Tumgik
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curiosidades do conviver: você acha paulinho da viola triste demais, nunca quer. você viaja e a ressaca da ausência eu trato com paulinho. volta logo, porque essa casa anda triste demais. ~ das cartas que eu não mandei.
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não basta jantar só, tem que lascar a pimenta no molho.
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sozinha: a cama acumula roupa suja, a pia acumula louça, o chão cabelos, meu peito nó, o banheiro limo. o cheiro de fritura velha, o ar pesado que não circula, janela escancara meu suor e minha reclusão. durmo às 22h com vc, de madrugada sem. não sei pq é assim.
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El punto central de su pensamiento radica en que ni los varones ni las mujeres son un grupo natural o biológico, no poseen ninguna esencia específica ni identidad que defender y no se definen por la cultura, la tradición, la ideología11, ni por las hormonas —sino que simple y sencillamente, por una relación social, material, concreta e histórica. Esta relación social es una relación de clase, ligada al sistema de producción, al trabajo y a la explotación de una clase por otra.
Es una relación social que las constituye en clase social de las mujeres frente a la clase de los varones, en una relación antagónica (ni guerra de los sexos, ni complementaridad, sino que llanamente una oposición de intereses cuya resolución supone el fin de la explotación y la desaparición de las mujeres y de los varones como clase). Se nota enseguida que esta definición, formulada tan temprano como en 1970, no tiene ni un ápice de biologismo ni de naturalismo, y que para nada descansa en una ingenua idea de sororidad universal o de identidad entre todas las mujeres, contrariamente a lo que han podido pretender algunas críticas del feminismo radical.
In: El Patriarcado al Desnudo - Tres Feministas Materialistas. Org: Ochy Curiel y Jules Falquet. Ed: Brecha Lésbica, pp 8.
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dia de festa é véspera de muita dor.
olho um pouco incrédula para tudo. mesmo. do amor à morte. esse carnaval também é um espanto. olho para as notícias, penso em como a vida é pequena, é mesquinha, é sem sentido autêntico. é essa estrutura patética de vida que inventa um deus eterno que clama por súditos, um egocêntrico e covarde. todos vamos morrer. mas tem idas que deixam papéis, telefones, planos, encontros marcados, amigos para trás. tem gente que é simples demais e não podia morrer. ou não, é de um inferno estar vivo. a penúria da morte é não poder viver? o que a gente não tem, qual é a parte que faz ela ser tão triste? a platéia de frente com suas vidas patéticas olhando uma vida simples esmaecida. que mundo...
mas a vida é esse tempo imperioso. ninguém parou. é o massacre de que, talvez, a vida mesmo, não é a gente que vive. a gente vive? ela passa imperiosa sobre essa proto-vida que tentamos dar algum contorno importante. o tempo tratora nosso orgulho. enquanto pisarmos em formigas o universo vai nos solapar?
não sei do que se faz essa folia. estupidez é um palpite.
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tem alguma coisa depois do barulho que é o som do silêncio e que fala sobre algo mais, sabe? aquele zunido. e o corpo todo deixa de tensionar. onde foi mesmo que o mundo todo meteu o dedo e aumentou o tom, amplificou o grito. não faço a mínima ideia. secaram o ar até o sangue do nariz cair. nunca gostei de avião e vim cair numa cidade em formato de avião. tragédia anunciada. até em cidade sem esquina tudo se cruza. a vida na maioria do tempo corta igual papel, não é lá grande coisa mas arde.incomoda. é chato até salgar a comida. mas o que queria te dizer é uma coisa depois do barulho. depois da saturação. porque se tem mistério na vida é essa coisa de continuar mesmo sabendo que não leva para lugar algum. a gente acorda sabendo que aí fora tá uma merda, que a gente vai morrer e esse mundo pode estar a mesma merda, ou uma merda maior. e a gente vai achando móvel no lixo pra nossa casa de aconchego. conta as moedas. senta no chão. sai sem pagar, paga dobrado depois. o que a gente faz retorcendo a vida, esticando ela no sol e rindo? a gente é puro deboche mesmo. enquanto você me diz: eu não sei disso, penso: eu posso