amusasolitaria
A MUSA SOLITÁRIA
27 posts
Minhas Redes Sociais: https://amusasolitaria.godaddysites.com
Last active 4 hours ago
Don't wanna be here? Send us removal request.
amusasolitaria · 2 days ago
Text
Tumblr media
I ANTOLOGIA
Grande Majestade
Havia um reino abençoado, onde abundavam frutos e mel em fartura, e reinava uma Grande Majestade com amor, sabedoria e justiça.
E tinha tal Grande Majestade grande afeição pela sua gente, ergueu altas muralhas para protegê-los e construiu vastas estradas que atravessavam o território. Sua corte era composta por estadistas e vassalos virtuosos.
Todos cantavam os feitos dessa Grande Majestade: suas glórias, amores, justiças e bênçãos. Cantavam para si mesmos, para seus entes queridos, para viajantes, amantes, inimigos e amigos.
Mas um dia nublado, sem canto, brilho ou espanto, a Majestade não foi vista na varanda, não passeava pela esquina, não sorria aos humildes, não estendia a mão aos necessitados.
Com impaciência e urgência, o povo, dos moços a idosos, decidiram encontrar a Majestade que haviam perdido de vista. Nos salões de realeza encontraram-na não no trono da nobreza, mas caída no chão em desespero, vestida de trapos, desgrenhada, suja e despojada de sua antiga grandiosidade.
Vendo essa cena desoladora, a multidão cercou a Majestade que lamentava ter falhado com seu povo, desonrado seu dever, perdido sua força, destituído sua própria vida e manchado suas glórias.
A multidão insistia em respostas, consolando aquela alma despedaçada. Em meio às lágrimas, a Majestade proferiu: "Estamos arruinados, aflitos, perdidos. Perdi tudo, até a mim mesma."
Mas a resposta da sua gente foi firme:
"Você é nossa Grande Majestade. Sempre nos tratou como deveria, vestiu os nus, deu bebida aos sedentos, alimentou os famintos, sorriu para os abatidos, foi nossa companhia na solidão, abriu suas portas quando precisávamos, nos deu lugar à sua mesa quando menos merecíamos, nos deu coragem nos momentos de perigo. Temos tudo o que precisamos sempre que recorremos a você. Somos gratos por tudo o que fez por nós."
Diante da multidão emocionada, a Grande Majestade se ajoelhou, lamentando sua desgraça, sem saber mais o que dizer ou fazer. E uma criança tomando um passo a frente questionou com inocência:
"Majestade, você cuida tanto da gente, você se cuida e ama assim?"
──────────────────────────────
A Criança Especial
Uma mulher viúva, muito querida no vilarejo onde vive, está grávida de uma criança que tanto deseja. A velha parteira que a ajudou no parto disse: "Essa criança será especial, e terá uma sorte incrível, como nunca se viu antes, e seu nome será lembrado por muitos anos". E sozinha a mulher cria e cuida da criança. Mesmo doente, a criança parece escapar da morte, sempre se recuperando, para surpresa de todos.
Quando começa a falar frases compreensíveis, já falava como ninguém dali jamais tinha visto. Conhecia nomes que ninguém entendia e via e ouvia coisas que ninguém mais conseguia. Não se vestia, nem falava, nem se comportava como as pessoas do vilarejo. Nem era chamada como ninguém dali, pois escolheu um nome para si. Chegou ao ponto de ninguém mais saber quem era e se ainda era a mesma criança. Quando sua mãe viúva morreu, deixou o vilarejo, sob olhares injustos e cochichos maldosos.
Quando uma praga atingiu o reino, matando muitos, dos campos às cidades, dos moços ao velhos, e sem respostas satisfatórias dos deuses e espíritos, a rainha que os governa foi pessoalmente encontrar a criança especial de quem tanto se falava. E, ao encontrá-la, a rainha se ajoelhou e pediu:
"Ó criança! Ajude-nos e eu te darei tudo o que quiser, até a coroa e o cetro para reinar".
Mas a criança respondeu:
"Não tenho cura ou remédio. Não sou ninguém". E então a rainha foi embora, aflita. Depois veio a fome ao reino. A rainha voltou a pedir ajuda à criança, mas novamente ouviu: "Não cultivo a terra, não tenho sementes, nem mando no sol e na chuva para saciar essa fome".
Os vizinhos atacaram, invadiram e pilharam o reino. A rainha, agora desesperada, foi novamente à criança:
"Ó criança! Não vê a desgraça do reino, a morte, a fome e o sofrimento?!" Sem oferecer mais nada, pois estava irritada, a rainha disse que não tinha mais nada valioso para dar. A criança respondeu com calma: "Nunca pedi nada de valor. Vocês se esqueceram de viver cada dia. Eu não causei sua desgraça, nem sua glória. Se tivessem feito por si mesmos, o reino já seria grande. Se quer ajudar, comece com o básico e diga ao povo para viverem por si". A rainha foi embora, mas as palavras a tocaram. Contou ao povo, que seguiu o conselho da criança e tudo se resolveu pouco a pouco. E mesmo assim, a rainha adotou a criança e disse que ela seria sua sucessora, não somente porque não desejava o trono, mas porque podia ensinar ao povo a viverem por si, e assim, reinar até que o povo que é o reino saiba por si viver.
──────────────────────────────
A Rainha E O Amor
Num lugar bonito vivia uma rainha, filha de um sábio rei. Quando ficou noiva, seu pai lhe disse: "Viva em si mesma, e viverá sempre. Viva para o outro, e se perderá." O pai faleceu, e a jovem rainha se casou. Apesar da dor, foi feliz até que seu marido também morreu. Então, vestiu-se de preto e ficou de luto. E, como se não bastasse, tornou-se uma pessoa amarga.
Desdenhando do que não tinha e desgostosa do que tinha, mandou que procurassem o amor que a fazia infeliz. Dizia "olhem ali", e iam ali, mas nada viam; dizia "olhem aqui", e iam aqui, e nada encontravam. Sem saber mais onde procurar, desistiu da busca. Dia e noite, procurava incessantemente. Até que, na sua cama, ouviu uma voz na escuridão da noite.
— Estou aqui, você que me chamou! —
Levantando-se atordoada — Quem está aí? Revele-se! —
— Acha que sou uma pessoa para obedecer? —
— Seja o que for, saia da sombra e diga por que veio! —
— Você me chamou e agora não quer que eu atenda? Procurou-me em todos os lugares e agora manda que eu vá embora? —
— Não pode ser o vil e jocoso! —
— Duvida de mim, você que me chamou e me buscou como uma caça? —
— Já disse! Não pode ser o vil e jocoso. Sua voz é calma, não porta armas, nem grita, nem cheira mal. —
— Descreve como me vê. —
— Ora, é o que você sempre foi! Não negue! —
— Não posso negar ou afirmar o que acredita que sou.
— Não? Você nega que tirou tudo que eu estimei?
— Fala das perdas que teve e dos bens que não conseguiu ter? —
— Como sabe de perdas e bens que não sentiu?
— Você sente a dor e a perda, não? E disso, eu sei.
— Deixe de zombaria e diga por que veio aqui, monstro! —
— Me diga você, pois me procurou e agora me encontrou.
— Cessei a busca. Não procuro mais nada.
— Tem certeza do que fala? Ou é o que quer acreditar? —
— Diz então, sabichão! Sabe tudo, vê tudo, ouve tudo. E ninguém te encontrou antes, não é verdade? — Aproximando-se da rainha, toca-lhe o peito com a mão. — Sente agora? —
— Sua mão é quente e pequena. Posso sentir, mas não ver. Por quê?
— Não precisa me ver. Apenas me sentir. Sou pequeno porque me esconde aí — aponta para o peito da rainha — e não me mostrou mais a ninguém, nem a si mesma. Como espera que eu cresça?
— Por que tirou tudo que estimei?
— Nunca pude tirar nada de você. Não sou a morte, nem a vida. Sou o amor, e sei que você sabe disso em seu coração.
— Como fugiu de mim por tanto tempo?
— Você se cegou e surda se tornou, mas sempre estive com você, nunca deixei de estar em cada batida do seu coração, em cada suspiro, no canto dos pássaros, na brisa suave. Me procurou lá fora, mas eu sempre estive dentro de você. —
— Por que vem agora e só agora?
— Porque eu quis. Não sou cavalo para ter cabresto, nem gado para viver no arado. Venho quando quero e vou quando quero.
— Por que é tão vil e jocoso?
— Colhe o que planta. Não culpe a lavoura pelos erros do lavrador.
— Então, me culpa?
— Pense e me diga quem tem culpa. Mas te aconselho que de nada vai te servir a culpa, pois não ressarce o lavrador, nem replanta a lavoura. Tentando tocá-lo, mas em vão. — Por que sinto você mas não posso te tocar?
— Já disse: não sou algo para ver, mas para sentir.
— Como posso ter você sem te tocar e nem ver?
