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too smart for her own good
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𝘭𝘰𝘯𝘨 𝘭𝘪𝘷𝘦 𝘢𝘭𝘭 𝘵𝘩𝘦 𝘮𝘰𝘶𝘯𝘵𝘢𝘪𝘯𝘴 𝘸𝘦 𝘮𝘰𝘷𝘦𝘥, 𝘪 𝘩𝘢𝘥 𝘵𝘩𝘦 𝘵𝘪𝘮𝘦 𝘰𝘧 𝘮𝘺 𝘭𝘪𝘧𝘦 f̶i̶g̶h̶t̶i̶n̶g̶ 𝘳𝘪𝘥𝘪𝘯𝘨 𝘥𝘳𝘢𝘨𝘰𝘯𝘴 𝘸𝘪𝘵𝘩 𝘺𝘰𝘶
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thesmartass · 24 days ago
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with: @ashla-lavista
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thesmartass · 24 days ago
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who: @ashla-lavista
where: Museu sei lá o que (preguiça de olhar agora)
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O passeio pelo museu havia sido uma ideia de Ashla mas, agora que estavam ali, era Dahlia quem se divertia como uma criança em uma loja de doces. Ela caminhava pelo lugar com os olhos grandes arregalados e brilhantes com cada nova informação que captavam. — Ash vem ver isso aqui! Olha, aqui diz que essas são as cascas dos primeiros ovos de dragão. Você acha que é verdade? — Para ela pareciam apenas algumas pedras, não chegavam a ser nem as mais bonitas que a garota já havia visto, mas era um pedaço da história do império, e para ela isso já era o suficiente. — Dá pra acreditar, que aqueles bichos gigantescos que a gente vê todo dia saíram de algo assim?
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thesmartass · 24 days ago
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who: @tadhgbarakat
where: cozinha do acampamento
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Estar escalada para ajudar na cozinha era uma das tarefas mais maçantes que Dahlia poderia fazer no exército, mas era também a única forma que a garota tinha de garantir que conseguiria alguma refeição decente aquela semana. Era uma prática fortemente desencorajada, e até digna de punição caso fosse pega pela pessoa errada, mas ela aproveitava enquanto descascava os vegetais ao lado de Tadhg para roubar um ou outro pedaço de cenoura que não parecia tão ruim. — Então, você acha que esfolar alguém é como descascar uma batata? —  Perguntou para preencher o silêncio, jogando uma batata para cima e a empalando com a ponta da faca. 
Era um tipo de diversão especial para Dahlia, cutucar a mente de membros mais antigos do exército atrás de informações as quais ela apenas tinha acesso através das transcrições de operações que fazia, o que não era muita coisa pois os documentos costumavam chegar as suas mãos censurados de forma que pouquíssima informação fazia sentido. Pessoas como Cillian e Sebastian, que já tinham conhecimento o suficiente sobre aquele tipo de coisa, nunca os partilhavam com ela por a acharem muito delicada, como a flor da qual herdou o nome. Tadhg no entanto tinha aquela idade especial em que se tem experiências de vida o suficiente para compartilhar com os mais novos e nenhuma das preocupações sobre criar qualquer trauma, o que o tornava o alvo ideal de suas perguntas. — Você já fez algo desse tipo antes? As pessoas costumam gritar muito?
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thesmartass · 24 days ago
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Dahlia inclinou-se contra o encosto da cadeira, apoiando os pés cruzados na beira da maca, como se fosse dona do lugar. Ela estava preocupada com Kenaï, nem ocuparia seu tempo indo visitá-lo se não estivesse, mesmo assim, não pode conter o sorrisinho ao ver que ele se encontrava na mesma situação que esteve alguns meses atrás. Quando se recuperava das queimaduras todos os curandeiros, entre eles o próprio Kenaï, insistiam que ela deveria repousar e não fazer muito esforço para ter uma recuperação plena. Era engraçado ver que ele sofria com as próprias recomendações quando era o paciente. A garota devolveu a careta, pelo simples prazer de fazê-lo. — Sabe, pra um curandeiro, você é um péssimo paciente. — Observou, sem esconder que se divertia um pouquinho com a situação, agora que a vida dele estava longe de perigo. — Será que devo dizer para a Ash colocar uns guardas aqui para ficarem de olho em você? Igual fez comigo quando foi minha vez de pegar pó aqui. — Comentou como quem comentava sobre o tempo. Com a tentativa dele de se mover, no entanto, Dahlia ficou atenta para ver se precisaria de algum apoio. Passando tanto tempo entre os curandeiros, havia aprendido uma coisa ou outra sobre primeiros socorros e, principalmente, quando precisava gritar por ajuda. — Sabe o que te falta? Imaginação. — Ela balançou os dedos no ar, como via os ilusionistas de rua fazerem. Vinha treinando sua habilidade nova com ilusões, e com o tempo elas se tornavam cada vez mais próximas da realidade. Com o movimento das mãos, que eram completamente desnecessários, a enfermaria deu lugar a uma clareira no meio da floresta. Com o tempo, e incontáveis sessões analisando a habilidade, Dahlia percebeu que, quando fazia parte das ilusões, era mais fácil controlá-las, especialmente se fossem baseadas em suas próprias experiências.
