#w: selecionada maelle
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guardalupeherrera · 1 year ago
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Distrair-se era algo que não existia no vocabulário de Alma. Sendo completamente inaceitável para a mais velha dos Herrera que existisse um único momento que fosse, que ela não estivesse de serviço. Era tarde da noite quando deixara o príncipe em seu quarto e tomava o posto na porta do mesmo, o dia regado de passeios diplomáticos, parecia que não iria chegar ao fim, mas felizmente agora existia uma paz e tranquilidade que custou a se adaptar os ouvidos de Alma, que passou o dia inteiro ouvindo conversas e mais conversas, dos mais variados tipos, desde curiosos perguntando como funcionava um império tão conversador em tempos como aqueles, até as mais bobas, como qual era o prato favorito do príncipe. Uma lufada de ar pesada se desprendeu dos pulmões pelos lábios da guarda que estava tensa, cansada, indisposta. Mantinha a cabeça reta, o olhar fixo na porta da frente, mas num deslize de desviar um pouco o pescoço para aliviar sua tenção, o olhar cruzou com o da selecionada de Neigefleur, @mgwan, a garota um tanto irritante que tinha conquistado a afeição de seu príncipe. Alma xingou, pedindo a Deus que a outra não dobrasse em sua direção, mas sua suplica silenciosa não foi ouvida. Valeu Deus! — se busca por Emmanuel, sinto informar a senhorita que ele já se recolheu. —, limitou as palavras com o olhar ainda fixo a sua frente, não cometeria o erro de desviar para a jovem outra vez.
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guardalupeherrera · 1 year ago
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As sobrancelhas de Alma arquearam-se descrentes com o apelido tecido pela mulher, mas ela parecia estar falando muito sério, uma vez que seu tom permanecera firme e sua expressão por mais sutil que tentasse parecer, ainda escondia uma boa dose acidez. — estou em conflito, senhorita, deveria ter me ofendido pelo apelido ou? —, deixou a possibilidade de outra coisa para que Maelle preenchesse, o que talvez fosse inútil considerando que Herrera já sentia-se levemente ofendida. Não que já não estivesse acostumada com comentários assim de onde vinha, dos outros colegas e tantos mais, porém tecia expectativas diferentes para aquele lugar e as pessoas nele. — acho que está me falando suas qualidades, como quem tenta vender-se como uma boa proposta para qualquer coisa que seja. —, uma amizade, proximidade, o que fosse. E infelizmente Herrera não tinha interesse em nenhum desses, mais uma vez, odiaria nutrir uma afeição por mínima que fosse, com alguém que logo teria que partir. O fizera em todos os países que esteve, foi inevitável e no fim ela não se arrependeu, mas seu coração ainda pesava pelas relações amigáveis que deixou no caminho, que pouco tempo tinha para trocar uma mensagem que fosse. Alma assentiu, dando entendimento e assimilando as novas informações fornecidas. — agora ficou mais claro, senhorita. Realmente não a conheço, mas que bom que seja uma pessoa tão espirituosa em seu país. —, ainda parecia que ela queria vender alguma coisa, e Alma continuava contida em comprar, não se doava fácil como Emmanuel. — emoções não são bem-vindas para o meu serviço. Elas atrapalham no processo de tomar decisões importantes, e alguém pode acabar se machucando por isso. —, apesar disso, era claro que ela sentia coisas, como poderia não sentir? Tinha pavor de perder Emmanuel, de decepcionar seu pai e não levar o nome da família para mais uma geração, dentre tantas outras coisas. Alma não queria relacionamentos, pois achava que eram uma fraqueza, mas logo se viu apegada ao que tinha com o príncipe, aquela amizade que a deixava fraca e a qual não conseguia mais se ver sem. Alma arregalou os olhos, observando em câmera lenta o despencar da garrafa seguida da cena dramática de Maelle. — dios mio! A senhorita sabe que as pessoas estão dormindo, não sabe? São só pantufas, elas vão secar.
