#w: de bellefort ii
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Sua reclamação era um pouco de frescura, ele precisava admitir. Com o estímulo e a companhia certa, Mateo passaria a noite em claro facilmente. "Bom, você não deixa de ter razão. Mas já deixo avisado que esse guerreiro aqui talvez esteja um pouco cansado." Comentou, deixando a cabeça se recostar no ombro da amiga em um gesto dramático para ilustrar a sua fala. Mas ele logo ergueu o rosto, semicerrando os olhos azuis na direção de Angelina, diante da outra declaração dela. Ele não se lembrava de jamais tê-la ouvido falar de qualquer casinho com quem quer que seja, o que o deixava extremamente curioso. Talvez ela só quisesse se precaver, e se essa fosse a razão, Mateo entendia perfeitamente; sabia bem como era ruim ter sua vulnerabilidade emocional usada contra si. E, a bem da verdade, ele não tinha direito de cobrar essa informação, visto que ele mesmo não contava a ela, nem a ninguém, sobre as pessoas com quem se relacionava. "Pff, que nada... você também tem a impressão de que as pessoas daqui permanecem as mesmas? Ninguém novo para agitar as coisas, dar um pouco mais de emoção... eu fico um pouco entediado." Comentou, desviando um pouco do assunto porque, no fim do dia, poderia até omitir informações, mas não conseguiria mentir descaradamente para Angelina... e, se ela o pressionasse, acabaria revelando que, na realidade, ela já convidara a companhia que ele desejava.
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୨୧ ࣪ a loira balançou a cabeça positivamente, linnet deixaria de ser assunto – pelo menos pelo resto daquela noite. " ah não, teo. " a expressão de reprovação da loira complementava seu protesto. " nós estamos na flor da idade, vida. daqui uns anos vamos estar ocupados demais com nossas profissões e eventos importantes para poder virar a noite numa balada. " lili sequer precisava de anos a mais, era tão obstinada por sua carreira que sabia bem que no momento que pisasse em barcelona voltaria a sua extremamente rígida rotina. " não seja tão estudante de direito. onde está o gatinho festeiro? cadê o meu guerreiro? " a loira deu uma pequena risada por conta de sua própria fala debochada. o comentário a respeito de "contatinhos" fez com que as bochechas de lili tomassem uma tonalidade avermelhada. " são amigos, puramente amigos. meus contatinhos eu deixei em barcelona e isso é tudo que falarei. " parte de angelina gostava de manter o "mistério" de sua vida amorosa para com seus amigos, era divertido e mascarava sua falta de experiência. " nada impede de chamarmos os seus, tem alguém que você queira chamar? "
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quando: 23 de julho (um dia depois da festa, após a alta de angelina do hospital)
onde: casa dos de bellefort em mallorca
quem: elena & @canceriananata
ainda era diíficl para elena processar o acontecido no jantar dos de borbón. não podia deixar de culpar a falecida por tudo aquilo. podia ser irracional, mas no fundo era como uma vingança de linnet sobre elas. ainda mais depois da informação que recebeu da irmã, a qual ela ignorava completamente até o dia de ontem. vinha tentando manter a compostura, mas a sua cabeça já estava obcecada com o que podia estar acontecendo. coincidências não existiam para elena de bellefort.
ainda assim, tentava manter uma atitude positiva, mesmo que apenas em prol de ver a irmã melhorar sem mais riscos. quando a foi visitar no hospital na noite anterior, angelina parecia ansiosa e elena queria esperar alguns dias pra voltar a perturbar o juízo da mais nova. por isso, esperou os pais irem buscá-la no hospital, tendo colocado vários buquês de flores e doces no quarto dela, seus e de amigos que mandaram para que ela melhorasse. quando lili chegou no próprio quarto, ela declarou, com os braços abertos: ❝surpresa! bem-vinda de volta lili!❞, disse animada, como se a irmã tivesse ficado meses fora de casa. tudo para que ela ficasse bem. depois podiam conversar sobre o que era sério.
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o comentário sobre "anjo caído" fez lena sorrir enigmaticamente. aquele era todo conceito, não? não fazia sentido se vestir pudicamente para lamentar uma morte que ela de fato não lamentava. podia não estar se sentindo super bem e vingada com a morte de linnet como esperou, mas também não ia chorar pelos cantos. estava ali por motivos sociais e ponto. talvez ela tivesse mesmo algumas semelhanças com lúcifer, apesar de esse ser um pensamento que precisaria guardar e não manifestar. percebeu a postura da irmã mudar e se sentiu culpada -- não queria que a mais nova ficasse preocupada, mas ela era a única pessoa na qual confiava cem por cento, portanto a única que arriscaria comentar sobre aquela sensação esquisita que tinha. ❝eu não sei de nada...❞, iniciou, tentando manter a pose natural. ❝mas você viu elas, não viu?❞, perguntou, fazendo um movimento com a cabeça, se referindo às câmeras. ❝não é esquisito? não parece um 'vamos fazer os presentes no dia da morte da nossa filha voltarem para a cena do crime e ver como reagem'? ou será que tô paranoica demais?❞, perguntou, mordendo a parte interna da bochecha pela inquietude.
