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O melhor agente da história do FBI
"O médico e senador Italiano Vincenzo Fredini divulga o que parece ser uma cura para todos os tipos de câncer."
O tom de voz coordenado da âncora do noticiário preenchia o ambiente da sala de estar da casa branca, assim como as risadas dos dois filhos do presidente e a fumaça irresponsável de seu charuto. A atenção que dava aos carinhos de sua esposa, foi roubada pela grande projeção da apresentadora do telejornal, ocorrida no interior de camadas extrafinas de vidro flutuantes.
"O soro foi testado em ratos com células cancerígenas, e resultou na eliminação de mais de 30% das mesmas."
- É um milagre! - Exclamou a primeira dama, tirando a cabeça do peitoral de seu marido e ajeitando-se no sofá logo em seguida.
Todos os pensamentos do 53º governador dos Estados Unidos da América, o impediam de piscar, naquele momento. A imagem de Fredini, erguendo embalagens cheias de soro num sorriso vitorioso, queimou seu interior como puro álcool.
O pequeno David parou de desenhar, apoiou suas mãozinhas no carpete e se levantou. Caminhou apressadamente até a poltrona no canto da sala, onde seu pai havia largado seu paletó. Com leves dificuldades, por conta do traje ser maior que ele mesmo, o vestiu, deu uma rápida olhada na televisão e correu para a frente de seus pais logo em seguida.
- Mamãe, papai, olhem! - Sua voz infantil se manifestou - Eu sou o Fredini!
Os olhos do presidente se voltaram para os de seu filho, e lá permaneceram.
A primeira dama notou a expressão desgostosa de seu marido, e apoiou a mão em seu ombro.
- Dalton... Você é o herói dos seus filhos. Sabe disso, não é?
Como se não tivesse escutado sua mulher, o presidente levantou do sofá e caminhou apressado para fora da sala.
Dirigiu-se até a sala de sua secretária com o mesmo semblante que possuía quando deixou sua cônjuge falando sozinha.
A robusta mulher encarou o seu superior, com seriedade expressa na face. Ela se levantou e cumprimentou a autoridade à sua frente.
- Senhor Presidente.
- Hellen, preciso que ligue para a sede do departamento federal de investigação e peça ao diretor comparecer ao meu escritório amanhã, por favor.
- Sim, senhor. Farei isso agora mesmo.
- Obrigado. - Finalizou Dalton, e deu as costas para a secretária, deixada sozinha com sua curiosidade, em seu escritório, que fora tomado pelo mistério.
*
A música alta quase eliminava o som das risadas atrevidas das strippers do bar.
A sombra das pernas bem definidas da formosa garota que performava pole dance no palco principal, passava sobre a tatuagem do antebraço de Butler - um coração humano, com a frase "Sempre e Para Sempre" nas extremidades -, e o papel do jornal que ele estava lendo.
"Uma Invasão estaria próxima? Sobe número de registros relacionados à avistamentos de Ovnis e abduções."
- Malucos... - Butler resmungou, após ler o título e subtítulo da matéria principal do jornal, respectivamente.
Num ato rápido, virou as páginas que continham tal matéria, expirou a fumaça do cigarro e percorreu sua visão na matéria seguinte, sobre a afirmação da cura contra o câncer, elaborada por Fredini.
"O milagre do milênio" era o título.
- Você vai passar a noite gastando sua atenção em folhas de papel, quando se há coisas muito melhores para ver?
Butler olhou para a seminua dona da pergunta provocativa, que jogava um sorriso sugestivo para cima dele. Riu infantilmente, e sentou em seu colo. Tirou o cigarro de sua boca com os dentes, e o tomou para si, com olhar provocativo. Mas Butler não gostou nada da ação.
- As garotas daqui fizeram uma aposta. - Ela começou - Quem levasse o cliente mais bonito da noite pra cama, ganharia $50,00 de cada. E adivinha quem é o sortudo?
Ele deu uma risada divertida, carregada de orgulho. Haviam vários homens no clube naquela noite, e ter sido considerado o mais bonito fez seu ego se tornar ainda maior do que já era.
- Gatinha, agradeço a oferta, mas é que eu sou casado. - Butler ergueu sua mão direita e mexeu seu anelar, ao qual encontrava-se sua aliança de casamento.
A garota mostrou-se nitidamente incomodada.
- Então o que porra você faz aqui?
- Eu só vim acompanhar uns amigos.
- Vai se foder. - A garota de programa deu as costas para Butler e começou a se afastar dele. Ethan observou aquele corpo perfeito se afastar, sentindo-se um vencedor por ter resistido à gigantesca tentação da traição.
O caminho que a bela fazia, era em direção ao bar, e fez com que Butler voltasse sua atenção pela milésima vez em Rodriguez e na conversa que o colega estava tendo com Hensel, no balcão do âmbito. Coincidentemente, o momento em que os olhos de Ethan pousaram naquele balcão, foi o que Rodriguez e o traficante levantaram e começaram a se direcionar para o lado de fora do bar, juntamente com os dois largos seguranças de Hensel.