explicar sobre isso. e que gargalhada imensa e satisfeita é esse sono de manhã que minha perna abraça seu corpo e você gira na cama e eu te acompanho e a gente nem ensaiou nada disso. nosso amor é sabotagem. fechou a porta da casa e o mundo não nos pega. a gente anda pelas ruas e o barulho não nos ensurdece. e a casa é o som do silêncio. e a gente escolhe um som pra embalar o silêncio. é tudo tão fora do esperado que desde sempre a gente se pergunta, e agora? o que a gente vai fazer de nós? cada passo é um dia novo, embora essa manhã eu tenha percebido que esse rito de comer juntas enquanto a gente desperta é uma dedicação. a noite é fresca e a gente anda fazendo conjecturas astrológicas sobre temperamentos. te vejo com esse tom de quem viveu muito e quer mais. fico querendo junto. suas novidades, seus contos, seus causos, seus esquecimentos, aquilo que sabe e deixou de saber. aquilo que sabe e prefere fingir que nunca viu. eu vou sempre querer saber o que quer contar. meu mundo tá aberto pro seu, porque com você cresce, floresce, faz raiz mas voa. é só você que vai jogar os livros pelo chão e espalhar copos de vinho pela casa e ter a cama mais quente estendida para nós. e isso que você me dá me faz sorrir enquanto ando para cumprir com essa vida protocolar. é aquilo que tenho pensado sobre o que é o silêncio do som na outras ordens da vida.
perdi o fio. te amo.
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oi. ninguém morreu. você sai pelas portas que eu não abri e pouco sei dizer quando me tomo em goles fortes de destilado. escapa entre os dedos, escorrega no banho, esbarro sem ver. chuto sempre a quina da dor. e o mundo feito para idiotas me bate de galera. a gente só consegue proteger a cabeça e levando ponta-pés ficamos tentando achar algum lugar de escape. tenho apanhado demais do mundo, de mim. das coisas boas e das coisas ruins. não era para rimar, eu vou escrevendo enquanto o estômago queima. nunca será diferente. te vejo nessa foto bonita. te vejo nessas linhas incompreensíveis. a gente nessas coisas antigas, a gente nessas coisas novas, a gente em todos os tempos porque de todo lado a hora cobra. eu gosto de dúvida porque ela te dá ou o amargo da derrota (que é o melhor professor) ou te dá a glória do saber. mentira. fico parecendo arrogante porque todo mundo tem medo ou tem desprezo. gosto das opções porque são sentimentos fáceis de lidar, você não lida. você de preto e de sol e me pergunto pelo que não te prende a nada. que coisa feia, lêlê, essa coisa de prender. mas eu não consigo te imaginar mais aqui, mas eu consigo te imaginar aqui, mas eu... sinto que nasci e fez-se o erro. não meu, de quem me pariu, de quem me gozou, de quem me deu de comer. e ser algo é muito bom, dá sentido, nem que seja o erro. e isso é cafona demais, mas irresistível, voalá, eu poderia ser um erro. mas não deu. oi. dá licença. dessa vez vai ser? qual casa mesmo que júpiter tava e era coisa boa de sentir? my friend, eu sinto muito, mas a única coisa que se aprende quando se tem pouco é a defender. não vai rolar construir uma ponte de união universal. eu quero sangue, quero a garganta da mentira cortada, quero a verdade se explicando em júri popular que pede sangue. cabeças rolando é o que sacia a fome de quem não tem nada. sangue também é pão. e nesse lugar é tudo tão vulgar que santo é ser simples. e poderíamos ser simples por ser, mas não dá, tem que dignificar o mínino, escamotear o roubo, justificar essa massacre de muitos. e olha que andam roubando muito do meu trabalho e o resto eu acho que consegui me defender. mas nem é. amanhã alguém vai dizer que algo de mim merecia morrer e eu vou baixar a cabeça. porque tô sem vontade também de empunhar a faca, quero ver o sangue correr porque o mundo resolveu ter ares mais justos. oi. jpg. não me venha com certezas num mundo de muitas verdades. mentiras sinceras. tenho o choro difícil desde que eu descobri que quando eu choro meu coração abre uma porta. não quero dar entradas para vocês, entendeu? oi. nunca imaginei que eu podia ir tão longe, achava que iria acabar num caixa qualquer de loja de 1,99 fugindo do chefe que segura meu braço e estica dois dedos para encostar nos meus seios. como foge dos chefões? amanhã eu vou plantar minha comida e tudo mais poderá morrer. hoje em dia é tão difícil sustentar ética que tenho sentido