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Os olhos se estreitaram na direção da menor, como se estivesse se esforçando para enxergá-la. Será que ela tinha conhecimento real de sua condição? Ou simplesmente achava que Kenaï estava feliz em estar deitado naquela cama? Independente de qual fosse a resposta, ele preferia acreditar que a mais nova o conhecia bem o suficiente para saber que se dependesse dele, o Navaar estaria ajudando os outros e não sendo um peso para estes. "Você que é sem graça.", replicou mostrando a língua na direção de outrem, sem qualquer receio de soar infantil, pois, verdade seja dita, a relação que tinha com Dahlia era quase de irmãos e ele cresceu sem nenhum, então se permitia ser infantil com ela. Na tentativa de ajustar um pouco o corpo na cama, apoiou-se nas mãos, elevando minimamente o tronco para que ficasse inclinado. O esforço, no entanto, o arrancou um gemido de dor, acompanhado de uma careta e do rápido movimento da mão de cobrir o ferimento entre suas costelas. Ainda tentava reproduzir o ocorrido em sua mente, como não havia enxergado a maldita lâmina? "Não é como se eu estivesse pudendo fazer muita coisa, pequena, por isso neguei sua proposta.", quase não conseguia respirar sem que sentisse dor, quem dirá uivar para a lua como ela desejava. "Sua companhia já me basta, apesar de achar que poderia ter trago algo para fazermos, um carteado talvez.", concluiu dando de ombros, ou algo próximo disso, visto que o movimento também lhe era doloroso.
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thesmartass · 24 days ago
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— Valeu, chefe! —  Dahlia exclamou, batendo uma continência nada séria em agradecimento antes de pegar o pedaço de papel, apoiando o sobre a própria perna, e começando a replicar os desenhos no portal o melhor que conseguia, uma vez que não tinha o suporte necessário para uma réplica perfeita. Desde que perdeu a audição no incêndio, Dahlia precisava estar olhando para as pessoas para que compreendesse completamente o que diziam. A voz de Morwena soava distante, como se ela estivesse embaixo d’agua, e a garota apenas murmurou concordando, sem prestar muita atenção no que mal podia ouvir. Em momentos assim, sempre torcia para que a pessoa não estivesse falando nada realmente interessante. Era raro que fosse o caso, uma vez que, em geral, só a dirigiam a palavra a para repreendê-la por ações das quais ela não se arrependia. Dahlia levantou os olhos, mirando a sua superior por entre os cílios. — Não é nada demais, só algo que um dragão me contou. — Explicou, sem se prolongar muito, pois já esperava não ser levada a sério. Por mais que sempre falasse a verdade, mesmo que edições e exageros que alterassem como seu interlocutor recebia os fatos, era comum que não acreditassem no que dizia. A conversa com Solaris, ainda ocupava uma parte de sua mente. Outros assuntos se sobrepuseram a ela, deixando os pensamentos como ruídos de fundo, mas ainda se preocupava com quem despertaria e o que aquilo significava para o seu povo.  — Você acha que a gente consegue ativar o portal novamente? Nem que seja só para dar uma espiadinha no que tem do outro lado, seria bem legal né?
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Agora com Dahlia ali, se perguntava o que exatamente a garota andava pesquisando e se poderia gerar um problema futuro. A jovem não tendi a tornar sua vida mais fácil, mas uma certeza que obteve com os anos na presença dela é que jamais serviria como uma mãe, por que não tinha qualquer paciência com os mais jovens. De dentro de um dos bolsos tirou um pergaminho em branco, muito bem enrolado, era um dos últimos que tinha consigo. ❝Espero que seja bem utilizado, é o último que tenho comigo no momento.❞ Avisou como quem dizia que não adiantaria pedir por mais caso inutilizasse aquele, revirou os olhos com a última fala dela. ❝Por favor, só repita esse absurdo o dia que eu estiver exalando riqueza.❞ Torceu o nariz, ainda que de longe a ruiva possuísse muito mais bens que boa parte dos escribas, mas tudo é por que nunca jogou limpo. Odiava a pobreza, e considerando as histórias que Thalassa lhe contava, desde muito jovem sempre se sentiu roubada de uma riqueza que poderia ter sido sua. ❝Realmente estavam, você mesma esqueceu seu papel.❞ Brincou com o uso de palavras alheios, os olhos se voltando para o portal mais uma vez antes de prosseguir. ❝O que você andava pesquisando que se assemelhava a um portal? Buscando uma forma de fugir?❞
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thesmartass · 1 month ago
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i honestly prefer to kick a man when hes down. its the easiest time to do it
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thesmartass · 1 month ago
