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일치
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uniao-ilchi-blog · 6 years ago
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A popularização e as dificuldades que a cultura asiática enfrenta no Brasil
É incrível como mudanças ocorrem rapidamente, há alguns anos nunca imaginaríamos o quão rápida poderia ser a troca de informações e, hoje em dia, é possível se comunicar ao vivo com pessoas do outro lado do mundo.
Antigamente filmes demoravam anos para se popularizarem em países diferentes de onde foram produzidos. Um exemplo disso é o filme “O Vento Levou”, estreado em 15 de dezembro de 1939 nos Estados Unidos e reproduzido no Brasil quase um ano depois. Em contrapartida, agora não é necessário nem sair de casa para ter acesso aos lançamentos, está tudo disponível em diversas plataformas de streaming. Não apenas filmes estão sendo mais vistos, como séries também se tornaram mais populares, caindo nas graças do povo e se tornando um dos conteúdos mais vistos atualmente.
Com a Netflix, Telecine, HBO Go, Amazon Prime e Crackle, o mercado Americano domina a oferta de serviços de streaming, mas não é única opção. Nesse contexto surge o Viki, um site e aplicativo que nos possibilita explorar o mundo do entretenimento asiático. 
O Viki oferece uma ampla seleção dramas populares, filmes, programas de variedade, vídeos de estilo de vida e moda de diversos países como a Coreia, China, Japão e Taiwan, com legendas em mais de 200 línguas. Os usuários podem navegar pela sua biblioteca e descobrir dúzias, senão centenas de filmes e séries de TV que não estariam disponíveis normalmente devido às barreiras da língua, além disso, conta com a interação da comunidade ao redor do mundo, já que seus usuários conseguem conversar entre si enquanto utilizam o app.
Outra vantagem do ViKi é que o mesmo permite que os espectadores assistam a programas em seu formato original, sem nenhuma interferência cultural ou estilística na edição.
Programas asiáticos
Com um formato um pouco diferente das novelas brasileiras, os doramas costumam ser bem mais curtos em duração, dificilmente passando de 60 episódios, embora o mais comum seja uma duração que varia entre 12 e 20 episódios por produção, que são transmitidos em um ou dois dias por semana.
Os temas são bem variados: Da ficção científica, passando pelos procedurais de investigação, até os romances históricos que retratam as intrigas palacianas das dinastias do passado, tem para todos os gostos.
Podem ser divididos em K-dramas (coreanos), J-dramas (japoneses), TW-dramas (taiwaneses), C-dramas (China) ou HK-dramas (Hong Kong) e são produzidos pelas grandes emissoras asiáticas como TVN, SBS, KBS, Fuji TV e GTV. Dentre esses países a Coréia do sul, já notada por ser líder em investir pesado em entretenimento nacional, produz mais doramas do que qualquer outro país e suas obras (conhecidas como K-Dramas) são as que fazem mais sucesso.
A febre global dos dramas começou em 2002 com a novela “Winter Sonata”. A história de amor dos jovens Yoo-Jin e Jun-Sang, interrompida por uma tragédia, conquistou seu país de origem, foi exportada para a China e chegou aos Estado Unidos e América Latina por meio dos fansubs, grupos de fãs que criam legendas e disponibilizam os episódios para download na internet.
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O romance tradicional é o que fez o k-drama cair no gosto dos brasileiros, além do foco no processo e nas pequenas emoções. No drama coreano, pegar na mão de alguém, por exemplo, é uma coisa muito importante.
Ainda não existe uma resposta definitiva para a popularidade dos doramas no ocidente, mas podemos apontar sua importância como uma válvula de escape para a falta de representação de grupos asiáticos, a chamada invisibilidade asiática, nas produções do ocidente, já que imigrantes e descendentes de asiáticos têm um importante papel na divulgação desses conteúdos por aqui. O canal filipino (TFC), por exemplo, já conta com mais de dois milhões de assinantes fora de seu país de origem, o que mostra a necessidade de seus assinantes de manter algum contato com sua cultura natal.