— Lembre de seu pai. Era amado? Sim, porque sabia ser amado. Amava? Sim, porque sabia amar a si mesmo. —
— Por que fala de algo que nunca vi meu pai me ensinar? E se fala, por que nunca ouvi meu pai me ensinar essas coisas?
— Há coisas neste mundo que não têm palavras para explicar, meios para ensinar, olhos para ver e ouvidos para ouvir. Queria todo velho passar ao jovem tudo quanto pudesse, e amparado pela experiência, só aí mostrado com inferências ao ensinar.
— Então, como poderia eu aprender isso que me fala se diz que não é possível?
— Afirmou ser impossível, mas está diante do que também poderia ser impossível.
— Como posso ter você mais vezes e com mais frequência?
Levantando-se — Deve saber que cada coração escolhe semente e adubo, o arado e a irrigação, a colheita e o deleite por capricho próprio, e não cabe a mim distinguir o fruto e o caule que sou cultivado. Cabe a mim apenas existir.
Ela se levanta. — Espere! — o detém pelo braço, mas o solta ao sentir sua textura. — Como posso sentir você agora? — pergunta.
— Acredita em mim outra vez. Pude tocar você porque sou o que sou e em tudo estou, mas agora acredita e, acreditando, há de sentir e ser sentida também — disse, dando as costas à mulher.
— Por que me fala essas coisas se diz que sempre esteve aqui? — declarou com um brado, com ele na soleira da janela.
De soslaio, responde — Às vezes, todos vocês buscam raciocinar a natureza que sou, quando nem compreendem quem são. Assim, procure e achará, peça e terá, pense e existirá. Não duvide de nada, e terá sempre. Conheça-se a si mesmo e tudo conhecerá — pulou e abriu voo.
A mulher correu e gritou à janela — Para onde vai e quando volta aqui? —
— Me procure adentro e me encontre afora — disse por fim, sumindo na noite. E assim, a rainha despiu o preto e desfez o luto. Abriu as cortinas, destrancou as portas, sorriu ao povo e abraçou o tempo. E o povo nunca mais viu tanta afeição e encanto de uma rainha que antes era fria como noite de inverno, e agora era quente e rosada como a manhã de verão.
2 notes · View notes
amusasolitaria · 2 months ago
Text
TEMA: MITOS
SUBTEMA: FOLCLORE GREGO
QUADRO: OS ESQUECIDOS
Tumblr media
HIPÓLITO
Príncipe de Dois Reinos, Filho de Herói, Neto de Rei, Neto e Bisneto de Deuses, Meio-Irmão de Semideuses
QUEM É
É um personagem mítico do folclore grego, seu pai é o herói e rei Teseu de Atenas¹. Sua mãe é uma amazona Temíscera² e a depender da versão, atende por: Hipólita/Glauce/Melanipe/Antíope³.
───────
¹ Uma das pólis(cidade-estado), isto é, em termos atuais, uma cidade-nação autônoma de etnia grega.
² Um mítico local onde se atribui haver mulheres guerreiras dentro do folclore grego.
³ Apolodoro, Epítome.
ETIMOLOGIA
O nome Ἱππόλυτος (Hippólytos)¹ é composto por duas partes:
ἵππος (híppos): significa "cavalo". É uma palavra comum no grego antigo para se referir ao animal e, por extensão, a coisas relacionadas à guerra e à nobreza (já que o cavalo era um símbolo de status e poder).¹
λύω (lýo): significa "soltar", "desatar", "liberar". No caso de "λύτος", refere-se ao particípio passivo de "soltar", dando a ideia de "aquele que é solto" ou "aquele que é libertado".¹
───────
¹ Lindell and Scott and Jones's Greek-English Lexicon
O MITO DE HIPÓLITO
Que fique claro que, estou trazendo textos primários, e não estou fazendo uma leitura anacronista ou revisionista, e sim trazendo o material folclórico como é.
Segundo o mito, Hipólito, filho de Teseu, foi enviado, com seu pai em plena guerra em Atenas, junto da madrasta, Fedra, para Trózen¹, do rei Piteu, na Grécia, um caçador e guerreiro casto e virgem dedicado a Ártemis², fora cobiçado e cortejado por sua madrasta (isto é concordado entre autores e a depender da versão ela,
───────
¹ Um reino mítico do folclore grego
² Uma divindade virgem e casta, e também atribuída à caça e à vida selvagem, do folclore grego
As (atribuídas) causas de Hipólito,
“Mas eu derrubo todos os que são orgulhosos de mim [...]. [Mas] para o filho de Teseu, [e também] filho da Amazona, Hipólito, o pupilo do santo Piteu, [único] dos cidadãos de Trózen aqui diz que eu [Afrodite] sou a pior das divindades. Ele rejeita a cama e não toca no casamento [...]. Mas em vez disso honra a irmã de Apolo , Ártemis , filha de Zeus, porque ele pensa que ela é a melhor das divindades; Ele passa todo o seu tempo com a deusa virgem na floresta verde, e agita os animais selvagens na terra com seus cães velozes[de caça]” — v. §5,10,15. Eurípides, Hipólito
“[...] encerrou [Hipólito] sua vida por causa de sua castidade [...]” — v. §1-7-4, 4.62.3. Diodoro Sículo, Biblioteca
“[...] porque [Hipólito] odiava todas as mulheres [...]” — v. §1.18. Apolodoro, Epítome
“[...] pois [meu filho] ousou manchar meu leito conjugal com [essa] violência, desonrando [a nós diante] o reverenciado Zeus! [...]” — v. §885. Eurípides, Hipólito.
“[...] e [Fedra] se apaixonando por ele [Hipólito] por causa de sua beleza [...] — v.§1-7. Diodoro Sículo, Biblioteca.
A paixão de Fedra,
“Teseu, o verdadeiro filho de Poseidon , teve Hipólito com a amazona Hipólita, e depois se casou com Fedra, filha de Minos, que se apaixonou profundamente por Hipólito [...].” —v. §34. Plutarco, Paralelos entre as histórias frega e romana, As Morais.
“mas mais tarde, [...] na casa de Piteu (em Tróizen), ela pediu a Hipólito para se deitar com ela [...]” — v.§1-7. Diodoro Sículo, Biblioteca.
“[...] Já que ela [Fedra] estava apaixonada por um amor estrangeiro [...].” — v. §30. Eurípides, Hipólito.
“E Fedra [...] apaixonou-se pelo filho [enteado desta] que ele [seu marido] teve com a amazona, a saber, Hipólito , e implorou-lhe que se deitasse com ela. No entanto, ele fugiu de seus abraços [...].” — v. §1.18. Apolodoro, Epítome
As reações de Fedra,
“Dizem que Fedra ficou irritada com sua recusa e, ao retornar a Atenas, contou a Teseu [seu marido] que Hipólito havia proposto deitar-se com ela.” — v.§1-7. Diodoro Sículo, Biblioteca.
“[...] Mas Fedra , temendo que ele pudesse [convencer] a seu pai, abriu [e entrou] em seu quarto [e do marido], rasgou suas vestes e acusou falsamente Hipólito de agressão.” — v. §1.18. Apolodoro, Epítome
Os desfechos de Hipólito,
“[...] Teseu deu crédito à calúnia, e Poseidon, tendo-lhe prometido uma concessão de quaisquer três coisas que ele pedisse, ele fez seu pedido de destruir Hipólito. Então Poseidon enviou um touro para a costa onde Hipólito estava dirigindo [com a] sua carruagem, o que assustou tanto seus cavalos que eles debandaram, e viraram a carruagem matando-o. [...]” — v. §34. Plutarco, Paralelos entre as histórias gregas e romanas, As Morais.
“[...] Teseu acreditou nela e orou a Poseidon [seu pai divino] para que Hipólito [seu filho] perecesse. Então, quando Hipólito estava cavalgando em sua carruagem e dirigindo ao lado do mar, Poseidon enviou um touro da rebentação [do mar], e os cavalos ficaram assustados, a carruagem se despedaçou, e Hipólito, enredado nas rédeas, foi arrastado até morrer.” — v. §1.19. Apolodoro, Epítome
“[...] quanto a Hipólito , que estava dirigindo uma carruagem quando soube da acusação, ele ficou tão perturbado em espírito que [não percebeu que] os cavalos perderam o controle e fugiram [dele], e no caso a carruagem foi despedaçada e o jovem, [que estava] preso nas correias de couro, foi arrastado até morrer.” — v. §1-7-4. Diodoro Sículo, Biblioteca.
Os desfechos de Fedra,
“E como Teseu tinha dúvidas sobre a acusação, ele mandou chamar [seu filho] Hipólito para colocá-lo à prova, e Fedra , temendo o resultado [contra si], enforcou-se [...].” — v. §1-7-4. Diodoro Sículo, Biblioteca.