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A arrogância de nobres nunca falhava em surpreender Dahlia. Acostumada com o fato de ser, ela mesma, um fator imprevisível em qualquer situação, era raro que qualquer coisa a surpreendesse. Ainda assim, sempre que se dava ao trabalho de interagir com alguém de sangue azul era chocante o quanto eles pareciam crer que eram intocáveis pelas consequências de seus atos. No entanto, no caso de Caelan, a soberba encontrava em Dahlia um espelho e a impossibilitava de julgá-lo, pois partilhavam a mesma propensão ao caos e a saírem ilesos de suas artimanhas. — Eu nunca disse que não estava interessada, apenas que não era o jeito certo de lidar com isso. — Sabia bem que o ideal seria avisar os guardas e ajudar o pobre mercador a reconstruir o que foi destruído, mas Dahlia sempre penderia para o lado do que parecia mais divertido do que o que era correto, e, se tinha calculado certo ainda tinha algum tempo livre antes de precisar retornar ao acampamento. A garota deu de ombros para si mesma, quando decidiu que não tinha nada melhor para ocupar o seu tempo do que fazer a coisa mais ou menos certa de um jeito completamente errado. — Se você tivesse prestado alguma atenção nas milhares de aulas caras que seus pais usaram dinheiro público para pagar, saberia que existe sim um conto com essa premissa. Vários na verdade. É interessante pensar como o imaginário popular tende a se apegar a personagens moralmente questionáveis e carismáticos. Mas isso é assunto para outro momento. — Se interrompeu, antes que os pensamentos divagassem para muito longe. Evitou pensar também que ela e os ladrões que estavam prestes a perseguir eram mais próximos do que ela e Caelan em que se tratava da hierarquia das coisas, afinal ela também já precisou roubar comida para se alimentar. Com todo o tempo que passou na presença de khajols e seus rituais esquisitos não estranhou em nada quando o homem afirmou ser um lobo, embora não acreditasse muito no que ouvia. — Tá, eu sou um frango frito, tanto faz. Tem um beco sem saída pouco movimentado algumas ruas pra baixo daqui, eu vou levá-los até ele. Você… faz o que quiser só me encontra lá. — Sem esperar por uma resposta, Dahlia começou a correr na direção em que os garotos escaparam, já conjurando em sua mente as ilusões que os guiaria ao lugar combinado.
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WITH: @thesmartass
STARTER: "yes, but how much longer til your luck runs out?"
Fixou sua atenção na changeling, que podia muito bem ser a definição do ditado tamanho não é documento; julgando somente pela aparência, estaria inclinado a palpitar que ela precisava ser muito eficiente para ter sobrevivido à lendária colheita dos militares, tão conhecida por ser especialmente brutal. "Have you met me, kid? My luck never runs out." A arrogância - muitas vezes genuína, mas daquela vez exagerada a fim do efeito dramático - complementava a expressão de Caelan, que tinha uma sobrancelha elevada em questionamento. "Agora, você está interessada em dar uma lição nesses canalhas ou não? Acho que um susto bem dado e recuperar os bens já é lição suficiente." Ambos haviam, por coincidência, testemunhado enquanto os ladrãozinhos de meia tigela derrubaram a barraca de um dos mercantes quanto este se recusou a lhes deixar sair sem pagar. "Tenho quase certeza que existe um conto sobre isso, de justiceiros autônomos que protegem a sociedade de todo o mal e a trapaça." Não que ele próprio não fosse um trapaceiro, mas ao menos não tirava dinheiro dos menos favorecidos - a não ser que decidisse considerar os impostos recolhidos que sustentavam sua vida de imenso privilégio. Ela tinha sua razão em questionar a sorte do príncipe, porque Caelan a vinha testando de forma bastante intensa nos últimos tempos. O mero fato de estar perambulando pelas ruas da capital após o assassinato da imperatriz dizia muito sobre a estupidez do herdeiro. "Só para te avisar, eu sou um lobo. Literalmente. Minha forma animal é um lobo, então evite me matar caso veja um peludo rosnando para os salafrários."
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thesmartass · 1 month ago
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— Eu sou mandona sempre. Como futura general tenho que  praticar! — Respondeu sem o menor remorso ou mesmo qualquer sinal de que se arrependia. Era comum que Dahlia levasse aquele tipo de comentário como um elogio, afinal seus planos eram grandiosos e pessoas gentis não chegavam a lugar nenhum. A garota disfarçou a careta de dor com um bocejo dramático, enquanto Zayden aplicava os primeiros medicamentos. Sendo alguém com tendência a acidentes havia aprendido que, com quanto mais desinteresse agisse sobre seus ferimentos, menos humilhante seria o fato de estar frequentemente na enfermaria. Ao contrário de diversos outros changelings, Dahlia não tinha problema nenhum em buscar ajuda dos curandeiros quando julgava necessário, tanto era que tinha cicatrizes com a assinatura de cada um dos curandeiros que passaram por Wulfhere nos anos em que estava no instituto. Julgava um ferimento mal curado mais danoso para o seu ego do que a vergonha em precisar de ajuda. — Para começo de conversa, eu não sou a porra de um cachorro pra roer cordas. Você precisa que eu fique quieta eu vou ficar, nenhuma necessidade em me amarrar. — Por reflexo a garota cruzou os tornozelos em baixo da maca, como que para garantir que não havia nenhuma corrente restringindo sua liberdade. As cicatrizes ali eram as únicas que ela não se orgulhava, pois não eram fruto de suas peripécias, mas sim de uma infância onde era tratada como um animal de circo. Quanto mais o tempo se colocava entre ela e sua experiência sob a tutela de Sr. Dufour-Lapointe, mais ela era capaz de notar que as cicatrizes deixadas pelo khajol eram mais profundas e difíceis de tratar do que as que marcavam a sua pele. E por isso ela as ignorava. — Porque você está fazendo tantas perguntas hoje? Por acaso vai prestar concurso pra entrar na Guarda Real? Eu sei que eles pagam melhor, mas não esperava isso de você. — Utilizando sua velha tática de divergir de perguntas fazendo diversas outras para distrair seu interrogador.
