#vergonha de ser CDF
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e eu que não vou pra praia com meus amigos e tenho vergonha de explicar que é porque eu vou fazer FUVEST dia 17 kkkkkkkkkkk
é foda isso.
#vergonha de ser CDF#vou prestar história mas é pq eu to jogando um xadrez 4D pra chegar no outro curso mais chato de entrar#eu tenho um plano. trust#eu ja estive la dentro eu sei como funciona#a usp quer dizer#família de acadêmico academiquinho é#se eu não passar eu vou estudar ano que vem e tentar fazer a prova direto pro curso certo#porque eu não tive tempo esse ano namoral kkkkk mas ok
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Estreia do TBT SBT traz o primeiro A Praça é Nossa | tbtSBT (23/08/18)
Bons tempos de quando a PRAÇA estreou no SBT no outono de 1987.
Nessa época, eu, com 14 anos de idade, alimentava o desejo de querer ser artista! Verdade.
Eu queria ser ator, cantor, músico, mas o único problema é que nessa fase eu era um menino acabrunhado!
Um exemplo: durante parte da minha adolescência eu já tive vergonha de cantar!
E essa situação era tão chata que já fui xingado até de “cantorzinho de chuveiro” depois de um mico que paguei num aniversário há muitos anos!
Foi uma situação humilhante, mas como muita gente vive falando, o que tá no passado, fica no passado!
Nessa época eu tinha o desejo de ser ator do SBT e começar como um menino prodígio do humor inventando um programa vespertino que iria se chamar “Sábado de Alegria”!
O programa seria meio que nos moldes de programas da época como o “Domingo de graça” da saudosa Rede Manchete, “Os Trapalhões” da Rede Globo, o “Viva o Gordo” também da Globo, ou mesmo os sketches com pastelão dos programas “Brincando na Paulista” e “Circo da Alegria” apresentados pelos palhaços Atchim & Espirro, enfim, nesse estilo.
Algumas das ideias que eu tinha pra querer fazer esse programa eram as seguintes:
Eu faria um quadro quase igual ao do Sgt. Pincel dos Trapalhões, da qual a tropa do “Exército desmontado” teria no elenco principal...
O Simplício no papel de Sargento,
o Carlos Alberto de Nóbrega seria logicamente o General,
o David Cardoso Jr como o soldado CDF,
o Sérgio Mallandro como o desastrado da tropa,
o Tutuca como o bêbado da tropa,
a Flor como a única mulher da tropa e usando farda cor de rosa,
o Teobaldo já consagrado como o guarda Juju não ia ficar de fora da tropa fazendo o papel do único soldado homossexual, além de também usar farda cor de rosa, né?
Também teria o Anderson Muller como o gordinho comilão da tropa,
o eterno e saudoso “Papai Papudo” Gibe como o velhinho da tropa,
eu como o soldado mais bagunceiro da tropa,
e cada qual teria numerações comparadas com as dos soldados do Sgt. Pincel no programa dos Trapalhões, né?
Exemplos: #1 seria o soldado CDF, #4 ou #23 o da única mulher da tropa, #13 o do soldado desastrado, #24 (logicamente) do único soldado homossexual, #51 do soldado bêbado, #90 do soldado gordinho, #100 do soldado matusalém, e finalizando, #49 seria o meu número, em homenagem ao Didi Mocó!
Poderiam até considerar tudo isso como plágio,
mas alguns papéis originais eu já teria na manga:
Eu faria o papel de um super herói desajeitado, o que viria a ser uma paródia do Robin ( do Batman, claro! ) e o quadro seria intitulado “ Ratman & Bobin “,
outro quadro que eu faria seria o “Ha ha ha ha, não achei graça nenhuma!”,
outro também seria a de um sujeito CDF que por qualquer coisa que a mídia informava, ele chorava tanto que embaçariam seus óculos,
e também haveria um espaço para os cantores do elenco se apresentarem cantando alguns de seus maiores sucessos, né?