O uso do app e a comunidade nipo-brasileira Como já citado anteriormente no nosso blog, aproximadamente 1,8 milhões de brasileiros de origem japonesa vivem no Brasil. Cerca de 60% vivem no estado de São Paulo, mas os estados do Paraná e do Mato Grosso possuem também grandes concentrações de nipo-brasileiros. Vale ressaltar que o Brasil é o segundo em número de japoneses fora do país asiático, apesar disso, ser asiático no Brasil é um desafio. Conversando com uma amiga chamada Minna Yukari, nipo-brasileira , pude ver a dificuldade de sua família de manter seus costumes e culturas vivos sendo repassados de geração em geração.   Minna contou ser a terceira geração da família por parte de mãe e a quarta geração da família do pai aqui no Brasil. Crescendo em uma família totalmente japonesa, teve uma infância relativamente diferente, comendo alimentos tipicamente japoneses, comemorando todas as celebrações do país de origem de sua família e com palavras japonesas no seu vocabulário. Sua família, principalmente a por parte de mãe, sempre foi muito orgulhosa de suas origens. Minna falou que boa parte dos seus tios usam palavras e expressões japonesas no dia a dia e ainda praticam tradições comuns lá no Japão, como dar dinheiro à família do falecido, dar um pequeno presente quando visita um parente, fazer as comidas típicas em comemorações e tirar os sapatos antes de entrar em casa. Relatou também a dificuldade que seu padrinho e tio tiveram ao se mudar para a casa dela já que pequenos costumes acabam se tornando extremamente complicados em uma sociedade tão diferente, por exemplo, a televisão no Brasil segue um estilo de programa muito distinta da Japonesa e, para eles, desinteressante.
Assim, começaram a procurar programas de sua cultura na internet e acharam apenas a camada mais superficial como animes ou apenas pedaços de programas, sendo chamados de bizarros pelos sites que os apresentavam. Minna me contou que então descobriu sobre o Viki e assim houve um resgate da sua cultura frente a sua família de maneira geral.
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Além disso, Minna expos como criou laços de amizade com outras famílias nipo-brasileiras através do chat do app. Compartilhando os mesmos gostos e assuntos com a comunidade fica muito mais fácil achar pessoas que compartilham da mesma realidade da sua.
Referências:
http://minasnerds.com.br/2017/06/17/febre-dos-doramas-no-brasil-entrevista-com-ana-andrade/
https://www.viki.com/?locale=en
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gone_with_the_Wind
https://www.apptuts.com.br/tutorial/android/apps-para-ver-filmes-series-android/
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uniao-ilchi-blog · 6 years ago
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Anime festival 2018 - conhecendo o universo dos animes
Anime é o termo utilizado para nomear os desenhos animados de origem japonesa e todos os elementos relacionados a estes desenhos. Para o japoneses, anime refere-se às animações em geral.
A história do anime
Tradicionalmente, o anime é desenhado a mão. Entretanto, com a revolução tecnológica, marcada pelo desenvolvimento de recursos tecnológicos de animação, que se iniciou principalmente a partir da década de 1990, a maioria dos animes passaram a ser produzidos em computadores, abandonando a tradição do manuscrito.
Os animes abordam uma série de temas, que variam entre drama, aventura, romance, mitologia, ficção, psicologia, comportamento e muito mais. Além da abordagem desses temas, uma característica importante dos animes atuais diz respeito a ocorrência frequente de elementos tecnológicos no decorrer das narrativas.
O sucesso do anime não se resume apenas ao Japão, seu país de origem, e outros países asiáticos. O Brasil é um dos países onde esses desenhos mais viralizaram, atingindo milhares de jovens e dando origem a uma série de eventos.
Os animes nos dias de hoje vão muito além de animações, que são elaboradas para revistas em quadrinhos, televisão e cinema, se tornando um estilo de vida.
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Anime festival 2018
Quem é fã de animes certamente já foi ou pelo menos já ouviu falar deste famoso festival que já virou tradição e movimenta milhares de aficionados por essa cultura que aborda desde games, desenhos e caracterização baseadas em personagens.
O festival já tem 11 anos de existência e nas últimas edições vem ganhando mais espaço. No começo, o Anime Festival era realizado apenas uma vez por ano e, atualmente, o festival ocorre 4 vezes, nos meses de fevereiro, maio, setembro e novembro.
A experiência de estar no meio de personagens e se envolver nesse universo nos abre os olhos para a força que o evento tem e seu significado para seu público, que atinge principalmente os mais jovens. O festival consegue recriar fielmente a cultura asiática com comida japonesa, torneios de cosplay, palestras com dubladores, vários videogames, além de se divertirem em uma arena de Just Dance.