Rodriguez deu uma rápida piscadela para Butler, que entendeu que era hora de agir. Virou-se de frente ao palco novamente, encontrou o olhar ansioso de seus dois parceiros no andar de cima, e assentiu com a cabeça.
Poucos segundos depois, os dois guarda-costas de Hensel estavam no chão, impedidos de atuarem por conta dos tiros na perna, e o próprio homem calvo estava sendo mobilizado por Rodriguez antes mesmo que pudesse gritar "Mas que porra?!".
Como esperado, existiam outros homens de Hensel ali, que começaram a disparar contra Rodriguez. Antes que as balas atingissem seu colega, Butler levantou de sua mesa, ao mesmo tempo que tirava suas duas pistolas de seus coldres da cintura. Virou-se para seus alvos, e rapidamente detectou suas localizações. Enquanto a prostituta que o havia seduzido gritava e tentava proteger-se à todo custo, Butler atirava em cada um, caminhando de lado em direção à dama, sem desfocalizar sua atenção em seus alvos em momento algum. Percebeu que não havia derrubado todos, e que a proximidade entre ele e a apavorada garota estava perigosa. Eles poderiam a acertar, errando a mira, que deveria ser calculada para o atingir. Ele precisava agir depressa, se não quisesse que uma vida inocente fosse encerrada por sua causa. Utilizou sua visão tangencial para conseguir ter uma ideia do trajeto que o separava da garota. Concluiu que uma mesa se encontrava no meio dos dois. O planejamento de sua ação foi efetuada com rapidez em sua mente, e Butler utilizou de sua agilidade para pô-la em prática. Correu em direção à mesa, pegando impulso nas pernas. Deu uma cambalhota na superfície da mesma, quebrando os copos cheios de bebidas alcoólicas que estavam em cima dela, e finalizou seu movimento pressionando as duas pernas na base, ocasionando um grande pulo para cima da garota de programa. Enquanto estava no ar, atirou nos bandidos que havia detectado estarem com a arma apontada para ele, com sua mão esquerda, enquanto a direita trabalhava para agarrar a garota. O seu plano precocemente criado por pressão funcionou, e Butler caiu atrás do balcão, como planejado.
- Você vai ficar bem, gatinha. - Butler tentava acalmar a garota trêmula, sem baixar a sua guarda. Pegou a bandeja de metal que estava ao seu lado, entregou à ela. - Se protege com isso.
Imediatamente depois de ter entregue o metálico objeto à garota de programa, Butler foi atingido por vários tiros em suas costas, e foi para o chão.
- Ethan! - Rodriguez gritou, instantaneamente. Deu uma olhada em volta, e viu que o resto de seus parceiros estavam feridos, ou desacordados.
Os sons que construíam a trilha sonora da cena, era um misto de gritos e risadas prazerosas, vindos de garotas assustadas e homens realizados.
O autor do tiro chamou seus colegas, e os mandou checar se Butler estava de fato, morto. Os facínoras fizeram um círculo fechado envolta da prostituta e o corpo Butler e, um deles o chutou.
- ... Acha que está morto? - O mesmo perguntou.
O que estava ao seu lado deu uma risada divertida.
- Bom, se não estiver, terminamos de matar. Se estiver, vamos matar bem matado.
Os cinco apontaram suas armas para o corpo de Butler.
- Não! - O terror vestia a voz choramingada da garota. - Não façam isso, por favor, por favor, por favor!
- Não ousem puxar o gatilho, filhos da puta! - Rodriguez gritou.
Hensel, que antes se debatia desesperadamente no intuito de se livrar de Rodriguez, agora ria como o maníaco que era.
- Ou o que, seu merdinha? Você vai atirar? Mesmo que você acerte um, os outros vão meter tiro nessa sua cara de viado fodido, e depois que terminarem com você, vão acabar de liberar a raiva no seu namorado e a putinha dele.
- Tem certeza que quer apagar a puta, chefe? - Um dos bandidos fez a pergunta num sorriso, fixando o olhar na garota. - Ela é bem gostosinha...
- Ah, poupem ela então. Encarem como uma recompensa pelo serviço.
As risadas pervertidas de Hensen e o que havia sobrado de seus capangas, ecoou no ambiente. A tremedeira da garota, antes causada apenas por pavor, se mesclou com ira. Ela cuspiu nos malfeitores.
O cuspe acertou em cheio o rosto do que havia feito a pergunta obscena à Hensen, que limpou com nojo expresso na face.
- Pensando bem... - Ele engatilhou a arma, e instintivamente, a garota pôs a bandeja de metal que Butler lhe dera sobre o rosto.
- Merda... Você sabe que eu não vou deixar você fazer isso. - Rodriguez largou Hensen no chão e apontou sua pistola aos bandidos.