୨୧ ࣪ o comentário a respeito do vestido fez com que angelina abrisse um sorriso largo. ela havia gasto mais tempo do que gostaria pensando no que vestir naquela noite, deveria ser apropriado o suficiente para um jantar entre amigos e um velório. " obrigada, linda. você também está linda, parece um anjo... caído, mas ainda assim um anjo. acho que foi a primeira vez que tive que refletir no traje para um jantar fúnebre, espero que não vire moda. " ela adorava georgina e enrique, não conseguia entender como dois seres tão queridos pudessem ter gerado algo como linnet, sentia empatia pela dor de ambos, mas ainda assim preferia não estar ali. angelina lembrou-se da noite da morte de linnet, sobre como gritou para ela que todos seriam mais felizes se ela não estivesse ali. era quase como ela tivesse manifestado forte o suficiente para que aquilo se tornasse uma verdade – se por manifestação ela quisesse dizer dopado. " é, parece que nunca iremos nos livrar dela. " a resposta desanimada da mais nova poderia soar como uma simples afirmação derrotista, que elena não compreendia a real profundidade. a fala seguinte de lena fez com que angelina franzisse o cenho, era nítida a sua perturbação com a hipotese. lili sentiu sua boca ficar seca. " ressurgir? como assim? você acha que eles nos chamaram aqui para nos confrontar? eles teriam motivos para isso? você sabe de alguma coisa? " disparou a sequência de questionamentos, sendo perceptivel sua apreensão.
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FLASHBACK.
elena escutou o relato da irmã com atenção, como se sua vida dependesse disso (e até podia depender mesmo, devido às circunstâncias). a cada nova revelação ela arregalava mais os olhos. como isso aconteceu sem ela saber? quem mais sabia ❝lili...❞, foi tudo que conseguiu dizer. era como se seu cérebro trabalhasse o dobro para similar tudo aquilo. ❝ainda assim, por que você? por que não hayek ou rico? mesmo com essa informação, algumas coisas ainda não fazem sentido...❞, pensou em voz alta. foi assentindo conforme a mais nova explicava como se sentia. podia entender. ❝escuta, a gente precisa manter a calma. é tudo muito estranho para parecer acidente, uma fatalidade, mas não temos nenhuma prova e nenhuma lógica por trás de uma tentativa de assassinato. por dios, isso não é pânico 7!❞, tentou racionalizar a questão. afinal de contas, ela era a mais velha, se não mantivesse a compostura, as duas podiam pedir sedativo na veia e se internar ali pelo resto da semana. amaciou o tom, apesar de achar que estava mesmo falando a verdade: ❝angelina, me escuta, você não é uma pessoa horrível, ok? essa é uma situação merda, mas se for assim, então eu também sou. você não está sozinha nessa, nem que tivesse sido quem matou ela mesmo, tá bom? a gente vai descobrir um jeito de fazer tudo fazer sentido e de sair dessa, caso tenha algo para sair❞, discursou, colocando uma das mãos na da angelina e fazendo movimentos circulares carinhosos, a fim de acalmá-la. ❝vamos conversar sobre isso melhor amanhã, quando te tirarem desse lugar horroroso. em casa. onde podemos pensar melhor, ter mais clareza...❞.
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୨୧ ࣪ por mais que tentasse, angelina não conseguia recordar-se qual era o remédio que havia utilizado. ela havia bebido um pouco mais que o normal, conforme sempre fazia em suas férias, e não se recordava de detalhes como aquele. " eu não sei... não consigo me lembrar. " pela primeira lili percebeu o quão burra e inconsequente havia sido, não era apenas o medo de ser pega que a dominava. " a linnet estava discutindo com o santi, ela tinha sabotado ele numa coisa... era da faculdade! isso, ela tinha sabotado ele e por pouco o santi não perdeu a vaga. " ela apertou os olhos, podia visualizar a discussão de ambos em sua mente. " o rico e eu separamos a briga e a linnet não ficou nada feliz, ela tentou fazer o rico e o santi brigarem. a coisa foi aumentando rápido, não lembro muito bem dos detalhes, mas eu sei que acabei gritando com ela. " angelina não tinha muitas memórias do que havia dito, porém, recordava-se da raiva que havia sentido naquela noite, do desejo de esganar linnet. " então, rico e eu decidimos que ela precisava sair da festa, ninguém estava aguentando mais aquele clima. nós fomos até a hayek, pedimos um remédio desses que ela sempre tem e eu coloquei na bebida da linnet. " a loira respirou profundamente, era a primeira vez que ela contava a alguém o que havia feito naquela noite. parte de angelina se sentiu aliviada, enquanto a outra se preparava para contar a pior parte. " a hayek me disse que metade era o suficiente para que ela sentisse vontade de ir embora dormir... e eu coloquei um comprimido inteiro. nós três sabemos disso, acho que eles não contaram para mais ninguém. " lili levou a mão ao próprio pescoço, buscando pelo colar que costumava usar e que sempre segurava em situações de estresse. como tudo naquela noite parecia estar contra seus planos, logo recordou-se que havia decidido não utilizá-lo. " eu sei, eles jamais deixariam isso barato se tivessem suspeitas... só que é muito estranho tudo que aconteceu essa noite e eu não consigo ignorar isso. " lili levou ambas as mãos ao rosto e logo algumas lágrimas escorreram. a fala seguinte da irmã corroborava com as teorias que haviam acalentado lili no último ano, talvez o comprimido tivesse deixado linnet sonolenta, porém ela havia utilizado tantas substâncias naquela noite que era difícil apontar o que poderia ter sido o estopim. " eu não me sinto culpada, lena. nunca quis que ela morresse, pelo menos não daquele jeito e muito menos queria matar ela. eu sinto medo... medo de alguém descobrir a merda que aconteceu. " era terrível falar aquilo em voz alta, confessar que sequer havia se sentido mal pelo que havia feito a linnet. " eu sou uma pessoa horrorosa. você sabe qual foi a primeira coisa que pensei após me desesperar com medo de ter matado a linnet com aquele comprimido? que ainda bem que encontramos o héctor naquele estado, assim eu não seria a única a me ferrar. eu estava disposta a jogar ele na fogueira. " a loira riu sem humor em meio as lágrimas que molhava sua face delicada. " você não pode ter certeza que aquele comprimido não matou ela e eu também nunca vou ter. a única certeza que eu preciso ter é que eu estou paranoica e não tem a mínima chance de alguém estar querendo pagar na mesma moeda."
