Text
"well, if i happened to know, wouldn't i be trying that?" a resposta sem paciência era desnecessária, e ele logo respirou mais uma vez e murmurou desculpas para nicola, baixinho. a única coisa que se passava em sua mente era como a família dankworth não deixaria esse momento a sós, preso com nicola, passar impune por arthur. holy shit, they'll definitely think he's trying to woo her. ele inspencionou a tranca mais uma vez e ela deveria ter funcionado ao ser pressionada... exceto pela parte em que parecia ter sido trancada por fora. "fecharam a sala de fora para dentro..." se isso tivesse algo a ver com algum dos seus cinco irmãos, arthur pensou, ele estaria perto de matá-los. fitzgerald não levantou sua suspeita em voz alta, receoso de que nicola pudesse entender errado. "'i'm truly sorry, lady dankworth. i think i just put us in quite some trouble." ele comentou, sincero, franzindo o cenho. olhou em volta, buscando outra porta. "did i interrupt you somehow?"
As vezes nem Nicola se entendia. Tinha momentos em que estava nas nuvens, pensando sobre encontrar o amor na sua primeira temporada. Em outros, queria apenas desistir de tudo e ficar sozinha para sempre, que nem sua tia Petúnia. Ela era feliz, não era? Tinha alguns muitos gatos, morava ainda na mansão de seus avós… Não, ela sabia que não queria essa vida. Só tinha medo de não ser esse o seu plano de vida. Era bonita, sabia, e bem educada e estudada. Tinha tudo para ser desposada por um nobre e viver bem, feliz. Mas seria mentira não dizer que não sentia leves calafrios e a mão suando por debaixo das luvas de cetim, enquanto sentia olhares sobre sua figura em meio ao grande salão da família Eaton.
Não demorou muito, porém, para ela se chamada para dançar. Sorria e seguia o protocolo, em respeito a mãe, mas não estavam sendo muito interessantes as conversas com os cavalheiros - gostavam mais de comentar sobre sua aparência e não pareciam ter tanta… profundidade. Ou talvez ela só não estivesse tão interessada neles. Precisaria de mais alguns dias para ponderar sobre quem realmente lhe chamou a atenção, pois enquanto romântica, não acreditava muito em amor a primeira vista. “If you’ll excuse me…” Disse ao nobre que dançava, retirando-se, pois achava que precisava de um pouco de ar. Só iria ao banheiro por alguns instantes, então não achou pertinente avisar a alguém onde iria - o salão estava tão cheio que dificilmente notariam sua falta, principalmente em tão pouco tempo.
Enquanto caminhava pelos corredores da mansão, porém, viu uma porta aberta. A famosa biblioteca da família estava ali, tão perto. Olhou para os lados, vendo estar sozinha, antes de adentrar. Só mais uns minutos, coisa rápida, pensou. Mas, quando ia pegar o primeiro livro que lhe chamou atenção, ouviu passos e a porta sendo fechada. O susto foi instantâneo, no momento em que via a figura de Arthur se formar a sua frente, e Nicola notou que ele também não esperava vê-la tão cedo. “Viscount Fitzgerald.” Pelo menos ele já iria embora, suspirou aliviada ao vê-lo se virar para ir, mas logo o semblante mudou - era impressão sua ou a porta não abria? Agora sim, ela estava encrencada - e justo com ele? Não odiava o visconde, mas também não gostava nada dele - oras, um homem daqueles ser tão libertino era tão repulsivo para a dama. Coitada de sua mãe. A voz ecoando na grande biblioteca fez com que ela se sentisse ainda pior, sem saber o que fazer e, por isso, ficou estática enquanto o observava tentar abrir a porta sem sucesso nenhum. “Ah…” Voltou em si ao ouvi-lo falar o palavrão. “How… how can I help?” Caminhou em sua direção - era uma dama, oras, não sabia nada sobre portas. “Oh my God, my mom is going to kill me.” Falou baixo, esquecendo por segundos que não estava somente trancada em uma sala com um homem, mas que esse homem era ninguém mais ninguém menos que Arthur. “Does it have a key or something? A lock, maybe?”
