#w. morduforte
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@morduforte is with MERIDA
━━━━━━━━━━━━ Escaneava a Floresta como uma velha amiga, conhecida. Merida não tinha dificuldade algum em se localizar em ambientes como esses, os passos eram leves enquanto erguia o arco-e-flecha na altura do rosto, costas tão retas que mesmo sua mãe deveria se orgulhar. A precisão da flecha, entretanto, ela concluiu, estava muito mais na respiração. Quando respirar. Havia ouvido algum barulho vindo daquela direção, o verde insistia em confundir seus sentidos, mas Merida não seria tão facilmente desviada de sua missão. Era uma caçadora, acima da posição de princesa. Ela abaixou-se, repentinamente. Por algum motivo, seu coração gritava que aquela não era uma caça normal. Foram poucos segundos para perceber: ela era a presa. Precisava estar preparada, precisava━━━ Outro barulho de galho se quebrando e o coração pareceu querer pular pela boca. Fuck, fuck, fucking fuck! Sem saber se seu caçador era gente ou animal, ela grudou as costas ao tronco de uma árvore, uma flecha sendo deslizada delicadamente e pronta para atacar. "Quem está aí?", perguntou em alto e bom tom. A voz tremia, mas Merida queria parecer corajosa.
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closed starter para @morduforte no drink in hell.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤquando marceline chegou na porta do drink in hell, a jovem estudou a entrada do local por alguns minutos. ela estava um tanto confusa sobre o que estava fazendo ali naquela noite. um suspiro escapou de seus lábios, adentrando o local. os olhos de marcy estavam no grupo de pessoas que estavam bebendo e dançando, de maneira distraída sentou-se no bar. "bom... não sei o que vim fazer aqui, mas tudo bem." a vampira pediu uma bebida, sentando-se em frente ao bar, quando sua atenção foi chamada por um homem alto e forte. "você precisa de algo?" questionava de maneira gentil, mas num tom alto de voz, por conta da música.
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( @morduforte )
I love love love the attention to detail in this scene! -the slobber on the fangs of Mor'du -the quickness of Merida’s breathing as Mor'du gets closer to her head -the giant breath she takes just before she starts to scream
It’s all just so disneylicious!!!
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👀 - Stare into my muse's eyes (@morduforte)
━━━━━━━━━━━━ Eletrizante. Como a melhor das brincadeiras que poderia inventar com seus irmãos. O simples toque, fugaz e delicado, medroso, de sua mão na alheia, tão maior e tão mais forte, era eletrizante. Com uma coragem arrancada de seu peito, podendo facilmente escutar o coração retumbar, sambar e dançar, Merida ergueu o olhar para observá-lo. A rigidez de seus traços, o rosto do homem que a encarava de volta era um poema a ser lido, esculpido pelo tempo. Muito melhor do que os poemas que estudava com sua mãe. Escorregou, apenas um pouquinho, apenas o necessário, para dentro de seu espaço pessoal, ele não se importaria. Ao menos, Merida esperava que não. Desejava. Tinha força em seu maxilar e ela ergueu a mão para tocá-lo, tão brevemente, que a sensação de seus dígitos no rosto alheio por pouco não ficariam marcados pela eternidade em sua memória ━━━━ a barba por fazer fazendo-lhe cócegas. Então era disso que falavam? Estudou com todo o tempo do mundo os olhos, tão firmes e suaves, estudando-a de volta, da mesma maneira, na mesma intensidade. O que ele estaria pensando? Merida queria saber. Saber de tudo, absorver tudo. Queria que os pensamentos alheios fossem seus tanto quanto deles. Pois de si, só sabia que adorava, do verbo adorar, como conseguia enxergar todas as estrelas ali, como se a lua passasse a desejá-la. A ironia do destino. "Não vai fazer nada?", sua criancisse frequente, a marotice em sua voz não passaria despercebida, tampouco o sorriso que crescia em seu rosto e a forma como marcava novamente o espaço pessoal do outro como seu, invadindo mais alguns centímetros, incapaz de recuar.