É claro que Butler não iria deixar Rodriguez e a pobre garota morrerem daquele jeito. Só estava esperando o momento certo para entrar em ação. Deu um tiro na mão daquele que apontava a arma para a dama, e dois na bandeja que ela segurava, matemáticamente ajustados para atingir os dois homens que estavam perto de seus pés. Isso, em menos de dois segundos. Ao mesmo tempo que atirava, deslizava sua perna na mesma velocidade impressionante, que surpreendeu os outros dois atrás de sua cabeça. Estes últimos atiraram, mas não conseguiram acertar Butler, que foi mais rápido e os atingiu em cheio.
Se levantou, limpou alguns resíduos de vidros envolvidos em álcool que cercavam sua roupa e amaldiçoou mentalmente por alguns entrarem no espaço entre o colete à prova de balas e sua pele. Se locomoveu até o local onde o bandido ao qual atirou na mão espermeava de dor, o agarrou pela gola da camiseta e o arrastou até aonde o derrotado Hensen estava.
- Licença, Rodriguez. Eu já te devolvo ele, tá bom?
- Todo seu, irmão. Todo seu. - Rodriguez respondeu, num sorriso sincero e aliviado.
Butler pegou o imenso e pesado Hensen também pela gola de sua camiseta social, e arrastou os dois criminosos pelo chão sujo de sangue, álcool, glitter e cacos de vidro da boate.
Parou na frente da garota, ainda trêmula e em choque, e levantou os dois miseráveis que arrastava, os fazendo ficar de pé.
- Rapazes, rapazes... - Butler começou - O que vocês fizeram essa dama passar esta noite, tal como as atrocidades que disseram a ela, não foi muito cavalheiro da parte de vocês. Tenho certeza que são inteligentes o suficiente para perceber isso e que vão pedir desculpas pelo o ocorrido, estou certo?
Os dois pediram desculpas para a garota, ao mesmo tempo, não sendo capazes de cobrir a derrota implantada em suas vozes.
- Muito bem, estão virando meninos bonzinhos, maravilhoso! - Butler exclamou, sem controlar risadas - ... Seria um imenso prazer terminar de educar vocês, mas infelizmente isso é um trabalho para seus futuros coleguinhas de prisão.
Butler voltou a os arrastar pelo chão da boate, mas dessa vez, se direcionava à porta de saída e acesso para a garagem, onde seu carro estava estacionado. Os murmúrios dos clientes da boate, que estavam escondidos, começaram a ficar cada vez mais fortes conforme a ficha do que tinha acabado de acontecer caía.
- Rodriguez, chame o resto da galerinha da delegacia, diga que terminamos por aqui. E ah, chama os paramédicos pra cuidar dos feridos.
- Falou. - Rodriguez assentiu, e tirou seu celular do bolso.
- A minha boate!! - Um velho baixinho, careca e rechonchudo descia as escadas do andar de cima com angústia expressa, vestindo o que parecia uma cueca de seda azul, uma camiseta regata branca que mostrava os pelos grisalhos de seu peitoral e meias pretas. Assim que chegou no andar de baixo, deu uma olhada geral no seu estabelecimento destruído.
- Mas o que caralho aconteceu enquanto eu dormia, pelo amor de Deus?? Meus seguranças abatidos, minhas meninas feridas, meu estabelecimento destruído!! Quem foi o filho da puta que... - Os olhos do velho encontraram os de Butler, que arregalou os dele e sussurrou algo para Rodriguez. Este seguiu o olhar do amigo e teve a mesma expressão, que poderia ser descrita como a mesma que crianças possuem quando pegas por suas artes. Butler e Rodriguez apressaram seus passos direcionados à saída da boate, com os dois bandidos nas mãos.
- BUTLER, SEU FILHO DA PUTA! - O velho gritava, enquanto corria para o balcão de seu destruído bar. - NÃO FAZ UM MÊS QUE EU ABRI ESSA BOATE!
- Você recebe traficantes, queria o quê? - Butler o encarou com diversão, que desapareceu de seu rosto imediatamente após Bill ter tirado sua metralhadora debaixo do balcão do bar.
- EU VOU É TE MANDAR PRO INFERNO, ETHAN BUTLER!
- Jesus... - Ethan e Rodriguez saíram da boate antes que os tiros de Bill pudessem os acertar. A porta de vidro da entrada da mesma, foi derrubada à bala pelo próprio dono do barclub.
Jogaram os marginais no banco de trás do carro às pressas, e saíram da garagem em tal velocidade que as marcas dos pneus do Ford F-150 preto de Butler assinaram a área.
Bill estourou para fora de sua boate, e tentou acertar o carro, porém, não obteve sucesso.
- Porra! - Ele jogou sua metralhadora no chão, irritado. Olhou para o céu daquela noite, sem nenhuma estrela sequer. Era como se tudo naquela noite estivesse errado. Bill estendeu os braços para o céu, e fechou os olhos.
- Me leva de uma vez! Eu já cansei de tudo, pode me levar!
