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perfectly-sweetie · 1 month ago
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TANTA COISA MUDOU (ESPECIAL DE NATAL)
Hoje é dia 23/12 véspera da véspera, passarei sozinha, minha família não vem e eu não irei vê-los, sinto saudade como nunca senti mas sei que é necessário bem, estou em sinop há quase 3 anos, sou independente mas ainda preciso do nome da minha mãe para algumas compras ou ajudas excessivamente grandes, cada escolha e cada caminho que tomo e tomei me transformaram no que sou… nem eu sei bem o que sou, um fragmento meio quebrado de escolhas boas e ruins? não sei, estaria mentindo pra mim mesma como minto para todo mundo dizendo que estou mil maravilhas.
em 6 meses faço 22 e ainda me preocupo muito com dinheiro. Jogo vôlei sempre que posso, quase tranquei a faculdade sabe, se tornou sufocante a ideia de fazer algo que eu odeie por tanto tempo, ia fazer zootecnia, mas uma junção de fatores me mantiveram na veterinária, meu estagio com Atiana, meus problemas no trabalho e a constante vontade de só me formar logo e parar de trabalhar igual condenada a noite. As vezes tenho recaídas na saúde, mas nada que me deixe tão doente novamente, meu coração anda bem até, sem crises só o psicológico meio abalado e é difícil controlar os pensamentos ruins, não bebo a sabe-se la quantos dias, não gosto do gosto de álcool, não suporto o cheiro de cachaçã, não me sinto bem no dia seguinte pois lembro dela, Ainda estou no mesmo emprego, não suporto a pressão e os julgamentos de lá, mas preciso do dinheiro, odeio o que eu faço mas preciso do dinheiro, sempre foi tudo sobre o dinheiro.
estou no 6° semestre, me identifico com melhoramento genético e iatf, animais de grande porte sabe, tenho facilidade para entender o ramo de inspeção mas n acho que farei… (cirúrgica e clinica jamais), Leio alguns livros, escuto podcasts sobre motivação, falto mais do que vou a academia mas pretendo mudar isso em breve se possível, assim que o ano começar novamente. estou trabalhando muito então não tenho tempo para muitas coisas além disso. Cortei o cabelo novamente, escuto muito a Camila, jogo mine como sempre e não gasto tanto dinheiro com bobageiras…
Eu gostaria com toda a minha alma de esquecer isso mas… meu relacionamento acabou, íamos completar 1 ano e 6 meses, eu deveria ter seguido a minha linha de não se apaixonar, mas tudo bem… Raiane foi uma parte importante da minha vida, mas infelizmente eu a vi se tornando alguém que eu nunca me apaixonaria na vida, ainda á amo, mas uma versão dela que não existe mais ( ou melhor, existiu, desapareceu, e agora ela está se tornando quem eu sempre quis q ela fosse, só que comigo e não sem mim) acho que foi necessário, para o meu crescimento e o dela, não vou dizer que nunca mais vou me apaixonar, isso é impossível, mas não vou procurar nada, se aparecer e for no mínimo corajosa eu até posso tentar. Perseu sumiu, eu adotei o Atlas… ele é insuportavelmente o que eu precisava, meu baby e tudo que eu amo e odeio em um serzinho.
meu grupo de amigas? patético! apenas gio e mari permanecem, o resto foi pateticamwnte influenciado pelo meu térmico, eu me arrependo todos os dias de ter me relacionado e sempre que lembro que não tenho mais o mesmo grupo saudável e divertido porque me tornei a vilã por ter terminado com a garotinha de ouro, me da raiva
me mudei, ainda no mesmo lugar mas no ultimo ap, não aguentava mais viver com alguém que me colocava pra baixo e não se importava em pelo menos me responder sabe, patético e impossível, odeio todos que posso mas não demonstro claro, sigo sendo um lar de memorias que me custaram tudo
não vou a festas a um século, nem restaurantes, eu mal saio de casa, gosto de comprar roupas claro, as meninas do rafa jaja fazem 1 ano, são a cara dele, sinto falta dele mas não vou me aproximar só porque terminei meu relacionamento, sinto falta da Luna, sinto falta da minha família, sinto falta de um ligar pra pertencer, estou tão largada e perdida
TUDO MUDOU MUITO
espero que no próximo ano eu tenha coisas diferentes para escrever
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nutrifitsupps · 3 months ago
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Como viralizar no TikTok em 2024: 7 segredos revelados
Você já se perguntou por que alguns vídeos explodem no TikTok enquanto outros mal saem do lugar? Pois é, eu também ficava intrigado com isso até descobrir alguns segredos que mudaram completamente minha forma de criar conteúdo na plataforma. Hoje vou compartilhar com você estratégias comprovadas que estão fazendo criadores de conteúdo alcançarem milhões de visualizações em 2024.
Por que o TikTok é diferente das outras redes sociais?
Antes de mergulhar nos segredos da viralização, preciso te contar uma coisa: o TikTok não é apenas mais uma rede social. Enquanto outras plataformas priorizam quem você segue, o algoritmo do TikTok é praticamente um caçador de talentos digital - ele está constantemente procurando conteúdo interessante para mostrar, independentemente de quantos seguidores você tem.
Primeiro segredo: O poder dos primeiros segundos
Sabe aquela história de primeira impressão? No TikTok, ela vale ouro! Os primeiros 3 segundos do seu vídeo são cruciais para determinar se ele vai viralizar ou não. É como se você estivesse em um elevador com alguém importante e tivesse apenas alguns segundos para conquistar a atenção dela.
Dicas para um início poderoso:
Comece com uma pergunta intrigante
Use um plot twist logo de cara
Mostre algo surpreendente nos primeiros frames
Faça uma promessa clara do valor que seu vídeo entregará
Os 7 segredos da viralização no TikTok
1. Momento perfeito de postagem
Descobri que postar no TikTok não é como jogar dados - existe uma ciência por trás disso. Os horários nobres mudaram em 2024, e vou te contar exatamente quais são:
Durante a semana: 12h às 14h e 19h às 21h
Fins de semana: 15h às 17h e 20h às 22h
2. A fórmula do storytelling perfeito
O ser humano ama uma boa história, e o TikTok é a plataforma perfeita para contá-las. A estrutura que tem funcionado melhor é:
Gancho inicial forte
Conflito ou problema
Desenvolvimento surpreendente
Resolução satisfatória
3. Tendências musicais que convertem
As músicas certas podem multiplicar suas chances de viralização. Em 2024, não é apenas sobre usar músicas virais, mas sim sobre:
Sincronização perfeita com o conteúdo
Transições no ritmo da música
Efeitos sonoros estratégicos
Mashups criativos de tendências
4. O segredo das hashtags
Esqueça tudo que você aprendeu sobre hashtags em outras redes sociais. No TikTok, a estratégia é diferente:
Use no máximo 5 hashtags relevantes
Misture hashtags grandes e de nicho
Crie uma hashtag própria para sua comunidade
Evite hashtags genéricas demais
5. Engajamento nos primeiros 30 minutos
Os primeiros 30 minutos após a postagem são cruciais. Nesse período, você precisa:
Responder todos os comentários
Criar conversas nos comentários
Compartilhar o vídeo em outras redes
Engajar com conteúdos similares
6. A técnica do loop perfeito
Vídeos que fazem as pessoas assistirem várias vezes têm mais chances de viralizar. Para criar esse efeito:
Termine o vídeo com um gancho para o início
Use transições suaves
Crie um elemento de "será que vi direito?"
Deixe uma pergunta no ar
7. Call to action estratégico
O último segredo, mas não menos importante: você precisa guiar seu público. As melhores calls to action em 2024 são:
"Siga para a parte 2"
"Compartilhe com quem precisa ver isso"
"Comente o que achou"
"Salve para não perder"
Erros que impedem a viralização
O que evitar a todo custo
Aprendi da maneira mais difícil que alguns erros podem matar seu potencial de viralização:
Vídeos muito longos sem propósito
Qualidade de áudio ruim
Legendas mal posicionadas
Falta de gancho inicial
Conclusão
Viralizar no TikTok em 2024 não é questão de sorte - é uma combinação de estratégia, timing e execução. Com os segredos que compartilhei aqui, você tem todas as ferramentas necessárias para começar sua jornada rumo ao sucesso na plataforma.
Lembre-se: a consistência é tão importante quanto a qualidade. Não desista se seus primeiros vídeos não viralizarem - use cada postagem como um experimento para refinar sua estratégia. O algoritmo do TikTok ama criadores que mantêm a regularidade e aprendem com os dados.
Agora é com você! Aplique esses segredos, adapte-os ao seu estilo e comece sua jornada para a viralização. E não se esqueça: todo criador de sucesso começou exatamente onde você está agora!
Veja mais você pode gostar: https://nutrifitsupps.com/
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say-narry · 4 years ago
Note
oi, amor, quero fazer um pedido, s/n começou a trabalhar na equipe do harry, e eles acabam transando, algo casual, só que aí num momento de descontração, harry, s/n e a galera da banda (banda do harry e não os meninos da 1d), estão jogando eu nunca, e aí surge ‘eu nunca transei com alguém daqui’ o harry fala que já, só que a s/n fala que nunca, e aí todos entende tudo, o harry só poderia ter transado com ela, harry fica puto e sai, ela vai atrás dele, ele fica extremamente ofendido, e até questiona se ela sente vergonha de que as pessoas saibam que eles transou, s/n tenta se explicar, mas o harry fica mais irritado com as explicações, eles brigam, depois mais tarde, liga pra ela bêbado tentando pedir desculpas, e no final eles fazem um sexo de reconciliação. obrigadinha 💓
Eu demorei 3 dias para escrever esse pedido porque ele mereceu demais minha atenção! Sério! Muito, muito obrigada pelo seu pedido e desculpe me a demora!
Tumblr media
I have never...
Adivinhem quem é a nova stylish da banda do famoso Harry Styles? Eu mesma! Depois de cursar e me especializar em moda, meu dia de glória havia chego!
A pandemia havia passado, Harry Styles estava de volta na tour e Harry Lambert havia sofrido um acidente doméstico, onde fraturou o tornozelo. Eu havia sido estagiaria em sua agência e uma coisa levou a outra.
Todos eram muito amáveis, simpáticos apesar de serem tímidos... Ah, ingleses... Pela minha entrada na equipe, resolvemos comemorar na casa de Harry a minha admissão e a volta da turnê.
Coloquei um outfit preto com renda, era meu tipo de roupa favorita pois cumpunha algo sensual e confortável, perfeito para uma noite mais casual.
“Mas e aí? Gostou do pessoal?” Sarah Jones perguntou próximo ao meu ouvido, ela já estava em seu 3º copo de bebida em menos de meia hora.
“Todos são muito legais e receptivos” Lancei um sorriso após repetir a ação perto de sua orelha.
Sarah deu um joinha com o dedão e voltou o canudo da bebida transparente para boca. Mitch já estava alto, ele e Harry dançavam numa pista de dança improvisada.
Harry usava uma blusa branca estampada por dentro uma calça escura com a boca de sino com alguns spikes na lateral. Seu estilo exótico me daria trabalho, mas eu estava a disposta a vencer o desafio.
Continuei sentada na poltrona de seu enorme jardim, hora ia até o barzinho e flertava com o loiro musculoso que fazia bebidas.
“Estilista!” Harry gritou erguendo os braços, me encolhi nervosa. Não pelo momento, mas ele me deixava nervosa.
“Patrão!” Dei risada e me virei para ele, também erguendo os braços entrando na dele.
A mansão de Harry era o contrário de que eu havia imaginado, era algo mais minimalista com exceção da escadaria cor de rosa choque, era em tons preto, branco e cinza.
Havia uma musica agradável ao fundo, todos da produção estavam espalhados no jardim com algumas poltronas das cores que falei anteriormente.
“Queria falar algo sobre a roupa do show de amanhã.” Harry disse coçando a nuca em seguida, se eu confiasse no meus super poderes de desconfiança, ele estava mentindo e flertando comigo.
Sorri sem graça e concordei “Quando quiser” Sorri bebendo um pouco do suco que eu havia pego.
🎵🎵🎵🎵
“Eu acho que poderia apertar um pouco mais nos punhos, o que acha?” Harry comentou. Estávamos no enorme closet de Harry, ele num banquinho ficando ainda mais alto que eu enquanto eu analisava a roupa.
Era um terno listrado em preto e branco com alguns detalhes em dourado, que cabia muito bem para o corpo dele, Lambert e eu que tínhamos desenhado e acertamos em cheio.
“Precisa ver sobre o ajuste, pois você estica os braços para tocar violão e fazer suas dancinhas...” Comentei de forma despretensiosa, Harry me encarou com um sorrisinho de lado.
“Você tem toda razão, (S/N)...” Ele começou a desabotoar o terno, eu arqueei as sobrancelhas sentindo minhas bochechas esquentarem, me virei guardando a fita métrica que estava ao redor do meu pescoço. “Eu gostei muito da sua roupa, principalmente a renda, combinou pro seu tom de pele.” Ouvi Harry atrás de mim e o sons da roupa sendo jogada no sofá ali próximo.
“Obrigada, é meu tipo de roupa favorito.” Comentei fechando a caixinha, virei meu corpo e Harry estava na minha frente, apenas de boxer preta e suas tatuagens a mostra.
Ele era totalmente lindo, seus olhos brilhantes, seu corpo todo desenhado e seus dedos sendo enfeitados por anéis era algo que me excitava.
“Se tornou o meu também...” Harry jogou as palavras antes de se aproximar roubando um selinho.
Ter o emprego dos sonhos e beijar Harry Styles? Era um sonho?
Por nossa diferença de altura, ergui meu corpo nas pontas dos pés e passei meus braços ao redor do pescoço dele, senti suas mãos me puxando mais contra seu corpo que emanava um calor agradável.
Seus dedos percorreram por minha coluna, alcançando as alças do meu cropedd rendado, seus lábios ainda sugavam os meus com todo o carinho do mundo, eu puxava os dele delicadamente deixando algumas pequenas mordidas.
“Vem comigo, babe” Ele me puxou para atravessar uma porta, que dava diretamente para seu enorme quarto cinza
Sem demora, meu corpo estava deitado na enorme cama king size macia e seu corpo por cima do meu. Eu podia sentir seu membro coberto batendo contra minha coxa, Harry soltava alguns grunhidos que me faziam arrepiar.
“Eu te desejo desde o dia que Lambert te apresentou...” Harry distribuía beijos pelo meu pescoço, hora passando a ponta da língua por ele. Cruzei minhas pernas em sua cintura e senti ele pressionando seu membro entre minhas pernas. Estava quente e húmido.
Logo, Harry puxou, com um pouco de dificuldade, meu cropped branco para cima deixando meus seios amostra. A vergonha me corroía, mas as pupilas dele haviam se dilatado, estampando a expressão de um caçador.
Ainda me encarando, Harry passou a ponta da língua pelo meu mamilo para depois pegar meu seio esquerdo e chupa-lo.
Porra!
Meu corpo estava quase em combustão, eu podia sentir minha calcinha húmida conforme eu movimentava minhas pernas. Por hora, eu acariciava seus cachos, fechando os olhos por suas chupadas e mordia meus lábios.
“Eu não vou conseguir demorar muito mais, babe” Harry comentou deixando um selinho, logo seus dedos estavam no cinto da minha calça que fora jogado junto com ela no chão do quarto dele.
Era evidente a excitação de Harry, mas olhar para sua cueca me fez ansiá-lo como nunca antes. Ele se pós de pé em minha frente, ele correu até um armário atrás dele e veio com pacotes de camisinhas.
Sim, no plural.
E com isso, sua boxer estava voando pelo quarto, seu pau pulou com a ponta voltada para cima, estava brilhando devido ao líquido de excitação. Como eu gostaria de chupa-lo e sentir seu gosto, mas aparentemente seus planos era sanar todo esse desejo.
Tirei minha calcinha também de renda branca com um pouco de dificuldade já que eu não estava raciocinando muito bem, cogitando alguém dar falta de nós e ele ser meu chefe de alguma forma.
Segurei minha calcinha e logo Harry praticamente voou para cima de mim, sua ponta quente e inchada estava esfregando para cima e para baixo nas minhas dobras. Ambos soltamos gemidos guturais com a sensação.
"Oh Deus, (S/N), você está encharcada... Tudo por mim?", ele choramingou, as mãos cavando no colchão de cada lado da minha cabeça.
Antes que eu pudesse raciocinar uma resposta conveniente, Harry havia colocado uma camisinha e já estava parcialmente dentro da minha cavidade.
Foi algo surreal sentir seu pau me esticando por dentro, era uma sensação que eu nunca tinha sentido. Ele realmente era bom de cama, nada comparado aos peguetes da faculdade. Ele era carinhoso ao tentar avançar um pouco mais, sua garganta solta gemidos deliciosos, que eu poderia ouvir pra sempre.
Gemi quando ele chegou ao fundo, minhas pernas novamente em volta da cintura dele, implorando para que ele fosse ainda mais fundo.
“Tudo certo, babe? Você é fodidamente apertada e quente!” Ele sussurrou, dando um beijo em cada lado das minhas bochechas.
"Sim!" Quase engasguei, "Por favor, H. É tão bom!"
Harry soltou uma risadinha, senti seu membro saindo um pouco de mim antes de entrar novamente e de novo e de novo.
Meus gemidos ficaram um pouco mais auditiveis uma vez que se misturavam com os sons de nossas peles batendo uma contra outra. A cada golpe de Harry, seu membro conseguia atingir um local nunca descoberto que fazia minha cabeça girar e sorrisos involuntários serem formados em meus lábios.
Era tudo esplêndido demais para ser real. Me forcei a abrir os olhos e eu acabava de ter a visão dos céus, Harry estava com a boca entreaberta, seus lábios rosados pendiam abertos em um perfeito “O”, cachos desgrenhados emoldurando seu rosto. Seus olhos brilhantes perfuraram os seus com tanto amor e admiração que era quase irresistível.
Por um pequeno momento de coragem, eu coloquei as mãos em seu rosto e o puxei para um beijo, os lábios de Harry eram viciantes. Ele retribuiu com mais desejo que eu imagine, a língua preenchendo os meus lábios avidamente. Os quadris dele ainda batiam contra os meus, por vezes eu o apertava internamente e senti os braços de Harry vacilarem.
A cada estocada, que foram se tornando cada vez mais rápidas, os movimentos do meu corpo clamavam mais e mais por ele, me fazendo puxa-lo mais fundo dentro de mim. Seu membro continuava batendo naquele lugar especial, arrancando os meus únicos gemidos de real prazer. Eu não iria durar muito tempo e Harry sabia disso. Harry continuava a rasgar elogios sobre mim e meu corpo “Eu quero te ter a noite toda, querida...” Ele dizia para que só eu pudesse ouvir “Tão quente, tão perfeita, eu te quero tanto...”
Eu não sabia como responder, então só agarrava mais seu cabelo, puxando fazendo-o estocar com mais força contra mim, sendo feroz e implacável.
Tudo que minha mente e meu corpo pediam era para que essa noite nunca terminasse assim como as sensações causadas nela.
Rebolei como conseguia e parecia que Harry havia ido mais fundo, seus gemidos se tornaram mais longos, ele havia pego impulso ao puxar os lençóis da cama e afundar seus pés nela, eu estaria manca a amanhã, mas valeria a pena.
Uma tremedeira começou a tomar conta de mim, as borboletas no estomago faziam um longo passeio por ali, meus dedos dos pés haviam se curvado, a sensação libertadora estava chegando. Minhas mãos, que antes arranhavam as costas dele, foram novamente para seu coro cabeludo, os eu puxava a cada choque que passa por ali.
Pude sentir Harry também tremer, minhas paredes o apertaram involuntariamente ao redor do membro dele, o que fez Harry me encarar e deixar um chupão em meu pescoço. “Venha comigo, babe, eu sei que você está quase lá, se solte...”
E não precisou de mais nada, eu senti a sensação de euforia tomando meu corpo rapidamente, a montanha-russa descendo, o frio na barriga abrangendo. Torci meu corpo na cama, arqueando minha coluna e mordendo meu lábio. Eu tremi rapidamente e minhas pernas caíram abertas para os lados, Harry lançou mais três estocadas e deitou sobre meu corpo gemendo no meu ouvindo um “Oooh” longo e delicioso. Dava pra sentir seu pau engrossando dentro da camisinha e seus quadris trabalhando pelas ultimas vezes.
🎵🎵🎵🎵
Depois de um mês após nossa foda histórica, Harry e eu não havíamos mais trocado uma palavra se quer. Havia sido uma transa e ponto. Ninguém precisava saber de nada e nem prolongarmos isso.
Estava fazendo o croqui da roupa de Harry da próxima semana, a tour já estava pela america do norte. Me lembro que o outfit que Harry havia usado depois daquela noite, durante o show, rendeu notas em jornais e uma chamada para Gucci. Sim a Gucci havia me chamado, mas eu não podia abandonar a equipe agora, então eles me deram a responsabilidade de desenhar o próximo terno que ele usaria na promo de sapatos da marca, pois segundo eles, eu conhecia Harry dos pés a cabeça.
E realmente.
Era tarde da noite, eu estava no meu quarto de hotel, até que Mitch me chamou para uma reunião na área privada.
Estava o pessoal da banda, Jeff e Harry. Me sentei ao lado de Jeff e começamos a conversar, eu sentia Harry me olhar enquanto Mitch acariciava a cabeça dele que estava deitada em seu ombro.
Resolvi apenas ignorar pois podia ser impressão minha. Jeff e eu vimos que temos alguns amigos em comum no Instagram, o que desencadeou a conversa.
“Eu me recordo que Natalie saiu carregada quando jogamos ‘Eu nunca’, ela era quieta do grupo, mas havia feito coisas...” Jeff piscou guardando o notebook numa mesinha ao lado do sofá.
“Ta aí, eu acho que deveríamos jogar!” Sarah pronunciou e todos acentiram e eu senti minhas mãos suarem. Eu sempre me ferrava nesse jogo.
O assiste de Jeff trouxe uma garrafa de Wiskey, sentamos no tapete do local e Mitch pegou uma garrafa que havia usado.
Harry estava do lado contrário ao meu, setado estava eu, Jeff do meu lado direito, Peter seu assistente, Adam, Charlottie, Harry, Sarah e Mitch.
Peter havia distribuido copinhos e aberto a enorme garrafa de wiskey.
Eu tinha tomado apenas um que foi do “Eu nunca transei na faculdade”, até que Mitch fez a pergunta crucial.
“Eu nunca transei com ninguém da equipe!” Ele e Sarah brindaram arracando gargalhada de todos e Harry virou o líquido num gole só.
Não, eu não iria colocar tudo a perder, não agora e nem nunca. Cruzei minhas pernas e continuei segurando o copo com o líquido. Eu olhava para todos os lugares menos para Harry, que estava esperando que eu bebesse.
“Gire a garrafa, Adam!” Sugeri e o ponto de interrogação na expressão de todos se desmancharam formando um de exclamação.
Eles sabiam agora.
🎵🎵🎵🎵
O jogo da garrafa durou mais três rodadas, Harry disse que precisava descansar e desejou um boa noite a todos cumprimentando com um toque, exceto comigo.
Aquariano maldito.
Esperei um pouco e fui atrás dele logo que ele, corri para o elevador e subi até a suíte presidencial. Harry andava com as mãos no bolso de sua calça moletom preta e seu blusão também preto.
“Hazz...” Dei uma corridinha pelo longo corredor e ele se quer me olhou, passando o cartão em sua porta a abrindo.
“O que foi, (S/N)?” Um pouco ofegante, parei em sua porta e ele me encarava agora “Depois de um mês resolveu falar comigo à sós?”
Harry deixou a porta aberta, eu entrei no cômodo a fechando em seguida. Ele tinha se sentado na beirada da cama, com os dedos entrelaçados e as pernas abertas.
“Pensei que estivesse tudo certo!” Comecei num tom ameno, eu não sabia como ele iria reagir. “Sabe Harry, eu sou uma pessoa que trabalha pra você, aquilo foi errado!” Suspirei me aproximando “Foi errado pra mim e pra você!”
Suas sombrancelhas franziram e ele soltou um riso sarcástico “Eu sei o que é errado ou certo, (S/N), não é você que tem que me falar isso.” Ele balançou a cabeça coçando o queixo “Eu jurava que sair as escondidas depois de um sexo alucinante daquele era coisa de homem, mas você se superou!”
Meu coração batia rapidamente, Harry nunca fora grosseiro com ninguém na minha frente, eu havia sido a primeira e era algo de dar medo.
“Foi certo pra você aquilo? Eu mal entrei na equipe e já fui parar na sua cama! Entenda meu lado, Harry! Eu posso ter quebrado o contrato ou sei lá o quê!” Comecei a andar de um lado pro outro tentando me explicar.
“Foi certo sim, pois depois de tempos eu senti algo bom além dum orgasmo qualquer, eu coloquei todas minhas emoções e sentimentos ali pois pensei que você era diferente, era a mulher dos meus sonhos! Mas eu estava muito errado, definitivamente!” Harry se colocou de pé e se aproximou de mim “Acha mesmo que eu deixaria alguém te demitir por isso? Foi algo concensual! Eu te quis desde o momento em que te vi com o Lambert! Todos da minha equipe sabem cada trejeito meu, eles sabem que estava e ainda estou apaixonado por você!” Harry gritou com o seu sotaque inglês, ele queria me matar.
“Quer saber? Vai se fuder você e essa sua histórinha! Se quisesse algo, falsse comigo e não expunha para todo da equipe!” Rugi de raiva e sai batendo a porta do seu quarto.
🎵🎵🎵🎵
Eu não tinha conseguido pregar o olho e já passava das 4h da manhã. As palavras de Harry rondavam a minha cabeça, ele estava realmente sentindo algo por mim? Não havia sido uma coisa de uma noite? Mas ele deveria ter dito algo! Eu não sou adivinha!
Já deitada, resolvi colocar um podcast para dormir, mas assim que desconectei meu celular do carregador, o nome de Harry brilhou na tela numa chamada.
Revirei os olhos e rejeitei a chamada.
Conectei meus fones de ouvido e coloquei no podcast do Spotify, mas em menos de 30 segundo ele foi interrompido.
Respirei fundo e aceitei a ligação.
“O que foi Harry?” Perguntei retirando os fones de ouvido e colocando o celular próximo ao meu rosto.
“Babe, eu preciso de você.” Ouvi a voz melanciolica dele. “Você não estava errada, eu não poderia ter feito aquilo, mas juro, juro...” ele repetiu enfatizando, o que era normal já que provavelmente ele voltou a beber depois que eu sai de seu quarto “Que eu imaginei que você viraria aquele shot e eu te beijaria na frente de todos como eu sonhei nos últimos trinta dias...” Harry soluçou e eu me senti levemente culpada, ele imaginou que seria uma cena de filme...
“Harry...” Sai da cama e puxei meu roupão "Deveria ter sentado e conversado comigo, eu não sou como elas, eu sei conversar e receber um sim ou não.” amarrei o roupão na cintura, caminhei até a porta e a destranquei.
Na minha frente tinha um Harry com os olhos lacrimeijando, o rosto corado com um bico. “Me perdoe! Podemos conversar?”
“Depois.” O puxei para dentro do meu quarto.
Em poucos minutos, eu o prendi em mim pulando em seu colo, Harry se sentou na cama e apertou minha cintura contra a dele.
“Eu vou contar pra todos que você é minha!” Ele rosnou mordendo devagar meu pescoço e maxilar.
Minhas mãos e as dele trabalharam em conjunto, Harry se sentou no meio da cama logo após colocar uma camisinha, eu sentei já nua em seu colo sentindo seu pau entrando lentamente em mim, eu também o amava e o desejava, desejava que ele fosse rápido e forte como da última vez.
“Mais rápido, Hazz” gemi, meus olhos rolando para trás enquando minhas unhas deslizavam pelos braços, nuca e costas de Harry.
A cabeça dele estava escorada entre meus seios, enquanto ele mantinha o esforço de ir fundo, enterrando seu pau em mim em estocadas mais violentas.
Num impulso, Harry me deitou na cama, seu braço direiro sustando seu corpo enquanto o outro estava tirando seu membro de mim, esfregando a cabeça inchada em meu ponto escorregadio. Ele sabia muito bem me provocar.
“Oh, (S/N)... Eu sonhei todas a noites com essa bucetinha!” ele murmurou “Com meu pau se afogando nela, te tirando toda a sanidade, te deixando apenas prazer!”
A mão dele pousou na minha coxa e ele mudou o ângulo das estocadas, fazendo um gemido pornográfico sair dos meu lábios.
Ele havia conseguido de novo.
"Este é o local, baby?" Ele perguntou, a voz profunda enquanto se concentrava em acertar aquele ponto uma e outra vez, o prazer era avassalador e tudo que eu podia fazer era acenar com a cabeça, encorajando Harry a continuar.
“Amo ter você assim, amor.” Harry gemeu, olhando para meu rosto em completo prazer a cada estocada que ele lançava.
O pênis dele estava alcançando lugares dentro de mim eu nunca soube que existia e pontos que eu nunca soube que poderiam causar tanto prazer.
Como da última vez, meu corpo tremeu um pouco mais forte e mais deliciosamente, já que Harry dizia a palavra ‘minha’ a cada estocada, finalizando o nosso sexo de reconciliação.
Harry estava com o corpo sobre o meu, minhas pernas ainda enlaçadas em sua cintura, meu coração batia forte, a respiração desconpassada e um cansaço gigantesco caindo sobre mim.
“Babe?” Harry me chamou e eu apenas balancei a cabeça com os olhos fechados. “Vai precisar tomar dois copinhos de wiskey.”