Entre os cantores que eu iria botar no elenco do “Sábado de Alegria”, eu chamaria por exemplo:
Os ex-Trem da Alegria Juninho Bill, Amanda Acosta, Luciano Nassyn, Patrícia Marx,
também participariam deste espaço musical, por exemplo, a Flor, o Sérgio Mallandro, o meu conterrâneo Égon Henrique, o Luiz Ricardo, os saudosos Wagner Montes e Renato Barbosa,
até os integrantes do grupo Dominó fariam parte do elenco, né? Afinal boa parte dos caras que cantavam no grupo também já atuaram, fizeram comerciais, entre outras coisas!
A ideia só ficou no papel, mas desenvolvê-la infelizmente nunca fiz.
Não consegui ser ator. Mas músico eu sou há mais de 30 anos! kkkk
That’s it :-)
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um breve relato
Nao sei muito bem contar histórias. Nunca soube. Eu sempre fui a pessoa que gosta de ouvir outra pessoa contando suas histórias e dar o máximo de atenção que puder naquele momento. Sempre fui mais quietinho, mais na minha, pouco expressivo em artes e músicas. Sempre gostei de teatro. Fiz teatro por alguns anos e, infelizmente, a turma da minha escola não ia continuar no ano seguinte e fui obrigado a parar. As professoras me adoravam e diziam que eu poderia ter um futuro brilhante nessa área por sempre me expressar bem com meu rosto e meu corpo, e conviver bem com o restante da turma. Eu gostava de organizar os roteiros, gostava de entender as falas. Nunca fui muito bom em decorar os textos. Eu gostava de organizar e interpretar do jeito que fosse possível. Eu tinha uma pasta grande, com várias divisões de plástico onde eu editava, imprimia e arquivava tudo o que tinha no teatro. Até hoje não sei onde essas pastas estão. Lembro que eram duas. Pode ser que tenham ido pro lixo. Fiz algumas peças na escola, ajudei a organizar o "brigadeiro literário", ano que eu levei fumo na escola por distribuir bilhetinhos na sala anunciando a chegada do evento. Eu usei o nome da escola, e nao podia. Susy e (nao lembro o nome) eram as professoras. a (sem nome) parecia o professor do programa X Tudo da tv cultura. Ela usava roupas largas, calças leves, tinha o cabelo cacheado de cachos largos e com bastante frizz, bem armado. Ela tinha umas verruguinhas saltadas do pescoço e não parecia se incomodar nada com isso. Susy era braquela, cabelo curtinho, mais brava, com bastante trejeitos de sapatão alfa, ela era engraçada mas pouco compreensiva. Vivi bastante com elas, adorava.
Sempre tive problemas com a minha aparência física, nunca consegui ser feliz comigo. Tinha vergonha do meu corpo, do formato dele, do tamanho do meu p**, nao queria me relacionar com ninguém. Garça nao tinha muitas opções de gay para conhecer, isso atrapalhou bastante por toda minha vida. Nunca consegui ter exemplos de pessoas bem resolvidas com a vida para que eu pudesse me espelhar. Nunca tive modelos masculinos que me orgulhassem o suficiente. Durante, principalmente, a adolescência, eu tive muitos problemas com meus colegas de sala por eu querer ser quem eu realmente era enquanto tava todo mundo focado em resolver suas próprias vidas e descobrir seus próprios corpos. Leo Menin era a grande referencia para as meninas, ele era o menino popular. Cupim se espelhou nele por bastante tempo. Ele tentava até se vestir de maneira parecida. Tentou por bastante tempo. Cupim era o cara gostoso da sala, malhado e usava roupa agarradinha. Ele pegava a garota que todos os outros meninos sonhavam: a Julia. Julia era a garota popular, peituda, bunduda, cintura fininha, cabelo liso e longo, olhos claros, pele bronzeada. O estereotipo de menina popular. Tinham as garotas festeiras de sertanejo também, Thaina, Paula, Kaline, Isabela, sei la se tinha mais alguém. Elas gostavam de role sertanejo e amavam ir pra rodeio. Eu era do grupo dos esquisitos que também são nerds. Os renegados e revoltados. Sempre pertenci a esse grupinho. Eu, Carol, Leticia, Flavia, Fernanda. Era o quinteto inseparável, a gente se