umnovoanonimo

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Bifurcações

Parece até repetido, um déjà vu infortúnio. Um acontecimento que muda toda a direção de tudo que eu desejava. Além de tudo lá vem ela de novo, a D, me arrastando, me descolorindo, me congelando por sufocamento. Eu estava em um caminho, achava que finalmente eram as coisas que eu tinha decidido, mas uma merda boa aconteceu e agora não faço ideia para onde ir. A sensação é de que estou na frente de bifurcações que me levarão por caminhos longos e que tenho que decidir qual delas tomar... mas eu não faço ideia do que quero, ainda mais com a D descolorindo todas as minhas vontades e as coisas que me faziam vibrar. As vezes o pânico decide que precisa me prender em casa, me fazer ter medo de tudo. É, ele pareceu de novo. E quando ele aparece não consigo nada, penso em sair de casa e tocar a maçaneta faz eu querer me esconder em várias camadas de edredom, é como se meu coração estivesse exposto, avançado para frente do tórax e se eu sair, todo o mundo lá fora pode esmagá-lo. Mais difícil do que lidar, é tentar explicar. Talvez existam outros CIDs em mim, eu só queria saber para conseguir aliviar a culpa de ser tão ASSIM, a dor e a delícia de ser a mim. 

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Eu não sou uma tarja preta

Quando você possui alguma doença relacionada ao seu psicológico uma das coisas mais frustante que pode te acontecer é a sua identidade ser resumida à um remédio que você toma ou não. Se você do nada começa a chorar, te questionam se tomou seu remédio. Se você esta animado demais, logo dão o mérito do seu dia bom ao remédio. E isso silencia. O remédio importa e muito, mas a vida e crises, de um depressivo ansioso com pânico, tem mais a ver com os sentimentos que estão dentro dele e que não conseguem ser canalizados ou organizados de forma adequada do que de um comprimido. Aquela pilulazinha, colorida ou não, é apenas a ponto do iceberg!!! As vezes o remédio ta ali circulando em nossas veias, mas o modo com uma palavra cai nos nossos ouvidos ou o quão confortável emocionalmente estamos em um espaço que nos faz ter uma crise ou conseguir não se sentir menor com aquilo. Nesse exato momento to sem meu remédio há uma semana, to sentada no quarto da minha tia, entre a parede e uma grande armário de mais de dois metros, escrevendo para me acalme, porque tive uma crise. O que me fez vir pra cá e chorar não foi a falta de remédio no meu sangue, não foi apenas o nível alterado de dopamina no meu organismo. Foi o quão me senti humilhada com uma zoação cotidiana da família e não soube lidar. Foi o quanto em senti desvalorizada e pequena, mesmo que a intenção deles nunca tivessem sido essa. Foi por que lembrei de coisas que me aconteceram e eu não soube lidar. A pílula ajudaria? talvez. Talvez ela não me deixasse afetar a ponto de fraquejar diante daquilo, mas ela só a barragem de uma represa. Ainda há algo em um dos lados dessa represa. Meus sentimentos não são “Tomei minha pílula”, “To me sentindo meio sem pílula hoje”, “Tô com vontade de sair fazendo pílula”, “Derramei pilula horrores”. NÃO. Eu tenho tristezas, frustrações, assuntos mal resolvidos, assuntos estrangulados, felicidades, desejos, TUDO. Tenho personalidade. Não é a pílula que some com isso. Meu jeito de ser não é ser a pílula. É ser eu... do jeito mais saudável possível.