Ele deixou um beijo em cada um dos meus seios, puxei seu rosto pra mim dando um selinho demorado, abri meus olhos e fixei nos dele “Eu tomo uma garrafa inteira se for preciso.”
Eu amava o sorriso de Harry, mas amava ainda mais o sorriso pós foda de Harry.
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pulmonias · 5 years ago
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meu processo criativo em 10 passos
0. processos criativos são intransponíveis. é importante absorver informações de fontes variadas, dicas, referências, mas acima de tudo, é fundamental se ouvir e se compreender. essa lista não é composta por regras, mas possibilidades que têm funcionado pra mim e talvez valham o teste pra vocês. e tudo bem se não funcionarem!! existem outros artifícios e você vai encontrá-los.
1. manter um diário. eu nem sempre tive um diário físico. mas desde que tenho 11 anos, obviamente com intervalos, escrever foi um hábito rotineiro pra mim. anotar em verso de caderno e livro, guardanapo, nota fiscal, folhas avulsas e muito, muito mesmo aqui no tumblr [exemplo]. há pouco tempo voltei a manter um diário físico e tô amando, tá sendo incrivelmente positivo em todos os aspectos possíveis. 
2. nem tudo é “postável” e tudo bem. muitas vezes, minhas notas são pelo simples gesto de perceber uma coisa. anotar oficializa que percebi. isso me mantém atenta ao meu redor e a mim mesma, como vivencio o mundo. mas tem coisas que são muito minhas pra dividir. ou coisas que são muito levianas. por exemplo a frase “hoje eu acordei cinza” é muito válida como anotação, mas eu particularmente acho que falta panorama, contexto e sentimento ali pra eu considerar uma obra, ou seja, algo que criei e quero compartilhar com outras pessoas. isso, de modo algum, significa que não vou anotar. me desapegar da necessidade de produzir foi fundamental pra aumentar minha produtividade. 
3. os meus textos são todos frutos de observações. algumas vezes tenho um clique inesperado, paro pra escrever e sai um texto redondinho, de uma só vez [exemplo]. outras vezes, anoto coisas soltas e volto nelas mais tarde pra completar um raciocínio [exemplo] ou pra unir ideias que, a priori, pareciam soltas [exemplo]. pra isso, tem sido fundamental respeitar minhas notas como o que elas são: notas. isso permite que eu brinque com elas de olhos abertos às possibilidades. textos grandes, poemas, textos curtos, listas, narrativas, descrições... até música, se eu quisesse. recomendo vocês pesquisarem sobre o ócio criativo, que aqui eu explicaria muito mal. mas parte do processo de idas e vindas na construção do meu texto é o nada. ver filmes, trabalhar, lavar a louça, olhar pro teto pensando no bolo de laranja da minha avó. muitas ideias boas surgem quando a gente tira uma folga de procurar por elas e deixa o cérebro trabalhando no plano de fundo. descanso também é nutritivo.
4. me leio muito. tanto pra me ver diferente, no passado, quanto pra revisar ideias que ainda podem ser atuais. percebo elementos que funcionaram e outros que, com o tempo, vejo que não foram tão bacanas. e tento crescer em cima disso pro futuro. de tempos em tempos estabeleço diálogos com textos passados [exemplo]. é um exercício talvez mais pessoal do que literário, de me confrontar com quem fui no passado e perceber como mudei [exemplo].
5. escrever a partir de imagens. duas pessoas olhando pra mesma cena, veem coisas muito diferentes. tento segurar nas minhas vivências principalmente em como elas me atingiram e a forma como me senti enquanto elas aconteciam [exemplo]. nomeio cores, objetos, lugares, horários [exemplo]. isso humaniza o sentimento, torna mais crível, mais palpável. tem um quê cinematográfico também, criar frames com as palavras, como se uma câmera desse ênfase [exemplo]. se o protagonista da cena não for o próprio autor, aí mais um desafio pra conta. como aquele personagem perceberia os estímulos do mundo? acertar nisso dá uma profundidade enorme e uma sutileza muito bonita pro texto.
6. por o perfeccionismo pra jogo. na real, o perfeccionismo é um inimigo da criatividade. às vezes me canso de um texto no meio, de tanto insistir na mesma frase ou na mesma ideia, e acabo postando mesmo achando ruim [exemplo]. tenho me esforçado pra incorporar o perfeccionismo na fase certa: me deixo escrever tudo o que vem na cabeça sem críticas, sem pretensão. só depois faço ma revisão minuciosa, letra a letra. tenho ganhado muito tempo e qualidade.
7.  “escrever é excluir palavras”. não sei onde ouvi isso, mas faz muitos anos e me marcou profundamente. se tem uma frase ou uma palavrinha sequer no texto que não acrescenta sentido, ela não deveria estar ali. outra forma de encarar isso é: como é possível dizer a mesma coisa, com menos palavras e de forma mais carregada de significado?[exemplo versão1] [exemplo versão2] eu me divirto muito me perguntando isso, mas confesso que muitas vezes tenho preguiça. vou frisar também que várias vezes escrevo frases enormes, com muitas palavras e muitas ideias e essa é uma escolha de estilo que faço, porque dá ritmo e urgência [exemplo]. então não é um excesso gratuito e é isso o que importa! não é uma regra, ou proibição, é uma possibilidade.
8. ritmo. escrever não é só sobre o dito. espaços, pontuação, parágrafos e o simples vazio também têm um papel importante na construção textual. meus dois macetes são: a) escrever num ritmo próximo ao meu fluxo de pensamentos, sem me podar, usando pontuação de modo bem livre, muita interrogação, repetição. gosto dessa estética, mas ela não é a única!! [exemplo] b) ler em voz alta pra perceber onde fico sem ar e preciso pôr pontuação, ou não, se quiser deixar mesmo o leitor sem ar, e também pra pegar palavras que se confundem ou soam mal e rimas indesejadas!! acho hediondo rimas não planejadas.
9. ler como hábito. deixei essa por último, porque acho polêmica. não vejo relação direta entre ler mais páginas e ser melhor escritor. por outro lado, acho difícil entender ritmo, estilo e construção sem ter lido alguns dos melhores. diria que ler variedade vale mais que quantidade. eu li fantasias absurdas na infância, li grandes romances de narrativa impecável e personagens complexos na adolescência, li muita poesia [pasmem] aqui no tumblr. acho que esse consumo contribui muito pro meu entendimento dos elementos que constituem um texto e como posso brincar com eles, mesmo de forna irracional. a gente sabe do que gosta num texto quando lê.
9.2 não adianta só ler. praticar é fundamental. eu escrevo por lazer há +10 anos. obviamente fiquei entediada muitas e muitas vezes. quando comecei a ler pessoa, tive heterônimos. várias vezes tentei poesia. me proibi de usar palavras que usava demais. meu último desafio é escrever no instagram @guiapraticopralugarnenhum pra um público amplamente composto de pessoas que me conhecem ao vivo. essa é a primeira vez e tem sido muito difícil escrever sobre meus leitores sem expô-los. meu próximo desafio é construir narrativas longas que não sejam sobre mim. tô no meio de um conto de 6 páginas e, confesso, a parte mais difícil é administrar o perfeccionismo. se eu lidar com palavra por palavra de cara, vou cansar antes de chegar no fim. mas dá muita vontade!
9.3 as minhas últimas leituras foram filmes. tenho lido e mantido minhas leituras diversas. mas tem muito a se aprender sobre ritmo, sobre construção, sobre outras formas de dizer a mesma coisa e sobre si mesmo com o cinema e a música. um exercício que uso é assistir uma cena e se perguntar como seria possível passar a mesma mensagem unicamente com palavras. também gosto de ler e ver as respectivas adaptações, pra notar os artifícios que foram usados em cada obra. gosto muito quando o filme faz melhor que o livro e reflito muito sobre isso. 
10. escrevo como respiro. acho essa hipérbole meio boba, mas pra saber se gosto mesmo de fazer uma coisa, costumo me perguntar se a faria caso não tivesse ninguém olhando. eu sou muito inconstante, mudei muito ao longo da vida, mantive poucas relações ao logo do tempo e, mesmo assim, nenhuma delas foi uma constante. mas escrever tem sido. não é que eu ache que seja fundamental ter escrito desde cedo, sem parar, pra sempre. mas acho que é necessário fazer por querer e gostar, mesmo que ninguém vá apreciar. esse desapego pelo feedback permite um crescimento que talvez precise passar por lugares menos públicos, menos gostáveis. sem esse aspecto cru da escrita, ela corre o risco de ficar engessada pelos padrões, então prezo muito por ele. o que não quer dizer que não quero agradar, viu? eu só não preciso.
no mais, eu sou meio avulsa pra responder por aqui, então vale tentar o instagram, mas vou me manter aberta pra dialogar e tirar dúvidas, caso elas surjam. 
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coragemparasonhar · 5 years ago
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Olá, poderia fazer um do Harry que a esposa dele entra em coma e fica por longos anos, nesse meio tempo ele conhece a SN e eles começam a namorar e ela fica grávida e a esposa acorda quando ela está perto de dar a luz, e o Harry não sabe o que fazer e perde o nascimento da criança e tal, faz bem dramático, o final fica a sua escolha
Aí está, babe! Espero que goste, de verdade. Eu gostei bastante de escrevê-lo, foi bem desafiador, haha. ♥️
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One more chance, com Harry Styles
– Como tudo aconteceu? - a pergunta foi feita assim que ele entrou no quarto e sentou-se em sua frente. Ela o encarava, mas não obteve resposta. – Eu preciso saber, por favor. 
O tom da sua voz demonstrava a tristeza e a necessidade que tudo aquilo fosse esclarecido e, notando que tal situação não poderia mais ser adiada, ele não teve outra saída. 
“Hey… Você… Moço…”, encostada no carro ela fazia sinal para o homem que estava prestes a passar pela porta de entrada do hospital central. Ele virou-se e ela suspirou aliviada. “Por favor, você poderia me ajudar a entrar? Eu machuquei o tornozelo, mas acho que todos aqui pensam que eu sou uma bêbada perdida.”
“Você está bem?”, ele aproximou-se dela, pôs um de seus braços por cima de seus ombros e abraçou-a pela cintura. “Consegue chegar na entrada assim?”
“Está doendo e nenhum enfermeiro ousou me ajudar. Vou processar esse hospital quando eu sair daqui, ir para casa, dormir um pouco e acordar amanhã.” Ele sorriu fraco com a sua maneira de falar enquanto caminhavam para dentro. Era nítido pelas suas roupas e o cheiro de perfume e álcool que ela acabara de sair de alguma festa. 
“O que houve aqui, Sr. Styles?”, disse um enfermeiro aproximando-se com uma cadeira de rodas. A moça sentou-se e foi levada para a sala de triagem. 
“Torci o tornozelo, cara. Está doendo.” Ela respondeu. “Ninguém me ajudou lá na frente. Vocês não trabalham de madrugada, não?”
“Ela está com você, Sr. Styles?” ele perguntou, mas antes que pudesse ter a sua resposta, a garota o interrompeu e entregou-lhe sua carteira do plano de saúde. “Me leve logo no ortopedista, por favor, ou terei que processar esse hospital?”
Rapidamente a mulher foi levada para outra sala pelo enfermeiro assustado com a sua atitude, mas dessa vez o rapaz não a acompanhou. “Obrigada, Styles, ou qualquer que seja seu nome.” Ele ouviu-a gritar pelo corredor e sorriu espontaneamente antes de prosseguir para o primeiro andar. 
"Sala 12, Clarice Styles", era o que estava escrito na placa pregada na porta de um dos quartos do hospital. "Harry Styles, 12 de janeiro" foi escrito por ele em uma ata antes de entrar e encontrar tudo como havia deixado antes de sair na noite anterior. Sua esposa continuava deitada a dormir tranquilamente por mais uma noite. Ele passou os dedos por seu cabelo loiro, arrumou qualquer imperfeição que o seu cobertor pudesse ter e a observou por um longo tempo antes de ser interrompido por batidas na porta. O café da manhã já estava disponível. 
“Apenas um chá, por favor”, disse ao rapaz da cantina antes de sentar-se em uma das mesas. Essa era a sua rotina semanal todas às segundas-feiras, talvez também nas quartas, às vezes sextas e aos domingos desde que o acidente de carro havia deixado a sua esposa em coma há anos atrás. Seis anos atrás. 
“Posso pagar seu chá em agradecimento?” Era a mulher que havia ajudado horas antes que, agora, usava uma bota imobilizadora no pé esquerdo. Ela sentou-se junto a ele. “(Seu nome), prazer.”
“Styles… Harry Styles”, a cumprimentou. “Se sente melhor?” ele observou seu pé. “Foi muito feio?”
“Ah, não, não. Só precisei pôr essa bota nada estilosa e tenho que repousar. Mas queriam me dar um calmante. Eu estava tão estressada assim?”, questionou. Harry a encarou e sorriu novamente. Seu jeito era engraçado. “Talvez um pouco bêbada, mas não estressada”, ela continuou. “Desculpe sentar aqui do nada, meu pé está doendo para ficar em pé e eu queria agradecê-lo e me desculpar pelo transtorno.”
“Não foi transtorno algum, não se preocupe. Não podia deixá-la lá fora sem mal conseguir andar.” Ele já bebia seu chá. 
“Você trabalha aqui? Porque não queria reclamar dos funcionários, mas o atendimento foi péssimo no início”, sussurrou a última frase. 
“Não, não. Eu acompanho minha esposa, ela está internada aqui há algum tempo. Por isso quase todos aqui me conhecem. Sou popular.” Dessa vez, (Seu nome) sorriu. 
“Popular, hein? É muito grave o que ela tem? Desculpa perguntar”, disse tímida. 
“Ela está em coma há alguns anos. Seis, na verdade…” Um silêncio breve se fez presente entre os dois e antes que Harry pudesse dizer algo, ela percebeu o incômodo que o assunto causaria. 
“Entendi agora porque quando fui te pagar um suco, o rapaz me disse que você gostava mais de chás pela manhã”, falou de uma maneira tão lógica e natural, que o fez estranhar e ao mesmo tempo sentir-se muito bem com a resposta. “Mas de qualquer forma, seu chá de hoje está pago.”
“Muito bom saber que irei economizar algumas libras hoje, então, muito obrigada. Agora, você poderia me explicar como machucou esse pé e se você ainda vai processar o hospital?” eles riram.
“Ainda bem que está sentado, Styles, porque a história é longa…”. E realmente foi. 
Harry não lembrava há quanto tempo não conversava tão espontaneamente e divertidamente com alguém – principalmente com uma mulher – sem sentir-se culpado, perdido ou totalmente deslocado. Durante duas horas daquela manhã tudo fluiu com uma naturalidade tão esquecida por ele que, quando a mulher levantou-se para ir embora, a primeira coisa que passou por sua cabeça foi oferecer-se para lhe deixar em casa. E assim o fez. 
– E vocês namoraram logo em seguida? - perguntou.
– Não - respondeu Harry. – Foram longos cinco meses até que eu conseguisse conquistá-la, a pedisse em namoro e ela aceitasse. 
– Cinco meses apenas para conseguir seguir em frente? 
Ele a encarou suspirando profundamente.
– Seis anos - continuou. – Foram seis anos para conseguir me envolver com alguém novamente, Clarice. (Seu nome) foi a única que me fez sentir algo forte o bastante para…
Clarice o interrompeu. 
– Para me deixar para trás? - questionou.
– Para conseguir amar de novo. 
"Grávida 2-3" era o que estava escrito na pequena tela de um teste de gravidez deixado por (Seu nome) em cima de sua cama de casal, no quarto. Era de seu conhecimento que Harry chegaria a qualquer momento mas, sem coragem e saber como lidar com a situação, optou por deixá-lo descobrir daquela maneira. Não a melhor de todas, mas a certa para Harry gravar em sua memória para nunca esquecer.
“Como irá caber tanto amor dentro de mim, babe?” ele passava a mão por sua barriga que já evidenciava o mês final da gestação de Aurora. O nascer do sol.
Ela sorriu. “Tudo já está pronto para a sua chegada, mamãe. Já pode vir.” Chutes podiam ser vistos e sentidos. “Falta pouco…”
Ele observava a cena e sorria de maneira sincera, como quem transparece uma felicidade que não sabia que era capaz de merecer e sentir novamente. E agora, em dobro. 
Clarice o havia feito muito feliz pelos três anos que antecederam os dois anos do seu casamento. Quando a conheceu a partir de sua irmã, Gemma, encantou-se imediatamente por tamanha beleza e simpatia. Em dois anos um compromisso já estava firmado; ficaram noivos; um ano após, oficializaram seus votos civis. Os dois anos de casamento que se seguiram trouxeram para Harry os melhores sentimentos que ele já pôde sentir até o momento, e os mais amargos também. Ela o tinha traído com o seu amigo, brigaram, ela saiu de casa e o acidente aconteceu. 
As chances de sua recuperação eram tão mínimas que chegava a ser compreensível que pessoas partissem já aceitando a pior das hipóteses, assim como ele tinha aceitado – apesar de tão jovem – que não seria mais feliz a dois. E tudo, absolutamente tudo, que aconteceu desde o dia que (Seu nome) surgiu em sua vida, conspirava para que fosse provado que ele teria outra chance para o amor. Até receber a notícia que, talvez, já tivesse perdido há esperança de ouvir.
“Clarice acordou, Sr. Styles”, era o que soava em seus ouvidos até a porta ser aberta e ele poder enxergar com os próprios olhos que era real. Ela estava ali, com os olhos abertos e Harry completamente desnorteado. 
"Estou no hospital, Harry. Cadê você? Me atenda, por favor!" Era uma das inúmeras mensagens de voz que havia dela na sua caixa postal e, enquanto ouvia, Harry corria pela maternidade a sua procura. Contudo, quando finalmente conseguiu autorização para vê-la, (Seu nome) já amamentava Aurora.
“Meu amor…” o seu tom de voz era triste, desesperado, arrependido. Não deveria ter desligado o celular, não deveria ter sumido sem dar notícias, não deveria ter perdido o nascimento de sua primeira filha e decepcionado a mulher que tanto amava. 
“Como você pôde fazer isso comigo, Harry?” ela sussurrava em meios as lágrimas, e por alguma razão não conseguia olhar para ele. 
“Me perdoe, por favor… Eu só… Clarice acordou e eu…” todas essas pausas eram soluços causados pelo choro. Ela não conseguia acreditar no que tinha acabado de ouvir. 
“Saia daqui, Harry! Saia daqui!” seu tom de voz ficou mais alto. “Esse era o único momento em que eu desejava e pensei que seria prioridade para você. Mas nem uma mensagem? Nada!” Harry ouvia tudo calado, com os olhos fechados e lágrimas escorrendo pelo seu rosto. “Eu… só saia daqui, Harry. Eu não quero ver você. Vá embora!”. 
Quando abriu os olhos, ele pôde vê-la acariciar o rosto de Aurora que ainda mamava e, pela primeira vez desde que havia entrado no quarto, ela o olhou. Tristeza, decepção e raiva conseguiram ser nítidos apenas com aquela ação. “Eu te amo, me perdoe” foi o que Harry conseguiu sussurrar antes de sair quase que com a certeza de que tudo havia acabado naquele momento.
– Você… - Clarice suspirou, tentando segurar as lágrimas. – Onde elas estão agora, Harry? 
Encarando a mulher em sua frente, sentada na cadeira de rodas, balançou a cabeça negativamente e com lágrimas nos olhos, ele mal conseguiu responder.
– Eu não sei… Há seis meses que não nos vemos, que não tenho notícias, que ela se afastou de mim, Clarice. Eu fui atrás, mas… 
– Harry… - chamou-o e ele se aproximou um pouco mais. – Eu sempre serei grata por tudo o que você fez por mim em todos esses anos, por mais que eu não tenha merecido nem metade disso - deu uma breve pausa. – Mas eu consegui voltar para viver e se o que te prende a mim é culpa e o que te faz não ir atrás dela é medo, eu tenho algo para você. Pega na escrivaninha, por favor. 
Enquanto Harry abria o envelope pardo e lia o documento que ali estava, Clarice continuou a falar.
– Eu consegui rubricar o documento do nosso divórcio. Agora só falta você fazer o mesmo para tudo se oficializar. Eu não ficarei sozinha, Styles, eu só não terei mais você aqui. Sempre amarei você como o grande amor e amigo que foi para mim. Vá conquistar a sua família, Harry. E obrigada por ter sido tão verdadeiro comigo. 
Quando a última frase foi pronunciada, todo o amor que ele sentia pela (Seu nome) tornou-se esperança para reparar os erros cometidos. E diante da atitude quase louvável de Clarice consigo mesma e com ele, Harry percebeu que a vida ainda conspirava para com o merecido amor que ele havia conquistado. Mais uma chance.
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wirdlyn · 4 years ago
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OWWWWWN, não acreditooo. Achei muito bonitinho que tu tava pensando na mesma coisa olhando meus desejados hahahahahah <3<3<3
E meu aniver é em fevereiro mesmo, dia 16. 🥰🥰
Que bom que tu conseguiu pensar num livrinho!! ❤️ E eu conheço esse (há pouquíssimas semanas) justamente dos booktubers! Vários que eu acompanho leram o primeiro e gostaram, espero que eles sejam bons e tu goste da duologia! Eu nunca li nada dessa autora (eu falho bastante em obras mais recentes, quase tudo que leio é de gente que já morreu - não por desgostar, é mais hábito mesmo 😅), MAS como vi bastante gente falando dela nos vídeos e tu gosta bastante também, vou ver qualquer horinha um livro dela em oferta ou mais baratinho pra comprar em ebook e conhecer! <3 Tô gostando mesmo dessa nova possibilidade mais acessível, às vezes tem uns por menos de dez reais kk.
O teu livro já está a caminho êêê \o/ hahahaha Eu tava esperando poder ver as atualizações na página da Amazon melhor pra te responder já com o código etc. É pra ele chegar nessa próxima terça-feira, dia 19, e é enviado pela Total Express,
código de rastreamento: UVT0000827104859
(Nos livros que pedi pra mim eu tentava colocar o código na página da transportadora específica e não recebia informações muito completas, não sei se não procurei direito, mas a página com meus pedidos na Amazon mesmo era a única que tinha informações mais completas. Espero que dê pra tu ver com esse código, mas de qualquer forma vou acompanhando sempre na minha página também e se houver algum probleminha eu te atualizo. Tomara que ele chegue no dia!)
E eu pensei que tu podia ficar meio assim de me falar um título pra eu “gastar dinheiro contigo” (boba!!! HAHAHHAH) porque eu também sou assim, por isso te perguntei cheia de dedos pensando que talvez tu não topasse kkkkk Eu brinco bastante que tenho a Síndrome do Devo Estar Incomodando. 😂😂
Mas não esquenta mesmo, eu amooo dar presentinhos pros meus (poucos, mas preciosos) amigos, e são ocasiões tão raras no ano, pessoas bem especiais, e eu gosto de pensar por meses nos mimos, então é um prazer pra mim. 🥰🥰❤️ Eu fiquei concentrada em não errar os dados na Amazon e só vi depois que tinha como fazer uma entrega especial pra presente (um amigo me disse que tem até como deixar mensagem haha). O livro vai chegar aí sem essas coisinhas bonitinhas mas fica aqui minha mensagem de carinho, tu se tornou uma pessoa muito especial pra mim e eu gosto de falar que tenho uma amiga com quem troco emails e cartõezinhos e presentinhos como se fôssemos duas idosinhas hahahah ❤️❤️
O canal que mais acompanho é de uma moça que fala bastante de clássicos (ela é formada em teoria literária e trabalha mesmo com literatura), o Literature-se. Dois em que vi a duologia da Laini Taylor foram (se não me engano) o canal do Lucas Barros e o canal Palavras Radioativas. Também gosto do Book Addict porque ela fala bastante de promoções (quase não compro, mas sei que se quiser vai ter lá hahahah). E é aquilo, né, internet, YouTube, então sempre aparecem mil canais do mesmo nicho nos recomendados e essa lista cresce. 😂
Estou escrevendo um textinho no blog já, finalmente, estava com saudade. Quero parar de procrastinar e acabar logo (acho que falta pouco)!! 🥰😂
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1dimaginesworld · 5 years ago
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Imagine Zayn Malik
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Pedido: “oioi, queria fazer um pedido com o zayn (não sei se fiz ele aqui) mas é um que ele sofre um acidente e a (S/N) cuida dele o tempo todo e é super atenciosa com ele. Daí depois de um tempo ele trai ela e depois debocha dela, tipo "ah, você descobriu agora?" e ela não grita com ele e nada disso, mas sai com a cabeça erguida. Depois ele se arrepende e vai atrás dela pedindo desculpas e pra voltar com ela, mas ela não aceita e pisa bastante nele. se puder, please 😔✊🏾”
@jacksbazz
Narrador on
Zayn: Sabe o que eu quero fazer agora? – Zayn falou e a namorada que estava deitada em seu peito olhou para o rosto dele.
S/n: Diga... – olhou para o garoto e abriu um sorriso, poucos minutos atrás os dois tinham acabado de fazer amor.
Zayn: Quero ir para uma festa, vamos – levantou da cama e tentou puxar sua namorada, uma tentativa falha pois a garota não se moveu nem um milímetro.
S/n: A nem Zayn, to cansada demais, eu so quero dormir um pouco – fez beiço.
Zayn: Então eu vou, tem problema? - a namorada sorriu e balançou a cabeça para um lado e para o outro - To indo, te amo.
S/n: Juízo Zayn, juízo, não quero que daqui uns 3 meses uma loira siliconada apareça aqui e diga “Estou gravida de você Zaynzinho” – imitou alguém com uma voz engraçada e Zayn riu.
Zayn: Bom saber que minha namorada confia em mim – ironizou e a menina riu.
Zayn foi para a balada, é logico que ele não irá trair a namorada, não hoje, ele só queria beber e ter um pouco de diversão com os amigos. Enquando Zayn curtia S/n ficava em casa e via séries, a menina nunca curtiu tanto lugares movimentados.
4:24 da manhã
Zayn estava na porta da balada quando sentiu seu celular vibrar.
Zayn: Alô
S/n: Zayn, ta tarde, volta pra casa..
Zayn: Oi meu amor, já to indo – falou enquanto entrava no carro e dava partida.
S/n: To te esperando, te am...
Zayn: Não desliga – falou com uma voz manhosa, ele já estava um pouco alterado.
S/n: To morrendo de sono e você ta meio bêbado, Zayn toma cuidado ao voltar pra casa pelo amor de Deus.
Zayn: Se ta comigo ta no caminho certo – a menina riu do outro lado da linha – É se...... – um barulho de batida pode ser escutado, e logo S/n se desesperou.
S/n: Zayn, Zayn, ZAYN, me responde diz que ta ai, ZAYN!
O garoto não respondeu, estava desacordado, tinha acabado de bater o carro com outro. Enquanto Zayn estava desacordado S/n se desesperava mais a cada segundo que passava, ela não sabia oque tinha acabado de acontecer.
Narrador off
Zayn on
1 semana depois
Abri os olhos e pisquei várias vezes para me acostumar com a claridade, olhei em volta e eu estava em um hospital, S/n estava do meu lado com os olhos inchados.
S/n: Você acordou, ELE ACORDOU! – gritou para alguém, e logo vi minha mãe entrando no quarto seguida de uma enfermeira.
Zayn: Hmm? – gemi, não conseguia falar, ainda estava meio tonto.
Trisha: Você bateu o carro meu bem – falou enquanto segurava minha mão.
S/n: Você está há uma semana aqui. Fiquei tão preocupada Zayn.
A enfermeira fez alguns exames em mim e depois de um dia ela me liberou, por sorte fiquei apenas com alguns cortes profundos, fiquei internado e desacordado mas não quebrei nada.
S/n: Com calma meu bem. – S/n me segurava enquanto eu entrava em casa.
Zayn: S/n eu só to com uns machucados, não estou desabilitado de andar.
S/n: Vou fazer comida e você toma um banho, pode ser? – ignorou tudo que acabei de falar.
Zayn: Relaxa – a puxei para um beijo que foi bem correspondido, já estava me animando quando ela me cortou.
S/n: Banho, e depois deita e espera a comida.
Tomei um banho e deitei, fiz oque ela pediu. Passou nem cinco minutos que eu tinha acabado de deitar e ela entrou no quarto com uma sopa.
S/n: Fiz uma sopa. – ela se sentou ao meu lado e começou a me dar a sopa.
Zayn: É engraçado sabe, você está.. ai – gemi de dor, um machucado começou a coçar, e eu não posso mexer neles, senão irá ferir mais.
S/n: Isso deve ta doendo muito.
3 semanas se passaram e meu machucado estava quase se cicatrizando por completo, os machucados foram fortes, S/n estava muito grudada a mim, muito preocupada, aquilo estava me enchendo o saco.
Zayn: Vou sair.
S/n: Onde vai? Toma cuidado Zayn.
Zayn: Ai S/n, me poupe, já volto.
Zayn off
Narrador on
Desde que Zayn se acidentou S/n não se desgrudou dele, ela fazia tudo por ele, se preocupava com ele, mas o garoto parecia não gostar, nos primeiros dias ele achava fofo, mas depois ele começou a se irritar com aquilo tudo e começou a sair mais.
Nessas saídas de Zayn ele conheceu Emily, ou melhor, Emy, como ele a chama, os dois saem sempre que Zayn pode. Zayn trai S/n sem dó alguma, é como se ela não existisse, já levou Emily para a casa que ele dividia com S/n varias vezes.
Emily: Isso Zayn, isso – falou ofegante, os dois tinham acabado de fazer sexo.
Zayn: Preciso ir. – o telefone de Zayn tocou, era S/n – minha prima está ligando, preciso ajudar ela a escolher o vestido de casamento.
Emily: Por falar em casamento, quando vamos assumir isso, deixar as coisas mais serias? – falou beijando o moreno.
