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h--eberhardt:
Desde o dia em que discutira com Lhoris, Heike vivia cada dia em constante ansiedade, aguardando o dia em que receberia uma correspondência com o selo real anunciando sua eliminação da Seleção. Havia descumprido uma das regras, afinal, e apesar de não conhecer a fundo nenhuma das outras selecionadas, sentia-se como se estivesse usurpando suas posições, ocupando um lugar que não lhe era de direito. Ele também havia lhe dirigido palavras duras, e o calor do momento pode ter adicionado certa injustiça a elas. Em outras circunstâncias, ela mesma teria se voluntariado à eliminação e desistido - mas não o fizera até o momento, por razões que considerava extremamente covardes e egoístas.
A verdade era que ainda não havia solicitado sua saída porque seus sentimentos pelo príncipe haviam crescido a ponto de oprimir seu senso de ética e justiça. A culpa que sentia, o peso das responsabilidades com as quais havia falhado eram aterradores - mas mais sufocante do que isso era a possibilidade de perder seja lá o que estivesse construindo com Lhoris. O seu lado racional ria daquela conclusão; pelos céus, ela nem mesmo sabia se seria selecionada! Como poderia passar por cima de sua própria moral por conta de algo que poderia jamais acontecer? Era uma pergunta que ela não sabia responder, e não ter a resposta de algo a incomodava.
Ela já havia feito o presente de Lhoris com algumas semanas de antecedência. Estava acostumada a confeccionar armas, e não jóias, de forma que o processo de confecção do colar fora um pouco trabalhoso. A carta que enviara junto ao presente era mais do que um pedido de desculpas; era uma confissão do que começava a sentir por ele, quando nem mesmo ela tinha certeza absoluta do que era. A Eberhardt pediu para que tanto o presente quanto a carta fossem entregues a ele por um funcionário; não tinha coragem de fazê-lo pessoalmente, não depois da animosidade gerada pela última conversa dos dois.
O jardim suspenso, local que tanto gostava de visitar desde que o descobrira, agora lhe trazia um gosto amargo na boca. Ainda assim, Heike visitou o local; poderia ser a última vez que o fazia, afinal. Estava a caminho do enorme parapeito da janela onde costumava se sentar quando ouviu o ranger da porta atrás de si. A visão do moreno, que antes lhe trazia tanta expectativa, agora fez seu estômago revirar de uma forma desconfortável. Ela pigarreou levemente, tentando encontrar qualquer fiapo de cortesia existente enquanto as lembranças da discussão que tiveram inundava sua mente. Não esquecera da forma como ele atirou a superioridade de sua posição em sua cara, e talvez por isso resolvera dirigir-se a ele de forma tão formal. “Alteza”, cumprimentou, tentando manter a voz estável. “Eu posso sair, se assim desejar.”
Brincou com o cordão entre os dedos por alguns instantes antes de pegar a carta para ler, havia gostado do presente de uma forma que jamais esperou, a verdade era que Lhoris conseguia ver o empenho e o que Heike queria transmitir com tudo aquilo. Suspirou e se sentou na cama para ler o papel. O sentimento inicial o incomodou, era um pouco imprudente colocar aquelas palavras num papel que qualquer um pudesse ler, e se alguém além dele tivesse lido? E se ela já não estivesse mais no castelo por terem descoberto a traição? Pensamentos que o deixavam cada vez mais inquieto.
Porquê diabos ela está escrevendo no plural? Não tinha sido apenas a porra de um beijo só? Por pouco não amassou o papel na mão, levantando-se agitado e bufando como um touro provocado. Olhou para o próprio reflexo no espelho e teve vontade de rir. “Olhe só pra você, alguma vez ficou assim por causa de uma garota?” Provocou a si próprio e balançou a cabeça em negativa. Era melhorar terminar de ler a carta.
“Puta merda!” Exclamou conforme seus olhos avançavam pelo papel, aquelas palavras eram uma confissão de sentimentos, não havia como interpretar de outra forma e Lhoris não fazia ideia de como lidar com aquilo. Ainda havia relutância para admitir alguns sentimentos, assim como uma certa confusão. Heike era sua preferida, mas tinham muitas outras coisas em jogo ali, eles não eram humanos comuns que se apaixonaram, ele era um príncipe e precisava de alguém que pudesse carregar junto com ele o peso da coroa e principalmente a responsabilidade de representar e comandar uma nação (ou duas). Além disso, ele nutria sentimentos por todas que estavam na seleção, ainda que em níveis diferentes, Lhoris jamais poderia afirmar estar apaixonado pelas quatro. Suspirou pesadamente, precisava de um pouco de ar. Guardou a carta e o presente antes de sair, poderia tê-lo colocado no pescoço, mas julgou precisar pensar um pouco.
Sabia que tinha agido feito um babaca com Heike e que lhe devia um pedido de desculpas também, não era algo tão difícil assim, o problema era a confusão de sentimentos que sentia. Seus pés o levaram para os jardins suspensos, algo que o fez sorrir, um lugar tão marcante como aquele, era até óbvio que ele acabasse indo ali quando seus pensamentos estavam tomados por Heike, a selecionada com quem construiu memórias inesquecíveis ali. No entanto, o príncipe não estava preparado para encontrar ali a selecionada que ocupava seus pensamentos e dominava boa parte de seus sentimentos, ainda que ele não conseguisse admitir completamente. Por um momento ficou parado com os olhos fixos nela, sem saber ao certo o que fazer, as palavras dela conseguiram quebrar o momento de paralisia, com as mãos nos bolsos, o moreno avançou alguns passos na direção dela, com calma e tranquilidade.
“Eu jurava que conseguia fazê-la se sentir apenas Heike na minha presença e acho que estou um pouco ofendido por não conseguir tal feito”. Ponderou repassando as palavras da carta dela na mente, havia muito a ser dito, não que ele devesse quaisquer explicação ou satisfação a ela, mas sentia que era necessário e era o mínimo que poderia fazer. “Poderia me ceder alguns minutos para conversarmos? Só preciso que ouça algumas coisas que tenho a lhe dizer”. Parou a alguns poucos metros de distância, o dilema em transpassar o espaço pessoal dela e respeitar o mesmo.
♛ Mᥱrrყ Chrιstmᥲs / 𝕎𝕚𝕝𝕕 𝕨𝕒𝕣𝕣𝕚𝕠𝕣 ↬ FB
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h--eberhardt:
Heike não podia mentir para ele. Para falar a verdade, não conseguia mentir para qualquer pessoa que fosse - era péssima naquilo. E, de qualquer forma, ele já parecia saber o que ocorrera, estando ali apenas para obter uma confirmação dela, então de nada adiantaria tentar esconder, ou fazê-lo acreditar que ouvira uma mentira; então, confessou seu ato, por mais que lhe doesse. Detestava sentir-se daquela forma, como se não passasse de uma enorme irresponsável. Colocara o futuro de sua família em risco, a chance que tinha de fazer alguma diferença por sua província (ela tentava não pensar no medo que sentia de destruir seu possível relacionamento com o príncipe), e pelo que? Por alguns minutos de adrenalina? Aquela era a atitude de uma adolescente.
Contudo, mesmo a culpa que sentia não a impediu de sentir-se um tanto aborrecida com o modo com que Lhoris se dirigia a ela. Achava que tivessem concordado em abandonar as formalidades; e, no entanto, ele se dirigia a ela com uma autoridade nunca antes expressada. Ela levantou-se da cama, dando alguns passos na direção do príncipe para encará-lo de frente. Podia ter infringido uma regra, sim, e ele tinha todo o direito de eliminá-la; mas ela certamente não admitiria ser tratada de forma tão ríspida. Se ele quisesse eliminá-la, provavelmente já o teria feito, e não seria ele a lhe dar a notícia pessoalmente. Não, se Lhoris estava ali, cobrando-lhe satisfações, era por algum motivo mais pessoal.
