  Pediu com um sorriso curto, porém educado. Realmente fazia mais sentido a sala ser voltada para artes em geral, já que possuía alguns quadros e esculturas pequenas além das fotografias, mas como suas visitas ali eram voltadas apenas para a arte envolvendo as câmeras, da qual era secretamente amante, todo o restante passava despercebido para ele. 
Com uma das sobrancelhas elevadas, William estranhou o tempo um pouco mais prolongado que Tristan passou encarando sua foto, mas isso logo ficou em segundo plano assim que viu a coleção das outras imagens dispostas na mesa próxima ao rapaz.  “ — Bom, você também está aqui e certamente você é alguém.” Utilizou de um timbre mais amigável para que o outro percebesse que estava brincando. “ — Só queria um lugar para descansar um pouco e fugir de toda a loucura que está lá fora. E aqui foi o único local que achei que poderia encontrar as duas coisas.”  Permitiu-se relaxar mais os ombros, afinal, não estava contando nenhuma mentira. Omitindo talvez. Sem conseguir controlar a curiosidade, Charles avançou alguns passos, se aproximando um pouco mais de Tristan consequentemente. “  — Eu posso dar uma olhada?” Solicitou ao indicar o restante das fotografias, que supôs terem sido tiradas por ele, já que estava com a câmera em mão. 
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-Não tem por que desculpar-se, afinal, também é uma sala de fotografia, não é mesmo... - Retribuiu o sorriso educadamente. 
Pairou certa estranheza no ar quando notou o arqueado das sobrancelhas de William, sentiu-se aliviado porém que o mesmo não ostentou dúvidas ou questionamentos, Tristan já ostentava a fama de ser um pouco estranho, então não seria fácil para Charles notar que estava mais travado que normalmente se permitiria estar. - Aqui realmente é um bom lugar para descansar... mas sobre fugir de loucura, não sei se encontrou o lugar mais são para fazer isso, como pode ver, aqui é onde colocamos toda loucura pra fora, acho que o único lugar onde é permitido ser  louco nessa escola, não é mesmo? - comentou de maneira tranquila, tentando passar o máximo de leveza para William, não estava disposto, ainda, a baixar a guarda e permitir-se rir, mas também não queria ser antipático. Inconscientemente queria ser bem visto pelo rapaz, sabia que o mesmo não era do mesmo “time”, mas uma vez atraído era difícil para o Apolíneo permitir que uma pessoa de interesse saísse de uma conversa pensando mal dele, gostaria de ser notado, e bem notado!
-Claro, pode sim. Algumas estão em processo ainda. - disse coletando fotografias de pilhas diferentes e entregando para o Titã. - Estas já estão finalizadas, tô fazendo essas intervenções com tinta acrílica, sabe? - explicou corriqueiramente seu processo de pintura sobre as fotografias e qual conceito queria acessar com isso, tomando cuidado para não cansar William com demasiadas explanações artísticas. - Por fim, é só um hobbie que gosto muito, gosta de fotografia também? - aproveitou a deixa para passar a fala para William, antes que se perdesse nos caminhos complexos de sua vida pessoal e em como utilizava da fotografia pra expressar suas questões familiares e traumáticas não resolvidas. 
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apolo-rivera · 4 years
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FLASHBACK
evreuxdharcourt​:
A sugestão de Tristan arrancou uma risada de Genevieve. Um retrato dela naquele momento? Meio descabelada, cansada e completamente fracassada? Não sabia se queria guardar uma lembrança daquele dia, mas o entusiasmo do Rivera lhe comoveu. Além de que, que mal faria seguir o momento de espontaneidade? ❝ — Tudo bem, mas vai ter que me prometer colocar meu nome quando for um artista famoso e todos ficarem obcecados com todas as suas obras.❞ — piscou, sorrindo. Não acreditava no contrário, Tristan possuía paixão nas coisas que fazia e a loira acreditava em seu potencial.
Apenas assentiu distraidamente com a afirmação sobre o banheiro. Não duvidava que um banheiro unissex tivesse aquele odor, especialmente porque achava que eram os próprios alunos moradores que ficavam encarregados da limpeza do local. Ainda assim, sua mente estava um pouco longe; pensava no caminho que precisava percorrer para ir até para casa, tirar aquela roupa, tomar banho e dormir. Estremeceu. Quando o garoto retomou a sua fala, a d’Harcourt se assustou ao observar a sua face, os olhos marejados e o tom estável da fala. Olhou-o compassivamente. ❝ — Ei, eu sei. Eu sei que não é fácil. Não vem sendo fácil há muitos meses. Piora tudo porque nunca conversamos sobre o assunto e só fingimos que nada aconteceu, porque era melhor para nós, melhor para a versão que contamos à polícia. Mas aconteceu e não foi digerido, e então faz parte isso voltar de tempos em tempos para nos assombrar.❞ — falou, aproximando-se de Tristan e pegando uma das suas mãos, afagando com ambas suas. ❝ — Se precisar desabafar, pode contar comigo. Mas se não quiser falar sobre o assunto, podemos só jogar conversa fora mesmo, ou fazer algo bobo e estúpido.❞ — propôs, sorrindo.
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-Não se preocupe quanto à isso! - tão rápido quanto afirmou já estava disparando uma fotografia de Geneviève. Enquanto a fotografia ia se revelando escreveu no canto inferior central “ Apolo para Hera” e riu ao entregar a fotografia que já mostrava aos poucos o sorriso fresco da garota, Tris esperava que ao se ver na fotografia que Geneviève estava muito bela e menos aparentemente cansada do que imaginava, que a mesma fosse sentir-se melhor, o pouco que fosse.
