A história de dois amigos que protegem a cidade de Tóquio de mosntros cinzentos, kaijus furiosos e vilões trevosos.
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Episódio 1, parte 2: Sol e Lua, Ouro e Prata.
Nas docas, os soldados estavam levando a pior, todas as vantagens táticas foram superadas pelo inimigo. As unidades de assalto estavam sendo empurradas para trás. Nas linhas de frente estava o Tenente Otta, um experiente oficial de campo, liderando seu grupo. Otta seria responsável por conter as ameaças dentro de seu perímetro, mas como com quase todas as outras unidades, a força do inimigo era grande demais, eles definitivamente precisavam de reforço.
— Otta para operações, o que está acontecendo aí? ONDE ESTÁ A CAVALARIA?!! — Otta gritava no comunicador, a situação era tensa, e estava ficando pior a cada minuto.
— Otta, a cavalaria está comprometida, é necessário contenção estendida. Repito. É necessário contenção estendida. Desligo. — Foi a resposta da base. Otta e os outros não poderiam esperar mais, a interferência dos meteoros logo ia passar e a imprensa iria encher o local com civis.
— AGRUPAMENTO 22, 23 E 24, COMIGO NO GALPÃO!! AGORA!! — O tenente precisava recuperar alguma vantagem tática, precisava ao menos fazer os monstros recuar até os quebra ondas.
Os agrupamentos de soldados se juntaram ao tenente, e iniciaram as manobras de contenção. Os monstros eram particularmente resistentes contra armas convencionais, então todos os soldados estavam equipados com armas especiais de energia. Mesmo assim, poder igualado não era suficiente, eles precisavam de uma vantagem, algo forte o suficiente para acabar com os monstros de uma vez por todas. As opções eram escassas, e as forças dos soldados estavam acabando, fôlego e munições não eram suficientes.
No ápice da batalha, os ventos mudaram, a água do mar se agitou, sons altos e ameaçadores ecoaram por toda baía. Soldados e monstros foram pegos de surpresa quando um grande terremoto se formou, desestabilizando as posições de todos, junto a grandes ondas em alto mar. A terra tremia como se algo massivo andasse por perto, e algo realmente estava andando por perto. Um gigante monstro metálico emergia da água lentamente. Ele tinha a aparência de um tiranossauro colossal, com braços curtos e uma longa cauda, longas lâminas seguiam pelas suas costas e brilhavam como ferro quente. Sua boca tinha um brilho vermelho ameaçador que podia ser visto com nitidez, mesmo das docas, assim como seus olhos que brilhavam como faróis. O robô gigante se manteve longe da baía, apenas observando assustadoramente, enquanto andava, agitando ainda mais as águas do mar.
Antes que qualquer um pudesse notar, lá estavam ele, uma figura misteriosa sentada à beira do cais. Ele era um guerreiro que vestia armadura dourada, e em seu capacete havia o símbolo do sol, e as placas da armadura possuíam textura de escamas. O guerreiro dourado carregava uma lança longa de cabo vermelho com uma ponta branca brilhante. Ele surgiu do nada, repentino como um desejo, sua respiração estava alta, porém estável, ele era a salvação para os soldados humanos.
Lentamente, o guerreiro dourado se levantou, e foi andando lentamente em direção ao combate, derrubando os monstros que estavam mais atrás com facilidade. Ele manipulava a lança como se fosse parte de seu próprio corpo. O guerreiro dourado era forte e poderoso, sem dificuldade, ele deu um grande salto em direção à frente do combate enquanto segurava um monstro pelo pescoço. Sua aterrissagem foi uma surpresa para ambos os lados, que cessaram fogo quase que imediatamente. Os monstros balançavam suas cabeças, confusos, enquanto os humanos se abaixavam e se escondiam. O monstro derrotado que o guerreiro dourado carregava era uma clara indicação do seu lado no combate.