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A única coisa que estou conseguindo sentir é desamparo. Pareço tão frágil, é como se ao redor de mim estivesse uma placa permitindo que eu seja ferida, sem remorsos, e seja culpada pelos meus próprios ferimentos. Minha alma está morta. Só há vulnerabilidade em torno de mim, me sinto uma casca convidativa ao abuso. Me usem, me odeiem, me furem, me rasguem, me xinguem, me faça perdoa-los, me julgue como cruel. Eu não posso merecer o mínimo de dignidade porque eu permiti o inicio disso e não posso pedir para parar. Eu só sei e quero um jeito de terminar com tudo isso, mas vocês julgam que estou me fazendo de vitima. Eu não sei mais quem eu. Me perdi e não tenho o mínimo de força para ter interesse em me encontrar

Minha culpa - Um Novo Anônimo

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Sempre achei que tinha ido ao ápice da falta de amor próprio, mas dessa vez imperei um novo patamar. Essa relação só me destruiu me silenciou e tirou coisas de mim. Me fez sentir errada quando eu estava certa e um lixo quando estava um pouco errada. Criou tempestade e me culpou quando eu apenas quiser chover porque minhas nuvens estavam cheias de mais. Parece que estou engolindo algum veneno forte demais, onde corroe tudo por dentro, mas me da vida eterna para sofrer a cada gota. Me diminuiu a nada e me fez acreditar que eu só poderia ser amada pela benção de sua piedade. Sempre foi o primeiro a me machucar, mas seu eu reagisse, eu estava sendo vil demais, a pior do mundo. Isso me deixa tão perdida, tão presa, tão silenciosa. Minha vontade é de gritar e não incomodar ninguém. Sumir. Deitar de existir por ter sido tola ao me deixar acontecer. Porque é TUDO RESPONSABILIDADE MINHA. Eu não sei mais se consigo ser eu, se consigo respirar. Minha cabeça esta tão perdida no meio das ofensas e opressões. Eu não sei no que acreditar. Parece que quem meu mal apenas ganha. Não sei como sair disso ou se mereço sair disso.

Sufoco - Um Novo Anônimo

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Potencial suicida - resposta à alguém

Existem várias formas de tentativa de suicídio, dolorosas ou não, isso depende de vários fatores, não necessariamente quer dizer que se a pessoa quiser se matar ela vai fazer com tiro ou algo assim. Engraçado que ontem eu estava pensando sobre isso, sobre as vezes que quase me matei. A primeira eu tinha uma faca grande na mão, eu já tinha dado 3 furos na perna e ia furar a região da barriga quando a minha tia chegou e segurou a faca, ela ficou longos minutos me pedindo pra soltar e eu pedindo a ela para terminar o que eu havia começado. Eu não sabia q ela ia aparecer, achei q estava sozinha. A segunda, eu tomei uma variedade de comprimidos e fui dormir, minha mãe soube por conta de um bilhete que eu havia escondido para quando morresse e durante a madrugada me levou de ambulância para o hospital, colocaram uma sonda no meu nariz, lembro pouco dessa estada no hospital, mas lembro que a sonda doía. Essas foram as duas vezes que quase consegui me suicidar mas as pessoas me deteram de alguma forma. Hoje em dia se conseguisse me matar não seria de forma sangrenta, porque eu não quero que minha avó sofra, então acho que entendo pessoas que tomam vários remédios de dormir para morrer, até porque teria um overdose. Depois disso eu já pensei em me matar várias vezes, mas tento lembrar o quanto já conversaram comigo sobre. Não me mato,não por não estar cansada da vida, ainda tenho depressão, minha vida para mim faria mais sentido se não existisse, mas todas as vezes que sinto vontade de fazer algo contra mim, tento lutar contra isso porque sei que é a depressão falando mais alto que eu. Sobre o cara, pode ter sido sensacionalismo ou algo do gênero, mas também pode ter sido algo sufocando-o fazendo ele não aguentar mais, nunca se sabe. Ás vezes somos pragmáticos achando q temos o direito de dizer como as coisas deveriam ser para estarem certas, "ah mas quem quer se matar faz assim", mas as vezes não temos noção do que esta rolando no mundo do outro. Sei que é a sua opinião, mas estou te contando um pouco da minha história para você entender que às vezes as coisas não acontecem como a gente acha que deveria acontecer e como é a mente de um potencial suicida. Abraço