Zayn: Logo mais, mas agora preciso ir baby, nos vemos breve. – deu um beijo caloroso nela, um tipo de beijo qual não é muito presente na relação dele com S/n.
Emily não sabe de S/n, assim como S/n não sabe de Emily, atualmente Zayn está cansado de S/n, e a única saída foi trai-la, ele não quer terminar o namoro, so quer ter uma diversão a mais. Ele sabe que se S/n descobrir ela vai terminar e logo ele estará livre dela, mas não é isso que ele quer, mesmo não tendo dó ao trair a garota.
Narrador off
S/n on
Fiquei em casa o dia todo, diferente de Zayn, segundo ele sua prima precisa de ajuda com o vestido de casamento, essa ajuda com a prima tem sido muito constante ultimamente. Tinha acabado de ver minha série e agora estou esperando Zayn.
S/n: Finalmete – falei assim que escutei a porta ser aberta, eu sabia que era ele.
Zayn: Não enche S/n. – frio
S/n: - suspirei – Posso passar a pomada em você? – ele assentiu, mas não emitiu nenhum som – Como foi lá? Sua prima já decidiu o vestido? – perguntei enquanto ele se sentava no sofá e tirava a blusa para eu passar a pomada.
Zayn: Ainda não S/n, ela é indecisa – sorriu amarelo.
S/n: Quando ela vai se casar, preciso decidir um vestido para mim – esplhei a pomada e deixei uns beijinhos em seu ombro.
Zayn: Não é agora. – suspirei.
S/n: Espera a pomada secar para vestir a blusa – dei um selinho nele, e logo ele levantou e foi para a cozinha.
Fiquei ali na sala pensando o motivo pelo qual Zayn estava frio comigo, não correspondia meus toques mais, me respondia seco e me cortava sempre que podia. Meus pensamentos foram interrompidos pos varias mensagens chegando no celular de Zayn, peguei o celular dele e tentei abrir, estava com senha, e o celular dele nunca teve senha, estranhei. Li pela barra de notificações mesmo.
“Sua prima já escolheu o vestido” – como assim? Quem era essa mulher? Continuei lendo.
“Volta logo meu amor, estou com sdds”
“Hj cedo foi incrível, você sabe oq faz”
“Meu corpo necessita do seu” – nisso abri uma foto, era uma mulher apenas de lingerie.
Meus olhos se encheram de lagrimas, era isso, esse era o motivo, a “prima” dele era tudo uma invenção, não vou chorar na frente dele, não vou me rebaixar, sequei as lagrimas que estavam caindo, respirei fundo e fui até a cozinha atrás dele.
S/n: Era melhor você ter terminado comigo – mostrei o celular.
Zayn: Bem lerda você viu, foi descobrir só agora?! – debochou – Você seria uma péssima detetive, estava bem na casa de meu amor. – eu poderia gritar, chorar, implorar para ele largar ela e ficar comigo, mas não, não vou fazer isso.
S/n: Quando começamos a namorar falei que não aceitaria traição, seja feliz Zayn – fui para o andar de cima juntar minhas coisas, iria ir para nunca mais voltar.
3 meses se passaram...
Não sofri por Zayn, não na frente dele, nos primeiros dias eu chorei muito, mas nos outros dias eu vi que não valia a pena, se Zayn me traiu é porque ele não me ama, eu não iria sofrer por alguém que não me ama, então segui em frente. Hoje em dia estou saindo com Louis, um homem lindo que conheci na empresa que trabalho, ele é educado, bonito e me da atenção.
Estava indo encontrar Louis quando vi um vestido lindo, precisava parar e ver, então entrei na loja, e rodei ela inteira. Quando estava saindo da loja esbarrei com um moço.
S/n: Meu Deus desculpa, eu sou tão desajeitada, você se machuc.... – olhei para o tal moço e vi que era Zayn, meu corpo gelou, não queria ver ele agora, não queria ver ele nunca.
S/n off
Narrador on
Quando S/n terminou com Zayn o garoto correu para os braços de Emily, mas logo a garota descobriu que ela era amante dele e acabou com tudo, logo depois disso Zayn passou a sentir falta de S/n, tentou ligar varias vezes para ela, mas parece que ela tinha trocado de número, foi no apartamento dela, mas o porteiro o barrou. A única saída do garoto era uma bar que tinha na cidade, todos os dias quando dava seis horas da noite ele descia a pé para o bar e lá se embreagava.
S/n já havia começado a reconstruir sua vida amorosa, estava no início, mas tudo indica que vai para frente, Louis é atencioso, carinhoso, e adora a aproximação da garota, tudo que Zayn mais odiou, mas agora ele sente falta.
Zayn: S/n, uau, saudade de você. – uma esperança surgiu no garoto.
S/n: Oi Zayn – disse seca, ela não ficou contente ao ver ele – você está acabado. – realmente o garoto estava, e isso era notável, qualquer um percebia.
Zayn: Isso – apontou para ele – é falta de uma pessoa – a menina sentiu a indireta e baixou o olhar.
S/n: Preciso ir, se cuida. - tentou ir mas Zayn a segurou.
Zayn: Vamos conversar, me da cinco minutos, por favor – por mais que a menina queria dizer não, ela disse sim, queria saber oque ele tinha a dizer.
S/n: Começe.
Zayn: Eu quero te pedir perdão, sei que fui um babaca e errei com você, S/n você é a mulher que eu mais amo nesse mundo, a única que eu fui capaz de amar de verdade. Eu fui ingrato com você, fui um completo babaca e depois que você se foi eu afundei, você era a minha âncora, sem você eu não sou nada, eu necessito de você. Se você soubesse o quão bem você me faz.... eu te amo.
S/n: Zayn, eu te - a menina deu uma pausa e Zayn abriu um leve sorriso pensando que a frase ia terminar com amo. - odeio. Me ama? – riu – Você está sendo meio ingrato com sua mãe não? Afinal ela te deu amor também ne? Assim como eu, mas o meu você jogou no lixo, eu estava la com você, eu estive com você todos os momentos, a cada segundo a cada minuto a cada hora. Te dei amor, me preocupei, fiquei lá. Desperdiçei minha cuidando de você e você lá transando com qualquer uma. Dai você surge, so agora para dizer que se arrependeu, que me ama?! – riu.
Zayn: Me perdoa, por favor – os olhos do garoto estavam cheios de lagrimas – eu preciso de você.
S/n: Pensasse nisso antes, eu te odeio. Você quebrou meu coração, podia ter terminado comigo ou pedido um tempo, sei lá, mas preferiu ser o fodão que trai, eu sofri nos primeiros dias Zayn, mas depois eu superei, te esqueci, agora pra mim você é o mesmo que nada, eu espero nunca mais te ver, nunca mais. E agora se você me da licença eu preciso ir encontrar meu futuro namorado. Acho que você devia fazer o mesmo, seguir em frente. – a menina se virou, mas logo voltou – A, uma dica: se arrume, nenhuma mulher gosta de homem dessarumado, passar bem Zayn Malik.
Zayn: Te amo, para sempre – saiu como um sussurro meio ao choro.
Agora Zayn sabia que tinha perdido a mulher que mais amou. O resto de esperança que tinha se foi. Agora S/n seria feliz com o seu novo amor.
Então me diz oque você achou por favor, é muito importante para mim, sei que estou meio enferrujada, mas os próximos imagines serão bem melhores, desculpa 🤍
Beijos Laura
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lovefortaegi · 5 years ago
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Análise profunda de Map of the Soul : Persona à luz da Psicologia de Carl Jung
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Eu realmente demorei uns meses para finalizar e cuidar de alguns detalhes dessa análise, mas o tempo foi completamente necessário, visto que conforme ele passa, eu aprecio e enxergo a arte da música em perspectivas novas, diferentes das anteriores. Eu trato tudo isso com muita seriedade e minhas análises envolvem relacionar isso com o concreto e real. lembrando que eu já havia analisado o álbum aqui numa thread, isso de forma bem superficial, mas apenas agora eu tive tempo pra ler livros de psico e escrever e sintetizar tudo que rascunhei desde abril. usei os livros: - A Busca do Símbolo - A Arte de Amar [Erich Fromm] - Os arquétipos e o Inconsciente Coletivo [Carl Jung] e conceitos que eu já havia aprendido durante a faculdade. e também o Mapa da Alma do Murray Sstein que li ano passado enquanto tinha aula de Psicologia Analítica e que visitei em alguns momentos para rever coisinhas.
Ao escutar MOTS: Persona e parar para analisa-lo, eu compreendi algumas coisas que possivelmente algumas pessoas não tenham notado. E através dessa compreensão fiz algumas críticas sobre o que é ter uma Persona sendo um idol, e também sobre a relação fã-ídolo.
Tudo que estou colocando aqui não é em busca de invalidar os demais lados positivos e construtivos da interação entre fã e ídolo, mas sim de dar um foco e destaque muito maior para um lado que acredito ser importante demais de falar - e que poucos falam. É como se eu estivesse pegando uma lupa ou dando zoom para analisar uma só parte de tudo isso e que, acredite você ou não, é o que mais tem predominado esses tempos. Eu não anulo as outras, mas também não posso deixar de analisar essa parte: a da toxicidade da cultura predominante do fã/stan e como isso tem sido de grande escala dentro das redes sociais.
breve "resuminho" das faixas 1. intro: persona = a máscara em si 2. boy with luv = garoto com amor depois de vestir a persona [resultado: amor do fã] 3. mikrokosmos = representa a filosofia de vida levada ao ouvinte através da música: a sua existência vale a pena. é exatamente o que o bts dá de muito bom aos fãs; e também, ao mesmo tempo, microcosmo como o ‘mundo’ de pied piper. Pied piper é o mundo onde os fãs do grupo se refugiam. É o mundo de encantamento dos fãs e admiradores, um mundo de fantasia, onde você busca - e encontra - a fuga da realidade. Porém: essa fuga também pode ser nociva, bem como é na história do flautista de hamelin. O microcosmo de encantamento, o ‘micro’ [grupo de fãs + ídolos] dentro do macro [mundo], que te faz fugir do que por vezes é opressivo, mas que também pode gerar àquele que se refugia uma prisão dentro desse micro - no seu pequeno universo, sem encarar a realidade de fato, se desligando do que a vida realmente é, gerando distorções de realidade. 4. make it right = "faça isso certo", mensagem da persona ao ego do idol. mensagem transmitida ao idol pela cultura da indústria da música na qual ele está inserido. 5. HOME = casa, lar, aconchego da persona. home = fãs. 6. jamais vu = é o sentimento de não conhecer mais o seu eu real; jamais vu na psicologia significa uma despersonalização, um sentimento de desconhecimento de algo que um dia foi conhecido (mas que a pessoa não se lembra mais como é), é o ‘desconhecimento de si mesmo’ depois de tanto ser moldado. É como ter se tornado uma massinha de modelar que não é mais nada porque a cada momento ela foi uma coisa - a função dela agora é a de se modelar, nunca ser/ter uma essência fixa. 7. dionysus = é a celebração à música do artista. vamos nos embebedar, apreciar a arte da música. e trazendo pra realidade: vamos celebrar a música e, em especial, os prêmios, todas as conquistas daqueles que seguimos, dos ‘deuses’ que estamos exaltando aqui. vamos ser irracionais, defende-los mesmo que cegamente, viver como se estivéssemos sempre na defensiva e prontos para exaltar os nossos deuses.
breve "resuminho" dos conceitos de psicologia:
A Persona é a máscara usada ao ir de encontro ao social. São os nossos papeis sociais; A Sombra é aquilo que pouco aparece, é o que escondemos e que ‘jogamos’ para o inconsciente pois não é aceito pelos outros e nem por nós mesmos; O ego é com quem mais temos contato: está na consciência. É o leve senso de identidade que temos de nós mesmos; O Self é o si-mesmo, é o seu ser verdadeiro, com todas características que as pessoas consideram defeitos e também as chamadas de qualidades, aquele que deve ser a nossa busca durante toda a vida. Não nos conhecemos, temos uma leve noção de quem somos.
A falta de autoconhecimento é algo cada dia mais frequente. E isso fica mais evidente ainda mais se pensarmos em como vivemos sempre querendo nos padronizar e inserir uns aos outros em caixinhas, em rótulos. É impossível abarcar a complexidade humana em rótulos. Logo, há uma limitação de como cada pessoa é, se vê e como será vista pelos outros. Nos afastamos de nós para nos aproximarmos dos padrões. E nos padrões não há individualidade. Já começando a desenvolver o pensamento crítico: se a persona é a máscara utilizada, se ela é a forma de uma pessoa esconder características de sua personalidade que não são tão bem aceitas,
Logo:
O self "escondido" ou não explorado pelo ser só poderia começar a ser encarado quando não está havendo o encontro com o social ou com aqueles que forçam ainda mais a existência da persona. E se a pessoa, na maior parte do tempo, se vale de uma máscara para “ser si mesma”: o ego que está na consciência [e que é aquele que ela tem mais contato, exatamente por estar na consciência] fica confuso, a sensação de angústia e de não conhecer quem você realmente é. isso só se intensifica quando esse ser é alguém que obrigatoriamente - sem escolha - vive a maior parte da sua vida sendo basicamente essa persona. ele praticamente perde o contato todo com quem é, e no caso dos artistas: exatamente por estar cada dia mais se tornando a estrela global que é e menos aquele eu comum que sempre foi. Não existe como negar que esse eu famoso e o eu ‘ordinário’ são completamente diferentes e se afastam cada dia mais, como uma pessoa que você não tem mais contato. Quando você perde contato com alguém, possivelmente vocês acabem sem conversar e as coisas esfriem, ou até mesmo quando se reverem, fique difícil de retornar ao que foi um dia. Isso, felizmente ou não, é recorrente nas relações humanas. Mas e quando isso acontece consigo mesmo? Quando você basicamente passa a ter uma linha de separação entre a sua real personalidade e a sua personalidade ‘criada’; quando essa segunda passa a ser a mais presente na tua vida; quando ela é exatamente contrária à personalidade com a qual você veio ao mundo. E aí? E quando o estranhamento é exatamente aquele de duas pessoas que passam a não se conhecer mais, porém essas ‘duas pessoas’ no fim são você. É exatamente aquelas cenas de Fake Love em que o Namjoon está perto do espelho e canta ‘Por que você está triste? Eu não sei, eu não sei’, ‘Olhe para mim, eu inclusive desisti de mim mesmo. Nem você consegue me entender’. É exatamente essa ideia de um afastamento intenso de si mesmo. É o jamais vu. À luz do dia apenas se valer de máscaras e de maneira não saudável ser fiel a elas, como se a máscara te representasse, ao invés de se autenticar no seu verdadeiro ser. Isso só aumenta angústias e insatisfações consigo mesmo. Vamos agora para a análise do álbum em si.
FAIXA POR FAIXA:
1. Intro : Persona
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“Quanto mais clara a persona, mais escura a sombra. Quanto mais a pessoa estiver identificada com seu glorioso e maravilhoso papel social, quanto menos este [papel] for representado e reconhecido simplesmente como um papel, mais escura e negativa será a individualidade genuína da pessoa, como consequência da negligência dessa forma.” - A busca do símbolo.
Uma intro nunca combinou tão bem com uma title. a introdução é literalmente dada à persona com a função dela dar o passo inicial diante de tudo que virá no restante do álbum. é o momento dela falar O QUE ela quer e POR QUE ela existe. e escutamos isso na voz do Namjoon.
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ANÁLISE DA LETRA:
"Quem sou eu?', a pergunta que eu tive durante a minha vida toda. A questão que provavelmente eu não vou encontrar uma resposta por toda a minha vida."
isso é verdade e inclusive Jung falou muito disso. conhecer o nosso self, quem somos nós, deve ser o nosso objetivo. mas segundo ele, não é possível nos conhecermos 100% pois sempre terá mais coisas a serem exploradas e também aspectos inconscientes. Mas nada disso impede ou anula uma busca por se autoconhecer. Quanto mais uma pessoa se esforça para alcançar seu self, mais ela sabe de si e mais ela se sente bem consigo mesma.
"Se eu pudesse responder [a pergunta] com meras palavras, Então Deus não teria criado todas essas belezas diferentes"
diversidade. isso aqui é bem interessante. aqui ele reconhece que existe uma diversidade de coisas dentro de si mesmx, e que sendo assim, cada um de nós somos singulares por termos muito dentro de nós e várias belezas diferentes.
"Como você se sente? Como você está se sentindo agora mesmo? Na verdade, eu estou realmente bem, mas um pouco desconfortável."
a dúvida. a persona que entra em cena para dizer "estou realmente bem", mas na realidade ainda há um desconforto, uma dúvida na relação consigo mesmo. a próxima linha vai esclarecer isso.
"Eu ainda não estou certo se eu sou um cachorro ou um porco ou outra coisa"
confirmação da dúvida. "quem sou eu?!", essa é realmente a maior questão deles. e do caso, do RM no comeback trailer.
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"Mas então outras pessoas vêm e colocam um colar de pérolas em mim."
apesar da dúvida em quem ele é, há a satisfação da persona com 'outras pessoas vindo e colocando um colar de pérolas' nele. a persona se sente bem em receber isso [colar de pérolas = uma ideia de ser idolatrado, exaltado, possuir um colar de pérolas..]. a próxima linha vai evidenciar ainda mais isso.
"Eu rio com mais frequência do que antes. Eu sonhei em me tornar um super-heroi Agora parece que eu realmente me tornei um." aqui, a persona que antes estava refletindo sobre "quem sou eu? o que sou eu? eu não sei", agora se vê mais 'confortável' ao receber um título importante [metáfora com o colar de pérolas = ser idol]. ele está mais feliz, ele se sente bem pois realmente parece que se tornou o super-herói que sempre quis ser.
"Mas enquanto isso acontece, há muita tagarelice"
tagarelice = falar de maneira tola, falar demais. aqui ele já se contrapõe ao que disse antes. ele adiciona que realmente faz bem ele receber o tal colar de pérolas que apaga um pouco o efeito dele não saber quem ele é, mas ainda assim têm coisas que o afeta. como a tal "tagarelice". vejamos mais disso na próxima linha da música.
"Um me diz 'corra' e outro diz 'pare' Esse diz 'olhe para a floresta' e aquele diz 'olhe para as flores silvestres'."
aqueles que colocaram o tal colar de pérolas, dando um título importante a ele, título esse que originou a tal persona 'RM', o deixam confuso com tamanha tagarelice [falar demais, e indo mais fundo: impor coisas, opinar onde não deveria] sobre o que ele deveria fazer. uns dizem para ele parar e outros para ele correr. e ele, o que faz?!
"Minha sombra, eu escrevi e a chamei de 'hesitação' A sombra nunca hesitou depois de se tornar isso." [se tornar isso = se tornar a sombra]
há uma imagem que aparece no exato momento em que ele fala 'a sombra nunca hesitou depois de se tornar sombra' 
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é uma outra versão dele que estava escondida dentro do armário vestida de preto, saindo do armário = sombra querendo dar as caras durante o vídeo. as partes negadas dele QUE TAMBÉM EXISTEM e TAMBÉM fazem parte dele, querem seguir aparecendo.
"Ela segue aparecendo por baixo do palco ou da luz Continua me encarando como uma onda de calor (oh, merda)"
ele conversando sobre e com a própria sombra. é como se a sombra estivesse realmente querendo aparecer e ele impedindo isso a todo custo.
"ela segue aparecendo por baixo do palco ou da luz, continua me encarando. oh, merda". no exato momento em que ele diz 'OH SHIT', o cenário branco, claro e com ele vestido de roupa mais social se volta para um cenário mais escuro e com o que eu chamo de breve presença da sombra
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"Ei, você já se esqueceu por que você começou isso? [é uma fala da persona] Você estava apenas descobrindo que alguém estava escutando [fala da persona] Algumas vezes tudo soa como loucuras sem sentido [fala da sombra]"
isso aqui novamente me parece como um diálogo entre a sombra e a persona, e a persona sempre buscando o protagonismo.
"Você sabe o que sai de você quando você está bêbado... imaturidade"
Alguém como eu não não é bom o suficiente para música Alguém como eu não não é bom o suficiente para a verdade Alguém como eu não não é bom o suficiente para uma ligação"
"Alguém como eu não não é bom o suficiente para ser 'uma musa' [n/t: musa = uma inspiração] As falhas minhas que eu conheço Talvez seja tudo o que eu realmente tenho"
essa é a fala da sombra que dá as carinhas e quer falar sobre as coisas que ele não aceita/aceitava em si. logo, ele manda tudo para a sombra e cria uma persona. e essa sim vai agradar e dar um sentido para ele de "estou sendo aceito".
"Na verdade o mundo não está absolutamente interessado na minha falta de jeito" aqui eu senti algo muuuito pessoal: como se ele, joon, estivesse falando que nem todos estão verdadeiramente interessados na 'falta de jeito', característica marcante da personalidade autêntica dele. e logo, se basear na persona é realmente melhor, mais viável. eu sinceramente vejo isso como algo real, acho que ele é alguém tão profundo e pouco mencionado e valorizado por isso. ele tem um lado filosófico e profundo incrível, e que pra mim merecia ser mais venerado e elogiado. acho que ele tem plena noção de uma certa diferenciação e preferência que sempre existiu aqui dentro, bem como uma certa quantidade de atenção que é dirigida a mais pra um lado
"Agora eu não estou mais com medo de me arrepender. Eu passo muito tempo com isso toda noite"
"A primeira questão As três sílabas do meu nome e a palavra 'mas' que deve vir antes de qualquer uma delas Então eu estou perguntando mais uma vez, sim Quem diabos sou eu?"
"Me diga todos os seus nomes, baby Você quer morrer?
Oh você quer ir? Você quer voar? Onde está a sua alma? onde está o seu sonho? Você acha que você está vivo?" novamente a presença da dúvida, o dilema.
"Sim, meu nome é R O 'eu' que eu vou lembrar e as pessoas vão conhecer O 'eu' que eu criei de mim mesmo para me expressar/exalar"
"Oh sim talvez eu tenho iludido a mim mesmo Talvez eu tenha mentido Mas eu não estou mais envergonhado, esse é o mapa da minha alma" Persona acreditando que está tudo bem em agir com a mentira e se iludindo, desde que no exterior [aos outros] esteja bem, está tudo ok.
"Querido mim mesmo, Você não deve nunca perder a sua temperatura Porque você não precisa ser nem quente nem frio Embora eu possa às vezes ser hipócrita ou queira ser maldoso Esse é o barômetro* da minha direção que eu quero seguir o eu** que eu quero que eu mesmo*** seja" (*barômetro: instrumento utilizado para medição **eu: EGO **SELF)
aqui a persona toma voz dizendo que ela quer que o EGO e o si mesmo, SELF, sejam aquilo que ela é: a máscara. ela quer influenciar o ego, quer que o ego vista a máscara, que ele SEJA a máscara.
"O 'eu' que as pessoas querem que eu seja" Esse verso apenas confirma que quem está falando durante a música toda é a persona. ela simplesmente está ali para se adequar ao que os outros querem.
"o 'eu' que vocês amam e o 'eu' que eu criei o 'eu' que está sorrindo o 'eu' que às vezes está em lágrimas, chorando"
Persona que adequa-se ao que os outros esperam.
"vividamente respirando cada segundo e todo momento até mesmo agora" Presença forte da persona, essa persona ocupa muito espaço no dia a dia deles
"persona quem diabos sou eu? eu só quero ir eu só quero voar eu só quero dar a vocês todas as vozes até eu morrer eu só quero dar a vocês todos os ombros quando vocês chorarem persona"
fim da letra apenas confirmando: a persona e a relação FORTÍSSIMA dela com expectativas alheias.
O tempo todo durante Intro : Persona o Namjoon refletiu sobre quem ele é, e em nenhum momento a Peraona deixou de se fazer presente, o que prova a forte presença e relação dela com a identidade deles.
2. Boy With Luv
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Garoto com amor depois de vestir a persona [resultado: amor do fã] E comecemos então com a análise de boy with luv, a 2ª faixa e também faixa-título do álbum.
Como eu havia dito numa breve análise que fiz em abril, não podemos nos esquecer em nenhum momento do que afinal essa era se trata; do que ela está usando como base por trás das músicas. Estou falando de Psicologia Analítica e de Persona, especificamente. Teremos mais 3 álbuns, visto que desde a Intro: Persona eles deixaram pistas de que falarão de Persona, Sombra [Shadow] e Ego. São 3 conceitos de Psicologia bem diferentes um do outro, mas que ao mesmo tempo possuem muita relação. Ego, segundo Jung, está na nossa consciência, e não corresponde exatamente ao que somos, mas sim ao que acreditamos ser, é o que vivemos no nosso dia a dia, pois está realmente na parte mais acessível de nós, digamos assim. Não envolve o esforço que há em conhecer a si mesmo verdadeiramente [conhecer o seu self por um processo de individuação], e na realidade é a leve consciência do que você é, é um senso de identidade que te norteia durante a sua vida.
“Portanto, em minha concepção, o ego é uma espécie de complexo, o mais próximo e valorizado que conhecemos. É sempre o centro de nossas atenções e de nossos desejos, sendo o cerne indispensável da consciência.” (CARL JUNG, 1999).
O seu ego não é a totalidade da sua personalidade. A sua totalidade é o self, aquele que você só conseguirá conhecer caso faça um exercício de muito esforço, e se dedique ao processo de individuação, nome que Jung dá para o “método” de busca [e encontro] de si mesmo. E a Persona está bem mais próxima da consciência pois é o que usamos no cotidiano, é a nossa máscara.
Jung define persona como: “A palavra persona é realmente uma expressão muito apropriada, porquanto designava originalmente a máscara usada pelo ator, significando o papel que ia desempenhar. Como seu nome revela, ela é uma simples máscara da psique coletiva, máscara que aparenta uma individualidade, procurando convencer aos outros e a si mesma que é uma individualidade, quando, na realidade, não passa de um papel, no qual fala a psique coletiva.”
“A persona é um complicado sistema de relação entre a consciência individual e a sociedade; é uma espécie de máscara destinada, por um lado, a produzir um determinado efeito sobre os outros e por outro lado a ocultar a verdadeira natureza do indivíduo. Só quem estiver totalmente identificado com a sua persona até o ponto de não conhecer-se a si mesmo, poderá considerar supérflua essa natureza mais profunda. No entanto, só negará a necessidade da persona quem desconhecer a verdadeira natureza de seus semelhantes. A sociedade espera e tem que esperar de todo indivíduo o melhor desempenho possível da tarefa a ele conferida; assim, um sacerdote não só deve executar, objetivamente, as funções do seu cargo, como também desempenhá-las, sem vacilar a qualquer hora e em todas as circunstâncias.”
Porém existem outras partes - inexploradas - dentro da nossa mente. Como por exemplo a inconsciência, a parte inconsciente de nós. E lá que a sombra, por sua vez, se encontra. Ela é o que negamos de nós ou que foi/é negado no nosso exterior, e que voluntariamente ou não, conscientemente ou não, “jogamos” pra lá. A sombra pode conter características positivas ou negativas de você, e eu posso afirmar que aquele que afirma com toda certeza do mundo que não possui sombras é exatamente quem precisa urgentemente começar a se autoconhecer, pois todos temos sombras. Mas é importante pontuar que tanto a persona como a sombra são complexos autônomos dentro da psique total de uma pessoa, é como se eles tivessem liberdade para rodear a sua mente, e eles realmente têm. E como complexos eles podem nos tomar [‘engolir’ o ego] a qualquer momento. Como fica uma pessoa tomada pelo complexo da persona ou da sombra? Ela fica afetada pela forma que o complexo funciona, a forma dela de ver a realidade e viver ela mesma muda.
Durante a análise toda eu relembrarei os conceitos dessa Psico, mas desde já tenham em mente: tudo que está aqui será analisado através dessa teoria psicológica e de experiências pessoais dos próprios músicos [membros do BTS]. (RE)ouçam as músicas e (re)leiam as letras não deixando de ter em mente o que significa PERSONA e lembrando que é ela o foco desse álbum todo.
Letra + interpretação de Boy With Luv:
> “eu estou curioso sobre tudo, como está sendo seu dia oh me diga o que te faz feliz oh me mande mensagem cada foto sua eu quero ter ela no meu travesseiro, oh bae venha ser meu/minha professor(a) me ensine tudo sobre você” <
essa parte, já no início da música, nos mostra algumas coisas. Essas coisas que eles mencionam que gostariam de ter com relação aos fãs é o CENTRO, é o coração do que alimenta a relação de fã-ídolo. Uma ideia de que ambos estão num ‘relacionamento profundo’. E aqui eu gostaria de diferenciar duas coisas que para mim há tempos é claro serem distintas: Uma coisa é você ter um relacionamento com uma pessoa e esse relacionamento implicar tudo que naturalmente implica - uma responsabilidade maior, todas as permissões e exclusividades saudáveis que você possui, as cobranças que também devem ser saudáveis e etc. Isso é um relacionamento. E num relacionamento ambos estão juntos, não necessariamente perto, mas juntos em conexão, e se conhecem bem. Já, por outro lado, para mim existe as interações humanas, que TAMBÉM podem ser profundas, serem baseadas em conexões, mas que num geral não demandam relações/relacionamentos, não tem aquela coisa mais intensa e de estar a dois, mas na realidade é uma conexão que você possui com alguém, mas sem um vínculo tão íntimo assim. A palavra certa é intimidade. E como aqui ela é forçada:
“Me mande mensagem, o que te faz feliz?” “me ensine tudo sobre você” “quero ter em meu travesseiro cada foto sua”.