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Haviam falado tantas vezes sobre o rancor que compartilhavam por Linnet... e ainda assim, parecia nunca ser o suficiente. Angelina podia sempre tê-la ressentido, mas Mateo lembrava da época em que ele e Linnet costumavam ser unha e carne. Ele a tinha como uma de suas amigas íntimas, podia até dizer que a amava... até o momento em que ela resolveu fazer da sua vida um inferno ao ameaçar expor uma parte de si sobre a qual ele nem ao menos tinha controle. No fim das contas, não sabia se sentia mais raiva do que tristeza por toda a situação... e não importava quantas vezes falasse do assunto com Lina, com Elena ou com quem quer que fosse, a sensação de catarse, de finalmente se livrar daquele peso, nunca vinha, porque em todas as vezes, ele omitia um ponto crucial da história, a verdadeira razão pela qual havia passado a odiá-la tanto assim. Às vezes, se perguntava o que aconteceria caso finalmente contasse a alguém, à Angelina ou à Elena. Será que elas a julgariam? Usariam aquela informação contra ele, da mesma forma que Linnet fizera? Ele não conseguia achar que elas fariam isso com ele, mas ele também achava o mesmo sobre a ex-amiga falecida, e o trauma ainda estava recente em sua cabeça.
"Chega de falar dela." Afirmou com veemência, em um tom de voz quase raivoso, embora nenhuma daquelas emoções negativas fossem direcionadas à garota deitada. Era incrível como, mesmo morta, Linnet ainda conseguia afetá-los daquela forma, e naquele ano Mateo estava determinado a não deixar mais que isso ocorresse, começando naquele verão. Queria se divertir, passar tempo de qualidade com seus amigos, fazer uma besteira ou outra e finalmente expurgar o peso que aquela cidade colocava sobre seus ombros, e a ideia de Lina era perfeita para isso. "Por mim, eu já tô dentro. Assim que você se recuperar, é só me mandar uma mensagem! Agora, sem dormir já é um pouco complicado... eu sou um rapaz com alma de velho, Lina. Preciso pelo menos ter um lugar pra capotar antes de cometer a próxima estripulia." Comentou em tom risonho, já sentindo o clima da conversa mudar para águas mais calmas. "Mas me fale mais sobre esses amigos. São amigos mesmo ou são seus contatinhos de Mallorca?"
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୨୧ ࣪ mateo não deveria estar errado, linnet deve ter tido a quem puxar. ela possuía um traquejo ímpar em manipulação, certamente seus pais não eram anjos. de toda forma, eles não possuíam qualquer prova robusta de que os de borbón queriam eliminar angelina e ela sequer podia expor uma das bases daquela teoria. " eu nunca tolerei a linnet, desde criança sempre achei ela uma cretina. antes era um pouco de ciúmes de ter de dividir a lena com ela, só que ela nunca escondeu o caráter que tinha, ou a falta dele. " podia se recordar da petulância de linnet ainda na infância, sempre como entrava em conflito a mesma desde que se entendia por gente. " ás vezes acho que ela apenas nos odiava profundamente e por isso encontrava formas de nos torturar. também penso que ela sabia que não poderia despertar amor, então despertava medo e raiva. qualquer sentimento é melhor que a indiferença. " e novamente linnet era o centro das atenções, ela sempre estava presente entre eles. de uma forma extremamente bizarra, ela os unia na mesma medida que os separava. " sem segredos. " ela repetiu a fala do amigo, embora soubesse que estava sendo uma grande mentirosa. angelina tinha segredo e sempre os teria, haviam coisas que ela preferia não confessar nem com um padre. a menção a viagem à ibiza era algo que acalentava seu coração, assim como havia sido no jantar. uma boa distração para alienar-se de toda atmosfera estressante daquele dia. " ah, você sabe. os mais chegados: você, rico, santi, héctorzinho e lena. ele me falou que arranjaria a casa e o carro, posso ir dirigindo ou pedir para o meu motorista. prefiro ir dirigindo para que meus pais não saibam exatamente onde estou o tempo todo. " seu tom de voz passou a ser um pouco mais baixo ao anunciar seus planos, tinha medo que seus pais a escutassem. " eu tenho alguns amigos que estão por lá, poderíamos encontrar com eles e o mesmo esquema de sempre: sem dormir, limo, balada, outra balada, limo, outra balada!" lili esperava o ano todo para estar em maiorca e poder viver o máximo de experiências possíveis, uma vez que era impossível que curtisse uma boa noitada no meio de tantos ensaios de balé. " de preferência sem meus pais saberem. precisamos dar um perdido. "
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Mateo soltou uma risada baixa e cética diante da teoria levantada por Angelina. "Se é assim que eles pensam, então o caráter deles é tão ruim quanto o da filha. Bem que dizem mesmo que o fruto nunca cai muito longe da árvore." Ele já havia sentido muitas coisas a respeito da morte de Linnet, mas depois de passado o choque, a única sensação que havia permanecido era o alívio. Claro que a morte dela não necessariamente implicava que seu segredo estava a salvo, mas ela era a única a ameaçá-lo com aquela informação. Não carregá-la mais como um peso ao redor do pescoço era libertador.