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Uma mesa, dois homens sentados em duas cadeiras e lâmpadas fracas no teto.
Era só o que havia naquela sala, além da mistura de ansiedade e pressão.
Butler encarava Hensen, que parecia flutuar no espaço por conta de seu largo corpo cobrir qualquer indício de que havia uma cadeira lá, incrivelmente resistente, sustentando-o.
- Você veio aqui só pra ficar me admirando, Ethan? - Hensen liberou o escárnio preso em sua voz. - Eu sempre soube que você era viado.
Butler abriu um meio sorriso amarelo.
- Queira me desculpar se lhe ofendi, grade garoto... Só estava contemplando o dono de uma mente brilhantemente desenvolvida. Quer dizer, quase. Você foi pego ontem, afinal. - Disse Ethan.
- Não me diga. - O olhar de Hensen estava preenchido com tédio.
- Sim, conseguimos te pegar, garotão. Mas não foi nada fácil, você conseguiu fugir do FBI durante cinco meses... Você fugiu de mim durante cinco meses. É um recorde, devo te parabenizar por isso.
- Obrigado pelo prêmio, cara. Mas ao invés de um parabéns, que tal chupar meu grande e gordo pau? - Hensen exibiu seus dentes de ouro em um sorriso ousado.
- E depois de tudo, ainda tem coragem de desafiar a polícia! - Butler exaltou sua admiração - Realmente, é incrível a sua coragem.
Ethan levantou da cadeira, pois as duas mãos na mesa e aproximou seu busto do corpo de Hensen. Seus olhos castanhos penetraram nos do traficante, negros e curiosamente calmos.
- Você já sabe o que eu quero, Hensen. - Esbanjava superioridade - Me responde quem te fornecia os narcóticos, e onde esse cara está. Eu tenho o poder de salvar a sua vida, agora. Se me fornecer essa informação, eu juro que vou fazer tudo ao meu alcance pra reduzir sua pena de morte pra prisão perpétua.
- Você apenas mencionou dois tipos diferentes de morte, Ethan. Estou bem com isso, não tenho medo de morrer. E outra, entre bater as botas e te fazer um favor, eu prefiro bater as botas.
- Uau... Por que tanto ódio, garotão? Só estou tentando ajudar.
- Você foi o responsável pela morte de todos os meus homens, seu desgraçado! E não está tentando me ajudar, mas sim ajudar a si mesmo.
Butler uniu as sobrancelhas e inclinou um pouco sua cabeça para o lado, pretendendo demonstrar que almejava uma detalhada explicação da afirmação de Hensen. O gigante homem à sua frente riu.
- Sim, Ethan. Eu já ouvi falar de você, sabe? Você gosta de estudar a cabeça de marginais que te chamam a atenção, e não os mata para que possa fazer isso, como se fossem algum tipo de cobaias laboratoriais. Mas se acha que vou lhe dar o prazer de te dizer aonde King K está, e ainda permitir que fique estudando a minha mente... Está muito, muito enganado. Eu quero que você se foda.
Butler carregou seriedade no cenho durante alguns longos segundos, que foram quebrados por sua voz tristonha.
- Que desperdício, Hensen. Um grande desperdício. - Disse Ethan, quase que para si mesmo.
Bateram duas vezes na porta metálica da sala, abriram - na em seguida. Rodriguez trazia consigo uma aparência sossegada e seu dispositivo de anotações.
- Ethan, o outro cara deu a informação que a gente precisava.
Hensen sorria de prazer ao observar a cara de derrota de Butler. Foi aí que o agente percebeu que o cara era do tipo que colocava seu orgulho e ideais acima da morte. Não iria conseguir nada dele.
Havia profunda ansiedade e desejo de obtenção de conteúdo nos olhos de Butler, trancados pela impotência que possuía de adquirir sucesso a tal objetivo.
Sem dizer nada, recuou sua mirada aos olhos de Hensen, e dirigiu-se para fora da sala.
- Podem levar. Prossigam com a pena. - Disse Butler, desgostoso, aos oficiais de polícia que estavam monitorando o movimento do lado de fora da sala.
- Parece que alguém se recusou a entrar na sua turma? - Rodriguez perguntou, pisando no território que havia deixado Butler perturbado.
- Que turma? - Ethan dá uma chance à Rodriguez, de desistir de falar sobre o assunto.
- ... Desculpe, como você se refere à eles? Os chama de "coleção", talvez?
Se havia algo que entretinha Rodriguez, era provocar o amigo. Como é dito por aí, as melhores amizades são aquelas que dão risada quando você cai, antes de o ajudar a levantar.
Butler não respondeu, continuou a andar pelo corredor com o olhar fixo no nada. Rodriguez riu demoradamente, e depois resolveu consolar o colega.
- Ah, qual é? Você já tem uma galera boa pra brincar, Ethan. Tenho certeza que Hensen nem vai fazer falta.
- O que o cara da mão estourada disse?- Butler assassinou o assunto.