“Por que está tão aborrecido?” Perguntou, cruzando os braços em frente ao corpo. A possível resposta surgiu em sua mente assim que verbalizou a pergunta - era uma teoria absurda, mas a Eberhardt não conseguia pensar em outra. “Isso é ciúmes, Lhoris?” Perguntou, a incredulidade expressa claramente em sua voz. Ela sabia que tinha infringido uma regra, e sabia que estava sujeita às consequências de sua imprudência, mas nem em seus sonhos mais mirabolantes achava que teria sua fidelidade cobrada pessoalmente pelo príncipe. “Porque se for, não acha que está sendo um pouco hipócrita? Ou por um acaso eu sou a única selecionada com quem você tem se atracado pelos cantos?” A última pergunta era retórica; ela sabia muito bem a resposta dela e, apenas quando a verbalizou, percebeu o quanto aquilo também a aborrecia. Heike odiava sentir ciúmes - em sua opinião, era um sentimento nocivo que ia totalmente contra a ideia que tinha de um relacionamento saudável. E, no entanto, lá estava ela, subitamente irritada diante da possibilidade de Lhoris beijando outras mulheres, tocando-as com a mesma intimidade que fizera consigo. O olhar duro que dirigia a ele, entretanto, disfarçava bem esse sentimento - ou ela achava que sim. “É, Alteza. Todos sabem de que forma você tem tentado conhecer melhor suas candidatas. E você não me vê te cobrando qualquer satisfação por isso.”
Impulsividade sempre fizera parte de sua personalidade, assim como as emoções a flor da pele, Lhoris nunca teve muito filtro, ainda assim instabilidade emocional e descontrole não era algo comum para o príncipe. A ansiedade desencadeada nos últimos anos o fizera rever muitas coisas em si, mas desde que o pai ficou doente e a seleção começou era como se todo o progresso que tivera nos últimos dois anos em relação as suas emoções simplesmente desaparecesse. O ible detestava perder o controle de si, deixar a insegurança e raiva o consumir não era algo bonito, ele não era assim, ou pelo menos não gostava de ser em assim em algumas situações.
Sentia o próprio corpo tremular tamanha era sua tensão naquele momento, um misto de emoções que ele jamais conseguiria dar conta de uma só vez, seriam necessários alguns dias para que ele pudesse entender o que estava sentindo. Havia ciúme, mesmo que Lhoris nunca tivesse sido do tipo ciumento, imaginar Heike beijando outra pessoa não era algo que o deixava confortável, a forma como sentia seu estômago contorcido deixava muito claro aquele sentimento.
Quando ela se levantou o olhar dele vacilou por alguns segundos, a íris castanha vagando pelo corpo alheio, tomando como um todo a imagem de quem Heike era e do que a selecionada significava para si. Os olhos subiram e pararam nos claros dela. Seu coração batia forte e rápido, mas doía, como doía. Algo que ele não tinha dimensão ainda: o medo de perdê-la. Ele ainda não sabia o que fazer, apenas não queria eliminá-la e por isso temia que os atos da selecionada fossem descobertos por outros e isso causasse sua eliminação. Lhoris não estava pronto para dar adeus a ela, mesmo que estivesse completamente transtornado e sentindo-se traído.
“Talvez seja, só porque sou um príncipe não posso sentir ciúmes?” Retrucou com um sorriso de canto maldoso, não havia nem sequer sombra do Lhoris simpático e divertido ali, o olhar que agora lançava para ela era de superioridade. Era mais fácil fazê-la pensar que era ciúmes do que deixar claro que na verdade o problema ali era o medo de perdê-la, fora todo o problema que ele tinha com traição. Talvez no fim Heike não fosse a melhor opção, viver com medo de se entregar e outras traições não era algo que o príncipe pretendia viver ou continuar vivendo. “A partir do momento em que uma selecionada aceita as regras, não há qualquer hipocrisia da minha parte. Todas sempre estiveram cientes de que haviam regras, eu sou o príncipe e assim como Octávia, posso fazer o que eu quiser. O mesmo não se aplica a qualquer um dos selecionados e selecionadas”. Ele não concordava muito com aquilo, mas era um fato, ele estava ali para conhecê-las e elas para conhecê-lo, não era um retiro de férias onde todos poderiam conhecer e ficar com quem quisessem. “Se não concordava com as regras, poderia simplesmente não ter se inscrito. Então não me venha com esse papo de hipocrisia Eberhardt ou interpretarei que assim como eu, também está com ciúmes”. Havia um cinismo em suas palavras, a raiva ainda era latente dentro de si, mas agora a rispidez dava lugar para o deboche, sua marca registrada (principalmente quando não queria aprofundar algum assunto ou simplesmente distrair a pessoa com quem estivesse discutindo).
♛ Fᥣᥲshbᥲᥴk / 𝔾𝕦𝕖𝕣𝕣𝕖𝕚𝕣𝕒 𝕊𝕖𝕝𝕧𝕒𝕘𝕖𝕞 ↬
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@h--eberhardt <3
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nereavacchi:
“Ah, eu te achei, Lhoris. É bom vir logo, a gente precisa conversar.” franziu a testa, agarrando o pulso do irmão para um local mais reservado. “E então, me diga, eu preciso saber se isso é só mais uma das suas formas de se aproveitar das selecionadas ou se realmente escolheu. E não se faça de desentendido, se eu tivesse resolvido chegar mais cedo no seu quarto na noite da virada eu iria ter pesadelos pro resto da minha vida.”
@yourprince-lhoris
Estava um pouco desnorteado ainda, não pelo sono, mas pelos acontecimentos recentes, acabando por se deixar puxar pela irmã. “Eu não estou me aproveitando delas, posso afirmar que algumas é que estão se aproveitando de mim”. Apesar de fingir estar ofendido, suas palavras continham uma certa verdade. “Eu... estou um pouco confuso, talvez eu já tenha escolhido e não sabia”. Suspirou. “Mas há coisas mais importantes que preciso conversar com você... meu quarto foi revistado na noite da virada e a bagunça dentro dele não foi apenas eu e minha acompanhante que causamos”.
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h--eberhardt:
Heike estava evitando sair de seus aposentos para qualquer coisa que excedesse o estritamente essencial. O turbilhão de sentimentos que passava por sua mente era atordoante, a fazia sentir-se vulnerável, algo que ela absolutamente detestava. Quando parava para tentar colocar as ideias no lugar, tudo parecia bagunçar-se ainda mais, e a sensação de vulnerabilidade a aterrava, deixando-a no limite da própria ansiedade.
Sabia que havia ultrapassado uma linha clara. Por mais breve que tivesse sido, ela beijara Thomas McCarthy - e, como se a infração de suas próprias regras já não a torturasse, ainda havia o fato dele também ser um selecionado. O senso de responsabilidade e ética da loira eram uns dos principais responsáveis pelo imenso sentimento de culpa que vinha carregando desde o acontecido. Aqueles pequenos segundos de imprudência poderiam lhe custar caro; podiam acarretar a sua eliminação do processo de seleção e acabar com a promessa de oferecer uma vida melhor aos seus pais. Sua família não seria a única decepcionada - a rainha de Zadeth contava com a sua permanência na seleção, e comprometer sua posição em troca de alguns segundos de adrenalina fora extremamente imaturo de sua parte. O fato de que Thomas havia praticamente manipulado-a a tomar aquela decisão mal era percebido diante do mar de autopunição no qual a loira se afogava no momento.
