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RIO DE JANEIRO - A primeira Parada LGBTI – lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e pessoas intersex – sem apoio financeiro da prefeitura aconteceu na tarde de hoje, 19 de novembro, em Copacabana, após ser adiada em Outubro pela falta de recursos. A Parada da Resistência, como foi batizada a edição deste ano, foi marcada por protestos políticos que transformaram a Avenida Atl��ntica em um palco de manifestações contra a LGBTfobia.

Esse ano, o desfile levantou o slogan "Parada da Resistência contra a LGBTfobia, o fundamentalismo religioso e em defesa do Rio". O primeiro carro elétrico carregava a frase "Contra a LGBTIFOBIA, os retrocessos e a retirada de direitos! Nem um direito a menos".

Nos trios elétricos que compuseram o evento, falas contra o prefeito Marcelo Crivella eram bradadas a todo instante, seguida por gritos e aplausos do público. "A sociedade carioca é libertária. Jamais combina com o prefeito que vocês têm", disse a cantora Daniela Mercury, de cima do carro principal. Além disso, a frase "Eu beijo ele, eu beijo ela, só não beijo a boca do Crivella" foi cantada em diversos momentos da Parada.

Durante os protestos, o presidente Michel Temer também foi criticado. Adesivos com o slogan "AMAR SEM TEMER", lema que ficou popularmente conhecido através da canção "Flutua", de Johnny Hooker, e que faz alusão às novas medidas tomadas pelo novo presidente, foram distribuídos em grande quantidade por partidários do PSOL. Esse ano, Temer retirou o financiamento a programas de defesa da comunidade LGBTI, o que deixou muitos cidadãos indignados. "Enquanto países desenvolvidos como a França e o Canadá reconhecem a importância da Parada LGBTI, aqui a gente tem esse congresso conservador", disse o estudante de letras da UFRJ e ativista gay, Afonso Brandão. "O Justin Trudeau, primeiro ministro do Canadá, foi na passeata pelo Orgulho Gay em Toronto. E aqui nós não temos nem ajuda para montar o evento. O Brasil é muito atrasado", completou.

Apesar dos recursos limitados por causa da falta de verbas do poder público, a marcha ainda conseguiu reunir milhares de pessoas em Copacabana graças à "vaquinha online" promovida pela organização, e o patrocínio de empresas privadas, tal como o Uber.

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O filme chileno "Uma Mulher Fantástica", dirigido por Sebastian Lelio e protagonizado pela atriz Daniela Vega, ganhou cinco troféus na quinta edição do Platino – o "Óscar" do cinema Latino. O evento aconteceu na noite do último dia 30, no Parque Xcaret, em Riviera Maya, México.  Aclamado internacionalmente desde a sua estréia em setembro de 2017, o drama vencedor dos prêmios de melhor filme, direção, atriz, roteiro e montagem foi pioneiro na questão da representatividade da comunidade trans no cinema. A atriz, Daniela Vega, é a primeira atriz transexual a atuar no papel de uma personagem também trans; antes disso, as poucas personagens já retratadas foram apenas atuadas por homens cisgêneros (como em “A Garota Dinamarquesa” , produção mais recente sobre a trajetória de uma mulher trans, que ganhou vida com o ator Eddie Redmayne). Ao receber o prêmio, Daniela fez um discurso dedicado a todas, todos e todes que "lutam contra as limitações impostas pelo preconceito de gênero nos dias de hoje".

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No último sábado, 7, várias pessoas transexuais que foram até a sede do Detran-Rj, na Central do Brasil, foram pegas de supresa quando não encontraram nenhum funcionário do órgão presente. Isso porque o jornal Globo publicou que a emissão da Identidade Social seria feita no dia 7/04, a partir das 9h, e que o documento ficaria pronto no mesmo dia.

Para o homem trans Carlos Magno, a sensação é de revolta. "Eu deixei de sair com a minha filha para poder ir lá, resolver isso e... não consegui nada", disse. Carlos comenta que chegou no local por volta das 8h30min e se deparou com o nada. "Alguns meninos ainda ficaram esperando lá, mas eu já sabia que não ia acontecer. Eu fiquei muito chateado, muito aborrecido. Já estava tudo marcado.", completa.

O vendedor autônomo, Luccas Lima, também reclama. O rapaz, que faltou o trabalho para poder comparecer ao local, disse que foi um descaso da parte do Detran.

A nova Carteira de Identidade Social, feita especialmente para travestis, transgêneros e transexuais, é um documento que traz o nome de batismo junto com o nome social do cidadão, isto é, o nome pelo qual o indivíduo prefere ser chamado, para que através do reconhecimento do seu nome, a pessoa transexual não precise mais enfrentar situações constrangedoras no seu dia-a-dia.

Aquelxs que desejarem obter o documento ainda podem, mas agora precisam agendar o serviço pelo site ou pelo telefone do Detran-RJ (21 3460-4040) e esperar cerca de alguns dias ou semanas; o tempo de espera varia de acordo com a demanda, assim como o local de emissão. É necessário pagar um Duda de R$ 37,15.