Tentou sorrir quando Hera pegou uma de suas mãos, escutou atentamente as palavras da moça, tudo fazia sentido, ainda que estivesse vivendo um pesadelo nonsense compartilhado com outros alunos. Queria que aquilo chegasse em algum fim, que fosse breve, tão breve quanto a queda de Camille ou o retorno de Eloise. - Como isso vai terminar, Geneviève? - fungou enquanto caminhava - Acho que acabei desabafando já, do meu modo estranho - riu sem jeito - mas o que mais me assombra não são as mentiras, a forma estranha como tudo aconteceu... são as imagens... os cheiros e a temperatura das coisas - antes que perdesse novamente o eixo de sua linha de raciocínio e caísse em divagações inespecíficas decidiu ser objetivo e passou a descrever o cadáver de Camille -Eu estava no lago quando Camille caiu, acho que fui o único que realmente viu o cadáver tão de perto... com a cabeça aberta. Sabia que ainda tinham algumas coisas pulsando lá dentro?! - segurou a ânsia de vomitar - E eu não consigo superar aquele momento... e acho que toda essa situação, essa forma como todos lidaram com a situação, e isso me inclui, foi só tornando mais intolerável ainda esse trauma. - Olhou suplicante para garota -Só quero saber como isso vai terminar agora... qual o caminho devo percorrer para superar aquela noite? - 
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apolo-rivera · 4 years
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diosnysos​:
                      “Florzinha amarela será, então. Preciso desesperadamente de alternativas a partir de agora.” Se referia às drogas, obviamente. Depois do susto que havia dado nas pessoas, não sabia quanto se sentiria culpado por usar qualquer entorpecente, ao mesmo tempo em que não sabia quanto tempo era capaz de ficar sem o uso. Faziam pouco mais de vinte e quatro horas que havia saído de uma casa completamente desconhecida e já sentia as mãos trêmulas e o corpo implorando por uma gota de álcool que fosse. Até havia cogitado pintar um pouco do álcool em gel que ficava à disposição de suas eventuais visitas, mas achava que aquilo seria apenas confirmar que tinha um vício e ainda não estava pronto para isso. “Ah, conta uma novidade! Hoje a enfermeira me disse que lembrava de mim quando era pequeno e eu desatei a chorar. Um homem que se sente livre quanto as próprias emoções é um homem três vezes mais sexy.” Se gabou, num tom divertido.
                      Pelos poucos minutos em que conversaram, Basile esqueceu que estava no hospital. Se as outras pessoas com quem manteve contato faziam questão de lembrá-lo a cada segundo sobre como sua situação era infeliz e como deveria se sentir mal e culpado, Tristan fazia o oposto. O fazia rir, ao ponto de precisar abafar as gargalhadas e sentir o leve ardor dos pontos no abdomen conforme o movimentava. O fazia querer sair correndo, se aventurar pelo hospital, pelas ruelas vazias que o rodeavam, aproveitar até a sensação da perna quebrada e os diversos ferimentos. Queria viver, criar histórias, e, de repente, como se todo o pesar em seu peito sumisse, queria viver mais do que tudo. Tinha sorte por tê-lo por perto, pelo outro querer viver tanto e tão intensamente quanto ele.
                      “Está me dizendo que você vai se vestir de enfermeiro?” Engasgou por um segundo, meio incrédulo, meio atordoado pelo imaginação fértil. Já havia perdido as contas de quantas fantasias do clube de teatro havia pego emprestadas, quantas vezes havia se aventurado na costura, e mais quantas vezes ambos haviam encomendado roupas absurdas na internet. A mistura entre risadas e lúxuria era sempre certa. “Dieu du ciel, é bom você estar chegando. Só não quero acabar com a minha outra perna, mas, de resto, ‘tô disposto a fazer qualquer coisa hoje.” Riu nervosamente. O tempo havia se mostrado indiferente quanto à forma que se sentia com a relação entre ele e o Rivera. Por mais que já estivesse acostumado ao outro, tivesse conhecimento sobre boa parte dele e seus gostos, tudo sempre era uma novidade.
                        O conhecendo como conhecia, sabia que provavelmente estava pedalando a caminho do hospital. Não importava quantas vezes o zoasse quanto ao meio de transporte, era incapaz de fazê-lo largar da bicicleta. Mas o rapaz talvez ainda não tivesse entendido que seria impossível que, como tantas vezes o fizeram, Basile se segurasse atrás dele. Acabou enviando uma foto da perna imobilizada como aviso, para que ele se preparasse propriamente para a possível fuga ou, se fosse o caso, já desistisse logo do plano inicial e pensasse no que fazer em seguida.
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Pode-se dizer que Apolo e Dionísio têm várias coisas em comum, mas uma das mais notáveis é o gosto vicioso pelas drogas, um gosto que varia da degustação mais virtuosa dos aromas e sabores de um bom vinho envelhecido até o gosto depravado pelas drogas sintéticas mais entorpecentes. Não é orgulho para Tristan esse traço, este nunca irá bater no peito ou proclamar aos ventos a paixão pelos entorpecentes, mas também não é segredo para ninguém. Sentiu-se brevemente triste pelo amigo, pelo “desesperadamente”, pois identificou-se com o desespero da abstinência e com a culpa social de ser um drogado aos olhos dos outros. Mas sentiu paz na fala do amigo, queria desesperadamente encontrar Bazz e dar-lhe o abraço merecido, Tristan não buscara até então inteirar-se da situação do amigo, pois como era tradicional em sua amizade, ele não questionaria os porquês e os comos daquela situação.
Divertiu-se com a graça do amigo. Riu e gemeu estimulando uma imagem erótica e cômica sobre fetiches e fantasias na cabeça de Bazz, como era de costume, não poderia perder a oportunidade de tirar um sarro da situação como um todo. Se falariam de acidentes e sobre um resgate no hospital, teriam com certeza que desenhar mentalmente uma trama sexual, de preferência bizarra e cômica, para que só então estivessem satisfeitos com a conversa, típico do dueto dos deuses drogados e safados. -Tenho sorte por ter você, Bazz.- irrompeu numa afirmativa emotiva e brutalmente honesta, quase descabida com todo carnaval que aprontavam por telefone, mas era a forma de Tris inserir em suas falas pervertidas e cômicas com o amigo um pouco de seriedade e afetividade, livre dos olhos da sociedade, na crua noite, deparando-se com a realidade brutal de ter quase perdido seu melhor amigo para algum infortúnio da vida, ou do vício... – Escuta com atenção porque não vou repetir... mas... você é importante demais pra mim, cara! E sou imensamente feliz por te ter como amigo... e foda-se o que você fez, beleza? O que importa é o que vamos fazer agora, você tá vivo, mais ou menos inteiro e isso é o que importa! Vou te tirar daí e a gente vai passar a noite debaixo do meu edredom. Sobre sua perna eu não garanto muita coisa – riu mais um pouco, até que recebeu a fotografia da perna e parou brevemente próximo a uma árvore... sentiu-se levemente baqueado por não ter se dado conta até então do real estado do amigo. Mas após retomar o fôlego voltou a pedalar, repensando seu plano de fuga novamente. - Estou na porta. – Disse encostando a bicicleta atrás de um arbusto e manteve-se a espreita aguardando instruções.