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A minha experiência no Anime Festival
No início do ano, na primeira edição do Anime Festival, em fevereiro desse ano, tive a oportunidade de conhecer esse festival de perto, acompanhando meu irmão, João, de 12 anos de idade.
Como já era esperado por mim, me senti completamente deslocada. Os primeiros minutos no festival foram um completo choque, eu estava imersa em uma cultura completamente diferente da minha. Contudo, a experiência foi extremamente enriquecedora.
Mesmo sem conhecer muito sobre a cultura asiática e o universo dos animes, consegui ter uma noção do quanto os animes são importantes para os jovens que ali estavam e a influência que exercem na vida dessas pessoas.
A fim de completar esse artigo e torná-lo mais enriquecedor, entrevistei meu irmão, para que ele me contasse um pouco mais sobre a sua experiência no Anime Festival, festival que ele já havia frequentado antes.
"O festival foi bem legal. Lá eu pude comer comida japonesa, jogar videogame com meus amigos e ver vários cosplays dos meus animes preferidos, foi muito divertido".
Mesmo que no início tivesse um certo preconceito com animes, posso afirmar que vivi uma oportunidade única, extremamente enriquecedora e divertida e, por isso, finalizo esse artigo convidando vocês e a vivenciarem essa cultura e se divertirem no próximo Anime Festival, que ocorrerá no próximo mês, dia 18 de novembro, no Expominas, com ingressos que variam entre R$30,00 a R$60,00. Tenho certeza que vocês irão gostar.
Referências:
http://www.animefestival.com.br/2016/index.php/edicao-2018/venda-de-ingressos
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uniao-ilchi-blog · 6 years ago
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Por dentro da cultura nipônica
Como já mencionado em outros artigos do nosso blog, em 2018, completaram-se 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil. A cultura japonesa contribuiu, e muito, para composição da cultura extremamente diversificada do nosso país. Por esses motivos, o assunto desse post não poderia ser outro, no artigo de hoje falaremos sobre a influência da cultura japonesa no Brasil.
Além disso, nós entrevistamos uma jovem nipo-brasileira, que foi coroada segunda princesa do Miss Nikkey 2017 e nos contou um pouco da sua experiência nesse evento que é um dos mais importantes para a população nipo-brasileira.
O Miss Nikkey é um concurso tradicional que tem o propósito de propagar e manter a imagem da cultura nipônica no Brasil. O concurso segue todo um ritual, onde as participantes desfilam, para um time de jurados, com trajes típicos japoneses, de banho e de gala, ao som de músicas japonesas. Ao longo dos 10 anos de concurso, o time de jurados tem sido composto por grandes personalidades como artistas, cantores, grandes empresários e apresentadores.
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Conhecendo nossa entrevistada
A nossa entrevistada nos contou, além da sua experiência no Miss Nikkey 2017, sobre a sua vida como descendente de japoneses no Brasil, para podermos discutir sobre assuntos como xenofobia e outros tipos de discriminação resultantes de seus traços asiáticos.
A nossa entrevistada foi a Paula, eleita segunda princesa Nikkey de 2017, que compartilhou com a nossa equipe como foi e como tem sido para ela fazer parte e manter viva a cultura nipônica.
Paula nasceu no Brasil porém é descendente de asiáticos, atualmente tem 22 anos, e já participou de outros concursos de beleza, entretanto, o Miss Nikkey é o único diretamente relacionado ao país de origem da sua família. Desde pequena, ela sempre aprendeu sobre seus antepassados, costumes japoneses e a história do país de origem da sua família, o Japão.
O Miss Nikkey não foi a única celebração da cultura nipônica que ela já participou. Paula se interessa bastante por k-pop, estilo musical que tem se tornado cada vez mais famoso no ocidente, e também se interessa pela culinária asiática, frequentando sempre os eventos relacionados a esses assuntos.
É importante mencionar que o Miss Nikkey Minas Gerais ocorre no Festival do Japão em Minas, o maior evento da cultura japonesa no estado. Ao todo são três dias de atrações culturais, oficinas, concursos e a tradicional culinária japonesa. Uma verdadeira imersão na cultura nipônica. Além do Miss Nikkey, o evento é palco de um concurso de cosplay, um símbolo da cultura pop japonesa.
Agora que vocês já conhecem a Paula, vamos a nossa entrevista:
1) Pra você, porquê é importante manter viva a cultura de seus ancestrais aqui no Brasil?
