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E você foi embora…
Me lembro de todas as vezes que você dizia que eu me sentir representado por aquela frase do filme Inception era besta, já que você nunca iria me deixar sozinho. “An old man, filled with regret, waiting to die alone”.
Mentirosa.
Eu sinto sua falta, soube que ontem você defendeu o seu TCC e fiquei feliz, por mais que você tenha me machucado, por mais que quando eu finalmente precisei que você cuidasse de mim você tenha virado as costas… Eu ainda espero que você esteja bem, eu me preocupo todo dia se você acordou bem, será que ela está comendo? Será que você está dormindo bem?
Eu queria que você quebrasse meu coração de verdade, que você me rejeitasse ao ponto de que seus olhos parassem de ser mais lindos do que uma noite estrelada, que sua risada parasse de ecoar por meu peito e que seu olhar tímido não derretesse meu coração já tão machucado, mas você fez isso tão bem a ponto de nunca mais voltar, não tentar, apenas nunca mais me responder e agir como se eu não soubesse todos os seus segredos e você os meus, como se eu não tivesse sido seu melhor amigo.
Eu perco as contas de quantas vezes você me machucou, de quantas vezes eu engoli a seco enquanto você me falava sobre seu amor por alguém, o quanto você consegue ser cruel sem nem perceber? Ao mesmo tempo eu gostaria tanto de preservar nossas memórias, eu não quero esquecer de nós dois completamente chapados num cinema vendo pequena sereia, indo de bar em bar pela cidade, você sem querer me derrubar em cima de um traficante depois de eu não deixar você experimentar bloody Mary que eu tenho certeza que estava estragada… Segurar sua mão enquanto você estava nervosa para apresentar a primeira parte do TCC, a primeira vez que fomos na Jail e você me destruiu na sinuca, você voltando para casa completamente bêbada a ponto de cair no metrô… o momento que eu percebi que estava apaixonado com você de maneira até que inocente me perguntando se eu gostaria de dormir lá.
Todos esses momentos eu não quero perdê-los, eu gostaria de me apegar a eles como me apego a toda cartinha ou presente que você já me deu… Mas, acho que acabou e novamente eu me pego sozinho
Waiting to die alone.
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— Yo me suicide De la forma Más hermosa ¿Como? Me enamoré De alguien que No puedo tener.
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Eu queria que fosse você. Eu queria tanto que fosse você... Queria que fosse você. Até eu descobrir que você não queria que fosse eu.
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Desafio de escrita - Sobre a solidão
Eu ainda sou o mesmo homem que você conheceu, talvez com um pouco menos intenso, com um pouco menos de fogo no olhar e sempre dando desculpas – “Eu só estou um pouco cansado” –
Cansado do mesmo sentimento, o mesmo sentimento que sempre me perseguiu durante a curta vida que tive até agora, aquele mesmo questionamento que por mais que em um dia ensolarado passeando no parque ele ainda parece se esgueirar entre as árvores ao longe, o porque eu ando sozinho? Porque sempre no hospital a dor e o receio dos exames são a minha única companhia?
Porque desde pequeno quando eu dou meu coração ele sempre volta um pouquinho mais quebradiço, o mesmo sentimento de quando você empresta um livro e ele volta com páginas dobradas, orelhas que foram usadas como marca página. Os dias vão passando um mais monocromático do que o outro, enquanto eu sou esquecido pelas borboletas no meu estômago.
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Desafio de Escrita – Qual o tamanho da vida?
Confesso que às vezes me pego sussurrando para mim mesmo, tantas vezes foram palavras ruins, lembretes sobre mim mesmo que são necessários ou até pequenos escapes dos meus devaneios – Hah, eu queria entender como eu consigo ser tão feio de alma e de corpo – Nem se dê ao trabalho Victor, você não é importante.
– Dessa vez foi quase, isso é algo ruim? – Eu disse enquanto estava jogado numa cama de UTI, sozinho e com medo, confuso com uma bola gigantesca de sangue no cérebro.