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˚✧˚ · .・| Uma expressão de quase terror cruzou o rosto de Maelle. Não precisava de férias?! Que tipo de pessoa não gostava de férias? Que tipo de pessoa era aquela mulher? Maelle pensou em si mesma, em como gostava de desenhar e dos cavalos, mas que não trocava seus dias na praia ou nas montanhas pelo trabalho. "Está bem, srta. não preciso de férias." Esforçou-se para suavizar sua expressão, os lábios voltando a formar um sorriso amigável. Tinha certa determinação em ganhar um pingo de amizade Alma, mas seria mais difícil do que parecia. Maelle queria ser amiga dos mexicanos, assim como tinha estabelecido uma boa amizade com Manu. "Algo para a princesa fazer? Meu Deus, do que acha estou falando?" Mesmo que estivessem falando o mesmo idioma, Maelle sentia que sempre havia algum erro de conexão entre ambas. "Não estou falando desse jeito. Estou dizendo que como você é estrangeira, não deve me conhecer além do fato de eu ser uma selecionada." A coreana ergueu o queixo, orgulhosa. "Mas eu sou famosa, sabia? Eu sou da equipe nacional de hipismo e também projeto joias, mais como um hobby." Proferiu, percebendo em como queria parecer interessante para Alma. Que humilhação... Mas ao mesmo tempo, que desafio! Maelle era conhecida por muitas coisas, mas decidiu não listar tudo. Não seria legal falar como algumas revistas a consideravam imatura e irresponsável. "Penso o contrário porque você é diferente, sabe? Parece um... robô. Fica parada desse jeito, bem séria. Não parece ter muitas emoções." Provocou. Seria capaz de irritá-la, pelo menos? "Obrigada ent..." A selecionada sequer terminou de falar, porque ao tomar a garrafa de água da outra em suas mãos, algo aconteceu, que Maelle nem soube o quê e a água fora ao chão. Não, para os pés e os sapatos caros da jovem, que deu um gritinho estrangulado, sem se importar de estar em um corredor no meio da noite. "Não!" Ela choramingou, olhando para baixo. "Minhas pantufas preferidas!" L��grimas quase viram aos olhos, mas conseguiu controlar.
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guardalupeherrera · 1 year ago
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Alma negou outra vez, balançando a cabeça para os lados. O que ela não esperava, era que o estomago fosse trair o seu movimento, ousando roncar alto e claro naquele instante. Pendejo! Xingou internamente, baixando a cabeça para olhar o abdômen e só então voltar a postura rígida e firme, imaginando que os olhos encontrariam a porta a sua frente, mas pelo contrário, eles se cruzaram com o de Maelle. Ela era sorrateira realmente, tinha se movido rapidamente e Alma nem percebeu enquanto repreendia seu estomago ousado. Agora, sem conseguir mais evitá-la, Alma olhava a selecionada diretamente. — preciso ser, é o meu trabalho. E não é chato, senhorita, com todo respeito, já fez algo de que gosta muito na vida? —, se associasse com algo que gostasse, talvez Maelle conseguisse entender a relação e dedicação de Herrera ao seu serviço. Usar aquela farda era uma honra e ela expressaria isso sempre que pudesse. Um arquear de sobrancelhas se fez presente na face de Alma com tantas perguntas que mais pareciam afirmações, ou melhor, acusações. — Tenho folgas, só não gosto de tirá-las. —, tampouco diria para a selecionada que não confiava nos companheiros de serviço para protegerem o príncipe, eles eram todos tão conservadores quanto o império e não tratariam Emmanuel com a mesma atenção e dedicação que Alma fazia. Ele não era só o seu serviço, era seu amigo e ela queria protegê-lo de tudo. — A senhorita faz muitas perguntas, já falaram isso? —, indagou na tentativa de se desviar da pergunta seguinte. Manu não concordava, tiveram diversas brigas ao longo daquela relação sobre a necessidade de Alma viver além do trabalho, porém todas foram deixadas de lado quando o nobre viu que não era fácil afastá-la. Alma estava pronta para encerrar aquela conversa e dar-lhe boa noite quando Maelle abocanhou um dos bolinhos que carregava. Os olhos da guarda a traíram outra vez, desviando-se para o movimento dos lábios da mulher, não desejosos por eles e sim pelo bolinho, os resquícios de migalhas e cobertura no canto de sua boca só dificultava mais a tentativa de manter o autocontrole. Herrera engoliu o bolo seco que tinha em sua garganta, liberando um pigarro para voltar ao estado rígido que sempre tinha. — Tenho uma garrafa d'água aqui. Se estiver perguntando por ter ficado com sede, ela é sua.