R: Acredito que meus avós, os pais deles e meus outros descendentes passaram por muitos desafios para que minha família e eu possamos chegar onde estamos. Sempre penso neles como exemplos de força, já que meus avós saíram do Japão por vários motivos, principalmente pelas dificuldades vividas naquela época. Com o passar dos anos eles foram capazes de construir uma renda própria e superar todos os obstáculos, com muita força e persistência. Não foi fácil, mas a cultura japonesa foi como uma base para passar por todos os desafios, e acredito que ela não seja uma base apenas para a minha família mas também para diversas outras que residem tanto aqui (Brasil) quanto lá (Japão).  
Por outro lado, quando me olho e vejo meus traços, reconheço que junto deles vem toda uma cultura, rituais, explicações, uma linguagem e até religiões, e me esforço ao máximo para manter isso vivo dentro de mim.
Agradeço ao meu pai por ter me ensinado tanto da cultura que ele viveu durante a infância e adolescência dele. Mesmo que existam diversas abordagens que eu considero erradas ou ultrapassadas, muitas me fascinam. 2) Ao ser considerada princesa Miss Nikkey, você se vê como representante de toda uma cultura?
R: De toda uma cultura eu considero um pouco exagerado, porém ainda me vejo como uma grande e boa representante de uma parte da cultura Japonesa. É muito importante para mim que ela continue viva no Brasil e, já que aqui coexistem diversas culturas, não podemos perder nosso espaço.
Acho que agora eu carrego comigo um pedacinho da nossa cultura, já que pra mim, tudo que aconteceu foi uma experiência maravilhosa. Gostaria muito que outras meninas, com descendência não só japonesa, mas de qualquer país asiático, se sintam lindas, se cuidem, se valorizem e sempre celebrem a nossa herança.
3) Existem outros pedaços da cultura asiática que lhe interessa? Se sim, quais?
R: Eu gosto muito de K-pop, é um fenômeno novo e eu estou amando como a indústria musical da Ásia está aprendendo a se tornar tão relevante. Cada dia mais vejo meninas e meninos, que nem mesmo tem descendência asiática, curtindo e escutando o pop coreano, e isso mostra o quanto de valor nós estamos conquistando. Ver que nos traços e nossa cultura estão sendo valorizados como sempre desejei que fossem é extremamente gratificante. É bom ver pessoas admirando a nossa beleza, falando que somos bonitos e apreciando os nosso traços, que sempre foram alvo de preconceitos. É importante ver a nossa representatividade, mesmo de longe, já que existem poucos representantes da nossa cultura que realmente fazem sucesso por aqui, e quando fazem, muitas vezes são rotulados como “japinhas”, o que para mim é extremamente desrespeitoso, ainda mais que o K-pop é um fenômeno coreano.
Outro pedaço que eu amo é nossa culinária, extremamente diversificada, com tantos alimentos que eu não imaginava que poderiam ser tão bons e sigo cada dia aprendo mais sobre a cultura japonesa e me interessando cada vez mais. Adoro cozinhar e cozinhar uma comida que carregue tanto significado me deixa muito feliz. Há um tempo atrás eu comi vários pratos, da culinária japonesa, em um festival que se passou na cidade de São Paulo, eu estava lá com minha família e esses eventos são sempre fascinantes. Desde as músicas que tocam até às pessoas que ali estão, que mesmo que em sua minoria sejam asiáticos ou descendentes, foi impressionante ver a quantidade de pessoas que estão interessada na nossa cultura e, a melhor parte, ver o respeito que eles mostram por nossas tradições.
4) Você já se sentiu desrespeitada por ter traços asiáticos?
R: Olha, querendo ou não, o Brasil é um país muito xenofóbico, muitas piadinhas, feitas sem intenções negativas, acabam nos machucando, principalmente durante a infância. Existem diversas lutas contra isso, mas é muito triste sermos reduzidos a “Japinha", “Xinguilingue” ou “Flango”, sabe?
A maioria dos comentários que já ouvi dizem respeito ao estereótipo de que todo asiático é inteligente, principalmente em exatas. Já ouvi comentários como "competir com japonês é desigual" e acredito que esses comentários podem pressionar os jovens, já que seu rendimento acadêmico é analisado com base em seus traços e, quando o jovem não cumpre com as expectativas postas por esse estereótipo ele acaba sendo alvo, muitas vezes, de comentários negativos.