Rodriguez balançou a cabeça em negação. Decidiu atender ao pedido não mencionado de Butler, e mudou o tópico da conversa dos dois.
- Ele disse que o cara que fornecia as drogas para Hensen, vinha disfarçado de entregador de bolos artesanais, com direito até à van para entregas.
- Pegou a descrição dos detalhes da van?
- Ele descreveu o modelo, não conseguiu se lembrar da placa. Disse também o nome da suposta confeitaria, que estava escrito na van...- Rodriguez abriu a progeção dos detalhes anotados em seu dispositivo, e buscou o nome que havia anotado. - "Sweet Desire". Esse é o nome da confeitaria.
- Certo. Passe essa informação pro resto do pessoal. Eu vou ali, pensar no que vamos fazer.
***
A imagem projetada à frente de Butler e Garry Roberts, era a de um detento do FBI, dormindo em sua cela.
- O que é que estamos assistindo mesmo? - Perguntou Roberts, por trás das grades de sua cela.
Após seu questionamento, na projeção ao vivo apareceu um policial, trazendo um copo de macarrão instantâneo e um garfo. Acordou o prisioneiro e entregou - lhe o aperitivo, quente. O magro e cabeludo homem não pareceu compreender a atitude do policial, mas sua fome falava tão alto que fora impossível refletir sobre o assunto.
- ... Esse é Harold Schwartz. - Começou Ethan - Fabricava armas de fogo ilegais, manualmente. Com as próprias mãos. Sozinho.
- E você resolveu demonstrar a sua admiração presenteando o homem com miojo?
Butler riu.
- Não é o miojo, Garry. É o garfo. Eu quero ver o que ele vai fazer com o garfo.
- Aaah...
O prisioneiro comeu todo o miojo muito rapidamente, com desespero. Fazia um bom tempo que não comia algo diferente da lavagem da prisão.
Roberts estava inquieto.
- Mas o que espera que ele faça com um garfo? O transforme em uma metralhadora? - Perguntou o velho.
- Não sei o que esperar. Esse cara é um dos mais inteligentes que eu já lidei. Sabia aproveitar bem tudo o que encostava.
- E você está disposto a expor esse pobre policial ao perigo? Só por causa dessa sua mania tosca?
- Por favor, Garry. Isso aqui é a porra do FBI. Fomos treinados duramente pra lidar com esse tipo de gente. E o cara tá dentro de uma cela, o que de tão grave seria possível acontecer?
Roberts sorriu maliciosamente.
- ... Você sabe que algo ruim pode acontecer, mas não consegue visualizar o quê. Isso é a única coisa que te perturba... Você não dá a mínima pra vida desse cara, Butler. É só sobre você.
Butler não respondeu, e recusou-se a refletir sobre o que Roberts disse, por covardia.
O alvo da atenção dos dois atentos observadores, levou o garfo até a boca, e mexia os dentes do mesmos sobre os próprios, como se quisesse tirar algo do meio.
Numa reação ao comportamento de Schwartz, Ethan inclinou-se, para analisar a imagem com mais precisão.
- Ei. - O policial mandado por Butler chamou a atenção de Schwartz, desconfiado. - O que está fazendo?
- Limpando o meu dente. - Schwartz respondeu, áspero. - Tem orégano preso. É contra a lei, policial?
O armado tira demorou nos olhos de Schwartz, mas logo em seguida, deu de ombros. O prisioneiro continuou a remexer o garfo entre seus dentes do fundo, e assim ficou durante considerável tempo, que iria se estender se Butler não mandasse o policial, através de escutas no ouvido, pegar o garfo de volta.
- Joga o garfo pra cá. - O policial disse, olhando pro chão e indicando a área perto dele.
Schwartz parou o garfo na boca, e tirou o elástico de seu cabelo, soltando os longos fios.
- Que porra você tá fazendo, Schwartz?- O policial repousou sua mão na pistola presa em sua cintura, explicitando uma ameaça - Passa a merda do garfo pra cá!
- Calminha, amigo! - Schwartz disse com dificuldade, por ainda ter o garfo na boca - Só soltei meu cabelo, ficar com ele preso durante muito tempo é meio prejudicial aos fios, sabia?
- Não vou pedir de novo.
A expressão divertida de Schwartz desligou-se roboticamente. Ele tirou o garfo da boca, jogou no chão e chutou, fazendo o objeto metálico deslizar até os pés do policial, que o pisou para evitar que fosse mais longe.
Quando este deixa retira seus pés do garfo, seus olhos grudam no talher, assim como os de Butler e Roberts, em outra sala.
Só havia um único dente no garfo, e havia sangue.
Quando o policial subiu o olhar confuso para Schwartz, um dos dentes do garfo que o patife havia arrancado com a boca, atingiu seu olho através da ação auxiliada pelo elástico de cabelo que utilizara como estilingue, tão rapidamente que não foi possível seu cérebro formatar a imagem risonha e macabra do prisioneiro no decorrer.