No fim talvez aquilo fosse uma saída mais fácil, morrer ali seria bem menos problemático, eu ainda me pego pensando nisso com o tumor que tenho hoje – ‘’Talvez se eu desistisse dessa vez seria bem mais fácil, eu to cansado de lutar” – E sendo honesto, eu tenho um bom ponto, uma vida curta não é necessariamente uma vida ruim, no fim eu evitaria muita solidão, evitaria muitos momentos ruins, evitaria dor, evitaria frustração
Mas ao mesmo tempo abrir mão da vida seria como desistir no meio da estrada, é como ver as colinas que rodeiam o pico do Jaraguá, mas nunca subir nelas, é desistir de encontrar pessoas incríveis, de ouvir histórias e viver, ver, sofrer, ter a mesma sensação de tantas e tantas vezes… No fim eu quero estar aqui para ver tudo isso, nem que seja como um espectador, mas perder essa história seria um pouco trágico
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É estranho sentar nesse lugar novamente, é estranho sentar novamente nesse misto de emoções e acontecimentos, é onde eu me perco pensando no futuro, como eu invejo o Victor do futuro já que no fim aquele homem não sou eu, crescer e amadurecer ainda é acompanhado do gosto amargo da morte, por mais que seja eu ainda parece morrer e no fim um novo homem sai saltando por aí, colhendo os frutos que eu plantei, aproveitando as glórias das lutas que eu sangro agora e no qual nunca vou aproveitar dos louros
Acho que finalmente meu coração está se recuperando, talvez eu ainda seja a pessoa que precisa ser machucada para compreender melhor as coisas, talvez eu ainda seja o mesmo impulsivo que sempre vai preferir a dor do que o “e se”, e no final eu perdi coisas, coisas que eu nem ao menos sabia que tinha, no final eu me reencontrei com pontos finais que eu não pensei que aconteceriam.
Meu psicólogo uma vez me perguntou em meio dos diversos assuntos que já foram confidenciados naquela sala onde eu sempre me abraço em uma almofada “O que você quer? o seu futuro, não de uma maneira profissional”
Confesso que é uma pergunta dura, e eu respondi que quero estar em paz com a minha própria solitude, eu sinceramente não espero que alguém vá morar em meu coração de verdade, não creio que terei mais uma casa no sentido que sempre discuti com a Carol em 2019, então que eu reforme meu coração e o decore como uma casa para que sempre ali eu tenha um lar.
Eu ainda talvez tenha que acertar pontas soltas, pequenos deslizes que eu sempre cometo ao longo do caminho, lembranças que tudo que eu fiz: Lições ensinadas, porém não aprendidas… Existe a possibilidade de que eu vá estar sozinho enquanto procuro meus objetivos no caminho de me tornar o homem que vou ser, mas tudo bem… Talvez dessa vez eu tenha aprendido que o amor que eu entrego eu também mereça receber.
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Happy Birthday Dazai Osamu-sensei!
Dazai Osamu is by far the author with the most quotes on my blog, so to celebrate his birthday here are his top ten quotes:
Quote #10:
“It seems you’re not satisfied unless you always make yourself the protagonist in some tragedy.”
- Dazai Osamu, “A New Hamlet”
Quote #9:
“He could only consider me as the living corpse of a would-be suicide, a person dead to shame, an idiot ghost.”
- Dazai Osamu, No Longer Human
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Eu amo histórias, amo quando me contam alguma coisa não importa se é a verdade absoluta ou apenas uma história de pescador que foi aumentada tantas vezes que talvez não exista um pingo de verdade ali, mas desde que seus olhos brilhem como uma chama incansável sempre será um prazer ouvir o que você tem a dizer.
Uma vez me contaram que as almas gêmeas não são únicas, é por isso que algumas pessoas acabam encontrando várias e várias durante a vida, pessoas que você jura que já tem um passado com ela mesmo depois de um singelo “Oi, tudo bem?”, elas sempre estavam por aí, vidas e vidas se esbarrando pela eternidade, isso se dava porque no início de tudo as almas foram feitas da mesma estrela, feitas da mesma coisa.
Sei que isso não passa de uma história de um velho poeta que perambula pela cidade, mas pensando bem eu já esbarrei por uma ou duas delas pela minha vida, me apaixonei mesmo que não tenha sido reconhecido, mesmo que não tenha conseguido te alcançar com minha voz, mesmo que minha risada e peculiaridades não tenha te soado minimamente familiar… Mesmo que você já tivesse outro amor – Também não vou te pedir para ficar, mesmo tendo te procurado por tanto tempo
Talvez em uma outra vida, talvez em um outro tempo você se lembre de mim primeiro.