4 notes
·
View notes
Text
a mente humana odiava não ter explicações para o que acontecia em sua volta; mesmo que se esforçasse muito, porém, não era capaz de conceber a possibilidade de christopher ter descido tão rapidamente do quinto andar. ela piscava os olhos com força em seguntos, testando sua consciência se de fato estava acordada. de perto, assim, reyes parecia ter saído de um sonho, ou de um romance. o seu coração nunca esteve tão acelerado desde que se mudou para aquela cidade, e adrenalina nublou sua cabeça, com certeza. "como..." ela murmurou, tentando formular a frase de forma menos cabulosa. "como você fez isso?" astrid estava mais impressionada do que qualquer coisa, e por mais que tentasse se convencer de que christopher não havia feito um milagre, ela tinha certeza do que aconteceu. reyes desceu do prédio com velocidade sobrehumana. agora... como isso é possível? "como você desceu do terraço, reyes?"
desde a chegada de astrid na cidade, a curiosidade que tinham sobre a garota era imensa. a síndrome de cidade pequena, pensava christopher, que também era bem comentado assim como sua família. e não ligaria, se ela não fosse tão... misteriosa. pela primeira vez em décadas, ele conheceu uma pessoa que ele simplesmente não sabia seus próximos passos ou pensamentos e isso o deixava frustrado, intrigado e relativamente curioso. depois da sua primeira interação, ela não saía da sua mente e a todo instante, procurava pelos cabelos loiros no pequeno campus, disfarçando que estava atrás de saber o que estaria fazendo. portanto, enquanto quisesse negar, lá estava ele, vendo-a no terraço. silenciosa, bonita. não escondeu que estava ali, fazendo parecer que apenas tinha ido procurar pela mesma solitude de summers. o murmúrio foi notado, claro, mas se limitou a apenas olhá-la como se fosse um ser humano normal. até que... para ele, o tempo era diferente para os humanos. o deslize de astrid o fez entrar em pânico, uma urgência de salvar ela. a velocidade sobre-humana não era percebida por mais ninguém, indo do quinto andar ao chão onde ela cairia em questão de milésimos, o corpo gélido entrando em contato com o calor humano da outra e os olhos alarmados. "você está bem?" a voz era baixa.
3 notes
·
View notes
Text
enquanto estudava no terraço da faculdade, astrid repassou mentalmente a interação com o heartthrob – christopher reyes – por milhares de vezes, buscando entender o que o fizera reagir a ela tão... positivamente e ao mesmo tempo, não. sempre parecia ter algum segredo em sua manga, e astrid era curiosa o suficiente para engolir quaisquer opiniões negativas que o dito cujo tivera sobre si previamente, e continuar interessada nele. quer dizer, não nele! astrid corou com o pensamento, corrigindo-se para si; ela estava interessada no que ele escondia sendo tão evasivo, e não necessariamente... bem, que ela o achava o rosto mais bonito de toda aquela minúscula cidade, não era mentira. percebendo que desviou novamente do pensamento, astrid balançou a cabeça negativamente e parou de respirar por um segundo, quando percebeu a presença daquele que vagava em seus pensamentos com sua visão periférica. "christopher?" ela murmurou, e teve certeza de que ele estava ali. talvez sua localização não fosse a mais segura, sentada no parapente e com as costas viradas para uma parede mais alta, porque uma mera distração foi o suficiente para que perdesse o equilíbrio. um segundo foi o suficiente para que pensasse: é, meu pai vai me perturbar por isso; astrid já temia o momento em que seria internada e seu pai teria que buscá-la, e talvez pensasse até que ela teria se jogado de propósito. ha! astrid odiava atenção pública o suficiente para que esse pensamento nunca fosse cogitado, mas o sr. summers não sabia disso. nos milésimos que astrid summers levaria para cair do quinto andar, ela apenas fechou os olhos com força e esperou o que viria a acontecer. @julicttc