vontade de esquecer que vivo e deixar a barba que não tenho crescer. menos as unhas da mão porque me dá ruim nos dentes. como é mesmo o nome dessa coisa de manhã que vem quando tudo tá meio azul mas também está meio vermelho? você vem sempre aqui? tudo isso me dá raiva, porque de algum jeito estamos todos no mesmo balaio sem muito do que se orgulhar. quem tem orgulho é muito besta. quem tem humildade tem sabedoria, mas também isso não serve de nada. a rede deve balançar melhor, no máximo. meu coração está rígido, pequeno, cansado. já vivi 300 anos de angústia em 30. há dias que odeio viver. outros odeio saber que morrer é tão miseravelmente pouco contundente embora quem morra leve um pouco de nós. oi. esse seu jeito de segurar a boca é mais excitante que convincente, já te disse isso? queria poder vomitar essa úlcera que me dói o lado direito. que agora me finca as costas em algum lugar ruim da coluna. a vida é um presente de grego. hoje é o típico dia que eu odeio estar viva, já mexeram na qualidade do meu sono sem eu saber, depois vão me bombardeando com... o mundo é desconfortável demais para mim. tchau;
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vemdeoiahovento-blog · 10 years
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à menina do interior
ouço sobre lugares em que a lei do lugar é quem tem poder de coagir mais. as histórias se entrecruzam sobre violência, fugas e amizades. fico imaginando você sobreviver sem perder esse delicado que tem debaixo dos seus olhos. vai saber o que cada um guarda sob a pele. seus amigos parecem ser um quebra-cabeça sobre você. o último parecia fazer parte da sua timidez, sobre aquele limiar entre a indiferença e o grito. matuto sobre a briga com o instituído da capital e algo que parece a briga com o abuso da falta de jeito de se fazer consenso do interior (a descrição pela falta é uma falha grave). qualquer estrada é conflito. ainda não achei jeito de explicar o que fiquei sentindo em imaginar o que eram vocês naquele domingo de noite até o que eram vocês trocando bilhetes num quarto. o proibido vai mais longe que as franjas do estado. me assusto todo dia com o que não sei. as vezes acho que tem gente que faz casca do lado de dentro, mas tudo é conjectura. vocês me escapam. muito do que eu não entendo, mas reconheço - a vida dói muito desse lado.
você ri comendo coca cola e pastel. de tão simples eu dou risada. não sei de onde tirei tanta indiferença pelo mundo - você me pergunta a comida favorita e eu não sei, falava que era hambúrguer mas enjoei. então para muita gente hoje completa um ciclo. eu sei que ano passado eu estava quase indo para uma virada de ano sem sentido numa casa enorme cheia de estranhos. desisti, fui te encontrar numa casa enorme cheia de estranhos e que entre eles havia você. melhor. a vida muda num detalhe mesmo. do que a gente ria naquele dia? não sabia em que lugar te colocar no meu corpo. você foi me mostrando o caminho durante esse ano todo. anos fazem sentido? é muito comum escrever e ter déjà vu? tenho quase sempre.
queria dizer de algum jeito bonito isso que estou sentindo. queria que depois de ler você reluzisse como quem come pastel e coca cola.
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vemdeoiahovento-blog · 10 years
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irene seguida de maná é uma das sequências mais bonitas, você não acha?
tarde eu te enterrei com a mágoa.
quando eu aprendo geralmente eu anoto. exemplo banal: se houver só luz você não enxerga, é preciso sombra também.
sossega coração.
hoje o ponto é para cura de amor.
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vemdeoiahovento-blog · 10 years
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“"Hate is a strong word," they say. And they don’t want us to have access to strong words. They want us to use weak words. They want us to say “I’m not comfortable with this”. Then they say “It’s important that you expand your comfort zone”.”
— -realsocialskills (via stimmyabby)
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vemdeoiahovento-blog · 10 years
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tenho um sério problema com pressa. preciso entender rápido. ler rápido. decidir rápido. responder rápido. as vezes julgo tudo rápido demais também. odeio texto que acena com o osso e depois some com ele.