“[...] E quando sua paixão foi tornada pública, Fedra se enforcou.” — v. §1.19. Apolodoro, Epítome
SOBRE A MÃE DE HIPÓLITO
Sobre o nome de sua amazona mãe,
“[...] Antíope , ou, como alguns dizem, Melanipa; mas Simônides a chama de Hipólita. [...]” — v. §1.16. Apolodoro, Epítome
“[...] Hipólita era a mãe de Hipólito; ela também atende pelos nomes de Glauce e Melanippe.” — v. §5.2. Apolodoro, Epítome
Sobre a relação de seu pai e sua mãe, também há versões,
Trazida,
“(...) Teseu (...) trazendo consigo a amazona [...] de quem ele já tinha um filho Hipólito.” — v.§4.28.3. Apolodoro, Epítome
Raptada:
“Teseu se juntou a Héracles em sua expedição contra as amazonas e raptou Antíope, (...). ” — v. §1.16. Apolodorus, Epítome
Sobre a relação de seu pai com sua mãe e até sua morte também há versões que dela distintas, a saber,
Como inimiga de seu pai:
“[...] Hipólita apareceu armada junto de suas amazonas , e ameaçou que mataria os convidados e Teseu. [...] — v. §5.2. Apolodoro, Epítome
“[...] Então uma batalha ocorreu, e ela foi morta, seja involuntariamente por sua aliada Pentesília, ou por Teseu, ou porque seus homens, vendo a atitude ameaçadora das amazonas, fecharam as portas às pressas e assim a encurralaram e a mataram.” — v. §5.2. Apolodoro, Epítome
Como aliada de seu pai:
“[...] Teseu entrou em batalha com as amazonas , e como os atenienses as superaram em bravura, ele obteve a vitória, e das amazonas que se opuseram a ele, algumas ele matou na época e o resto ele expulsou da Ática. [...] — v. §4.28.3. Diodoro Sículo, Biblioteca
“[...] E aconteceu que Antíope , que estava lutando ao lado de seu marido Teseu, se destacou na batalha e morreu lutando heroicamente.” — v. §4.28.3. Diodoro Sículo, Biblioteca
LINHA CRONOLÓGICA
Fiz esta linha cronológica em ordem decrescente. E selecionei autores que citam o personagem direta ou indiretamente até cerca do século I e II de a.E.C, o que os permite até duzentos ou trezentos anos ainda escrevendo sobre o tema sem tantas alterações e correções com o passar dos anos.
Inclusive, observando as fontes, a maioria dos autores pós-Eurípides parecem conhecer seus materias, e aí podem se tornar fontes secundárias. Daí autores pós-Apolodoro e Diodoro — que são fontes secundárias de, provavelmente, Eurípides — passam a ser fontes terciárias, pois em algumas vezes os citam diretamente, outras citam indiretamente Diodoro e Apolodoro; todavia, eu exclui as fontes terciárias, e tentei focar até as fontes secundárias.
Quanto a Luciano de Samósata e Pausânias, o Geógrafo, ambos visitaram a península grega, e embora ambos não parecem, nem de perto, ter conhecido Diodoro, Apolodoro ou Eurípides, ambos citam locais, em suas viagens, onde a figura de Hipólito é atribuída ou citada, o que me faz trazê-los aqui.
───────
E.C = d.C
Significa "Era Comum", e é o equivalente científico para "Depois de Cristo", no senso comum. E sim, a ideia é depois do ano 1, isto é, 1 E.C
a.E.C = a.C
Significa "Antes da Era Comum" e é o equivalente científico para "Antes de Cristo", no senso comum. E sim, a ideia é antes do ano 1, isto é, 1 a.E.C
A. PERÍODO CLÁSSICO
Eurípides, Hipólito (m. 428 a.E.C.)
Resumo: Tragédia que explora a história de Hipólito e os eventos trágicos decorrentes da falsa acusação de sedução por sua madrasta, Fedra.
Propósito do Autor: Eurípides escreveu para explorar temas complexos como a honra, a moralidade e o papel dos deuses na vida dos humanos. Ele usou o mito de Hipólito para discutir a natureza da culpa e da justiça.
Papel/Ofício do Autor: Dramaturgo e poeta trágico, conhecido por sua habilidade em explorar aspectos psicológicos e sociais profundos em suas peças.
───────
A peça foi produzida pela primeira vez para a cidade-estado de Atenas em 428 a.E.C. e ganhou o primeiro destaque já como parte de uma trilogia.
Eurípides tratou do mito pela primeira vez em uma peça anterior, Hippolytos Kalyptomenos (Ἱππόλυτος καλυπτόμενος – Hipólito Velado), que agora está perdida; o que se sabe dela é baseado em ecos encontrados em outros escritos antigos. A peça anterior, e a que sobreviveu, são ambas intituladas Hipólito, mas para distinguir as duas, tradicionalmente receberam os nomes Hippolytus Kalyptomenos e Hippolytus Stephanophoros (Ἱππόλυτος στεφανοφόρος – "Hipólito, o portador da coroa").
Acredita-se que o conteúdo da peça desaparecida Hipólito Caliptomeno retratava uma Fedra descaradamente lasciva que fez propostas sexuais diretas a Hipólito, o que aparentemente ofendeu o público da peça.
B. PERÍODO HELENÍSTICO
Apolodoro, Biblioteca (m. I século a.E.C.)
Resumo: Compilação de mitos e genealogias que inclui a história de Hipólito em contexto com outros mitos gregos.
Propósito do Autor: Apolodoro tinha a intenção de fornecer um resumo abrangente das tradições mitológicas gregas, servindo como um recurso educativo e referencial para o estudo da mitologia.
Papel/Ofício do Autor: Erudito e mitógrafo, responsável por compilar e sistematizar o conhecimento mitológico da Grécia Antiga.
Apolodoro, Epítome (m. I século a.E.C.)
Resumo: Resumo da Biblioteca, mantendo a narrativa sobre Hipólito em um formato mais condensado.
Propósito do Autor: Servir como uma versão abreviada e acessível da Biblioteca, facilitando o acesso às informações mitológicas.
Papel/Ofício do Autor: Similar ao de Apolodoro na Biblioteca, com foco na sistematização e condensação do conhecimento mitológico.
Diodoro Sículo, Biblioteca (m. 60-30 a.E.C.)
Resumo: História universal que inclui a história de Hipólito dentro do contexto de outros mitos e tradições gregas.
Propósito do Autor: Diodorus visava criar uma narrativa histórica abrangente, integrando eventos históricos e mitológicos para oferecer uma visão coesa da história e cultura grega.
Papel/Ofício do Autor: Historiador, conhecido por seu trabalho em compilar e interpretar a história universal, incluindo a mitologia.
B. PERÍODO GRECO-ROMANO
Plutarco, Vida de Teseu (m. 100 a.E.C.)
Resumo: Biografia de Teseu que inclui a história de seu filho Hipólito e os eventos relacionados a ele.
Propósito do Autor: Plutarco escreveu para explorar e comparar as virtudes e falhas dos grandes homens da antiguidade, usando figuras como Teseu para refletir sobre moralidade e liderança.
Papel/Ofício do Autor: Biógrafo e filósofo, conhecido por suas Vidas Paralelas, que comparam figuras históricas gregas e romanas.
Plutarco, As Morais (m. 100 a.E.C.)
Resumo: Ensaios sobre ética e filosofia, com referências que podem incluir aspectos da história de Hipólito.
Propósito do Autor: Explorar temas de ética, filosofia e comportamento humano, utilizando exemplos históricos e mitológicos para ilustrar suas ideias.
Papel/Ofício do Autor: Filósofo e moralista, que escreveu sobre uma ampla gama de temas, incluindo ética e comportamento.
Pausânias, Descrição da Grécia (m. II século E.C.)
Resumo: Descrição dos locais e tradições da Grécia, incluindo mitos e referências a Hipólito em contexto regional.
Propósito do Autor: Oferecer um registro detalhado das localidades e tradições gregas, incluindo suas associações mitológicas e históricas.
Papel/Ofício do Autor: Geógrafo e viajante, conhecido por suas descrições detalhadas das regiões e suas histórias.
Luciano de Samósata, A Deusa Síria (m. II século E.C.)
Resumo: Diálogo satírico que discute cultos e figuras mitológicas, com possíveis referências a Hipólito.
Propósito do Autor: Criticar e satirizar os cultos religiosos e figuras mitológicas, refletindo sobre a prática religiosa e a adoração.
Papel/Ofício do Autor: Sátirico e escritor, famoso por suas obras que misturam humor satírico e crítica social.