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━━━━━━━━━━━━ Por um momento, fechou os olhos. Esperando. Merida teve a fugaz impressão de que Mor’du teria a arranhando, pescoço ardendo com um corte imaginado, sentido, mas que não existia de fato. Abriu os olhos, já não tinha mais voz para gritar, para chamar, para implorar, ainda que tentasse e ela tentou. O pedido por socorro soou vazio em sua garganta, reverberou em sua mente, assolou seus próprios sentidos. A fera já não estava mais acima de si, rasgava-se em ódio nas patas traseiras. Chance. Era sua chance de fugir. Nem mesmo havia conseguido se arrastar para alguns centímetros mais longe, tampouco havia conseguido erguer-se diante da criatura; seu corpo já não era mais seu para comandar, para correr, para lutar. De si, na carcaça fraca, restava apenas o medo, prendendo-a ao chão como raízes, decidindo seu destino antes que ela pudesse tentar desafiá-lo. Os próximos segundos perderam-se em sua consciência, Merida não era capaz de confiar em seu próprio julgamento em relação ao que via e sentiu. O impacto contra as pedras arrancou de sua garganta um resquício de voz que Merida não imaginava ter em si, não mais. Não serviria mais de alimento, ela tinha a macabra consciência de que agora não passava de um alvo. Que seria estraçalhada.
É engraçado, todos falam sobre o filme que passa em sua cabeça sobre sua vida, a descarga de adrenalina tentando fazer com que Merida ainda lutasse, tentasse sobreviver ao seu destino. A princesa nunca imaginou que essa história fosse verdade, mesmo assim, lembranças de sua família eram jogadas contra si, contrapondo a figura de seu pesadelo. Seus irmãos escondendo comida e sempre guardando um pouquinho que fosse para a princesa. Ela sorriu, a expressão lhe roubando um resfolegar dolorido. Seu pai ensinando-a a usar um arco-e-flecha, pois, princesa ou não, saber lutar era indispensável. Não soube mais dizer o que molhava o rosto, se era o sangue ou as lágrimas. Sua mãe colocando-a para dormir, contando histórias e deixando um beijo de boa noite em sua tes━━━━ “AGH!”, foi trazida de volta para a cruel realidade com a mordida em sua perna, Merida agarrou-se, tentou impedir que o urso lhe arrastasse para longe, para dentro da floresta, onde jamais seria encontrada novamente. Era usada como um brinquedo quando foi largada subitamente. Viu o que eram resquício de luzes azuis, entre suas piscadas lentas, quase desacordada, agarrando-se à nova pontada de esperança entre a dor incontável, insustentável. Viu a fera tentar expulsar as luzes para longe, com a raiva de quem havia sido roubado, de quem havia sido impedido de realizar sua carnificina, dando passos vacilantes enquanto distanciava se mais e mais e mais. Longe o suficiente para que Merida não o visse mais, para que apenas o eco de seus passos pesados e violentos movimentasse a floresta.
Merida esperou submissa, esperou que ela voltasse para terminar seu trabalho, esperou pela morte, pela tragédia e pela criatura possessiva. Os olhos pesavam sem registrar as mesmas luzes de antes envolvendo seu corpo, sem tocá-la, impossibilitadas de o fazerem. Um círculo bem formado ao redor de seu corpo enquanto a princesa se rendia à dor, se rendia à fraqueza, como era tão incomum de sua natureza. Não! Ninguém a encontraria ali, não antes que apodrecesse. Abriu os olhos, decidida que os metros a serem vencidos mais à frente valeriam à pena, então arrastou-se. Tinha a imagem de Harris convidando-a para uma corrida e a figura de sua mãe dizendo que ficaria tudo bem servindo a ela como um incentivo. Tinha o abraço de seu pai, aquele que não poderia viver sem, não poderia morrer sem. Vacilava ofegante. A consciência de que não era forte o suficiente para vencer daquela vez a atingiu com uma força imensurável. “Mã-Mãe!”, chorou, sem saber dizer se realmente sua voz havia conseguido escapar de sua garganta machucada, sem saber dizer se havia sido ouvida ou se seria salva. Ainda dentro do círculo dos wisps, a realidade fugiu de sua percepção e Merida desmaiou.
