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Estou aprendendo lentamente a como perdoar o meu passado. Como aceitar que as coisas mais bonitas do mundo simplesmente acabam. Que, às vezes, aquele não é o momento certo, ou que estou apenas no lugar errado. Eu estou aprendendo lentamente que, às vezes, a bagunça da vida atrapalha. Que os ciclos acabam e que os finais destes não são motivos para chorar ou me lamentar, e sim, apreciar a oportunidade que tive de vivenciar algo real, por mais doloroso que seja.
Estou aprendendo lentamente a ficar sozinha, a como segurar o meu próprio coração em meio à desordem interior, e a como ocupar o meu próprio espaço por mais minúsculo que ele seja. Estou aprendendo lentamente a como parar de preencher o copo meio vazio de outros seres humanos e, em vez disso, estou aprendendo lentamente a como enfrentar o meu próprio vazio.
Estou aprendendo lentamente o que significa ser humana. O que significa cometer erros e a não me castigar por cada um deles. Estou aprendendo o que significa estar triste e entender que esse sentimento não vai durar pela minha vida inteira. Estou aprendendo lentamente a como fazer esse maldito trabalho e a como parar de fugir de tudo aquilo que parece pesado e desconfortável na minha vida só porque essa coisa está fora da minha zona de conforto. Estou aprendendo lentamente a como evitar o caminho mais difícil, apenas porque o fácil parece mais conveniente. Estou aprendendo lentamente a como crescer e como me tornar uma pessoa melhor. Eu estou aprendendo lentamente a apreciar o pôr do sol e a agradecer o nascer desse também, porque amanhã é um novo dia.
Eu estou aprendendo lentamente que todos nós iremos morrer um dia e que aceitar a morte não significa que eu irei esquecer de uma pessoa amada ou deixar de chorar quando sentir saudade. E, apesar de tudo, estou aprendendo lentamente a existir. A como entender que não posso controlar a vida. A como compreender que o caráter e a lealdade das pessoas são coisas vindas do coração e não adquiridas de repente. Estou aprendendo lentamente a como rir e chorar e a não me sentir despedaçar a cada frustração da vida. Estou aprendendo lentamente a aceitar onde estou e admitir as minhas raízes, por mais ruins e dolorosas que elas sejam.
Eu estou lentamente aprendendo a simplesmente confiar na pessoa que eu estou me tornando, mesmo que eu falhe algumas vezes e decepcione certas pessoas. Não esperem que eu seja perfeita, apenas que eu seja humana.
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Senti na pele que o amor não era o conto de fadas que me contavam na infância e aprendi que ele poderia ser bem mais sombrio do que aquilo. O amor não é calmaria eterna, são portas fechadas com força, com raiva, com descontrole. O amor não é apenas carinho, ele dói por baixo da pele, onde ninguém pode ver e machuca meus tímpanos com seus gritos fantasmagóricos, que ecoam dentro do meu coração e reverberam por toda a minha alma. O amor não é apenas silêncio, é o barulho que ouço vindo de um lugar não definido, é a noite escura lá fora e o som da ave que não reconheço batendo no vidro da janela. O amor não é um cervo mágico que simboliza pureza, como descreviam. Ele é uma fera, que me achou, dilacerou tudo que veio pela frente e tudo que havia de mais bonito dentro de mim. O amor me dá medo, daquele de tremer os ossos e cobrir a cabeça com o cobertor a noite. O amor me aterroriza, arrepia minha pele e cada fio do meu cabelo, ele me impede de olhar um pouco mais atentamente para os lados por medo do que posso encontrar. Fujo da fera monstruosa com dentes a mostra e pele áspera, me distancio de qualquer toque que se pareça minimamente com o amor que conheci, porque na minha história, o amor não só rima com dor, ele o é. E eu não o quero mais perto de mim.
Love is losing game, Caleb Werneck e H.C. Oliveira.