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˚✧˚ · .・| Maelle Gwan D'Orbigny não gostava de ser ignorada. E estava ali, oferecendo sua educação para Alma e ela sequer a olhava! Um ultraje, claro. "Você não quer?" Indagou com descrença, porque tinha visto o olhar dela para o que carregava. Não era possível que a mulher fosse de ferro. Maelle mudou de lugar, se colocando a frente dela para que quem sabe assim, Alma pudesse vê-la. Ajudava que fossem quase da mesma altura, embora a coreana mantivesse uma distância segura. Não achava que fosse ser agredida, mas Alma parecia feroz o suficiente. "Você é sempre tão prudente?" Proferiu a palavra com desdém, como se tivesse pronunciando um maldição antiga. "Isso é tão chato." Suspirou com certa tristeza, porque a vida da outra parecia um tédio total. Sequer conseguia imaginar como deveria viver daquela forma, a sombra de outra pessoa sempre, regida por regras e normas sem graça alguma. "Seu serviço então é ficar vinte e quatro horas, sete dias por semana, atrás de Manu? Sem nenhuma folga?" A ideia parecia absurda. "Manu concorda com isso?" Duvidava que concordasse, porque era legal demais para isso. Falar com ela parecia como se dirigir a uma parede, então recorreu a medidas drásticas; levou um dos bolinhos a boca, mastigando lentamente, fechando os olhos com felicidade enquanto o sabor doce explodia em sua boca. "Céus, isso está uma delícia. Alma, ma belle, você está perdendo." Disse após engolir, abrindo outro sorriso radiante para a guarda. "E beber? Você não quer beber nada? Não tem sede?"
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guardalupeherrera · 1 year ago
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Alma assentiu pois parecia obvio que a mulher fizesse exatamente tudo que gostava. Ela tinha o perfil de quem nunca foi recusada na vida, nunca ouviu um não de seus pais ou qualquer pessoa que fosse. Ao menos era isso que Herrera pensava, já que jamais prestou muita atenção nas conversas da mulher com o herdeiro do império. Adquiriu tal habito para preservar a privacidade daqueles que fazia proteção e acabou ficando no modo automático. — então é isso, senhorita, meu trabalho é algo que gosto de fazer, não preciso de férias. —, era a resposta que ela sempre dava aos seus superiores também, o primeiro imperador parecia gostar disso nela, a garra e determinação, já o conselho odiava não conseguir afastá-la permanentemente do seu cargo. Seu olhar baixou para encontrar o da selecionada, não que altura delas fosse muito diferente, mas Alma tinha o habito de manter um olhar altivo quando em guarda. — perdoe-me, mas não me cabe conhecê-la além de uma selecionada, talvez seja algo para a princesa fazer, já que é ao coração dela que pretende chegar. —, Alma não queria ser grossa e seu tom não transmitia nada além que tranquilidade e honestidade, afinal ela acreditava fielmente que todas aquelas damas estavam ali pela chance de serem rainhas daquele país. — depende se a outra parte é igualmente curiosa e interessada quanto você. —, coisa que Herrera até poderia ser, porém não se permitia naquele momento, seguia insistindo em manter a figura séria e distante, completamente desinteressada. Era mais fácil não se envolver com as figuras naquela competição, até mesmo as que estavam fora dela. Alma não queria ter torcidas, tampouco, afetos dos quais sentiria imenso pesar em deixar quando regressasse ao seu lar. — o que acha que sou? Sei que talvez aparente não ter vida, senhorita, mas tenho. Como, durmo, tomo banho, faço exercícios. Igual todo ser humano normal. O que a faz pensar o contrário? —, já tinha adentrado naquela conversa, Maelle tinha conseguido despertar um pouco da atenção de Alma, então que ao menos revelassem tudo naquele momento, uma conversa aberta e sincera. Herrera concordou, abaixando-se para apanhar a garrafa e a estender na direção da selecionada. — fico lisonjeada, mas não precisa se incomodar. Posso ir buscar na troca de turnos, ou um dos serventes do castelo trás, eles têm um ótimo esquema por aqui, chega a ser invejável.