Mas o que realmente apavorava Heike era o fato de que, somado a tudo isso, havia o medo de perder a relação que vinha construindo com Lhoris. De tudo o que poderia acontecer - e ainda que tivesse assumido esse risco quando inscreveu-se na seleção - a última que previra foi preocupar-se tanto com o que o príncipe pensaria dela. A Eberhardt era a última pessoa a procurar por validação masculina, e mesmo estando na seleção, fazia o possível para não abrir mão de sua personalidade e valores. Achava que tal postura a faria ser eliminada logo nas primeiras etapas; achava que o príncipe seria um rapaz fútil, alheio a outra realidade que não a sua e com gosto para a bajulação. Lhoris não só aceitou suas diferenças como as estimulou e elogiou; e, pelos céus, ela ainda lembrava dos beijos que trocaram, dos momentos íntimos roubados nos cantos mais inusitados daquele palácio. A forma como ele a olhava enquanto transavam a fazia queimar por dentro, sentir-se desejada, poderosa, venerada de forma que nunca sentira com qualquer outra pessoa; e ela se viu aguardando ansiosamente pela oportunidade de repetir a experiência. Se não fosse extremamente trágico, o fato de que ela precisou arriscar sua posição em Ocenli para perceber que estava cultivando sentimentos pelo príncipe seria cômico.
Ela havia acabado de rir para si mesma diante daquela conclusão quando a porta de seu quarto foi aberta de súbito, revelando um Lhoris claramente transtornado. A pergunta - ou melhor, a exigência que ele fez não poderia ser mais clara, e Heike sentou-se na cama onde antes estava deitada, inspirando profundamente para aplacar a própria ansiedade. Não havia tido a oportunidade de contar o que acontecera a ele - e, claro, ele havia descoberto da pior forma. Não havia sentido em esconder o que ocorrera - ela lhe devia ao menos esse ato de honestidade. A loira abriu os olhos, outrora fechados, para encará-lo. “McCarthy demonstrou interesse em tomar aulas de defesa pessoal. Eu aceitei dá-las, como fiz com outros amigos que fiz aqui, mas ao iniciar a lição, percebi que as intenções dele eram outras.” Ela fechou os olhos novamente, a cabeça repetindo um gesto de negação, como se estivesse confessando seu erro a si mesma, e não a Lhoris. “Eu poderia ter interrompido, saído de lá imediatamente… Mas não o fiz, por alguma razão que nem eu sei. E… Ele acabou me beijando. Nós acabamos nos beijando, por breves segundos. Eu o interrompi, mas… Poderia tê-lo feito imediatamente. Poderia ter seguido minha intuição e abandonado a lição no momento em que percebi as intenções dele. Mas não o fiz.”
O príncipe possuía algumas inseguranças, mas lidar com garotas nunca fora um problema, nunca antes sentiu-se inseguro nesse quesito, tampouco se ofendia quando alguém não caía em seus encantos ou charme, no máximo fazia um pequeno drama ou agia com graça como se fosse impossível alguém resistir a si, mas era tudo um teatro. Ali, naquele dia, Thomas minou toda a confiança que Lhoris possuía em si. Talvez o emocional abalado tenha colaborado, algo que somado a traição que sofrera a alguns anos e o deixou ainda mais abalado. Doía saber que Heike tinha sucumbido aos encantos de outro e quando o selecionado disse que as selecionadas pareciam preferir a companhia dele do que a do príncipe, o Ible se descontrolou completamente, socando o rapaz imediatamente, por sorte Khan interviu.
Logo ele que não simpatizava com a violência, que sempre fora paciente e confiante de si. Os olhos fechados da loira serviam para confirmar o que ele já sabia, o transtorno que sentia era tão grande e fora de controle que o príncipe não sabia nem o que fazer. A confusão de sentimentos dentro de si era grande demais. Cada palavra emitida por ela era como uma faca direto em seu coração. Foi necessário responder fundo alguma vezes. “Era o que eu precisava saber”. As palavras eram ríspidas e possuíam um gosto amargo, a face contorcida de um jeito jamais visto antes. “Então você tem consciência do que fez, Eberhardt. Esteja preparada para as consequências”. Ele queria sacudi-la, ordenar que nunca mais interagisse ou olhasse para outro homem, respirou fundo mais uma vez reunindo o pouco auto controle que ainda tinha.
♛ Fᥣᥲshbᥲᥴk / 𝔾𝕦𝕖𝕣𝕣𝕖𝕚𝕣𝕒 𝕊𝕖𝕝𝕧𝕒𝕘𝕖𝕞 ↬
#♛ Sóᥣo ᥣᥲs hᥱrmosᥲs (ᥱᥣᥲs qᥙᥱ ᥣᥙtᥱm) / 𝕊𝕖𝕝𝕖𝕔𝕚𝕠𝕟𝕒𝕕𝕒𝕤 ↬#♛ Wᥱ ᥕoᥒ’t stoρ ᥙᥒtιᥣ thᥱ ᥲᥒgᥱᥣs sιᥒg / ℍ𝕖𝕚𝕜𝕖 ↬#heike 004
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sugcrandspice:
{FLASHBACK}
O abraço em Lhoris fora breve, Adaline desejou que durasse um pouco mais. A selecionada não pensou duas vezes antes de permitir-se ser guiada, o trajeto não era conhecido por si e seus olhos curiosos observavam cada nova decoração. Surpreendeu-se quando Lhoris a introduziu a seu quarto, ainda em silêncio e com um pequeno sorriso nos lábios, Adaline observou o cômodo. Sua atenção era ainda maior que a que tivera com os corredores, em passos lentos e curtos, andou por parte do aposento. ━━ É bonito. ━━ disse voltando sua atenção para o rapaz, um sorriso largo tomou seus lábios quando o rapaz demostrou de fato ter gostado do presente. Ela aproximou-se do mesmo e assentiu ao pedido alheio, com o colar em mãos, Adaline sentou-se atrás do rapaz e ajeitou o acessório no pescoço de Lhoris. Após encaixar o fecho, a selecionada acariciou brevemente os ombros alheios. ━━ Prontinho! ━━ anunciou e deu um leve suspiro, então Adaline passou a pensar no que escreveria na carta.
Escrever lhe dava uma sensação de privacidade, sentia como se pudesse dizer qualquer coisas por meio de papel e caneta, já pessoalmente era um tanto quanto mais difícil. ━━ Eu começaria dizendo que sinto muito por seu pai, que sei como é terrível ver alguém que você ama tanto em uma posição tão vulnerável e ser incapaz de fazer algo. É sufocante. ━━ as palavras saíam baixas, porém eram recheadas de sinceridade. ━━ Mas, que eu faria o que pudesse para te reconfortar quando você estivesse de volta. ━━ suas bochechas esquentaram e ela respirou fundo. ━━ Eu conversaria por horas caso você quisesse se distrair, falaria sobre qualquer coisa, mesmo que isso me fizesse soar como uma boba. Desde que te fizesse sorrir… ━━ um pequeno sorriso fora dado por si mesma. ━━ Ou eu ficaria calada te escutando dizer o que estava doendo ou te chateando. ━━ levantou a outra hipótese e levou novamente as mãos aos ombros do rapaz, porém desta vez o abraçou. ━━ Ou eu poderia te abraçar, em silêncio, até que você se enjoasse da minha presença. ━━ ela então apoio a cabeça no ombro alheio e continuou. ━━ Eu também poderia ficar longe se fosse de sua vontade, mas eu gostaria de estar perto de você neste momento… E também em outros.