CONCLUSÃO
É difícil, a mim, dizer de alguma veracidade da existência do personagem, todavia, Luciano de Samósata e Pausânias, o Geógrafo, se concordam e corroboram sobre a existência do túmulo (real ou forjado) de Fedra e Hipólito, e inclusive de culto dedicado a Hipólito. Muito embora, nenhum dos dois seja mitógrafo ou historiador, apenas visitantes ou passageiros na península grega,
“[...] A Hipólito, filho de Teseu, é dedicado um lugar muito famoso, no qual há um templo com uma imagem antiga. Diomedes, [o herói tróiano] dizem, [esculpiu] estas, e além disso, foi o primeiro a sacrificar a Hipólito . Os trózênes têm um sacerdote [do culto] a Hipólito, que ocupa seu ofício sagrado por toda a vida, e sacrifícios anuais foram estabelecidos. Eles também observam o seguinte costume: toda donzela antes do casamento corta uma mecha para Hipólito e, tendo-a cortado, ela a traz ao templo e a dedica. [Inclusive] eles não querem que ele tenha sido arrastado até a morte por seus cavalos, [pois] embora conheçam seu túmulo, não o mostram [...] .” — v. §2.32.1. Pausânias, Descrição da Grécia
“[...] Os trózênes fizeram uma lei [e tradição] para suas moças e moços nunca se casarem até que tenham dedicado seus cabelos a Hipólito [...] Os jovens dedicam o primeiro crescimento em seu queixo, então eles [dedicam e também] desfazem os cabelos [presos] das moças , que foram sagrados [a Hipólito] desde o nascimento; eles então os cortam no santuário e os colocam em vasos, alguns em vasos de prata, alguns em ouro, e depois de colocá-los no templo e inscrever o nome no vaso, eles partem. Eu mesmo realizei esse ato quando moço, e meu cabelo ainda permanece no santuário, com meu nome no vaso.” — v.§60. Luciano de Samósata, A Deusa Síria.
“Há também o túmulo de Fedra, não muito longe do túmulo de Hipólito, que é um túmulo perto de [uma] murta. A imagem de Asclépio foi feita pelo [escultor] Timóteo, mas os trózênes dizem que não é Asclépio, mas uma semelhança de Hipólito. Lembro-me também de ver a casa de Hipólito; antes dela está o que é chamado de Fonte de Héracles , pois Héracles, dizem os trózênes, descobriu [ali] a água.” — v. §2.32.4. Pausânias, Descrição da Grécia
7 notes · View notes
amusasolitaria · 3 months ago
Text
você é um espelho que
não reflete nada
do esperado
e sendo assim
e só sssim
me faz ficar aqui
me faz aprender
me faz ver
me faz ouvir
o que sempre
refletia
mas eu não via
5 notes · View notes
amusasolitaria · 4 months ago
Text
faz um tempo que,
eu bebi álcool pela primeira vez, mas eu acho
que engoli cada gota de vinho, pensando que
era cada parte de você, queria talvez
que meus lábios tocassem os seus
que meu corpo encontrasse o seu
que eu sentisse seu gosto
que eu inalasse seu cheiro
que eu ficasse bêbada
de você
=======
6 notes · View notes
amusasolitaria · 4 months ago
Text
TEMA: FOLCLORE
SUBTEMA: MITOS E MITOLOGIA
Tumblr media
O QUE SÃO MITOS E MITOLOGIA?
AVISO: NÃO PRETENDO INJURIAR, DIFAMAR, AGREDIAR OU DETURPAR A CRENÇA DE NENHUM INDIVÍDUO OU GRUPO EM ESPECIAL.
ETIMOLOGIA DE MITOS
A palavra "mito" vem do grego antigo μῦθος ( mȳthos ), que significa 'discurso, narrativa, ficção, mito, enredo'.
ETIMOLOGIA DE MITOLOGIA
A palavra mitologia no grego antigo μυθολογία ( mitología , 'história', 'sabedoria', 'lendas' ou 'contar histórias') combina a palavra mȳthos com o sufixo - λογία ( -logia , 'estudo') para significar 'novela, ficção, narrativa'.
O QUE É MITO?
Um mito é uma narrativa de caráter simbólico-imagético, ou seja, o mito não é uma realidade independente, mas evolui com as condições históricas e étnicas relacionadas a uma dada cultura, que procura explicar e demonstrar, por meio da ação e do modo de ser das personagens, a origem das coisas (do mundo; dos homens; dos animais; das doenças; dos objetos; das práticas de caça, pesca, medicina entre outros; do amor; do ódio; da mentira e das relações, seja entre homens e homens, homens e mulheres e mulheres e mulheres, humanos e animais etc.). Sendo dessa maneira, é correto dizer que o mito depende de um tempo e espaço para existir e para ser compreendido.
O QUE É MITOLOGIA?
No uso atual, mitologia geralmente se refere à coleção de mitos de um grupo de pessoas. Por exemplo, a mitologia cristã, a mitologia arábica, a mitologia judaica, a mitologia grega, a mitologia brasileira, e a mitologia romana, e etc., que são conjunto de mitos contados e recontados entre essas culturas.
No uso acadêmico, mitologia se refere ao estudo de mitos e mitologias.
OS CINCO TIPOS DE MITO
Aqui faço uso da divisão do autor latino Caio Salústio Crispo, resumo sua divisão em:
Teológico: são de crença e culto
Material: são palpáveis
Filosófico: são de reflexão e introspecção
Imaterial: são impalpáveis
Misto: são uma mescla dos outros, de um com outro, ou um com vários acima.
RELIGIÃO OU FOLCLORE?
Depende de que âmbito estamos falando. Para o senso comum, mitologia deve ser algo distante de religião, pois aos mesmos mitologia é sinônimo de folclore, e a ideia de folclore como invecionice ou ficção, e para os mais fervorosos, diga-se de passagem, pode ser ofensivo e pejorativo. Mas para o acadêmico, a religião se propõe a interligar o humano ao divino; ou seja, a prática, que é o rito, e a teoria, que é o mito.
CURIOSIDADES
Acontecimentos históricos podem se transformar em lendas, se adquirem uma determinada carga simbólica e mística para uma dada cultura, e serem erroneamente chamados de mito.
O termo "mito" é, por vezes, utilizado de forma pejorativa para se referir às crenças comuns (consideradas sem fundamento objetivo ou científico, e vistas apenas como histórias de um universo puramente maravilhoso) de diversas comunidades.
Acontecimentos históricos, algumas vezes, podem se transformar em lendas, se adquirem uma determinada carga simbólica e mística para uma dada cultura, e serem erroneamente chamados de mito.
Mitos/Mitologias são palavras distintas, mas usadas como sinônimos embora não sejam, mas é correto que, se quiser, use amhos os termos.
Mitos/Mitologias são subgêneros do folclore
8 notes · View notes
amusasolitaria · 4 months ago
Text
TEMA: PSICOLOGIA
Tumblr media
ESCRITA COMO INSTRUMENTO TERAPÊUTICO: É POSSÍVEL?
É POSSÍVEL? COMO ASSIM?
Você já conhecia? Sim? Não? Pode parecer difícil para algumas pessoas pensar na escrita ou em arte dentro da psicologia mas, sim, é totalmente possível. chamada de: escrita livre, escrita sensível, e escrita terapêutica, escritaterapia.
O QUE É?
Se trata uma técnica que consiste em escrever livremente sobre os seus pensamentos, sentimentos e experiências, sem se preocupar com regras gramaticais ou ortográficas, e sem seguir qualquer estrutura.
QUAL O PROPÓSITO?
O objetivo é proporcionar um espaço seguro para explorar as emoções, promovendo um profundo senso de alívio emocional e clareza mental.
SOBRE A ARTE
A arte nos proporciona viver um processo terapêutico, isto é, uma "autoterapia em andamento", que outras terapêuticas não nos permitem porque exigem recurso verbal. E não estou argumentando contra psicoterapia, e sim argumentando que é possível, saudável, e vantajoso experimentar e se permitir experimentar outras terapêuticas não-verbais que nos permitem, de uma forma ou outra, expressar e elaborar o que não conseguimos numa psicoterapia convencional entre um psicólogo e um cliente.
MINHA EXPERIÊNCIA
Quando conhecemos pouco desse mundo artístico a gente acha que não é possível escrever para nós mesmos: como assim? Escrever por escrever. Nós pensamos, cobramos, culpamos a nos tão insensíveis e esquecemos que a arte não é um trabalho, é uma arte, ninguém nunca é profissional, quem vira profissional é o público que o torna. Eu não achava encontrar um lugar na arte e na escrita, escrever despreocupada, ilustrar despreocupada, expressar e elaborar despreocupada, sem medos e anseios, onde eu posso ousar ser o que acreditamos ser obrigação, e não satisfação.
COMO FAZER?
Há milhões de formas eficazes de fazê-lo. Eu não coloquei um passo-a-passo porque acho que vai de cada pessoa pesquisar e observar quais fazem sentido. Mas em resumo, basta pesquisar "Escritaterapia/Escrita Terapêutica" e vão ter milhões de resultados dentre fichas, guias e etc.
B��NUS: OUTRAS TERAPIAS
Inclusive, há terapêuticas como: Arteterapia, RPGterapia, Musicoterapia, e no caso do que estou trazendo, também pode se chamar Escritaterapia.