"Acho que nunca vamos entender, Lili. Eu mesmo nunca entendi por que ela nos chamava de 'amigos' na frente de todos e nos tratava daquela forma em segredo... e acho que, no fim das contas, nunca vamos compreender. Talvez ela só tenha sido uma pessoa ruim, no fim das contas." Lembrava-se de ter tido aquela mesma conversa com Héctor e ambos haviam chegado à essa conclusão. "Você não precisa me pedir duas vezes. Sabe que não há segredos entre nós. E eu não pretendo voltar àquele lugar nunca mais, não importa quantos jantares fúnebres os Borbón resolvam dar. " Quase não há segredos, ele pensou. Mas no que dizia respeito àquela noite, Angelina sabia de tudo que ele havia visto. "Mas vamos falar de assuntos mais felizes. O Héctor comentou que a senhorita estava querendo dar uma voltinha por Ibiza... confesso que fiquei interessado. O que está planejando fazer quando sair daqui?"
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୨୧ ࣪ era reconfortante ter a presença de mateo perto, a amizade de ambos era a prova que coisas boas poderiam surgir de situações ruins. entretanto, carinho fraterno algum era capaz de afastar a inquietação de angelina e mateo naquele momento. o questionamento alheio a fez vacilar, até onde mateo e todos os outros sabiam eles não tinham motivo para ter raiva dos jovens. mateo não sabia de toda a tramoia de angelina, bardem e hayek para dopar linnet ou do estado deplorável que as irmãs de bellefort haviam encontrado héctor em horário próximo a hora da morte de linnet. " não sei, eles estão enlutados. vai ver não aceitam bem o que aconteceu, acham que nós temos culpa no estado mental que levou linnet a fazer o que fez. " mentiu, embora a hipótese levantada ainda fosse possível. o luto se manifestava de maneiras diferentes em cada um.
era incrível como linnet havia encontrado uma forma de infernizá-la mesmo após a morte, era quase como se ela tivesse obtido a vingança por todas as vezes que lili fizera questão de a infernizar. linnet estava morta há um ano e ainda se fazia presente no imaginário de todos, sendo provável que se permanecesse daquela forma por muito tempo. " ela estava tão difícil naquele dia, não que ela já tenha sido fácil alguma vez na vida. eu não sei o porquê dela sempre ter feito questão de transformar nossas vidas em um inferno, ela nos odiava. " linnet havia causado tantas intrigas naquele dia, a loira podia recordar-se do alívio que sentiu quando percebeu que ela já não voltaria a festa. " acredita que o gabriel me disse que estava sentindo algo ruim? eu falei para ele não viajar. no final ele estava certo. " ela mirou a própria mão entrelaçada com a do amigo e suspirou, torcia para que ele e elena estivessem completamente certos. " vocês devem estar certos... estou sendo paranoica. provavelmente é toda essa adrenalina injetada em mim. eu estou bem agora, mas foi assustadora aquela sensação de sufocamento. " seus ombros tensionaram novamente ao se lembrar da agoniante aflição de quando achou que fosse morrer horas atrás. " só me promete uma coisa? " indagou o amigo o mirando profundamente, como se quisesse ter a certeza da honestidade do mesmo. " se acontecer qualquer coisa estranha, me conta. e também promete não entrar mais naquela casa. "
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Agora que o pior havia passado, era muito mais fácil rir dos gracejos da amiga. Nisso, Mateo e Angelina eram completamente iguais. Amavam ser o centro das atenções, adoravam receber afeto das pessoas ao seu redor. Eram semelhanças como aquela que faziam com que a amizade dos dois se solidificasse, e ele era grato por terem se tornado tão íntimos, sem depender do ódio que compartilhavam por Linnet para alimentar a amizade. "Fico pelo tempo que você precisar." Afirmou, apertando carinhosamente a mão delicada contra a sua. Podia ter muitos defeitos, mas era um amigo leal.
Mas bastou o Quintana verbalizar as suas suspeitas para que a face tranquila de Angelina se transformasse. Então ele não estava completamente louco ou paranoico: ela também havia pensado nisso. O mero pensamento de que os de Borbón poderiam fazer algo do tipo fazia nascer um arrepio na espinha do Quintana. Nenhuma das famílias que estavam em sua mansão eram exatamente um exemplo de boa conduta e os anfitriões não eram exceção, mas assassinato... parecia demais, mesmo para eles.
"E por que eles teriam raiva de nós?" Perguntou com o cenho franzido. Nenhum deles morria de amores por Linnet, mas até onde Mateo sabia, nenhum deles tampouco havia expulsado Linnet do iate, ou a forçado a beber tanto, ou a misturar álcool com outras substâncias, muito menos a se atirar no mar sem noção do real perigo que ela corria. "Era ela quem nos infernizava, e não o contrário. Todos nós estávamos rezando para que ela voltasse à mansão e ficamos gratos quando ela se retirou. Ninguém a obrigou a nada." Ele não sabia disso, claro - era uma suposição. O certo a se fazer seria alguém tê-la acompanhado naquela noite, especialmente por ela estar tão alterada, mas a verdade é que ninguém se importava o suficiente com ela para isso. "E, como você mesma disse, o relatório da polícia foi muito claro em relação a isso. A morte de Linnet foi obra exclusivamente dela. Quais motivos os Borbón poderiam ter para duvidar dessa conclusão?"
