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SEMANA 7

SEMANA 7

A semana dos zines foi muito difícil para acontecer, foi 3 semanas adiada. A primeira vez foi por ser dia 20 de abril, no dia do M*ssacre de C*lumbine, além que dias antes houve um atentado em uma escola aqui no Brasil. Nesse dia, diversas escolas cancelaram suas aulas.

Quando o dia finalmente aconteceu, distribui as zines já grampeadas para facilitar, e pedi para que escrevessem as poesias feitas ao longo dos encontros. Além disso, pedi para que colassem ou recriassem seu avatar que já havia sido feito, na capa. Porém, o tempo não foi nossso amigo, e não conseguimos terminar. Pedi no final da aula para que me trouxessem pronto na semana seguinte

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SEMANAS 5 E 6

SEMANA 5

Semana focada em jogos com palavras em que propus dois jogos diferentes para eles

O primeiro foi uma espécie de acróstico, só que com poesias. Cada um escolhia uma palavra e criava a partir dessa palavra, uma poesia.

Aqui vão alguns exemplos:

Observei ao longo dessas semanas que esse grupo,principalmente os mais novos, utiliza de palavras violentas. Eles parecem muito confortáveis em falar sobre violência.

Os alunos A e G quiseram fazer mais uma vez o acróstico, e dessa vez, pediram para que eu escolhesse a palavra. Escolhi "galáxia" para A e "eclipse"para G.

Logo depois fizemos um jogo que eu aprendi na cadeira "Psicologia da educação: o jogo I", em que consiste em quase um acróstico, mas utilizando todas as letras do alfabeto (e tendo que ser iniciado com as letras)

Neste jogo eu percebi mais um momento de descontração e percebi os alunos mostrando cada vez mais de suas personalidades.

O aluno B, que teve dificuldades em entender os jogos pois as letras os confundem, preferiu fazer um texto com algo que acredito ser deu pseudonimo (ou vulgo).

SEMANA 6

Trabalhamos com música, pedi na semana passada para que eles escolhessem uma música pela qual eles gostem da letra.

Todos ouvimos parte da música de cada um e a partir disso, disse para que trouxessem o sentimento que essa música trazia para eles a poesia que escreveriam.

Não registrei o de todos registrado, mas aqui vai a poesia de G e B, junto de outra feita por ele.

O B em específico sempre foi muito fechado e nesse encontro foi muito aberto comigo e com os colegas e falante.Além de estar cada vez mais interessado nas poesias. Já G, me pediu para que eu auxiliasse ela na escrita das palavras, e pediu para que eu lessse em voz alta.

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SEMANA 3 E 4

Semana 3

Os alunos trabalharam em seu avatares, 4 deles trabalharam com grafite, lápis de cor e aquarela.

A aluna G sobre seu avatar:

"representação de si dando em volta pela noite"

A G tem grande interesse sobre a noite e a escuridão.

O aluno J sobre seu avatar:

"tem 2 metros mas diminui 1 metro quando esta ao redor das pessoas normais"

O aluno J já falou sobre o sentimento de sentir que tem que ser duas pessoas na própria vida. E

O aluno B não falou muito sobre seu avatar, mas percebo que é um personagem que ele sempre desenha no seu caderno enquanto estamos nos nossos encontros

O aluno A diz que não tem muita familiaridade com a escrita, e que se interessa por matemática.

Neste avatar curiosamente, ele "escreveu" seu vulgo de poeta em códigos. O aluno A escolheu também usar da colagem para representar seu avatar, que é um robô com diferentes elementos que ele achou em uma revista.

Semana 4

Focamos em poesias e escrita. A maioria dos alunos ainda não conseguem criar uma poesia mas estão se interessando cada vez mais por escrever.

Pedi para que eles escolhessem uma palavra ou frase relacionado a algo que gostem e que escrevessem em um papel. Depois usamos esses papéis para realizarmos um sorteio, onde cada um pegou aleatoriamente um tema para escrever.