Não, ele não quer. Ele não quer porque na realidade ele não está numa relação com nenhum destes fãs. Ele mesmo alimenta a falsa ideia de relacionamento existente, mas o que existe aqui é uma interação humana - um amor, um carinho, mas que não é aquele diferente de quando você está numa relação com alguém. Porém, nessa cultura esta ideia é muito bem vendida, comprada pelos ‘consumidores’ e então disseminada mundo afora. E não há pausas: ele é seu bae, óbvio que ele é. O seu ‘namorado’, a sua ‘propriedade’, a pessoa que você MAIS conhece no mundo. Não, na realidade não é assim.
Esses versos confirmam como a persona deles tem uma função específica: a de retribuir o amor recebido pelos fãs. esses versos iniciais confirmam a ideia de como o ídolo, segundo a letra, também quer ser recíproco com o interesse que os fãs possuem por eles, exatamente porque a persona sabe a função dela: ele é idol e precisa seguir sendo, logo ele vai alimentar a ideia de existir essa relação com c a d a um dos fãs. ter foto em travesseiro, mandar mensagem, dizer o que faz uma pessoa feliz: essas são as perguntas que num geral é o ídolo quem escuta [e eu noto muito disso em lives na hora de traduzir]. ‘Como foi o seu dia?’ ‘você comeu?’ ‘o que te faz feliz?’.
É exatamente por isso que essa era, a persona, e o próprio conceito de boy with luv caiu ainda mais na graça dos fãs, pois é como uma declaração de amor feita à eles. É o momento dos fãs serem paparicados, dos ídolos “mimarem” eles. E isso não é diferente do que vivenciamos no dia a dia. Eles estão sempre se declarando aos fãs. Mas, ter isso numa faixa título e no MV? Óbvio que tocaria o coração de todo army. Mas é esse o propósito: viver o papel da persona, trazê-lo para a música. É esse o papel tanto no dia a dia e ainda mais num conceito que fala exatamente disso.
Pois oras, eles são idols, e não tem nada mais frequente nessa cultura do que “pagar” o amor recebido. Só observar os discursos e praticamente tudo que os ídolos dizem - eu vou trabalhar para pagar esse amor, eu vou retribuir. Pagar, retribuir, pagar, retribuir. É como uma obrigação dentro do mundo do k-pop, onde inegavelmente o que mais importa é a voz dos fãs. Óbvio, estamos numa época e num sistema onde a relação fornecedor-consumidor passou a ir além das relações de consumo e passou a reger também relações humanas. A voz do consumidor-final é extremamente importante - para que as engrenagens dessa cultura e indústria sigam rodando. Digo ‘relações de consumo’ pois o que há de mais relevante dentro dessa cultura é o lucro. “Ah, e o que você esperava? Você também não precisa de dinheiro? Esperava que eles não quisessem lucrar?” Não. Eu não esperava diferente, já que estamos num sistema como este. Mas não é por ser algo intrínseco à nossa sociedade que não cabe críticas. A desigualdade social existe há muito tempo por aqui, por isso devemos cruzar os braços e repetir ‘é assim mesmo’? Para quem consome a música, aprecia a arte, quase não enxerga [num primeiro momento] como tudo isso é literalmente uma construção massificada de pessoas que no fim seguem um molde. Por mais que as pessoas vivam de forma burra brigando em redes sociais tentando afirmar quem é o pior e quem é o melhor, quem é o mais  ou menos autêntico: a essência da indústria é a mesma, todos lucram, todos saem ganhando e no fim eles nem ligam para quem tem mais ou menos isso e aquilo, são só os fãs infantis e sem ter o que focar - que acabam com sua saúde mental e com a alheia - que seguem nas redes sociais mesmo. Os grupos são formados da mesma forma. O que acontece é algo tão inteligente, isso que a indústria faz de cegar as pessoas com uma visão [também vendida, bem como tudo ali é vendido] muito bem aceita de que é tudo autêntico demais, livre demais, liberdade de expressão, de criação e demais coisas são ilimitadas, e que os problemas da indústria da música num geral foram deixados no passado. Bem, sinto-lhes dizer que estamos no século XXI onde surgem, timidamente, alguns movimentos para salvar o planeta mesmo com ele na situação que já está. Se você ainda crê que a maioria das empresas levam mais em consideração o ser humano e sua liberdade do que o lucro, é o mesmo que acreditar cegamente que as empresas andam cumprindo sua função social e honrando seu compromisso com o meio ambiente. Olhos são dados para enxergar a realidade.
Em todos esses anos de fã de k-pop, essa indústria nunca falhou em me mostrar como, por essência, os artistas possuem quase que uma “obrigação” de retribuir tudo, sem cometer nenhum deslize e sem deixar jamais de repetir a todo instante: amamos vocês! E é justamente isso que significa a persona de um idol, coisa que os 1ºs versos não falharam em mostrar: a necessidade é de retribuir o tal amor.
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>> seu 1, seu 2 escute meu meu bebê eu eu estou voando alto no céu (com as duas asas que vocês me deram de volta) agora está tão alto daqui de cima eu quero você ligadx em meus olhos yeah você está me tornando um cara com amor oh my my my oh my my my você me levou tão rápido para o topo eu quero estar com você para tudo oh my my my oh my my my você me levou tão rápido para o topo agora eu meio que entendi isso <<
“você me levou tão rápido para o topo, agora eu meio que entendi isso”
quando ele diz ‘agora meio que eu entendi isso’ e logo em seguida diz: ‘o amor não é nada mais forte do que um cara com amor’, o “eu meio que entendi isso” significa o fato dele ter notado a natureza daquele amor que ele recebe. o que eu quero dizer com isso? - já já leremos os próximos 2 versos e isso ficará claro, mas por enquanto -: ele basicamente afirma que há algo que ele compreendeu. e que isso tem a ver com terem levado ele para o topo. o que será que ele ‘agora entendeu’? Isso ficará mais claro na interpretação dos dois versos seguintes:
>>o amor não é nada mais forte do que um cara com amor (2x) “você me levou tão rápido para o topo,<<
“você me levou tão rápido para o topo, agora eu meio que entendi isso” “o amor não é nada mais forte do que um cara com amor” Ok, ok. Muitas observações para fazer em apenas alguns versos. Vamos lá.
Como eu estava dizendo, ele compreendeu algo. Ele compreendeu alguma coisa… e o que foi essa coisa? está nos versos: “o amor não é nada mais forte do que um cara com amor”. Aqui ele repete amor DUAS vezes. O amor não é nada mais forte do que um cara com amor. E aí você pára e se pergunta: o que ele quis dizer com isso?! Para não ficar confuso, tenha em mente que ‘amor’ foi citado 2x. Ele compreendeu que o amor que ele busca não é o mesmo amor que ele recebe, não tem a mesma natureza, motivação. Ele recebe outro tipo de amor. Ele é um “cara com amor”, mas isso não significa que ele tem o tal amor que ele mesmo mencionou no verso anterior. PORÉM, como ele “foi levado tão rápido para o topo”, é meio que uma “obrigação” ou algo que os outros esperam: que ele aceite ser um “cara com amor”. É isso que a Persona fará ele fazer.
Eu falo isso pois está bem na nossa cara o fato deles mencionarem amor DUAS vezes na mesma frase: ‘o amor não é nada mais forte do que um cara com amor.’
Não sei se vocês conseguem notar, mas ele tá fazendo uma comparação aqui. Ele usa um advérbio pra fazer essa comparação. ‘Do que’. Quando você pega dois objetos para serem comparados numa mesma frase, esses objetos obrigatoriamente precisam ser diferentes. Não haveria sentido em comparar duas coisas iguais, concorda?! (a minha caneta azul é mais bonita do que a minha caneta azul - oi??? qual o sentido?!)
Logo, isso me faz pensar: ele está falando de dois amores diferentes? Sim, está. É preciso notar a diferença entre “o amor” e “o cara com amor”. Por que eles, escrevendo uma música sobre o tal “amor recebido através da fama”, mencionaram amor duas vezes? E que amores são esses, qual a diferença deles afinal?!
A resposta está na letra sem tradução. Em inglês a palavra foi escrita de formas diferentes, com significados diferentes. “Luv” e “love”. Ambas se tratam de amor, do conceito de amor, mas a fim de entender o que eles estão falando aqui, é necessário enxergar a diferença entre as duas palavras que sim, possuem seus significados diferentes dentro da língua inglesa. Como se sabe dentro do inglês, a primeira palavra (luv) trata-se de um amor “fracionado” ou não-verdadeiro, sem tanta intimidade ou profundidade. Só o “love”, realmente escrito como “love”, é aquele que contém em si o significado profundo que existe por trás de um amor. Agora que você leu isso, retornamos à letra para rever:
“Love is nothing stronger Than a boy with luv”
“o amor não é nada mais forte do que um garoto com amor”
Luv: 'luv' é uma forma carinhosa de chamar alguém de amor [hey luv], e essa palavra se difere da que mais conhecemos: "love". Luv não é o mesmo que love quando estamos falando de amor. luv basicamente busca reduzir o forte efeito e o peso que a palavra love tem. quando você, em inglês, por exemplo diz a alguém "i luv u/you", você não tem intenção de dizer diretamente que a ama, pois se fosse assim teria dito "i love you". acontece que o ‘i love you’ possui um peso. (apesar de que as pessoas hoje em dia falam ‘eu te amo’ sabendo que não amam de verdade alguém).
Falar luv é uma forma carinhosa e que ao mesmo tempo tira um peso do que significa AMAR alguém. Porque o amor em sua natureza é algo profundo. ‘i luv u’ pode significar "eu gosto de você", "eu consigo gostar do que você é aqui para mim". Normalmente "i luv you" pode ser utilizado quando você não tem intimidade ou não conhece a pessoa o suficiente para dizer que a ama. basicamente: quando o amor não é profundo o suficiente para se encher a boca e dizer LOVE, AMOR. ao contrário de luv, que é uma "versão mais leve" de love. no luv o amor que ainda não é O amor profundo, amor na sua forma de ser.
Lembrando que: love, o primeiro “tipo de amor” mencionado, está fora da relação que o eu lírico [o idol] vive com seus fãs. Ele vive o luv, o amorzinho, aquela coisa de carece de algo - na realidade de muitos algos.
“O amor/love não é nada mais forte do que um cara com amor/luv” - o amor (love) não é nada mais forte do que o que vivemos aqui, desse luv. Consegue enxergar?
Pois a persona que fala na música admite pra si mesma que o amor (aquele profundo, completo, que aceita as falhas da pessoa, quem ela é, todo a sua complexidade) está fora da relação dela, pois esse amor não é NADA mais forte do que o fato dele ser um garoto com amor. O que é completamente estranho se questionarmos por que afinal ele quer aceitar um amor desse jeito e não um amor completo, profundo?
Praticamente, a persona [que existe para reafirmar a figura do idol] só repete pra si: tá, tudo bem em não receber aquele amoooor que todo indivíduo no fundo busca, porque eu sou “um garoto com amor”. Não preciso de nada mais. Será que não precisa? O amor que o ídolo não recebe seria aquele que no fundo todo ser humano, independente de ter uma vida mais ou menos pública, busca [ou deveria buscar]: um amor sem exigências do que devo ser, um amor que não me poda ou me limita, um amor que existiria mesmo se eu fosse o ser comum de anos atrás, alguém ‘ordinário’ e não a pessoa que sou agora, com várias coisas que me tornam mais “atraente” aos outros, coisas estas que foram o que me fez chegar onde estou.
A Persona aqui só está cumprindo seu papel de reafirmar o seu PRÓPRIO MOTIVO de existir. Ela quer seguir existindo. Na realidade, indo mais longe: ela precisa existir. Aqui está presente a figura daquele idol que não consegue ser nada além de idol, ele não convive com nenhum outro papel social além daquele. Seja por não querer, estar completamente inundado da sua própria persona [o que faz muito mal em termos de autoconhecimento], seja por não poder, não ter tempo, jamais viver uma pausa. Ele é idol 24/7, e sabe ou não como isso o limita. Porque, por natureza, toda celebridade é limitada. Umas mais, outras menos. E quem é mais, realmente sofre.
Para demonstrar bem como um amor verdadeiro e diferente do amor que eles recebem poderia sim existir, vamos pegar como exemplo os próprios membros do BTS. A filosofia que eles trazem em sua música, a proposta de buscar um amor e um sentido dentro de você só possui os bons efeitos que possui porque eles ACREDITAM DE VERDADE, com tudo de si, que as pessoas naturalmente têm dentro de si mesmas o que deva ser amado. Note a diferença: eles não precisam se relacionar com todas as pessoas do mundo para amarem elas.
Eles amam elas antes mesmo de acontecer, por acaso, um primeiro contato: é um amor genuíno, pois eles amam as pessoas por existirem. NÃO existe uma relação aqui, existe aquela interação forte que eu mencionei acima, e a interação (conexão) basta para eles amarem outras pessoas. E aqui eu gostaria de pontuar uma diferença:
O fato deles amarem as pessoas pelo que elas são não é sinônimo de ‘temos uma relação’, ‘estamos juntos em uma relação’ Amar, validar alguém por quem ele é ≠ de forçar relação e viver um amor como se conhecesse aquela pessoa de vidas passadas, forçar algo que nunca existiu.
Isso tudo de amar e validar as pessoas É o sentido puro do que é amar. Porque aquele que ama alguém mas só o ama por este preencher requisitos específicos e não por ele ser quem é, ou, ainda, o ama mas não conseguiria amar os outros semelhantes se ele não preenchesse requisitos: isso não é amor verdadeiro.
“Se uma pessoa ama apenas a uma outra pessoa e é indiferente ao resto dos seus semelhantes, seu amor não é amor, mas um afeto simbiótico, ou um egoísmo ampliado.” - A Arte de Amar, Erich Fromm.
"eu sinto que as pessoas deveriam ser respeitadas mesmo que apenas pelo motivo de elas estarem vivas e por existirem." - Namjoon em 2015
Ressaltando então, o luv é aquele que está incluído na relação vivida entre o artista e os fãs, e que, na realidade, não é um amor no significado do que o amor realmente é.
Mas será que afinal, esse amor limitado é um “tipo de amor”? O luv neste caso aqui não é um “tipo de amor”. Ele é um pseudo-amor. Por que? E o que é “pseudo-amor”?
Começando pelo próprio significado de pseudo. Pseudo é algo que finge ser o que não é, é algo não verdadeiro.
Pseudo = falso. Pseudo-amor = falso amor. Poderia também ser visto como amor falso. Mas é chamado de pseudo-amor por Erich Fromm em ‘A Arte de Amar’, quando ele busca conceituar o que é amor.
A Arte de Amar é um livro que eu também, por mais uma coincidência, havia lido enquanto fazia disciplina de Psicanálise. A professora havia indicado e eu fui atrás. Posteriormente, em dezembro/2018, durante o MAMA, a Big Hit lançou em seu site 3 livros:
O Mapa da Alma [sobre a Psicologia Analítica de Carl Jung];
Demian - Herman Hesse, um livro incrível demais
e A Arte de Amar, de Erich Fromm.
Como eu já conhecia o livro e sabia do que ele falava, assim que comecei a refletir sobre o álbum MOTS e especialmente em boy with luv ele veio em mente.
A Arte de Amar fala sobre a arte de saber amar. Mas nossa, que óbvio?! Nem tanto. O livro não é um manual, não te dá ‘dicas de como amar!’, mas critica a forma como vivemos o amor hoje em dia, e conceitua que o amor é uma arte e como toda arte deveria ser algo estudado - em teoria e prática. O amor não é a coisa que mais buscamos hoje, o que as pessoas infelizmente mais buscam hoje são formas de preencher vazios enquanto se relacionam com pessoas; enquanto se projetam em pessoas que estão longe, mas que têm muito peso na autoimagem delas, na autoimagem de quem ‘ama’. As pessoas amam somente aquilo que lhes é conveniente. Ama e logo odeia algum outro [exemplo: o fã que obrigatoriamente, mesmo que sem motivo racional NENHUM, odeia com tudo de si outras pessoas pertencentes a um grupo ‘adversário’].
Não é um amor pelo que a pessoa é, mas pelo que a pessoa dá a outra. É um amor seletivo e com prazo de validade: se você parar de ser conveniente e útil para mim, se parar de estar dentro do padrão [no caso dos idols: se não for mais um ‘hit’] eu vou passar a te odiar, te desprezar, você não vai existir mais pra mim. O ser humano não pratica o amor em sua forma de ser - “amo as pessoas por existirem, desejo o bem por desejar”. TUDO tem um condicionamento. E uma vez havendo condições e pretensões por trás: não existe amor verdadeiro, amor incondicional, mas sim condicional. O que existem são formas de pseudo-amor. Formas de amor falso, formas de amor desintegrado.
Vários 'luvs', poucos 'loves'.
“Amor? Que diabos é amor? É tudo amor falso” - linha do Yoongi em Fake Love
E no seu livro “A arte de amar”, Erich Fromm vai falando de como existem alguns tipos de pseudo-amor. Eu consigo relacionar dois deles com a cultura do “relacionamento” de fãs e ídolos:
Amor idolatra
Amor sentimental
O autor psicanalista Erich Fromm fala sobre como o amor é desintegrado [sem sentido, perdeu-se] na atualidade. Ele não é mais visto e sentido com totalidade. Ele pergunta se a nossa civilização, com a estrutura que tem, propaga amor, se ela tem ‘terreno’ fértil para o amor dar frutos e se desenvolver. Será que tem?!
Amor idolatra: o amor idolatra basicamente é aquele em que a pessoa, preferindo não se encarar e buscar o seu nível de identidade, ama incansavelmente alguém com tudo de si, deposita em uma só pessoa todo amor que também poderia ser dirigido à ela mesma. Esse ser é o ídolo dela, é aquele que ela enxerga como O perfeito, O ser sem defeitos. Porém, como Erich Fromm diz: “como normalmente ninguém pode, a longo prazo, corresponder às expectativas de seu adorador idolatra, a decepção tende a ocorrer e, como remédio, novo ídolo é procurado, às vezes num círculo sem fim”. Esse “amor” só mostra o desespero da pessoa em sair amando alguém que ela no fim idealiza demais, porém que não tem tudo isso que ela pinta. 
De acordo com uma psicóloga, tanto o amor quanto a idolatria podem definir o sentimento do fã. Essa diferença só pode ser percebida na forma como cada um viverá essa admiração. É normal que as pessoas escolham modelos, não apenas na música, mas também escritores, atores. O que não pode haver é o prejuízo da vida real em virtude de projeções com relação ao famoso.
Em alguns casos, o fã pode se identificar com alguma condição de vida da celebridade, um aspecto de personalidade, uma história de vida. Isso já dá uma sensação de que isso pode ser profundo. Porém, isso nada mais é do que uma projeção da sua vida no outro, outro que parece bom demais, perfeito demais, exemplar demais. Você vive a vida [dele] por ele, não [a sua] vida por você. Por isso notamos tantos seres tão superprotetores dentro de fandoms.
A psicóloga destaca que essa relação só passa a ser patológica quando o fã “deixa de viver o mundo real para viver o mundo do ideal projetado”, ou deixa de viver a própria vida para viver a vida do outro. Essa relação pode ser definida como uma idolatria.
Amor sentimental:  “Sua essência reside no fato de que o amor só é experimentado em fantasia e não nas relações concretas com outra pessoa que é real. A mais difundida forma desse tipo de amor encontra-se na substitutiva satisfação amorosa experimentada pelo consumidor de filmes de cinema, contos amorosos de revistas e canções. Todos os desejos não cumpridos de amor, união e proximidade encontram satisfação no consumo de tais produtos.” - Erich Fromm, a Arte de Amar
“Quer seja o amor experimentado substitutivamente pela participação nas experiências fictícias de outrens, quer se transfira do presente para o passado ou o futuro, essa forma abstratificada e alienada de amor serve como um ópio que alivia a dor da realidade, a solidão e a separação do indivíduo.”
Basicamente, o amor sentimental é aquele em que a pessoa fantasia uma relação com alguém que na realidade não está ali na relação, é algo unilateral, não bilateral, a dois. Ela projeta numa relação fictícia toda uma experiência amorosa que deveria experimentar numa relação de verdade, especialmente pensando em termos de saúde emocional e mental. Não existe vida emocional saudável se as suas maiores “relações” e o senso de amor vem de uma relação inexistente e fantasiosa.
E, além destas duas formas de amor falso [pseudoamor] que consigo relacionar diretamente com a cultura e “relação” de ídolo-fã dentro do k-pop, também está os mecanismos de projeção, que resumidamente é você se projetar em pessoas, seja com relação à sua vida ou à do outro, como por exemplo: viver coisas por elas como se fossem experiências suas.
“Ainda outra forma de amor neurótico está no uso de mecanismos de  projeção, para o fim de evitar os próprios problemas e preocupar-se, em vez disso, com os defeitos e fragilidades da pessoa ‘amada’. Os indivíduos se comportam, este respeito, muito semelhantemente às nações, grupos ou religiões. Têm excelente avaliação até mesmo das menores deficiências da outra pessoa, e vão bem aventuradamente a ignorar as próprias — tentando sempre acusar ou reformar o outro.”
Hm, e qual seria o sentido de colocar isso aqui? e qual a relação disso com o grande conceito de persona, da psicologia junguiana? Primeiro precisamos nos lembrar de que estamos falando de persona, máscara. e portanto demoldes, aparência e tudo que envolva algo mais "ensaiado", muito bem selecionado. são escolhidas para a exibição as máscaras mais lindas e polidas que uma pessoa poderia ter capacidade de mostrar.
Se trata de um garoto com amor sim, amor que faz a persona permanecer. Mas não é um amor sólido, sincero e que aceita a personalidade real daquele que a máscara veste. É um amor seletivo, um amor que nasceu exatamente pela máscara, por ela estar ali. São formas de pseudo-amor (ou amor falso), e se não fossem as adequações à cultura de idol e cultura imposta pelos fãs, possivelmente o tal ídolo não teria chamado atenção, entrado no tal conceito, se adequado à ele de certa forma, e então cativado/conquistado os fãs. E se tudo isso não tivesse acontecido [a adequação], você possivelmente nem estaria lendo isso aqui. E não existiria nada disso. aquele que veste a máscara sabe bem que condição para o seu reconhecimento é justamente a persona. na cabeça dessa pessoa, é a máscara que o mantém ali.  Algo completamente interessante é que o próprio grupo já mencionou em faixas como fake love, the truth untold e outro: tear pontos, aspectos desse amor falso. É como se em fake love eles falassem do amor falso, apresentassem como aquilo por si só os incomoda. É algo que só comprova o que estou dizendo aqui: existe sim amor falso. E os próprios já falaram disso.
“Estou tão cansado desse amor falso” Eu te amo tanto, te amo tanto Moldei uma mentira bonita para você O amor é tão louco, o amor é tão louco Tentar me apagar e me tornar o seu boneco”
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Como eu disse ali em cima, as máscaras mais lindas e polidas que uma pessoa poderia ter capacidade de mostrar são escolhidas, pois afinal... tudo isso é um show.
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Para aquele que carece de senso crítico, parar a leitura por aqui sem se perguntar algo muito importante pode parecer normal. Já vivemos tudo isso no dia a dia, né? Pra que criticar?! Ser a incomodada, a que tira as pessoas da zona de conforto e que “inclui problema onde não temos”. Okay. Só que eu te pergunto: será que tudo isso é saudável MENTALMENTE falando?
Emocional e psicologicamente, é saudável? Não. Não é saudável. Não é um convívio curto e breve desses seres humanos com as expectativas que os outros têm sobre eles. Não é algo em que há pouco contato. É um convívio contínuo, de todos os dias.
Existem idols que dormem 2 horas por dia em época de comeback, e é o tempo todo essa sujeição aos outros e uma adequação ao que as pessoas querem deles. Eles não pensam em viver as personas, ELES VIVEM COM ELAS. Eles são o que eu chamaria de ‘personas ambulantes’. Infelizmente poucos deles possuem essa consciência e senso crítico sobre o quanto têm vivido numa via bem diversa daquela que eles realmente são. E quem tem consciência também sofre. Mas ao menos tem um caminho, uma porção de noção disso.
Até mesmo para aquele que mais parece feliz e realizado quando está às vistas do público: não consigo imaginar um ser humano que não vá vivenciar alguma situação de conflito quando se adequa demais aos outros, que não vá sentir vazio em alguma fase da sua vida. Pois ele não é levado a se conhecer, mas sim a SE NEGAR.
E não podemos nos esquecer de todas as fases anteriores do BTS no decorrer nos álbuns, e já adiantando [tema do próximo álbum]: do que também existe por trás de toda persona, que é a sombra. Como já vimos em eras anteriores como fake love, o amor recebido pelo garoto o deixa confuso e em estado de não saber exatamente o que isso significa. Basta ver o MV de fake love, assisti-lo com legendas ativadas ou com a letra de lado, e compreender a mensagem deles. 
A tal confusão vem do fato de que esse amor não é genuíno e é um amor que quer moldar tanto o idol... é um amor sim, é intenso sim, mas é o luv, não love. é um amor limitado, um amor com exigências, um amor que também traz infelicidade. Se parece com um amor falso (fake love); é um amor que o faz se perguntar se afinal existe amor sem pretensões por trás (tal como outro: her se questiona). todas essas confusões se instalam, mas não há muito o que fazer, pois ele mesmo sabe que ele adentrou nisso, se ele ‘ao menos tivesse começado diferente…’ (outro : tear). 
Portanto, só resta apenas agradecer e agradecer. Sorrir e dizer eu te amo (linha de fake love) sempre. “Por que você está triste? Eu não sei, eu não sei. Sorria e diga: ‘eu te amo’ Olhe para mim, até eu desisti de mim mesmo Nem mesmo você consegue me entender” (linha do Namjoon em Fake Love)
Pois é como eu disse acima: “aquele que veste a máscara sabe bem que condição para o seu reconhecimento é justamente a persona. na cabeça dessa pessoa, é a máscara que o mantém ali”. E quem sabe no meio de tudo isso ainda haja espaço para uma consciência restante (e muito necessária) de que essas pessoas no fim merecem um amor mais verdadeiro e que realmente aceite todos os seus jeitos e maljeitos, qualidades e defeitos, quedas, falhas, imperfeições, cansaços. e que não tenham exigências sobre elas. 
Porque pelo contrário: isso tudo causará conflitos de identidade e existência, se não for o que já estiver acontecendo. Além disso tudo, eu ainda quero adicionar como eles terem “se tornado uns caras com amor”
Também abre o leque de interpretações sobre o significado desse tal “amor”, o luv [não love]. Que amor é esse? Eu enxergo esse “amor”, indo além do vindo pelos fãs, como a atenção maior, o “amor” da imprensa que briga entre si para ser a primeira a entrevistá-los, é como ser mimado e mais adorado pelas pessoas. Mas essas pessoas realmente os amam? Não, claro que não. A imprensa, a mídia, sempre estará amando alguém. De tempos em tempos o objeto a quem será direcionado o amor mudará. Há décadas é assim. Tivemos a era dos Beatles, a era de X artista, Y artista. Pois, assim como os fãs - porém numa situação de afastamento maior do que estes -, a imprensa, a mídia, e etc, “paparicam” o artista pelo glamour que ele tem por ser famoso. É ele a razão dela existir: ‘amar’ a celebridade do momento.
E, o que deu esse glamour a ele? Ele ter sido levado ao topo. Por quem ele foi levado? Pelos fãs. Logo, ele realmente se enxerga numa situação de obrigação de aceitar o “amor” fracionado.
>> “você me levou tão rápido para o topo
agora eu meio que entendi isso
o amor não é nada mais forte
do que um cara com amor” <<
Pensando em Persona e no que ela significa, faz realmente todo sentido o indivíduo descrito na música [o idol] ficar satisfeito em ser “um cara com um amor”, mas não exatamente O amor que ele esperava, que ele como ser humano anseia. O amor que preenche, que tem profundidade por trás de si. Ele aceita pois: 1º é o que dizem para ele fazer dentro da indústria que ele está “sorria e diga ‘eu te amo’” - fake love 2º ele muitas vezes também está na posição de alienado que apenas consome as doses de amor dadas fracionalmente por pessoas que, no fundo, impõem condições à eles. “Existe amor sem pretensão por trás?” - Min Yoongi sobre outro : her
e, em 3º mas não menos importante: nos casos em que ele possui a consciência de tudo isso, ainda assim: não há muito que ele possa fazer em termos de mudar a prática, pois isso mudaria exatamente o que MOVE, o que mais alimenta o lucro da indústria na qual ele está inserido. E que é também o meio existente para que ele seja o que sempre quis ser: um artista. Logo, o que resta é apenas reclamar em músicas e com sua liberdade artística - já um pouco limitada -, buscar desabafar [como o Joon em suas mixtapes, onde ele fala da separação entre o seu eu verdadeiro e o eu que ele vive hoje].