O guerreiro dourado olhou para o céu, esperando algo, atraídos pela curiosidade, todos olharam também, e puderam testemunhar a estrela branca que cortava o céu. E logo ele caiu, um segundo guerreiro, bem diferente de seu companheiro, a chegada deste guerreiro foi verdadeiramente extravagante. A aterrissagem foi violenta, o único capaz de resistir a força do impacto foi o guerreiro dourado. O segundo guerreiro possuía um brilho branco com ele, e sua armadura era prateada e reluzente, seu capacete tinha o símbolo da lua. Consigo, o guerreiro prateado carregava uma espada curta de lâmina reta. Reunidos, os dois guerreiros correram em direção à multidão de monstros. Sua união era implacável e não havia inimigos formidáveis o suficiente naquele momento para ser páreo para os dois. Ambos se ajudavam bem na luta, derrubando muitos oponentes facilmente, brilhantes faíscas voavam quando os guerreiros cortavam e batiam nos monstros. Os dois se moviam em perfeita sincronia, combinando seus movimentos e golpes contra os monstros, os cortes formavam trilhas luminosas no ar, soltando faíscas dos monstros que acertavam. Não havia muita técnica, o combate era puro instinto. Ambos os guerreiros cobrindo os flancos um do outro, ambos atacando em todas as direções, como se pudessem ver tudo ao seu redor. O brilho de suas armaduras era chamativo e belo, como duas estrelas cadentes no céu, os dois guerreiros eram poderosos, derrubando dezenas de monstros em meros minutos.
Não demorou até que os monstros percebessem que não tinham chances naquelas circunstâncias. Pouco a pouco, os monstros cinzentos foram recuando, correndo de volta para o mar, os dois guerreiros continuam lutando até que o último deles tenha se retirado. A batalha estava vencida, por agora. Os dois guerreiros viraram um pro outro, sem dizer uma palavra, eles se abraçaram comemorando, porém, quando se viraram para os soldados, não puderam dar um passo sequer. A energia usada foi demais, e eles também sofreram danos durante o combate. Os dois guerreiros caíram inconscientes perante os soldados, e esta foi a última coisa lembrada daquela noite.
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Episódio 1, parte 1: Os gigantes que caem do céu.
Ryuzaki e Date estavam comendo numa lanchonete após saírem da faculdade. Aquele era pra ser apenas mais uma sexta feira comum, onde os jovens saem para comer e paquerar.
Date era um garoto rebelde e inconsequente, um verdadeiro preguiçoso que cursava jornalismo, ele não tinha um rumo claro na vida, mas era um bom garoto. Ryuzaki era seu melhor amigo, ele cursava engenharia na mesma faculdade de Date, porém passava boa parte do tempo ajudando seu pai fazendo o melhor sobá de Tóquio.
Naquela sexta feira comum, os dois estavam comemorando a passagem de mais um semestre nos estudos.
— OI RYU-CHAN! Se anime, hoje é um dia de festa! — Date cutucou Ryuzaki, que parecia distante do momento.
— Eu só tô preocupado com o meu pai…
— Não foi ele que te mandou vir comigo? Eu considero isso uma vitória hahaha!
Ryuzaki soltou um riso tímido, virando a cabeça para a janela. As luzes da cidade pareciam mais fortes hoje, e por algum motivo, o céu parecia mais baixo. Ryu suspirou, tentando esquecer a preocupação.
Alguns momentos depois, um alerta foi transmitido no jornal, algo que chamou a atenção de Date.
— Alerta! aqui é Momo Togura, da Silver News, o departamento de meteorologia de Tóquio alerta que está noite seremos agraciados com uma linda chuva de meteoros! Porém, estes meteoros possuem forte influência magnética, o que pode afetar alguns aparelhos de comunicação, e no pior dos casos, provedores de energia podem sofrer mal funcionamentos momentâneos. A todos dirigindo esta noite, cuidado redobrado!
O rosto de Date mudou completamente, como uma criança que vê neve pela primeira vez.
— Ryu! Vamos pras docas!
Ryuzaki apertou os olhos — O que?! Você tá doido? Nem roupa de frio a gente tá usando.
— O que isso tem a ver com as docas?
— Você sabe bem que é frio na beira do mar, ainda mais a noite.
— AAAAHH seu FRESCO! A gente passa na minha casa, eu te empresto uma jaqueta. Vamos! Eu to de moto. — Disse Date enquanto balançava as chaves.
— Date… Você não trouxe capacete… Eu não vou subir numa moto com você pilotando…
Ryuzaki, mesmo desconfiado, acabou cedendo. Infelizmente, Ryuzaki era bem mais alto que Date, assim, a jaqueta que ele pegou era pequena demais e mal ofereceu proteção contra o frio das docas.
— Eu, definitivamente, não saio mais com você! — Disse Ryu.
— Deixa de ser fresco, cara.
Os dois rapazes se sentaram num banco de frente para o mar, observando as ondas e esperando as luzes dos meteoros cortarem o céu, e não demorou muito até que as primeiras linhas luminosas se mostrassem no céu. Era como um festival de fogos, corpos celestes de todas as cores, aumentando em tamanho e brilho no céu.
— Date… errr, eu não entendo dessas coisas, mas não parece que vão cair aqui perto?