Quase segurou as mãos dela para que não parasse a carícia em seus ombros, não era como se Lhoris estivesse em seu estado normal, por mais que fosse um pouco comum que ele agisse de forma impulsiva, naquele momento não seria o certo a fazer, talvez por isso estivesse tão agitado e nervoso. Os pensamentos confusos foram dispersados ao ouvir a voz dela e assimilar a profundidade do que dizia. Virou-se para ela, de modo que ficassem um de frente para o outro sentados na cama, segurou sua mão fazendo movimentos circulares com o polegar em seu dorso, ele sabia o que ela queria dizer, lembrava-se do dia que Adaline contou sobre sua família.
Estavam próximos demais para que o príncipe pensasse racionalmente, as palavras tocantes e sorrisos bobos da loira não ajudavam em nada e quando deu por si, a destra já tocava-lhe a face, o nariz roçava no dela. Era um ato imprudente de sua parte, uma forma de aplacar a dor que sentia em seu coração, uma fuga para o sentimento que não queria admitir ou enxergar. “Essa é uma ótima distração”. As palavras escaparam de seus lábios, sopradas na fina pele da boca alheia momentos antes de beijá-la, um ato que começou calmo e aos poucos ganhava intensidade, como se o beijo pudesse fazê-lo esquecer do que doía.
#♛ Sóᥣo ᥣᥲs hᥱrmosᥲs (ᥱᥣᥲs qᥙᥱ ᥣᥙtᥱm) / 𝕊𝕖𝕝𝕖𝕔𝕚𝕠𝕟𝕒𝕕𝕒𝕤 ↬#♛ A ᥣιttᥣᥱ ᥴrᥲzყ bᥙt I’m jᥙst ყoᥙr tყρᥱ / 𝔸𝕕𝕒𝕝𝕚𝕟𝕖 ↬
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Era manhã de natal e ele tinha o dia de folga, muitas coisas ainda pesavam em sua mente e o deixava com a aparência cansada. O branco na paisagem a sua frente era vista com estranheza através da janela, não por nunca ter visto neve antes, mas não era algo comum na capital de Port Ible onde vivia. Lhoris sempre apreciou o verão, a baixa temperatura só servia para deixa-lo um pouco mais melancólico do que já estava. As roupas que escolhera para o dia eram formais demais e não combinavam muito consigo, mas o cinza médio acabou ficando em harmonia com seu estado emocional. Ainda tinha alguns presentes para entregar e tinha acabado de pedir para uma criada ajuda-lo na entrega quando alguém bateu na porta de seu quarto.
Riu fraco achando graça da forma como Lily se comportava e falava rápido demais, ela parecia tão empolgada que nem passou pela mente do príncipe recusar o convite, sair um pouco faria bem e ele apreciava a companhia da selecionada. “Você parece uma mamãe noel, lírio”. Provocou com um pequeno sorriso de canto antes de fechar a porta atrás de si, a criada sabia o que fazer e como fazer e ele não queria que a garota visse a mulher em seu quarto, fazia parte da surpresa que tinha preparado para ela. “Não lembro a última vez que brinquei na neve, espero que possa me ensinar”.
DO YOU WANT TO BUILD A SNOWMAN
Havia tido aquela ideia ao acordar naquela belíssima manhã de natal. O sol estava radiante lá fora, o que tornava o frio um pouco mais suportável e pela grande quantidade de neve que a nevasca trouxera a poucos dias atrás, a paisagem de Islay era branca. O natal branco que Lilian tanto amava. Visitaria o orfanato e o hospital mais tarde para levar alguns presentes para as crianças ou para fazer biscoitos de natal com eles. As criadas lhe trouxeram um vestido que na opinião não era muito o tipo dos vestido da qual ela estava acostumada. Esse era um longo vestido reto, justo, num tecido de veludo vermelho escuto. Tinha um decore em formato de coração na qual ela gostava, mas era apenas isso. Contudo, mesmo que ela não estivesse acostumada com o vestido, ela o colocou da mesma forma e acabou por se surpreender ao se achar bonita. Os cabelos caiam ao lado do rosto, soltos em cachos delicados mas não parava por ai. Apesar do vestido ser quentinho, ela precisava de um casaco para poder ir para o lado de fora do palácio, por isso o longo casaco branco acompanhava o vestido. Terminou de arrumar-se e então saiu porta a fora em busca de @yourprince-lhoris . Perguntou alguns guardas e criadas e logo lhe apontaram a direção. Ele ainda estava em seu quarto. Ela então bateu a porta assim que chegou até os aposentos do príncipe e esperou. Estava ansiosa e sentia-se tão feliz que quase podia cantar, dançar ou pular no mesmo lugar. Dias como aquele deixava a selecionada extasiada. Quando ele abriu a porta, sua excitação era tão grande que ela falou rápido demais. “Bom dia, você tem planos pra agora? Está muito ocupado?” - Ela então riu de si mesma, tomando fôlego. Respirou fundo e então sorriu, tendo a certeza de que estava falando mais devagar agora, mesmo que sua voz soasse melodiosa, era quase como se ela cantarolasse uma música infantil. “Você quer brincar na neve?” - Sentia-se de certa forma boba ou como uma criança, mas estava tão empolgada com a ideia que não ligava muito para como as pessoas iriam enxerga-lá.
#♛ Sóᥣo ᥣᥲs hᥱrmosᥲs (ᥱᥣᥲs qᥙᥱ ᥣᥙtᥱm) / 𝕊𝕖𝕝𝕖𝕔𝕚𝕠𝕟𝕒𝕕𝕒𝕤 ↬#♛ Qᥙιᥱro sᥱᥒtιr tᥙ ᥴᥙᥱrρo ᥱᥒ mι ᥱstᥲ́s tᥱmbᥣᥲᥒdo / 𝕃𝕚𝕝𝕪 ↬#lily 005
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h--eberhardt:
(FLASHBACK) HUNGRY GHOSTS
“Exato. Ou, às vezes, você descobre que tem a força necessária para se salvar sozinho.” Ela complementou, oferecendo uma piscada divertida ao príncipe. Heike nunca gostara da ideia de ser salva por alguém - achava extremamente perigoso confiar sua saúde emocional de forma tão plena a outra pessoa. A ideia que tinha para si era a de transformar o apoio em uma questão de escolha, e não de necessidade. Ela podia passar por seus obstáculos sozinha - mas escolhia fazê-lo na companhia de pessoas de quem gostava. Com Lhoris não seria diferente, independente se a relação dos dois ficasse apenas na amizade ou se realmente viessem a se casar; e ela gostaria que assim fosse para ele também.
A Eberhardt sorriu levemente quando ele beijou as costas da sua mão e, após ele levantar-se, aceitou a ajuda para fazer o mesmo. “Eu seria punida mesmo estando em sua companhia?” Perguntou, arqueando uma sobrancelha para o moreno - era, obviamente, uma brincadeira. Os dois fizeram o trajeto até a porta do quarto da loira em silêncio, mas ela não fez a mínima questão de soltar a mão do rapaz. Quando finalmente pararam em frente à porta de seu quarto, ela hesitou. Os momentos de despedida dos dois costumavam ser bem mais intensos, e chegava a ser quase cômico (embora de um modo desesperador) como, mesmo após já terem compartilhado certas intimidades, ela não sabia como agir diante do clima que instaurara-se entre os dois naquele momento. “Obrigada por me acompanhar.” Ela disse, os olhos claros fixos no rosto bem desenhado do príncipe. Deveria beijá-lo? Ele esperava que ela o beijasse? Ou talvez fosse inapropriado, dado o estado vulnerável em que ela o encontrara há alguns minutos? Pelos deuses, ela era péssima naquilo. “Faça uma boa viagem amanhã, sim?”
