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As técnicas de redação e de storytelling...

permitem contar uma boa história, e é isso que faz o jornalismo ser atraente. O jornalismo é mais do que juntar ideias numa frase para transmitir um determinado facto ou acontecimento, devendo os jornalistas encontrar o aspeto que vai tornar a história memorável e humanizar o conteúdo para atrair as pessoas à sua leitura. Tais pessoas, que por sua vez, vão ser a base de qualquer conteúdo, independentemente de o tópico não ser nenhuma pessoa ou grupo em particular, pois o conteúdo da história vai afetá-las direta ou indiretamente. Para o trabalho individual, procurei abordar um tema atual, original e interessante que procurasse captar a atenção da audiência por esse mesmo motivo. Na peça jornalística, incluí ainda elementos diferenciadores do texto como fotografias e vídeos que pudessem ilustrar o que era exposto, bem como testemunhos reais que complementassem a reportagem realizada. Mais ainda, no trabalho final, incluí hiperligações de modo a tornar o projeto mais interativo, como se nos inseríssemos no website de um jornal digital.

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O jornalismo digital caracteriza-se por...

ser uma “forma de utilizar as tecnologias digitais para pesquisar, produzir e fornecer (ou tornar acessível) notícias e informação para uma audiência cada vez mais alfabetizada em informática” (Kawamoto, 2003). Nas características típicas do jornalismo digital incluem-se o hipertexto, ou seja, a introdução de links e a criação de “camadas” de informação digital através de uma estrutura não linear e não hierárquica, isto é, ao incluirmos links no nosso texto, estamos a permitir que seja o leitor a construir a sua navegação; a interatividade, ou o processo de levar os humanos ou máquinas a participar no processo de procura e de partilha de informação; a não-linearidade - um sistema flexível de ordenação da informação que não adere necessariamente aos padrões tradicionais, cronológicos ou convencionalmente lógicos de storytelling, isto é, através das componentes interativas, o utilizador pode navegar no nosso conteúdo da forma que lhe for mais interessante; multimédia, ou seja, o uso de mais de um tipo de media num único produto; a convergência, na qual se insere toda a fusão, principalmente entre serviços e tecnologias e, atualmente, entre plataformas; e a personalização, ou a habilidade de moldar a natureza do conteúdo e serviço de modo a satisfazer as necessidades individuais.

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O modelo de comunicação digital é...

caracterizado por um jornalismo bidirecional, através da interatividade e interação. As potencialidades que a Internet oferece tornaram os leitores passivos em elementos ativos na produção de conteúdos digitais (os chamados prosumers), através de comentários, likes, sugestões ou contactos diretos com as redações dos jornais, servindo até como um auxílio aos jornalistas para a redação noticiosa, por meio da recolha de dados ou de análise de documentos. Este modelo distingue-se do modelo unidirecional, pela interação que se tornou possível entre redação e leitor, ao contrário do modelo tradicional de comunicação de massas onde a mensagem era enviada de um para muitos. A introdução da Internet no jornalismo permitiu abrir novas possibilidades através da criação de edições jornalísticas específicas para a web, que podem complementar ou substituir as edições impressas ou televisivas, tendo atualmente uma grande influência sobre as rotinas jornalísticas, que passam a depender dela e das suas ferramentas.

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A comunicação contemporânea caracteriza-se por...

se basear cada vez mais em plataformas móveis, tanto para a produção como para a difusão de conteúdos digitais. Esta tendência permite, por exemplo, que nos meios de comunicação social, o repórter trabalhe à distância, fazendo o upload em tempo real do material produzido (textos, áudio, vídeos, fotos). A Internet passa a ser uma forma diferente de chegar às audiências e, eventualmente, até de conquistar novos públicos e angariar outras receitas. Mais ainda, pela influência da publicidade, o jornalismo deixa de desempenhar somente o papel importante de organizar e reportar a sociedade, começando agora a ser associado a uma lógica de mercado, com a introdução de anúncios, pop-ups, entre outros métodos para levar os leitores a clicarem e interagirem, sendo este um dos grandes objetivos do jornalista – obter o maior número de cliques possível nos conteúdos produzidos. A influência do digital faz com que as marcas passem a ser validadas socialmente pela quantidade de partilhas e likes que têm. Portanto, o impacto da evolução tecnológica tem-se sentido cada vez mais nas salas das redações, bem como na alteração do paradigma dentro da redação e das necessidades de formação e de conhecimento dos próprios profissionais (tanto jornalistas, como aqueles que produzem todo o conteúdo que vai promover e distribuir o conteúdo jornalístico).