Date olhou com mais atenção, os meteoros pareciam mirados diretamente na baía de Tóquio. Alguns dos maiores pareciam cair quase verticalmente.
— Ryu… vamos sair daqui… AGORA!
Antes que pudessem pensar em correr, a água calma do mar começou a se agitar, sons ameaçadores emergiram das ondas que batiam no concreto. Até que algo agarra a beirada do cais, uma mão larga e cinzenta, com pequenas garras. Pouco a pouco, várias dessas mãos foram aparecendo, junto ao som de grunhidos furiosos e resmungos agudos. Aquelas eram criaturas humanoides cinzentas, seus olhos eram como buracos escuros na cabeça, seus rostos tinham apenas feições de monstros grotescos.
Date e Ryu ficaram paralisados com o medo, apenas o grito ensurdecedor dos monstros para fazê-los correr por suas vidas. Os dois rapazes correram através das docas, gritando com o terror, para as pessoas que não correram imediatamente, o furor dos monstros cinzentos lhes trouxe um fim.
Logo veio os meteoros, gigantes bolas te fogo que caíram violentamente na baía. Perto demais para o conforto. A alta onda causada pelo impacto atingiu com força Date e Ryuzaki, que foram jogados contra os galpões.
— RYU! VOCÊ ESTÁ BEM?? — Date mal tinha forças pra se levantar, porém a situação não estava boa.
Ryuzaki tossia bastante, estava claramente sem fôlego pra correr, seus olhos estavam distantes, Date temia o pior. Para piorar a situação, alguns monstros cinzas estavam se aproximando, e os gritos das pessoas mais à frente indicavam que haviam muito mais.
Porém, Date e Ryuzaki não estavam sozinhos naquela situação. Logo se ouvia sons de helicópteros, a cavalaria estava chegando. As aeronaves sobrevoavam a baía, desembarcando alguns soldados por rapel enquanto outros atiravam do ar.
Os soldados avançaram com ferocidade, atirando à vontade nos monstros, os fazendo recuar rapidamente. Tudo parecia sob controle, até que os monstros cinzentos começaram a revidar, revelando seu poderio. Eles faziam estranhos disparos de energia através de armas em seus pulsos. Alguns grupos focaram nos helicópteros, que começaram a receber baixas irremediáveis. Apesar do árduo momento, a batalha estava longe de acabar.
Date e Ryu foram assistidos por alguns soldados, aconselhados a deixar o local o mais rápido possível. Apesar de Ryu não conseguir andar propriamente, com o apoio de Date, os dois conseguiram criar uma boa distância, mesmo assim, o destino tinha outros planos.
Assim que chegaram no estreito das docas, um dos helicópteros caiu logo atrás deles. Date e Ryu acabaram sendo arremessados para longe, caindo nas águas da baía. Date tentou nadar para os quebra ondas, mas o peso extra do corpo inconsciente era demais para ele. Date gritava de desespero, tentando puxar seu amigo para segurança, mas quanto mais nadava, mais longe ficava das docas. Demorou, mas as forças de Date finalmente chegaram a um fim. Os soldados estavam ocupados demais com os cinzentos nas docas, e não podiam ouvir os gritos de socorro do rapaz. Date fez de tudo para manter a cabeça de Ryu acima da água, mas até ele mesmo afundou com o tempo.
Apesar do momento assustador, apesar da gélida sensação de desespero encher a alma de Date, a água do mar parecia quente, aconchegante até. — Deve ser hipotermia… é, com certeza… — pensou Date enquanto afundava, ainda segurando Ryu com força.
— Nós sentimos vocês… —
Ryu abriu os olhos, vendo a lâmina d'água acima. Virando sua cabeça para o lado, Date, com seus olhos quase fechados, sorriu ao ver seu amigo acordar, mesmo nesse momento estranho. Ryu tinha certeza que ouvira uma voz, mas não era de Date, ou de ninguém que conhecia.
— Vocês são quem procuramos… —
Mais uma vez, aquela voz estranha, acompanhada de uma estranha sensação de calor, como se uma energia tomasse conta de seu corpo. — Seria essa a sensação de morrer? — Pensou Ryu.
Fortes luzes se acenderam abaixo dos dois amigos, eles se sentiram observados, se sentiram testados.
— Sim… vocês tem o que é necessário… —
Uma segunda voz, parecida, mas não exatamente a mesma emergiu do fundo do mar, falando diretamente com os dois.
— Vocês foram selecionados, e terão um poder além de sua compreensão… poder este será de vocês, e vocês usaram para o que desejarem… seus propósitos serão nossos propósitos, seus inimigos serão nossos inimigos… este é o poder na uber energia. —
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