bettybalanco · 1 month ago
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Vidadulta - Adriano Cintra e Marina Gasolina
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fabqw · 3 years ago
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O cansaço da mente e do corpo.
É simplesmente tão exaustivo ver como tudo e nada muda ao mesmo tempo, parece que o tempo parou. Há anos percebo como preciso de ajuda, preciso me abrir, mas a cada dia que passa me fecho mais e mais. Passando de adolescente deprimida e isolada para adulta deprimida e isolada.
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ruadasflores · 4 years ago
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evento história
O negócio todo foi insalubre feito uma carta aberta.
Nomeei assim que não havia mais como. E eu não sou de falar muito, tu sabes, que sinto-me bem como ouvinte, que aprendo desse jeito e não há o que se faça. Se lembro da formação da classe é que eu olhava em silêncio, e rabiscava umas coisas, hoje o que eu sou:
Agricultura latino-americana e a reforma agrária dos anos sessenta. Queria saber que é que me interessa a Europa. Queria saber: tens certeza de que a colonização foi assim consentida? E por que é que eu preciso acreditar no que dizes? Queria saber: quem foi que ensinou a ti, e o que é que tu perguntavas?
Foi insalubre que lembro bem do nó na garganta pelos corredores pintados de verdeamarelo. E nó tão cego que acabei por não contar, e sete anos pra desatar em um palmo de cartas abertas. Que hoje se eu paro pra escrita pescando temas o que me fisga já de cara é sem erro:
A insalubre história do abuso.
Que virou já quase um evento natural:
Da vez em que houve abuso. 
Que já nem se capitaliza. Virou café-da-tarde. Sete anos pra desatar enfraquecem qualquer filamento.
Hoje o que sou: (eu tinha treze-anos-completos). O europeu chegou ao Brasil pensando que chegava às Índias, e ofereceu aos nativos espelhos e talheres, e em troca o nativo cedeu toda a matéria prima d’um continente, e o ouro, e as árvores, e o ouro, e o ouro, e o ouro.
Não tem poema aqui. O negócio todo foi de extremo mau gosto.
A história foi que ela tinha de me ensinar. Como alvo de outorga, autoridade em classe, e contratada professora: tinha de. Eu por outro lado não tinha de nada—só falar, e fazer perguntas, e par-ti-ci-par. E eu tinha treze-anos-completos e um ótimo vocabulário. E ela tinha liberdade. E eu, madurez pra idade? E ela não tinha o direito. E eu tinha um nó na garganta irremediável. Irremediável.
1.
Não se sabe ao certo, ou eu penso que não se saiba, o que marca o começo e o fim da mocidade. Ao meu ver a linha-do-tempo corre assim: infância-mocidade vidadulta-velhice. Aí já começo a traçar os lapsos. Que o delito foi mesmo em certo quinze-de-dezembro, e meus catorze anos de idade completavam no vinte-e-dois. Eu lia histórias complexas e ficava sem entender. Beijava de língua e sentia pouco ou nada. Acho que era criança no estágio de querer não ser. Mas era. Ou tanto faz.
No último dia de aula Maria corria comigo dos portões do colégio até a boca da praia, soltava a mochila e cadarços, a gente ria, ria, que doía a barriga e bochechas. Dava as mãos e mergulhava, soltava as mãos debaixo d’água, e a sensação da camiseta de algodão grudando imediato no busto e sutiã. E a gente ria mais. Aí escorria o excesso de água salgada na calçada dependendo do sol, esperava no portão de casa que viesse alguém abrir, e meu irmão de pé e fraldas assistindo a cena toda:
"vocês não levaram maiô?",
como se a gente fosse prever a vontade do mergulho. Mas era pequeno e não sabia, bem assim como eu, que por então não previa absolutamente nada. Sabia bem do dia em si, e olhava pro céu, entendia do mar, sentava na varanda pra ver a gente. Mas prever não previa, não. É também que tinha cara de gostosa brincadeira, paixonite meio rua-sem-saída, e até enfatuação era grande demais palavra. Pensando agora, quiçá nasce aí o caráter da traição: de repente o que era beco desdobrou em encruzilhada. Além do nó na fala eu tinha um laço em torno dos pés, de criança, de pular elástico, de ainda não saber como é que vulga a vontade-própria. Isso é coisa natural, entende. Que solta na hora certa e determina o que eu não previ: na infância a gente entende muito pouco de resistência.
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