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É uma sensação estranha o tempo todo. Parece que você não esta vivendo a sua vida como gostaria mesmo fazendo o que você ama. Você se sente uma farsa, você acha que tudo que você tem, é ou esta ao seu redor não é de verdade. E se algo é verdadeiro com você, mesmo que você seja verdadeiro, você acha que não merece aquilo, acha que não esta retribuindo o suficiente. Você começa a tomar nojo por tudo que tem, acha que é um despedicio ter algo ou fazer algo por você. O tempo todo se sente cansado e indiposto a fazer algo, a sua mente não funciona como deveria, você não consegue fazer nada que gosta pq no fundo duvida se gosta de verdade daquilo. Sua melhor roupa é seu edredom. Você quer gritar, mas não quer que ninguém ouça pq nao quer atenção. A ultima coisa que quer é opiniões sobre como e porque esta assim. A sensaçao é de que seu tempo acabou e você esta insistindo em algo que não deveria. Você quer ser entendida por um olhar apenas, você nao quer falar, palavras não sao suficientes e parecem dramáticas demais. Você esta muito cansado. Você não consegue fazer nada e se sente um peso por isso. Você só quer ir embora, de uma forma calma, natural e difusa. Você não sente fome, a diversidade de gostos ja nao te anima mais, toda comida parece a massa de alguma coisa. Você quer companhia pq se sente fragil. Você quer ficar só pq não quer incomodar ninguém. Você se sente traida por vc mesma.

A depressão e o espelho

[umnovoanonimo]

Queria que entendessem um pouco do que acontecendo dentro de mim. A sensação é que qualquer nocividade me arranca um pedaço. Um desprezo, um esnobismo, uma falta de empatia, me arranca um pedaço. Não estou conseguindo mais ser educada, qualquer abuso está me ferindo, qualquer falta de valorização, ta acabando comigo, ate porque tenho pouco parado para falar o que sinto. Estou mais do que sensível, estou instável, pareço uma gambiarra, qualquer coisa um pouco distoante pode me desligar. Não tenho querido ninguém por perto, gente faz gentisse e os defeitos da humanidade tem me ferido e massacrado. Não consigo, juro. Me vejo presa em um ciclo infinito de decepções onde não consigo resistir nem a próxima, muito menos ao ciclo todo. Seria um tiro de misericórdia se me deixassem ir, vocês não entendem… Me manter viva é tortura, por favor, tentem entender porque eu deveria partir. Estou doente, não há cura, apenas resistência. Se vocês entendessem que minha cabeça dói, meu corpo dói, minhas lembranças machucam e meu presente é torturante, me deixariam ir embora… Pareço estar numa estrada onde não posso voltar pois a ponte que me ligava à ela quebrou, não posso avançar porque a ponte seguinte também quebrou, não posso ficar porque vou morrer de sede, fome e por conta dos animais nocivos. Não tem mais saída.

Sem saída

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Acho que nunca fiquei tão sensível e chorona por causa de uma ficção televisiva, mas essa série esfregou coisas na minha cara em um momento delicado. Chorei por conta de ver o tempo passar. Eu tenho mais de vinte anos, a vida já não tem a mesma velocidade que antes, mas ainda não aceitei que tem coisas que podem levar um tempo que eu jamais recupere e que lá na frente pode ser triste demais, mesmo que o fim seja feliz. O quanto nossa vida se distancia de alguns eixos por conta das nossas escolhas? O quanto acabamos crescendo longe de algo e encontra-lo lá na frente já maduros pode ser triste demais, porém ficar perto pode ser mortal? Eu tenho tantas histórias mal-resolvidas, meus pais, amigos, amores… Acho que me vi frágil porque vi todos os meus medos e desesperos em tela. Sempre dizem “nunca é tarde”, porém essa frase não funciona comigo. É óbvio que é tarde, o tempo passou, é mais tarde do que antes, mas isso não significa que se tenha que perder mais tempo. Óbvio que a ausência é um hiato, deixa sequelas, mas isso não significa que a partir de ali possa ter concerto. Não temos que fingir que não doeu, não existiu ou que se consertar agora tem que ser como antes. Nada é como antes, a vida é pay-per-view, ao vivo, a cores, sem cortes