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Zayden teve um momento de folga quando os feridos retornaram para seus aposentos. Desde a morte da imperatriz, algo no ar parecia mais pesado, como se ainda tivesse mais para acontecer, mas ninguém ousava mencionar em voz alta. Todos ainda estavam silenciosos com o luto pela khajol. Só que, pelo que via, Dahlia não havia mudado nada mesmo com as tragédias os assombrando. Zayden elevou uma sobrancelha pra ela, e teria sorriso pelo conforto de ter a mais nova ali, se não fosse pelo fato de que Dahlia continuava se machucando. "Você está muito mandona hoje, não acha?" Zayden disse para provocá-la, segurando delicadamente o braço dela para analisar o ferimento, ainda cheio de sangue seco em volta, apesar de não estar mais jorrando do ferimento. Felizmente não parecia algo tão sério, apesar do rastro de sangue que marcava o caminho que ela tomou até a enfermaria. Zayden pegou a tigela com uma mistura de babosa e outros ingredientes, usando algodão para espalhar o medicamento que ajudava na cicatrização e limpeza do machucado. "Depois de limpar eu vou passar algo para anestesiar a área." Ele avisou, deixando claro que teria que dar alguns pontos, e não demorou muito para espalhar o próximo medicamento, que iria aliviar a dor dela, pegando também a agulha de sutura. "Eu devia fazer um chá de camomila pra lhe acalmar também?" Ele questionou, puxando uma cadeira para ficar mais confortável para começar os pontos. "Ou isso só tem jeito se eu te amarrar?" Continuou falando, vindo de um lugar de preocupação pelas ações inconsequentes de Dahlia. Claro, hoje seria alguns pontos, mas haviam lugares mais perigosos que ela poderia se enfiar. "Na verdade, eu tenho certeza que você arrumaria um jeito de roer as cordas para se soltar." Completou, tentando não sorrir com a ideia. "Você vai me contar o que estava fazendo?"
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thesmartass · 1 month ago
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O sorriso predador não deixou os lábios de Dahlia, mesmo quando ela pulou com uma cambalhota do muro que estava empoleirada, com mais graciosidade do que era esperado, parando há apenas alguns passos de Sylas. — Eu sei porque vi quando ela chegou. Ela não é uma pessoa muito discreta né? A essa altura o acampamento todinho já sabe que você tem comida de gente rica aí. Sua sorte é que eu sou legal e só quero um pão e ainda estou te oferecendo um segredo em troca — Argumentou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, embora não tivesse certeza que seu segredo fosse tão valioso assim. Como se fosse um ator, esperando por sua deixa para entrar em cena, o estômago dela rosnou alto o suficiente para virar algumas cabeças. — Isso responde sua pergunta? Você nem deve saber disso, mas a comida aqui é uma merda. — Comentou, ignorando o vazio que só crescia. Caso não conseguisse convencê-lo de que sua informação era valiosa o suficiente para conseguir o que queria, precisaria se submeter a comida do refeitório, mas não custava fazer uma última tentativa antes de se sacrificar ao martírio. — Ah, pode ficar tranquilo, minha informação sempre vale o preço que eu dou. Você não está curioso para saber como ela conseguiu entrar aqui, quando o chato do Neriel estava de guarda hoje? Todo mundo sabe bem como ele é insuportável no que se trata de regras, e é bem estranho que ela tenha entrado assim, como se fosse uma loja de vestidos caros, você não acha?
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Sylas levantou a tampa da cesta apenas para dar uma espiada no conteúdo, o olhar passando da geleia de morango aos pedaços de queijo cortado em cubos perfeitos que nunca pôde sequer chegar perto na infância, mas agora era uma realidade palpável. Apreciava o carinho e a consideração da família por terem enviado aquilo para ele, é claro, mas presentes sempre vinham acompanhados com o peso invisível da responsabilidade de ter que retribuir de alguma forma, de forma que nunca conseguia ficar completamente feliz. Com Dahlia o chamando, foi arrancado de volta para a realidade.  ──  E quem disse que isso aqui é comida?  ──  Fechou, com uma certa pressa, a tampa da cesta onde o cheiro da comida fresca emanava e a trouxe para mais perto de si, como se protegendo dela. Sylas definitivamente não era conhecido pela generosidade. Semicerrou os olhos para a pestinha, sem querer admitir que a existência de um segredo sobre Brianna que ela sabia e ele não o deixava curioso. Brianna não o esconderia algo de propósito, não é?  ──  Você está passando fome ou o quê?  ──  A pergunta soou mais como uma crítica do que de fato como alguém interessado em saber, mas eram as duas coisas.  ──  Como vou saber se a informação vale um pão inteiro? Eles são bem caros.