୨୧ ࣪ angelina balançou a cabeça em um ato de concordância a fala do amigo, de fato o que havia acontecido era inconcebível. desde muito pequena convivia com todas as famílias parceiras do de bellefort, sempre havia visto o zelo com que era tratada e aquele tipo de coisa jamais havia ocorrido. tudo isso apenas fazia com que seu temor aumentasse e uma certeza sinistra de que ela havia sofrido uma tentativa de homicídio tomasse conta de si. lili apertou levemente a mão do amigo e sorriu, buscando demostrar ao máximo que estava bem. " estou bem, acredita. a única coisa que eu quero é você aqui comigo, sou carente e você sabe. "
a fala seguinte do rapaz fez com que a loira sentisse sua boca ficar seca, questionou a si mesma se bardem ou hayek haviam contado o que ela havia feito na noite da morte de linnet. de toda forma, era ainda mais assustador ouvir sua teoria pela boca de mateo, era quase como se tudo se tornasse concreto. " eu pensei nisso, em todas as possibilidades de tudo não ter passado de um bizarro acidente ou simplesmente terem tentado me matar hoje a noite. " sua voz se tornou mais baixa, angelina jamais havia se sentido tão assustada em toda sua vida e tinha medo de que alguém pudesse estar os observando. mateo fazia parte do grupo seleto de pessoas que tinha a confiança de lili, portanto não havia necessidade de mentiras ou segredos. " você acha que eles têm ressentimento da gente? " ela questionou mirando o rapaz com nítido receio. se os de borbón desconfiavam de que algo extraordinário havia acontecido naquela noite, as coisas definitivamente não acabariam bem. " eu não duvido da capacidade de ninguém, muito menos de quem criou uma vaca daquelas... só que, ao mesmo tempo, é terrível acusá-los sem qualquer prova. " ainda mais terrível seria admitir a todos que aquela teoria tinha grande fundamentação no fato de angelina ter dopado linnet no dia de sua morte por afogamento. " a polícia fez uma investigação enorme, eu duvido muito que o tio enrique não ficou completamente por dentro de tudo. eles sabem muito bem que o que aconteceu foi uma fatalidade, ninguém sequer pensou que a linnet fosse capaz de algo parecido. " aquela era a versão da polícia e aquela versão precisava ser a verdade.
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Ainda que tivesse passado a noite inteira tentando se divertir e se distrair com os amigos, Mateo não conseguia suprimir aquele incômodo no estômago, a sensação discreta de que havia algo errado. E sua intuição pareceu se confirmar quando, à mesa de jantar, viu Angelina cair, os dedos buscando a própria garganta devido à impossibilidade de respirar. O pavor que ele sentiu naquele momento foi diferente de tudo que já havia experimentado. De novo não, por favor, era a única coisa na qual ele conseguia pensar enquanto ajudava os de Bellefort a solicitar ajuda.
Fizera questão de ir ao hospital junto com Elena e seus pais; não sossegaria enquanto não visse que Angelina estava fora de perigo com seus próprios olhos. E agora que ela estava acordada, descansando na maca de hospital e conversando com ele, o pânico havia saído de seu coração, mas não a inquietação. Ela parecia tranquila e segura, como se acreditasse que o episódio todo fosse apenas uma infelicidade... e, por mais que Mateo também quisesse acreditar nisso, a mesma desconfiança ainda criava raízes em seu coração. As especulações conspiratórias no grupo de mensagens apenas alimentavam suas paranoias.
"Não fazem mais do que a obrigação deles. Onde já se viu, Lili? Você frequenta a casa dos Borbón há anos, e isso nunca havia acontecido. É esse o tipo de funcionário que eles têm colocado para dentro de casa? Estou começando a achar que eles estão de fato mal das pernas..." Retrucou com mau humor, embora nada de sua fúria fosse dedicada à amiga. Ele se sentou na poltrona ao lado da maca para segurar a mão da moça. "Tem certeza de que está bem? Quer que eu peça algo para você?" Perguntou, os olhos azuis escaneando a expressão de Angelina com preocupação. Ela parecia bem, apesar de cansada, e talvez não fosse o melhor momento para trazer o assunto à tona, mas Mateo estava angustiado. Precisava verbalizar suas suspeitas, ainda que rasas.
"Lili..." Começou com a voz baixa, apertando a mão na dela carinhosamente. "O pessoal está comentando sobre a possibilidade de terem feito isso com você de propósito." Finalizou sem rodeios, erguendo o olhar para ela. "Não quero acreditar que os Borbón sejam ruins a esse ponto, mas levando em consideração a filha que eles criaram... você acha que é possível?"
quem: angelina && @quintanamateo
onde: hospital general de mallorca
quando: momentos depois da internação de lili
୨୧ ࣪ " ei, eu tô bem, meu amor. foi só um susto. " com um sorriso fraco nos lábios, lili buscou assegurar seu amigo que tudo não havia passado de um susto. ela não acreditava naquilo, tinha a certeza de que o que havia acontecido naquela noite era uma nítida sabotagem, mas não desejava apavorar mateo. angelina precisava ser fria e calculista para se proteger – o único problema era que lili era extremamente passional. " meus pais estão em surto, já ligaram para espanha inteira para acabar com qualquer chance da equipe da cozinha conseguir um emprego até em sopão comunitário. " buscou seu máximo para soar o mais segura possível e não denunciar a mateo que sequer sabia se era capaz de fechar os olhos naquela noite. " logo estou em casa. estou pronta para outra. "
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a postura desengessou ao mirar angelina. se podia contar com alguém naquela noite, era ela. como em todas as outras. a irmã talvez fosse a única pessoa que a impedia de fazer loucuras naquele momento. não estava apenas tentando se proteger, afinal. exibiu um sorriso genuíno para a mais nova. ❝você parece um anjo, como sempre. esse vestido é um arraso! e também a culpa não é nossa...❞, deu uma vacilada antes de completar a frase. será que não era? ❝... e não é justo que a gente venha baranga só porque decidiram fazer esse evento sem noção. é verão. tá calor. devia ser proibido fazer festas fúnebres assim❞, disse, olhando ao redor. era até fantasmagórico estar ali, aquelas luzes baixas, mesa de jantar com castiçais. era como se fosse o início de um filme de terror. ouviu o que a irmã disse sobre liberarem a "passagem" para o espírito de linnet, e bufou. ajeitou a postura e se certificou de que falava baixo, a fim de que só lili ouvisse: ❝o anjo? ela sempre foi um encosto. e agora nem quando a gente se livrou dela de fato tem paz❞, disse, sem nenhum traço de culpa em sua voz, já vários decibéis abaixo. podia estar bebendo, mas não tinha perdido completamente a noção ainda. lançou um olhar rápido aos presentes na sala, espalhados por aí. ❝você acha que... que pode ressurgir alguma coisa? daquela noite?❞, perguntou, tentando não parecer apreensiva.