“Não é tudo dor o tempo todo. e ao longo da turnê, eu consegui aprender mais de mim mesmo. é doloroso, e esse lado de mim pode parecer menos atraente aos outros. eu pensei que estando bem com tudo eu parecia legal (aos olhos dos outros) e maduro. eu pensei que isso era esperado de um artista. isso é o que eu pensei. mas o que eu posso fazer? isso simplesmente não sou eu. o fim dessa dor significa o fim dessa euforia. tudo isso pode ir embora. mas eu não ser aquele que leva isso embora. Porque, porque... eu tenho essa fé. eu sei que eu preciso fazer isso.” - Namjoon no docu-series “Bring The Soul”
Em seguida veremos mais do idol que basicamente joga na mesa as razões para ele se manter vestindo a tal Persona:
>> “a partir do momento que eu conheci todos vocês minha vida era vocês vocês são as estrelas que de ordinárias se tornaram extraordinárias uma depois da outra, se tornando especial as coisas que vocês estão interessadas, o jeito que vocês andam ou conversam e todo pequeno hábito trivial (n/t: banal) de vocês todos dizem que eu costumava ser tão pequeno e agora eu me tornei um heroi (oh não) eu falo que algo como destino nunca foi algo pra mim (oh não) paz mundial (de jeito nenhum) uma boa ordem (de jeito nenhum) eu apenas vou manter vocês seguros (cara com amor)” <<
O interessante aqui é que ele fala dos motivos para se manter nessa situação de viver numa persona quase que 24h por dia LOGO DEPOIS de ter mencionado como ele sabe sim que o amor que ele recebe não é o love, mas sim o luv. Mas ele aceita isso, vai e segue em frente. Pois ele “entendeu tudo”: os fãs levaram eles para o topo. [“você me levou tão rápido para o topo, agora eu meio que entendi isso. o amor não é nada mais forte do que um cara com amor”]
>> escute meu meu bebê eu eu estou voando alto no céu (com as duas asas que vocês me deram de volta) agora está tão alto daqui de cima eu quero você ligadx em meus olhos yeah você está me tornando um cara com amor oh my my my oh my my my <<
>> eu vou ser bem franco algumas vezes eu fiquei um pouco preso céu elevado, salões ampliados algumas vezes eu rezei "me deixe fugir" mas a sua dor é a minha dor <<
Essa parte me chama também atenção pois é uma leeeeve aparição da sombra, mas logo depois a persona reaparece, tira a sombra de cena e afirma-se: está tudo bem, não há com o que se preocupar. Eu já me senti em pânico com tudo isso, errr.. Eu me sinto às vezes. mas a sua dor é a minha dor. Então eu não quero mais fugir. Mesmo sentindo medo: está tudo perfeito.
Nessas ocasiões eles deixam escapar ou mostram uma pitadinha de dor, de sofrimento, logo depois dão uma pincelada de “está tudo bem” para reafirmar aquela ideia de que sempre está tudo bem mesmo. É o que a persona busca fazer - deixando todo e qualquer sinal de falha de lado. É necessário o sucesso e a busca em atingir essa imagem de perfeição - é o que os fãs e empresa esperam de mim, é o que eu quero de mim também. A sombra fica pra depois. Eu enxergo isso com frequência na boca de muitos idols esse discurso de reforçar - às vezes bem forçadamente - que está realmente tudo bem.
Eles também têm um grande talento em ao falar isso persuadir os fãs com uma imagem de laço, que eu realmente acho bonita em algumas partes, mas às vezes é o que abre espaço para a tal possessividade. Pois eu enxergo às vezes uma coisa “romântica” sendo empurrada.
Palavras que farão o fã acreditar que ele está numa relação tão profunda e romântica. Eu realmente acredito que possa haver conexão entre pessoas através da música, mas romantismo é algo completamente ‘a dois’ e banalizar isso é esperar que o amor direcionado à você seja banalizado também. É como eu disse ali em cima: existe a possibilidade de amar, mas amar sabendo que o amor pode ser verdadeiro (desde que não haja essas pretensões, exigências e etc por trás), mas não necessariamente ele será romântico. Pois é impossível um ser estar numa relação romântica com 932849 ao mesmo tempo. Impossível. Mas é claro, em termos de validação, senso de valor e busca por preencher a baixa autoestima, é o que as pessoas mais tem buscado: esses ‘relacionamentos’ com artistas e famosos, que no fundo são amores unilaterais.
Para entender tudo isso só mantenha em mente: sim, pode existir amor. Da parte do artista e/ou da do fã. A essência de um amor verdadeiro não é algo romântico, mas sim validar a existência de uma pessoa e validá-la pelo que ela é, pela sua real personalidade, não pelo que ela poda/esconde de si. É basicamente aceitar uma pessoa. Eu acredito ama-los. Mas jamais me vi numa relação romântica, pois isso seria realmente banalizar tudo que seria um amor romântico.
Mas o desejo [que de certa forma se concretiza] dos fãs num namoro com o tal artista tem muito a ver com a imagem que um k-idol vende. É o que tá dentro dessa indústria. Eles têm MILHÕES de fãs, mas eles precisam estar disponíveis para todos. São os “namorados” das fãs. Tanto para b-groups como g-groups. E você pode achar isso normal, mas não raro foi visto - e será visto - as consequências por trás desse comportamento já enraizado e banalizado: pessoas tomando atitudes extremas quando se trata de uma possibilidade do ídolo “dela”, da pessoa “dela”, estar namorando. É ridículo e imaturo. É como se “o que, mas ele/a tá namorando?!” Existe uma sensação de estar sendo traída/o. O que é completamente infantil, imaturo, mas acontece na mente de muitos dos fãs. E isso independe de idade. 
>> “quando eu me dei conta disso, eu votei a mim mesmo com as asas de Ícaro que você me deu” <<
Asas de ícaro. Esse é um mito MUITO interessante e que pode ser trazido para a nossa realidade, tanto que eles escolheram e o colocaram na música.
“Dédalo fez dois pares de asas, unindo as penas com cera de abelha. e quando estavam prontas, entregou um par ao seu filho Ícaro, com a instrução precisa de que, em seu vôo, tinha que cuidar para não subir tão alto, pois o calor do sol derreteria a cera, nem tão baixo, pois a umidade do oceano faria com que as penas pesassem demasiadamente, a tal ponto de não conseguir mais manter-se no ar.
Dédalo voou conforme suas próprias recomendações e conseguiu escapar da prisão. Ícaro, no entanto, fascinado com a possibilidade de voar, foi subindo até um ponto em que a cera de abelha derreteu e as asas desfizeram-se, o que culminou em sua morte no oceano.”
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Ícaro foi um homem que, com asas falsas< voou perto demais do sol, caiu em alto mar e morreu. Ele teve a ambição de ir para um lugar difícil demais de ser alcançado ou de ter chances de sobrevivência - voar perto do sol teria seus perigos e ele sabia disso, pois assim derreteria as asas coladas com cera de abelha -, mas ainda assim ele se arriscou. As asas de Ícaro representam o desejo do ser humano de voar alto demais e consequentemente cair, mesmo possuindo “asas” que foram o que permitiu chegar ao topo. Ícaro e suas asas representam um desejo de satisfação ou de não respeito pelas leis da natureza, pela forma que as coisas naturalmente deveriam ocorrer. Por exemplo, é como se, trazendo pra realidade, as asas de Ícaro representassem uma pessoa que está no topo e que possivelmente por estar neste patamar pudesse ter soberba e se esquecer dos demais seres humanos que estão “abaixo” dele. Porém, trazendo para o nosso contexto, as asas de ícaro têm outro significado; se relacionam diretamente com o risco que se assume quando se voa alto demais: o perigo de ficar cego pelo brilho do sol [da sua fama], e depois perder o equilíbrio e cair no mar, morrendo [não no sentido literal, mas talvez sendo esquecido, sendo destruído por sua própria imagem ou pelos próprios que o levaram ao topo etc]
Portanto, as asas de Ícaro aqui significam as asas dadas, mas que não são completamente “firmes” e tampouco naturais. Existe o algo que pode fazê-las pararem de existir, e que podem mudar a situação de uma hora para outra. É exatamente a condição que o famoso conquista para si quando se torna famoso. É tudo transitório. E ele não sabe até quando durará. Ele ganha “asas”, voa, os outros o veem como se estivessem literalmente abaixo dele, o endeusam - Deus: aquele que está acima de nós, nos céus. É como se ele estivesse realmente voando, mas não com asas seguras, permanentes, eternas. A qualquer momento ele pode cair.
O que eu enxergo que esse mito pode ensinar é o perigo de ir a extremos, de buscar alcançar o topo e cair de uma vez só. Ícaro só cai porque é atrapalhado pelo sol, e qual seria o sentido disso aqui? O famoso que foi levado ao topo [subiu ao topo com as asas de Ícaro dadas pelos fãs] pode cair a qualquer momento sendo derrubado pelos próprios fãs. Te parece estranho ou até exagerado? Ok, então vamos ver o próximo verso, que apenas confirmará isso:
>> “quando eu me dei conta disso, eu votei a mim mesmo com as asas de Ícaro que você me deu”
+ > “não em direção ao sol, mas em direção a vocês” <<<
Esta parte é extremamente interessante, até mesmo pois prova como eles se valeram do mito de Ícaro para escrever estes versos. Quando eles falam “não em direção ao sol, mas em direção a vocês”, apenas comprovam: o sol são os fãs. Os fãs [metaforicamente aqui como sol] são exatamente aqueles que possuem a capacidade de cegá-los ou fazer o que mais for e que acabe fazendo eles caírem na água. Os únicos que podem fazê-los cair em alto mar, perdendo suas asas e capacidade de voar, são os fãs. Ícaro voou em direção ao sol e foi o próprio sol que o fez cair no mar e morrer. Aqui eles falam: não vou voar em direção ao sol [que fez Ícaro perder as asas falsas e então morrer], vou voar em direção à vocês. Que também podem me derrubar, derretendo minhas asas, e então me fazer cair em alto mar.
Sol no mito de ícaro = fãs na realidade deles.
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e nos versos seguintes apenas veremos a persona brilhando e tendo seu espaço ali
>> me deixe voar oh my my my oh my my eu esperei por toda a minha vida eu quero estar com vocês para tudo oh my my oh my my procurando por algo certo agora eu meio que entendi isso eu quero algo mais forte do que um momento, um momento o amor não é nada mais forte do que um cara com amor "yeahhh" do que um cara com amor. <<
Encerrada a análise de Boy With Luv.
3. Mikrokosmos
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Mikrokosmos: micro, não macro. E qual microcosmo (pequeno universo) é este? É o universo do BTS + fãs; é um outro mundo criado por eles mesmos, que é vivido por eles mesmos.
É uma parte doce demais da Persona. É o amor e a validação que ela dá aos fãs, a todo ouvinte e a quem se aproxima do eu a quem ela pertence. Quem se aproxima do BTS recebe essa dose bonita de valor por existir, por simplesmente existir e ser quem você é. É como eu disse lá em cima, quando falava de amor verdadeiro: o BTS de fato ama as pessoas. Eles são genuínos, originais, têm uma intenção profunda por trás das músicas e realmente querem ter impacto nas pessoas. Então Mikrokosmos valida muito de cada um, do pequeno [e ao mesmo tempo vasto] universo que somos. O interessante é que eles validam tanto os fãs, mas se colocam demais de lado no restante das músicas. O impacto que essa Persona tem no ego deles, não?! 
Mikrokosmos é basicamente um ensinamento àquele amor falso [tão presente] sobre O QUE e COMO ser: ame as pessoas pelo que elas são, e as ame antes mesmo de existir alguma condição ou pretensão por trás da interação entre vocês duas.
PORÉM, Mikrokosmos merece uma análise mais profunda e para fazer isso preciso me remeter à Pied Piper (do álbum Love Youself: Her). Falando especificamente de Persona e dos efeitos ruins de se manter preso nela, precisamos nos lembrar do que Pied Piper fala. É uma música em que o próprio Bangtan critica o excesso de atenção que os fãs dão à eles, eles pedem para que os fãs se voltem mais a si mesmos, foquem em si e parem de DEVOTAR [literalmente] suas vidas aos membros. Por trás de Pied Piper tem a história do flautista de Hamelin, que era capaz de encantar simplesmente pelo toque de sua flauta. Os flautistas são os membros do BTS, que encantam as pessoas com suas músicas e criam um novo mundo [Mikrokosmos] para abrigar os encantados. Eles encantam pois realmente sabem da necessidade das pessoas de se “refugiarem” do mal excessivo e das pressões que existem neste mundo. Mas, o maior problema é que os fãs realmente se abrigam neste microcosmo, a ponto de viverem como se fosse numa ‘seita’, um grupo completamente defensivo e de fazer ‘cultos’ aos deuses que os salvaram.
4. Make It Right
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MAKE IT RIGHT vai gerar o sofrimento posterior de Jamais Vu. É o antes do encarar a si mesmo, é a ação, o mindset já inserido dentro deles. A letra é um dos discursos da persona, é ela voltando sua atenção para falar com o idol (com o ego dele) o que ele deve fazer: make it right. Faça isso certo, faça isso bem. E não admitimos o contrário por aqui. Uma vez que a persona está dentro da consciência, ela é uma voz interior deles: é a voz já presente na consciência deles. Ela é aquela que grita na mente: FAÇA BEM! FAÇA CERTO. Por que? porque eles são os "role models" dos fãs, porque eles necessitam cumprir a expectativa de serem mais uma vez os deuses sem defeitos (dionysus), as pessoas quase que imperfeitas e que ao mesmo tempo estão tão a mercê/disponíveis ao público. Quase que tratados como produtos a serem consumidos, eles não podem chegar aos consumidores com nenhuma falha. Senão irão decepcioná-los e isso implicará em problemas com a sua empresa e o cliente. Isso me lembra de uma vez que me contaram que a jennie do blackpink estava sofrendo hate pois dançou um pouco devagar ou com não tanta intensidade como sempre. E eu fiquei, ‘sério? Só por isso? Ela não pode se comportar como a humana que ela é?’.
O artista sabe BEM como é presente a ideia de ser atacado e criticado arduamente quando você erra, comete uma falha sequer. Pessoas que fazem menos ou são completamente inertes em suas vidas criticando aqueles que mais trabalham, exigindo um padrão alto de perfeição e alto desempenho. Nunca. Erre. É impossível negar como eles carregam um título (que tem seus benefícios e malefícios); um peso muito grande com relação à EXPECTATIVA e PERFEIÇÃO. Ninguém é perfeito, mas é exatamente isso que busca o conceito todo do k-pop: seres perfeitos pois não falam de dor alguma, que vida feliz tem eles! Sem problemas.
Perfeitos pela aparência perfeita com corpo, pele, maquiagem, lente de contato; quase nunca se vê um idol sem maquiagem e alguns até odeiam aparecer a público sem make, como se isso os tornassem feios??? Ou menos admiráveis?! Se eles acreditam que só ficam apresentáveis maquiados e não da forma que vieram ao mundo, é porque realmente temos algo muito errado aqui.
Isso sem mencionar as dietas malucas a que muitos se submetem, que acabam configurando transtornos alimentares, que acabam sendo “inspiração” também para outras pessoas alcançarem aquele padrão do role model-idol. Porém, esquecemos do principal: que por trás dessa tentativa de forçar uma imagem intocável e inalcançável de perfeição, existem pessoas (no sentido mais humano da palavra) pagando o preço de tudo. Realmente se conquista isso, um título de exemplo "do que ser", mas o preço vai sendo pago, vai sendo acumulado, e uma hora a mente deles (aquela parte da individualidade que é ignorada por anos em prol de várias pessoas) voltará para cobrar tudinho.
Acredito que esse conflito seja bem pior para quem não se conhece e não tem a menor consciência do que passa dentro de si. Quem ignora sua persona sofre(rá) ainda mais.
Aqui prova-se como a persona molda o ego. Assim como eu disse no início, a persona é um complexo, e os complexos são independentes dentro da mente de uma pessoa. Complexos possuem capacidade de dominar o ego, especialmente se houver pouca consciência do que está acontecendo ali dentro de si mesmo.
LETRA E INTERPRETAÇÃO DELA:
>> o momento que eu me dei conta sobre mim, eu tive que sair eu tive que encontrar isso o dia todo, a noite toda atravessando desertos e oceanos, eu vaguei inutilmente pelo largo, largo mundo baby, eu eu posso fazer isso melhor eu posso segurar você mais forte oh aquele longo caminho oh você é a luz <<
Literalmente, tal como foi dito por kim namjoon sobre o intuito desse álbum: Mots : Persona é uma declaração de amor aos fãs. Nada mais verdadeiro do que isso. Eles falam com os fãs como estes se fossem na realidade suas musas inspiradoras, e os fãs amam ler isso como se realmente, é uma relação completamente linda por inteiro, saudável e ohh, quanta coisa boa pra mencionar! Esse é o lado um tanto repetitivo da persona de agradar, coisa que às vezes acaba se tornando irritante para quem não tem essa necessidade de ser agradado o tempo todo. Irrita muito estar apreciando a música, a tal arte, mas às vezes notar que tudo aqui [e isso na indústria da música num geral] é basicamente resumido em vender e vender valendo-se de capacidades artísticas, e, indo mais longe [pensando especificamente em k-pop]: notar que tudo se trata de uma imagem muito mais presa à pessoa em si e não só à persona criada. Aqui é muito mais difícil de separar. E existe demais um tratamento deles como se fossem pessoas sem vida própria, sem direito de terem uma individualidade e privacidade sendo desenvolvidas: tudo SEMPRE é vigiado. ‘Não ligo se ele merece privacidade, ele é famoso, quero saber cada detalhe de onde ele está sim, mesmo quando ele está em um momento particular’. ‘Ele não pode namorar com ela. ela não é boa para ele’. ‘Ele tá namorando? hãn?!’
>> eu, que era incapaz de ser convidado, incapaz de ser bem-vindo, era conhecido por uma única pessoa << essa música, em especial estas linhas, podem ser vistas como confirmação ao que eu disse em boy with luv: eles elevam tanto, mais tanto os fãs, é uma gratidão e parte disso parece também uma “obrigação”
>> em uma noite eterna na qual o fim não pode sem visto você é a/o únicx que me presentou com a manhã agora seria eu capaz de segurar aquela mão?
oh oh eu posso fazer isso certo <<
mais uma vez, confirmando a teoria de boy with luv: eles TÊM que aceitar o amor dado, independente de como é, do quanto é, não cabem críticas ácidas, sacas? Pois isso colocaria em jogo perder tudo que eles já conquistaram, e eles não querem isso. Se manter estáveis vale mais, logo ‘fazer isso certo’ o tempo todo, como se fosse um preço a ser pago por terem chego até o topo, é exatamente o que eles vão fazer.
Pois é como diz Outro: Her, de onde começamos tudo isso:
“Quando você disse que queria morrer comigo, eu prometi ser o homem que você quiser, Deus, eu jurei a mim mesmo. Tantos complexos, mas eu estou procurando por amor. Eu não me importo se é um falso eu, se você me segurar. Você é o meu começo e o meu fim. Então acabe comigo.”
>> eu me tornei um heroi neste mundo os gritos altos que me procuram a minha mão, troféu e um microfone de ouro todo dia, em todo lugar mas tudo isso se trata de te alcançar isso é a resposta para a minha jornada eu estou cantando para te encontrar baby, é para você <<
mais uma vez a Persona falando da recompensa (se tornar um heroi no mundo) e o porquê dela ter que continuar faznedo o que faz (se negar) com tanto esforço: porque “o fã é a resposta para a jornada, ele canta para encontrar os fãs.”
>> um pouco maior do que eu era antes com uma voz um pouco mais sólida tudo isso para voltar para você agora eu vou espalhar um mapa chamado você a minha reabilitação olhe para mim, por que você não consegue me reconhecer? eu não quero ouvir os sons de outras pessoas a sua fragância ainda penetra e me quebra vamos voltar àquele tempo. <<
esse trecho aqui é bem interessante, especialmente porque num primeiro momento o idol se declara ao fã, logo depois ele está mostrando algumas pitadas do seu sofrimento ao dizer ‘por que você não consegue me reconhecer?’. a dor de não ser conhecido por quem você realmente é, mas sim pelo que as pessoas criaram de você, a sa persona é o que marca e fica.
>> baby, eu sei eu posso fazer isso melhor eu posso te segurar mais forte todas aquelas estradas/caminhos estão apontando para você <<
fala da Persona: ‘eu sei que posso fazer ainda melhor, posso ser AINDA melhor para você’. é um exagero e a sensação de que eles precisam servir aos fãs, se negarem em prol de dar ‘tudo que os fãs precisam’.
>> você, ainda mais linda do que nunca assim como naquele dia, assim como naquele tempo, por favor apenas me abrace sem uma palavra se você soubesse a razão pela qual eu sobrevivi no meio do inferno não foi por mim, mas por você, não hesite e por favor salve a minha vida. os desertos que eu passei sem você estão ressecados tão rapidamente, venha me abraçar eu sei que um oceano sem você é o mesmo que um deserto. tudo bem, eu posso fazer isso melhor eu posso segurar você mais firme oh eu posso fazer isso certo <<
por mais romantizado que as pessoas procurem tornar todo esse comportamento de praticamente servir as expectativas dos fãs, eu acho isso bem problemático.
"se você soubesse a razão pela qual eu sobrevivi no meio do inferno não foi por mim, mas por você". isso parece fofo e bonito, ‘eu sobrevivi por você’ *emoji dramático*, e sei os fãs amam ler coisas assim. Mas todos sabemos que os infernos vividos por eles não foram pelos fãs que eles ainda nem conheciam no início da carreira e pelos muitos que eles seguem sem conhecer hoje. Eles viveram isso por eles, por si mesmos. Para conquistar o sonho de serem os artistas que sempre desejaram ser. Mas que agora se moldam demais por alguém: “Estou tão cansado desse amor falso” Eu te amo tanto, te amo tanto Moldei uma mentira bonita para você O amor é tão louco, o amor é tão louco Tentar me apagar e me tornar o seu boneco” - Fake Love
“Porque o eu por trás dessa máscara Não é o eu que você conhece Se maquiar para acordar hoje também E me vestir para colocar a máscara A fim de me tornar o eu que você ama A fim de me tornar aquele que você ama Eu larguei o XX [as coisas] que eu gostava tanto Só por você Eu coloco roupas que eu odeio, maquiagem excessiva Porque a sua risada e felicidade é a escala da minha felicidade Isso é como eu sou, eu mereço o seu amor? Eu sempre faço um esforço para ser o melhor para você Eu espero que você não conheça essa parte de mim” - Outro: Her
Veja: durante a letra toda de Make It Right até aqui ele fala de como ‘pode fazer isso certo’, e logo depois:
>> "tudo era sem utilidade, todas as coisas que não se tratavam de você. oh, eu posso fazer isso certo." <<
Uma das provas de como no fundo eles têm sim muitas coisas escondidas sobre si mesmos, e isso ultrapassa o plano de vida ‘pessoal’, mas sim tendo relação direta com o tipo de relacionamento que eles têm com os fãs é Outro: Her, já mencionada acima. Não existe música melhor do que essa para provar como existe taaaaaanta coisa por trás e esse Persona aqui é um extra da versão polida, linda e típico ‘role model k-idol’ do que ser.
“Talvez eu seja a sua verdade e a sua mentira. Talvez eu seja o seu amor e ódio. Talvez eu seja o seu inimigo e amigo. O seu paraíso e inferno, seu orgulho e vergonha. Eu nunca vou poder tirar a máscara. Porque o eu atrás dessa máscara não é aquele que você conhece.” - Outro: Her
Reflexo que isso (o mindset de Make It Right) tem no psicológico deles: autocobrança. Mais confusão e incapacidade de se afirmarem. imagem de perfeição, de faltar problemas porque é tudo tão lindo ne
Reflexo nos demais: reforçar aos outros uma cultura de se autocobrar, como se isso fosse bom e como se este fosse o fim para conquistar um sucesso, para ser útil.
“Independentemente, os fãs não vão querer me ver estar chateado. eu tenho certeza que todos ficaram tristes. Eles não puderam ver todos os sete performando juntos porque estávamos separados no palco, muitas coisas passaram pela minha cabeça. Eu sei, com certeza, mas sinceramente, é realmente difícil deixar as coisas passarem. Eu sei que eu deveria, mas eu ainda me sinto descontente e arrependido. Eu não consigo esconder isso... mas o arrependimento é parte de ser humano. Não importa o quê, eu não consigo evitar de ficar arrependido. É por isso que eu realmente queria beber. Aqui. Eu sou um humano, afinal de contas. Eu preciso desabafar um pouco também. Eu realmente queria mostrar como somos como um grupo, como performamos, o que cantamos. eu queria mostrar a todos. aquele dia os meus pais estavam lá também.” - Jungkook na docu-series “Bring the Soul”
5. HOME
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HOME é a casa, zona de conforto, “lar”, fonte de nutrição da Persona. São os fãs. Pode ser considerado como a ‘casa’ que eles passaram a ter: o mundo todo é a casa deles.
Nessa música felizmente a sombra faz as suas aparições. É uma música de dualidade, eu sinto o conflito persona-sombra bem evidente aqui. É como se o ego não conseguisse mais conter consigo as sensações de vazio não preenchidos.
>> “Louco por mim mesmo Como se tudo fosse funcionar quando eu abrisse aquela porta (certo) Como eu estava prestes a mostrar algo (uh, huh) Eu saí de casa” <<
essa parte começa a mencionar que ele esperava que as coisas fossem de certa forma (que tudo funcionasse, desse certo, fosse ótimo) quando ele ‘abrisse a porta’, quando ele saísse da sua zona de conforto (seu lar, sua casa natal) e fosse se mostrar ao mundo, espalhando às pessoas aquilo que ele sempre quis fazer através da música.
>> “Oh sim, eu fiz isso, eu brilhando com luzes de flash Consegui muitos amigos, o meu espaço pessoal quieto Sim, eu me lembro quando eu pensei que poderia fazer tudo” <<
Essas partes são bem ‘engraçadas’. Ele fala do que na realidade conquistou e eu sinto um gosto de ‘insatisfação’, como se as coisas não tivessem se tornado da forma que ele realmente quis que elas fossem.
HOME lembra demais do fato deles saírem de sua ‘casa’ [Coreia] para irem ao estrangeiro, a todos os países que já conheceram. E ao mesmo tempo “home” não precisa representar diretamente os países, o exterior. Mas sim simbolizar a própria conquista. “Sair de casa” como uma metáfora para ‘chegar ao topo’. Casa = não ser conhecido, casa de onde eles vieram, casa como a representação da época que eles não eram (re)conhecidos. E o que ele conquistou depois de sair de casa [depois de ter chego ao topo] = ele brilhando com luzes de flash, conseguiu muitos ‘amigos’... PORÉM, mesmo que eles falem das conquistas e mencionem elas, se sintam bem com elas e etc., também tem todo um sentimento ruim que na maioria dos dias é deixado para trás - a fim de ‘aproveitar o momento atual’, pois você não pode ficar triste quando “tem tudo”. Sentimento ignorado, mas que logo volta para incomodar:
>> “tudo que eu encho fica mais vazio quanto mais estamos juntos mais eu me sinto sozinho olhos fechados pela metade, noites sem dormir.” <<
Aqui ele claramente está falando que apesar de tudo que ele conquistou, das coisas que hoje ele ‘enche’, preenche e conquista, ainda assim ele se sente vazio, sozinho. Não importa se ele conquistou amigos e o mundo também, mas ele ainda se sente sozinho. ‘Quanto mais estamos juntos, mais eu me sinto sozinho’. Ele reconhece que o amor lá que a Persona recebe em Boy With Luv não é verdadeiro, e a sensação de solidão bate. Ele é cheio de amor recebido dos outros, mas o amor não o preenche. A letra fala por si só. Dispensa comentários.
“O lugar onde você está…” - essa parte já é o momento em que ele volta a ‘paparicar’ o fã e tira o foco de si mesmo. Algo que eu vi e não foram poucas vezes durante esse álbum:
>> “O lugar onde você está Esse lugar provavelmente é a minha casa Com você eu me sinto rico (sim)” Esse lugar não é nenhum outro que não a minha casa <<
>> “É confortável mesmo que você não diga nada Com você, qualquer lugar será a minha casa Você sabe que eu quero isso Casa Você sabe que eu consegui isso Casa O seu amor, o seu amor, o seu amor (eu sinto falta disso) O seu amor, o seu amor, o seu amor (eu quero isso) O seu toque, o seu toque, o seu toque (eu preciso disso) La la la la la la la eu amo isso” <<
Mais e mais amor, e Persona aqui fortemente presente.
“Com você, qualquer lugar será a minha casa” - os fãs estão em todos os ligares então a Persona se sente em casa em todos os lugares o que prova como eles sentem sempre na obrigação de estarem retribuindo amor e de estarem satisfazendo os fãs os alimentadores da Persona. O ato de vestir a Persona não tem fim. A todo momento os impulsos para a Persona existir estarão presentes, a todo momento eles terão que fazer isso - vestir a máscara.
Já aqui, finalmente, ele retorna a falar um pouco mais das sensaçõesruins que tem consigo:
>> “Os meus pés parecem estranhos na entrada com as luzes apagadas. Eu me sinto estranho conforme eu fecho os meus olhos dentro da minha manta Eu sinto como se estivesse flutuando, ambos olhos girando Nesse espaço fabuloso, eu me sinto completamente desgastado.” <<
>> “Totalmente desgastado O mundo acha que somos donos do mundo todo Mesmo se tivermos o que eu queria em meus sonhos Grande casa, grandes carros, grandes anéis O sentimento não familiar de sentir falta de algo para alguém que conquistou tudo [ele se questionando porque se sente assim]. Mas eu saio da porta já que eu sei que tenho algo para retornar. [para a casa que ele pertence - os fãs]” <<
“O mundo acha que somos donos do mundo todo” = isso lembra a análise que fiz de Dionysus e que virá em breve, daqui a 2 faixas. É aquela visão que as pessoas pintam por aí sobre eles de algo que às vezes nem eles mesmos são. ‘As pessoas acham que dominamos tudo, que somos donos de tudo isso. Não somos’. 
“O sentimento não familiar de sentir falta de algo” = Jamais Vu!!! na análise da próxima faixa isso ficará evidente.
E os versos seguintes só falam mais e mais do conflito da Persona x Sombra: ele quer ir para a casa, em casa ele nota como ele cresceu graças àquele ‘dono’ da casa [o fã], e ao mesmo tempo ele lembra de como poderia ter sido diferente, e fica novamente no conflito: dou amor ou dou voz à minha sensação de vazio que não consigo arrancar de mim?!