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thesmartass · 1 month ago
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— Sabe o que eu estava pensando? — As palavras nunca eram um bom sinal quando saíam dos lábios de Dahlia, mas ela continuou sem esperar por uma resposta. — Por que a gente não fez isso aqui quando teve o incêndio? Não me entenda mal, eu como uma das fodidas com ferimentos graves jamais vou reclamar de ter ficado em uma enfermaria confortável. Mas é só que… não é estranho? Pra que juntar as duas instituições quando a gente podia só fazer um acampamento enquanto reconstroem o instituto. — Muitas vezes Dahlia processava seus raciocínios em voz alta, sem saber exatamente quais caminhos seus pensamentos tomariam até que as palavras fossem proferidas. Com a mente ativa que tinha, muitas vezes os pensamentos se atropelavam dentro de sua cabeça de forma desordenada e caótica, muito como suas atitudes eram percebidas por quem olhava de fora. Apesar da comida intragável e dos alojamentos extremamente desconfortáveis, ela gostava do acampamento, especialmente porque, sempre que recebia olhares tortos ou uma bronca, tinha a certeza de que eram motivados por suas atitudes e não por fatores genéticos aos quais ela não tinha o menor controle. A garota soltou um suspiro exasperado com a visão de Cillian sobre a situação em que estavam. — Ou a gente podia colocar pessoas que sabem cozinhar decentemente na cozinha. Olha o tanto de gente que tem aqui, não é possível que ninguém consiga produzir uma refeição decente. E para a sua informação, eu ando trabalhando feito uma mula! Sabe quantas vezes eu tive que escrever sobre a morte daquela velha nos últimos dias? Meu pulso já está quase descolando! — Girou os punhos como que para ilustrar o que dizia e eles emitiram um estalo alto, levemente preocupante e que não provocou nenhuma reação da garota que já estava acostumada com o som.
Quando criança Dahlia tinha cada um de seus movimentos controlados por Sr. Dufour-Lapointe. Como se vestia, como deveria se sentar, andar e até mesmo o jeito de ficar parada no canto da sala, como um objeto de decoração milimetricamente posicionado. Cada palavra que saia da boca da pequena changeling, esperta demais para alguém daquela raça, era ensaiada e proferida de forma que tirasse suspiros de surpresa e encantamento de ricos desocupados. E desde que escapou das garras daquele homem vil, Dahlia prometeu para si mesma que preferiria morrer sendo ferrenhamente fiel a si mesma do que viver mil anos se curvando às vontades de outrem. Os olhos grandes miraram Cillian de soslaio, sem acreditar no que ouvia. — Mentiroso. — Murmurou como se fosse um xingamento, o que não deixava de ser, uma vez vindo de quem vinha. Dahlia tinha dificuldade em compreender a postura de Cillian, por mais que o respeitasse e admirasse, por muitas vezes a atitude distante, como se ele não estivesse presente no mesmo evento fazia com que um sentimento desconfortável rastejasse sob sua pele, um impulso de cutucar o cérebro dele até que descobrisse a verdade. Mas a garota simplesmente mordeu a língua e conteve suas palavras, evitando cruzar um limite que era evidente que não deveria ser ultrapassado. — Para de falar dele como se estivesse morto. É só uma missão, logo logo ele volta como sempre. — A certeza em sua voz era mais para se convencer do que qualquer outra pessoa. Toda vez que pensava em Sebastian, sozinho em uma missão desconhecida, todos os seus órgãos internos se contorciam de uma maneira desconfortável que faziam com que ela desejasse deitar em posição fetal e encolher até sumir. E por esse motivo ela não pensava sobre o assunto. Sebastian estava em uma missão como das centenas de outras vezes que foi e voltou. Ela seguia rezando e acendendo velas para que Erianhood se lembrasse de protegê-lo, pois era o que podia fazer. — Eu também não planejo morrer tão cedo. Ainda tem muito que preciso fazer antes dessa instituição inteira estar minimamente aceitável. — Falou com o tipo de certeza que só existe na adolescência, como se qualquer outra realidade fosse simplesmente impossível de acontecer.
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A carne no prato foi vista com total indiferença e comeria apenas pela energia necessária para o dia e o desfalque de refeições que seriam cada vez maiores até que houvesse uma organização decente. Não estavam necessariamente em guerra, mas levantar acampamento nunca era bom. Se eram mandados para algum posto, algo devia ser esperado, só não sabia chutar o que. A fronteira de Uthdon ainda lhe tirava o juízo do lugar, mas tudo parecia quieto demais. Há dias, Thorne havia voado pelo local e escrito uma carta contando sobre assim que Cillian contou sobre a oferta que já havia expirado o prazo. Seria punido se não agisse rápido e com respeito, mas nunca se lembrava de fazê-lo. Respirou fundo, misturando o que tinha de gordura para tentar dar alguma vida ao mingau salgado. "Se for fazer cara feia toda vez, é bom caçar alguma coisa para fazer até liberarem vocês para rondar. Isso vai durar alguns dias até a comida decente chegar, e nunca mais vai ser decente depois de Hexwood." Esperava que tivessem um pouco mais de bom senso agora que sabiam exatamente o que a nobreza comia e esbanjava, tendo feito os changelings ganharem bons quilos a mais e mais disposição com algo que dava mais vontade de comer.