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Realmente já se passou bastante tempo desde a última vez que quis escrever alguma coisa, talvez minha alma tenha apodrecido ao ponto de seu reflexo em palavras não terem mais aquele mesmo brilho de antes, talvez eu só tenha mudado, talvez… talvez
Mas a passagem sobre a figueira que apareceu no meu instagram enquanto eu passava pela timeline presente apenas de corpo enquanto minha mente divagava me fez pensar novamente, me fez lembrar de um sonho que tive a bastante tempo onde eu estava em uma sala repleta de espelhos onde todo reflexo era uma versão diferente minha, cada pequeno passo dado de uma maneira diferente que refletiu tanto na minha vida daquela versão minha, a infinidade de pessoas que no fim se afunilaram no que eu sou neste momento, em todos meus defeitos e qualidades, como tenho curiosidade, será que sou mais feliz em outras versões? Será que tenho o que quero? Esses pensamentos me afogam enquanto ouço todas as vozes, as minhas vozes falam em um coro até que amável que é hora de acordar.
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“…once again the ingrained habit of considering myself evil took command.”
—
Dazai Osamu, No Longer Human
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Às vezes me pergunto o porque o eu não pareço merecer ser amado, é nesse momento que a solidão parece dominar me fazendo perceber o quanto isso foi recorrente durante todas as vezes que amei, porém que amei sozinho.
É um sentimento curioso, é quase como se o sentimento de ter borboletas em seu estômago se transformasse em um aperto quase que instantaneamente, sinto como se todo aquele sentimento que aquece meu coração quando a vejo e que gostaria de compartilhar fosse completamente evaporado, como se todos meus sentimentos não importa o quão fortes sejam nunca consigam alcançar ninguém, estando para sempre presos dentro de mim, sozinhos para sempre.
Isso durante muito tempo me tirou várias noites de sono, será que meu amor é algo tão ruim, tão nojento a ponto de absolutamente ninguém o querer? Eu sou uma pessoa tão entediante, tão secundária a ponto de nunca me destacar na multidão? Nunca, aos olhos de alguém ser a pessoa mais importante, ser a pessoa favorita? Uma pessoa tão pequena a ponto de absolutamente ninguém segurar minhas mãos como se eu fosse a coisa mais importante naquele momento.
No fim eu poderia estar na frente de um abismo, com absolutamente nada sob mim do que metros e metros de absolutamente nada e mesmo assim eu me sentiria mais vazio do que o penhasco. Todos esses momentos sempre acabam se voltando para a mesma cena em diversas encarnações de seu aspecto… onde eu me encontro ao longe vendo a pessoa aceitando o amor de outra pessoa, feliz, completa enquanto eu... Eu vou apenas assistir, com o peito inundado de sentimentos contraditórios e completamente agridoces, uma mistura de alívio e felicidade ao ver a pessoa amada feliz, mas o peito inundado de tristeza, uma inveja na qual eu não conseguiria colocar em palavras o quanto eu gostaria de estar ali, mas ali não é o meu lugar… Não é onde eu pertenço, o meu lugar é apenas o daquele no qual o amor nunca estendeu a mão.
No fim eu sei que isso é algo que eu deveria estar acostumado, eu gostaria de estar acostumado, eu gostaria que não doesse tanto, eu gostaria de parar de chorar…
Eu, não sei…
Acho que eu só gostaria de merecer isso.
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Goodbye my sunshine
Olá velho amigo, hoje a sua história teve um ponto final… Eu tenho que admitir que não esperava que ela fosse tão longa quanto foi, mas aqui estamos mais de 20 anos depois daquele dia onde te trouxemos filhotinho em uma caixa de papelão do mercado municipal até aqui, ainda me lembro do dia que você conseguiu descer as escadas pela primeira vez, eu lembro de voltar da escola e te ver no chão explorando o terreno.
Eu vou sentir sua falta, sabia?