>> eu continuo me lembrando de você entre cruzamentos Você me conheceu quando eu não tinha nada Eu pude sorrir ao pensar em você O lugar onde você está… <<
E aí terminamos a música com ele tendo tomado a ‘decisão’, mesmo que momentânea [ainda não se sabe, devemos esperar o shadow] sobre dar voz maior à persona, dar de fato mais espaço à ela: ele opta por seguir falando as coisas fofas e dar o amor ao fã. E é assim que finalizamos home:
>> É confortável mesmo que você não diga nada Se você estiver ali, todos eles [os lugares] serão minha casa” O seu amor, eu preciso disso O seu amor, eu sinto falta <<
HOME finalizada.
6. JAMAIS VU
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JAMAIS VU é a “consequência” de Make It Right. É o depois de tanto querer agradar e se condicionar em prol dessas pessoas chamadas fãs. Consigo também dizer que é o ‘depois’ de Home, tendo em vista a análise da letra anterior.
Jamais vu: a maior representação da "condição" para ser amado e o medo de não ter mais esse amor por ter "perdido no jogo". É um afastamento da ideia de que possam viver por algo que não seja a persona; não capacidade de enxergar que a vida não é somente reforçar o que os fãs querem, o que a indústria em si quer. Mas sim dar voz ao que eles querem.
Jamais vu significa um momento em que alguém não reconhece coisas familiares ou até mesmo pessoas.
Isso poderia ser chamado de uma transtorno/desordem na memória, mas não é exatamente esse o caso aqui, é algo que eu considero mais profundo por estar muito mais do lado de “dentro” da pessoa e portanto ser algo que apenas ela sente. É um “problema de memória” com relação A SI MESMO. Não deve existir nada mais doloroso do que se esquecer de quem você é, perder o contato, enfraquecer o sinal que antes existia - já fraco, possivelmente - entre você e o seu self, seu centro, seu si mesmo. Em psicologia isso também é chamado de “despersonalização”: um sentimento/sensação de não ser você mesmo, ser algo que nem mesmo você reconhece. Isso dá ao indivíduo um estado mental não familiar [a pessoa vive coisas que são indissociadas de quem ela sempre foi] e é completamente desconfortável no sentido emocional.
Pensando no conceito de persona, jamais vu, a despersonalização, é a consequência sentida por eles já que negam tanto de si mesmos e se calam perante os outros.
JAMAIS VU também é o sentimento de falar com um médico ou com os próprios armys e consigo mesmo sobre a dor de não ser perfeito. É pedir para que a dor pare, mas não ser escutado.
A consequência de não fazer tudo que make it right diz é exatamente o que jamais vu relata. É uma consequência sentida na pele, tanto que a música é completamente melancólica. Não fazer certo as coisas, cair durante uma performance, se machucar e não poder dançar ou performar em pé, tudo isso implica em uma visão de que eles não estão sendo perfeitos ou melhor: estão perdendo no jogo. não raro se vê por aí idols que choram porque não vão poder performar em pé em um ou dois shows, que pedem "perdão" aos fãs por isso ter acontecido?? Agora terão que fazer algo a mais para compensar o "erro". esse comportamento que eles relatam na música pode parecer distante, dramático, algo apenas inserido ali para atribuir um ‘estilo’ à música melancólica. mas na verdade isso é exatamente o que é sentido por eles na vida real. tudo isso se trata de realidade, não uma mera música feita usando alguns conceitos de psicologia (Sombra e Persona). 
A sensação de que agora eles perderam no jogo - agora eles precisam fazer algo para recompensar o tal "amor" e admiração do público. porque lembrem-se do que eu disse em boy with luv: eles são garotos, caras com amor, e esse amor é super condicionado, cheio de pretensões por trás, diferente do amor incondicional, sem pretensão alguma. O mais triste disso tudo que relato aqui é que é algo realmente verdadeiro e vivenciado, eles já têm dentro de si plenamente a ideia que é transmitida a eles: você não pode errar. Porém, a reação politicamente correta de todo fandom, o que já virou um padrão - subir hashtag sempre que acontece algo - passa a impressão de que não é o público que impõe isso a eles, que isso não é uma coisa da cultura dessa indústria (indústria que inclui quem produz e quem consome - empresa e fãs), na realidade é deles, algo completamente pessoal, um problema da mente deles, algo que eles< têm que lidar. não, não é isso. a prova disso é como os idols em maioria funcionam dessa forma, com uma autocobrança excessiva. Eles têm plena noção da cobrança externa. existem aqueles que naturalmente já se cobram, e esses são os que mais sofrem pois é como se tivesse um peso em dobro sobre você. e tem aqueles que não se cobrariam se não fosse por essa obrigação implícita-mas-não-implícita-assim de que eles precisam ser perfeitos. 
Jamais vu é a voz interior deles que tem plena consciência de como essa relação com fã funciona. De como o amor condicionado exige que eles sejam bem fiéis ao conceito de idol - seja o meu modelo e não falhe!
Quando eu entrei no universo de fandoms, em especial do k-pop, eu fiquei chocada em como as pessoas hoje em dia realmente ultrapassam os limites em impor e cobrar as coisas de idols. são 2 anos de fandom e eu conheço bem muitos dos lados dessa cultura, e o que posso dizer que acontece hoje em dia e que pode acabar confundindo muitos novos fãs é toda a necessidade de parecer politicamente correto. as pessoas escolhem mais as palavras do que antes, exatamente porque num período anterior experienciaram ou viram como seriam amordaçadas, canceladas em redes sociais, se deixassem vir à tona tudo que pensam. hoje ser politicamente correto predomina. mas isso não muda muita coisa, pois o momento de hoje não serve para alterar todo o pensamento que eles vivenciaram com tanta intensidade anteriormente. e que eles sabem que existem: só não é mostrado em certos momentos para não ser cancelado, mas que, cá pra nós, segue vindo à tona.
É como estar numa relação em que uma pessoa já te deixou algo claro muitas vezes, e por agora está "sossegada", parou de evidenciar o que ela acha e espera de você. isso muda o fato de que você sabe que ela espera isso de ti? não, pois ela não parece ter mudado o pensamento, apenas não deixa mais isso ser explanado. Por agora ela ‘parou’. e sempre que volta a fazer, faz por algum motivo. Eu associo muito isso à relacionamentos abusivos e/ou à relações em que há uma predominância de autoridade de uma pessoa na outra: alguém condiciona como você deve se comportar. Ela deixa BEM EVIDENTE. Já está intrínseco, inserido ali. E por um momento possivelmente ela pare de cobrar, mas isso não significa que ela mudou com você. E mesmo se for isso: o pensamento já está tão enraizado em ti que nem você acredita que deva parar de ser assim. Está tudo bem. Já estou acostumado. Você me ensinou como devo agir.
Jamais vu confirma como a visão deles sobre si mesmos está fortemente ligada à visão que os outros têm deles. numa relação consigo tão dependente e condicionada pelos outros, como esperar que a visão sobre si seja gentil, tolerante, amorosa? É muito mais difícil do que para uma pessoa comum - que já lida com esses desafios existenciais como uma pessoa normal.
Qual o nível de saúde dentro de uma relação assim? sinceramente, num namoro eu não aceitaria isso, seja eu ou a pessoa dependendo de certas atitudes para ser bem tratadx e ser considerado como bom parceirx.
Jamais vu representa pra mim uma imagem bem clara do peso que eles carregam consigo. Cara, é um título muito honroso e ao mesmo tempo complicado de suportar. Eles sabem que as pessoas se inspiram neles - às vezes de forma exagerada. Eles sabem como cada detalhe deles é visto como algo endeusado. e isso muda demais a forma que eles vão viver consigo e vão se mostrar ao mundo.
Queira você ou não, todos pressionamos eles a sentirem o peso do título. O que poderíamos fazer? Mudança de tratamento e pensamento. Tal como estou exercitando e expondo o tempo todo durante esta análise.
LETRA INTERPRETADA:
>> “eu acho que eu perdi novamente parece que você está brava/o o jogo ilusório acabou acabou acabou <<
pensando em como a condição para ele sentir que perdeu é o fato dele não ser perfeito ou ter cometido alguma falha, isso me faz pensar em um relacionamento tóxico. "você parece brava, eu perdi. não fiz o que você queria"
>> “se isso fosse um jogo, eu poderia simplesmente carregar ele de novo, mas eu acho que eu terei que lidar com isso, lidar com isso mundo real“ <<
"se isso fosse um jogo,eu poderia apenas carregar ele de novo" = o desespero pra fazer tudo de novo e "fazer certo"
>> “seria melhor se isso fosse um jogo, porque isso dói tanto eu preciso curar meu médico.” <<
"eu queria que fosse um jogo, porque isso dói demais" = a prova de como isso dói bastante. o que é intrigante e preocupante é que se fosse realmente relacionado à alguma coisa bem triste, um erro grave que a pessoa cometeu. mas não é o caso. porém, dói tanto.. como se realmente fosse.
>> “mas eu sou outra estrela eu me culpo por não ter sido perfeito freio na minha cabeça, freio no meu passo, sempre eu apenas queria ir bem e fazer você sorrir mas... droga.” <<
"mas eu sou outra estrela"  eu queria que isso fosse um jogo, porque isso dói demais. eu preciso curar o meu médico, mas eu sou outra estrela = quando ele fala "mas eu sou outra estrela", isso me faz pensar em como ele deve ter em mente que ele precisa de ajuda, mas ele é apenas mais uma outra estrela (famoso) no meio de tantos que passam por isso.
Aqui em jamais vu eu noto um pouco de falta de entender o que o próprio eu dele quer que ele note: que é muito difícil ele ser perfeito, e que ele precisa sim de uma certa ajuda pra lidar com isso. Que ele precisa, no mínimo, ser escutado. mas ele mesmo menospreza as coisas que sente. Ele só coloca e reforça em mente o que já empurram pra ele: que você não tem o que reclamar, a sua vida é ótima. Você é só mais outra estrela.
>> "eu só queria ser bom. eu só queria te fazer sorrir... droga" <<
Uma vez eu tive uma relação com uma pessoa que me incomodava demais. era uma pessoa que buscava me agradar demais através desse mesmo comportamento: ser perfeito. e isso me incomodava demais, porque eu não era alguém que cobrava isso, que exigia um alto padrão de perfeição, alguém que fosse bom em tudo. Esse alguém ficava mal por exemplo por notas que tirava e sofria me "pedindo desculpas por não me agradar, não me deixar feliz". Qualquer erro (natural, humano) que essa pessoa cometesse, [como por exemplo ir mal na escola (???)] ou mesmo nem sendo um erro, tudo isso fazia essa pessoa se sentir insuficiente pra mim, inútil e que não era merecedora do meu amor. Isso é completamente ruim e nada saudável, pois primeiro: a pessoa não precisa viver para me agradar; segundo que se trata de uma pessoa que só se enxerga aos olhos dos outros, e em casos piores, quando a pessoa realmente impõe padrões de perfeição para ela, ela vai ficar bem mal. Muitas vezes não tem senso crítico para discernir, diferenciar o que seria bom ela fazer por si e o que não seria. apenas aceita, pois acredita que já que existe o amor suficiente nessa relação, amor que ela acredita que não encontraria mais por aí, ela vai aceitar as coisas como estão mesmo. Ela não pode criticar e tampouco largar, exigir algo. Jamais. Ela tem que agradecer e apenas aceitar tudo como está.
Reflexo no psicológico deles: a culpa que vem depois disso, mais sensação de insuficiência
7. Dionysus
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“A felicidade do homem, hoje em dia, consiste em “divertir-se��. E divertir-se consiste na satisfação de consumir e “obter” artigos, panoramas, alimentos, bebidas, cigarros, gente, conferências, livros, fumes — tudo é consumido, engolido.” - Erich Fromm, A Arte de Amar.
A música compara a arte à uma bebida, que ao ser consumida te deixará viciado, bêbado. é o que fará os ouvintes fazerem o culto à arte, bem como existia o culto à dionísio, deus que representava o vinho, as uvas.
Vinho para dionísio e seus seguidores, música/arte para o Bangtan.
Pensando em como através disso eles buscam uma forma de fugir de suas dores e de se encararem, é o jeito de mostrar como o endeusamento é uma cultura e mais do que isso: UM ESTILO DE VIDA sobre como viver. Ser fã, estar em um fandom consumindo tudo aquilo juntos, “se divertindo”, é uma fuga de si e sinônimo de “felicidade” para eles. Estar em grupo “é estar em família”.
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Dionísio -> deus grego -> culto à Dionísio -> presença forte do vinho -> dava uma sensação de ilusão para quem o bebesse -> -> ilusão que o BTS acaba por transmitir -> tratamento como se eles fossem deuses, tal como Dionísio era -> aqui, o vinho que dá ilusão e embebeda é a música.
Mas afinal, a intenção real é ‘embebedar’ os ouvintes com a música e realmente ser visto como um deus?
Em Persona: não há a busca pela quebra da ideia de deus/imortalidade/visão dionisíaca deles - > eles buscam exatamente se alimentar e seguir com isso, só seguem o ‘flow’. A persona quer usufruir e seguir alimentando suas razões de existir.
Em Shadow: possivelmente teria [ou terá] uma crítica à ideia de endeusamento, que apesar de ter todo um glamour e beleza, também é maléfica à eles, uma vez que aumenta o distanciamento entre eles e os fãs, e os coloca numa posição de ‘ser grande demais’, sendo que às vezes, dentro de si, eles se sentem muito pequenos.
CULTO À DIONÍSIO -> sensação de pertencimento, uma vez que consumir a arte deles meio que cria um culto à eles, assim como existia o culto ao deus dionísio. O culto a alguém que produz música pode ser visto como a atividade que o fandom desempenha. fala da necessidade das pessoas de terem heróis, ídolos para se apegarem. os ídolos são únicos, não há nada nem ninguém como eles, mas quem participa dos cultos - esses são muitos.
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CULTO AO BTS: precisar fazer exatamente tudo que eles esperam que seja feito como fã. deslizou nas regras do culto? você “não é fã de verdade”.
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É como se eles, deuses; e tal como os deus de mitologia: perfeitos e inalcançáveis, estivessem acima de tudo e todos. e eu sei que esse pensamento é bem frequente em fandom e questionar algo já presente parece banal, mas querer falar disso não é banal.
Quando eles são tratados como deuses - que em realidade deuses não são -, expectativas além do normal são colocadas sobre eles, seus "seguidores" precisam fazer exatamente tudo, seguir toda uma ordem do que fazer (e aquele que não fizer algo possivelmente se sentirá mal no começo), precisam fielmente participar do culto.
A questão é por que dionísio foi escolhido, e não outro deus da mitologia. por que seria?
Dionísio estava quase sempre alegre, efeito da embriaguez pelo vinho. Em seus cultos as pessoas buscavam se embriagar também. Dionísio representa a parte inconsciente da mente humana, é o instintivo, o animal, o mais primitivo. E relacionando ao conceito aqui, é o ‘amor avassalador’ do fã, a fantasia, o excesso de se viver preso ao que é esse ídolo, afastando de si mesmo e da imagem do que o famoso realmente é: um ser humano, como todos nós.
> dionísio realmente representa uma certa ‘loucura’, é uma atração às pessoas trazendo aquilo que fará elas ocuparem suas cabeças, se sentirem preenchidas com algo. acontece que mesmo que as pessoas vivam afirmando que estão preenchidas somente pela música e que participar do fandom traz uma sensação de família, convenhamos - a sensação existe, mas não é plenamente verdadeira. é realmente como estar embriagado: perder contato com seus sentidos, falar besteiras, perder contato com a tua consciência e realidade e só ficar alegre e feliz.
Esse efeito de ‘sempre alegre e feliz’ é algo muito forçado tanto pelos idols quanto pelos fãs, que consomem a música. “Os nossos deuses estão felizes, logo estamos felizes também”. Será? Mas a felicidade não é algo vivida dentro de ti, com uma relação maior com as coisas que você vive e que você sente?
Estão sempre bêbados e incapazes de adentrar na consciência e dar voz à tristeza, aos problemas, a questionamentos. Alegria e prazer.
As consequências péssimas de um endeusamento (tratá-los como deuses) ficam bem escancaradas em momentos como um recente em que o joon postou uma foto dele num restaurante, e no fundo tinha uma vaca exposta. muita gente ficou revoltada mas eu não entendi o ponto da revolta quando ele estava exercendo o direito dele de não ser vegano/vegetariano. Eu tenho minhas opiniões pessoais sobre isso, eu tenho comigo a ideia crítica sobre a forma como matam os animais, mas ele nunca afirmou não consumir carne. Porém o "desapontamento" das pessoas foi tão grande e eu me perguntei por que isso se tornou pauta das pessoas: o consumo de carne por parte dele. É como se esperassem o contrário vindo dele.
A realidade é que colocam eles em um pedestal tão grande de expectativas disso e daquilo, mas no fundo não conhecemos realmente quem eles são. Ele nunca afirmou ser vegetariano/vegano e ter uma filosofia de ir contra qualquer e todo mal trato a animais. Mas as pessoas ligam kim namjoon à uma imagem tão forte de "militância por todas as causas polêmicas" que acreditam que ele realmente vai [e tem que] satisfazer todas as expectativas do público. Ele nunca se comprometeu em ser um representante disso, porém as pessoas incorporaram isso à ele. e cobram como se ele tivesse um débito a pagar.
Esse é apenas um dos muitos exemplos de como colocar o artista num pedestal e tratá-lo como se fizesse um culto à ele tem seus lados "positivos" (no sentido do artista ser bem tratado, mimado, exaltado), mas também tem suas consequências, que acabam falando muito mais alto e sempre dão às caras.
Fim das análises de faixa por faixa e fim da análise do álbum!
Basicamente, o MOTS : Persona cumpriu  papel de trazer à tona tudo que a Persona é, com pequenas aparições da Sombra. Agora é aguardar pelo lançamento do próximo, MOTS : Shadow.
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+ BÔNUS: CRÍTICA À CULTURA DOS FÃS DE K-POP
“Certamente, qualquer fã verdadeiro/que se preze não só consegue receber críticas sobre o artista, mas também os critica. Se você não pode/consegue criticar um artista que ama, não é fã, é um obcecado. E não de um jeito bom. Esses artistas também são humanos, então não devemos enxergá-los com uma consideração tão alta. Eles são como nós, só mais ricos e consideravelmente mais famosos.”
Por que a música deles não poderia se tratar das sensações também ruins que eles têm com a fama? Por que os fãs realmente acreditam que para os famosos, que são antes de tudo humanos, a relação com os fãs é a coisa mAIS IMPORTANTE que eles possuem. Não é. Pois apesar do amor, não existe uma confiança plena, 100%, e tampouco é um amor verdadeiro e incondicional, é mega condicionado, se ama ele pelo glamour que ele possui, não pelas características dele de personalidade que não envolvem fama ou que ele teve que negar de si. As coisas mais importantes para ele devem ser as relações pessoais que ele possui e a vida com ele mesmo, antes de tudo.
Existe algo que eu, por ter participado por muito tempo de fandoms, notei ser muito recorrente nessa cultura.
Há uma necessidade de pertencimento: fazer parte do grupo, do ‘fandom’, se sentir em ‘família’, sentir que você é visto pelas pessoas, que eles te escutam (chamar a atenção por meio de posts escandalosos, querer likes), fazer qualquer coisa para ser ‘alguém’ naquele meio, naquele grupo que passa a ser muito importante para a sua identidade e autoestima.
O sucesso do grupo/do objeto a quem eles destinam atenção = sucesso pessoal deles. Algo completamente fictício, porque o sucesso pessoal do famoso não significa que você está tendo sucesso na sua vida também. Mas é o que muitos ali vivenciam. Vivem suas vidas pelos seus ídolos, seus deuses.
Ídolo = representa o que eles queriam ser, e não é apenas uma admiração, mas passa a ser uma imposição do que fazer pois todos esperam que o ídolo seja O role model.
A prova de como essas pessoas se projetam demais às figuras dos ídolos é o fato de que elas se ofendem como se tivesse a ver consigo mesmas quando alguém fala mal do artista. A autoestima delas está condicionada ao que o grupo vive, o senso de pertencimento e valor também, logo essas pessoas não só podem como devem defendê-los - pois também estarão defendendo a si mesmas. É pura e simplesmente projeção. Projeção de ser perfeito = todo peso de ter que agradar e manter tudo perfeito, a imagem lapidada e polida de que eles são superiores e perfeitos
Dá o doce = "defende", exalta e etc, alimenta uma imagem super forte de perfeição do tal “deus”, ídolo.
Tira o doce = em momentos em que nota que o ídolo não é toda essa perfeição; tira o doce e a própria fã parte para cima para criticar, pois nota que ele não é tudo que ela diz e acreditava que ele é.
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EM BREVE NESTE TUMBLR: ANÁLISE DO MAMA 2019, ANÁLISE DO MMA 2019 E ANÁLISE/INTERPRETAÇÃO DE SUGA’S INTERLUDE.
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say-narry · 4 years ago
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Moral of the Story: Capítulo 2
Capítulo 1
Após chegar no aeroporto, Louis fez questão que eu viajasse com ele até Los Angeles.
Estávamos eu, ele e seus assessores no avião, junto com seus seguranças.
— Como você se sente? - A voz de Louis saiu baixinho. — É uma pergunta estúpida, eu sei, mas tem algo que eu possa fazer?
— Não Lou, já está fazendo mais do que o necessário. — Sorri sentindo meus olhos lacrimejarem.
Ele assentiu e desviou o assunto, xingando Niall com seu sotaque inglês que me fazia rir às vezes.
Em poucas horas pousamos em Los Angeles, Louis queria que eu fosse pra casa dele, mas agradeci e peguei um táxi para meu antigo apartamento.
Era em um bairro mais humilde em L.A, um condomínio fechado que há muito tempo eu não visitava. Em meus momentos de folga sempre ficava na casa de Niall, que até então eu acreditava ser meu lar.
O sol já estava se pondo, passei pela portaria me apresentando e caminhei até o prédio do meu apartamento.
Entrei no elevador e cliquei no botão para ir até o andar do meu apartamento, vi uma família correndo e segurei a porta.
A moça se parecia comigo, junto com um rapaz de cabelo castanho e de pele bem clara, de mãos dadas com ele havia um garotinho de olhos azuis que balançou a mãozinha pra mim.
Sorri o cumprimentando de volta e segurando o choro que subiu pela minha garganta.
— Você é nova aqui? — A mulher perguntou com um sorriso simpático.
— Não muito, tenho apartamento aqui há algum tempo, mas não venho muito pra cá. - Respondi baixo.
— Entendi. Se precisar de algo, sou Lauren, esse é Nicolas — apontou para o homem — E esse é nosso filho, Mathew.
Meu coração derreteu, eu meu via ali naquela família com Niall. Eu me via com filho quando sempre rejeitei crianças, mas gostaria de ter um fruto de amor com ele.
Balancei a cabeça positivamente e me despedi saindo do elevador.
Caminhei pelo corredor e parei em frente a porta branca do número “182” dourado e procurei minhas chaves na bolsa, as peguei abrindo a porta e pela primeira vez em horas, me senti confortável.
Meu apartamento era pequeno, os móveis forrados com lençóis brancos para protegê-los.
Bati a mão no interruptor e fechei a porta. Me virei a trancando e retirei a chave, colocando na mesinha ao lado.
Tirei a bolsa de meu notebook dos outros a deixando no chão, suspirei profundamente e comecei a retirar os lençóis tentando deixar o ambiente mais aconchegante possível.
🍂🍁🍂🍁
Depois de retirar o mais grosso da poeira, peguei meu celular que marcava pouco mais de meia noite. Meu corpo dolorido começava a reclamar novamente de todo o esforço.
Deslizei o dedo pela tela devido a inúmeras notificações até ver o nome dele.
Cliquei na notificação e desbloquei o celular, vendo as mensagens.
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Revirei os olhos já marejados lendo aquelas mensagens. Eu sempre deixei claro a respeito de traição, mas ele foi e fez. Não teria volta. Não teria.
Bloquei o celular sem responde-lo. Peguei algumas roupas limpas na mala, precisava ligar para Simon me enviar minhas roupas que haviam ficado na casa de Niall.
Liguei o chuveiro do pequeno banheiro e comecei a soluçar, em 4 dias era pra ser o dia mais feliz da minha vida e agora eu estava me debulhando em lágrimas.
Lavei meu corpo e meus cabelos, sai do box após desligar o registro, minha cabeça estava latejando de dor. Coloquei meu pijama e deixei tudo como estava, deitei na cama do meu quarto e me encolhi, desejando dias melhores.
🍁🍂🍁🍂
Abri os olhos lentamente, estiquei meu corpo ainda confusa de onde eu estava. Olhei para as paredes brancas e como um tiro, todos os acontecimentos das últimas 42 horas passou por meus pensamentos.
Um som baixo ecoava, virei para o lado contrário da cama buscando por meu celular e ele não estava ali.
Me arrastei pra fora da cama, descalça, cambaleei até a sala onde havia deixado meu celular.
Era Kristen, minha ajudante na produção, havia mais 9 chamadas perdidas até seu nome brilhar na tela do aparelho novamente.
— Oi Kristen.
— (S/A)... onde você está? Pelo amor de Deus, te mandei inúmeras mensagens, todos estão loucos atrás de você, inclusive ele. - Kris disparou sem tomar fôlego.
— Eu pedi demissão, Kristen. — Disse sucinta.
— Onde você está? — Ela repetiu.
— No meu apartamento. — Encostei o corpo na porta de entrada e deslizei até o chão.
— Em Los Angeles? Estamos indo pra aí.
— Estamos quem, Kristen? Se você ainda me respeita e tem consideração por mim, não vai aparecer aqui. — Falei mais alto.
A ouvi suspirando do outro lado da linha e alguns grunhidos.
— Amor... — Ouvi a voz Niall e fechei os olhos, segurei minha cabeça com uma mão e fechei os olhos.
— Cadê a Kris? — Chieei.
— Amor, me escuta. — Niall murmurou.
Fechei os olhos e a dor na minha cabeça veio com tudo novamente.
— Pelo amor de Deus, pare de me ligar ou tentar contato comigo, Niall! Eu estou te pedindo com a pouca paciência que me resta. Acabou, entendeu? — Disse da melhor maneira que consegui.
— Me dê, Niall! — Ouvi a voz de Kris. — (S/N), desculpe ele pegou meu celular quando ouviu seu nome. Eu entendi, se precisar de algo só me ligar, está bem?
— Ok. Tchau. — Coloquei o smartphone na minha frente e desliguei.
Suspirei alto. O que ele queria? Não tinha mais nada a ser tratado. Ele fez o que fez, eu não estou errada, ele é que está.
Me levantei com as poucas forças que me restavam e voltei pra cama. Meu estômago estava dolorido, mas definitivamente eu não conseguiria engolir nada.
2 dias depois...
— Maya... por favor... — Lamentei através da videochamada, Liam estava fazendo um biquinho de choro nos fazendo rir.
Fazia 3 dias que eu estava na cama, algumas embalagens de comida japonesa ocupavam espaço na escrivaninha. Simon havia me ligado e enviado as minhas coisas para o apartamento, mas eu sequer havia aberto as caixas.
Eu podia ver alguns paparazzis de plantão no meu condomínio, Niall não havia mais tentado entrar em contato, para meu alívio e aperto no coração, eu sabia que sua insistência não iria longe, até porque ele tinha Hailee agora.
Liam, Maya e Louis sempre me ligavam, Kristen mandava mensagem de texto falando a loucura que estava tudo aquilo, mas eu levava mais como um desabafo do que uma súplica para que eu voltasse.
Agora, Maya havia me convidado para um jantar pois após uma pequena separação, ela e Liam irão noivar novamente e agora, vão direto pro casamento em algumas semanas.
Como eu os havia convidado para meu casamento com Niall, eles sentiram que deveriam me chamar para a comemoração deles, agradeci e recusei, mas eles insistiam.
— Liam, em nome dos anos de banda, acho que deveria chamar Niall, sabe? Eu adoro vocês e sou grata por todo apoio, mas...
— Sem mas (S/A), Niall provou não ser confiável para ser nosso padrinho. Tem outra pessoa que fará par com você, por favor! Bear sente sua falta e nós ficaríamos muito felizes! — Liam disse e Maya concordou com a cabeça dando um joinha.
Revirei os olhos e concordei. Eles gritaram em comemoração.
— Vou pedir pro meu motorista ir te buscar, querida! Esteja pronta as 7. — Concordei com a cabeça novamente — Um beijo! — Ele disse em português e acenaram, até encerrar a chamada.
Bloqueei a tela e suspirei tentando arranjar forças.
Levantei da cama e comecei a arrumar meu quarto. Joguei as embalagens no lixo, puxei os caixotes que Simon havia entregue e comecei a reoorganizar meu pequeno closet.
Havia algumas camisetas de Niall no meio de minhas roupas, sentei no chão e coloquei contra meu rosto. Ainda não tinha acreditado em como tudo acabou, havíamos chegado tão perto...
Senti o perfume que tanto amava e meus olhos se encheram novamente. Deitei no chão e me permiti chorar mais um pouquinho.
Solucei alto, ao lembrar da notícia, da foto dele no carro, da voz dele me chamando de “Amor” na ligação.
Utilizando meus braços como escora, levantei ficando sentada novamente.
Dobrei as camisetas dele que por vezes eu usei e deixei no canto. Iria deixá-las no fundo do armário, bem como meus sentimentos por ele.
Recolhi o restante das coisas, as guardando em seus respectivos lugares.
Peguei uma calça preta social, uma blusa de seda rosa de alcinhas e um casaquinho bege. Quanto menos chamativo, melhor. Fui ao banheiro e comecei a maratona de me preparar para o jantar de Liam e Maya.