3 notes
·
View notes
Text
julicttc:
Pensou, em meio a conversa, como seria viver novamente sem medo. Poder sair em um local enrolado atualmente parecia mais um sonho, infelizmente. Era viver em uma cidade tão cinzenta quanto aquela, ou ser descoberto e criar problemas para a sua família. O comentário seguinte da outra logo o tirou de seus desvaneios, deixando uma risada contida sair. “Você é a novidade do momento, não há quem não queira saber sobre você, Astrid.” Falou, mas logo se arrependendo - o fato de saber quase tudo lhe colocava em uma situação confortável e, ao mesmo tempo, não. Confortável porque sabia de muita coisa, mas desconfortável por as vezes esquecer que ele não deveria saber de tudo. Com a pergunta feita, passou a mão sobre o cabelo, pensando no que responder. “Somos… reclusos.” Menos Mirna, sua “irmã”. Deveria talvez falar dela, que era a mais “normal” entre eles, para esquecer o clima esquisito que sentia? Ah, mas o comentário dela o fez voltar a realidade. Vida eterna e estragos, tudo que Christopher só sentia fazer desde a sua transformação. “É, vida eterna… Ridícula essa história de eternidade. Por que as pessoas não se contentam com o… agora?” Certo, não deveria se importar. Não é importante o que ela acha sobre qualquer assunto. Mas, mesmo que negasse, queria saber se ela gostaria dele caso… “Bom, ele morreu. Não serviu de nada essa obsessão.” E sorte dele, claro.
o comentário de christopher fez com que uma de suas sobrancelhas se arqueasse, curiosa. não há quem não queira saber sobre você, ele disse, mas estaria incluindo a si próprio também? chegava a ser cômico que esse pensamento percorresse a mente dele, especialmente considerando a família popular que tinha. ela quem queria saber tudo o que podia sobre ele. o motivo pelo o qual parecia tão curioso por si enquanto momentos atrás estava a fugir dela. o motivo pelo o qual sua família parecia intocável – seria a fortuna? astrid sabia que eram ricos, pois os murmurinhos haviam lhe contado. mas não retrucou, não naquele momento, porque estava gostando de ter aquela abertura com seu objeto de curiosidade. "o agora é muito efêmero," summers riu nasalmente, um pouco desconfortável. "a noção de que todo o seu esforço será perdido pelo tempo, não é desesperador?" astrid sentia que já havia vivido pelo menos por meio século desde o início de sua adolescência, e ao mesmo tempo não havia passado por nada que uma jovem comum ansiava. "mas você está certo... a obsessão dele não serviu de nada." parou de caminhar e abriu a grande porta da biblioteca, deixando seus passos mais leves agora que precisavam evitar o barulho. "where should we start, then?" ela sussurrou, aproximando-se um pouco dele enquanto procurava uma mesa livre com o olhar.
12 notes
·
View notes
Text
julicttc:
♡
“O clima daqui deve te incomodar, eu presumo.” Tentou soar descontraído - mas era fato que sabia que ela vinha de um local mais ensolarado, tinha ouvido muitos murmúrios sobre Astrid Summers. Irônico seu sobrenome ser aquele, vindo de onde vinha e estando naquela cidade fúnebre. Chris acabou por dar uma pequena risada abafada. “Peço desculpas, realmente não quis soar… rude.” Mas seria melhor não nos aproximarmos muito, afinal, ele era um monstro. E ela não somente era bonita demais, mas o seu cheiro era ainda mais perfeito. Certo, precisava se concentrar - e caçar, urgentemente. “Certo, certo.” Assentiu, seguindo os passos alheios em direção a biblioteca, se questionando novamente sobre os seus pensamentos. Ela possivelmente deveria achar que ele era um esquisitão, o que não deixava de ser tão verdade assim.
