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Sor Vitor
Um quase publicitário, diretor de arte e criação amador, músico amador, jogador amador. Quase um Severino
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Adeus, 2016.
O ano começou bem, estava tudo em paz e a virada de ano tinha sido uma das mais divertidas que já tive. Tudo estava se encaminhando, minha vida parecia estável, iniciaria a faculdade que eu finalmente tinha certeza que era a minha área e até no trabalho, apesar dos trancos e barrancos, parecia que ia engajar.
Os primeiros meses foram mais adaptação com a faculdade, e o início do meu stress que até agora não parece ter fim. Um péssimo gestor que brinca de ser empresário. Sumiu, deixando mais que endividado, um jovem que tentava se reerguer depois de tantos tropeços.
Até então tudo bem, dinheiro se recupera, a faculdade estava indo muito bem e as esperanças não estavam perdidas. Então veio o maior chute no estômago do ano. Perdeu-se a esperança. O porto seguro que eu tinha, desmoronou.
Então o que sobrou? Estava sozinho, sem dinheiro, sem emprego, a faculdade começava a desandar, tudo o que podia dar errado, estava dando errado.
Nem tudo foi desgraça. Reencontrei antigos amigos, e consequentemente fiz novos. E acho que esse foi o ponto alto do ano, porque encontrei um grupo onde podemos fazer qualquer coisa e vai ser divertido. Não é um grupo onde só sabem falar de cachaça e mulher, mas onde sempre podemos debater sobre qualquer coisa. De festas Open Bar a jogatina seguida de WWE e pizza, dá pra contar com esses caras pra praticamente qualquer coisa.
Mas mesmo assim, faltava algo. Algo que não encontrei ainda. Conheci muita gente, me envolvi com muitas pessoas, nem sempre com pessoas tão boas assim. Talvez eu quisesse aproveitar minha vida, mas eu estava tão desacostumado que acabei exagerando. Por algum momento, eu achei que estava voltando a ser o babaca que fui 3 anos atrás. Às vezes, ainda acho que estou.
Mas eu só preciso achar um ponto de settle down. Achar algum jeito de acalmar a vida e sossegar. O resto, aos poucos eu vou resolvendo. Apesar de não saber se vou conseguir continuar a faculdade, se consequentemente vou conseguir manter o estágio, se as dívidas vão aumentar mais ou vão começar a diminuir. Talvez o que me falte seja realmente um porto seguro. Mas fica difícil se sentir seguro num mundo onde todos os seus ídolos vão morrendo aos poucos e as pessoas que você mais se importava se tornaram criaturas irreconhecíveis
Vá embora logo, 2016, você foi o pior ano da minha vida. Acabe e deixe o novo ano chegar, talvez ele tenha coisas melhores reservadas pra mim.
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