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˚✧˚ · .・| Ouviu o barulho da barriga de Alma, mas achou não ser muito educado apontar isso, porque já tinha oferecido a ela algumas vezes e sido recusada. A questão da outra então veio e Maelle não precisou pensar muito para responder. "Eu sempre faço algo que eu gosto. Não faço coisas que eu não gosto." Soava mimada, mas era a sua vida. Maelle, desde muito cedo, tivera o privilégio de poder escolher todas as coisas que queria e o que não queria fazer. Embora a mãe muitas vezes pudesse ser uma figura opressora, durante o crescimento da filha ela nunca havia interferido demais nas vontades dela. Maelle gostava de cavalos, então se tornou uma amazona. Gostava de joias, então pode seguir o caminho até encontrar como fazê-las. Desejou ir para a seleção e teve seu desejo atendido. Até o momento, apenas a história do casamento arranjado com o desconhecido tinha sido um entrave em sua jornada. "Acho que você não me conhece além de ser selecionadas, mas eu sou uma amazona muito boa. Também me arrisco a projetar joias, embora não me dedique tanto." Desconfiava que Alma não tinha interesse algum em sua história, mas continuava a falar mesmo assim. "Nunca me falaram, mas acho que as pessoas devem pensar isso. Mas não é algo ruim, não é?" Não considerava que era, porque era assim que se conhecia as pessoas, gente que poderia ser aliada e que poderia manter por perto. "Não perguntei por isso, perguntei por causa de você mesmo. Disse que eu questiono muito, mas vou continuar. Você não dorme? Não sente sede ou fome? " Claro que sim, ela era humana e devia sentir todas as coisas, mesmo que Maelle achasse que mais se assemelhava a um robô. "Eu vou aceitar a água, obrigada." Precisava de algum líquido para ajudar a descer o que comia, claro. "Posso até pegar mais para você depois se precisar. Você tem que aproveitar, minha benevolência não é para todos." Brincou, esperando arrancar alguma reação da outra.
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guardalupeherrera · 1 year ago
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Alma mantinha o olhar firme e centro a sua frente o tempo inteiro. Mas precisava admitir que quando a outra disse estar procurando por ela, os olhos se arregalaram um pouco mais ao expressar sua clara surpresa. Entretanto, seguiu sem desvia-los. — procurando-me? A senhorita está precisando de algo? —, tinha certeza que se fosse algo profissional, qualquer guarda do castelo ficaria mais do que contente em atender a selecionada, até por ser a obrigação deles. Porém, perguntou do mesmo jeito, pois poderia envolver seu príncipe e isso realmente caberia a ela. No entanto, quando Maelle ofertou os doces, Alma desviou seu olhar as mãos da selecionada, ainda evitando suas feições. Doces eram seu ponto fraco, não conseguia recusa-los nem mesmo se quisesse. Mas precisava lembrar-se que estava de serviço. — agradeço sua oferta, senhorita, mas terei de recusá-la. Não seria prudente. —, distrair-se um instante que fosse para deleitar-se com aquelas maravilhas gastronômicas. Alma tinha que admitir, os franceses sabiam fazer doces como nenhum outro país que estivera, talvez com exceção do Brasil e seu divino brigadeiro. Ainda conseguia sentir o gosto único que o alimento tinha. — sim, é geralmente o que faço, meu serviço. —, finalmente desviou o olhar para Maelle, por curtos segundos, apenas para olhá-la com a mesma seriedade que suas palavras. Sim, Alma era bastante chata em algumas circunstancias.
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˚✧˚ · .・| Era tarde e Maelle deveria estar tentando dormir, visto que seu sono não tinha sido dos melhores na última noite. No entanto, estava circulando pelos longos corredores do palácio, alguns doces nas mãos enquanto comida despreocupadamente. Em casa, a mãe costumava regular até mesmo o que comia, mas ali no palácio possuía liberdade o suficiente para se alimentar da forma como desejava, portanto equilibrava alguns bolinhos em suas mãos, os passos devagar ao olhar para o teto e para o chão; tinham padrões interessantes em todos os cantos. Acabou por parar próximo a uma ala de dormitórios e seus olhos encontraram os de Alma, a guarda costas de Manu. Maelle considerava a mulher uma figura interessante, por isso se aproximou dela, abrindo um sorriso amigável. "Não estou procurando Emmanuel, estava procurando você." Era uma mentira, mas estava feliz por tê-la encontrado. Esticou sua mão, mostrando a ela o que carregava consigo. "Você já comeu? Está com fome? Posso dividir." Até mesmo poderia pedir mais na cozinha, se fosse necessário. "Você fica parada aí a noite... toda?" Estava curiosa, pensando em como a ideia parecia super tediosa. Deveria fazer companhia para Alma? Ela estava sempre com Manu, então automaticamente gostava dela também, como se o sentimento de apreço pudesse passar de um para outro.
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