Eu acho que tenho que te pedir algumas desculpas, por te agarrar, por não brincar tanto quanto eu poderia ter brincado, por gostar de ficar fazendo carinho nas suas orelhas por mais que você não gostasse, por ficar bravo quando você fez xixi no fogão, por não ter conseguido acabar com seu sofrimento um pouco antes, eu realmente não consegui te dar adeus ali e isso foi completamente egoísta da minha parte… De coração eu espero que você possa me perdoar.
Eu também preciso te agradecer, eu nunca me senti dentro de uma família durante a minha vida inteira, mas por mais solitário que eu poderia me sentir eu sempre tive você, a minha vida inteira eu tive você, eu tive você vindo dormir comigo sempre que eu estava chorando, eu tive você não importava o que estava acontecendo, sinceramente agora eu estou apavorado porque você não está mais aqui, e eu sinto muito porque eu sei que isso é egoísta, você me apoiou por tanto tempo e eu sei que você precisava descansar mas ao mesmo tempo eu gostaria do fundo do meu coração que você estivesse aqui.
Está tudo doendo, parece que falta alguma coisa dentro de mim e dentro dessa casa, eu quero acordar e perceber que você está na cama da minha mãe, eu quero que esteja frio e você fique me enchendo o saco para ficar no meu colo o dia inteiro e quando a noite cair você se enfiar embaixo das cobertas…
Até no final, literalmente nos teus últimos momentos você me olhou, me olhou segurando o choro com o mesmo amor que sempre me olhou sua vida inteira, eu vou sentir sua falta meu amigo, sinceramente pela primeira vez na minha vida eu estou torcendo para que exista um após a morte só para que eu possa te ver novamente.
Obrigado por tudo Mel.
Eu amo você!
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“I am afraid because I can so clearly foresee my own life rotting away of itself, like a leaf that rots without falling, while I pursue my round of existence from day to day.”
—
Dazai Osamu, The Setting Sun
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Eu sempre acho cômico como me lembro de certas frases sendo ditas para mim, pequenos fragmentos de conselhos que volta ou outra se tornam pertinentes, mas que não consigo recordar em que situação me foram ditos, muito menos por quem.
Muita coisa ficou confusa no pós acidente, muitas faces familiares se foram e com elas seja lá que tipo de marca deixaram em meu ser.
Volta e meia acabei lendo o que escrevi no meu primeiro diário em 2016, ainda está postado em um site de fanfic, uma versão minha de 19 anos ainda vive naquelas páginas, pensamentos e dores que não fazem mais parte de mim já que não sou eu ali, se ele olhasse através dos meus olhos já não se reconheceria… Veria uma versão mais calma e não mais uma criatura com medo e raivosa pronta para retrucar sem nunca baixar a guarda, o mundo me parece mais calmo agora ein?
Eu estou velho!!!
Não tenho mais medo da solidão, sinceramente ela me parece mais agradável do que qualquer outra coisa, mas também aprendi a aproveitar as companhias que apareceram em minha vida, companhias de bar que caem no metrô e que eu não consigo decifrar o que passa dentro de sua mente, pessoas que são tão gentis que sua companhia se torna insuportável depois de um certo tempo, pessoas que ainda me remetem a minha casa. Pessoas que… Continuam sendo incríveis.
Sabe, eu não sou uma pessoa ruim, eu não sou um amigo ruim eu sou humano com todos meus defeitos e pecados, ainda vou chorar, rir, sentir raiva, amar e com o passar dos anos eu não vou me reconhecer mais nessas palavras, olharei através dos olhos de um estranho e espero encontrar alguém que eu goste no espelho.
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É quase engraçado como as coisas sempre parecem ter a forte necessidade de se destruírem, queimarem com o fogo da sua alma até que não haja absolutamente nada presente ali para que no fim tudo renasça e volte para a homeostase daquele ponto em questão.
Pequenos detalhes que consigo ver em minha vida que parecem me remeter a outros momentos que em seu âmago são similares, pequenos dejavu’s como se a linha do tempo se fundisse em uma quimera, mesmos momentos e pessoas diferentes. Nessa madrugada tudo me remeteu àquela biblioteca, aqueles pós prova onde a Helana passava por aquela porta de vidro, aquele mesmo sentimento de confusão e o aperto no peito que beirava o cômico.
Sabe, eu ainda tenho muito medo de me machucar, mas como o ouroboros da minha vida me arrasta para mais esse pequeno pedaço de caos eu vou até o fim.
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