O pior é que para nós mulheres tudo é ainda pior. Escutamos coisas absurdas, a xenofobia é misturada com o machismo e daí tudo piora. É muito difícil lidar com isso tranquilamente, principalmente quando se é jovem, hoje em dia, por ter mais de 20 anos, considero me impor com mais facilidade.
Gostaria muito que isso tivesse um pouco mais de visibilidade aqui, mas diante de tantos problemas de desigualdade e preconceito, não é um assunto tão discutido. Nunca vi falar sobre na televisão mas costumo ver muitas amigas e outras mulheres que passam por situações como essas e postam na internet, tentando dar visibilidade a assunto, mas mesmo assim precisamos que os outros meios dêem a atenção necessária.
Mantendo laços
A Paula nos contou que participa da Associação de Japoneses de sua região, que possui sede em Montes Claros, cidade onde nasceu. Segundo ela, essa é a sua forma de manter contato com a cultura, a culinária, a tradição e os costumes do país de seu avô paterno. A Associação surgiu com o intuito de manter viva a relação dos descendentes de japoneses com o país de origem de sua família. 
Segundo Paula, boa parte da sua família paterna reside no Japão, entretanto, seu pai só pode conhecer alguns desses parentes após 57 anos, quando visitou o Japão pela primeira vez. Antes de sua ida ao Japão, o pai de Paula mantinha contato apenas com parentes próximos, com seus pais e alguns irmãos, que também se mudaram para o Brasil.
Precisamos falar sobre xenofobia
Após nossa conversa com a Paula, pensamos e repensamos algumas questões de extrema importância. O Brasil está vivendo uma época de dois extremos. De um lado temos a constante busca por um país repleto de respeito,  tolerância e empatia. Do outro lado, vivemos uma onda de conservadorismo que procura cada vez mais reprimir o movimento oposto, e quase sempre, um tenta derrubar o outro.
Temos que entender em qual lado estamos, e é importante se posicionar nesse momento, já que estamos nos aproximando de uma eleição e os dois lados e, querendo ou não, estão em evidência na luta pela presidência.
É necessário perceber o quanto ainda precisamos lutar por igualdade, e que existem movimentos menores, como o da luta contra a xenofobia, que merecem atenção, que merecem estar nessa luta e merecem reconhecimento e visibilidade. Mesmo que o outro lado nem sempre esteja se posicionando contra isso, o lado que prega a diversidade deve colocar tudo isso em pauta.
Atualmente não só os descendentes de asiáticos tem sido alvo de xenofobia. Esse preconceito se repete, muitas vezes, com descendentes de países vizinhos e até de países africanos, principalmente os mais pobres. A xenofobia, como dito pela Paula, pode se misturar com o racismo, com o machismo e com outras formas de discriminação e, por esse motivo, questões como desigualdade devem ser sempre discutidas e nós devemos sempre nos posicionar e nos mobilizar por um mundo melhor e mais justo.
Referências:
https://www.missnikkey.com.br
https://akibaspace.com.br/sobre-o-miss-nikkey/
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uniao-ilchi-blog · 6 years ago
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As dificuldades de ser descendente de asiáticos no Brasil
Nipo-brasileiro é o termo utilizado para nomear as pessoas que pertencem simultaneamente ao Brasil e ao Japão. É usado para caracterizar quem se identifica, ao mesmo tempo, como brasileiro e japonês. Esse termo, embora se relacione apenas com aqueles que se identificam também japoneses, possui extrema importância para a influência asiática no Brasil.
Aproximadamente 1,8 milhões de brasileiros de origem japonesa vivem no Brasil, o que representa menos de 1% da população total do país. Cerca de 60% vivem no estado de São Paulo, mas os estados do Paraná e do Mato Grosso possuem também grandes concentrações de nipo-brasileiros. Vale ressaltar que o Brasil é o segundo em número de japoneses fora do país asiático.
O Memorial de Imigração Japonesa
Mesmo não sendo uma cidade com grandes concentrações dessa população, Belo Horizonte possui forte ligação com a cultura asiática. Em 2009, BH ganhou um Memorial da Imigração Japonesa, 1 ano após o centenário de imigração. O memorial surgiu com o intuito de celebrar a amizade entre o estado de Minas Gerais e o Japão, unidos por traços culturais e parcerias comerciais e tecnológicas, apesar da distância que os separa.