Assistiu ao teatro de Dahlia com a colher parada no ar, se perguntando o que raios se passava na cabeça da mais nova. Era espontânea como ninguém e mais sincera que o seguro, mas nada parecia abalá-la de verdade. Ele entendia e até respeitava, sentindo-se da mesma forma. O único apreço que tinha pela família real até então era por Caelan e, mesmo assim, ainda sentia vontade de quebrar o nariz real de vez em quando. Com o mínimo de noção, devia saber que levar a morte da imperatriz a faria acordar com uma corda no pescoço ou cuspindo a própria bile. "Não vi a cara de ninguém." Estava se importando tão pouco com a maioria, suas prioridades sendo maiores que o sofrimento alheio, que não parou para ver se alguém precisava de consolo. A resposta malcriada de Dahlia era parte de sua personalidade, mas ele estava falando sério daquela vez. "Não estou falando por sua causa, Dahlia, mas por mim. Já não é o suficiente Sebastian ter ido também?" Odiava mostrar suas fraquezas e mais ainda sentir-se aberto de uma maneira que não era confortável, acostumado em reter tudo e absorver como uma esponja. Naquele instante, porém, precisava de uma garantia. Sua família vinha encurtando assim como sua segurança de que poderia dar algum tipo de proteção, e Dahlia ainda era jovem demais para deixar tudo se levar como brincadeira.
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thesmartass · 1 month ago
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#me at a party
Derry Girls – 3.06: Halloween
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thesmartass · 1 month ago
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Os dias no acampamento eram bastante diferentes da rotina criada em Hexwood. A melhor parte para Dahlia era que, onde quer que olhasse, só via changeling. A visão era tão reconfortante, lembrando como era antes do incêndio em Wulfhere, que ela até evitava sair dos muros do acampamento, temendo que a visão de algum humano quebrasse sua fantasia. Ao ver Sota se aproximar, com um sorriso no rosto que ela conhecia muito bem, afinal costumava ter o mesmo tipo de expressão quando conseguia sair ilesa de algo que havia aprontado, logo replicou um sorriso largo no rosto, esperando por o que viria.
E não foi uma decepção, ele começou a tirar livros das vestes, como os ilusionistas costumavam fazer nas praças em épocas de festivais. Incapaz de conter a animação, batia palmas leves para não chamar a atenção de mais ninguém, como se estivesse de fato presenciando um show de mágica. — Você não precisava ter feito isso! — Falou, sem esconder nem um pouco como estava feliz com o presente. Muitos dos seus livros, e pertences no geral, ficaram para trás na academia dos khajols e ela sentia falta de tê-los por perto. Examinou os títulos com cuidado e, embora não fosse nada muito especial ou raro, assim seriam para ela. — Obrigada, Sota! — Exclamou animada, ainda folheando os livros empolgada para quando tivesse tempo suficiente para devorá-los. — Aliás, isso me lembra. Eu estava fazendo um experimento com corvos em Hexwood que acredito que iria te interessar!
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who: @thesmartass where: acampamento militar.
não diria que fugia das oportunidades de pisar na capital do império, mas não é como se fosse o primeiro a insistir no destino. não era nem como se todas as memórias de sua infância fossem necessáriamente ruins, longe disso, mas as ruas do baixo império com certeza eram laceadas de uma familiariadade que jamais conseguiria se desfazer, não importasse quantos anos passasse, e não conseguia atribuir um sentimento agradável àqueles pensamentos. por outro lado, acabava sendo ali, em ânglia, que a maioria de seus talentos surgiram, e existia um certo saudosismo em meio aos sentimentos conflitantes quando o assunto lhe cruzava a mente.
e não seria ele se não usasse de suas capacidades para causar um pouco mais de caos na capital, tal qual fazia quando criança nos planos de seus pais adotivos. não agora que sua presença ali era não só obrigatória, mas também impossibilitado de fugir, agora com a ameaça que pairava sobre a cabeça de todos no império. se algum dos outros soldados notassem o sumiço de alguns pertences, nunca seriam capazes de rastreá-los de volta a sota—não era novato para deixar qualquer tipo de rastro sobre os furtos que divertiam um pouco seus dias a tantos anos.
carregava alguns livros escondidos sob suas vestimentas, caminhando pelo acampamento enquanto tentava localizar dahlia, o sorriso maroto já aparecendo em seu rosto ao ver a mais nova de longe, cruzando o espaço a passos largos e retirando um de cada vez dos esconderijos improvisados. foi só depois de entregar os três livros que finalmente abriu a boca. — peguei pra você. as capas são bonitas, então devem ser bons. mas se eu fosse você eu leria debaixo do seu cobertor.