- Merda... - Butler resmungou, desbloqueando seu celular. - Ramal da área sul, ligar.
Assim que Ethan deu a ordem, o aparelho entendeu e efetuou uma ligação para o ramal da área sul da prisão. Enquanto não atendiam, Butler continuava atento à transmissão do ataque de Schwartz, enquanto sentia uma gota de suor escorrer em seu rosto.
- Você tem razão, Butler. - Roberts começou. - O cara é espertinho.
Schwartz pegou um outro dente de garfo ensanguentado da boca, cuspiu o último, e correu para a tranca da cela, a qual introduzia o pontiagudo utensílio numa habilidade suficiente para qualquer um poder concluir que ele sabia muito bem o que estava fazendo.
- Butler? - A voz conhecida de um colega que Ethan não lembrava do nome, soou em seu ouvido e o acordou.
- Mande reforços e paramédicos pra cela 12, imediatamente!
- Parece que você se fodeu, Butler. - Roberts dizia, em meio de risadas. - Aquele cara vai ficar cego, por sua causa. E em troca do que? Do seu egoísmo.
Mas Butler não conseguiu ligar pro olho do policial naquele momento. Olhava Schwartz abrir aquela sela com um dente de garfo, e encantava-se com a cena. Era aquilo que ele queria ver. Era isso que ele necessitava.
Sua obsessão fora saciada novamente. Alimentou-se de conhecimento, aprendizado, entrou na mente de mais um gênio criminoso e roubou de lá, suas táticas. Ele conseguiu estudar as ações de um de seus condenados, e fazer com que a mesma virasse mais um tijolo da face planejada do melhor agente do FBI da atualidade.
Ethan Butler pode ser descrito de vários formas. Uma delas, é ser a unificação de várias identidades criminosas, em um corpo só, e em função do bem. Uma máquina de matar construída através de peças de outras.
Para ele, não importava o que teria que fazer para conseguir aprimorar mais e mais quem ele era. A sua própria vida e a dos outros ao seu redor era posta em risco por conta de seu método exótico de aprendizagem, mas ele não ligava muito para isso.
Preferia a morte, do que viver sabendo que há alguém mais inteligente e hábil que ele mesmo. Essa era a triste verdade.
Alguns encaram isso como loucura, tal como é, de fato. Mas o que é visto por Ethan como empreendedorismo, limpa o país das piores pessoas, sejam elas terroristas, maníacos, traficantes de drogas, ou o diabo sabe o que. portanto, ninguém ousa interferir.
E tendo isto como complemento de análise, temos uma outra descrição de Butler: O maior herói biruta da história dos Estados Unidos da América.
***
Laura deslizava seus lábios macios e carnudos sobre o pênis de Butler, fazendo o marido gemer de prazer e bater a cabeça na quina da cama. Levou suas mãos até o tronco bem trabalhado do marido e acariciou seu abdômen, enquanto passava a língua sobre sua glande.
Num ganido preso por uma mordida no lábio inferior, Butler pegou sua mulher pela cintura, e começou à fodê-la de lado até os dois chegarem ao ápice juntos.
Arfantes, jogaram seus corpos na cama, um ao lado do outro. Laura deslizou seu corpo magro até Ethan, e encaixou-se debaixo de seus braços.
- Como foi o seu dia, querido?
- Cansativo, mas você fez valer a pena.- Butler beijou os cabelos castanhos de Laura.
Ele analisou a face de sua esposa, notando seus pensamentos distantes.
- Algum problema, gatinha?
Laura suspirou.
- Não. Nenhum.
Butler ajustou-se de um modo que permitiu um foco de visão dos olhos da esposa.
- Eu te conheço há mais de sete anos. Eu sei que tem alguma coisa aí.
Laura se manteve hesitante, mas decidiu expor o motivo.
- Amor... Você não acha que já está na hora de aumentarmos a nossa família?
Butler passou alguns segundos totalmente petrificado. Sabia que, algum dia, Laura iria lhe fazer esta pergunta. Mas nunca estaria preparado para a mesma.
- Tudo bem se você achar que não. Nós podemos esperar. Só não quero deixar esse assunto morrer entre nós, sabe? Temos que conversar sobre isso alguma hora, você não acha?
Butler encarou os olhos grandes e verdes de Laura, cujo o brilho rasgava a escuridão do quarto. Porém, seu olhar carregava a mesma aflição da ausência da luz.
Butler não queria filhos. A ideia de ter mais uma responsabilidade para si, além do trabalho e casamento, soava aterrorizante.
Ele temia cair em situações que exerceriam muito de seu tempo e energia. O seu casamento foi uma surpresa pra si próprio, nunca imaginou que iria jurar para Deus ficar com a mesma pessoa durante o resto de sua vida. Mas Laura era muito importante para Ethan, ele a amava. Havia prometido a si mesmo, fazer o possível e o impossível para que ela fosse a mulher mais feliz do mundo. E se isso significasse ter que enfrentar um dos maiores desafios de sua vida, iria o fazer.