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apolo-rivera · 4 years
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FLASHBACK
odesxronado​:
Os Gallagher, como uma tradicional família de origem irlandesa, não poupavam esforços ou dinheiro quando o assunto era comemorar um dos dias mais memoráveis da sua nação; o dia de São Patrício. Charles cresceu escutando seu pai contar sobre a importância daquele dia e seu contexto histórico, além das preparações que precediam a semana de festividades. Porém, foi somente ao completar seu décimo quarto aniversário que o rapaz teve a oportunidade de participar daquela tradição familiar. 
Ainda consegue se lembrar como se sentiu ao ficar próximo da fogueira enorme que montavam sempre no último dia. O crepitar da madeira queimando se misturava com os sussurros de seu avô, este que contava alguma lenda celta supostamente passada de pai para filho. Junto com seus primos mais novos, Charles tentava absorver o máximo que podia daquela história e com o fim da noite, ele se pegou imaginando como seu pai pode abandonar tudo aquilo para assumir o sobrenome Lennox. Claro, com o passar do tempo Arthur assimilou que a ambição do mais velho havia falado mais alto e não o julgava por isso, mas também se questionava se tomaria a mesma decisão dele se estivesse em seu lugar. 
Aceitar participar daquela competição como forma de prestigiar tais lembranças se mostrou ser um tiro pela culatra, pois ao invés de o distrair, fez com que refletisse sobre algo que o aterroriza mais que o anônimo intitulado de - E. Desse modo, aproveitando que estava na escola e supondo que o vencedor iria demorar para ser anunciado, Charles caminhou distraído até um dos locais que considerava um de seus refúgios entre as paredes da Truffaut .  “ —  Perdão, estou atrapalhando?” Se fez presente ao notar outra silhueta dentro da sala, só percebendo se tratar de Tristan quando o mesmo se virou em sua direção, consequentemente jogando um flash de luz no seu rosto que o cegou por alguns segundos. “  — Tá tudo bem, você não teve culpa, fui eu que te assustei.” Disse um acenar da mão para que o outro não se preocupasse, enquanto com a destra coçava os olhos, esperando que se ajustassem ao ambiente. “ — É essa a técnica que vocês do clube de fotografia usam para tirar uma foto espontânea?” Brincou para aliviar o notório nervosismo alheio e se inclinou para apanhar o resultado do incidente. “ Uhn…até que não ficou tão ruim, talvez o contrate de outro ângulo ficasse melhor. Claro, minha cara de espanto também não ajudou muito.” ­
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Respirou fundo tranquilizando-se por ser um rosto conhecido em sua presença, mas rapidamente se deu conta de que se tratava de Charles, nunca tivera nenhum contato direto com o líder dos titãs e o pouco de notícias que obteve do mesmo não eram as mais positivas. Embora Tristan não levasse em conta a guerra olímpica imaginária sentiu que poderia sofrer uma ofensiva de Cronos, em seu imaginário construíra uma persona grosseira e maléfica sobre o Lennox. Instintivamente a feição patética e achocolatada assumiu um ar apático e blasé, como não estava na presença de um íntimo não se permitiria comprometer a imagem nula que ostentava para os demais colegas.
Surpreendeu-se, porém, com a abordagem positiva do colega, que lhe estendeu um aceno e um comentário cômico. Fosse talvez inconsequente assumir que Charles o destratasse apenas por ser de uma tribo rival, ou por ser grandessíssimo amigo de um rival assumido do ex-aluno da Notre-dame. Decidiu dar espaço para aquela interação, mas não baixou sua guarda totalmente, queria ver até onde aquilo iria. – Na verdade não temos um clube de fotografia..., mas eles aceitam a fotografia aqui no clube de artes. – percebendo que começara um discurso passivo agressivo tentou mudar rapidamente sua estratégia – Mas realmente, parando para pensar, é uma boa técnica, vou sugerir para os colegas na próxima reunião do clube. – Sorriu, sem perder o semblante. Estendeu o braço para pegar a foto que era de sua posse ainda. – De fato não está tão ruim, não é mesmo? – Pela fotografia pode perceber melhor as feições de Charles, como se o visse como realmente era pela primeira vez, despido de conceitos pré estabelecidos. De fato, reparou beleza no colega e mordeu os lábios instintivamente, sentiu atração, mais do que se permitiria assumir, então fechou os olhos algumas vezes a fim de voltar a si, olhou para o Titã, dessa vez não via mais Cronos “o vilão”. Pensou “merda, que que ta pegando?”.
Soube portar-se o mais indiferente possível, era inconcebível que alguém percebesse o que sentia naquele momento, era confuso demais até para Apolo, este que nunca negara a si o jogo dos flertes e o encontro das carnes, mas dessa vez era diferente, tratava-se de um “inimigo” de seu melhor amigo (com benefícios). Jogou a foto sobre sua própria mesa de trabalho, junto as demais fotografias que estava preparando para apresentar ao clube de artes. – O que te trouxe aqui, Charles? Não imaginei que alguém cogitasse achar algo nessa sala lotada de cacarecos. – Buscou manter foco nos olhos do outro, evitando deixar os olhos correrem para outras partes do corpo de William, não poderia correr o risco de ser notado.
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apolo-rivera · 4 years
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FLASHBACK
houssie​:
parte de nöelle sentia-se motivada a encontrar pistas e desvendá-las a fim de encontrar o pote de ouro que, não surpreendentemente, poderia definir seu futuro. sem falar que era, sim, uma pessoa competitiva. um estágio em uma das instituições financiadores, uma entrevista em qualquer universidade que escolhesse. era inteligente, sim, e quanto a isso era muito segura. mas ser inteligente é mesmo o suficiente para entrar em uma boa universidade? as cartas de recomendação que deveriam apresentar provavam que não. suspirou exasperada, porque se sentia um tanto idiota por estar perseguindo pistas com pessoas que já tinham a vida feita e, possivelmente, sequer se importavam com o estágio ou com a droga da entrevista. e talvez, alguns, sequer se importassem com a suposta pista anônima que comporia o prêmio final daquela caça. se é que, de fato, existe mesmo alguma pista. 