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thesmartass · 1 month ago
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Dahlia raramente parava para pensar sobre de onde viera. Se seus pais se amavam ou se havia sido fruto de uma noite de prazeres que resultou em uma criança indesejada, como desconfiava fortemente que havia sido o caso. Quando chegou em Wulfhere e começou a descobrir sobre os feéricos, gostava de imaginar que eles haviam fugido juntos pelo portal, embora não fizesse qualquer sentido. Agora ela só aceitava que jamais saberia, e olhar para as ruínas do portal não despertava qualquer sentimento na garota. — Eu não sei dizer, mas sabe, eu acho que esses desenhos me lembram algo que estava pesquisando há algum tempo, você tem um papel aí? Deixei o meu caderno de anotações na outra calça. — Perguntou, tocando os bolsos como que para garantir que estavam vazios. A vida no acampamento era caótica demais, e por mais que apreciasse isso, Dahlia precisava de alguma semelhança com a ordem em sua vida e aquilo estava começando a corroê-la por dentro. — Você está falando como uma khajol. Talvez seja uma coisa boa não estarmos em Hexwood mais, todo mundo estava começando a esquecer seus papéis.
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Os olhos bicolores observavam o Portal do Êxodo com curiosidade, mesmo que soubesse de sua história, agora começava a se questionar se ele estaria tão inutilizável assim. Com o cálice e a pira desaparecidos, o surgimento de monstros... Nada era como antes, mesmo que ali só restassem ruínas ainda possuía um peso energético grande, assim como sentimental para aqueles que possuem laços fortes com a família no Sonhār. ❝Me pergunto as vezes se os desenhos do portal faziam jus ao que era antes de virarem apenas ruínas...❞ Ao seu ver tudo feérico costumava ser lindo, mas os humanos tinham uma tendência a estragar tudo que entravam em contato com... Se perguntava por vezes, se haviam destruído partes do portal sob o intuito de que os feéricos jamais voltassem. Os olhos por fim se voltaram para muse, um pequeno sorriso afável no rosto. ❝Nessas horas seria ótimo ter magia para verificar as energias do local, não? Ou até mesmo para retroceder no tempo a imagem do que um dia foi...Uma pena que uma vez perdido, jamais se pode ser recuperado.❞
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thesmartass · 1 month ago
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flashback
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Dahlia costumava não ser uma pessoa que nutria sentimentos negativos por longos per��odos de tempo. Com exceção da nobreza, a qual ela odiava mais pelo princípio do que qualquer outra coisa, não havia nenhum indivíduo específico que ela ativamente odiasse, esse tipo de sentimento costumava consumir muita energia e acabavam por tornar as pessoas bastante desagradáveis, Oberyn sendo um exemplo perfeito para o seu ponto. — Eu sou patética? — A pergunta era mais envolta em descrença do que qualquer outra coisa.  Ela olhou o homem de cima a baixo, reparando em suas vestes amarrotadas e mal cuidadas — Acho que você não vê um espelho há bastante tempo. 
Um bocejo exagerado escapou dela, enquanto se esforçava para escutar o quanto ele era mal e cruel por estar em listas daquele tipo. A garota teve a delicadeza de não comentar sobre como aquelas listas geralmente estavam penduradas nas paredes dos quartéis da guarda real e como era raro que elas fossem vistas com bons olhos. Estar em uma lista como aquela em sua opinião, não era lá um grande feito, uma vez que era de consenso geral que os melhores assassinos eram aqueles que não eram pegos. — Eu não acho isso, eu sei. E ao contrário de você, tenho quem aprecie meu senso de humor e companhia como devem ser. Boa sorte com… o que quer que esteja rolando com você. — Com isso ela se afastou a procura de alguém mais legal de conversar, com a nota mental de que algumas pessoas andavam sozinhas por opção.
encerrado.
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FLASHBACK
O sorriso que curvou os lábios de Oberyn era puro entretenimento, mas carregava um traço cruel. Seu olhar deslizou sobre ela como um lobo espreitando um camundongo, avaliando-a com um desdém evidente. Ele não se sentia intimidado. Por nada. Nem por ela. Nem pela morte. "Você quer uma estrelinha de ouro? Um tapinha no ombro? Você é patética." As palavras saíram afiadas, acompanhadas por um revirar de olhos preguiçoso. Se fosse sábio, pararia de cultivar inimigos—mas Oberyn adorava agir de maneira inconsequente.
"Talvez esteja procurando na lista errada." Ele inclinou a cabeça, o cinismo escorrendo de cada palavra. "Tente na lista dos montadores mais letais. Ou talvez na dos montadores de dragões mais perversos. Você me acha lá." Seus olhos se estreitaram, uma faísca de provocação brilhando ali. "Você se acha bem engraçadinha, né?"
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thesmartass · 1 month ago
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who: @sylascou
where: em algum canto do acampamento
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Dahlia sorriu ao ver Sylas carregando uma cesta de mantimentos, que claramente não eram vindos do exército, um sorriso largo e um pouco maníaco como costumava dar quando pensamentos malígnos cruzavam sua mente. Seu estômago grunhiu reclamando da pouca alimentação que vinha recebendo. Não necessariamente por falta de comida, mas porque muito pouco do que saía das cozinhas do acampamento agradava o paladar da garota. Ela gnorou o som, como vinha fazendo pelos últimos dias, se seu plano desse certo teria garantido pelo menos a próxima refeição. — Ei, você! Se você me der um pão que eu sei que você tá carregando ai eu te conto um segredo sobre a sua irmã quando ela veio entregar isso aí — Ofereceu, com uma voz que quase não deixava escapar a mal��cia que carregavam. Dahlia não entendia bem a dinâmica de Sylas com os khajol que ele tinha de estimação, mas imaginava que para eles mandarem aquele tipo de coisa para o acampamento devia ser melhor do que suas experiências pessoais no assunto.