9 notes · View notes
amusasolitaria · 4 months ago
Text
TEMA: FOLCLORE
Tumblr media
O QUE É FOLCLORE?
ETIMOLOGIA
Folk(povo/nativo) + lore(conhecimento/conteúdo)
O QUE É?
Bem, folclore nada mais que o grande conjunto de conteúdos compartilhados por um grupo ou particular de um indivíduo, na forma de cultura ou subcultura material e imaterial expressada de qualquer forma possível, e assim herdada ou repassada, se tornando uma cultura, ou se alterada, uma subcultura. Sabe tradições como: mitos, lendas, fábulas, poesias, canções, costumes, vestimentas, e até feriados? Pse, tudo isto e até mais é uma forma expressa de folclore.
FOLCLORE NÃO SÃO LENDAS, CONTOS DE FADAS, FÁBULAS?
As lendas, contos de fadas, e fábulas também são folclore sim, mas temos uma falsa ideia de que somente lendas ou fábulas populares contadas quando crianças são folclore.
CATEGORIAS DE FOLCLORE
Folclore Material: conteúdo físico duma cultura. Ex: contos de fadas
Folclore Imaterial: conteúdo não-físico. Ex: ditados, cantigas, e expressões do regionalismo
Folclore Costumeiro: conteúdo popular e de costume diário. Ex: código de vestimenta
BÔNUS: FATO FOLCLÓRICO
Aqui apresento a riqueza e essência de um "fato folclórico", isto é, de que forma pode ser caracterizado um fato ou fenômeno como folclore
Tradicionalidade: transmissão geracional, entendida como uma continuidade, onde os fatos novos se inserem sem ruptura com o passado, construindo-se sobre esse passado;
Dinamicidade: a feição mutável, ainda que baseada na tradição;
Funcionalidade: o contexto dinâmico (motivo) que originou o fato, não constituindo um dado isolado;
Aceitação coletiva: deve ser uma prática generalizada, implicando uma identificação coletiva com o fato, mesmo que ele derive das elites. Esse critério não leva em conta o anonimato que muitas vezes caracteriza o fato folclórico e que tem sido considerado um indicador de autenticidade, pois mesmo se houver autor, desde que o fato seja absorvido pela cultura popular, ainda deve ser considerado folclórico.
5 notes · View notes
amusasolitaria · 4 months ago
Text
me desculpa
talvez você tenha cansado de ouvir,
eu pelo menos cansei de pedir
só porque palavras não são agulhas que
costuram e reparam buracos e rasgos
sou falha, intensa, confusa, difícil
talvez mais coisas que você não queira
me dizer, e tudo bem
eu só espero que o que quer que seja
você saiba que eu fui autêntica e sincera
machucando e chateando, mas
foi quem eu sou
e agradeço de coração seja quem for e foi
e quem pra você fui e sou
muito obrigada
======
5 notes · View notes
amusasolitaria · 5 months ago
Text
TEMA: FANTASIA
SUBTEMA: MUNDO DE GELO E FOGO, GEORGE R. R. MARTIN
QUADRO: CURIOSIDADES
Tumblr media
RHAENYS TARGARYEN
Bom dia, Boa tarde, Boa noite, meus amores.
Por mais que a série 'Casa do Dragão' produzida pela Max/HBO+ que se baseou no livro 'Fogo e Sangue', e talvez em 'Mundo de Gelo e Fogo' , há algumas decisões tomadas pela produção audiovisual que ou não foram adaptadas, ou não foram trabalhadas conforme as inspirações tomadas. Agora, como uma fã quero deixar algumas curiosidades para vocês.
SEU PAI NÃO ERA O PRIMOGÊNITO
Bom, na produção audiovisual isso não é detalhado. Mas nos livros, seu pai é o terceiro filho, sendo os primeiros, na ordem de nascimento: Aegon, o primeiro a nascer, e Daenerys, a segunda a nascer. E ambas as crianças não sobreviveram à infância.
NOTA: Aegon, filho primogênito, e não sobrevivido a infância assim como sua irmã, Daenerys, ambos filhos do rei Jaehaerys e da rainha Alyssane. (Eu sei, a cada dez crianças Targaryen metade delas é batizada Aegon)
SEUS CABELOS ERAM NEGROS
Sim, pode parecer uma surpresa para quem viu assiste apenas a produção audiovisual interpretando a personagem pela talentosa atriz, Eve Best. Mas nos livros, a personagem possui cabelos negros por causa da próxima curiosidade que falarei.
NASCEU BARATHEON E TARGARYEN
Sim, pois é. Rhaenys não é mero fruto do casamento de primos, ela é uma exceção da longa regra de relações incestuosas de sua família. Fora que é dito que "a semente é forte", quando se fala da Casa Baratheon. Por fim, sua mãe é lady Jocelyn Baratheon, e seu pai, príncipe Aemon Targaryen.
VISERYS, DAEMON, AEMMA E RHAENYS ERAM PRIMOS
Sim, pode não ter aparentado isso na produção da HBO+, ao menos eu acho que eles não focam tanto. Mas nos livros isso é mais destacado. Aemon, pai de Rhaenys, é irmão de Baelon, pai de Viserys e Daemon, e ambos são irmãos mais velhos de Daella, mãe de Aemma – e pela lógica primos em segundo grau.
NOTA: rei Viserys I, pai de Rhaenyra.
ELA VIVEU MAIS QUE SEUS ÚNICOS DOIS FILHOS.
Bem, Laena e Laenor Velaryon, – seus únicos filhos – morreram de forma trágica. Eles inclusive morreram antes dos eventos da Segunda Guerra Civil Targaryen, ou carinhosamente chamada, "Dança dos Dragões".
SEU DRAGÃO PERTENCEU A SUA TIA
Sim Rhaenys reivindicou sua dragão, Meleys, que foi montada originalmente pela sua tia, Alyssa Targaryen, irmã e esposa de Baelon, que seria mãe de Daemon e Viserys, – futuro Rei Viserys, e o futuro Príncipe da Baixa-das-Pulgas.
NÃO FOI A PRIMEIRA MULHER A QUASE SER RAINHA
Sim, pode não parecer, mas outras duas estavam tão próximas quanto a princesa Rhaenys de serem coroadas, a saber:
Rhaena Targaryen(23-73 DC), filha mais velha do rei Aenys I, e neta de Aegon I; foi esposa de seu irmão mais novo o futuro, Aegon Sem Coroa — usurpado pelo tio Maegor I, a quem depois também casaria com a mesma —, ela foi princesa, rainha consorte de jure, e depois legítima, rainha consorte junto a seu tio, a quinta esposa inclusive; a quem a mesma sobreviveu e também lhe foi oferecido, por ser a mais velha de Aenys I ainda viva, o Trono de Ferro, e que embora tenha recusado tinha direito legítimo e genuíno.
Aerea Targaryen (42-56 DC), filha mais velha de Aegon Sem-Coroa e Rhaena, – ambos irmãos-esposos –, ela foi herdeira presuntiva do seu tio-avô rei Maegor I; e depois de seu tio, rei Jaehaerys I
Daenerys Targaryen (53-60 DC), segunda filha de Jaehaerys e Alyssane, se dependesse de sua mãe seria a herdeira de Dragonstone, e logo, rainha por direito próprio. A morte da menina foi das discórdias que Alyssane teve com seu irmão-esposo.
Saera Targaryen (67-?DC), nona filha dos treze filhos do casal Jaehaerys e Alyssane, era uma das últimas filhas vivas do casal durante Grande Conselho de Harrenhal que se reuniu para evitar uma crise de sucessão e uma guerra civil após a morte do rei Jaehaerys; ela foi uma das cotadas, veja bem, ela não insistiu em suas pretensões, salvo seus supostos filhos que vieram cruzando o mar de Essos fazer pretensões usando do nome da mãe, – que ninguém deu muita atenção.
A respeito do Grande Conselho de Harrenhal eu citaria Rhaenys, e sua filha, Laena, como requerentes; mas elas foram preteridas por misoginia gênero. Quem na verdade, em contraste com a produção audiovisual, ficou de igual com o príncipe Viserys, foi seu sobrinho, Laenor, – filho de Rhaenys. (Que inclusive foi uma das muitas vezes que ela foi afastada do poder sem motivos senão misoginia)
NOTA: Não se sabe quando e como faleceu a princesa exilada Saera Targaryen, que residia em Volantis.
FOI IMPEDIDA DUAS VEZES AO TRONO
Bom. A primeira, quando seu pai, príncipe Aemon, faleceu, ela estava grávida, e seu avô simplesmente a preteriu em detrimento de seu tio, Baelon, mesmo seu pai sendo o mais velho, e ela sendo sua única filha, e mesmo muitas pessoas indo contra seu avô nessa decisão. A segunda, no Grande Conselho de Harrenhal, ela foi novamente preterida juntamente de sua filha Laena em detrimento de Laenor, seu filho, que também foi preterido pela linhagem patrilinear encabeçada ali pelo seu primo, Viserys – filho mais velho de Baelon e Alyssa, seus tios.