Erguido com investimento de R$ 8 milhões, o Memorial da Imigração Japonesa surgiu de uma iniciativa de celebrar os 100 anos da imigração japonesa no Brasil, através da Associação Mineira de Cultura Nipo-Brasileira, do Cônsul-Geral Honorário do Japão em Belo Horizonte, da Usiminas, da FIEMG, do Governo de Minas e da Prefeitura de Belo Horizonte.
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(Foto tirada pelo grupo).
110 anos de estereótipos
Nesse ano a imigração japonesa para o Brasil completa 110 anos, fazendo com que o ano de 2018 seja extremamente importante para os descendentes de japoneses. Entretanto, esses 110 anos são marcados por muita xenofobia, que tem como alvo não apenas os japoneses mas os asiáticos de maneira geral.
Acho que todos nós sabemos que os asiáticos sempre foram alvo de piadas preconceituosas. Seja pela hiperssexualização das meninas ou por comentários relacionados a caraterísticas comportamentais e/ou físicas dessa população, como por exemplo, pelos seus olhos puxados e menos abertos.
Em Agosto de 2017 esse tema foi abordado pela BBC, com experiências pessoais de descendentes de asiáticos. No artigo, assuntos como os estereótipos relacionados a essa população e uma polêmica envolvendo o prefeito de São Paulo, Doria, em uma visita a China, são mencionados e comentados.
Nesse mesmo artigo a luta asiática pelo respeito é tida como uma luta coletiva. Fundadores de diversas páginas, como a Asiáticos pela Diversidade, relacionam o crescimento da discussão sobre identidade asiática com o fortalecimento de outras lutas de minorias. Essa página inclusive faz um paralelo sobre como é ser descendente de asiáticos dentro da comunidade LGBT, assim como outras páginas falam sobre assuntos como a militância asiática e o feminismo.
Além desse crescimento estar atrelado a lutas de outras minorias, o assunto vem ganhando espaço de discussões e mudanças de hábitos históricos através do avanço das redes sociais, fazendo surgir então o debate anti-amarelo.
Pensando nisso, duas estudantes de psicologia da Universidade Estadual de Londrina resolveram abordar o tema através de um impactante ensaio de fotografia. A estudante Jessica Yumi produziu ao lado de sua colega, Celina Tanaka, um ensaio com o intuito de trazer a tona o sentimento de não lugar dos descendentes de asiáticos no Brasil. Segundo postagem realizada pela jovem em seu Facebook, o descendente de asiático é tido como estrangeiro na Ásia e no Brasil.
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Dados sociodemográficos
Outro fator interessante e que não pode deixar de ser mencionado nesse artigo diz respeito a cor e raça nos censos demográficos nacionais. É importante mencionar que a população asiática no Brasil normalmente se identifica como amarela. Entretanto, alguns censos realizados em nosso país se limitam a 3 raças: branco, negro e pardo. Nessas situações, grupos étnicos tidos como mestiços, como os descendentes de asiáticos, se enquadram como pardos.
Um dos dados encontrados que mais chamou a nossa atenção diz respeito ao crescimento da proporção de brasileiros que se autodeclaram amarelos. Segundo o censo do IBGE de 2010 esse crescimento foi de 0,5% para 1,1%, o que representa aproximadamente 2 milhões de pessoas.
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Dados do PNAD sobre a distribuição da população por cor e raça também apresentam resultados interessantes. Entre 2011 e 2016 a população brasileira cresceu 3,4%, chegando a 205,5 milhões. Entretanto, o número dos que se declaravam brancos teve uma redução de 1,8%, totalizando 90,9 milhões, enquanto o número de pardos autodeclarados cresceu 6,6%.
Esses dados contextualizam o cenário vivido diariamente pelos imigrantes de asiáticos que residem no Brasil. Acompanhando manifestações de outras minorias, a discussão sobre a identidade asiática vem ganhando mais espaço, principalmente no universo virtual.
Não obstante vivemos um paradoxo. Simultâneo ao crescimento de brasileiros que se autodeclaram amarelos e/ou pardos, temos a xenofobia e os seus estereótipos como responsáveis pela falta de pertencimento dessa população. De pouco adianta criar memoriais e valorizar a cultura asiática mas não respeitar os brasileiros oriundos da miscigenação causada por essa imigração .
Pode-se concluir então que a nossa população tem muito para evoluir. Não importa a sua origem ou a sua descendência, se você nasceu no Brasil, você é um brasileiro como qualquer outro e, por isso, é nosso papel fazer com que os descendentes de asiáticos sintam-se pertencentes a nossa nação que, por sinal, é a nação deles também.