¡vale! que rico. escutar a frase proferida por uma voz tão familiar fez com que houssière erguesse a cabeça, identificando o amigo há alguns metros dali. seu visível incômodo marcado pelas linhas de expressão acentuada ao que sustentava uma faceta não muito amigável, logo deu lugar a um sorriso espontâneo. porque o outro simplesmente tinha esse dom de fazê-la sorrir sem desprender qualquer esforço. ergueu a mão para acenar de volta, antes de voltar com ela para o bolso do moletom. aproximou-se do garoto, assustando-se momentaneamente com o barulho da câmera instantânea. o riso frouxo de tristan foi o que desencadeou o seu. —  ❝ olha, tenho que admitir que essa é a melhor foto instantânea que já tiraram de mim. você, realmente, deveria investir nisso. obrigada, cariño. ❞ — sorriu ao ver a foto se revelar no pequeno papel fotográfico, colorindo o branco com seu rosto parcialmente desfocado. —  ❝ a foto comprovou a teoria da resting bitch face, tho. ❞ — fez uma careta ao ver que a expressão capturada pela câmera instantânea não era a mais radiante, embora agora estivesse radiante. antes de, mais uma vez, ser alvo do carinho do rivera. —  ❝ vejo que você não está muito inclinado a encontrar o pote de ouro, quero ser exatamente assim quando crescer. dá muito trabalho ser competitiva. ❞  —  brincou ao que mantinha seus braços envolvendo a cintura de tristan a fim de sustentar o abraço por mais tempo.
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É agradável, em qualquer situação, encontrar quem gostamos. Para Tristan, ver Nöelle refrescava o momento, tinha memórias boas com a amiga e qualquer pessoa que fizesse bem para sua gêmea era alguém importante para o rapaz, que não fazia a linha “irmão ciumento”.
- Obrigado, cariño! E você está longe de ter resting bitch face. Você é uma diva, Nöelle. – retribuiu o elogio da amiga, sabia que nem de longe aquela era uma de sua melhores fotografias, afinal era fruto de um disparo acidental, mas aceitou o elogio embora nunca tenha se quer cogitado a ideia de investir na fotografia enquanto profissão. – Essa bebezinha é minha parceira – apontou para sua câmera rechonchuda e rosada – meu hobbie, meu resgate! –
As palavras de Nöelle o fizeram sentir como se estivesse passando um mal exemplo, ou comportando como um insensível. Tristan, um aluno pagante, sabia que as condições para a bolsista não eram as mesmas que tinha. Apolo é fruto dos extratos mais privilegiados de Porto Rico e não tem tantas vivências para realmente compreender a realidade da vida de quem não nasceu em berço de ouro. Ainda assim buscava sempre não ser tóxico, pensando melhor na forma como lidava com seu dinheiro fácil e seus privilégios em suas socializações com ela. De fato, era fascinado pela força e resiliência de Atena, sentia-se na presença de uma deusa que sempre irradia beleza e imponência.
- Você já cresceu, cariño... você já é a guerreira que me inspira, não perca nunca a garra, tigresa! Eu que sou bobão – fez uma careta cafona e sorriu honestamente para Nöelle – Se alguém aqui precisa crescer esse sou eu e quando penso em seguir o caminho certo é em você que penso, no quanto você é esforçada e inteligente. – Parou por alguns instantes entregando o peso da cabeça ao ombro amigo, as mãos de Nöelle em sua cintura. – Estamos no mesmo lugar agora, mas você batalhou contra gigantes e construiu um caminho sólido até aqui, eu só caí aqui com uma câmera na mão... – suspirou, não triste, mas sentindo paz naquele abraço. – Eu estou nessa competição como um observador, um passante e se pudesse escolher alguém para ser a vencedora, esse alguém seria você, Nö! – beijou novamente a face da amiga, queria vê-la sempre bem e estava disposto a sempre oferecer um porto seguro, bem como sempre recebera o ombro amigo de sua “irmã” de consideração.
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apolo-rivera · 4 years
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evreuxdharcourt​:
Ficou mais tranquila quando soube que não estava no banheiro errado, e também depois da descontraída da história contada por Tristan. Olhou para a fita escrita com o nome errado, balançando a cabeça. ❝ — Que absurdo, que descaso. Mas não deixa eles te eliminarem por isso não, o erro foi deles e não seu, não pode ser prejudicado por isso.❞ — disse com veemência. Ficou também calma quando notou que não era a única a não encontrar pista nenhuma, pois começava a achar que tinha algo muito errado consigo. É claro que depois de encontrar Charles na sala dos professores ficou claro que muita gente não estava jogando limpo, então tinha muito menos a ver com sua capacidade e mais com a consciência alheia. Voltou a encarar seu reflexo no espelho, achando que estava com cara de exausta. Era melhor que volasse para o portão de entrada ou então fosse para casa de uma vez por todas. Porém ainda hesitava em fazer isso, sua vontade de descobrir a trama do anônimo maior que qualquer outra coisa. ❝ — Que ótimo, fotos, sério? Adorei. Você pode compilar as fotos e dar o nome de: o desespero da junvetude do século XXI.❞ — brincou, voltando a encarar o porto riquenho a tempo de ver que estava tirando a sua fita verde e lhe oferecendo. Ficou pensativa por um momento; era tentador! Se as outras pessoas estavam jogando sujo, por que ela não podia? Mordeu o lábio inferior. ❝ — Acho que na verdade não vai fazer muita diferença, sabe? Eu não vou poder ganhar o prêmio, porque vão ver que a fita não é minha. Se for honesta, só tem uma coisa que me interessa…❞ — foi reticente, mas sabia que ele sabia. Não era a única que recebeu a mensagem, não podia ser. ❝ — Bom, de qualquer forma acho que não vou ser muito mais produtiva hoje.❞ — falou, odiando o som de derrota que escutou em sua voz.
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Percebendo que a amiga estava cansada, assim como também o estava, conduziu a interação para a porta do banheiro, a fim de procurar um lugar mais confortável e menos artificialmente iluminado como aquele banheiro. As vistas cansadas por focar o olhar por tanto tempo através da lente da câmera davam ao rapaz um olhar chapado.
Deu risadas da sugestão artística da amiga – Pode deixar que essa eu vou usar – disse enquanto brincava com as mãos, fingindo estar anotando algo em um bloco imaginário. – Hei, quer uma foto para esse momento? Posso fazer um retrato seu? Se quiser pode ficar com a fotografia, como registro de hoje. – Ofereceu suspendendo a câmera que pendia em seu pescoço.
Desistiu de tentar remover sua pulseira quando Geneviève concluiu que tal feito era inviável, demorou um breve instante, porém, a pescar o que a moça estava querendo dizer com “só uma coisa que interessa”, quando se deu conta do assunto que estava sendo abordado sentiu-se brevemente desamparado, a memória daquela noite irrompeu em suas vistas, tendo que coçá-las novamente – Esse banheiro tem um cheiro estranho, né? – sua boca enchia-se de saliva, como mais cedo, e uma repulsa mórbida tomou conta do Rivera, mascarou como pode o impulso de vomitar.