Riu leve, novamente, ao ouvi-la falar. “Imagino a pressão. Já conseguiu fazer amigos?” Ele sabia que sim e, mesmo que fosse contra o que estava pensando anteriormente, não sabia por quê estava buscando manter uma conversa com ela. Curiosidade, atração. Só esperava que aquilo não terminasse da pior forma ou teriam de se mudar antes do planejado. “Pra você também, acredito.” Do jeito que as coisas estavam indo, ele tinha quase certeza que a loira não gostava muito dele. O que era bom, ou deveria. “E pensar que aquele homem teve tantas esposas. Como ele conseguia?”
"incomoda," astrid assentiu com sinceridade, e a pequena lembrança do clima com o qual estava acostumada lhe deixou um pouco triste. bem, aquela decisão havia sido tomada para o bem dela mesma, e astrid, como a pessoa mais responsável entre ela e os pais, tinha essa consciência. summers não teve coragem de pontuar mais nada depois das mais novas desculpas de christopher, porque desconfiava de suas motivações ao passo que estava terrivelmente intrigada a respeito delas. "amigos?" ela soltou um único sorriso displicente e sem ânimo. "acho que me sinto mais um animal num zoológico do que fazendo amigos." astrid balançou a cabeça negativamente. "já você e a sua família... me disseram que não têm muitos amigos. isso é verdade?" já que havia recebido perguntas, arriscou-se em fazê-las também, com uma grande vontade de sanar suas questões se christopher a odiava ou lhe era apenas um pequeno infortúnio. "o que a busca por um herdeiro não faz, huh?" astrid arqueou as sobrancelhas, apreciando o caminho que a conversa de christopher estava levando. ela olhou-o mais uma vez, buscando a cor de suas íris. "um monarca em busca de vida eterna pela sua linhagem, causando tanto estrago. é dramático.”
12 notes
·
View notes
Text
forlils:
to: @writsilver
Aquele deveria ser o quinto encontro fracassado de Isabel no último mês; entretanto, não deveria estar surpresa, visto que todos os encontros que tivera desde o seu término com Ethan, ainda quando era jovem, foram todos iguais. Os homens com quem se encontrava eram todos iguais, e apesar de possuírem uma beleza que se encaixava nos padrões da bióloga, nenhum deles conseguia suprir a falta que sentia do antigo namorado e talvez fosse esse o principal motivo de estar, tão tarde da noite, em sua porta. O cenário, embora fosse caótico para quem quer que visse o antigo casal, acontecera com mais frequência do que poderia se lembrar; não era a primeira vez, e provavelmente também não seria a última, que se encontravam após um encontro, mas que sempre resultava em brigas que faziam Isabel acreditar que nunca voltariam ao que, um dia, puderam chamar de relacionamento saudável. E não poderia reclamar, a culpa era inteiramente sua.
Repensou se realmente deveria estar ali quando o relógio já passara da meia noite. Ela poderia retornar para sua casa e descansar, e a ideia pareceu extremamente tentadora naquele momento, mas sua vontade de ver Ethan era ainda maior, mesmo que fosse resultar em uma discussão que ela sabia que era inevitável. A relação que tinham nunca ia mudar, mas a bióloga ainda sentia a necessidade de estar perto dele e ainda sentia as mesmas borboletas no estômago como se fosse a mesma adolescente apaixonada que um dia foi. Tocou a campainha, batucando os pés em pura ansiedade; a porta fora aberta, enquanto Isabel esboçava um sorrisinho envergonhado. Ele sabia por qual motivo ela estava ali. — Ethan… Eu posso entrar?