" nada, ué. " respondeu a mais nova com um sorriso enviesado, ela balançou a cabeça negativamente. ela gostaria de poder censurar sua irmã mais velha, dizer a ela que deviam algum respeito aos donos da casa, mas estaria sendo muito hipócrita. " não é como se eu pudesse falar muita coisa. " sinalizou para o grande decote que tomava seu busto que ainda por cima estava adornado com um broche com a letra "b". era como se dissesse a linnet que ela havia ganho, mas não iria levar. ao menos ela estava usando mangas compridas, o que havia sido seu argumento para os comentários de sua mãe a respeito do tamanho do comprimento do vestido. copiou o gesto da irmã e bebeu um gole do drink sem álcool que estava tomando naquela noite, ela suspirou olhando aos seus arredores. " nem me fale. acho que a tia georgina não está batendo muito bem... " a loira inclinou-se levemente em direção a irmã e sussurrou. a decoração estava linda, intimista e a cara de linnet. sentia como se a qualquer momento ela fosse entrar no lugar e lhe lançar um olhar atravessado. " eu não acredito muito nessas coisas, mas definitivamente precisamos soltar o anjo dela para que ela faça logo a passagem. esse tanto de foto deve estar prendendo o encosto dela aqui. "
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❝é pra isso que deus fez as irmãs mais velhas❞, disse, com um sorriso; não sabia direito se estava respondendo diretamente sobre o ato dos presentes e flores, ou se sobre cortar o clima de angelina, como ela mesma tinha observado. ainda assim, sabia que precisava piorar ainda mais, porque queria aproveitar aquele momento delas a sós para conversar sobre coisas que definitivamente não eram muito festivas e alegres. segurou o riso ao ouvi-la chamar vicente de ignóbil, da mesma forma que segurou a curiosidade de perguntar o que exatamente ele tinha ido fazer no hospital, o que tinha dito. tinha coisas mais importantes naquele momento do que questionar sobre o ex. não era tanta surpresa, sabia que o cervantes tinha carinho por angelina, como seria normal a qualquer um que entrasse em contato com ela. ❝eu não sei se ele é a pessoa totalmente correta pra perguntar sobre falta da linnet❞, foi tudo o que conseguiu dizer. angelina não sabia exatamente como o namoro deles dois tinha terminado, bem como a maior parte das pessoas, porque foi no seu próprio interesse não dizer nada. também não queria que esse fosse o momento de falar sobre isso, então se apressou para adicionar: ❝eu sou mais supersticiosa do que deveria, mas ainda assim me custa acreditar que é o encosto dela fazendo... tudo isso. fico pensando que deve ter alguma explicação lógica...❞, iniciou a conversa, esperando que isso abrisse o tópico de principal importância para ela naquele dia. ela precisava falar sobre isso, e só iria se sentir confortável fazendo isso com a irmã. é claro que confiava em outras pessoas, como mateo e cecilia, mas angelina era sua irmã. e só elas sabiam de uma informação específica... como se tivesse lido sua mente, lili mencionou exatamente o que estava pensando, sobre héctor. assentiu. ❝sabe, no último ano foi como se eu tivesse esquecido isso de propósito. quer dizer, é difícil olhar para o héctor e falar que ele fez alguma coisa pra linnet, depois de conhecer ele ainda melhor. eu escolhi não lembrar disso, mas depois de ontem, isso fica voltando...❞, confessou. ❝acho que a gente não pode mais ignorar aquela noite. vamos precisar lembrar exatamente... tudo o que der. eu não consigo parar de pensar que tem momentos suspeitos naquela noite toda, pra todo mundo❞, expôs sua hipótese.