"Há uma coisa que ouvi por muito tempo de um tutor que tive na adolescência: sozinhos vamos mais rápido, juntos vamos mais longe”. Piscou para ela, claro que ele entendia o que ela queria dizer, depender de alguém não era algo simples e fácil, muitas vezes era melhor se virar sozinho, mas Lhoris já tinha aprendido que precisar de ajuda era normal e que uma trajetória acompanhada era mais doce que uma solitária. Ele podia lidar com muitas coisas sozinho, mas nem todas ele conseguia, claro que Lhoris não dependia de ninguém, mas naquela noite fora Heike quem o ajudou e foi isso que ele quis dizer, que às vezes é necessário ser salvo.
“Não, mas nem mesmo eu estou acima das leis de Ocenli, a diferença aqui é que tivemos um imprevisto real testemunhado por alguns guardas, não há motivos para punições”. Ele queria acompanha-la para garantir que não houvesse retaliações depois, não seria justo, a loira apenas o ajudou em um momento delicado, o que fez com que ambos ultrapassasse os limites do tempo que deveriam estar fora da cama. Havia outro motivo por trás, Lhoris não queria de despedir logo dela, no fundo ele queria passar a noite com ela, não de forma carnal, só queria dormir sozinho, mas precisava conversar com as irmãs e arrumar a mala, então mesmo querendo, não seria algo possível. Suspirou levemente enquanto seguia em silêncio pelos corredores até o quarto da selecionada. Por um instante pareceu desnorteado quando pararam na porta dela, mas logo um sorriso brincou nos lábios dele ao perceber que ela hesitava, não era uma despedida comum e chegava a ser normal a pequena confusão sobre como agir. Deu um passo a frente, erguendo a destra para tocar-lhe a face, acariciando a bochecha dela até pausar os dedos em seu queixo. “Obrigado por... me ajudar”. Buscou as palavras, sussurrando-as antes de selar os lábios nos dela. “Assim vou achar que quer se ver livre de mim”. Provocou sorrindo leve. “Tenha uma boa noite”. Abriu a porta do quarto dela e a empurrou com delicadeza para dentro, antes de roubar-lhe mais um beijo e fechar a porta, caminhando as pressas, antes que desistisse do que tinha que fazer para ficar com ela.
[CLOSED]
#♛ Sóᥣo ᥣᥲs hᥱrmosᥲs (ᥱᥣᥲs qᥙᥱ ᥣᥙtᥱm) / 𝕊𝕖𝕝𝕖𝕔𝕚𝕠𝕟𝕒𝕕𝕒𝕤 ↬#♛ Wᥱ ᥕoᥒ’t stoρ ᥙᥒtιᥣ thᥱ ᥲᥒgᥱᥣs sιᥒg / ℍ𝕖𝕚𝕜𝕖 ↬#heike 003#closed
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{FLASHBACK}
sugcrandspice:
Os últimos dias no palácio não haviam tido intercorrências, Adaline estava grata pois o apagão já havia movimentado sua rotina de forma suficiente. O aniversário de @yourprince-lhoris havia chego e a data não passaria despercebida pelo pai e pela própria selecionada. Já havia algumas semanas que estava pensando em que forma presenteá-lo, Lhoris já era agraciado financeiramente, portanto Adaline decidiu lhe dar uma memória. Em uma ida ao centro de Islay, Adaline sentiu-se atraída para uma loja de antiguidades, já que nunca havia entrado em qualquer uma destas. A loja abarrotada de itens antigos possuía um mostruário repleto de jóias, algumas do Antigo Mundo. Os olhos curiosos de Adaline vasculhavam cada detalhe das peças, surpreendeu-se quando uma delas chamou sua atenção. Um colar de prata, seu pendente era um delicado globo terrestre - com sua base um pouco amassada - e dois ramos de oliveira moldavam suas laterais. O preço do item era risório e Adaline não compreendia o porque, suspirou e voltar a caminhar pela loja. Sua atenção então fora capturada por um livro ilustrado também do Antigo Mundo, o título “O Grande Hotel Budapeste” tomava sua capa acompanhada de um casarão cor terra queimada. Curiosa, a selecionada abriu o livro em uma página aleatória, Adaline se deparou com a gravura de dois jovens e uma citação. Fechou o livro e o carregou consigo até o responsável pela loja. Declarou seu interesse pela obra e pediu para olhar o colar que havia chamado sua atenção, o homem pareceu confuso, mas acatou o pedido. Para a surpresa da selecionada, o pendente amassado se abria e possuía espaço para quatro retratos. Aquele item era perfeito para Lhoris, portanto Adaline teve uma ideia. Depois de alguma negociação, Adaline saiu da loja com o colar e o livro de brinde.
Com ambos os presentes em mãos, Adaline sorriu satisfeita de seu trabalho com os embrulhos. Sua letra delicada tomava o cartão perfumado que havia feito, a dedicatória simples e significativa estava ali. Esperava que seu presente fosse capaz de ar aconchego ao príncipe.
“For my dearest darling, treasured, cherished Lhoris whom I worship. With respect, adoration, admiration, kisses, gratitude, best wishes, and love from A to L.”
Seus passos eram acompanhados pelos guardas reais, após ser anunciada, Adaline adentrou sorridente na biblioteca. ━━ Joyeux anniversaire, joyeux anniversaire, joyeux anniversaire, Lhoris, joyeux anniversaire! ━━ cantarolou em sua língua natal ao se aproximar do príncipe com um sorriso nos lábios e constatou que havia sentido falta do rapaz. ━━ Feliz aniversário, Lhoris. ━━ estendeu os embrulhos em direção ao rapaz e começou o discurso que havia preparado previamente. ━━ Pensei em te enviar uma carta quando esteve fora, mas não sabia quanto tempo levaria para que chegasse em Port Ible ou o que dizer, certas coisas não soam tão bem escritas. ━━ riu baixo e respirou profundamente, apontou para o colar. ━━ Eu espero que você goste. ━━ estava um pouco tensa, espera que o príncipe não se importasse pela liberdade que havia tomado ao colocar imagens de sua família no colar.
A biblioteca lhe pareceu um bom refúgio após tanto estresse, sentia as orelhas queimarem e poderia jurar que ambas estavam vermelhas, o que mostrava claramente toda a sua tensão. Já tinha surtado em seu quarto e agora estava mais controlado, música geralmente algo que o acalmava, mas como reprimir a vontade de quebrar o violão na cabeça de alguém? Acabou optando por ler um livro de poesia num canto remoto da biblioteca, estava sentando em uma das poltronas, tentando fazer as palavras fazerem sentido em sua mente quando seus pensamentos giravam e giravam sobre as mesmas pessoas e acontecimentos. A voz animada de Adaline o atingiu em cheio, uma ideia começando a se formar em sua cabeça, ainda que não fosse a mais sensata. “Mi Sol”. Murmurou o apelido dela em espanhol, alargando o sorriso e se levantando para abraçá-la. O abraço era bem vindo, mesmo que o que estava prestes a fazer não fosse. Entrelaçou os dedos nos dela e a puxou suavemente para que o seguisse. “Venha, vamos para um lugar mais tranquilo”. Não demorou muito para estarem subindo as escadas, se a selecionada conhecesse um pouco do palácio perceberia que estavam agora no corredor para os aposentos da família real. A única outra selecionada que Lhoris tinha levado até seu quarto fora Heike e agora levava Adaline, esperava que a loira não interpretasse de uma forma ruim, ainda que as intenções do príncipe não fosse as mais puras, ele não a forçaria a nada, no fundo ele só queria ter mais privacidade.