a meia noite de uma sexta feira denunciava que a única pessoa plausível de aparecer em sua porta era isabel. confortavelmente reclinado no sofá e de olhos fechados, ele cogitou não abrir a porta, e aquele pensamento não era novidade para ethan – na verdade, o rapaz sempre tinha a reação primária de rejeitá-la. porém, em meros cinco segundos, seus pés tomavam vida própria e a porta era aberta sem muita delicadeza. ethan a olhou de cima a baixo e sabia, talvez pelo perfume dela, que isabel tinha saído. era seu modus operandi, e já lhe era sabido. "está frio," ele justificou ter aberto a porta mais para si mesmo do que para ela, tendo seu tom de voz tão gélido quanto à temperatura. deu-lhe espaço para entrar em sua casa e deixou-a sem sua supervisão, direcionando-se para a pequena cozinha para pegar um copo d'água em um ato de distração. as roupas confortáveis de ethan começavam a lhe sufocar e um pequeno calor subira pela sua nuca, apenas de estar na presença de isabel... e ele odiava que seu corpo tivesse tantas reações à ex namorada, considerando tudo o que haviam passado. "o que você faz ou deixa de fazer não me importa," ethan mentiu. "mas andar sozinha à noite vai acabar te dando algum problema. marque seus... compromissos mais cedo." a mágoa em sua voz o fez suspirar. não é como se não tivesse coragem de expulsá-la dali; ethan podia ser muito rancoroso e cruel com isabel, e ao mesmo tempo ser capaz de ceder tanto. uma forma de vingança peculiar para si era permitir que o ciclo dela se repetisse, que aparecesse na porta de sua casa e que descontassem suas frustrações no outro mais uma vez. um término havia acontecido de fato anos atrás se continuavam discutindo? o copo d'água foi aos seus lábios e ele não se preocupou de oferecer nada a ela, nem também dizer que ela poderia se sentir em casa.
1 note
·
View note
Text
to: @forlils
hojun deveria estar passando o feriado de chuseok com sua família. ao invés disso, estava enchendo a cara no festival organizado pela sansuyu. a máfia escondia-se assim, atrás de grandes eventos que tinham o objetivo de discretamente engajar seus membros como se fossem pessoas normais. se fosse sincero, hojun considerava que sua família havia se perdido juntamente à vida de seu pai. fora como se a cola que os unia se esvaísse, e hojun, apesar de empático, não achava que sua presença seria importante. então, como um lobo solitário, ele andava de estande a estande no festival a procura de entretenimento... ou seja, mais soju. o casal de amigos de hojun (os únicos que existiam, aliás) estavam ocupados demais numa das pequenas luas de mel deles para aproveitar do evento com o mais novo – também membros da sansuyu, a somin e o kinam tinham mais o que fazer do que se preocupar com hojun. he's a big boy, he can take care of himself, somin riu dias antes, quando foram buscar equipamento juntos.
ele devia estar na quinta dose de soju quando se preocupou em comer algo (parabéns, hojun, ele conseguia imaginar a voz de kinam zombando de si, pelo menos dessa vez você pensou!). kim procurou com os olhos o estande mais vazio do festival, e não se surpreendeu ao avistar civis no recinto como se nada de diferente acontecia ali. direcionou-se à comida, e ao cerrar os olhos, começou a reconhecer figuras mais emblemáticas, como a de dongyul. não tivera muito acesso ao mais velho durante seu tempo na sansuyu, mas já havia ouvido muito seu nome... em contextos questionáveis. "lim dongyul," ele disse, "que surpresa."
1 note
·
View note
Text
julicttc:
♡
Vergonha era pouco para o que ele estava sentindo. Mesmo que não quisesse fazer o trabalho junto a ela, não queria que ela percebesse. Mas, claro, Christopher nunca foi muito bom em esconder suas emoções - ou sensações, já que era o seu cheiro que o incomodava. De um jeito bom, muito bom, mas não deixava de fazê-lo se questionar sobre sua sanidade. “E-eu peço desculpas… só acho que talvez tenha pessoas melhores para você fazer o trabalho. Gosto de fazer as coisas… sozinho.” Disse a primeira desculpa que veio a sua mente - não era de todo mentira, mas o fato de ninguém ali ter aquele cheiro específico, já era o bastante para ele se sentir menos desconfortável. “Mas, acho que vamos ter de fazer juntos mesmo. Você prefere ir a biblioteca?” A cabeça estava tão a mil, maldita hora que decidiu cursar história. Tanto curso…
O burburinho dos pensamentos alheios começaram a bombardeá-lo quando se deu conta de estarem no corredor, recheado de pessoas. “Você parece ser um sucesso aqui.” Comentou com uma risada abafada, sem muito filtro. Não havia uma pessoa que não estivesse curiosa sobre a novata, ao lado do cara mais recluso possível. Cidade pequena, mesmo sendo uma faculdade, era óbvio que qualquer movimentação seria considerado um espetáculo. “Você prefere fazer um trabalho simples escrito?” Questionou, mudando o assunto antes de tudo aquilo se tornasse mais esquisito que já estava. Como gostaria de saber o que ela estava pensando ou, porque não conseguia saber o que ela estava pensando.