7 notes · View notes
amusasolitaria · 5 months ago
Text
TEMA: CONTO FILOSÓFICO AUTORAL
Tumblr media
A RAINHA E O AMOR: UM DIÁLOGO
Num lugar bonito vivia uma rainha, filha de um sábio rei. Quando ficou noiva, seu pai lhe disse: "Viva em si mesma, e viverá sempre. Viva para o outro, e se perderá." O pai faleceu, e a rainha se casou. Apesar da dor, foi feliz até que seu marido também morreu. Então, vestiu-se de preto e ficou luto. E, como se não bastasse, tornou-se uma pessoa amarga.
Desdenhando do que não tinha e desgostosa do que tinha, mandou que procurassem o amor que a fazia infeliz. Dizia "olhem ali", e iam ali, mas nada viam; dizia "olhem aqui", e iam aqui, e nada encontravam. Sem saber mais onde procurar, desistiu da busca. Dia e noite, procurava incessantemente. Até que, na sua cama, ouviu uma voz na escuridão da noite.
— Estou aqui, você que me chamou! —
Levantando-se atordoada — Quem está aí? Revele-se! —
— Acha que sou uma pessoa para obedecer? —
— Seja o que for, saia da sombra e diga por que veio! —
— Você me chamou e agora não quer que eu atenda? Procurou-me em todos os lugares e agora manda que eu vá embora? —
— Não pode ser o vil e jocoso! —
— Duvida de mim, você que me chamou e me buscou como uma caça? —
— Já disse! Não pode ser o vil e jocoso. Sua voz é calma, não porta armas, nem grita, nem cheira mal. —
— Descreve como me vê.
— Ora, é o que você sempre foi! Não negue! —
— Não posso negar ou afirmar o que acredita que sou.
— Não? Você nega que tirou tudo que eu estimei?
— Fala das perdas que teve e dos bens que não conseguiu ter? —
— Como sabe de perdas e bens que não sentiu?
— Você sente a dor e a perda, não? E disso, eu sei.
— Deixe de zombaria e diga por que veio aqui, monstro! —
— Me diga você, pois me procurou e agora me encontrou.
— Cessei a busca. Não procuro mais nada.
— Tem certeza do que fala? Ou é o que quer acreditar? —
— Diz então, sabichão! Sabe tudo, vê tudo, ouve tudo. E ninguém te encontrou antes, não é verdade? — Aproximando-se da rainha, toca-lhe o peito com a mão. — Sente agora? —
— Sua mão é quente e pequena. Posso sentir, mas não ver. Por quê?
— Não precisa me ver. Apenas me sentir. Sou pequeno porque me esconde aí — aponta para o peito da rainha — e não me mostrou mais a ninguém, nem a si mesma. Como espera que eu cresça?
— Por que tirou tudo que estimei?
— Nunca pude tirar nada de você. Não sou a morte, nem a vida. Sou o amor, e sei que você sabe disso em seu coração.
— Como fugiu de mim por tanto tempo?
— Você se cegou e surda se tornou, mas sempre estive com você, nunca deixei de estar em cada batida do seu coração, em cada suspiro, no canto dos pássaros, na brisa suave. Me procurou lá fora, mas eu sempre estive dentro de você. —
— Por que vem agora e só agora?
— Porque eu quis. Não sou cavalo para ter cabresto, nem gado para viver no arado. Venho quando quero e vou quando quero.
— Por que é tão vil e jocoso?
— Colhe o que planta. Não culpe a lavoura pelos erros do lavrador.
— Então, me culpa?
— Pense e me diga quem tem culpa. Mas te aconselho que de nada vai te servir a culpa, pois não ressarce o lavrador, nem replanta a lavoura. Tentando tocá-lo, mas em vão. — Por que sinto você mas não posso te tocar?
— Já disse: não sou algo para ver, mas para sentir.
— Como posso ter você sem te tocar e nem ver?
— Lembre de seu pai. Era amado? Sim, porque sabia ser amado. Amava? Sim, porque sabia amar a si mesmo. —
— Por que fala de algo que nunca vi meu pai me ensinar? E se fala, por que nunca ouvi meu pai me ensinar essas coisas?
— Há coisas neste mundo que não têm palavras para explicar, meios para ensinar, olhos para ver e ouvidos para ouvir. Queria todo velho passar ao jovem tudo quanto pudesse, e amparado pela experiência, só aí mostrado com inferências ao ensinar.
— Então, como poderia eu aprender isso que me fala se diz que não é possível?
— Afirmou ser impossível, mas está diante do que também poderia ser impossível.
— Como posso ter você mais vezes e com mais frequência?
Levantando-se — Deve saber que cada coração escolhe semente e adubo, o arado e a irrigação, a colheita e o deleite por capricho próprio, e não cabe a mim distinguir o fruto e o caule que sou cultivado. Cabe a mim apenas existir.
Ela se levanta. — Espere! — o detém pelo braço, mas o solta ao sentir sua textura. — Como posso sentir você agora? — pergunta.
— Acredita em mim outra vez. Pude tocar você porque sou o que sou e em tudo estou, mas agora acredita e, acreditando, há de sentir e ser sentida também — disse, dando as costas à mulher.
— Por que me fala essas coisas se diz que sempre esteve aqui? — declarou com um brado, com ele na soleira da janela.
De soslaio, responde — Às vezes, todos vocês buscam raciocinar a natureza que sou, quando nem compreendem quem são. Assim, procure e achará, peça e terá, pense e existirá. Não duvide de nada, e terá sempre. Conheça-se a si mesmo e tudo conhecerá — pulou e abriu voo.
A mulher correu e gritou à janela — Para onde vai e quando volta aqui? —
— Me procure adentro e me encontre afora — disse por fim, sumindo na noite. E assim, a rainha despiu o preto e desfez o luto. Abriu as cortinas, destrancou as portas, sorriu ao povo e abraçou o tempo. E o povo nunca mais viu tanta afeição e encanto de uma rainha que antes era fria como noite de inverno, e agora era quente e rosada como a manhã de verão.
================================
Nota:
A história acima é uma reescrita adaptada, se tiver interesse, venha conferir o texto original no meu site.
8 notes · View notes
amusasolitaria · 5 months ago
Text
TEMA: CONTO FILOSÓFICO AUTORAL
Tumblr media
A CRIANÇA ESPECIAL
Uma mulher viúva, muito querida no vilarejo onde vive, está grávida de uma criança que tanto deseja. A velha parteira que a ajudou no parto disse: "Essa criança será especial, e terá uma sorte incrível, como nunca se viu antes, e seu nome será lembrado por muitos anos".
E sozinha a mulher cria e cuida da criança. Mesmo doente, a criança parece escapar da morte, sempre se recuperando, para surpresa de todos.
Quando começa a falar frases compreensíveis, já falava como ninguém dali jamais tinha visto. Conhecia nomes que ninguém entendia e via e ouvia coisas que ninguém mais conseguia. Não se vestia, nem falava, nem se comportava como as pessoas do vilarejo.
Nem era chamada como ninguém dali, pois escolheu um nome para si. Chegou ao ponto de ninguém mais saber quem era e se ainda era a mesma criança. Quando sua mãe viúva morreu, deixou o vilarejo, sob olhares injustos e cochichos maldosos.
Quando uma praga atingiu o reino, matando muitos, dos campos às cidades, dos moços ao velhos, e sem respostas satisfatórias dos deuses e espíritos, a rainha que os governa foi pessoalmente encontrar a criança especial de quem tanto se falava.
E, ao encontrá-la, a rainha se ajoelhou e pediu: "Ó criança! Ajude-nos e eu te darei tudo o que quiser, até a coroa e o cetro para reinar". Mas a criança respondeu: "Não tenho cura ou remédio. Não sou ninguém".
E então a rainha foi embora, aflita. Depois veio a fome ao reino. A rainha voltou a pedir ajuda à criança, mas novamente ouviu: "Não cultivo a terra, não tenho sementes, nem mando no sol e na chuva para saciar essa fome".
Os vizinhos atacaram, invadiram e pilharam o reino. A rainha, agora desesperada, foi novamente à criança: "Ó criança! Não vê a desgraça do reino, a morte, a fome e o sofrimento?!" Sem oferecer mais nada, pois estava irritada, a rainha disse que não tinha mais nada valioso para dar.
A criança respondeu com calma: "Nunca pedi nada de valor. Vocês se esqueceram de viver cada dia. Eu não causei sua desgraça, nem sua glória. Se tivessem feito por si mesmos, o reino já seria grande. Se quer ajudar, comece com o básico e diga ao povo para viverem por si".
A rainha foi embora, mas as palavras a tocaram. Contou ao povo, que seguiu o conselho da criança e tudo se resolveu pouco a pouco. E mesmo assim, a rainha adotou a criança e disse que ela seria sua sucessora, não somente porque não desejava o trono, mas porque podia ensinar ao povo a viverem por si, e assim, reinar até que o povo que é o reino saiba por si viver.