“Seja bem vinda ao meu quarto”. Sorriu abrindo a porta para ela e abrindo o presente após fechar a porta atrás de si. Olhava os itens em suas mãos com curiosidade, não conhecia a história do livro, mas sentiu-se curioso não apenas pela literatura ali, mas também pelo motivo que Adaline o comprara, Lhoris acreditava que os presentes falavam um pouco sobre ela também. Ergueu o colar para olha-lo melhor contra a luz, sorriu ao ver as fotos e sentiu-se profundamente grato. “Obrigado, eu… nem sei o que dizer”. Riu leve e se sentou na cama. “Pode colocar em mim?” Pediu entregando o colar nas mãos dela. “Acho que sua carta chegaria lá quando eu já estivesse aqui, mas pode me dizer o que quiser agora”.
#♛ Sóᥣo ᥣᥲs hᥱrmosᥲs (ᥱᥣᥲs qᥙᥱ ᥣᥙtᥱm) / 𝕊𝕖𝕝𝕖𝕔𝕚𝕠𝕟𝕒𝕕𝕒𝕤 ↬#♛ A ᥣιttᥣᥱ ᥴrᥲzყ bᥙt I’m jᥙst ყoᥙr tყρᥱ / 𝔸𝕕𝕒𝕝𝕚𝕟𝕖 ↬#adaline 005
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lilywessex:
Estava tão distraída com o acontecimento recente que se quer tive tempo para tentar descobrir de quem se tratava, sem falar que a algumas horas atrás ela finalmente havia parado de tentar descobrir quem era quem. Obviamente queria achar Lhoris, talvez dançar com ele pelo menos uma vez, mas não sabia se conseguiria. Contudo algo no riso dele, os traços lhe eram familiar, apesar da voz ser um pouco diferente. Ele havia dito que queria ajudá-la, porém ao se aproximar, encostando o tecido do lenço no decote de Lily, o riso ficou preso na garganta e sua expressão se transformou. Ela deu uma passo para traz, se afastando dele. “Hmm…” - Precisou pigarrear para entrar poder falar com mais clareza. “Eu agradeço a ajuda, e o lenço.” - Ela então estendeu a mão, retirando o lenço da mão dele com delicadeza. “Mas sem querer ser rude, eu posso fazer isso sozinha.” - Sorriu minimamente, e então de certa forma inclinou seu corpo para o lado para se secar. Não que ela nunca tivesse tido um contato tão íntimo com alguém antes, não era virgem, mas sua única experiência havia sido um desastre e desde então ela vinha, de certa forma, se guardando para algo especial, por isso não gostava de pessoas tocando partes de seu corpo que ela julgava serem mais íntimas. Assim que terminou, ela se virou para ele para entregar-lhe de volta o lenço. Foi quando sentiu algo gravado no tecido, olhou e forma discreta notando que a letra L e uma coroa estavam devidamente gravados ali. Olhou então atentamente para o rapaz que ali estava bem a sua frente. Aquele era Lhoris, como podia ter sido tão cega e não tê-Lô reconhecido de imediato. Será que ele também não havia reconhecido ela e mesmo assim havia tentado tocá-lá daquela forma ou ele havia lhe reconhecido. Decidiu então testa-lo, sorriu de forma atrevida aproximando-se. “Está aqui seu lenço senhor. Como posso lhe agradecer? Você se molhou?”
Viu a expressão mudar no rosto da selecionado e por um momento Lhoris se arrependeu da brincadeira, ele jamais seria tão atrevido com alguém que não conhecia daquela forma. Assédio e deixar moças desconfortáveis não era algo que fazia, ao menos não de propósito. “Como quiser, miss independente”. Provocou mantendo o teatro, pensando se deveria ou não revelar logo quem era, talvez assim ela não ficasse desconfortável. Observou enquanto ela se secava, pensativo sobre como agir e o que fazer, até que a voz de Lily o tirou de seus devaneios. Oh, ele conhecia aquele sorriso, ficou confuso sobre o que teria provocado a mudança de comportamento nela, resolvendo por fim continuar naquele jogo. “A dama consideraria uma dança uma recompensa apropriada?” Respondeu galante, pegando o lenço da mão dela e a trazendo para beijar-lhe o dorso.
♛ Nᥱᥕ Yᥱᥲr / 𝕄𝕒𝕤𝕢𝕦𝕖𝕣𝕒𝕕𝕖 ↬
#♛ Sóᥣo ᥣᥲs hᥱrmosᥲs (ᥱᥣᥲs qᥙᥱ ᥣᥙtᥱm) / 𝕊𝕖𝕝𝕖𝕔𝕚𝕠𝕟𝕒𝕕𝕒𝕤 ↬#♛ Qᥙιᥱro sᥱᥒtιr tᥙ ᥴᥙᥱrρo ᥱᥒ mι ᥱstᥲ́s tᥱmbᥣᥲᥒdo / 𝕃𝕚𝕝𝕪 ↬#lily 006
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scrlettez:
Tomava alguns goles do suco que havia pego na mesa de comes e bebes e soltava suspiros entediados enquanto seus olhos corriam pelo jardim. Scarlett procurava por alguém com quem pudesse passar o restante da noite. Gostava de estar sempre se comunicando com as pessoas, era elétrica demais para conseguir ficar parada por muito tempo, principalmente estando completamente sóbria daquela maneira. Estava tão distraída que, a princípio, não percebera quem fora o rapaz que lhe esbarrara e por tal motivo acreditou ser aquele duque que estava lhe perseguindo desde o início do evento. Preparava-se para colocá-lo para fora, como havia prometido que faria quando seus olhos finalmente focaram na figura. “Oras, é apenas você Lhoris, meu amor!” A princesa sorriu animadamente ao reconhecer seu amigo. Não era difícil. Conhecia Lhoris desde criança e sendo a boa fisionomista que era, jamais iria cometer erros. “Finalmente te encontrei, an? Você esta sumido desde o seu aniversário.” Fez um bico infantil nos lábios, estava apenas dramatizando, era claro, mas sua fala não deixava de ser verdadeira. “E também está desanimado hoje, consigo sentir de longe. O que está acontecendo? Suas selecionadas são muito frias na cama?” Perguntou, tombando a cabeça para o lado, enquanto seus olhos encaravam os alheios. “É uma pena que eu não possa te mostrar o que é bom, não?” A loira passou as mãos pelos ombros do amigo, como se ajeitasse as vestes alheias. Em seguida, apenas sorriu divertida para mostrar que brincava. “C’mon, Lhoris! Você está lindo, é gostoso, simpático e deveria estar se divertindo agora e não andando cabisbaixo desse jeito. Vamos arranjar uma bebida pra você. Essa vibe precisa acabar! Se estiver afim de sair da conduta um pouco, podemos fugir do jardim por um tempo e eu deixo você desabafar.”