୨୧ ࣪ a informação que a surpresa não era provinda apenas de elena fez com que uma pequena e solitária lágrima escorresse em sua face. era tão bom se sentir querida após um susto daqueles. " estou me sentindo adorável. me passa a listinha de quem foi que eu vou agradecer cada um. " sentia suas bochechas doerem devido o sorriso largo que se recusava em deixar sua face. a fala sobre as nozes fez com que uma risada fraca e anasalada fosse dada pela loira, ela levantou o dedo médio para a irmã. " você é uma grande corta clima, leninha. eu aqui em um love love sem fim e você mete essa, sem condições. sua sorte é que eu amo nozes... " ela respondeu debochada como de costume, havia escolhido abordar sua quase morte com certa morbidez. colocou o buquê que carregava em cima da cama e foi logo mexer nos outros bibelôs que tomavam seu quarto. " é meio bizarro como ela é tão presente. ontem quando o ignóbil foi me visitar eu queria perguntar sobre ela, sobre como ele se sentia na falta dela. falei sobre ela com mateo, com rico, com você. eu estive brincando com isso, mas pode chamar o saavedra que a linnet virou um encosto. " não costumava a acreditar em crendices como aquela, mas linnet definitivamente deveria estar presa a aquele plano astral e havia se tornado um espírito ainda mais sem luz. por mais que lili desejasse fugir do assunto e tivesse considerado não mencioná-lo, sabia que elena tinha razão. precisavam de um plano. " é, precisamos. agora estou com menos adrenalina na minha corrente sanguínea e consigo pensar melhor. acho que nós precisamos falar sobre o que aconteceu naquela noite, coisas que estamos evitando. " sentou-se ao lado da mais velha e a encarou, ponderou se deveria falar da teoria que surgiu enquanto falava com cass. sua crise alérgica podia de fato ter se tratado de uma tentativa de homícidio por algum inimigo dos de bellefort. optou por deixar a irmã permanecer no escuro quanto ao assunto, era apenas uma teoria sem grandes embasamentos e tudo que menos precisava era de desunião familiar. " por quanto tempo nós vamos fingir que não vimos o héctor completamente surtado e falando sobre matar alguém? " lili não acreditava que montoya havia feito algo do tipo, mas jamais colocaria a mão no fogo pelo amigo. " só quero dizer que aconteceram coisas esquisitas naquele dia. eu posso quase ter morrido devido a falta de atenção, mas não podemos excluir completamente a possibilidade de alguma merda ter acontecido e os borbón saberem. por outro lado, a cass me falou algo certo: seria muita burrice me matar debaixo do teto deles... eu não sei exatamente o que pensar. "
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FLASHBACK.
elena escutou a confissão da irmã muda. estava sem palavras. era provavelmente a última coisa que esperava ouvir de angelina naquele momento. não cabia se alterar com lili, mas não conseguia acreditar que era a primeira vez que ouvia aquilo em um ano. só a fazia ter mais certeza de que algo estranho estava acontecendo. ❝lili, eu...❞, interrompeu-se, porque não sabia direito o que podia, o que queria falar. ❝que tipo de comprimido? e quem mais sabe disso?❞, perguntou, querendo saber qual era o estrago. tentava reconstruir a noite na sua cabeça, agora mais do que nunca. ❝escuta, não acho que eles fariam isso, tá bom?❞, se manifestou, honestamente. não era o estilo dos de borbón. ❝se eles soubessem disso, já na época eles teriam feito alguma coisa. eles ficaram arrasados com a morte dela, jamais iriam guardar essa informação se de fato achassem que você é culpada de alguma coisa!❞, raciocinou, querendo acalmar a irmã, mas também a si. afinal, não estava errada, tinha certeza de que georgina e enrique não podiam ter feito isso. se eles suspeitassem de alguém e que podia haver outra explicação que não o suicídio, iam agarrar aquilo com as duas mãos e fazer ser conhecido, "limpando" a imagem que ficou da filha. afinal, seria melhor para a consciência deles. ❝e você não tem como saber se foi culpa sua, lili. ela ingeriu muitas drogas aquela noite, igual todo mundo. um comprimido não ia fazer ela ficar suicida. eu sei que a gente às vezes não quer reconhecer que não identificou os sinais, mas a verdade é essa. ela se matou, ela se foi, não é culpa nossa, ok? pense o que quiser, mas um comprimido não mata ninguém❞, justificou. ela não acreditava na versão do suicídio nem por um milissegundo, mas a polícia tinha aceitado e os de borbón também, então por que elas deveriam ficar se torturando por aquilo?
୨୧ ࣪ angelina não tinha uma resposta certa para aquela pergunta. ela iria acusar georgina e enrique de borbón de tentativa de assassinato? ela de fato achava que eles eram capazes disso? quando elena citou o novo ajudante de cozinha, angelina se questionou se um estranho teria razões para matá-la. fora algumas garotas que ela havia sabotado na companhia de ballet, ela não acreditava ter inimigos tão vis. ela mirou a irmã em busca de conforto, queria acreditar nas palavras alheias e ignorar aquele pânico que tomava conta de si. " você não está entendendo, elena. " a loira balançou a cabeça negativamente e engoliu seco, pois sabia que chorar não ajudaria a irmã entender a extensão daquele problema. " esse ajudante novo... essa história faz sentido, mas eu também não posso ignorar os fatos. " encarou a irmã por alguns poucos segundos encorajando-se para admitir o que havia feito há um ano. " eu dopei a linnet, lena. eu coloquei comprimidos na bebida dela e depois ela morreu cheia de drogas no sistema. " os olhos azuis de angelina marejaram e sua voz saíra esganiçada. " e se eles sabem disso e querem se vingar de mim? ela se matou, mas talvez eles ainda não tenham aceitado isso..."
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ver a expressão da irmã foi o que aliviou toda aquela ansiedade que vinha sentindo. sabia que ela estava fora de perigo desde ontem, mas até vê-la em casa, aquilo não tinha se materializado na sua consciência. só queria fazê-la se sentir um pouco melhor, e ficou feliz que a reação foi a que esperava. ❝eu e seus admiradores!❞, disse piscando para a irmã e apontando para alguns chocolates. ❝sem nozes! espero que não tenha sido demais para fazer essa piada❞, adicionou, brincando. ainda assim, sua consciência foi afrouxada quando a própria irmã brincou com o fato de comer nozes, tendo lhe respondido com um riso sincero. o que mais apreciava na família e na forma como as de bellefort foram criadas, era que podia acontecer uma tragédia, mas no fim das contas elas iam encarar aquilo da melhor forma que conseguiam. tudo ficava bem no final, e era isso que repetia a si mesma para não enlouquecer desde ontem. ❝eu também nunca me senti tão feliz de te ver no seu quarto. porra, que susto! e tudo por causa dela. deve tá rindo disso lá no trono que roubou do capeta no inferno❞, bufou, não perdendo a oportunidade de xingar linnet. lena aproximou-se da cama da irmã e sentou-se na ponta, se preparando para falar o que havia planejado: ❝eu não quis mais te incomodar ontem com isso e definitivamente não queria fazer isso agora que acabou de voltar, mas acho que precisamos falar sobre.... sobre ontem. pensar em um plano se um plano for necessário, principalmente❞.