=============
17 notes · View notes
amusasolitaria · 5 months ago
Text
Tumblr media
FELIZ DIA DOS NAMORADOS!!
3 notes · View notes
amusasolitaria · 6 months ago
Text
TEMA: CRÔNICA POÉTICA AUTORAL
Tumblr media
CRESCER
Cansaço de lhe dizerem o que devia fazer, cansaço de ser o que queriam que seja, cansaço de vestir o que queriam que vestisse, cansaço de esticarem-lhe um sorriso, de verem só mais um rosto, de medir sua língua, te obrigando a tecer palavras minuciosas, fechando as cortinas dos seus sonhos, apagando os fósforos que você acendeu, e assim cresceu a criança que olha no espelho e não vê nada. Que agora num fundo dum copo ou nos caprichos busca o que não deixavam e negavam, mesmo que querian, pois se fazia, as vozes a corrigiam, que ao sentir, as vozes a invadiam. Essa criança que no banho deixa escorrer a água afim de que de seus poros escoe o piche que a preenchem, e cicatrizr as marcas que em límpido corpo sente. Essa criança que de noite encara o teto esperando que o silêncio do gesso abra a boca e fale, ou que o vento sussurre novas filosofias para si. É essa criança que buscou e cultivou amor, e recebeu açoite, pois o seu amor, não era seu, vendo que não se amava, não ainda. E hoje, ela tenta e com esforço viver e sobreviver cada dia de cada vez.
6 notes · View notes
amusasolitaria · 6 months ago
Text
Tumblr media
QUEM É A MUSA SOLITÁRIA?
APRESENTAÇÃO
Para começar a falar sobre mim mais intimamente. Sou queer/pomossexual; e uma pessoa gênero-fluído — a quem deseja um rótulo, embora eu não dependa deles — e sim, eu uso ela/dela, ele/dele, e elu/delu.Sou uma artista desde que me entendo por gente, comecei escrever aos dezesseis anos, e comecei da poesia para as fanfictions, e só entre dezoito e agora que comecei a me alçar em mais gêneros literários; e publicar aos meus dezoito anos, e atualmente tenho vinte e dois anos. Escrevo e divulgo com mais frequência: ficção fantástica, ficção histórica, ficção queer/lgbtqia+; fora crônicas, contos e poesias. Mas, devo reiterar que já escrevi os subgêneros de uma das citadas acima, a saber: fantasia alta, baixa, e sombria. E outros gêneros de ficção os quais já me arrisquei: fição erótica, ficção contemporânea; ficção científica: punk e space opera; romance: new young e young adult; new young, young adult, ficção de fã/fanfiction/fanfic/fic, contos de fadas, horror, terror, trilher e suspense.
=====================
sou PAH/SD, e sou também filomata, polímata, poliglota autodidata, designer e ilustradora/capista entusiasta, graduante de psicologia, entusiasta da sexologia, e futura psicóloga-sexóloga e terapeuta sexual, historiadora e antropóloga entusiasta, teóloga e cientista das religiões entusiasta, linguista e filóloga entusiasta, entusiasta das ciências humanas, biológicas, linguagens e códigos, e sociais; nos tempos livres, também faço: canto, atuação e dublagem de forma autodidata e entusiasta. Sou leitora de livros, e-books, mangás, manhuas, manhwas, webtoons, quadrinhos. Assisto várias séries, filmes, minisséries, animes e animações. E também curto vários estilos musicais, a saber alguns: rock, phonk, pop, j-pop, j-rock, k-pop, indie. A título de curiosidade, eu sou uma espiritualista universalista. E pratico yoga, mudra, dhyana, sutra, ho'oponopono, tai chi chuan, e calistenia. Meus esportes preferidos e que já pratiquei foram natação e vôlei.
ADENDO
Vou explicar alguns termos que coloquei no texto que podem ser de interesse de quem lê
Queer/Pomossexual:
"Ser queer/pomossexual é se identificar fora das normas tradicionais de gênero e sexualidade. Se você se sente que não se encaixa perfeitamente como heterossexual ou dentro das expectativas convencionais de gênero, você pode se considerar queer. Isso inclui uma ampla gama de identidades, como ser gay, lésbica, bissexual ou transgênero, e etc; também significa que você não gosta de rótulos tradicionais para sua orientação sexual. Você pode ter várias relações e atrações sem querer se identificar como gay, hétero, bissexual, ou qualquer outro rótulo. É uma abordagem mais fluida e pós-moderna da sexualidade e gênero.
Eu confesso que para uma maioria não deve ser comum ler "pomossexual", ou até próprio "queer", mas eu me identifico assim. Eu não amo rótulos, eu amo pessoas, não corpos e genitalias, e mesmo quando amo, eu não sou um rótulo, mesmo que eu já tenha tentado.
Gênero-Fluído: "Ser gênero-fluído é quando você sente que seu gênero muda ao longo do tempo. Em alguns momentos, você pode se sentir mais masculino, em outros mais feminino, ou talvez uma mistura dos dois, ou mesmo nenhum dos dois. Ser gênero-fluído significa que sua identidade de gênero é flexível e pode variar, permitindo que você experimente e expresse seu gênero de diferentes maneiras ao longo do tempo. Cada pessoa gênero-fluído vive essa experiência de forma única, então não há uma única maneira de ser gênero-fluído."
.
AH/SD
Altas habilidades ou superdotação é quem possui capacidade mental significativamente acima da média comum. Como um talento, a superdotação é a aptidão para atividades intelectuais, artísticas ou esportivas que parecem ser inatas, uma vez que a pessoa superdotada parece apresentar tais habilidades sem que se possa explicar como aprenderam. Contudo, tais aptidões ou habilidades também são desenvolvidas através de esforço pessoal e é um erro pensar que pessoas superdotadas não precisam ser ensinadas, elas apenas precisam de uma educação diferenciada que atenda a sua demanda de conhecimento.
Não confundir com precoces e gênios, pois há esses estereótipos; mas aprendem algumas coisas de um jeito diferente e mais rápido. Elas podem gostar muito de certos assuntos e querem aprender tudo sobre eles. Inclusive, às vezes, a alta-habilidade/superdotação não é reconhecida na infância e as crianças alto-habilidosas são, por vezes, diagnosticadas como tendo transtorno afetivo bipolar, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, transtorno desafiador e de oposição, depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo ou outras.
.
Autodidatismo
Autodidata é a pessoa que tem a capacidade de aprender algo sem ter um professor ou mestre lhe ensinando ou ministrando aulas. O próprio indivíduo, com seu esforço particular intui, busca e pesquisa o material necessário para sua aprendizagem.
.
Polímata
Imagine uma pessoa que não só gosta de aprender sobre muitas coisas diferentes, mas que também se torna realmente competente e capacitada em várias dessas áreas. Essa pessoa é chamada de "polímata".
Um polímata é alguém curioso e apaixonado por aprender, que não se limita a apenas um campo do conhecimento. Eles podem saber muito sobre ciência, arte, música, literatura, tecnologia e muito mais. Pense em figuras Leonardo da Vinci, que embora órfão, e sem educação formal era pintor, inventor, cientista e muito mais. Ele é um exemplo clássico de polímata.
Ser polímata é como sempre querer explorar conhecimento, sempre buscando entender e conectar diferentes áreas de estudo para ver o mundo de uma forma mais completa e criativa.
(A palavra "polímata" vem do grego antigo "polymathēs" (πολυμαθής), onde "poly" (πολύ) significa "muitos" e "mathēs" (μαθής) significa "aprendizagem" ou "conhecimento". Portanto, "polímata" literalmente significa "aquele que aprendeu muito" ou "aquele que possui conhecimento em muitas áreas".)
.
Filomata Pense em uma pessoa que sente uma grande alegria em descobrir coisas novas, seja lendo livros, assistindo a documentários, explorando novos hobbies ou simplesmente fazendo perguntas sobre o mundo ao seu redor. Eles têm uma curiosidade insaciável e estão sempre buscando aprender algo novo. Um filomata não precisa ser um especialista em vários campos como um polímata, mas sim alguém que aprecia o processo de aprender e valoriza o conhecimento por si mesmo. É alguém que vê o aprendizado como uma aventura contínua e emocionante.
(A palavra "filomata" também vem do grego, onde "philo" (φίλο) significa "amor" e "matēs" (ματής) significa "aprendizagem" ou "conhecimento". Assim, "filomata" pode ser entendido como "aquele que ama aprender" ou "aquele que tem amor pelo conhecimento".)
.