A voz de Scarllet era muito conhecida por si, visto que eram amigos a muito tempo, então não foi difícil identificar a pessoa em quem esbarrara. “Como assim é apenas eu? Achei que você tinha mais consideração pela minha pessoa”. Provocou com um pequeno sorriso de canto para logo após olhar para os lados e verificar se alguém estava ouvindo a conversa deles. Scar o divertia com seu jeito atrevido e logo ele estava rindo. “Scar, meu amor, posso garantir que elas não tem nada de frias, principalmente uma certa dama... que anda me dando trabalho, já que não posso vê-la que logo pego fogo”. Gesticulou com se abanasse, era tão bom ser ele mesmo, sabia que com a princesa não precisava medir as palavras ou até mesmo se preocupar com as interpretações erradas do que falava ou deixava de falar. “Problemas em Port Ible e bom... problemas com o coração me fizeram sumir um pouco e focar em outras coisas, a seleção tem sido uma loucura”. Suspirou enlaçando o braço no dela, ele precisava de um pouco de distração para relaxar um pouco. “Até que enfim alguém com bom gosto nesse lugar, mas você sabe que não fica atrás, ainda mais com esse nariz perfeito que você tem, além das belas curvas, claro”. Piscou sorrindo, nem mesmo Lhoris queria se afundar no desânimo. “O que acha de nos divertirmos como nos velhos tempos? Tenho certeza que você ainda sabe dançar daquele jeito chocante e escandaloso”. Eles sempre foram muito amigos e por vezes iam em festas juntos, dançavam de forma atrevida e cheia de mãos só para provocar as pessoas a volta deles
♛ Nᥱᥕ Yᥱᥲr / 𝕄𝕒𝕤𝕢𝕦𝕖𝕣𝕒𝕕𝕖 ↬
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h--eberhardt:
Por alguns segundos, Heike permaneceu receosa de que Lhoris não a teria reconhecido - e, se fosse o caso, aquele seria o vexame do século. Tal receio, no entanto, provou-se infundado quando, pouco tempo depois, a mão firme dele envolveu sua cintura. Ela deixou-se puxar por ele, suas mão prontamente encontrando abrigo em seu pescoço e nuca, o polegar deslizando pela pele do príncipe. A primeira frase dele a fez sorrir do jeito travesso de costume - ele conseguia despertar esse lado dela com muita frequência. “É mesmo? Mal posso esperar para saber que coisas são essas.” Respondeu, a mão esquerda deslizando pelo peitoral masculino até alcançar a lateral de seu corpo; os dedos agarraram o tecido de seu terno, puxando-o ainda mais contra ela. Céus, ela também sentira falta dele; sentira falta das insinuações, da sensação do corpo dele no seu, do perfume que ele exalava. Quando ele a beijou, essa saudade a atingiu abruptamente, e ela não pôde fazer outra coisa além de corresponder.
Não era um beijo cheio de paixão, mas também não era um beijo calmo. Sua mão direita, antes em sua nuca, deslizou para os cabelos castanhos, e ela sorriu diante da sensação familiar de ter os fios entre seus dedos finos. Quando ele afastou-se - cedo demais para seu gosto - ela sorriu para ele, sem vontade alguma de afastar-se. “Senti sua falta também.” Ela confessou; mesmo após ter exposto seus pensamentos e sentimentos na carta que lhe enviou, confessar aquilo com tanta naturalidade ainda lhe era um pouco estranho. Mas era um estranho que, ao final, lhe trazia uma sensação boa.
Heike se afastou dele ao mesmo tempo em que ele fez o mesmo; não podiam parecer tão íntimos em um ambiente público ou as pessoas começariam a especular. O elogio que ele lhe deu a fez sorrir; sabia que devia pensar de forma objetiva e levar aquelas palavras como uma confirmação de que era uma boa candidata, mas no momento em que ele proferiu aquelas palavras, a primeira imagem que veio à sua cabeça não foi dela como rainha, mas dos dois como governantes. Pensar nele daquela forma a fez estremecer ligeiramente - sem que tivesse percebido, ela já aceitara a possibilidade de passar o resto do seus dias ao lado de Lhoris. “Você parece o cara com quem eu quero casar.” Ela brincou; podia ser uma piada com a seleção, mas revelava um pouco do que ela começava a pensar.
O cheio, a voz, as curvas e até o tom do cabelo, seria impossível não reconhecer Heike, sem conta a cor clara dos olhos dela que tanto o encantavam. Tudo nela o atraía, desde sua estrutura física até a personalidade. A pequena traição era o menos dos problemas de Lhoris e após a carta dela, seria difícil continuar pensado naquilo, o que poderia fazer era acreditar na veracidade suas palavras e sentimentos, talvez fosse um tolo por isso, mas por ora era a melhor escolha. Ele tinha medo de se machucar, do sentimento destruí-lo quase como aconteceu antes, mas ali ele só tinha duas opções tentar ou se arrepender de ter tentado. Claro que ainda havia uma relutância de sua parte, assim como uma confusão de sentimentos que ele tentava pôr no lugar, mas uma coisa era certa: a atração que sentia por ela.
Cada toque dela era uma confirmação para ele, algo que ele tentava não se prender muito, mas aos poucos se dava conta que era um esforço em vão. Entregar-se ao beijo era inevitável, ainda mais quando ela correspondia de forma tão ardente. As palavras dela o fizeram sorrir presunçoso, tentou evitar, mas o coração se aqueceu quando ela afirmou que tinha sentido a falta dele também. “É para isso que está aqui, não?” Provocou em um tom leve e divertido. Claro que ele sentiu o peso das palavras dela, mas preferiu não pensar naquilo no momento. “Está na hora de saber a primeira coisa que a noite lhe reservou”. Murmurou em seu ouvido, a puxando pela mão de forma discreta e suave. Caminhando por entre as pessoas e descendo as escadas dos jardins suspensos em direção ao hall do terceiro andar, descendo mais um lance de escadas, era mais seguro. A puxou em direção ao escritório do rei, na ala sul do segundo andar, ali ninguém os encontraria, claro que haviam guardas, mas nenhum deles os pararia ou interromperia. Puxou uma grande cortina para o lado e empurrou levemente Heike contra a parede, de modo que agora os dois estavam cobertos pela cortina.
Ele gostava da ideia de que estavam fazendo algo proibido, mesmo que não fosse realmente o caso. “Preciso de um pouco de você agora”. Soprou roçando os lábios nos dela, as mãos deslizando pelas laterais do corpo da loira, a destra apertando sua bunda enquanto a outra mão era pressionada em sua cintura, até que finalmente ele tomou os lábios dela, com desejo e saudade, a intensidade era tanta que poderia quase ser tocada.