(FINALIZADO)
Mor'du crescia em tamanho com o esforço, seus membros parecendo maiores e mais fortes conforme transformava a floresta em sua aliada. O pequeno espaço entre elas era impulso, as pernas traseiras encontrando a resistência dos troncos para colocá-lo mais à frente. Ajudar na rotação do caminho errático da presa fugidia. O urso não tinha consciência daquilo, mas a cada raspar de garras, a ponta ficava mais afiada. Lâminas sulcando cada vez mais fundo nos obstáculos. Seus pesados passos reverberando na floresta silenciosa. Uma respiração segurada e trêmula, porque não existia força humana e mística capaz de parar a besta de encontrar o fim de sua caçada. Sangue. O cheiro perfumado saía do solo e envolvia o cérebro suavemente, deslizando pela parte irracional e provocando a selvagem. Sedutor no chamado discreto, pintando de vermelho o rastro que seguia. Cada gota ganhando uma grossa de saliva que não parava de escorrer, de espumar pelo focinho e rugir. Rosnar para a mancha que ganhava rosto e delicadas feições, embaçadas pela irritação do grito a ferir os tímpanos aguçados demais. Cada sentido afiado como o gume de uma faca. As garras atravessaram o vestido, mas o grosso das patas segurou a borda antes que soltasse-a do seu contato. O som das próprias patas rangendo nas pedras chatas, alisadas pelo tempo e pelo uso, riscando a superfície e colocando para a história o fim de uma linhagem. De mais uma vida em sua conta. O sangue ficou mais forte, púrpura manchando a brancura desfeita das faces afogueadas. Mor'du assomando-se sobre a minúscula silhueta, prendendo-as entre as pesadas patas dianteiras e descendo o rosto. A boca aberta em fúria alta e descontrolado, o corpo inteiro reverberando com o poder do rugido de dominância.
Minha. Qualquer outro predador entenderia o recado. Qualquer outra criatura entenderia que o espírito vingativo do urso negro estava vagando pelas florestas de Dunbroch. Da boca aberta, os dentes assomavam perto demais. A língua sentindo o gosto e o calor antes de preencher a mandíbula com o doce sustento. Entretanto, perto da mordida final, o rugido foi interrompido com o golpe. Ar saindo chiado da abertura lateral do pescoço. Assim como todas as lanças que ornamentavam suas costas, o cabo ganhou um lar na constelação dolorida. O rugido de fúria ganhando nuances de fera colérica, vingativa. A dor do novo corte fazendo brilhar o olho vermelho, chamas do inferno riscando a noite escura quando erguia nas patas traseiras para escapar de um novo golpe. E de descer, mergulhando sobre ela, para fechar os dentes no ar. O movimento movendo a faca no pescoço, lacerando e abrindo e machucando mais o urso. Mor'du recuou e alavancou a pata, descendo-a em arco na lateral da presa; jogando-a para longe. Não mais vista como comida. O urso acompanhando a trajetória em câmera lenta. Reflexos afiados trocando o peso das patas para investir quando ela encontrasse a pedra erguida, despontando do solo no círculo de outras em igual suspensão. Vigiado pelos espíritos. O urso rugiu com a dor que explodiu nas costas, sem razão algum. Contudo, a estranheza o empurrou para frente, violento em fincar os dentes em alguma parte da presa. Incapacitá-la.
Os caninos afundaram na maciez da perna, sangue cobrindo os dentes serrilhados e quebrados entre os picos afiados. Mor'du rugiu em vitória, marcando a presa como sua, mas... Vacilou. A perna traseira cedendo pela dor insuportável florescendo entre os músculos. A pelagem escura espasmando com a onda de dor que puxada e repuxava, como se sacudida. Por quem? Pelo que? Furioso, soltou a mancha laranja e virou o focinho para as costas, procurando o causador daquilo. Azul. O brilho do fogo fátuo explodiu perto demais do olho bom, cegando-o momentaneamente. O urso rugiu para o ar, para a noite sepulcral. Arrastando-se para trás, para longe da mancha azul que ainda piscava, o perseguindo. Tentava afastá-lo com as patas, mas seus golpes não encontravam resistência. Nenhum corpo físico para subjugar, reduzir a tirar sangrentas. Inutilizadas. O cheiro de sangue o atormentando, distância aumentada pelo recuo, contudo, os wisps tinham outros planos. Até para uma besta, o solo sagrado não era algo a ser mexido. E pelo o que tinha feito ao derramar sangue em seu círculo, direta e indiretamente, os deuses cobravam seu preço. Mor'du ainda sentia o peso inútil da perna dolorida ao desistir da caçada e voltar para a floresta. Afastar. O instinto o colocando para longe e para fora, escorraçando-o da luz que não enxergava a muitos anos. Seu único consolo era o de que não... Não era ela quem buscava, não era ela quem o cegara, mas o sangue... O sangue era dele. E com isso, com a língua coberta dela, nariz sobrecarregado do cheiro, seria mais fácil encontrá-los.