Sexologia Imagine que você tem um amigo com quem pode conversar sobre qualquer coisa, inclusive aquelas questões sobre sexo que às vezes são difíceis de abordar. Esse amigo é um sexólogo. Um sexólogo é alguém que estudou bastante sobre a sexualidade humana para poder ajudar as pessoas a entenderem melhor suas próprias vidas sexuais, resolverem problemas e terem relacionamentos mais saudáveis e felizes. Sexologia é o estudo da sexualidade humana em todas as suas formas. Isso inclui entender como e por que as pessoas se sentem atraídas umas pelas outras, como funcionam nossos corpos durante o sexo, e como as emoções e os relacionamentos influenciam nossa vida sexual. É como um guia que nos ajuda a navegar pelas águas muitas vezes complicadas da sexualidade. Os sexólogos vêm de diferentes áreas, como psicologia, medicina e educação, mas todos têm em comum o desejo de ajudar as pessoas a viverem uma vida sexual mais plena e satisfatória. Eles podem ajudar com coisas práticas, como problemas de disfunção sexual ou questões de identidade de gênero, mas também estão lá para falar sobre sentimentos, medos e expectativas. Um sexólogo pode trabalhar como terapeuta, conversando com você sobre suas preocupações e ajudando a encontrar soluções. No final das contas, a sexologia é sobre criar um espaço seguro onde você pode aprender, perguntar e crescer. É sobre entender que a sexualidade é uma parte natural e importante da vida, e que todos nós merecemos nos sentir bem e seguros em relação a ela.
.
Espiritualismo Universalista
O espiritualismo universalista é uma perspectiva que valoriza a busca espiritual como algo que transcende as fronteiras religiosas e culturais, focando na essência espiritual comum a todas as tradições e crenças. Imagine que você está explorando o sentido mais profundo da vida e da existência. O espiritualismo universalista é como uma jornada interior que convida você a descobrir conexões profundas entre todas as pessoas e todas as formas de espiritualidade. Ele não se prende a uma única religião ou dogma, mas sim busca compreender os princípios universais que unem todas as tradições espirituais. Isso significa que no espiritualismo universalista, você é encorajado a encontrar sua própria verdade espiritual, seja através da meditação, reflexão pessoal, ou explorando diferentes ensinamentos espirituais. Ele promove a ideia de que todos nós compartilhamos uma essência espiritual comum, e que através dessa conexão podemos encontrar harmonia, compreensão e paz interior. É uma abordagem que respeita a diversidade das crenças e culturas, reconhecendo que cada pessoa pode ter uma jornada espiritual única e significativa. Ao abraçar o espiritualismo universalista, você está abrindo-se para um caminho de crescimento espiritual que é inclusivo, compassivo e profundamente pessoal.
(Entenda 'não é espiritismo e nem universalismo apenas', o espiritismo é uma crença na comunicação com espíritos após a morte, oferecendo conforto e orientação espiritual através de médiuns. O universalismo, por sua vez, celebra valores e princípios universais compartilhados por todas as pessoas, promovendo a compreensão e aceitação entre diferentes culturas e crenças. O espiritualismo amplia essa visão, enfocando a existência de uma dimensão espiritual além do físico, encorajando práticas como meditação e busca de significado espiritual. Já o espiritualismo universalista combina esses elementos, valorizando a busca espiritual além das fronteiras religiosas específicas, buscando uma compreensão inclusiva e harmoniosa da essência espiritual compartilhada por todos. Cada uma dessas abordagens oferece caminhos únicos para explorar a vida, o significado da existência e o crescimento espiritual pessoal, promovendo uma jornada interior de autoconhecimento e conexão com o mundo ao nosso redor.)
.
Técnicas Holísticas
Yoga une corpo, mente e espírito através de posturas físicas, técnicas de respiração e meditação para promover equilíbrio e harmonia. Mudras são gestos das mãos que não só influenciam a energia física e mental, mas também conectam com aspectos sutis da consciência. Dhyana, ou meditação profunda, busca integrar mente e espírito para alcançar clareza mental e paz interior. Sutras são ensinamentos curtos que guiam práticas espirituais e filosóficas, oferecendo orientação holística para uma vida alinhada com valores elevados. Ho'oponopono, prática havaiana de perdão, não só promove cura emocional e relacional, mas restaura equilíbrio espiritual e mental. Tai Chi Chuan usa movimentos suaves para fortalecer o corpo e promover harmonia energética e equilíbrio interior. Calistenia, com exercícios que usam peso corporal, melhora saúde física, mental e emocional de maneira simples e integrada. Cada uma dessas técnicas visa não apenas melhorar o corpo físico, mas também promover bem-estar integral, abordando aspectos essenciais da pessoa em sua busca por saúde, equilíbrio e crescimento pessoal.
.
Escritora
Uma escritora é alguém que cria textos, seja para contar histórias, compartilhar ideias ou transmitir informações. Isso pode incluir livros, artigos, poesia ou até mesmo publicações online. A habilidade de escrever envolve criatividade, técnica e a capacidade de se comunicar com clareza e emoção.
.
Designer entusiasta
Um designer é alguém que planeja e cria coisas com um propósito estético e funcional, como gráficos, produtos, roupas ou até mesmo ambientes. Como entusiasta, você explora e experimenta essas ideias por conta própria, estudando e conhecendo bastante por autodidatismo, aprendendo ferramentas e técnicas criativas para desenvolver projetos bonitos e úteis.
.
Graduante de psicologia
Estudar psicologia significa investigar como a mente humana funciona, como pensamos, sentimos e nos comportamos. Como estudante, você está mergulhando em conceitos como emoções, personalidade, desenvolvimento humano e formas de compreender e melhorar a saúde mental.
.
Linguista e filóloga entusiasta
Linguistas estudam as línguas humanas: como elas funcionam, suas estruturas e como evoluem. Já a filologia é o estudo histórico e comparativo das línguas, especialmente focada nos textos escritos. Como entusiasta, você provavelmente se dedica a explorar idiomas e textos por autodidatismo, analisando palavras e histórias e descobrindo como as línguas revelam a cultura e a história humana.
.
Teóloga e cientista das religiões entusiasta
A teologia explora as crenças religiosas, os textos sagrados e as questões sobre a existência de Deus e a espiritualidade. Já a ciência das religiões estuda essas práticas de forma acadêmica e comparativa, buscando entender como as religiões influenciam a sociedade e a cultura. Como entusiasta, você provavelmente lê, reflete e busca compreender bastante sobre esses temas por meio do autodidatismo.
.
Historiadora e antropóloga entusiasta
A história estuda o passado, investigando eventos, culturas e pessoas que moldaram o mundo. A antropologia se dedica a compreender as sociedades humanas, seus costumes, crenças e maneiras de viver. Como entusiasta, você explora esses campos por autodidatismo, buscando aprender profundamente sobre a humanidade, sua evolução e as conexões entre o passado e o presente.
.
Poliglota Autodidata
Um poliglota autodidata é uma pessoa que aprende a falar várias línguas por conta própria, sem frequentar cursos ou escolas tradicionais. Essa pessoa utiliza métodos alternativos, como livros, aplicativos, vídeos, músicas e até conversas com nativos, para adquirir conhecimento em diferentes idiomas. O termo "poliglota" significa alguém que domina várias línguas, enquanto "autodidata" se refere a quem aprende sozinho, guiado pela curiosidade e disciplina. Por exemplo, um poliglota autodidata pode decidir aprender espanhol assistindo filmes, francês lendo livros, ou japonês jogando videogames, ajustando os métodos ao seu estilo e ritmo de aprendizado. Essa abordagem exige bastante dedicação, mas dá liberdade para explorar o que funciona melhor para cada pessoa.
9 notes · View notes
amusasolitaria · 6 months ago
Text
TEMA: POESIA AUTORAL
Tumblr media
ODE A MUSA
Salve Musa que está entre nós
Santifica-nos e glorifica-nos nos bloqueios e preguiças em teu e nosso nome
Venha a nós com vossa graça e seja nossa as tuas bênçãos e inspiração assim na tela ou no papel
Uma inspiração tão nossa em cada dia, hora e mês nos dá amanhã, ontem e hoje, perdoa as nossas fraquezas assim como nós perdoamos a quem ou nós nos tem abatido e impedido
Deixa-nos viver nas tentações, na glórias ou provações mas livrai-nos da excassez de inspiração, amor, persistência e dedicação, abafa-nos dos limites e frustrações assim como nós amamos e amaremos aquilo pelo qual inflama o peito, alma e mente nossos e nos deixa beber da tua benção e sob teu manto jazer para que nunca falte-nos nada em morte ou vida.
Assim é, seja e será.
Ó Musa Primorosa
6 notes · View notes
amusasolitaria · 6 months ago
Text
“Nunca é tarde para começar, sempre é cedo para desistir. Nada é impossível e intransponível pela idade, senão pela vontade e pelas disposições que se faz e se permite ter.” — A Musa Solitária.
3 notes · View notes
amusasolitaria · 6 months ago
Text
“Quando eu era criança, não sabia o mundo que eu era, mas queria conquistar tudo que há. Agora que cresci, não quero desbravar tudo que há, e sim desbravar e conquistar a mim.” — A Musa Solitária.
3 notes · View notes