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Não me diga que meu livro foi pirateado, divulgue ele no lugar

Sempre que o assunto pirataria de livros nacionais independentes aparece, tem quem prefira alertar ê autore que o livro foi pirateado, mas não gosto muito dessa abordagem.

Não vejo motivo para divulgar isso se não for para deixar o autor triste, já que o destino de toda pessoa que escreve é ser pirateada um dia, ao menos se faz isso como trabalho.

É sim errado, afinal, ninguém tá nadando em dinheiro igual grandes autores e grandes empresas, mas avisar não ajuda em nada. Tem inclusive quem desista por causa disso e tem quem nem comece.

Por isso, se você conheceu algum caso de pirataria desses, divulga o livro da pessoa, faz uma boa propaganda, porque sabe, quem pírateia talvez compre e talvez não, quem não ia comprar não merece o tempo de ninguém.

Sim, a gente gasta com revisão, leitura critica, em alguns casos com diagramação e/ou capa, mas se a pessoa não quer ler, não adianta usar isso para afetá-la. Por isso mesmo nunca divulgue links de grupos que fazem parte dessa galera, nunca, porque podem derrubar 10 que vão aparecer 100.

E lembra que uma coisa é você fazer uso de pirataria com quem depende daquilo para comer, outra é de quem já ganha rios de dinheiro e vive suave com ou sem a pirataria.

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Aversão ao erótico

É incrível como a aversão ao erótico é visível, pessoas que não querem nada erótico a todo custo, pessoas que tentam fazer com que o erótico seja tirado da mesma ala do pornográfico, porque há o medo do sexual, há repulsa ao que é sexual

E não estou falando de quem tem traumas com o sexual, quem tem repulsa por ser assexual, estou falando de pessoas que possuem essa repulsa por verem o sexo como algo sujo, que não aceitam ler algo erótico, que não aceitam ver algo erótico, que repudiam qualquer expressão artística que seja erótica

Há até mesmo escritores que culpam livros eróticos pelo fracasso das suas vendas, como se uma coisa tivesse relação com a outra. Há pessoas que falam que as sérias de hoje em dia só possuem audiência por terem sexo.

E isso só mostra como a aversão ao sexo está cada vez mais visível com a internet. Pessoas que até mesmo ousam dizer que sexo deveria voltar a ser um tabu, como se tivesse deixado de ser.

Aliás, toda essa aversão ataca até mesmo pessoas, pois não ficam contentes apenas em falar mal do sexo, seja ele visual, áudio ou áudio visual, há o ataque em cima de quem tem fetiches ou mesmo de quem deseja realizar sexo de forma diferente. Isso sem falar em quem fala abertamente sobre sexo nas redes sociais.

E sim, o erótico e o sexual estão ligados. O erótico e o pornográfico estão ligados. O pornográfico e o sexual também estão ligados.

Não há motivo para achar que a aversão ao erótico vai acabar tão cedo, mas também há motivos para se lutar contra isso, para que tudo seja melhor. Afinal, essa aversão ao erótico não respinga só no sexo, pois tudo que é visto como erótico é mal visto, é mal falado, então a luta LGBT+ também deve existir contra essa aversão.

Sim, pessoas LGBT+ ainda são vistas mais focadas na questão sexual, por mais que se tente desvincular essa imagem. E não é para menos que ela ainda existe, porque tudo que não é hétero, não é cis, não é peri (fora de intersexo), não é alo (fora de assexual/arromântico), é visto como ruim para crianças e adolescentes, os mesmos que não devem ter contato com o sexual.

Então, antes de achar que a aversão ao erótico não te afeta, pense duas vezes, porque ela te afeta, e vai continuar te afetando até você entender isso e lutar contra.

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Ser vegano e não ser contra grandes marcas não adianta muita coisa

Você se diz vegano, mas não luta contra o capitalismo? Então de que adianta ser vegano?

É essa a pergunta que eu me faço sempre que vejo determinados ativistas falando sobre veganismo, pois enquanto querem acabar com a crueldade animal, acham ruim que empresas grandes não tenham produtos veganos. As mesmas empresas que ainda cometem crueldade contra animais, as mesmas empresas que ainda destroem o meio ambiente, as mesmas empresas que provavelmente pagam mal seus funcionários.

Um exemplo claro é ver vegano comendo no Habbibs e tendo dúvidas se realmente as esfihas são veganas. Sendo que saiu uma notícia sobre como trabalhadores recebem um salário péssimo, ou seja, você quer acabar com a crueldade animal, mas não se importa se tem gente ganhando pouco?

Ou quem é vegano e consome produtos veganos da Sadia ou da Seara ou de marcas do mesmo ramo.

Sabe, isso é no mínimo contraditório, e não vai muito longe. Não, essas empresas não parariam de acabar com o meio ambiente se parassem de produzir produtos de origem animal, muito menos tratariam bem seus funcionários, então acorda que ainda dá tempo.