o arrependimento imediatamente atingiu astrid como um canhão. por mais que christopher permanecesse aparentando como se a garota fosse um pesadelo em sua vida, as desculpas eram o suficiente para fazê-la recuar. ela balançou a cabeça negativamente, como se para dizer que estava tudo bem mesmo que não estivesse. "tudo bem, eu só... não estou num dia bom." that was definitely an understatement. astrid não era a maior fã da chuva constante no local e já havia escorregado algumas vezes; se caísse nos arredores do campus seria um pesadelo, considerando a quantidade de olhos que a observavam. "mas também não tenho culpa de ser sua dupla." sozinho... pelo visto, essa era a realidade dele, mesmo. como as fofocas diziam, ninguém devia ser suficiente para christopher e sua família. talvez ele estivesse cansado apenas de pensar em olhar para uma qualquer como astrid, e tivesse algo mais importante para fazer. "i guess, a biblioteca deve ser o melhor lugar. podemos apenas alinhar o necessário e depois fazemos nossas partes separados." e dedicando apenas um rápido olhar para o rosto alheio, astrid tornou-se curiosa pela tonalidade peculiar e singular de seus olhos. era inebriante. ela queria olhar mais, mas não tinha o interesse de incomodá-lo. devem olhar muito pra ele, ela pensou, se ele passa pelo o que estou passando agora.
a frase dele parecia ser de tom sarcástico, mesmo que a risada soasse genuína para astrid. ela acreditou que na opinião de christopher fosse cômico que ela estivesse chamando tanta atenção. "não por querer," ela afirmou, recolhendo-se em sua jaqueta que a bem protegia do clima do local, e começou a se direcionar à biblioteca com passos lentos para que ele a acompanhasse. agora, ainda mais do que nos dias anteriores, astrid deveria chamar atenção por ter caminhado de uma das caricatas presenças da cidade. ela franziu os lábios enquanto pensava na pergunta de christopher, como era de seu costume. "sim, prefiro. o quanto antes acabarmos, melhor para você, certo?" o trajeto para a biblioteca não era tão longo, mas parecia. astrid apenas torcia para que lá estivesse vazio e silencioso, para que pudessem trabalhar em paz e rápido. estava tão curiosa sobre a família de christopher algumas horas atrás que se sentia segurando a própria língua para não incomodá-lo mais do que o que já fazia. "acredito que a vida do rei henry viii seja um trabalho longo o suficiente para nos ocupar..."
12 notes
·
View notes
Text
rachel sabia exatamente em qual drinque deveria parar de beber; ultimamente, porém, estava sentindo-se livre para deixar as coisas passarem da conta. talvez fosse por influência de jordan – aliás, por onde ele deveria estar? com a música alta e as vozes se misturando em sua cabeça, rachel preferiu não pensar em qual corredor escuro ou quarto vazio o dito cujo poderia ter parado naquela festa. rachel não se achava ciumenta, mas inevitavelmente acharia estranho ver alguém com quem já teve tanta intimidade, por mais que sem compromisso, com outra pessoa. rachel deu de ombros com o próprio pensamento; devia ser a inexperiência que a deixava assim.