Sobre HIMYM (via melaninacombatomvermelho)

[umnovoanonimo]

Cigarro na boca, pensamento ao vento. Às vezes me pergunto se estou nessa vida para viver experiências e analisá-las e não apenas ser uma pessoal normal com sua história básica e clichê com inicio-meio-fim. Sou composta de tantas histórias e sempre termino elas num sofá, bebendo as decepções e fumando as reflexões. Fui contratada para redigir todas as possibilidades de amar? Não sei. Pergunto-me se no  meu futuro não está escrito vários divórcios e um relacionamento sério com uma poltrona, uma garrafa, cigarros, silêncio e muitas histórias.

Um trago - Um Novo Anônimo

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Desculpe-me, amor… eu só sei ser autêntica. Não consigo me acostumar à esse bando de regras impostas que ninguém lembra quem disse que deveria ser assim, ninguém quer ser assim, mas todos fazem assim. Só faço o que sinto que devo fazer, o certo é o que entendo como certo e que não machuque o atrapalhe a liberdade de outras pessoas. Se é apenas uma regra tola sem sentido, feita para punir, não existe para mim. Se é apenas algo que impeça as pessoas a provarem de suas liberdades e aprenderem suas essências, não existe para mim. Liberdade. Descobri que a essência da vida, ironicamente, consiste em viver. Sei que meus discursos parecem algo achado em alguma coluna dominical de um jornal burguês, mas o que os burgueses aprenderam na teoria é que a vida é pratica, realmente viver é se deixar ser tocado por ela, permiti-la se mostrar e compreendê-la. A vida é simples, delicada e sutil, mesmo com todas as suas dores e fragilidades. Pena que eles são cheios de oralidade, discursos profundos… porém são infiéis as suas letras. Depois de conhecer isso tudo, meu bem, não sei retroceder, é como ter asas e se impedir de voar. Pássaros de gaiolas. Nascem, crescem, morrem e não descobrem o que realmente é ser um pássaro. Eu aprendi a voar, não consigo querer parar e NÃO DEVO querer. Anormal é se deixar perder sua essência depois de acha-la, enquanto muitos morrem tentando. O que você pode fazer? Voe comigo ou aprecie meu vôo, só não me impeça.

Vôo - Um Novo Anônimo

[umnovoanonimo]

É tudo tão transbordante em mim, como uma boa filha da dona do vento sei criar tempestades e apaziguá-las, até porquê eu não seria quem sou sem elas. Elas me movem, me constroem, me agitam, me banham, me enxugam, me fazer ser tão eu, tão natural, tão intrínseca, tão intensa.

Um Novo Anônimo

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Já transbordei tantas vezes que cansada de excessos e exageros, só consigo ingerir doses homeopáticas.

- Um Novo Anônimo

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Há tantas faltas em mim

- Um Novo Anônimo

[umnovoanonimo]

Faziam alguns minutos que estava ali parado te olhando. Perco as minhas convicções ao te ver. Não sei como você tem a capacidade de me dobrar como se eu fosse um papel manteiga, sou tão maleável frente à você. Esse estrago todo e você nem me olhou, você só passou por mim, nem me viu, mas eu te vi… Lá estava você, intensa e certeira nos seus passos. Por que você anda como se estivesse flutuando nas nuvens? Por que você parece tão segura, como se andasse para um objetivo e só seu alvo importasse? Não entendo, só fico abobado e te aprecio, mas você nem me olhou. O que seria de mim se te olhasse nos olhos?