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Pessoas ruins no BDSM existem, mas focar só nelas não ajuda em nada

Quem pratica BDSM ou quer praticar, sempre vai ouvir relatos de uma pessoa que é sem noção e que já fez várias vítimas, mas não adianta em nada focar só nessas pessoas, porque reduzir um conjunto de pessoas e práticas a só isso, mostra bem que as outras pessoas não importam.

E sabe quem gosta disso? Quem é contra BDSM. Pensa comigo, você ouve esse relato, fica com medo e não pratica mais ou nem considera praticar. E ainda por cima ouve que pessoas do BDSM são loucas, malucas, e que por isso você deveria ficar longe.

Sim, há ainda práticas do BDSM que estão no DSM mesmo no mais recente, mas isso não significa que necessariamente são doenças ou loucuras, porque gays já foram vistos como doenças e até pouco tempo pessoas trans também eram vistas como doenças.

É preciso sim combater essas pessoas é o mínimo, até porque, se queremos uma comunidade legal, devemos saber quem está do nosso lado e quem não está e nunca vai estar.

Mas não tenha medo de praticar, converse com amigues, procura bem sobre as práticas na internet e principalmente em sites sobre BDSM, procure orientação, mas não desista. E evite práticas perigosas logo de cara, as que a gente chama de edge play, porque você ainda não tem experiência e pode causar problemas.

Enfim, BDSM é uma delícia, mas as pessoas ruins não.

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Quando eu percebi que não era igual as outras crianças

Eu fui diagnosticada com TDA aos 21 anos e eu já suspeitava que era antes do diagnóstico, quando muito conteúdo sobre TDAH começou a surgir no meu Twitter e me lembrou muito de quando eu me descobri trans.

Mas assim como eu já me sentia diferente na questão de gênero, eu também me sentia diferente na questão de eu ser "normal" ou não. E isso começou quando eu tentava ler livros, mas eu nunca saia do lugar, porque eu lia uma vez, esquecia o que eu lia, ai eu lia de novo e virava um ciclo vicioso.

Hoje, perto de fazer 22 anos, eu ainda não consigo ler direito, tanto que eu praticamente só leio mangás, e é engraçado falar isso como escritora, porque pra mim a leitura é difícil e sempre foi, aliás, ser escritora e estudante de um curso cheio de leituras.

Lembro até hoje de quando eu recebi o primeiro livro de Percy Jackson e não consegui ler, ficou guardado na minha estante e não por eu não ter gostado, mas sim por ter entrado no ciclo vicioso.

E eu ainda pego livros mesmo sem ler nenhum, justamente por eu amar livros mesmo não tendo cabeça pra ler. E é engraçado, porque eu sempre tirei notas ótimas no ensino fundamental, principalmente em matérias de humanas, tive que fazer roteiro de um livro que eu li na força do ódio (eu tinha 14 anos e fui obrigada a ler Vidas Secas).

Hoje em dia eu faço resenhas sem ler os textos, faço livros só lendo mangás e tá ótimo, por mais que eu queira ler mais, não consigo e eu aceitei isso.

Mas não é só sobre livros, é também sobre ter sido uma criança que odiava toques, que não conseguia olhar nos olhos dos outros durante conversas, que não falava "bom dia"/"boa tarde"/"boa noite"/"oi"/"tchau" e outros, que odiava fazer trabalhos em grupo, que era horrível em fazer e manter amigos, que não entendia muito bem o que estava fazendo naquela sociedade.

Como adulta eu ainda não gosto de toques de pessoas que não são familiares, amigues e mi namorade, também ainda não olho nos olhos dos outros, não falo "bom dia" e outros, não gosto de trabalhos em grupo, não sei fazer amigos e manter amigos, e ainda não entendo o que estou fazendo nessa sociedade.

Mas sei que como pessoa TDAH, eu quero que as coisas mudem e quero entender melhor o que eu sou para poder ajudar outras pessoas que suspeitam ser TDAH ou que receberam diagnóstico e estão aflitas sobre isso.

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Não interaja se

Por favor, não interaja ou me siga se você for anti kink/anti fetiche;

Se você acha que age play é pedofilia e/ou que pet play é zoofilia;

Se for anti BDSM no geral;

Se for radfem;

Se for contra o uso de linguagem neutra (elu/ile etc);

Enfim, quero paz, então espero que me ajudem nisso.

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Bem-vinde!

Bem-vinde ao meu tumblr, aqui eu vou falar de vários assuntos aleatórios. Eu uso qualquer pronome e tenho 21 anos, além de ser escritora de livros eróticos com BDSM e personagens trans.

Gosto de falar sobre BDSM, LGBT+ e outros assuntos, mas principalmente BDSM, LGBT+ e escrita, porque são os assuntos que eu sei, no caso, focado mais em pessoas trans por eu ser uma.

Não interaja/siga se