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umgranderascunho · 8 months
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“Eu não consigo ser garoa, sou logo inundação.”
— Felipe Bueno.  
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umgranderascunho · 8 months
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Toda vez que eu ensaio para te escrever, acabo por desistindo. E aí me vem a absoluta certeza do quanto sou covarde. Mas existe uma vez outra visão que me faz ver que talvez eu só queira me proteger de tudo. Me enfiar naquela minha casca que eu sempre comentei com você, e ficar ali, achando que assim poderei sustentar todo e qualquer peso do mundo.
Mas a verdade, a verdade mesmo é que eu achei que com o passar dos dias as coisas fossem melhorar, fosse doer menos, e isso não aconteceu. A falta que você faz é como se tirasse de mim, todos os dias, alguma coisa. Hora me tira o sorriso, hora me tira o sono, e vai tirando tanto, que as vezes eu nem me reconheço.
É claro que não dói como na primeira semana, quando eu achava que era difícil até de respirar. Uma dor quase que física, que nenhum remédio no mundo poderia curar, e eu sabia disso. Era uma dor tão profunda, como se você estivesse enraizada em mim tão profundamente, que quando puxaram as suas raízes de dentro do meu coração, ele sangrou tanto que achei que iria morrer de hemorragia. Mas morri de amor, foi diferente. Morri de tanto querer ouvir a sua risada enquanto assistíamos nossos filmes de comédia. Morri de tanta saudade de ouvir você dizendo que me amava e que era minha. Morri de tanto tirar mil fotos de várias coisas e lembrar que eu não poderia compartilhar o meu dia com você. Morri de tantas vezes que, quando olhava para o relógio e dava 22h da noite, eu ficava lembrando que possivelmente você estaria chegando do trabalho, era o momento em que ficávamos juntas. Eu morri de tanto querer te escrever, e perder a coragem por não querer colocar o dedo na ferida, que pouco a pouco, vai cicatrizando (mesmo que vez ou outra eu tire a casquinha). Morri de tanto desejar o seu corpo quente nas noites frias, e você reclamando do calor nos dias quentes dizendo que ainda moraria no Canadá. Morri sem você, fui pouco a pouco virando a sombra do que fomos.
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umgranderascunho · 8 months
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Sinto falta da escrita, mas tenho guardado meus textos pra mim. É como encarar um espelho que ninguém mais pode ver, é a lâmina e o pulso ao mesmo tempo, nada extravasa, tudo se engole. Os poros abertos ou as batidas do coração, tudo permanece aqui dentro, num barulho e silêncio sem fim. Escrever para mim mesma é como selar um segredo inquieto entre o passado, presente e futuro, e dos três.. nada sei. Meus sentidos e sentimentos são invisíveis ao véu do tempo, sempre passo despercebida pelos cantos da cidade, da casa, e principalmente pelos ponteiros dos relógios. Incrível como tudo dizem, mas não dizem nada. Os passos que damos, a dor que intornamos, o dia e a noite que se cruzam sem fim "dia-sim dia-sim." O simples não me escapa dos olhos ao tempo que o resto é sempre e tanto incógnitas sem fim. Aprendi a respirar o ar que foi me dado, mas nunca se compararia ao ar das montanhas. Busco equilíbrio numa corda bamba, vez ou outra danço, geralmente eu caio, e rio sozinha. A corrida do sangue e o pulsar de todas as incertezas percorrem rápido pelo peito, faringe, chega as pupilas e explode. Se derrama para não mais correr, e só desaguar. E as folhas e as flores que de água tanto necessitam, eu volto a lhes emprestar. Caneta e papel me seduzem, me tiram pra uma valsa, finjo que não as vejo, volto para o meu sono. Nele por vezes encontro algumas respostas, mas na maioria das vezes gera-me muito mais perguntas. Eu sei que a vida danada que é, não vai facilitar pra mim.
Nunca imaginei usar tanta borracha pra escrever um texto.
Osvaldo de Andrade me chamaria de farsa, Bruno Fontes se envergonharia de tanta covardia. Mas até pra ser covarde, a gente leva uma vida pra aprender, e até pra isso, é preciso de coragem.
Vendo o céu agora, entre tons de azul e amarelo me despeço de mais um dia onde nada difere do anterior, mas todo aquele que rema acaba por chegar no mesmo mar.
Me sinto assim, presa ao mesmo mar.
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umgranderascunho · 3 years
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Você era alguém que eu admirava tanto. Enchia a boca pra falar de você para as pessoas. Parecia ser tão diferente de tudo aquilo que eu já tinha vivido. As nossas ideias batiam, nossa forma de pensar sobre a vida, sobre as relações, sobre a espiritualidade, sobre o futuro, sobre tudo.. E agora eu já nem sei se existiu alguma parte de você que foi real. Quanto tempo você levou na construção desse personagem feito sob medida pra me conquistar? Você chegou a escrever um script pra essa história?