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vemdeoiahovento-blog · 10 years
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a imagem da fragmentação é uma imagem da fragilidade? estou sentada entro corpos que choram. corpos que articulam palavras doloridas. memórias afiadas. na entrada da porta o aviso: apenas mulheres. dentro da sala apertada (de forma inédita) para conter corpos tradicionalmente femininos. da barriga delas um fio grosso e invisível aos olhos cruzava cada uma. algumas se davam conta do fio quando uma delas começava a colocar a mão na goela e puxá-lo, sangue e choro. e as outras iam sentindo, as outras iam chorando, algumas gritavam entre ânsias e princípios de vômito: força. a gente precisa desembolar o fio invisível. aos olhos. conforme me atravessava as entranhas eu o sentia abrir feridas frágeis, eu sentia o corpo pender pra frente, eu arrepiava. perplexas íamos rodandos e puxando e ouvindo umas as outras para organizar esse fio que nos atravessava. tínhamos que fazer algo com aquilo que nos unia.
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vemdeoiahovento-blog · 10 years
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sobre os sentidos do pós-escrito, ou um lembrete sobre quando você escreve sem entender: hoje fiz uma frase que só me veio. falei sobre pratos e amor e repetições. e depois de escrito fiquei meio sem me entender. vacilei um pouco sobre tornar público o que pouco entendi. nada entendi, na verdade. e fiquei lendo e relendo e me trelendo. inventei um monte de sentido depois. me conversei. e talvez, eu já sabia antes de saber agora, como acho que sei de fato. tô brincando.
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vemdeoiahovento-blog · 10 years
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não há um princípio enquanto dado. a gente simplesmente vai até onde a memória consegue ir voltando. tem momentos nebulosos que a volta é como fio de chuveiro elétrico derretendo. a gente tá o tempo todo negociando existência. tem gente invisível, tem gente sem pedaço, tem eu que tenho um buraco no estômago que só queima. tem gente que dá medo e, não há o algo do medo em si, mas apenas quem tem o que a pessoa tem medo. o caminho é longo, muitas paradas, mais de um hora. o sol tá saindo desde a madrugada de ontem para me queimar mais um pouco. e a sombra me gela, senti frio no fim da coluna a noite toda, cobri a cabeça e quando esquentou o corpo me faltou ar. não tem por onde sair. não tem esconderijo. as paredes são para decoração também. e aquele grão escondido em algum lugar exposto para qualquer um. eu não achei. só eu não vi.
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vemdeoiahovento-blog · 10 years
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vemdeoiahovento-blog · 10 years
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tenho músicas de tristeza, mas nunca parei pra pensar em algo que estivesse entre a angústia e a raiva. e o que eu queria era um som que me arrancasse o último grito que me falta. dêem esse ano pra júpiter, xangô ou iansã. meu júpiter esta domiciliado nesse centauro que não cansa de falhar ao pular obstáculos. é que nada aqui é puro sangue. se a melancolia é a ventura de ser triste, o que explica a ventura de não conseguir fazer nada sem faísca? e tento pisar tão devagar quanto o conselho me sugere. a raiva é meu ímpeto de colocar fogo em tudo. quero aquela fumaça quente, tudo virando pó, aquele cheiro insuportável de passado queimando. a pirotecnia é o rito dos filhos do fogo e da guerra. ventura vã de ser líder ou só. quando uma fogueira já queimou tudo que nela tinha você percebe a diferença entre o seu barulho e o seu sossego. fogo grita, vai ver. catarse pra sobreviver. a nossa morte é transformação, pra desespero de alguns.
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vemdeoiahovento-blog · 10 years
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"Why am I compelled to write? Because the writing saves me from this complacency I fear. Because I have no choice. Because I must keep the spirit of my revolt and myself alive. Because the world I create in the writing compensates for what the real world does not give me. By writing I put order in the world, give it a handle so I can grasp it. I write because life does not appease my appetites and hunger. I write to record what others erase when I speak, to rewrite the stories others have miswritten about me, about you".
— Gloria Anzaldúa (via la-nayeli)
via becauseiamawoman
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