୨୧ ࣪ angelina teve a sensação que uma tonelada havia sido retirada de suas costas quando recebeu a alta do hospital. ela estava bem e tudo havia sido um grande susto, palavras de seu médico. a indicação agora era que ela tivesse uma caneta de epinefrina presente constantemente em todos os lugares que costumava estar com frequência e espalhasse algumas por sua casa. quando adentrou em seu quarto, sua boca se abriu devido à surpresa que teve com todos aqueles presentes. a loira levou ambas as mãos a própria face e logo seus olhos marejaram, nada anormal para alguém tão chorona. " meu deus, que lindo! " logo estava com os braços ao redor da irmã a apertando em um abraço. " foi você que fez isso tudo? meu deus, lena. não precisava, de verdade. " sorridente, angelina soltou a irmã e se dirigiu até um dos buquês. com as flores em mão, inalou a fragrância das flores antes de voltar a atenção para a mais velha. " estou me sentindo uma verdadeira princesa, nunca recebi flores assim. acho que vou comer um pouco de nozes sempre que eu estiver carente. " sua piada mórbida certamente renderia um grande discurso censurador de seus pais, estava grata que eles já estavam em outro canto da casa providenciando algo para que a caçula comesse. " nunca fiquei tão feliz em estar nesse quarto, nem parece que há umas 12 horas eu estava tramando com o héctor de fugir para ibiza. " ainda estava disposta a ir a ibiza, entretanto era bom estar na segurança de seu lar.
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depois do acontecido no jantar, elena se sentia em uma realidade paralela. existia mais um antes e depois, e novamente envolvia aquela mansão. aquela amaldiçoada mansão. não podia deixar de culpar linnet por tudo isso. mesmo morta, ela não parava de ser uma pedra no sapato. garota infernal. e agora estava ali no hospital para ver sua irmã, sua lili. pensou em mil cenários de como aquilo poderia ser enquadrado em um acidente, mas nunca isso tinha acontecido antes. todos sabiam da alergia de angelina, nenhuma ocorrência tinha acontecido nos últimos 19 anos. era difícil pensar que os mesmos cozinheiros de confiança dos de borbón foram descuidados. além do mais, ficou sabendo pelos cochichos dos pais que havia sido encontrado extrato de nozes, não nozes propriamente ditas. quem é que usava extrato de nozes em um jantar sem querer? sem a polícia envolvida seria difícil saber exatamente o que tinha acontecido, mas como chamar a polícia se não podia provar nada? no seu íntimo, porém, elena ainda achava tudo esquisito, parte de uma conspiração. aquelas câmeras na mansão...
ficou no hospital o tempo inteiro e quando pôde ver angelina, se assustou com o estado psicológico da irmã. ela tinha toda razão de estar daquela maneira e foi necessária toda a força do mundo para lena não começar a chorar junto. só que ela precisava ser a irmã mais velha de vez em quando. ❝ei, lili. não, não, me escuta. quem é que ia querer te matar?❞, perguntou, colocando as mãos nos ombros da irmã, tentando acalmá-la. ❝aquela bruaca não tá mais aqui para encher o nosso saco, não tem como ela estar envolvida nisso. os de borbón te amam, jamais fariam isso... além do mais, você viu o estado deles quando tudo aconteceu. eles disseram que foi o ajudante de cozinha novo❞, inventou. tinha suas suspeitas, mas ia esperar que a irmã não estivesse fragilizada para levantar algumas hipóteses. além do mais, tudo aquilo servia para que ela racionalizasse as coisas também. será que não estava sendo maluca? paranóica? precisava falar com saavedra. ❝já passou, ok? ninguém vai te machucar❞, assegurou.
quem: angelina && @debellefortona
onde: hospital general de mallorca
quando: cerca de uma hora após a internação de lili
୨୧ ࣪ o som do monitor multiparâmetro preenchia o quarto do hospital, os batimentos cardíacos est��veis da jovem significavam algo bom, logo ela estaria completamente fora de perigo e poderia ir para casa. angelina não acreditava que sua alta significaria que estava sã e salva, a loira sentia que a partir daquele dia precisava sempre estar atenta aos seus arredores. talvez fosse efeito da adrenalina em suas veias, mas a jovem estava para lá de paranoica. ela tinha a mais absoluta certeza que alguém sabia o que ela havia feito com linnet e queria se vingar. qualquer médico que adentrava no quarto tinha de lidar com uma série de perguntas feitas pela jovem, que parecia não se importar em poupar suas energias. depois de algum custo, sua mãe conseguiu que a jovem se calasse por alguns minutos, após prometê-la trazer um de seus livros favoritos para que ela passasse a noite. quando seus pais saíram, angelina sentiu certo alívio. toda a atenção dos mais velhos estava sendo um tanto quanto sufocante quando eles sequer cogitavam a possibilidade de uma tentativa de homicídio. " lena. " chamou pela irmã mais velha, agora que finalmente estavam a sós. " e-eu tenho certeza que nada disso foi um acidente. " com os olhos arregalados lacrimejantes e voz comprimida, era nítido a quem visse o pânico da mais nova. " isso não foi um engano. alguém quer me matar, eu sinto isso! querem me matar! "
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