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Talvez, neste momento a sua jornada não seja sobre encontrar alguém, sobre viver um amor, ter o melhor emprego do mundo e uma carreira de sucesso, mas sim, sobre se descobrir ou redescobrir. Quem sabe, no meio do caminho enquanto você encara os fins ou pontos de interrogação você descubra que está exatamente aonde precisa estar. Que apesar dos ventos contrários, a maré cheia e até encarando à nado essa tempestade, você ainda existe e "resiste". Talvez, você nem tenha percebido o quanto cresceu durante todo esse processo, mas pare um instante e procure olhar pra dentro de si. O quanto você superou? Enfrentar a estrada sozinha é pesado, mas quando você para pra admirar a paisagem descobre tantas coisas. A beleza está no caminho. Entre o ar que você respira, o sol que clareia cada ponto, os espinhos, as pedras, as flores e em você. Ainda há beleza em você, busque enxergar. Mesmo nas noites em claro, no choro que você guarda, nas palavras que escreve, na saudade que você alimenta, na sua ida a terapia, quando para pra ver praia, no ônibus lotado e as pessoas sempre tão apressadas, no café da padaria na esquina... Há beleza está na sua vontade de continuar mesmo sem forças. E enfim, talvez essa seja a sua jornada agora. Se encontrar em algum lugar dentro de si e vê que apesar de tudo você ainda resiste, porque sabe que vale a pena.
velho júpiter
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Quando você entender que Deus Nos abençoa para abençoarmos outras pessoas , aí você entende realmente o que é o amor ao próximo!💞🕊️
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Sobrevida
Mas porque você anda com a cara tão assim... fechada? Não é uma cara fechada e uma espécie de proteção, uma barreira para quem tentar se aproximar, podia até dizer que é uma marca pessoal... mas não é uma, são várias que já tiveram que cicatrizar e outras que ainda seguem abertas aguardando o tempo acalmar... É o resultado de todas as batalhas e vezes que entreguei minha alma e meus sonhos para serem sacrificados sem piedade... Casa que devia ser abrigo hoje é um cenário de batalha, festas que um dia deveriam ser divertidas se tornaram lembranças de como as pessoas podem ser vazias e fazer coisas sem sentido o tempo inteiro, deixando de lado o futuro para gastar com ilusões, e sem as pessoas certas ao lado nem a musica brilha, finais de semana que um dia deveriam ser alegres mas hoje só me fazem lembrar da carga que outros deixaram só pra que eu pudesse acender a lenha tal qual um eremita do himalaia curtindo o silêncio... Então hoje faço um brinde, não a vida porque em algum momento aprendemos ou vamos aprender que não é possível viver em paz nesse mundo, e que nenhum político, pessoa com poder ou autoridade se importa com isso, mas um brinde a sobrevivência a entender quem somos, a saber que vamos continuar a girar uma engrenagem que vive dando problema mas que ainda assim tem que continuar a girar e ninguém sabe o porque disso, a entender que algumas pessoas vão passar fazer seus olhos brilhar e quase nunca se importar com o seu olhar... Acho que é isso mesmo um brinde aos sobreviventes desse mundo.
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Você me feriu mil vezes e agiu como se fosse você quem estava sangrando.
— Monalisa.
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“Quantas vezes teremos que nos perder para nos encontrar?”
Não iluda-se em busca de uma resposta concreta, encontre-se ao longo do caminho.
@cartasparaviolet
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Capítulo 3
Diário de Bordo e Saudade de Bolso.
17 de Março.
Senti tanto tua falta hoje que nem me sobrou espaço para sentir outra coisa. Parece que tua ausência é sentida por cada parte de mim. O que me conforta é saber que tu tá bem e por aqui eu tento ficar também. Mas agora tu é uma saudade pronta a cumprisse, pronta a ser sentida.
Mas essa carta é só para avisar que sinto tua falta, que sinto falta de nós.
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