quando lembrou de prestar atenção no que estava fazendo, percebeu a mão de outrem na sua. ah, sim, ela recordou, paul me chamou lá pra cima. o que ele disse mesmo? "você 'tá muito gata pra ficar aqui sozinha." eu nem estava sozinha. todo mundo cai nessa ou foi a minha vodka falando? e, de verdade, rachel não deveria estar seguindo um cara bêbado para uma rapidinha num quarto questionável, mas aparentemente ninguém em volta dela estava em situação de questionar. o quarto pelo menos abafava o som, e rachel conseguiu encostar as costas em uma das paredes, descansando um pouco de dançar. antes que a gatora pudesse começar a lista de regras que proferiria ao paul (como no hickies and no choking), as batidas na porta a interromperam. que porra é essa?, a scott franziu o cenho sem perceber justamente quem poderia estar ali.
@farewellnevrland @forlils
2 notes
·
View notes
Text
julicttc:
Tudo que Christopher não queria, era estar ali. Enquanto não tinha contato com a nova garota, ela era apenas um mistério para ele. Não compreendia porque não conseguia ler seus pensamentos, e mesmo que isso o intrigasse, não fazia nada. Não deveria chamar nenhuma atenção para si. Mas, depois que sentiu o seu cheiro, não havia outra coisa que se passasse na sua mente. A imagem da outra se formava em seu pensamento constantemente e era fato que ele se sentia incomodado com tudo aquilo. Principalmente agora que teriam de ser colegas em um projeto de história. Que situação esquisita, ponderava.
O sino tocou para liberação dos alunos e enquanto todos saiam, tentou ser discreto ao conversar com o professor. Ele, porém, não parecia fazer questão de manter o mesmo tom de voz. “Não, Christopher, você não pode trocar de dupla. Foi sorteado, agora terá de fazer seu trabalho com a senhorita… Summers.” O mais velho parecia se divertir em ver a face de Christopher, que apenas suspirou e saiu da sala, não sem antes notar a presença da nova colega não muito distante. “Como… você gostaria de fazer o trabalho?” Perguntou-a quando chegou perto, sem cumprimentá-la, o aparente desconforto na face.
@silverhecrt
astrid sentia-se uma alienígena em cada corredor daquele colégio. não deviam receber muitos alunos novos, ela pensou para si mesma, considerando os olhares curiosos e sussurros não tão discretos que summers observou. para alguém que só queria uma vida normal e amigos, não parecia nada promissor... mesmo que estivessem a convidando para o almoço, nada parecia muito sincero; como se ela fosse uma novidade que logo se esgotaria e não teria mais a mesma graça, até porque astrid sempre se sentiu apenas mais uma entre as outras e esse tipo de atenção não lhe era familiar.
ela já tinha visto christopher antes. andando pela escola, com seus irmãos (como ela havia descoberto através dos fofoqueiros), ele parecia inalcançável. lindo, frio e inalcançável. ela estaria satisfeita em admirá-lo à distância, caso o professor de história não tivessem-nos feito de dupla... e caso christopher não tivesse agido como se astrid fosse a pessoa mais indesejada do recinto. a expressão de desprezo deve ser difícil de conter, a garota pensou, enquanto tentava fingir que não havia percebido. será que ela estava fedendo? não era possível que tamanha repulsa surgisse do nada. para melhorar, christopher claramente foi pedir a mudança de dupla como se astrid não o enxergasse, e seu sangue estaria fervendo se não estivesse tão confusa com o fato de que uma ninguém como ela poderia causar tanta estranheza para ele. "bem, eu não sei. mas você parece nem querer fazê-lo," ela respondeu nervosa, mas ainda assim o alfinetando. "será que você está tão desconfortável com a minha presença que nem pode assistir à uma aula ao meu lado?" astrid olhou ao redor e colocou o cabelo atrás da orelha, com receio de que alguma pessoa pudesse estar observando-a como fizeram o dia inteiro. agora que estava ao lado de christopher, as chances de alguém estar olhando em sua direção duplicavam.
12 notes
·
View notes