- Tudo bem. - Butler assentiu, com um sorriso amarelo.
Laura subiu o olhar no rosto do marido, numa análise profunda e notória.
- Butler, se você não quiser isso agora, podemos esperar. Eu vou entender, sei bem que o seu trabalho te consome muito, você quase não tem tempo pra ficar em casa, a sua rotina...
- Se não agora, quando? - Butler a interrompeu, passando seus dedos entre os cabelos de Laura, que manteve o olhar atento em sua face. - Seria como ter duas versões de você. Como poderia não querer isso, gatinha?
Laura sorriu sinceramente para Butler, e encostou a testa sobre a dele. Acariciou seu tronco e desceu a mão até chegar em seu pênis. Butler tremeu quando Laura tirou a camisinha de seu membro.
Ter uma criança pode não ser tão divertido, mas fazê-la com certeza seria.
Laura subiu em cima do corpo quente e deitado de Butler. Colocou seu membro dentro dela, e começou a subir e a descer, devagar. Ethan mordia o lábio inferior num sorriso atrevido, enquanto assistia sua mulher fechar os olhos de prazer.
O sexo sem a camisinha estava maravilhoso. Ambos demonstravam com o corpo o quanto sentiram falta da conexão direta sem látex nenhum ficando no meio.
Estava tudo divino, os movimentos dos dois haviam começado a acelerar, quando o celular de Butler toca.
- Ah, porra! - Butler resmunga.
- Você vai mesmo atender o telefone? - Laura perguntou - Eu tô extremamente excitada agora, essa sua escolha pode tirar todo o meu tesão.
Butler parou e refletiu sobre a situação que se encontrava rapidamente.
Ver uma mulher extremamente formosa, excitada e de pernas abertas para ele, com certeza era tentador. Mas era madrugada, um período do dia em que dificilmente recebia ligações. E quando recebia, não eram boas.
- Você sabe que eu te acendo de novo, gatinha. Aguenta aí. - Butler piscou para Laura, que fechou o sorriso safado que continha no rosto.
Pegou o celular, que estava em cima do móvel ao lado de sua cama, e atendeu sem sair da mesma.
Deu uma rápida mirada no número, e viu que este não era identificado. Uniu as sombrancelhas em desconfiança.
- Alô?
- Olá, agente Butler! Tudo bem?
A voz que saía do telefone, estava distorcida num tom tão bizarro, que Butler não se conteve a rir pelo nariz por um instante.
Provavelmente seriam seus colegas de trabalho pregando uma peça nele.
- Quem é? - Ethan perguntou, tentando manter o tom sério da voz.
- Quem sou eu? - A voz riu - Sou conhecido por vários nomes. Porém, o mais popular e querido por você mesmo, seria "King K".
Os nervos de Butler congelaram por um instante.
Mas logo em seguida, lembrou que todos da agência sabiam o quão Butler estava obcecado em capturar o maior criminoso de todos os tempos.
- Seja lá quem for o filho da puta que estiver me sacaneando, pode apostar que amanhã vai se ver comigo. - Ethan decidiu assustar o engraçadinho.
- Aaah, amanhã? - A voz adquiriu um tom manhoso. - Poxa, eu sou ansioso, baby. Quero você agora.
Butler caiu em gargalhadas. Olhou para Laura, que aguardava o final da ligação impaciente e de cara emburrada.
- "Baby"... - Ethan riu do apelido carinhoso que seu falso amante gay havia lhe dado, e depois resolveu entrar na brincadeira. - Desculpa, gatinho. Tenho outros planos pra agora. Mas a gente pode marcar pra outro dia. - Butler resolveu entrar na brincadeira.
- Mas baby, aí a família já vai ter morrido.
A expressão animada de Butler mudou para uma de confusão mental.
- Que porra você tá falando? - Butler perguntou - Que família?
- ...Estou extremamente desapontado com você por não ter procurado meu nome nas últimas duas horas, como sempre faz a cada cinco minutos, baby. Vê as consequências? Você perdeu o início de uma das minhas grandes festas! A sua sorte é a mídia nunca dormir, estão fazendo cobertura na televisão. Eu não sei você, mas eu não perderia por nada.
Tendo a risada do anônimo como música de fundo, a cena de Butler saltando da cama e correndo pelos corredores de sua casa, aparecia em câmera lenta para ele mesmo. Laura fazia o mesmo caminho que o marido, confusa e perguntando o que havia acontecido.
Ethan pegou o controle da televisão da sala de estar e a ligou. A imagem que via à sua frente, trouxe um choque que percorreu por sua espinha e o fez frisar.
Laura sentou - se no sofá, com o rosto repleto de horror.
A tocha da estátua da liberdade, em Nova York, estava literalmente em chamas. A brasa consumia a parte mais simbólica do monumento com violência.