Olhou para colega, seus olhos marejados. – Sabe, vou ser honesto com você, Geneviève... – pausou sua fala enquanto respirava fundo, decidindo se teria coragem de contar para alguém, pela primeira vez, sobre o que presenciou naquela noite. – Eu estou evitando o assunto, todo o assunto! O que aconteceu com Camille, o anônimo. Estou envenenado. – Pausou pensando em alguma maneira de se expressar de forma mais coesa, rompendo as barreiras da linguagem e do trauma. – Tem uma imagem aqui. – Apontou para a própria testa, tocando com firmeza entre os olhos, deixando uma marca vermelha no local. - Bom, eu me preocupo com a situação. Lidar com ela... está sendo difícil. – Segurou firme para não chorar, não queria assustar Hera, no fundo sentiu que não conseguira realmente proferir o que precisava, não descreveu que a jovem Martin se estatelara justamente próximo a si, tampouco revelou que flagrara um homem suspeito na encosta, mas foi o mais longe que chegou de expelir a versão da noite que retinha.
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apolo-rivera · 4 years
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evreuxdharcourt​:
Em regra, Geneviève era uma garota irredutível e competitiva. Vivia para competições daquele tipo pois as travava com os irmãos desde que aprendeu a andar, talvez até antes (para ler antes, andar antes, falar antes). Assim sendo, em situações como aquela virava uma verdadeira máquina de resultados, buscando-os a todo custo. Ainda assim, por mais que pensasse ao contrário naqueles momentos, Viv ainda era um ser humano e seu corpo possuía necessidades. 
Quando Chloé arrancou sua pulseira na biblioteca, a d’Harcourt decidiu continuar a busca de qualquer forma, pensando que não poderia ganhar mais os prêmios da escola, mas ainda poderia por as mãos na pista do anônimo número dois. Assim, continuou a percorrer o campus de forma insistente por muito tempo depois da sua eliminação. Já cansada e tendo percorrido todos os prédios e salas que pensou imagináveis para se ter pistas, a garota adentrou os dormitórios, não para procurar alguma lá, mas porque imaginou que a área ali seria desabitada. Não conhecia muito do lugar exceto dos meses que passou indo visitar Cédric ali, e não achou que muita gente pensaria em ficar lá. Estava certa. 
Em paz com o silêncio inovador, adentrou o primeiro banheiro que viu. Não estava exatamente com vontade de fazer alguma coisa, só queria checar o cansaço no seu rosto ou algum outro traço de esgotamento, decididindo que se daria uma pausa assim que saísse dali. Teria feito isso na biblioteca se não tivesse tido encontros tão conturbados lá. Estava absorta em seus pensamentos quando viu Tristan sair de uma das cabines. ❝ — Tristan! Que susto!❞ — exclamou, colocando uma das mãos sob o peito. Não esperava encontrar ninguém ali. ❝ — Estou no banheiro masculino? Ou é unissex? Mon dieu.❞ — pensou alto; não tinha prestado atenção na porta entrada e, de qualquer forma, não conhecia a configuração dos banheiros dos dormitórios. Franziu o cenho diante da pergunta e comentário dele. ❝ — Não sei dizer, mas de qualquer forma isso não importa mais para mim.❞ — falou, balançando o pulso sem a fita verde. A derrota para a Beauchamp ainda deixava o gosto amargo na boca, mas o que podia fazer? Esperava que ela pelo menos dividisse consigo a pista. ❝ — Eu tive um azar tremendo essa noite, não encontrei pista nenhuma, acredita nisso? Tô muito frustrada. Espero que tenha sido melhor que eu.❞ — comentou, esperançosa pelo amigo; Viv odiava fracassar, mas odiava ainda mais ver os amigos fracassando.
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O susto dado em Geneviève pelo desajeitado encontro dos dois naquele lavabo deixou Tristan levemente envergonhado, fazendo com que corasse, na tentativa de compensar o susto decidiu tranquilizar a garota – O banheiro é unissex sim, não tem problema! – demorou alguns instantes para que percebesse o que d’Harcourt quis dizer com aquele aceno de pulso – Ah, sim... a fita. Tinha até esquecido dela. – Olhou para o próprio pulso verificando a própria fita que continha seu nome escrito errado – Acredita que erraram meu nome na hora de digitar? Será que isso já me torna um desclassificado? – Riu-se e tentou mais uma vez raspar as letras erroneamente impressas em sua fita, sem que obtivesse sucesso logo desistiu e continuou a conversar com a colega que não via há algum tempo – Eu também não achei pista alguma..., mas sendo honesto com você, eu nem procurei muito. Preferi tirar um rolê sozinho pela noite. Fiz umas fotos. – Sorriu sem jeito apontando para câmera fotográfica rosa que pendia em seu pescoço – sou meio lerdo para esse tipo de competição, mas até acho divertido, sabe? Perambular por aí a noite, ver as pessoas correndo atrás de objetivos e prêmios. Eu faço mais o estilo observador, não sei nem porque ainda estou com essa fita no braço, se tivesse jeito eu te passava ela! Com certeza faria melhor uso – Entrelaçou os dedos por debaixo da fita e esticou-a ao máximo sem que arrebentasse, com os dedos em formato de coxinha começou a puxar o pulso a fim de se livrar daquele item sem que para tanto, tivesse que arrebentá-lo. Sem êxito buscou um pouco de sabão líquido na pia e olhou para Geneviève – Arrisca tentar? Quer uma fita? -
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apolo-rivera · 4 years
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@gg-pontos
“​ La mente estaba soñando. El mundo fue su sueño.”
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apolo-rivera · 4 years
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diosnysos​:
                         O escutou contando a história atentamente, mantendo o telefone na orelha com uma mão enquanto a outra servia de apoio numa tentativa falha de levantar. Qualquer trivialidade se tornava um espetáculo na mente de Tristan, o que só o fazia querer mantê-lo perto por mais tempo. Sempre escutava que era dramático demais e algumas vezes foi acusado de romantizar muito a vida — provavelmente a fonte de toda sua frustração —, mas o Rivera o fazia tanto quanto ele. Até uma porcaria de evento chato da escola se tornava um momento histórico, do tipo que Basile tinha vontade de escrever peças de teatro sobre. “Se eu estivesse lá, nós teríamos até esquecido o que é ouro. Desculpa por isso. Prometo que logo compenso essa merda toda e a gente vai num lugar daora.” Assentiu, mesmo que ele não pudesse ver, já pensando no que poderiam fazer para comemorar a melhora de sua perna dali algumas semanas.
