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da tua boca não importa o que eu diga
amo-a porque me escapa
a sombra do meu desejo no teu
tuas palavras quando morrem nos meus lábios quando
renascem, em rasante
na água imargeável
eu e tu, como se abandonados
um no outro
no mar
Mar Becker
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Somos duas pedras:
pesadas, em cores pálidas e sem vida,
que quando entram em atrito
geram focos vermelhos, faíscas.
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A ventania leva consigo as folhas duma árvore que antes foi viva,
Te jurei catar cada uma delas e pôr em um grande frasco chamado "memória",
Todavia, desde minha juventude, deixei areias escorrerem de minha mão e guardas-chuva voarem ao vento.
Me culpo algumas madrugadas por não ter ancorado teu barco no cais,
Pois para longe ele foi, sem deixar pistas ou sinais.
Me assombram as potestades que me culpam do esmanecimento,
Voltam sempre mais potentes e me prendem a ti de uma forma da qual não mereces ser recordada.
Mas, não devo eu seguir a silhueta da vida?
Não devo eu regar as árvores que darão maçã?
Me volto a estas nercias bem vestidas que seduzem minha mente ao mal e digo:
Tentem ao máximo
Arranquem-na de onde quiseres se puderes
pois chorei outonos para florescer primaveras,
fui medíocre, mas em linhas sinceras.
Onde ela está hoje não é a palmos do vazio,
nem em um mundo distante
mas num lugar onde a senha somente eu tenho o nome
em um lugar além do horizonte
Onde a ambiência cheira paz
E dores, nunca mais.
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