Um homem cuja face se escondia através de uma máscara prateada e com traços demoníacos - marca registrada da organização criminosa de King K -, segurado por cordas presas à coroa da estátua, pixava a letra "K" com tinta vermelha na bochecha esquerda do patrimônio mundial. A direita continha a palavra "King".
Acima de um dos piores atos vandalistas da história do mundo, haviam três helicópteros. Todos os três, possuíam uma longa corda suspensa, que amarravam pessoas. Três orientais: Um homem de terceira - idade, um menino de, no máximo, 14 anos, e uma jovem. Todos gritavam e apresentavam desespero em suas feições e em suas lágrimas.
Os Helicópteros estavam posicionados em cima das chamas.
- Eu aturei as suas ousadias até agora, por você ser extremamente bonito. Mas você acabou conseguindo acabar com a minha paciência, baby. Matar o meu melhor cliente? Numa cadeira elétrica?
- O que você quer? - Foi a única coisa que conseguiu sair da boca de Butler.
Houve um silêncio no telefone. Impaciente e aflito, Butler perguntou novamente, aumentando o tom.
- O que você quer, desgraçado?!
King K suspirou.
- Eu queria tanto responder essa pergunta de outra maneira... Mas você precisa aprender a me respeitar e, principalmente, a não se meter aonde não é chamado. Espero que as cinzas dessa família sirvam como lição, baby. Se você entrar no meu caminho novamente, mais sangue será derramado.
- Filho da puta!! covarde!! - Butler estourou - Por que não vem até mim?? Por que incluir pessoas que não tem nada a ver com isso??
King K soltou uma risada rápida.
- Eu já disse uma vez, direi outra. Você é muito bonito, baby. Ridiculamente atraente. Eu não vou até você, porque se fosse, te mataria. E a natureza nunca iria me perdoar por este crime.
- Como pode ter tanta certeza de que iria conseguir me matar? - O forte orgulho de Butler invadiu subitamente a situação, ferindo sua atenção ao verdadeiro problema por um breve instante.
A risada divertida de K fez o sangue de Ethan borbulhar.
- Você é engraçado. Você tem várias qualidades positivas, baby... Um cara como você, é raro de achar. Isso me faz querer te presentear de alguma maneira... - K parou de falar por um instante, e mergulhou num silêncio misterioso.
Butler encarava a imagem do caos que acontecia em Nova York, com a respiração acelerada, por consequência da mescla de sentimentos ruins que o consumiam naquele momento.
- Se você machucar essas pessoas... - Butler começou, com a ira causando tremulações em sua voz - Eu juro por Deus...
- Já sei o que posso fazer por você. - King K interrompeu Ethan - Eu vou te dar 45 minutos pra você salvar essas pessoas. Porque você me fez rir.
Butler jogou o celular no sofá e correu para seu quarto, com seu nome sendo gritado por Laura, que corria atrás dele. Vestiu nada mais que seu roupão de seda azul-marinho, seu chinelo, a caixa de maços de cigarro que deixava ao lado da cama e direcionou-se apressadamente para o terraço, ainda ignorando os questionamentos desesperados da esposa.
- Butler, me responde, pelo amor de Deus! - Ela gritou, ambos sendo agredidos pelo vento noturno no terraço da residência. - O que você acha que está fazendo??
Butler entrou em seu veículo aéreo, e ligou o motor ligeiramente. Olhou para sua esposa, colada na porta do veículo. As lágrimas de Laura eram levadas pela aragem da noite e do motor do aerocarro.
- Butler... - Laura fixou o olhar nos de Ethan - Fica aqui, por favor. Esse trabalho não é pra você. Deixe o resto das autoridades lidarem com isso.
Butler a olhou por uns instantes, distante.
- Eu sou capaz de realizar qualquer tipo de trabalho. - Quando Butler finalizou a frase, Laura suspirou de derrota, pois soube que nada do que dissesse ou fizesse, faria o marido mudar de ideia. Ethan ergueu o queixo de Laura. - Não se preocupa, gatinha, eu sou o melhor agente do FBI que o mundo já viu. Vou ficar bem. Eu já volto.
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Saudações!
Olá, leitores! É com imensa alegria, que venho lhes apresentar a minha história original: EXITIUM.
Escrevi EXITIUM pensando em obras audiovisuais, o roteiro está mais puxado para o tipo que se encontra em séries. Portanto, encontrarão muitas descrições exageradas, já venho avisar.
Mas não tenham isso como algo negativo. O que escrevi, foi para maior visualização imaginária de vocês.
EXITIUM é um conto que envolve principalmente Investigação Criminal, Religião, Fantasia e Ficção Científica. Soa excitante, não? Espero que realmente seja para vocês, como foi para mim.
Eu não vou dar sinopse nenhuma, quero que descubram a história. Só o que precisam saber, é que a era do universo de EXITIUM, é apocalíptica e acontece por volta do ano de 2082.
E então. estão preparados para essa jornada incrível? Apertem os cintos, respirem fundo e deixem a imaginação fluir. EXITIUM já vai começar.
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