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━━━━━━━━━━━━ Merida era a mais rápida de seus irmãos. Poderia vencê-los em uma corrida tão facilmente que nem mesmo cansaria. Quando criança, mais nova, seus pais sempre estavam na linha de chegada, comemorando não só a vitória de Merida, mas a tentativa incansável de seus irmãos ao tentar vencê-la. Seu sonho era correr entre as árvores, livre, sem pensamentos sobre casamento, sem medo de nada. Pouco a pouco, seu sonho transformava-se em um pesadelo. O caminho tinha obstáculos do início ao fim, os galhos cortavam seu rosto como facas afiadas enquanto corria. Não lembrava-se da floresta ser tão deliberadamente fechada como estava naquele momento. Do rugido, escutou apenas ruídos. Porque não podia se dar ao luxo de escutá-lo totalmente, de absorvê-lo de entender o que o som da fera significava para o seu destino. Se o ouvisse por completo, deixando ecoar em sua mente, talvez as pernas já não responderiam ao correr desesperado. Ao medo. Pavor. Merida estava aterrorizada. Tinha medo correndo em suas veias, formigando em seus dedos, entorpecendo seus sentidos. Nem mesmo podia crer que a árvore havia caído com a força de seu caçador, por isso e apenas isso, virou-se para trás. Sem deixar de correr, apenas para vislumbrar um dos capítulos anteriores ao seu fim. “PAI!”, gritou novamente, desesperada, querendo ser ouvida, que seus últimos desejos fossem ouvidos, que fosse salva, que… Qualquer coisa. Não sabia em quantos espinhos havia pisado, mas os pés descalços ardiam em contato ao chão atribulado. Ele não cansaria, mas ela não poderia dizer o mesmo: era adrenalina que a movia naquele momento. Apenas a adrenalina e sua força de vontade de sobreviver. Porque o medo começava a paralisar sua mente. O que fazer? Quanto de força de vontade era o suficiente para salvá-la do destino trágico que iria acometê-la? Não sabia o que fazer, não sabia se teria o que fazer. Fim. Ela o sentiu quando ouviu o rasgar de seu vestido e como foi interrompida em sua corrida. Caiu, tombou, rosto batendo no chão com tanta força que ela gemeu de dor, alto, respiração descompassada tentando se firmar, arco e aljava longe demais de seu alcance. Ainda tentou se arrastar por mais alguns centímetros, agarrando-se à grama, à terra abaixo de si, querendo se livrar, tinha de fugir, mesmo ciente da impossibilidade. “Agh!”, ela reclamou, virando-se para a fera, ainda maior agora que estava no chão. Tinha o tamanho do mundo todo acima de si, saliva escorrendo de seus caninos, com fome, com raiva. O peito de Merida subia e descia, incansável, apavorado, tentando buscar seus últimos segundos de ar, como se algo fosse mudar. A princesa gritou, o som escapando de sua garganta a medida em que arranhava, rasgava. Sentia bafo quente da criatura, mesmo que fosse incapaz de olhá-lo por mais um segundo. Os dentes da fera tinham o tamanho de uma faca, tão grande quanto àquela que… Merida quase podia senti-la, presa em seu cinto. Pegou-a com a mão esquerda, a única que poderia alcançá-la naquele momento, e ergueu-a, cravando na couraça do urso com o quê restava de sua força e de sua coragem. Mor’du. Assim, cara a cara com o ser, tinha certeza. Ela não morreria sem lutar.