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thesmartass · 1 month ago
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who: @zaydvn
where: enfermaria do acampamento
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O corte no braço de Dahlia já tinha parado de sangrar há algum tempo, mas não sem antes deixar um rastro pelo caminho até a enfermaria. — Para de me olhar com essa cara, eu já falei que eu tropecei correndo com uma faca. Acredite em mim, eu já estou me julgando o suficiente. — Reclamou emburrada, embora aquela não fosse a verdade completa. Ela tinha sim caído por estar correndo com uma faca. Mas estava fugindo de um dos guardas reais, depois de tentar invadir o depósito de fogos de artifício do império. Zayden não precisava saber sobre detalhes da sua aventura. Ou como ela planejava soltar fogos no dia do velório da imperatriz, simplesmente porque seria engraçado fazê-lo. Poderia até ser considerado de mau tom, mas nem por isso mudava os sentimentos que tinha. Pela primeira vez na história havia sido um khajol morrendo nas mãos de um uthdoniano, para variar um pouco, já que todos os dias eram os changelings que pereciam de tal forma. — Eu acho bom você remendar isso direito, não quero ficar com uma cicatriz feia. — Dahlia não se importava com as cicatrizes em si, cada uma delas carregava uma história, e mais importante o traço do curandeiro responsável por remendá-la naquela situação em específico.
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thesmartass · 1 month ago
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Dahlia realmente tentou conter a cara de desgosto quando foi servida com o mingau cinzento, que a fazia pensar em mães pássaros que digeriam a comida parcialmente antes de devolvê-la para os filhotes. Ela empurrava a comida de um lado para outro no prato, sem a menor vontade de levá-la à boca, apesar dos protestos de seu estômago. O sorriso brilhou em seu rosto, como raios de sol que atravessavam as nuvens em um dia nublado quando Cillian trocou os pratos deles. — Valeu Cillian! Você literalmente salvou minha vida. — Exclamou finalmente animada em ter algo comestível. Dahlia inspecionou a comida nova, em busca de ameaças, encontrando um pedaço especialmente gorduroso  de carne que prontamente devolveu ao prato do homem como um presente, embora ambos soubessem bem que ela não comeria aquilo de qualquer forma. — Você pode ficar com essa aí. Para não dizer que eu sou ingrata. — De todas as realidades duras na vida de um membro do exército, a alimentação era a única a qual a garota não havia se habituado e acreditava que jamais se adaptaria. 
Ela deu de ombros, como quem aceitava a punição tranquilamente desde que pudesse comer um pouco melhor. Embora jamais fosse admitir isso em voz alta, nem mesmo para alguém como Cillian, aquilo seria algo que sentiria falta quando voltassem para Wulfhere. Ainda era bastante seletiva com o que comia na academia dos khajols, mas a variedade e qualidade da comida lá deixaria um buraco em seu coração quando não fosse mais parte de sua realidade. — Isso porque eu não estou tentando esconder nada. — Comentou de boca cheia ainda, parando para engolir antes de continuar. — Eu não preciso de proteção, pode ficar em paz. Mas nem inventa de dizer que não achou nem um pouquinho engraçado. Você viu a cara dos nobres quando o sangue começou a jorrar? Com certeza foi a primeira vez que eles viram alguém morrer. Ficaram todos tipo…— Ela largou a colher para começar a imitar a expressão de choque que viu em inúmeros rostos da nobreza dramaticamente.
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ONDE: acampamento militar
COM: @thesmartass
A comida de alguns superiores era um pouco melhor. Cillian estava genuinamente devastado com a falta da serventia nobre de Hexwood, onde as refeições eram banquetes enormes com opções infinitas, diferentes das rações do exército que só eram deglutidas depois de meses tentando se acostumar. O seu prato era terrível — um pedaço de carne com batatas um pouco cruas no meio —, mas não mais que o de Dahlia, que parecia uma massa cinza com cogumelos que foram torturados na tentativa de ficarem gostosos. A maioria dos militares não prestava para cozinhar e sim para lutar, o que trazia um grande impacto. A mais nova não ousaria falar, mas ele conseguia ler em seu olhar.
"Enjoada." Retrucou e trocou os pratos rapidamente, começando a comer o mingau sem fazer uma careta sequer. Cillian estava acostumado a comer mal, a ter péssimas refeições e um cuidado duvidoso consigo mesmo, fora os anos em missões no exército em que comida já foi raridade. Não julgava a mais nova, porém. Ele se sentia da mesma forma. Não podia nem pensar no cozido de cordeiro de Hexwood. "Coma antes que alguém veja e decida que você vai limpar os estábulos da infantaria pela audácia." Apontou com a colher que usava para o prato dela. Se ergueu mais sobre a mesa, aproveitando que estavam sozinhos naquela. "Então," mastigou um pouco da comida sem sabor antes de olhá-la nos olhos. "você não está escondendo bem o quão feliz ficou pelo ocorrido, Dahlia. Sabe que nem sempre vou conseguir proteger você."
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