Eu não tenho raiva de você, eu tenho decepção, eu tenho mágoa, eu tenho uma porção de sentimentos que, por você, eu achei que jamais sentiria. A raiva eu sinto é de mim, por ter sido tão ingênua ao ponto de ter confiado de olhos fechados em você, e por continuar sendo ingênua mesmo depois do fim. Raiva eu sinto de mim, por todas as vezes que eu me desculpei sem saber que eu não tinha culpa de nada (como você deixou que eu me desculpasse tantas vezes?) Que muitas coisas estavam acontecendo "em quatro paredes" que eu não fazia idéia. Eu sinto raiva por ter apostado todas as fichas, ter batido no peito, pra descobrir num belo dia que a história novamente se repetiu comigo. E olha, de você.. eu realmente não esperava.
Sempre te falei do quanto você era diferente dela, lembra? Do quanto era bom estar num relacionamento com alguém como você. E olha só, você foi igual a ela. Exatamente igual, senão pior. Porque sim, eu despi a minha alma pra você, eu te contei todos os meus medos, os meus traumas, as minhas inseguranças e você usou de tudo isso pra fazer o mesmo que ela fez comigo.
Não tenho nada a mais para escrever, porque essa dor incontrolável e irremediável que eu tô sentindo agora vai levar muito tempo pra curar. Você fez um trabalho bem feito. Foi cruel, foi sujo, foi desonesto, foi injusto, mas foi bem feito. Eu caí feito um patinho na história de nós duas que você me contou, e em todas as suas justificavas para estar cada vez menos presente, e cada vez mais ocupada.
Agora tudo faz sentido.
E quem perdeu os sentidos fui eu.
Obrigada por ter me feito passar por tudo isso de novo na vida, quando você jurou que jamais me machucaria.
Obrigada.
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umgranderascunho · 3 years
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“O que eu bebi por você dá pra encher um navio, e não teve barril que me fez esquecer.”
— Clarice Falcão 
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umgranderascunho · 3 years
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umgranderascunho · 3 years
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umgranderascunho · 3 years
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umgranderascunho · 3 years
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umgranderascunho · 3 years
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“Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor. Magoar alguém é terrível.”
— Chico Xavier.  
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umgranderascunho · 3 years
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“Tão forte e tão frágil.”
— A Cabana.  
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umgranderascunho · 3 years
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tá tudo bem.
não é nada que eu já não tenha chorado antes.
voarias
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umgranderascunho · 3 years
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Eu aprendi muito com as relações que eu tive, e não estou falando só das amorosas. Mas, uma coisa que eu nunca consegui entender em todas elas, é como no fim de tudo a gente sempre sai como alguém "ruim." Tipo, você abre o peito pra alguém, você oferece tudo, você se entrega, se joga, se coloca na frente de uma bala por alguém se necessário fosse, você continua defendendo essas pessoas mesmo quando vocês não tem mais nenhuma relação, você respeita desde o primeiro minuto depois do fim, mesmo sofrendo, em pedaços, tentando lidar com tudo porque você sabe do quanto aquilo que vocês viveram foi incrível e especial. Mas em contra partida você olha para certas atitudes e pensa "Meu Deus, eu fui um monstro e não sabia? É isso?" Parece que as pessoas esquecem de tudo tão rápido. De toda cumplicidade, parceria, risadas, conselhos, ajuda, noites de lágrimas, noites de gargalhadas, trocas sinceras, conversas profundas, amor, amizade.. parece que tudo vira pó, que nada aconteceu. E eu fico aqui refletindo se foi algum surto meu, se eu não vivi todas aquelas coisas tão lindas que eu achei que vivi.
Bom, de qualquer forma, da minha parte, eu me recuso a exaltar os momentos ruins e colocar uma pá de terra que enterra todos os momentos bons. Eu prefiro lembrar das vezes que minha barriga doeu até eu não ter mais fôlego pra rir. Eu prefiro lembrar do quanto uma voz trouxe aconchego pro meu coração. Eu prefiro sentir a sensação de sorrir com um pouco de tristeza e alegria misturados quando lembro de um rosto. Eu prefiro ser forte ao ponto de torcer pra que alguém seja feliz mesmo eu querendo tanto estar ali, e não podendo, não cabendo. Eu prefiro continuar desejando o mundo pra esse alguém, porque por um longo período de tempo esse alguém foi o meu mundo.
E sinceramente, podem me chamar do que for, mas todas as vezes que, por algum motivo os meus olhos se esbarrarem com esse rosto específico eu ainda vou sentir todas as coisas boas que eu sempre senti, e torcer, pra que algum dia, esse alguém consiga lembrar de mim com todo o amor com que eu lembro, e não somente com ressentimento.