Houve uma evolução em relação a escrita e ao interesse dos alunos que se expressaram muito bem diante das palavras que lhes foi dada.

Tem também o registro da poesia da professora Aline:

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PRIMEIRO E SEGUNDO ENCONTRO

dia 27/05/2022

O começo foi de muita timidez, por parte dos alunos e minha. A professora Aline me apresentou ao pessoal que estava concentrado testando aquarela. De início imaginei que seria difícil a comunicação com eles pela maioria não falar muito. Conforme o tempo passava comecei a me concentrar na personalidade de cada um e alguns já demonstraram interesse na poesia. O aluno H já me disse que escrevia e que tinha esse costume.

Apresentei minha principal proposta para eles que seria a poesia e produção do próprio vulgo deles, por meio de uma zine.

Conhecemos o bosque que existia na escola e os alunos começaram a se soltar entre si. Os mais novos eram mais comunicativos enquanto os mais velhos eram mais fechados, mas mesmo assim, foram abertos a conversa.

Jogamos o jogo das 3 palavras, jogo de cartas que a Aline trouxe. Todos jogamos no bosque e tivemos um bom momento de entrosamento.

dia

Cheguei com mais confiança, com os alunos já me conhecendo. Houve a presença de mais uma pessoa, que a Aline me comentou que escrevia. Dois alunos daquele dia não compareceram e tinham ao todo 3 alunos.

Começamos então uma conversa mais profunda quanto a poesia e os sentimentos que podemos colocar enquanto escrevemos. Foi tudo escrito no quadro e com o auxílio da Aline fui apresentar mais do que era o Slam.

Foi pedido que eu recitasse uma poesia e assim o fiz. Procurei sempre falar como me sentia para deixar aos alunes mais confortáveis em também falar.

Um trecho da poesia que recitei:

"Tendo a incerteza como minha única amiga

Ela pegava minha mão e repetia

Luiza,

esse mundo não é pra ti

Mas eu tampava os ouvidos pra tentar não ouvir"

Consegui perceber que a maioria do grupo eram crianças/adolescentes que tinham problemas como ansiedade e depressão. Há também uma questão de gênero muito forte, visto que a maioria do grupo são adolescentes transmasculinos.

Ao final, foi pedido para que escrevessem um texto, sem a pressão de ser feita uma poesia de fato, mas sim um texto que contenham o sentimento de como eles se sentiam quanto ao tema escolhido. A Aline então, sugeriu o tema "escola".

O texto não era pra necessariamente falarmos sobre a escola é sim o que sentíamos em relação a escola. Assim se teve até agora, um dos momentos mais marcantes para mim.

Tivemos o tempo da escrita e na hora de compartilharmos, apenas a professora Aline e eu compartilhamos. O resto não se sentiu a vontade de compartilhar, porém, deram o texto para eu ler.

O texto do mais novo de 11 anos, foi o mais obviamente infantil mas que mostrava ali algo em relação a ansiedade que ele sente na escola.

Os outros textos, de H e J, eram textos pesados e densos. Vi que J se sentiu confortável em falar sobre seus sentimentos e dores, assim como coisas que ele passou na escola e na família.

Já H, foi um aluno que chorou enquanto escrevia, e que não quis mostrar para ninguém o que foi escrito por ele no dia. Porém no fim do encontro me mostrou outro texto, escrito na noite anterior. Nesse texto em que ele dedica a alguém que foi especial para ele, vi ali os sentimentos da dor de uma partida.

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DIA 20 DE ABRIL DE 2023

Hoje seria a data prevista para começarmos o projeto de Slam na escola Lauro Rodrigues, em Porto Alegre/RS. Porém, a professora Aline relatou que nenhum de seus alunos da manhã foram para a aula, e que a escola de estava vazia.

Devido aos ataques recentes às escolas e 20 de abril ser uma data em que ocorreu a tragédia de Columbine, resolvemos adiar para o dia 27.