Não falo apenas sobre a sensação de pertencimento, mas também sobre respeito. Um país com tanta miscigenação e com uma quantidade considerável de descendentes asiáticos não deveria ser um país com tanta xenofobia disfarçada de elogios e movida por estereótipos que não representam, e sim ofendem, grande parte dessa população.
Não hiperssexualize a menina asiática, não mande um asiático abrir seus olhos, não resuma jovens asiáticos a um comportamento que não os representa, os respeite, acima de qualquer coisa.
Referências:
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/06/29/em-dez-anos-populacao-que-se-autodeclara-negra-sobe-e-numero-de-brancos-cai-diz-ibge.htm
https://www.hypeness.com.br/2018/07/relatos-de-assedio-bullying-e-preconceito-sofrido-por-japoneses-no-brasil-em-ensaio-impactante/
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-40816773
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uniao-ilchi-blog · 6 years ago
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A influência da cultura asiática em Belo Horizonte
Olá, sejam bem-vindos ao 일치, termo que significa união em coreano.
Nosso blog é composto por 5 estudantes e foi criado com o intuito de dialogar sobre a influência da cultura asiática em BH.
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110 anos da Imigração Japonesa no Brasil
Em 2018, comemoram-se os 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil  e o crescimento do intercâmbio cultural entre Minas e Japão foram responsáveis por nos motivar a escrever sobre o assunto, relembrando todo o processo de aprendizado e de adaptação de culturas tão contrastantes mas tão complementares e suas influências na atualidade.
Com o pop coreano no auge e o crescente interesse dos jovens de todo o mundo pela Ásia, não poderíamos escrever sobre outra coisa.
K-pop (abreviação de korean pop), é um gênero musical originário da Coreia do Sul que se caracteriza por uma grande variedade de elementos audiovisuais. O Kpop gerou uma subcultura, uma maneira de ser e viver, e hoje tem uma infinidade de adeptos por todo o mundo.
Entretanto, além do k-pop, alguns dados chamaram nossa atenção.
Eventos relacionados cultura asiática no Brasil
Em Minas Gerais, tendo em vista a divulgação da cultura Japonesa já se consolidou o “ Festival do Japão em Minas” que pelo sexto ano consecutivo traz workshops, palestras e convidados com o objetivo de evidenciar essa influência. Atualmente, a população japonesa do Brasil está estimada em 1,5 milhões de pessoas e chega a ser a  maior concentração de descendentes de japoneses fora do Japão.
Além disso, concursos como Miss Nikkey Brasil vem divulgando, preservando a cultura japonesa e busca promover a integração de comunidades japonesas de várias partes do País, buscando também divulgar a beleza Nipo-Brasileira e abrir portas para as modelos que buscam maiores oportunidades.
A Ásia em nosso cotidiano
As influências asiáticas no Brasil estão no nosso cotidiano desde pequenas coisas como a culinária e vestimentas até agentes de grandes mudanças como a economia e a tecnologia,  além de estar presente nos esportes e suas filosofias e crenças.
O anime por exemplo, já tomou conta do gosto dos Brasileiros de maneira significativa. Contando hoje com adeptos em todo o país, vemos festivais inteiros voltados para esse público, que vai desde crianças até adultos e trazendo concursos como o Cosplay, onde pessoas se vestem de algum personagem de anime e a melhor caracterização ganha.
O tamanho e a proporção em termos de eventos que trazem alguma influência asiática vem crescendo cada vez mais, mostrando a importância de se falar sobre e incentivar sua disseminação por Minas e pelo Brasil.
Nossa intenção é analisar os eventos que ocorrem na cidade de Belo Horizonte que dialogam com a cultura asiática e entender como influenciam na nossa cidade e nos nossos hábitos.
Mais do que somente trazer à tona elementos dessa cultura em Minas Gerais, propomos uma relação mais aprofundada, onde buscamos analisar as mudanças causadas em nossa cultura, suas reverberações e nuances. Assim, buscamos um maior entendimento da importância desse intercâmbio social, cultural e econômico.
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Assuntos como feiras, danças, músicas, filmes, culinária e artistas que possibilitam um intercâmbio cultural entre Minas e a cultura Oriental serão discutidos por aqui, além de curiosidades diversas sobre o tema.
Espero que gostem, abraços e até a próxima.
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