🍁🍂🍁🍂
Duas horas e meia depois, eu estava pronta. Havia gasto boa parte da minha maquiagem para esconder as olheiras, a pele esquisita e o cabelo amarrotado depois da minha hibernação-pós-luto-de-relacionamento.
Havia solicitado a Lauren que comprasse algumas coisas pois não queria sair de casa naquele período, logo ela ligou os pontos e soube quem eu era e o motivo do meu retorno.
Trocamos poucas palavras, mas ela havia me servido como um ombro amigo e graças a ela, minha despensa estava cheia e havia algumas coisas como edredoms, toalhas, pratos, talheres e utilitário novos em meu apartamento.
Peguei uma água com gás e fui bebendo até que o porteiro anunciasse que o motorista de Liam estava alí pra me buscar, o que não demorou muito.
Peguei minha bolsa com documentos, dinheiro e celular, tranquei a porta e desci.
Pela minha sorte, os paparazzis haviam ido embora, então não precisei me preocupar com isso.
Cumprimentei o motorista de Liam e entrei no carro. Eu batucava os dedos rapidamente, eu não queria encontrar Niall, mas algo dentro de mim falava que ia acontecer algo essa noite.
🍁🍂🍁🍂
A meu pedido, o motorista de Liam entrou pelos fundos da enorme casa do meu amigo. Havia um som agradável e inúmeros fotógrafos na frente do condomínio mais luxuoso de Los Angeles.
Suspirei agradecendo e me dirigi até a porta de entrada da casa. Maya estava deslumbrante com um vestido rosa claro com alguns brilhos bem como Liam, com gravata e colete escuro.
Os abracei tentando abrir um sorriso. Eu estava feliz por eles, mas internamente parecia que estava revivendo tudo com Niall.
— Ficamos felizes que veio, (S/A)! Fique a vontade, daqui a pouco o jantar será servido. — Maya me disse e pediu licença, indo cumprimentar outros convidados.
— Como se sente? — Liam me deu uma taça de champanhe, a peguei molhando os lábios.
— Bem, na medida do possível. — Falei passando os olhos pelo lugar, havia alguns conhecidos, acenei brevemente e sem sinal de Niall, para minha sorte.
— Fique tranquila, ele não virá. Nós o convidamos, mas ele aparenta estar tão mal quanto você. — Liam seguiu meus olhos e também acenou.
Suspirei e Liam pediu licença pois iria ver onde Bear estava, fui caminhando com a taça na mão e cumprimentando brevemente quem eu me recordava.
Achei uma porta aberta que dava ao enorme quintal com uma piscina iluminada. Havia balões com as letras M e L com alguns corações.
Caminhei entre as pedras fincadas na grama descendo até a área da piscina, chegando perto das espreguiçadeiras marrom escuro. Me sentei em uma delas e encarei a água reluzente da piscina.
Havia algumas pessoas conversando ao redor, mas parecia que eu estava invisível ali, o que me deixou mais calma.
Balancei a taça de champanhe que já estava sem gás.
O céu estava limpo e estrelado, era uma bela noite... E pensar que, internamente eu ainda estav fazendo a contagem regressiva pro meu não casamento... Ri da minha própria desgraça.
Comecei a cantarolar Night Changes devido a situação.
— Does it ever drive you crazy... — Senti o choro descer entre o caminho já conhecido, minha bochecha e caindo no meu colo. Solucei abaixando a cabeça, como tudo aquilo ainda doía.
— Just how fast night changes... — Ouvi uma voz um pouco mais rouca do meu lado.
Vestido num terno rosa de camursa impecável, com uma camisa social preta com os 3 primeiros botões abertos, também acompanhado de uma taça com champanhe e anéis... lá estava ele.
— Harry.
Ele sorriu e por algum motivo, minhas pernas bambearam.
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Espero que tenham gostado! Comentem aqui suas opiniões, elas são importantes pra mim
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docoracaopromundo · 5 years ago
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Nesse período, fiquei mais em casa estava triste pelo o que havia acontecido e por um momento pensei estar depressiva, mas o pior ainda nem tinha acontecido. Eu e o Raphael alugávamos um chalé em Camburi- SP e íamos sempre que podíamos, aliás quase todos os finais de semana, porém em um final de semana em específico, dia 09 de julho, fomos para a Lost House Maresias eu estava mal pela minha perca e queria encher a cara, o Raphael causando no rolê e bem na hora o Lucas me ofereceu MD. Tomei e fiquei muito louca, no dia seguinte ao acordar reparei que o Raphael estava no banheiro e resolvi olhar o celular dele e vi algumas mensagens para meninas, uma em especifico, foi alguns dias após eu ter perdido o bebê e dizia assim: “Oi Bruna, eae quando vamos tomar aquela breja.”
Ler aquilo, me mostrou o quanto Deus me ama e quis me proteger desde o início, o cara não respeitou nem o fato da mina dele ter perdido o bebê e na mesma semana chama outra mina para beber? Ele não precisava disso, pois quem me conhece sabe que não tem tempo ruim comigo, eu bebo, eu fumo, eu vou para roles, acompanhava ele em tudo. Porém isso não foi o suficiente, mas para mim foi para deixar de ser trouxa e largar ele. Pude perceber o tamanho do livramento que Deus me deu, passado um tempo conheci melhor um outro rapaz chamado Erich, mas não quero entrar em muitos detalhes dessa relação, durou em média 2 anos e terminamos porém mantemos a amizade até hoje.
Assim que terminamos pensei em chamar o Lucca, porém não tinha mais o contato dele, e pelo facebook fiquei com receio dele não me responder. Mas mesmo assim tentei, e graças a Deus ele me respondeu. Meu coração batia até mais forte em saber que ele não estava com raiva de mim. Fiquei muito feliz em saber que ele estava bem, e tinha várias novidades como por exemplo, ele já não morava mais em Santa Catarina, estava na Itália jogando como goleiro e realizando o seu sonho! Antes de ir para Itália ele me contou que foi para a Colômbia, ai eu pude ver o quanto esse homem é esforçado e batalha em busca do que quer. Nos primeiros dias que conversamos, ele disse que sempre gostou de mim e que jamais havia me esquecido, disse que eu estava bonita. Mas logo depois veio com um balde de água fria dizendo que havia se relacionado também com uma mulher mais velha e que ela o salvou, e ajudou ele enquanto ele precisava. Fiquei muito, muito, muito triste, mas ao mesmo tempo feliz por ele ter encontrado alguém firmeza, que o ajuda-se. Fiquei triste por não ter sido eu, talvez eu não me esforcei tanto para ajuda-lo, mas de qualquer forma o que importa é que ele conseguiu! Teve um dia que ficamos quase 3 horas no telefone, aqui no Brasil era de madrugada e lá na Itália já era manhã, cada vez que ele falava que jamais me esqueceu uma lágrima minha escorria, eu ficava feliz por saber que ele sentia minha falta, quando então ele disse que sempre falou que um dia ele traria a mulher que ele ama ao lado dele não importava o tempo que isso demorasse. Depois de tudo o que ele fez para alcançar o sonho dele eu acredito muito que ele seja capaz disso, eu não duvido de mais nada quando o assunto é ele. Eu sou muito orgulhosa, mas quando se tratava dele eu não abri mão de procurar novamente, até porque ele estava presente na minha memória em quase tudo que eu fazia e em todos os lugares que eu ia. Escrevendo isso hoje eu me recordo de inúmeras loucuras que fizemos juntos e essas lembranças despertam vários sentimentos em mim, eu choro de saudade e de felicidade em saber que ele está bem. Mas podia ser diferente, queria você por perto. Você faz falta, no meu serviço as meninas me chamam de Namastê, ou Nathyroots, e sempre querem ouvir as minhas histórias de loucuras e maioria delas inclui você. Elas mesmo já me disseram que eu gostava desse tempo mesmo, porque eu conto tudo com um brilho nos olhos. E sempre que me perguntam, eu respondo: - Sim, foi a minha melhor fase, e se eu pudesse faria tudo novamente. Só que Lucca, até hoje não encontrei um cara como você! Escrevi tudo isso para que você saiba que além da sua família você tem uma mulher aqui que torce muito por você, pela sua vitória. Te lembrar que o mundo é pequeno e você pode tudo! E se Deus permitir, vamos viver tudo isso novamente até melhor do que já foi.
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coisasquevemdaluz · 5 years ago
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deixando doer.
Resolvi que ia escrever aqui sobre minha vida, que nem um diário. Já estamos no século XXI, não tem essa de escrever em caderninho, né? Antes de tudo, quis começar porque eu preciso desabafar enquanto não tenho escuta qualificada, vulgo psicoterapia. Chegou num ponto que eu já contei tudo pra todo o mundo e nem sinto mais como se minha privacidade existisse. Esse Tumblr é pra mim e quem me achar, seja lá como, e queira ver. Eu realmente não me importo. As coisas aqui serão um pouco rasas.
Vamos começar por onde tudo começou: meu nascimento.
Sou a filha mais velha, nasci em 1999 e sou de aquário. Em qualquer lugar você consegue achar mais informações sobre mim. O ponto é: minha família não é perfeita, assim como a de ninguém. Não julgo meus pais pela falta de instrução, planejamento ou por sempre manterem as expectativas altas porque acontece às vezes. São os mesmos motivos pra diversos erros ao longo de toda a vida de todo o mundo, eles não seriam exceções ao serem simplesmente medíocres (no significado real da palavra, não no ofensivo).
Enfim, como minha vida em família não é tão expressiva, recebi uma proposta de intercâmbio de trabalho pros EUA logo depois te ter entrado na faculdade. Ia passar 3 meses inteiros longe de casa. Maravilhoso, né? Meus pais concordaram e fechei o contrato. Ia ser um certo livramento viver por mim mesma e ter uma certa liberdade.
Parti. Fui morar em Wisconsin Dells num quarto de 10m² com mais 3 meninas desconhecidas, brasileiras também. Um tempo antes nos contatamos e tivemos a ideia de ficar juntas, pelo nosso bem. Eu trabalhei como barista num Starbucks dentro do hotel onde eu trabalhava até o dia 31 de dezembro. Do dia 1º de janeiro em diante trabalhei como front desk, costumer service, etc. Mais pra frente eu explico.
Por a gente amar uma festinha no nosso quarto, conheci muita gente. Conheci gente do Peru, do Chile, das Filipinas, da África do Sul e por aí vai. Conheci muitos brasileiros também. Vários de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Mas um do Rio me pegou de jeito.
É meio clichê e um pouco bobo lembrar de datas, mas eu lembro. Foi no dia 11 de dezembro que ele foi no meu quarto pela primeira vez. Tinha acabado de chegar do trabalho e ainda tava com o uniforme do lugar que a gente trabalhava, ele era front desk.
Quando vi ele já gostei. Aliás, ele era carioca. O sotaque era lindo, o jeito era lindo e estudava Psicologia, que nem eu. Tanto que, eu só lembro desse dia porque justamente eu, ele e uma das minhas roomates estávamos conversando sobre Psicologia e eu fiz um vídeo dela dizendo que era Behaviorista “raiz” e ele, segue a Psicanálise. É um vídeo engraçadinho mas só tenho olhos pra ele. Ele tá lindo alí.
Enfim, todo final de semana geral ia pra uma baladinha da cidade. 6 dias depois que ele foi no meu quarto, fiquei com ele. A gente tem até uma foto desse dia, tal ato depois virou nossa rotina de balada: ir pra área de fumante tirar uma foto nossa. Tenho uma coleção.
A gente foi se envolvendo e ele é incrível, admirável. Ouvir ele sempre foi muito bom, em todos os momentos. Nossas trocas de conversa, música, clipe, filme, palhaçada, saliva, suor, sempre foram trocas boas. Minha cultura sobre meu próprio país cresceu muito em pleno Estados Unidos só por causa dele.
No ano novo, eu fiz merda. Tinha um menino de São Paulo que era muito meu amigo. Eu peguei ele sem mais nem menos. E ainda mais uma chilena. E ainda dei um beijo triplo depois. Obviamente ele ficou puto. Com razão, eu também ficaria. Foi o primeiro dia que eu dormi sozinha depois de 1 semana, e não acordei pro trabalho pela 3ª vez em 7 dias. Fui “despedida”, me remanejaram pro front desk, onde ele trabalhava. E a gente ainda não tinha se resolvido. Ele me treinou e foi tudo ok, mas não tava tudo ok. Uns dias depois conversei com ele e a gente se resolveu como adultos. Ficamos bem e eu creio que aí eu já amava ele.
Meu palpite é: nesse lugar, ninguém se conhecia e ser “jogado” lá nos deixa desesperados por dependência de alguém. Minhas amizades ficaram fortes muito rápido, todos meus sentimentos ficaram a flor da pele.
No meu aniversário andamos pela rua e bebemos vinho com queijo. Uns dias depois planejamos uma viagem por 3 estados, sem contar o nosso. Eu já amava muito ele. Eu amava a sensação de passar por aqueles lugares com ele. Seria diferente se fosse com qualquer outro. Mas aí que vem o problema que persiste até o fim desse texto: eu nunca fui de demonstrar. Eu gosto de ter tempo de qualidade com quem eu gosto, mas com isso eu estou sendo egoísta e não fazendo o que gostam. É bem chato da minha parte e eu tenho noção total sobre isso. Coisas que já aprendi que tenho que mudar.
Nos meus últimos dias, passei 1 semana sozinha porque minhas amigas já tinham voltado pro Brasil. Ele ficou lá no meu quarto quase todos os dias. Me ajudou muito. Eu tive um pequeno episódio de um surto e ele me ajudou como ninguém conseguiria.
O último dia foi dia 9 de março. Eu tive que dar tchau e ir, e eu dei tchau e fui. Mas eu tava empolgada, nem liguei muito e fui pra Chicago. Pensei que a gente ia se ver quando ele voltasse. Até que começaram todos os problemas reais e próximos do coronavírus. Fiquei preocupada em voltar. Quando cheguei no hotel, fui trocar de roupa, queria explorar a cidade.
Eu tinha comprado algumas câmeras descartáveis e tinha revelado as fotos. Fui vendo elas e vi o verso de uma que eu tinha tirado dele, de costas, vendo um trem passar em Des Moines. O que ta escrito atrás eu não vou dizer, mas foram poucas palavras que me fizeram desabar por inteiro. Passei uma hora inteira chorando e tentando me recuperar. Eu amava muito ele e caiu a ficha que não ia mais ter nada ali. Pois bem, fui tentando conversar com ele ao longo do dia e aí percebi que ele estava diferente.
Eu sinceramente não sei o que aconteceu. Muita coisa passava na minha cabeça e a provavelmente mais plausível era: será que ele tava me esperando ir embora? E agora eu tinha ido, não tinha mais pra quê ele sustentar papinho.
Voltei pro Brasil e nossas conversas estavam cada vez mais espaçadas. Demora pra responder ou então ficar dias sem falar nada. Fui ficando mal, de verdade. Chorei por quase 1 mês todos os dias, parei lá pro dia 2 de abril, 3 dias atrás só, quando tomei a decisão de que eu precisava de respostas. O relacionamento não era só meu pra eu sofrer por tudo e nem só dele pra ele tomar qualquer decisão sem me avisar.
Pois bem, mandei a mensagem hoje às 8:59 da manhã. Estou postando isso às 23:40 e ainda não tenho respostas, e não sei se vou ter também. Mas tá tudo bem comigo. Meu psicólogo é forte, apesar de tudo. Além do mais, é só fingir que tudo isso não existiu, né?
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hikarishirohana · 6 years ago
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TAG: O Ficwriter Veterano
Regras:
• Só quem pode responder a tag é o ficwriter que possui a fanfic mais velha da conta atual postada a mais de um (1) ano atrás.
• Só poderão ser taggeados outros ficwriters que se adequem à primeira regra, isto é, que sejam veteranos também.
• É proibido taggear de volta.
• O mínimo de pessoas que podem ser taggeadas é três (3); não existe máximo.
• É obrigatório dar créditos à autora da tag @mushmellows.
• É proibido modificar a tag de qualquer forma sem permissão da autora da tag.
• A tag pode ser respondida de qualquer forma: podcast, texto, vídeo, etc.
Questões
1) Qual é seu nome de usuário? Qual é a história dele?
Well, sou e sempre fui HIkariMinami, que nada mais é que a junção do nome de duas personagens que muito estimo. A primeira, HIkari Yagami, é de Digimon Adventure, enquanto a segunda é Minami, fem!protag de Pokémon Rangers Guardian Signs. Amo-as com todo meu coração até hoje ♥
2) Quem é você como ficwriter? Como se apresentaria a um leitor?
A menina dos crackships e das fics em que nada acontece. Brincadeira.
Assim, é verdade, mas prefiro me descrever como o tipo de ficwriter que apresenta possibilidades — cenas curtas, ships inusitados... o potencial do que pode se tornar tantas outras coisas.
3) Em quais plataformas de publicação de fanfic e redes sociais você tem conta como ficwriter?
Spirit, Nyah, Ao3, Tumblr e Twitter.
E, como nunca decido onde vou postar (por que não em todos os sites? Uma ótima pergunta), existem algumas fics exclusivas de cada uma dessas plataformas. Mas não temam, pois organizei, com muito esforço, uma masterlist com todas as minhas fics!
4) Há quanto tempo escreve? Para quais gêneros e fandoms escreve, ou já escreveu?
Escrevo faz 6 anos (?). Assim, minha primeira fic é ainda mais antiga, mas como eu ainda não sabia o que era uma fanfic naquela época, acho que não conta. (Longa e embaraçosa história.)
Enfim, escrevo para Grand Chase, Pokémon Special, Fire Emblem Awakening e o que der vontade no momento, então tenho muitas fics de categorias perdidas. E meu gênero preferidos é fluffy, mas às vezes é legal revezar com um angst. Tenho algumas tentativas com comédia também, apesar de não ter certeza se elas deram certo.
5) Escreve para algum OTP? Se sim, qual? O que te levou a começar a escrever para esse ship?
LASS/ARME É OTPZÃO E EU POSSO PASSAR UM ANO ESCREVENDO SOBRE ELES
De fato, foi esse ship que me manteve no fandom de GC mesmo quando não passava mais uma alma na categoria. E não sei exatamente por que comecei a escrever sobre eles — só sei que foi uma das melhores ideias que já tive.
6) Das obras da sua autoria, quais as suas favoritas? Por quê?
Acho que a que mais aprecio é “Destroços”, porque é a melhor oneshot de personagem que fiz até hoje. Ela surgiu a partir de muito esforço, analisando cada uma das falas do Lass no gcm, e foi também uma das minhas fics mais bem recebidas. Orgulho define.
Amo também “Welcome Back”, visto que ela é a única fic em que consegui traduzir perfeitamente uma cena da minha cabeça em palavras. Sem falar que é sobre o Inigo e eu amo demais aquele menino.
Adoro muito “Aniversário”, minha única fic de Kaminai, que pessoalmente acho muito fofa.
E, por fim, “Serenidade”, porque foi a partir de reviews dela que descobri uma das minhas principais características como escritora: a minha fluidez. Sem falar que ela foi muito bem recebida, apesar de ser FeelingShipping, então isso me deixa ainda mais alegre.
(Só como um extra: tem também “Sobre lembrar, relembrar, esquecer e fingir”, uma fic que nunca postei, pois envolve uns OCs meus. Ela é um angst muito lindinho, e uma das minhas principais referências para construir a relação de dois determinados personagens.)
Talvez tenham sido muitas, mas quis colocar uma para cada “categoria” que citei acima. É que, no fundo, eu gosto bastante das minhas fics ksjadlkdsjksl
7) E sua primeira estória? Como foi criá-la?
Foi divertido, no mínimo. Era uma fic crossover de Fairy Tail com Grand Chase, com direito a OC mary sue. Enfim, aquela bagunça de criança. Apesar disso, até hoje tenho um amorzinho por aquele plot e por mais de uma vez já cogitei reescrever a fic e postá-la em uma outra conta em que eu finjo ter 12 anos
8) O que faria diferente hoje em dia?
Pensando no enredo, mudaria um ou outro detalhe e tentaria deixar a personagem principal menos nojentinha. De resto, só escreveria melhor mesmo. Inclusive, tenho todo o esqueleto do plot guardado até hoje, sem qualquer alteração, para quando quiser tentar de novo.
9) Qual das suas obras você recomenda para um leitor que nunca te leu? Por quê?
“Destroços”. É que o orgulho é muito. Mas slá, depende de quem é esse leitor também.
(E, sim, eu fiz um teste e dei “Destroços” para uma pessoa ler. O nervosismo tava a mil, mas acho que a pessoa gostou, então deu tudo certo?? aldbsldnkc)
10) Das obras que você escreveu, de qual capa você mais gosta? Por quê? Quem a fez?
A capa de “Schlemiel e Schlemazl”, talvez? Tipo, entre as capas que eu fiz, acho que é a minha preferida — tem alguma coisa nela que acho adorável. Mas slá, em geral minhas capas não são aqueeela coisa.
11) No que está trabalhando agora?
Um projeto de aniversário da Lire que, com muito esforço, sai.
E eternamente na minha longfic que nunca será finalizada.
12) No que quer que sua escrita melhore e como pretende alcançar esse objetivo?
Pensando na minha situação atual, eu quero primeiramente conseguir escrever. Falta tempo, falta inspiração, falta vontade até — tudo.
Mas em geral, quero ter uma escrita cada vez mais fluida. Por isso, tento sempre escrever um pouquinho, pelo menos uma vez por semana, conectando ideias e frases e sentidos.
13) Como lida com bloqueio criativo?
Eu não lido. Ele me consome até quando quiser dar uma trégua. Brincadeira. Ou não.
Mas tento sempre voltar à minha zona de conforto — e, com isso, refiro-me a fics de GC, que envolvem self-insert ou Lupus Wild. Ou os dois.
14) Que apps usa pra escrever e que sites te ajudam no processo?
Bear, Google Docs, Word — escrevo onde me der vontade e onde eu puder na hora.
Quanto aos sites, Tumblr tem muitos prompts legais, Twitter tem muitas fanarts lindas que me inspiram e sinônimos.com.br é o melhor site já inventado.
15) Que conselhos dá a um novo ficwriter?
Sai do fandom agora ou nunca mais. Brincadeira.
Aproveite. Aproveite como você quiser, na medida da legalidade. Seja feliz, erre, chore, se fruste, viva. Mergulhe nesse lugar novo. E, se alguém vier tentar estragar o seu momento, não permita.
A não ser que essa pessoa esteja te falando para levar uma vida mais saudável e talz. Aí você escuta ela e sai da frente dessa telinha. E, ó, é para beber água, viu?
16) E a um leitor novato no mundo das fanfics? O que diria? Bônus: recomende 3 fanfics nos gêneros que você escreve.
Primeiro, boas vindas. Depois: por favor, não se assuste com o que você ver por aí. Tem muita coisa esquisita, mas tem muita coisa boa também — uma bagunça. Espero que você consiga encontrar aqui um cantinho que te agrade e que te acolha nos dias difíceis. 
Ah, e, se possível, espalhe amor, ok? Deixe kudos onde puder, distribua favoritos e — se tiver tempo — semeie palavras de carinho. Prometo que isso dá bons frutos!
Quanto às recomendações:
Se quiser uma fic alegre e e bem-humorada, recomendo “Sing me something I need!” [Gekkan Shoujo Nozaki-kun];
Se estiver procurando uma leitura muito, muuuuito triste, encontrará o ápice do sofrimento em “Until at last we’ve got it right” [Les Misérables] (em inglês, porém);
E, se você gosta de Pokémon e de personagens cativantes, “Welcome to PokéTech!” [Pokémon] é com certeza uma das melhores escolhas nesse seu início de jornada no mundo das fanfics!
17) Mostre um meme que defina bem a personagem que você mais gostou de escrever até agora e fale um pouco sobre ela.
Olha, eu não sou muito de memes, então não posso contribuir nessa parte. Entretanto, a personagem que mais gostei de escrever até agora foi, com certeza, Lass Isolet. E, tipo, é horrível, porque o background dele é muito triste e de cortar o coração, mas ao mesmo tempo é muito bom escrever sobre ele. Porque desenvolver o Lass é basicamente ajudá-lo a superar esse passado. É fazê-lo mais feliz — a passos lentos e incertos, mas é.
E ele merece, com certeza, todo o amor do mundo (e a Grand Chase inteira tá logo ali, ajudando-o a perceber isso).
18) Pergunte algo a seus leitores! Pontos bônus se for relacionado a uma obra sua.
Dentre as minhas fics, quais as suas preferidas e por quê?
Ou, se for mais fácil: por acaso vocês me julgam por shippar Lire/Lupus?
19) Quem você mais agradece por ter te inspirado e/ou motivado a escrever?
Ok, tem muitas pessoas que eu queria mencionar aqui. Muitas mesmo. Tipo, a vontade é de marcar todo mundo que já deixou um comment em qualquer fic minha + os meus ficwriters preferidos (e a melhor parte é que tem gente que faz parte da intersecção entre esses dois grupos). 
Mas a pessoa a quem mais sou grata é aquela que escreveu a primeira fic que li, a @/stardustwink (não marcarei porque não tenho essa intimidade + sou uma menininha tímida às vezes).
Tipo, se não fosse aquela fic de Pokémon dela, eu nunca teria começado a escrever. E, se não fosse as tantas outras fics de outros fandoms que ela escreveu posteriormente, eu não teria continuado no mundo das fanfics.
Então digo com muita alegria (e um pouquinho de vergonha, porque vai que ela se depara com esse post algum dia) que ela é minha maior inspiração como ficwriter. Foi inspirada nela que comecei a escrever — e é na esperança de alcançá-la algum dia que tanto me esforço.
20) Para fechar com chave de ouro, diga algumas palavras para quem está lendo.
Beba água e se alimente bem! E, como sempre, muito obrigada por ler até aqui!
♥ ♦ ♣ ♠
Só por cerimônia, vou taggear a @kuuhakulumi, apesar de ela não escrever mais (ou, pelo menos, não me manda mais as fics dela). E é só, visto que não tenho mais quem marcar ksdlajklasjlkssd Sintam-se livres para fazer, caso quiserem (inclusive, marquem-me para que eu possa ver suas respostas, plz), contanto que sigam as regras! 
E... acho que é isso. Desculpa a demora para responder, Mira; luv ya ♥
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ssoshimoofanfics · 6 years ago
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Taeyeon
 "Enjoy, i love you. good night, good afternoon, good morning, wherever you are in the world and see you guys soon. annyeong, bye.". Essa era a minha deixa, Tiffany havia desligado sua live e estava na hora de colocar meu plano em prática.
Eu consegui 3 dias de folga para fazer uma visita surpresa à minha namorada, ela estava tão feliz com seu debut americano e eu não pude deixar de prestigiá-la. Cheguei em Los Angeles hoje à tarde e fiquei em um hotel descansando, contei a Fany que estava ensaiando para meu próximo showcase e que não poderia falar com ela no horário durante o voo, ela caiu direitinho. Acordei quase na hora de sua live e mandei uma mensagem para ela para disfarçar:
“hi, boo.”
“bom dia pra você, meu amor.”
“ontem eu cheguei no hotel e caí morta na cama.”
“tudo bem ♡  espero que tenha corrido tudo como planejado.”
“sim, sim. tá ansiosa pra sua live? eu vou assistir tudinho daqui.”
“omo, sério??? vou me arrumar melhor então.”
“babo, você não precisa se arrumar pra ficar bonita. vai ser injusto para as pessoas que não são você.”
“idiota ㅋㅋㅋ  eu vou começar então, falo com você depois. i love you.”
“também te amo, pany-ah.”
A live seguiu e eu não poderia estar mais orgulhosa da minha mushroom, ela sorria a todo instante e estava realmente muito feliz, mal podia esperar parar mostrar de verdade o quão feliz e mais apaixonada eu estava.
Algumas meninas me perguntaram o que eu achei da música, o que eu poderia responder? que era uma tortura ouvir todas aquelas palavras e não a ter por perto? que eu tive uma vontade absurda de pegar o primeiro avião para Califórnia assim q ela me mostrou a música meses antes? Eu queria fazer tudo isso, mas infelizmente não poderia. Porém, fui juntando toda essa vontade e planejei esse momento perfeito.
Após o fim de sua live, eu demorei mais uns 30 minutos me arrumando para dar tempo dela sair de casa e fui até lá. Usei a chave que ela havia me dado quando comprou essa casa, me lembro desse dia, nós estávamos conversando por telefone quando ela me disse que pediu a imobiliária duas chaves e quase não conseguiu conter a risada quando a moça disse que deveria ser para seu namorado.
Abri a porta e logo senti seu cheiro doce, era impressionante como seu perfume ficava no local mesmo depois dela ter saído, suspirei pesadamente, sinto tanta falta dela.
 Uma hora e meia depois
 Estava sentada no sofá mexendo no meu celular quando ouvi um barulho vindo da porta, parecia que alguém estava tentando pôr a chave na fechadura sem sucesso, ri um pouco da sua possível embriaguez. Quando ela finalmente abriu a porta e acendeu a luz a cor de sua pele parecia ter sumido e seu queixo estava no chão.
- Taetae? - Ela perguntou ainda com uma cara de espanto.
- Fiz café para você, boo. Achei que fosse precisar. - Dei um sorriso de canto, me divertindo com sua cara de boba.
- O-o que você está fazendo aqui? - Levantei-me do sofá e fui em direção a ela.
- Não posso fazer uma surpresa para minha namorada no dia do seu debut americano? - Perguntei passando os braços por sua cintura.
- É seus shows no Japão?
- Tirei uma pequena folga. - Respondi distribuindo beijos pelo seu pescoço. - A senhorita poderia acabar com o interrogatório e me beijar?
- Babo, você não existe. - E finalmente ela concedeu meu desejo e me beijou.