♛ Nᥱᥕ Yᥱᥲr / 𝕄𝕒𝕤𝕢𝕦𝕖𝕣𝕒𝕕𝕖 ↬
#♛ Sóᥣo ᥣᥲs hᥱrmosᥲs (ᥱᥣᥲs qᥙᥱ ᥣᥙtᥱm) / 𝕊𝕖𝕝𝕖𝕔𝕚𝕠𝕟𝕒𝕕𝕒𝕤 ↬#♛ Wᥱ ᥕoᥒ’t stoρ ᥙᥒtιᥣ thᥱ ᥲᥒgᥱᥣs sιᥒg / ℍ𝕖𝕚𝕜𝕖 ↬#heike 006
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octzvia:
❛ suas opiniões seriam massacradas em port thar. não é a toa que temos uma enorme rixa. ❜ salientou, em um tom de voz provocativo. não era por bobagens que os países se odiavam em níveis máximos. a diferença de atuação da coroa, de como pensam a política, além da economia de exportação, era um grande detalhe da rixa dos países. ❛ não duvido nada. ❜ respondeu, agora sem necessidade de abaixar sua voz, visto que não estava a falar nada muito dúbio, que pudesse ser distorcido contra si. ou contra lhoris. quanto a agenda de lhoris, pouco se importou. se ele queria deixar seus compromissos de lado, o problema era inteiramente dele. ela estava preocupada com as coisas na corte ocenliana, mas também tinha obrigações urgentes, que não deixaria de lado. ❛ beba e pare de reclamar. ❜ octavia, no entanto, reclamou sozinha. bebeu mais um gole de seu drinque e chamou a atenção do garçom, pedindo que colocasse mais extrato de menta no seu próximo, pois este estava pura vodca. ❛ eu me sinto…. confusa, também, mas pressionada. pressionada a ter que tomar uma decisão que muda toda a minha vida. ❜ afirmou, pendendo a cabeça para os lados, lentamente, um de cada vez. ❛ eu também me preocupo com os quatro. ❜ revidou, automaticamente, por força do costume. ❛ lhoris, você está iludindo as quatro, isso é inevitável. eu e você estamos prometendo um casamento e uma coroa para eles, sendo que somente um deles vai ter os dois. isso já é iludir. ❜
“Suas ordens causariam revoluções em Port Ible”. Encolheu os ombros com um pequeno sorriso, ciente de que as afirmações de ambos deixava claro a rixa enorme entre ambos os países. Apenas afirmou com a cabeça, ele também não duvidava do que os anciões seriam capazes, ou ainda, de alguém que poderia armar algo para dois ou apenas um deles. As coisas estavam cada vez mais estranhas e suspeitas. Riu bebendo o drink, achando graça dela reclamar com o garçom, Octavia era interessante e Lhoris estava gostando de conhecer um pouco mais a prima. “Ainda é melhor do que casar com alguém que você não conhece ou não teve o direito de escolher...” Suspirou. “Se nos recusarmos a casar com um deles será que teríamos retaliações?” Pensou alto, mais preocupado com a prima do que consigo, não gostava da ideia dela fazer algo que talvez não quisesse, ainda que fizesse parte de quem eles eram. “Todos se candidataram para isso sabendo que apenas um seria excluído, não vejo como uma ilusão. Penso que estaríamos os iludindo se alimentássemos sentimentos que não temos a intenção de corresponder, é isso que me mais me preocupa, na verdade”. Sabia que ela se preocupava com os selecionados e com todos, Octavia podia ser autoritária em alguns momentos, mas não parecia ser egoísta a ponto de pensar apenas em si mesma.
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nereavacchi:
Os bailes reais sempre foram de grande importancia para Nerea, quer dizer, sempre levou todos a sério e dificilmente era vista bebendo algo já que queria estar desperta o tempo todo, precisava saber o que estava acontecendo ao redor do irmão. Mas, neste em específico, Nerea decidiu dar uma folga ao irmão e, além disso, dar uma folga para si mesma. Iria tentar aproveitar mais a festa como qualquer um que parecia estar aproveitando também. Mas, mesmo tentando ficar longe de Lhoris, o destino parecia querer juntar os irmãos a todo custo, ainda mais quando as coisas não estavam tão bem. Era fato que Nerea preferia estar com os irmãos do que com quaisquer outras pessoas no mundo, mas sabia que o mais velho não estava em um bom momento e justamente por isso queria dar uma trégua de sua ‘chatice controladora’ por um tempo. Entretanto, ali estavam os dois, esbarrando num baile com dezenas de pessoas diferentes para esbarrar. “Lhoris, sou eu…” riu baixo, levantando a máscara. “Sua cara está péssima, tem certeza que não quer dar a desculpa da dor de barriga?” sorriu sutilmente na tentativa de consolá-lo. “Quer ir no jardim um pouco?”
Ergueu o olhar piscando algumas vezes e riu, claro que ele teria reconhecido a irmã só pela voz, mas a ausência da máscara tornava as coisas mais fáceis. “Ousada, gostei”. Provocou ao notar o vestido dela. “Mesmo com a máscara minha cara tá tão ruim assim?” Fez uma careta tentando sorrir um pouco. “Um príncipe ter dor de barriga não é atraente”. Retrucou com ironia, uma clara tentativa de melhorar o humor. “Quer beber um pouco comigo?” Mudou o convite, ele não queria conservar naquela noite, deixara para tratar certos assuntos com Nerea depois, talvez ela pudesse lhe dar alguns bons conselhos no final. “Não pretendo ficar bêbado nem nada”. Completou.
♛ Nᥱᥕ Yᥱᥲr / 𝕄𝕒𝕤𝕢𝕦𝕖𝕣𝕒𝕕𝕖 ↬
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elzsia:
perto de lhoris , de khan e de thalia , elisia podia ser ela mesma . podia ser a menina criada num convento , que brincava , jogava bola , plantava , e não a mulher moldada às pressas para ser rainha . podia deixar de lado suas obrigações e deixar que seus dezoito anos no campo falassem por�� si , falassem mais alto que a coroa em sua cabeça . ❛ —— se forem gêmeos , é bom você triplicar o estoque de tinta de cabelo do castelo pois tenho certeza que os meus fios ficarão brancos em questão de segundos de estresse . ❜ ela brincou , mesmo que , por dentro , morresse de medo dessa hipótese . ❛ —— prefiro não tentar . ❜ concluiu . pensava se lhoris sabia que ela apostava todas suas cartas e moedas em heike , além de todos os seus esforços políticos . se ela ganhasse , elisia estaria mais segura em ocenli . no momento , segurança era o que mais lhe importava , além de manter o bebê dentro de sua barriga até conseguir pisar em zadeth novamente . ❛ —— você é bem humilde . ❜ brincou a rainha . ❛ —— eu acho que é um garotinho . consigo me ver como mãe de menino , levando para nadar , jogar bola , cavalgar . garotas , em zadeth , têm outras preocupações . ❜ e isso era algo que tentaria mudar se fosse capaz de manter sua coroa . ❛ —— de qualquer forma , o bebê sabe que o tio lhoris o ama . ❜ delicadamente , pousou a sua mão na de lhoris , puxando até o local onde encontrava - se um pé do bebê , chutando seu interior . ❛ —— sentiu ? ❜ questionou - o , sorrindo ao ver a expressão do ible . ❛ —— você não precisa dizer essas palavras para mim , lhoris . eu já sei disso . o modo como você me olha , como cuida de mim , já diz por você . se tudo der errado , só peço que me acolha , ou que acolha meu herdeiro . um dia , quem sabe , ele se revoltará contra a coroa de zadeth em memória da mãe . ❜ ter esse pensamento era a única coisa que mantinha - a sã durante a gravidez .
"Se forem gêmeos daremos um jeito, tenho certeza que eu e Thalia vamos te ajudar bastante a cuidar dessas criaturinhas”. Riu em tom leve e divertido, era como se o peso em seus ombros saíssem dali pouco a pouco. “Sinto muito, por isso. Em Port Ible não temos essas frescuras e acredito que você possa mudar algumas coisas por lá num futuro próximo”. Piscou, não queria estender o assunto para algo pesado, estavam num baile e ele só queria que Elisia pudesse esquecer suas preocupações por um momento. “Oh, sim!” Exclamou emocionado conforme sentia os movimentos do bebê na barriga da rainha. “Você e o bebê tem todo o meu apoio e proteção, os dois são bem vindos em Port Ible e não apenas Ocenli, farei o possível para ajudar aos dois a conquistar o que lhes são de direito”.
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Oh! Meu Deus Eu disse que eu não 'tava bem Logo em seguida ela vem Me faz melhorar Oh! Meu Deus Eu quero me entregar também Por que ela me faz tão bem Hoje eu vou pirar Oh! Meu Deus Eu peço por favor Se isso for amor Então me faça saber
Projota (Oh Meu Deus)
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