                        “Estamos nostálgicos? Na situação atual, você sabe que eu choro. Droga.” Suspirou pesadamente. Sempre tivera Tristan como alguém com quem contar, que o entendia e o fazia sentir encaixado no mundo de alguma forma. Suas ações jamais eram julgadas e condenadas por ele, de forma que, mesmo que a relação nunca tivesse evoluído da forma que o fizera, ainda gostaria de tê-lo por perto o máximo possível. “A gente deu o primeiro beijo nada. Se eu não tivesse feito alguma coisa, ‘tava até agora naquele chove e não molha infernal.” Aproveitava toda a oportunidade que tinha para dizer que era ele quem tinha mais coragem e iniciativa, mesmo que não fosse verdade. 
                        A gargalhada saiu expontaneamente, fazendo mais barulho do que deveria, de forma com que teve que abafá-la com a mão enquanto a cabeça pendia para trás. Aproximou o telefone mais da boca quando o imitou, ainda entre risadas: “Oba-oba! Você tem noventa anos? Mas… Hm…” Olhou para a própria situação, pensando que pelo menos a camisola hospitalar serviria para alguma coisa. Mesmo que não fosse o momento ideal, dificilmente negaria qualquer coisa para o outro. “Você sabe que eu não consigo te dizer não, né?” O tom de voz ficou provocativo subitamente, um de seus maiores talentos, enquanto a mente acabou por o fazer imaginá-los ali. 
                        “Te mando por mensagem.” Desligou o telefone, digitando o endereço no mesmo instante. Novamente, tentou se levantar da cama, conseguindo arrastar a perna imobilizada até a poltrona, onde havia a troca de roupa que Eloise havia deixado mais cedo. Ao tentar colocar a calça, no entanto, se descobriu incapaz de se vestir sozinho, o que só o deixou mais frustrado do que o normal. Se fossem fugir, teria que ser com ele nu. Por outro lado, se fossem ficar no hospital, a nudez parecia uma vantagem. Conseguiu se esticar para observar o corredor através da porta do quarto, descobrindo-o completamente vazio — por sorte, as enfermeiras da noite não costumavam rondar para observar os pacientes dormindo. Mandou outra mensagem para Tristan, dessa vez avisando sobre o corredor vazio e onde ele poderia encontrar uma cadeira de rodas.
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O que mais valorizava em sua amizade com Basile era a facilidade com que a conversa fluía, numa cadência lúdica um floreava a mente do outro com narrativas épicas e constatações dadaístas, Apolo e Dionísio partilhavam um humor peculiar, uma forma de se portarem que para maior parte daquela high Society de Truffaut era deselegante. Tristan e Émeric são os tipos de amigos que você vai ver no fundo da sala desenhando caricaturas, imitando sons complexos de animais aquáticos no meio da rua e por vezes provocando um ao outro explicitamente com piadas de duplo sentido, sempre seguidas das melhores risadas e algum rosto corado. Bazz era um dos poucos que conseguia extrair graça e vivacidade do Porto-riquenho sem que esse esteja sob efeito de alguma droga, de um modo geral Tris ostenta uma cara enjoada de fotografia, mas como seguir no papel quando seu amigo traz consigo um prisma de cores alegres para sua vida?
- Sabe um lugar que estou a fim de conhecer? Marché Forville, estava querendo fazer umas fotos lá para apresentar no clube de artes... também ouvi dizer que lá vende uma florzinha amarela que deixa a língua formigando... estava pensando se ela deixa outras coisas formigando também. – Lançou uma risada maldosa, se sentou no corrimão do prédio e deslizou um lance de escada inteiro, empurrou o portão de entrada de seu condomínio e suspirou na madrugada fria. A melancolia da rua deserta somada ao suspiro moroso do Dampierre adentrou pelos sentidos de Tris e escorreu pelo luzeiro na forma de uma grossa lágrima que nem fizera questão de secar, fungou e resmungou do frio da madrugada, embora sensível não tinha maturidade para assumir momentos de comoção – Nostalgic... Erotique, je me souviens du temps où nous passions... você tem o coração de alcachofra, Bazz, casca grossa e coração mole, mole! – divertia-se zombando da comoção, usando da graça como armadura para não assumir que sentia-se mexido pelo afeto advindo daquele momento terno.
Boa parte da conversa que sucedeu eram gargalhadas e piadas internas, uma boa distração para o frio enquanto caminhava pelas vielas úmidas em direção ao bicicletário público mais próximo, Tristan não tinha carro e fazia bom uso das bicicletas dispostas em pontos estratégicos da cidade. ­– você não consegue dizer não para mim é? – respondeu ostentando o mesmo tom provocativo que consistia em uma fala mansa e o sotaque latino mais marcado – que tal passar a noite comigo lá em casa então? Eu cuido de você melhor que essas enfermeiras daí... e se for por causa do uniforme eu tenho uma fantasia no fundo de alguma gaveta, com estetoscópio e tudo! – Destravou uma bicicleta da plataforma, confirmou o endereço pela mensagem e começou a pedalar em direção ao resgate, em poucos minutos chegaria ao hospital, em sua mente passava um filme.
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apolo-rivera · 4 years
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Onde: Banheiro dos dormitórios.
Quando: 17.03.21 – quarta-feira
Quem: @apolo-rivera & |x|
@gngstarters
Já tinha algum tempo que Tristan apenas perambulava pela noite do campus, não se dava mais ao trabalho de olhar em gavetas e armários em busca de pistas, era lerdo demais e sempre chegava aos lugares quando todos já haviam passado por lá, também não tinha interesse nos prêmios e menos ainda em se aprofundar na trama do anônimo -E, guardava consigo uma memória sombria e uma pista sutil sobre a noite da morte de Camille Martin. Embora ferido pelo trauma e a culpa, continuava a esconder a verdade das demais pessoas e fingindo não se importar tanto quanto elas.
Ainda assim o rapaz se distraía perambulando pelo campus, vez ou outra encontrava um amigo para conversar e em alguns momentos os ajudava iluminando cantos e prateleiras, mas eventualmente seguiam caminhos diferentes. Desta vez direcionava-se a uma área que pouco conhecia do campus, o dormitório, adentrou pela porta principal e se dirigiu ao banheiro principal da ala, este possuía uma antessala unissex com assentos, pias, toalhas e grandes espelhos, Apolo aproveitou para lavar o rosto e examinar o próprio cabelo.