O beijo começou lento, cheio de paixão e saudade, fui guiando seu corpo até o sofá e a deitei nele. Desci meus beijos até seu pescoço lhe dando pequenas mordidas e lambidas em seu ponto fraco, seu perfume me levava a loucura, tanto tempo sem senti-lo e agora eu estava viciada nele.
Tiffany respondia com gemidos deliciosos de ouvir, ah, como eu sentia falta de tê-la para mim tão perto assim. Continuei meus beijos pelo seu colo, beijando cada pedacinho de pele exposto por sua blusa, eu precisava deixar minhas marcas por aquela pele branca e macia.
Voltei minha atenção ao seu rosto, ela estava ofegante e respirava com um pouco de dificuldade, fitei-a por um tempo e isso pareceu incomodar um pouco ela que estava de olhos fechados antes, mas que agora estavam abrindo aos poucos.
- O que foi? - Ela me perguntou confusa.
- Você é linda demais. - Respondi com toda sinceridade e coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.
- Eu te amo. - Ela confessou, eu conseguia ver todo seu amor em seus olhos naquele momento, eu nunca duvidei da minha mushroom e agora eu estava vendo mais uma prova de sua sinceridade.
Voltei a beijá-la tentando pôr para fora toda a paixão que eu sentia dentro de mim, suas mãos arranhando minha nuca fazendo meu corpo todo se arrepiar. Sentindo suas curvas já conhecidas por minhas mãos de uma forma que assegurava a mais nova de que eu estava aqui e com ela, e não à horas e horas de voo distante. Quando a falta do ar se fez presente, nos separamos, Tiffany tinha um sorriso maravilhoso em seu rosto, Deus, eu amo essa mulher demais.
- Oh! – Ela exclamou quando eu a levantei do sofá em um puxão rápido e prendi suas pernas ao redor da minha cintura.
- Vamos deixar o café para amanhã, araso? – Fiz a pergunta retórica dando um selinho nela e carregando-a para seu quarto.
Ao chegar no cômodo, caminhei em direção a cama e a deitei delicadamente, ela merece, voltei minha atenção ao seu pescoço, porém dessa vez com mordidas mais quentes. Minhas mãos já estavam impacientes procurando a barra de sua blusa, toquei seu abdômen liso e ouvi a mais alta gemer em meu ouvido, eu poderia ter um orgasmo só a ouvindo gemer meu nome. Comecei a arranhar sua barriga enquanto trocávamos um beijo afoito, duas línguas brigando por dominância, uma batalha que eu obviamente ganharia e foi o que aconteceu. Retirei sua blusa junto com o sutiã e minha mão direita foi em direção a um de seus seios enquanto a esquerda lhe segurava pela nuca, ela não iria escapar assim tão fácil de mim, comecei a massagear seu seio e bingo, mais um gemido.
Soltei minha mão de sua nuca e fui em direção ao cós de sua calça, rapidamente abri o botão, ela estava tão desesperada que levantou o quadril na mesma hora para me ajudar tirar a peça. Tiffany estava tão molhada que sua calcinha rosa se encontrava com uma marca úmida em seu centro, eu tinha que provocá-la um pouquinho, passei a língua por cima do tecido e senti ela estremecer embaixo de mim.
- Tae, mmm. – Ela falou com dificuldade, eu estava adorando isso, precisava de mais.
Coloquei-me por cima dela e resolvi brincar um pouco com meus dedos ainda por cima do tecido.
- Por favor, Taetae – Ela suplicava ofegante enquanto meus dedos passavam lentamente pelo seu centro coberto.
- Uma coisa que eu quero saber, mas esqueci de perguntar. – Falei em seu ouvido e depois dei uma mordida em seu lóbulo, ela gemeu em resposta e eu tomei isso como um “continue”. – Sobre quem é sua música? – Claro que eu já sabia a resposta, mas eu queria ouvi-la falar. Ela ficou paralisada por um momento, como se estivesse pensando no que dizer.
- Espere um minuto e você verá. – Ela me deu um selinho e saiu da cama, caminhou até seu closet e virou-se para mim. – Quando eu voltar quero ver você sem uma peça de roupa, entendido? – Ela disse em um tom autoritário que eu não estava acostumada a ouvir.
Resolvi não desobedecer e retirei toda minha roupa, meu corpo ainda estava quente, comecei a me tocar enquanto esperava minha namorada voltar. Uma mão apertando meu seio e a outra já sobre minha intimidade, eu estava pronta, pronta para Tiffany e tudo que ela poderia me oferecer, com esse pensamento em mente, molhei meus dedos com minha própria lubrificação e comecei a massagear meu clitóris. Ela não demorou muito para voltar, eu poderia sentir seu peso sobre o colchão, de olhos fechados, continuei com o que estava fazendo até Tiffany retirar minha mão da minha boceta.
Franzi o cenho e abri os olhos pronta para questionar a atitude da mais nova, mas a imagem que vi tirou todas as palavras da minha boca, Tiffany estava com uma lingerie vermelha extremamente sexy e com uma fita da mesma cor na boca. Ameacei tocá-la, mas novamente fui repreendida pela mais nova que agora segurava meus pulsos em cima da minha cabeça.
- Você vai ficar quietinha até eu mandar. – Ela falou com a fita ainda na boca, apenas assenti. – Eu não queria ter que fazer isso, Taetae. – Tirou a fita da boca e amarrou meus pulsos. – Mas você não me deu escolha, eu pedi para você tirar a roupa e apenas isso. – Tiffany me encarou e eu podia sentir meu estômago revirar – Eu voltei para o quarto e você já estava fazendo o meu trabalho. – A ênfase em “meu” me fez soltar o ar que eu não sabia que estava preso dentro da minha garganta. – Você precisa ser castigada.
Então ela me beijou, dessa vez eu não tinha forças para lutar contra sua dominância, para ser sincera, eu nem queria. Esse lado dominante da Tiffany era muito raro, eu queria aproveitá-lo o máximo possível. Ela mordia meu lábio sem dó, por um momento achei que iria começar a sangrar, suas mãos agora em meus seios apertando com força me fazia gritar de prazer.
- Eu mandei você ficar quieta. – Uma mordia no pescoço – Por que você não me obedece? – Outra mordida. Eu estava inquieta, meu instinto dizia que eu deveria tocá-la, ele não estava nem aí para minha realidade de mãos atadas sem poder fazer nada.
Ela pareceu perceber minha impaciência e avançou com a boca para meus seios, sugando-os com desejo, ora ela mordiscava meu bico rijo, ora ela lambia para suavizar a dor. Sua mão continuou o caminho até minha boceta encharcada, Tiffany passou os dedos pelos meus lábios e ameaçou penetrar dois dedos em minha entrada, sua ação me fez revirar os olhos em antecipação. Minha reação causou um riso safado em seu rosto, ela largou meus seios e foi descendo dando beijos molhados por meu tronco, sem quebrar o nosso contato visual.
Ao chegar onde eu mais queria ela riu de novo ao ver meu desespero e ansiedade, parecia que Tiffany estava em modo vingança, pois ela estava me provocando de uma forma que me levava a loucura, eu só queria me soltar e fazer ela pagar por tudo isso. A situação só foi piorando quando ela começou a soprar minha intimidade, cerrei os olhos me contorcendo de prazer.
- Ãhn ãhn, eu quero que você me veja te foder toda Kim Taeyeon. – Ela comandou e eu obedeci. Abri os olhos e me ajeitei na cama para ter total visão do que acontecia.
 Tiffany
 Era tão bom ter Taeyeon assim em mãos, ela se faz de dominante o tempo todo, mas só eu sei o quanto ela ama meus toques e minhas ordens. Digo o mesmo sobre mim, o mundo tem essa imagem cem por cento passiva de mim, porém as vezes eu gosto de tomar o controle e fazer o que eu quiser, e ela permitir, com a minha namorada.
Comecei a brincar com seu clitóris lentamente, lambendo de cima para baixo, em ziguezague, circulando-o, ela passou a mão pelo meu cabelo e o puxou com força. Isso só me deu mais incentivo para continuar, agora eu passava minha língua por toda sua extensão, até ameacei a penetrá-la e isso pareceu ser o seu limite.
- P-p-pany-ah, eu mmm – Ela tentou falar, mas um gemido a atrapalhou.
- Ainda não, boo. – Me afastei de seu centro e antes que ela pudesse reclamar, tampei sua boca com um beijo e penetrei sua boceta com três dedos. – Because I’m owning what’s mine. – Apartei o beijo e sussurrei em seu ouvido.
- Eu sou sua – Ela respondeu ofegante.
Continuei movimentando meus dedos enquanto ela tremia sob mim, seus gemidos ecoavam pelo quarto, eu não tinha a ousadia de repreende-la novamente, eu queria ouvi-la chamar por mim.
- M-mais rápidmm – Concedi seu pedido e após alguns segundos ela gozou.
Fiz questão de limpar cada gota que saiu dela, prolongando mais o seu momento de êxtase. Subi e me ajeitei deitada ao lado de Taeyeon, foi a visão mais linda que eu tive: Fios de cabelos grudados em seu rosto por conta do suor, sua pele branca que agora estava corada e brilhante, uma dificuldade fofa de controlar a respiração e um sorriso besta no rosto
- Por que está sorrindo? – Perguntei curiosa tirando alguns fios rebeldes de seu rosto.
- Porque eu tenho a melhor namorada do mundo? Porque ela consegue me surpreender sempre? Porque eu a amo demais e finalmente estou com ela? – Ela se virou para mim fazendo com que nossos narizes ficassem colados.
- Eu te amo. – Colei nossos lábios. Ela queria mais, Taeyeon nunca se cansa. Minha namorada se pôs sobre minha cintura e atacou meu pescoço, pronta para o round dois. – This woman wants you bad. – Foi tudo o que eu consegui responder.
A distância e a saudade fazem com que você aproveite cada momento, não se importando se são horas, dias ou semanas. Quando se tem amor, qualquer segundo vira uma eternidade. E nossa noite continuou por vários e vários rounds, ficou bem claro que cada palavra daquela música foi escrita pensando na minha linda, maravilhosa e doce Taetae.
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mariapenumato · 3 years ago
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rio de janeiro, agosto , 2021
Darling, 
Tempo instável. tanto a se pensar. dormindo com duas cobertas, vez ou outra durmo nua e me arrependo. Imprecisas porém promissórias, não é de propósito. Não há medo, há pudor. Às vezes perco de vista. Acho brega, mas ouço algumas na voz de Bethânia, me arrasta. Estou tentando. Agradeço pelo pronto atendimento, você é fugaz.
Laminha? Emperrei mês passado. Hoje foi ficha. Na contradição de Celia, estou a viver a vida-carreira. Tenho perdido algumas linhas, tanto trabalho com elas, me tornei impaciente depois da gata, desejo bagunça ordenada em meio a um certo rancor de quebras de rotina à posição dos objetos: exausta de narcisos em flor. descobri, é coisa do Rio. Salvador, olha você tem todas as coisas, Roberto. Não me lembro dos escritos de fevereiro, procuro depois. Não mais indisposta, fúria ambígua do sonho (lua em áries, pipoca e guaraná, asc em gêmeos. Não falo do meio do céu pois sinto saudade)
A distância alimenta muitas auras, fico na dúvida das cores, já cheguei a pensar que são neblinas, turbulência aos inexperientes. É que gosto do cheiro, acordar roçando, aquelas coisas. Agora já vejo outros tons para nós, estou trabalhando muito. Violeta, dourado, tenho estudado tanto que foi bom esquecer brevemente. Parei de atender Wilson, Katia agora assumiu o posto. Estou com um pouco de ranço da sua voz. Mas não da tua cara. Ainda gosto quando se concentra. Às vezes no banho me atravessa com brutalidade, dou um jeito estilístico, cena de filme.
Sobre Thomas, vai passar. Dizer para si até nunca até breve como sinônimo. Amor de pica é pilar também, me preocupa Caio, ainda amo aquele pau. Estou curiosa, ainda não a vi. Se ver vou sofrer sozinha. Detesto algumas obsessões, apesar de cultivar a parcela-obssessiva-com-o-que-se-quer. 
As paixões são os maiores motores, acho que essa é minha. Dei match com aquele menino que quando vi por foto achei uma graça, amigo de Carol. Pessoalmente ele é um ratinho de olhos azuis, também tem bigodes. O vi algumas vezes, ele não me viu e olha que sou bonita, é que ele é branco, etc. Atravessando próximo a saída E, saens pena, direção botafogo, estava acompanhada, estava amando/ corta para/ totalmente depressiva. Terrível. Um ratinho de olhos azuis rindo do tragicômico, querendo um pedacinho. Sou gostosa. Por foto só? Sei como são esses puxões. As meninas estão investindo em eletrônicos, estou começando a achar que é peça essencial da gaveta, depois fico careta, querendo teta.
Me lembrei de Max perto dos balanços, arretado, falei seu nome, ver se acalmava o ânimo. A pequena saltou do balanço pra chamar o pai e apresentar: pai vocês tem o mesmo nome! Max olhou para Max. Ri durante uns dias. Me lembrei de quando a gente deu risada e depois fiz aquela cara feia de choro. Tapando o rosto, você em cima duvidando de minhas palavras ruins. Não leve tão a sério as crianças. Leve muito a sério, gangorra!
Das paranoias, perdi no personagem. Levei chupadinha no muro, beijando em calçadas. O homem me olha enquanto sai do banco, vê meu peitinho e faz cara de quem quer. Belíssima, gostosa, dando carne à dominatrix só até a página 2. Escolhendo a dedo com quem interpreto o que. Tão distante das aulas de atuação, estou performer! -delírio- . Entre chupadas e trepadas, cultivo ambas as divindades. Difícil saber onde assentar, diga a Gil. 
Mary outro delírio, sempre certíssima, até quando não sei do que se trata. Daí defendo a dúvida com dentes e gengivas. Lembrete: Rosnar à Mary quando encontrá-la. Depois colocar o rabo entre as pernas para crescer aleatoriamente. Por essas prefiro os gatos. Na contradição da falta do santo bater, desprezo ou direito à ausência. Nem a conheço, perdão.
Número insuportável aos territorialistas, do ciúme? Conselho de guria: não adianta fingir. Pegar as rédeas dessa locomotiva. Alfinetar e ser insuportável, digo "dispensa" como os infelizes dizem, mas faço. Gatilhos dos prazos de validade, não é sobre isso desespero juvenil,  discordei muito de Chungking Express! Tai minha opinião. Peça outra que não a minha, Alfinete!
Me foi aberto um arcabouço de imagens. Agradeça Gil como quem não quer nada. Dessas coisas não se sabe. 
Fui totalmente sincera. Perdeu oportunidade.
Também não consigo, só sei que sabem ser como tratores. Talvez seja isso, também. Precisamos incentivar então as máquinas híbridas, sem água ficam insuportáveis. 
Está melhorando, ainda com a cara meio pipocada.
Vou ceder embaralhando: 1. filhinho; 2.bondade que humilha; 3. necessidade versus prazer; 4. prioridades ; 5. what are men for 
Que perturbação sua, senti. Sonhei nesse trânsito para Força, estava em um palco de frente pro mar, não havia ninguém - bípede-, nem senti falta, papo pro pessoal…
Estou a inventar o livro antes do texto, inspira no mistério. Hoje passei a tarde na banca, me senti viva apesar do aguardo do ônibus. Me reapaixonando, entende? Às vezes fico com medo dos fios que diz Caio, o outro. Fico pensando e se eu (...) irá também querida? Com medo de dar adeus, dizendo toda hora "até logo", me olha como ridícula. Barquinho furado no cais, já já dá um jeito, motorzinho. Quero ser seríssima. O mel, colocamos muito nas berinjelas e abobrinhas, aprendi com Nicole. Quando recebi a garrafa de Sandra pensei "interminável" enquanto tentava tirar da cartola qualquer alquimia da embriaguez. Estou parruda, fortíssima, levei tapinha na cara de uma marola, quis ficar no quiosque cantando. Do nada rebolar. Você falaria de minhas cenas. Lembre que estou performer. 
Epígrafe do fim, adaptada, do pseudônimo Nascimento. "Em meio a determinadas posturas que temos que assumir rotineiramente para nós e para os outros nas platitudes da vida, acho que tudo que esperávamos ( um do outro) era um espírito jovem para a companhia. Palavrões e gritos à meia noite. Atitudes desmedidas. Apertos de mão ensaiados. Um espaço de cura."
 Que bom que seu pescoço melhorou!
 Você diz do casamento, só consigo acreditar em filhos. Amanhã a ressaca vem também. Ia dizer absurdos mas fiquei encabulada. Rasurei. Aos 25 brincar de casinha. E já deu. Eu diria...
 Entendo sua ternura. Estou confusa.
Fica difícil fazer literatura. Faladeira. Gil te despe e pensa que é assim, uníssona a face de gêmeos. Mary é o resto do mundo, mentira. Lembrete: gritar muito dentro d'agua para fazer literatura.
Não responde meus emails. E só. Ao citar Jean- Luc todos se sentem sabidos. Inéditos e dispersos em falta. Sinto tua falta, nem te conheço. 
Reaparecemos qualquer dia desses,
Beijo,
Anna
R: PS 1- T não vai ler a correspondência apesar de que tenho paixão e não tenho pudor, perigo! 
R: PS2 - subliminar, coramos quando choramos, você que é rosa. os dons das artes plásticas estão em alta sempre em baixa, você é muitas em uma.
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zserendipity · 4 years ago
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oi… eu pensei muito antes de refazer a cápsula, primeiro porque apaguei sem querer a primeira tentativa e dentre várias outras questões a maior delas é o compromisso comigo mesma e com minhas CP’s e essa deve ser “provavelmente a última” pra você… Vou parar de enrolar e começar e desde já quero te avisar que pode ser que seja longa mas você sabe que eu falo muito mesmo.
No momento a gente tá separado, e esse é sem dúvidas o top 3 dos nossos piores momentos. Desde o começo do ano o namoro tem sido bem conturbado: brigas, mentiras, términos etc… não faz muito tempo que você fez a pior coisa que poderia ser feita em um relacionamento e mesmo assim resolvi ir contra tudo e todos (até contra mim) pra manter isso vivo, a gente conversou muito sobre isso e sempre faço questão de deixar claro tudo o que eu fiz pela gente só que nunca pareceu ser suficiente pra você, eu achei que fazendo tudo que eu pudesse você iria também se arriscar por mim, só que infelizmente não aconteceu… talvez por isso eu tenha me machucado tanto.
Agora você tem novos amigos,(o motivo pelo qual ainda não sei se te mostro isso aqui, porque você fez piada algumas vezes sobre minhas inseguranças pra eles e isso me destruiu… agora eu detesto falar sobre meu íntimo e sobre minhas inseguranças porque você tem usado isso contra mim) seu ciclo de amizade tá sempre em mudança e isso me impressiona porque eu tenho os mesmos amigos de uns 10 anos atrás, na verdade eu tinha… perdi absolutamente todos, até quem eu achei que sempre estaria comigo foi embora, mas tudo bem eu tô tentando me aproximar de outras e logo logo vou resolver isso. Voltando ao seus amigos, eles são legais e entendo você dedicar todo o final de semana pra fazer sabe se lá o quê com eles, na verdade eu não entendo não porque nunca aconteceu comigo de colocar festar acima de alguém que amo, mas acredito que você tem seus motivos (inclusive há meses que a gente ta terminando todos os finais de semana por causa disso, é algo que eu nunca vou aceitar e você deixou bem claro que também não dá pra mudar).
As vezes eu me pego pensando o quanto eu queria que você ignorasse minha existência, não adicionasse nada na nossa playlist e nem mandar post no instagram, inclusive até hoje não entendi como você teve coragem pra me mandar um post sobre ter agido errado com a mulher que você ama etc e exatamente uma semana depois ter feito a mesma coisa, você nunca muda.
Falando em playlist, a gente continua sem ter a “nossa música” mas a playlist ainda existe, só que hoje ela é usada como uma arma, a gente coloca nela apenas músicas com gatilho de términos, eu sinto falta do que ela costumava ser (e de você também).
A tattoo realmente não fizemos, e provavelmente não vamos mas mesmo depois de um ano ainda acho a ideia do pinguim muito legal.
O plano de morar juntos não deu certo…. e por um único motivo: falta de interesse e vontade suficiente pra sair da nossa zona de conforto.
Filme ainda não temos um preferido mas no começo desse ano a gente assistiu várioooos.
Lembro que falei na última cápsula sobre você arriscar muito sua vida e bom, até hoje nada mudou, ainda acho que piorou. Mas acho que agora eu me acostumei com isso e já não perco mais meu sono.
Apesar de que éramos um casal eu não sabia muito sobre sua vida financeira (não só por esse motivo mas lembro de algumas vezes achar que nao te conhecia mais) mas sabia que boa parte do seu dinheiro era pra farra.
Não lembro se tá faltando algo, mas acho que já me estendi demais aqui, tentei falar o mínimo pra não ficar muito exaustivo mas dei o meu máximo. Eu me esforcei muito pra ser a mulher que ia te esperar todos os dias cheia de orgulho mas infelizmente não tinha espaço pra mim, eu não necessitava ficar em primeiro na sua vida só que a posição que você me colocou era baixa demais pro tanto que eu mereço e mesmo querendo lutar por você e lutar pra que você seja grande, eu não podia porque você me destruía cada vez mais e eu acabei ficando sem forças, até pra te amar, e te amar dói tanto. Ah e antes que eu me esqueça você tá um gostoso só que eu amo e ainda sou apaixonada por quem você era, pelo homem que contava histórias pra eu dormir, fazia o melhor brigadeiro do mundo, me mandava textinhos de amor, e trocaria todas as festas pela nossa call e o habblet ou qualquer filme péssimo que eu escolhia. Tô demorando pra aceitar que já não amo quem você é agora mas aos poucos a ficha cai…
Tópicos importantes a se considerar please kk: -Perdoa meu sentimentalismo, eh o meu jeitinhu. -Releva se houver algum erro, tô cansada e triste, não quero ler de novo. -Se tiver com alguém, favor desconsiderar e não responder. -Por tudo que é mais sagrado, não mostra isso pra alguém (favor relembrar o trauma que eu tenho de virar piada)
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fanficsdececilia · 4 years ago
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Romberg
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Primeiramente, aquele que vos fala – ou escreve – não sabe como escrever fanfics. Entendo o conceito, a ideia e o quão fascinante o universo pode ser, no entanto devido a minha falta de habilidade fanfiqueística (gostasse da palavra?), endereçarei o assunto urgente de hoje em um formato muito mais careta, sem graça e que, no entanto, me permite falar palavras formais mesmo que descabidas (o que é uma passação total, de acordo?). É óbvio que o assunto urgente ao qual devo tratar, no dia 25 de fevereiro, é o aniversário da minha amiga querida, adorada e da qual sinto muitas saudades Cecília.
Amiga, o fato de ser o dia 25 de fevereiro de 2021 indica que há mais de um ano passo raiva por não ter ido na galeria do rock quando estava em São Paulo para lhe comprar uma camisa de Led Zeppelin. E é neste fato que dois aspectos nos aproximam: eu iria para São Paulo a pé pra pegar essa camisa, e nós somos pessoas capazes de passar 1 ano com raiva de um mesmo assunto. É pensando neste arrependimento e vacilo da minha parte que deve constar nesta carta a presente dívida entre a minha pessoa (Romberg de Sá Gondim) e a vossa de não uma, mas duas camisas de bandas de rock a sua escolha assim que estas camisas possam ser localizadas.
Espero que a menção sobre o meu não lhe dar a camisa (ainda) não seja entendida como algo aleatório trazido a você por um amigo cujas falas são, em 70% dos casos, aleatórias e desprovidas de sentido. Na realidade, trago para lembrar de dois assuntos (que talvez se aprofundem em mais outros enquanto escrevo a carta, você sabe como eu sou prolixo). O primeiro é de como tudo mudou neste último um ano, e o segundo é como nada mudou.
Seria extremamente redundante da minha parte trazer como tudo mudou neste último ano. Porém, como redundante que sou, vou resumir o que pode ser resumido em um clipe de bombas caindo em cenas em preto em branco de uma guerra que ninguém sabe qual é. A pandemia veio, as aulas se foram e com elas o nosso cotidiano de reclamar da própria felicidade também se foi, e novos assuntos, agora dignos de reclamações mais severas, vieram a tona.
Pois bem, mesmo que tudo ao nosso redor tenha mudado, e mesmo que nós tenhamos mudado ao longo desse tempo (o que inclui não só o último ano, mas toda a nossa vida desde maio de 2019), é com mais certeza que eu devo afirmar o contrário. Nada mudou, e não me refiro só a nossa ansiedade e raiva de questões parecidas. Nada mudou também na forma como eu sinto um carinho de outro mundo por você, pela forma como você anima o local mesmo quando está reclamando, como você é uma pessoa linda e engraçada, que tem uma dedicação muito forte no cuidado com seus amigos, até mesmo mais do que consigo mesma, algo característico de pessoas não apenas verdadeiramente fiéis, mas incrivelmente boas.
Nada mudou no seu potencial enorme de ganhar o mundo, como eu sei que você vai ganhar. E eu, como seu amigo, só espero estar lá para aplaudir seu sucesso. Acredite, será a confirmação de que todas as nossas agonias, que neste futuro serão estranhamente nostálgicas, não passaram realmente disso, de agonias. Nada mudou na forma como no fundo eu sei da sua responsabilidade, seja ela afetiva com seus amigos, ou acadêmica com seus colegas e professores (menos no caso dos feras chatos que aí também é demais).
Na realidade, eu posso admitir que sim, uma coisa mudou. É nessa parte da carta que a contradição da contradição trazida acima fica mais confusa ainda, ao ponto de que nem eu mesmo consiga compreender a razão de ter decidido trocar uma fanfic por o que quer que seja que você esteja lendo agora.
Uma coisa que mudou foi uma percepção minha sobre nosso grupo. É agora que o fato aleatório da conversa deve ser apresentado. Em 1955, José Américo, atual governador do Estado, e futuro primeiro reitor da UFPB, doou o espaço que atualmente constitui a nossa querida, odiada, abandonada e ainda assim presente universidade. Ao fim do seu discurso sobre a instalação da nossa universidade, Zé Américo pontuou algo muito interessante: “Outros vos darão asas; eu vos dou as raízes”. A percepção dele em conceber que a UFPB seria a raiz do avanço do estado, e que professores e demais participantes desse nosso meio universitário nos dariam asas é linda, mas é extremamente insuficiente.
A vida universitária não se resume ao estudo, aos projetos, ao conhecimento acadêmico, ao aprendizado moral, a defesa da democracia ou a sua consequência, que é a oposição a movimentos autoritários. A vida universitária também são as festas, o rebuceteio, as fofocas, as saídas, e, principalmente, as amizades ao longo do caminho.
O que eu estou dizendo que mudou neste último ano é a minha percepção de que sendo a UFPB a raiz da nossa amizade, a pergunta que se deve ser feita é quem está nos dando asas? E por quê? A resposta mais rápida que eu tenho é que estes outros não se limitam a Baccarinis e Elianes (Deus seja louvado), mas também a pessoas como você. Eu sou eternamente grato a José Américo de Almeida por ter decidido que paraibano tem que estudar aqui e não em Pernambuco, porque se não fosse por isso eu nunca teria conhecido uma pessoa tão extraordinária, tão querida ao ponto de eu considerar como melhor amiga do que você, Ceci.
Dane-se o que foi feito pela educação na Paraíba. O que importa é que Zé Américo deu as raízes de uma amizade que, a meu ver, me dá asas desde que iniciou. Você é uma pessoa muito especial, ao qual eu quero fazer tão bem quanto você me faz. Eu quero que compreendas como você foi, e é, importante pra minha vida. Amo muito você, e já tô escrevendo isso de coração apertado. Muito obrigado por ser um anjo na minha vida, que me dá tantos carões quanto eu dou em você. Obrigado por me mostrar como pessoas boas existem, e por ser uma pessoa na qual eu confio plenamente e me comprometo em nunca vazar quaisquer fofocas por vós fornecidas. Muito obrigado pelos estresses em conjunto, assim como pelas piadas no CARICA, pelos trabalhos em grupo, pelas saídas aleatórias. Finalmente, obrigado por tudo o que ainda estou para lhe agradecer nos próximos anos de amizade.
Amo muito você, e espero o melhor para o seu dia tão especial neste 25 de fevereiro, no qual duas décadas do ícone Cecília são celebrados ao redor do mundo. Muitas felicidades, querida amiga, e saiba que estamos sempre juntos. Você é uma amiga que, como eu disse, dá asas aos outros, mas saiba que as raízes da nossa amizade são fortes. Encerro o parágrafo como comecei, dizendo que te amo muito e espero o melhor para ti hoje e sempre.
Eternamente grato,
Romberg Gondim
P.S.1: Nossa aposta ainda está de pé, mas se quiser transferir os 20 reais logo, você tem meu PIX.
P.S.2: Espero que você não tenha lido a carta revirando os olhos pensando “meu deus como Romberg se passa”, mas se tiver lido, saiba que desde já esse cenário foi considerado, ao ponto de eu poder responder aqui mesmo “é sério, amiga, adoro muito você, e palavras requintadas são fofas as vezes”.
P.S.3: No caso de ter gostado da carta, posso responder desde já com um “Gostasse?”.
P.S.4: Muitos P.S. né. Eu sou aluno de RI, eu escrevo além do limite, e olhe que nem tem limite de páginas.
P.S.5: Me foi pedido pra escolher uma música que representasse nossa amizade, até o presente momento pensei que a decisão adequada ao dia seria “Reginaldo Rossi – Dia do Corno”, mas no momento de leitura da carta isso já pode ter mudado (quase certeza)
P.S.6: Um abraço apertado, amiga.
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