Seu Olhar - Um Novo Anônimo

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Acho que não estou preparada para isso. Eu tava tão acostumada àquela outra história. Costume é foda. É legal ter uma história “interminável”, um algo especial com alguém. Era especial, porém perdeu a graça, ficou repetitivo e sem sentido demais. Desocupei o coração e o escondi. Acharam. Agora tem isso, essa história mais complicada ainda que me abala com pouca ação e pouco tempo. Acho que é o medo, eu vejo o precipício e sei que é mais alto, mais perigoso e mais mortal que o anterior. Não vejo chances de não sair ilesa. SOCORRO. Porque eu tenho que ser tão aventureira? Achei que eu já tinha aprendido a não me meter em encrencas, mas ele é um desafio tão bem elaborado, tão autêntico, tão real que me dá mais gosto ainda de me foder. F-O-D-E-R. A palavra que ele odeia que eu fale, que deixa seus olhos inflamados de interrogações. “Por que ela é tão fora das regras?”. Somos tão opostos e isso nos atrai tanto. Dois canalhas irrepreensíveis. Acho que estávamos a procura disso, um do outro. Alguém que batesse de frente e acabasse com o joguinho dos amadores, alguém que jogasse à vera, no hard, usando armas realmente letais. Seu forte desejo real de me controlar e me conter. Meu desejo de quebrar todas as regras, te irritar. Fogo nos olhos, sangue pulsando ardentemente nas veias. Tanta coisa proibida e um estranho desejo que nos faz querer continuar.

Imãs proibidos - Um Novo Anônimo

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Não é querer morrer, é apenas deixar de existir. Querer que eu esteja cada vez menos viva, como essa doença já me faz sentir todos os dias. É querer deitar, continuar na cama e cada dia ter menos de mim deitada. Ver-me evaporar. Pensamentos evaporarem, minha existência se ir. Não há mais lugar que não me faça sentir assim, para qualquer lugar que eu vou vai acontecer o mesmo, o resultado será o mesmo. Querer continuar vivendo é aceitar que existe um loop que vai continuar, os mesmos tipos de pessoas vão se aproximar de mim, me ferir e ir. A cada decepção eu estarei menos viva. Nunca haverá alguém pra me proteger, assim como nunca houve. Em toda a minha vida as opções foram: aceite pouco ou não tenha nada. Com meu pai era “aceite minhas visitas anuais ou não terá nada”. Com minha mãe era “aceite a falsa e mísera atenção ou não terá nada”. Com outros foram a mesma. Entendem? A culpa é minha, eu continuei a aceitar pouco, os estimulei a não me darem mais. Nada vai mudar, meu custo é esse… POUCO. Sempre que alguém tiver a opção de se esforçar por mim ou por outro, eu não serei a escolhida. Não adianta vocês que me falam que eu valho algo, na hora de alguém pagar o meu valor será pouco. Esfregando em mim as minhas origens escravizadas. Luto como negra liberta para ser vista como pessoa, mas pra que? Ainda tenho preço de escrava. Eu não consigo mais resistir, eu não consigo mais reagir. Só quero me decompor, me diminuir até sumir. Por que eu não sei parar de fazer com que não queiram pagar pouco por mim.

Escrava - Um Novo Anônimo

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Não tinha outra solução, Eu queria me jogar, Amaldiçoei as grades, Abri a janela, Senti o vento me alimentar da sensação que eu teria se me jogasse, Continuei ali pra me saciar, Pra ver se passava, Não passou, Nada passou, Sempre soube que nada mudaria. Queria estar no apartamento antigo, A janela da área não tinha grades, Era o descuido perfeito, mas sem nenhuma poesia, Não queria deixar alguma carta, só ir, Até porque queria ir por falta de valorização à minha arte de viver, Por que deixaria uma poesia póstuma A quem não se sensibilizou por elas quando viva?! Eu iria e ponto. Seria o fim das minhas reticências, Na escrita deixaria apenas “FIM”, Seria tão objetivo quanto a queda.

Queda - Um Novo Anônimo