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umgranderascunho · 3 years
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umgranderascunho · 3 years
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Hoje o dia ficou ensaiando o dia todo pra chover, não se decidiu em nenhum momento da manhã, nem da tarde. Mas bastou dar 18h que caiu um temporal. Sim, meu horário de sair do trabalho. E enquanto corria na chuva pra não perder o horário do ônibus, eu comecei a rir. Parece que existem certas coisas que só acontecem comigo, mas que bom. Pedi pra Deus pra aquela chuva limpar, levar tudo que tivesse de ruim em mim, ou tudo de ruim que tivessem desejado a mim. Procurei ver o lado bom daquela chuva, assim como tento ver o lado bom de todas as tempestades que tomei desde que me entendo por gente.
Percebi que talvez a minha vida seja realmente um longo drama misturado com comédia, e que bom que eu ainda acho graça nas coisas. Não é melhor abençoar o que nos acontece do que amaldiçoar? Tava pensando muito nisso.
Só sei que, assim como toda água que corre ou que cai, me sinto limpa e livre de todo e qualquer mal. Livre, leve e limpa ao ponto de rir de mim, de me pegar conversando comigo mesma enquanto as pessoas passavam em seus carrões super confortáveis e eu refletia sobre tudo aquilo que eu desejo na vida, mas que não me satisfaria como aquela sensação gostosa de rir por nada, do nada, sem motivo aparente nenhum. Dizem que a forma mais verdadeira de felicidade é quando somos felizes sem motivo aparente nenhum, então tomara mesmo.
Que não seja o seu carro na garagem, a sua viagem pras Maldivas, tampouco a mansão que você mora, o motivo pelo qual você sorri todos os dias. É muito pequeno, é minúsculo perto do que só podemos alcançar dentro de nós.
Quando você pega uma chuva pelo caminho, você reclama ou agradece?
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umgranderascunho · 4 years
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“As pessoas possuem cicatrizes. Em todos os tipos de lugares inesperados. Como mapas secretos de suas historias pessoais. Diagramas de suas velhas feridas. A maioria de nossas feridas podem sarar, deixando nada além de uma cicatriz. Mas algumas não curam. Algumas feridas podemos carregar conosco a todos os lugares, e embora o corte já não esteja mais presente há muito, a dor ainda permanece… O que é pior, novas feridas que são horrivelmente dolorosas ou velhas feridas que deviam ter sarado anos atrás mas nunca o fizeram? Talvez velhas feridas nos ensinem algo. Elas nos lembram onde estivemos e o que superamos. Nos ensinam lições sobre o que evitar no futuro. É como gostamos de pensar. Mas não é o que acontece, é? Algumas coisas nós apenas temos que aprender de novo, e de novo, e de novo…”
— Grey’s Anatomy  
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umgranderascunho · 4 years
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11.03.2021
Sobre casulos, cactos e rochas.
Vez ou outra eu me pego andando pelo mesmo caminho. As sandálias já não protegem mais os pés como antigamente, o sol castiga até a mais dura das cascas. Sinto ressecar-me as mãos, como se pedissem água. Vejo dimensões de areia a perder de vista; o macio desconfortável e o fervor me fazem pensar sobre o quanto eu gostaria de conhecer a Antártica.
Nos dias mais difíceis, quando as caminhadas são quase impossíveis de serem realizadas eu volto para o meu casulo como uma lagarta que espera, pacientemente, a hora propícia para abrir suas asas. Isso tem acontecido com frequência, não vejo vestígio de asas por aqui, mas isso não faz com que eu não acredite que elas virão. As vezes discuto comigo mesma por ter ainda muita fé na vida, um certo otimismo talvez, quando tudo me faz crer que não há caminho menos tortuoso pra mim. Facilmente, se me pedissem uma grande definição sobre mim eu diria que me sinto como uma grande e antiga rocha. Daquelas que aguenta tanto tempestades, quanto dias infernais de temperatura. Daquelas que podemos encontrar no verde, no gelo, ou andando pelas dunas de um quase deserto.
Procuro não pensar como vim parar aqui, acredito que a vida é uma grande inteligência e que o autor da minha vida é perfeito em planos e sonhos que tem pra mim. Se até Ele que considero o mais forte do mundo, passou dias e dias andando sob um sol escaldante num deserto mil vezes pior do que este, quem sou eu para levantar grandes reclamações?
Vejo alguns cactos pelo caminho, eles também me fazem lembrar de mim mesma. De alguém que tenta ao máximo se proteger afastando as pessoas que ama, com medo delas me machucarem de alguma forma. Um cacto que, vez ou outra deixa nascer algumas florezinhas tímidas só pra não perder um pouco do charme que carrega. Sim, há muito charme em espinhos, em cicatrizes, em desilusões. Existe o charme de resistir aos tempos sombrios com a bravura que eles merecem.
Continuo, não discuto com a Inteligência maior da vida. Torço pela chegada da primavera com tanta vemencia, com tanto afinco que se ela me visse, viria apenas por pena. Mas descobri nessas longas e secas caminhadas que nada é do jeito que eu desejo, ou quando eu desejo. Meu tempo de deserto tem que ser vivido como todos os outros foram.
Se a vida me pede silêncio e paciência, cravo meus dentes e fecho meus lábios.
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