Por pouco o rastro vermelho e laranja escapou das pesadas patas. Mor'du caindo com força sobre o tronco da árvore em que estivera, a madeira estalando com o peso enorme da criatura assassina. Da boca aberta, um rastro de saliva agitava-se no ar enquanto cortava, destruía a primeira, segunda, terceira camada de proteção da árvore, fazendo crescer o cheiro resinoso de seiva. Onde. Nada podia ser dito ou falado pela besta, mas era possível ver na agitação do único olho funcionante, vermelho no escuro dos pêlos desgrenhados. E o grito. Um assustado que ele respondeu com outro rugido de estourar os tímpanos. A pobre árvore, ainda guerreira sobre a influência do urso, emitiu seu último lamento num estalar apavorante. Aves e animais e folhas gritando desesperado quando veio abaixo lentamente. Uma trilha sonora para o empurrão e mudança de direção, pegando-a em cheio nas costas. Ali. A fúria da mancha laranja afastando-se, a cadência dos passos confusa e distrativa - mas não menos convidativa. O vento mudado de direção para trazer, saboreando com o focinho o odor que o colocou em um frenesi diferente. Antigo. O cheiro de caçada não terminada, de ardência no olho branco de cegueira. O homem. Gritando, rugindo, Mor'du era uma máquina de pesados músculos e patas largas, desviando de árvores e arbustos e vencendo. Vencendo fácil demais os centímetros que o separavam da sua presa. Seus passos aumentaram, saltando de leve, pegando impulso. Uma pata mais para frente, garras abertas e curvadas, enganchando no vestido da princesa.
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━━━━━━━━━━━━ Fucking fuck ao quadrado. Ela bisbilhotou brevemente, apenas o suficiente para ganhar a imagem fugaz daquilo que lhe caçava. Alto, grande, forte como ela jamais seria capaz de medir. Cicatrizes cobriam o rosto que a assombraria pelas próximas noites, se sobrevivesse àquele encontro, e a pelagem escuro, negra, cegava Merida. O amarelo e vermelho dos olhos roubaram a respiração da princesa. Por um momento, aceitou seu fim, sem questionamentos, o fim de sua maldição e do sofrimento de sua família. Deixaria uma mãe, irmãos e... Seu pai. Pai. Ela não reconheceria, mas tinha de imaginar que aquele devia se tratar do vilão da história mais contada em Dunbroch. Não! Não podia deixá-los assim, não sabia não lutar, Merida era princesa, mas era tão caçadora quanto lutadora. A flecha escapou por entre seus dedos no susto, passando apenas centímetros da figura que lhe ameaçava e Merida saltou para longe, tentando fugir das patas imensas daquele que agora tinha conseguido sua presa. Das garras. Falta de costume em ser caçada levou-a um salto desajeitado, um pé torcido, mas seria o de menos. "SOCORRO!", gritou estridente, sua voz ecoando pela copa das árvores, sem encontrar alguém que pudesse fazer algo. Tinha que correr, desesperadamente, como se sua vida dependesse disso. Levantando-se desajeitada, Merida correu, correu tanto quanto poderia, até onde conseguiria. "PAI!", chamou, a esperança de que talvez ele o escutasse e pudesse ajudá-la morrendo na sola de seus pés descalços. Seu último pedido.
Por tempo demais, Mor'du existiu como lenda. Esquecido nos confins do território reduzido a ruínas. Faminto, incansável, rondando os escombros como um fantasma esquecido. Vingativo. A cada dia que passava, a comida ficando mais escassa, os aventureiros diminuindo conforme a palavra de sua maldição se espalhava pelo reino. O monstro de quatro patas e pelo negro. Com as garras, Mor'du rasgava o solo no seu trotar maldito. Patas enormes criando sulcos de quebrar os tornozelos dos distraídos, o peito retumbando num rosnar incessante e de gelar os ossos. Fome. O único olho brilhante em loucura, o focinho espumando com o esforço de atravessar uma floresta sem encontrar um mísero esquilo. O urso parou, avaliando o ar com a cabeça erguida. Girando, buscando, mergulhando na brisa e no cheiro que recebia de volta. Vibrante e quente, de promessa. Mor'du cessou o barulho, as articulações flexionando para diminuir seu ruído da movimentação. Guiado pela respiração ruidosa, ansioso pela voz cristalina, interessado pelo fustigar do laranja metálico da árvore. Porém, a ponta da flecha brilhou com a mudança de ângulo. A arma provocando a fúria sempre presente da besta. Mor'du ergueu-se sobre as patas traseiras e rugiu, o pesado corpo projetado para frente com a pata servindo de porrete, visando cortar a ameaça ao meio.
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