Pelo reflexo do espelho notou a aproximação de outra pessoa. Estavam sozinhos naquele lavabo, então sentiu-se desconfortável em não cumprimentar rapidamente quem chegava -Boa noite... Fiquei sabendo que já encontraram o prêmio, é verdade? – blefou, como de costuma, jogando um verde. – Ouvi dizer que tinha uma pista quente no jardim! – levou as mãos à toalha mais próxima e começou a secar o rosto lavado.
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apolo-rivera · 4 years
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“La memoria del hombre forma su propio Edén interior.”
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apolo-rivera · 4 years
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Cara de fotografia | Apolo x Cronos
Onde: Sala do clube de artes
Quando: 17.03.21 – quarta-feira
Quem: @apolo-rivera @odesxronado 
Gatilhos: Drogas
“Un laberinto de símbolos… Un laberinto de tiempo invisible.”
Aquela noite agitada já havia trazido de tudo, menos alguma pista! Nenhum papelito verde, um potinho com moedas de chocolate, nada! E não que precisasse do prêmio, em verdade mal se deu ao trabalho de ler até o final da mensagem que anunciava o prêmio, sabia que qualquer que fosse o prestígio não lhe faria falta, e mesmo se tivesse interesse não conseguiria desvendar charadas e seguir pistas no atual estado de humor. Sentia o corpo ainda fraco pelo mal estar que sentiu mais cedo enquanto buscava por qualquer coisa que fosse no laboratório de biologia. Talvez um lanchinho o fizesse sentir melhor, já havia bastante tempo desde sua última refeição e os efeitos da maconha que consumira há pouco trouxeram consigo a infame larica. Lembrou de súbito que deixara algumas barrinhas de cereal na sala do clube de artes. Dirigiu-se ao primeiro piso do prédio central e adentrou o clube de artes no escuro.
Ao acender a luz um muro de telas pintadas, cavaletes sujos e varais com fotografias experimentais ergueu-se por toda extensão do cômodo. Gostava do contraste que tinha aquele cômodo dos demais, embora aquela desordenada confluência de imagens e texturas parecesse bagunçada para maioria dos virginianos, soava como uma imponente sinfonia bem orquestrada pelo deus do acaso. Talvez a única desorganização agradável para Tristan. ­– Cadê aquela barrinha? – se perguntava enquanto explorava umas pilhas de rascunho que não tardou em revelar não uma, mas duas barras de cereal. -Quem falou que eu não ia achar o pote de ouro? ¡CARAJO! – tratou de logo enfiar todo conteúdo da primeira barrinha na boca e ainda com a boca cheia decidiu sacar sua câmera para fotografar sua sala predileta da Truffaut.
Após fotografar alguns trabalhos e ângulos daquele cômodo foi surpreendido por uma voz que emanou muito próxima, fazendo com que Apolo se virasse muito rápido e como num ato de defesa disparou seu flash sobre o rapaz que aproximava.
- Er... me desculpe, eu não, eu – Apolo ainda tinha chocolate em seus dentes e sua face trêmula ainda respondia pela adrenalina liberada. A fotografia instantânea que acabara de tirar padecia no chão, revelando-se pouco a pouco, despretensiosamente maculando o branco do papel. -Eu já estava de saída... –
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apolo-rivera · 4 years
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diosnysos​:
                         O riso que se seguiu das palavras no idioma desconhecido foi a mais espontânea que havia soltado em semanas. Não duvidava que Tristan estivesse no auge dos nervos, mas, ainda assim, não conseguia deixar de achar graça da explosão repentina. “Mas poderia estar pior, inferno.” Praguejou de volta, ainda que o tom divertido permanecesse. O humor estava oscilando há semanas e não eram todas as pessoas que tinham a capacidade de aguentar todas as versões de Basile. Num geral, estava drogado e, por isso, na sua versão mais divertida, mas podia contar nos dedos quem tinha coragem de ligar quando estava no fundo do poço. Tristan definitivamente era uma dessas pessoas, e não ter sido repreendido por telefonema era o alívio que precisava, um indício de que podia confiar a ele a história completa e, mais do que isso, não ter medo algum de ser julgado. Não sabia se podia confiar em mais alguém dessa maneira.
                          “Eu ia adorar te ver tentando me tirar daqui. Íamos acabar caindo os dois e eu não quero mais ninguém internado, não.” Brincou, ainda se divertindo. Odiava aquele lugar mais do que tudo no mundo, mas não achava que os dois seriam capazes de tirá-lo dali, especialmente considerando a perna imobilizada. “Mas eu não reclamaria de companhia, se não estiver fazendo nada melhor.” Não queria arrastá-lo para o hospital, especialmente por ele mesmo não gostar do ambiente, mas não reclamaria caso fosse rodeado pelo carinho alheio. Sentia falta de contato humano e da intimidade, coisas que podia encontrar sempre com Tristan. “O problema maior é a minha perna, não sei se rola sair daqui com ela. Infelizmente você vai ter que ficar sem minha presença celestial por mais uns dias enquanto eu surto aqui dentro.”
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Era bom ouvir a risada solta do amigo, sentiu falta da presença marcante de Bazz naquela tarde maluca de surtos e potes de ouro inexistentes, mas imaginou que o rapaz fosse se sentir pior por não ter comparecido ao evento também – Sabe que não perdeu nada, né?! O evento foi um flop só! Um bando de gente antipática zanzando e fazendo drama porque a fitinha não combinava com o cinto... – delongou-se em uma trama totalmente entediante, mesmo que cômica e obviamente inventada, ação que não surpreendeu o amigo que já conhecia o talento de Apolo em criar histórias mirabolantes e sátiras cotidianas apenas por diversão e quando questionado ou chamado de exagerado responderia que os latinos são assim: dramáticos, passionais e exagerados.
-Já caímos tantas vezes juntos: Aquela viela no centro, aquele meio-fio estava mole, eu tenho certeza! Teve aquele dia também, no gramado do lado da pracinha, a gente estava muito louco e decidiu rodar naquele brinquedo, você caiu por cima de mim, se lembra? Acho que foi quando a gente deu o primeiro... beijo... Ou seja, cair não vai ser um problema, mas não dá para sair daí se a gente nem ao menos tentar! E é claro que não estou fazendo nada melhor, o dia foi um tédio naquela Truffaut. Me passa o endereço aí que eu chego mais, nem que tenha que entrar pela privada! E você sabe que eu consigo! – riu enquanto caminhava até o quarto, abria a cômoda e pescava qualquer roupa preta disponível. Planejou rapidamente um visual de invasão hospitalar sobre a cama e começou a se trocar enquanto conversava com Dionísio no viva-voz.
