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Hey Alice, is it greener here or does it seem like dirt?

"Qual é, cara, eu vou te pagar!", ela insistia.

"Você já me deve uma grana fodida, acha que eu sou burro?!", ele parecia indignado.

"E eu disse que vou te pagar! Toma, fica com isso de garantia..."

Conseguiu um pouco de atenção no fim das contas. É claro que o rolex em ouro valia muito mais do que três notas de cinquenta mil won, mas o relógio era roubado e não poderia tentar vendê-lo em outro lugar. É óbvio que pretendia usá-lo como moeda em algum momento mais vantajoso, mas se estava esperando por uma emergência, aquilo já poderia por ser considerado.

Fazia tempo que não visitava aquela parte da cidade. Não a parte onde viviam os traficantes, mas aquela outra parte, onde viviam seus — embora achasse engraçado chamá-los assim — pais. A porta estava destrancada e Alice entrou, cobrindo o nariz com a manga da blusa para evitar o cheiro de urina no ambiente. Teve a impressão de ver um corpo gordo caído no chão – seu pai, provavelmente —, mas não se importou; com certeza estava bêbado.

"Diz pra Alexandra que eu passei aqui."

Não se importava se o recado seria dado ou não, a chance de que não era bem maior, mas tinha feito o suficiente ao deixar o dinheiro em cima da mesa.

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Hey Alice, where's your Wonderland now that you're back on Earth?

[TW: Automutilação, sangue.]

Alice Kim teve um dia de merda.

Não um dia de merda como sempre costumava ter, aquele dia específico realmente tinha sido ruim. Sempre era um dia realmente ruim quando envolvia Alexandra — recusava-se a chamá-la de mãe há um bom tempo. O corpo de Alice congelou quando a viu, não tinha medo dela; na verdade, deveria sentir pena. Mas só deveria, já que o sentimento real era ódio.

"As coisas eram bem melhores quando você não tinha nascido", foi o que ela disse depois que a garota afirmou repetidamente não ter mais dinheiro. Não sabia o que a deixava com mais raiva, se era a coragem daquela mulher ainda lhe pedir dinheiro para alimentar um bêbado, se era não ter dito que não era sua culpa aquela mulher ter engravidado de um bêbado, se era perceber que os hematomas naquela mulher eram sempre novos, ou pior: se era o fato de que não tinha mesmo mais dinheiro e que se tivesse, teria dado para livrá-la de novas marcas por pelo menos alguns dias.

É, a última opção era a mais provável.

E foi por isso que chutou a porta do quarto quando chegou em casa. E também foi por isso que afundou o rosto em um travesseiro e gritou com toda força. E também foi por isso que — já que não queria recorrer às drogas dessa vez — procurou a navalha e afundou na própria pele, na parte interna da coxa onde não seria visível. O sangue escorreu, vermelho, vivo e quente. Estranho e nada saudável como aquilo sempre confortava seu coração, talvez por aquecê-la de uma forma esquisita.

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Trivia

• Apesar de ser tatuatora, ainda não tem nenhuma tatuagem no próprio corpo.

• Seu estúdio fica escondido no porão de sua casa.

• Gosta de qualquer bichinho e frequentemente brinca com animais de rua, mas não tem nenhum de estimação.

• Detesta parecer feminina demais, porque acha que isso automaticamente a torna mais frágil.

• Provavelmente é heterossexual, mas se diz assexual pela dificuldade que tem de aceitar aproximações masculinas.

• Nunca namorou pelo motivo citado no item acima.

• Conseguiu terminar o ensino médio e de vez em quando pensa em começar uma faculdade.

• Não é muito boa calculando riscos e seu amor por adrenalina faz com que se machuque com frequência.

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Biography

[TW: Leve menção à violência doméstica e violência contra criança.]

Alice não conseguia se lembrar de muita coisa sobre a infância nos Estados Unidos, mas eram lembranças o suficiente para entender o porquê de a outra Alice, aquela Alice do conto, ter ido atrás de um coelho branco e se jogado em um buraco qualquer. Cresceu entre coisas quebrando, hematomas aparecendo e promessas de que a vida mudaria quando chegasse à Coreia do Sul com a mãe.

A última parte nunca aconteceu; claro, até foram para o país natal da genitora, mas não sem serem seguidas pelo problema — o pai. Enquanto as agressões tornavam-se mais frequentes e violentas, Alice enchia-se de raiva e arranjava meios nada saudável de tentar suportar tudo aquilo, mas era nítido que a situação nunca iria mudar.

Aos dezenove anos decidiu finalmente fugir de casa. Sem ter formação superior, a jovem passou por vários empregos informais até descobrir o dom para tatuagem e aos poucos, montar o próprio estúdio clandestino em sua residência em Mapo-gu.

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Profile

Nome: Kim Chaeyoung Nome americano: Alice Apelidos: Malice, Ali, Chaeyo Pronomes: ela/dela Altura: 166cm

Nascimento: 24/05/2000 Origem: New York, EUA Etnia: Sul-coreana

Ocupação: Tatuadora clandestina Moradia: Mapo-gu

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OOC&CNNs

!!!Atenção!!! Alice é apenas uma personagem e as ações dela não refletem minhas crenças e/ou opiniões. Assuntos mais pesados relacionados ao plot dela serão tratados em povs com as devidas sinalizações. Não estarei criando cnns pré-definidas, porque gosto de desenvolvimentos naturais, mas vou deixar algumas sugestões:

• Pessoas que estejam ajudando a Alice a praticar/melhorar o coreano.

• Colegas de rolê (pode envolver ou não uso de drogas).

• Vizinhos que a ajudam a na tarefa de sobreviver sozinha.

• Clientes regulares do estúdio de tatuagem dela.

• Alguém tão quebrado quanto a Ali e que por isso entenda os comportamentos "problemáticos" dela.

• Boas influências.