-Sobre sua perna a gente vai decidir quando eu estiver aí – Tristan ainda não tinha noção de que ela estaria completamente engessada -Não custa nada a gente tentar, pelo menos dar um rolê no necrotério, caçar vagalume no pátio, comer aquelas merendas da área do café... podemos até fazer oba-oba na maca, eu nunca fiz num hospital! – Era inevitável para Tristan dar, ao menos, uma cantada em Émeric, não era segredo para ninguém seus afetos por Bazz e é latente, quase palpável, a tensão efusiva entre os rapazes. Riu-se.
-Repete mais uma vez o endereço que estou a caminho! Você conhece muito bem esses lugares aí, já vai traçando o plano de fuga que eu me viro com a entrada! – vestiu o gorro  e calçou uma alpargata preta que usava em alguns ensaios do grupo de teatro. Pegou as chaves no gancho da porta e rodou a maçaneta. 
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apolo-rivera · 4 years
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Shroom | Apolo x Atena
Onde: Jardim
Quando: 17.03.21 – quarta-feira
Quem: @apolo-rivera @houssie 
Terminou de secar as lágrimas no casaco jeans e levantou-se do chão úmido, assustando assim alguns passarinhos brancos que ciscavam atrás de pequenos vermes à beira do lago. Estava mais calmo agora e poderia procurar pessoas conhecidas em outro local, que não despertasse novamente a péssima sensação que viveu uma hora atrás naquele laboratório repulsivo.
Sabia que o jardim não teria nenhuma pista mais, uma vez que próximo à linha de partida e provavelmente o primeiro local daquele campus a ter sido completamente explorado, e como não tinha a menor pretensão de procurar nem achar nada, aquele jardim representava o melhor destino para o momento.
Catou sua mochila e caminhou alguns metros até chegar no jardim, procurou o assento vazio mais próximo e se sentou no chão, utilizando de encosto o pé do banco, sacou sua câmera fotográfica e pelo visor começou a procurar bons ângulos para criar uma imagem: uma nuvem, um galho de árvore, um cogumelo com formato de pedra e uma pedra com formato de cogumelo... - ¡Vale! Que rico. – Pressionou o botão frontal, um flash, vários barulhinhos aconteceram e então um papel branquinho projetou-se por cima do aparato rosado. Pousou a câmera sobre o colo e só então pode notar a amiga que não estava tão longe assim, sorriu e acenou chamando Nöelle para perto de si, levantou-se com cuidado pressionando sua câmera contra o corpo e quando estava próximo para abraçar sua amiga, um disparo de luz emanou do peito de Tristan, sem querer lançara uma fotografia da amiga e agora um novo “psssrrrt” e um “Prfffft” e mais um papel branco emanou da testa daquela simpática câmera instantânea. Tristan divertiu-se com a situação lançando um riso frouxo para Nöelle e aproveitou para entregar à amiga o que era de direito dela – Seu retrato, milady! Última tendência em Paris, um novo conceito em fotografia. – A pequena fotografia apenas começara seus processos químicos e fotossensíveis, pouco da imagem podia ser visto, mas daquele ponto já era visível que a garota estava totalmente borrada e desfocada, motivo para mais um disparo de deboches e algazarras antes de finalmente abraçar e beijar as bochechas de sua amiga.
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apolo-rivera · 4 years
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diosnysos​:
                         Já faziam algumas horas desde a última vez em que havia recebido uma visita médica, de forma com que se encontrava completamente sozinho no quarto de hospital. Havia se dado a liberdade de finalmente conversar com alguns amigos, aliviado por terem encontrado o celular quase inteiro depois do acidente. Os remédios para dormir não haviam surtido nenhum efeito e Basile estava decidido a não pedir por mais, sabendo que a probabilidade de ser concedido algo mais forte depois de tudo que havia ingerido era nula. Não queria passar pela humilhação de implorar por medicamentos e ser olhado com desprezo ou repreensão pelas enfermeiras da noite, que não eram tão simpáticas quanto aos do turno anterior.
                        Quando a tela brilhou e conseguiu ler o nome na tela, o corpo relaxou imediatamente. Não sabia quanto estava precisando de uma conversa com alguém que gostasse até atender apressadamente. “Não ficou sabendo, mon chèr?” A voz saiu com certa dificuldade, num tom bem mais baixo do que o normal. Tentou parecer calmo, sem querer alarmá-lo ou causar uma preocupação desnecessária. “Você está falando com o mais novo paciente da emergência!” Forçou uma falsa animação, ainda falando mais baixo para não chamar a atenção de nenhuma enfermeira. “Mas está tudo bem, só ‘tô preso aqui.” Resumiu, de novo, sem querer preocupá-lo. Apesar de, mais do que nunca, precisar de alguém por perto e achar que Tristan seria a companhia perfeita, não sabia se um hospital era o lugar mais parecido com os que costumavam frequentar juntos.
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Mal havia se deitado no sofá e já estava de pé, os cabelos levemente arrepiados na nuca, os olhos involuntariamente esbugalhados - Não fiquei sabendo de nada, mierda! No tengo un hijo de puta que me cuente las cosas que pasan en esta escuela - praguejou em sua língua materna, como usualmente fazia em situações muito estressantes, mas ao notar o tom debilitado do amigo abrandou sua fala, focando em sua própria respiração e nas palavras de Bazz, - Se está na emergência não tem como estar tudo bem né, mané?! - dizia em tom amistoso e um pouco mais tranquilo. Bazz era o tipo de amigo íntimo com quem Tristan não precisava se preocupar em ser delicado, os dois se entendiam tanto com carinhos e afagos quanto com brincadeiras e xingamentos leves, mas nunca perdendo a paciência para com o outro. - Tá preso no hospital, mas não consegue sair daí escondido? - Apolo ainda não tinha conhecimento do estado físico do rapaz, em sua cabeça ele havia machucado, mas não estaria tão gravemente ferido.
Tão absorto em saber mais sobre a condição do amigo, não notou que já fumava o filtro do cigarro, sendo impedido de dar novo trago quando sentiu a fumaça plástica quente adentrar a boca, tossiu e arremessou a bituca no cinzeiro, acertando-lhe precisamente. - Você quer sair daí? Posso dar um jeito... -  falou com tom sério, para deixar claro que não estava de brincadeira e tinha disposição para sair em resgate do amigo naquele mesmo instante caso fosse desejo de Bazz. Para Tristan pouco importava qual situação levou Dionísio a estar ali, Apolo não é do tipo que julga ou condena as ações do amigo, estava mais preocupado em como poderia ajudar a partir daquele momento. 
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