complementava muito bem, tudo funcionava. Eu tinha minhas crises, a Leticia tinha as dela, a Flavia nao ajudava em nada porque eu sempre reclamava pra Flavia da Leticia e ela abria a boca. Mas hoje em dia eu agradeço, ela tava certa. Mas na época eu ficava extremamente chateado porque era muita traição de confiança que isso sempre mexeu muito comigo. A carol era a mais CDF, a mais nerdola. Ela sempre foi uma companhia maravilhosa, sempre foi uma pessoa que esteve ali por nós, que era amiga de verdade, uma pessoa de coração bom. Todos nos vivemos nossas peripécias intermináveis pela escola, fazíamos tudo o que dava na telha. Foi ótimo. Acho que o que eu teria feito mais era ter estudado mais. Eu me lembro das aulas de matemática, física e química. Algumas coisas de geografia. Mas de historia e português é um grande apagão. Na escola eu era muito querido pelos professores (alguns) e pela coodenacao da escola. A Raquel era minha professora preferida, nos dávamos muito bem. Lembro de ela ser muito carinhosa comigo e me dava bastante atenção, acho que ela gostava bastante de mim. Tenho ótimas memórias dela, mesmo que sejam poucas. Tem uma outra professora que eu gostava bastante também mas nao lembro o nome dela. Ela tinha uma voz grossa, um rosto bem quadrado. Tem uma foto dela com uma roupa de circo e um chapéu no meu celular, Acho que era Kinko o nome dela. Sao professores que fizeram bastante diferença na minha vida e me marcaram muito. Que vontade de encontrar com elas e perguntar mil coisas sobre mim. Venho pensando sobre uma possível jornada de me descobrir a partir dos olhos dos outros. Pode ser que seja uma coisa interessante.
Quando eu entrei na adolescencia, muita coisa foi acontecendo aos poucos. Eu tenho memórias fortes de ir na casa da Fernanda (que era enorme) - éramos muito próximos, muito amigos - e ficar limpando a bomba da fonte dagua da casa dela porque ficava entupida e eu queria ver a agua caindo na fonte. Ver as coisas funcionando do jeito que eram pra funcionar sempre foi algo que eu gostei de fazer. A Liliane é outra pessoa que tenho muito carinho. Ela sempre foi bastante fechada, parecia nao gostar da aparência dela (meso ela sendo ruiva e linda demais - ela só nao aparentava gostar de se cuidar). A Lili era uma pessoa muito boa. Ela é uma das poucas que eu acompanho o que tá fazendo por ela estar no Facebook. Mas nao tinha muita proximidade dela. A Fer eu fui perdendo aos poucos. Acho que depois que a gente se mudou pro lumen e ela teve que sair pra ir pra escola publica, eu nunca mais falei com ela. Sempre tive medo de escola publica. Achava que era um necrotério, um lugar maligno que iria destruir minha vida (e talvez eu deveria ter ido pra aprender a lidar melhor com a vida, ia me frustar um pouco no momento que eu precisava. Quem sabe ter sido agredido teria me feito uma pessoa mais firme). Minha vida no lumen passou a ficar chata. Eu tinha que efetivamente estudar porque nao dava pra colar de ninguém e nem do celular. Muito menos do papel. Eu era colocado na primeira cadeira do fim do tablado da sala, era impossível colar de qualquer jeito. As pessoas lá eu tinha certa proximidade, fui pra muito role com o povo lá. Era a época da Bruna. Até hoje eu nao sei direito o que foi o rolo dela com aFlavia, eu so sei que eu tava no meio dessa historia. A bruna eu lembro que tinha raiva de mim porque era apaixonada por mim. Mas eu lembro de ter algo do tipo com a Flavia também. Essa época eu já tomava ritalina, dormia mal e bebia bastante, nao lembro de tanta coisa assim. Essa época eu fui pra muita festa do povo, conhecia a galera toda, fazia amigos com muita facilidade, foi a época que eu saia muito com o Manfla. O Manfla era meu melhor amigo, a gente vivia grudado o tempo todo, era uma delicia estar na companhia dele, eu aprendi muita coisa sobre ser gay com ele. Tanto que a Britney é tao presente na minha cabeça por causa dele. Britney e Madonna. Beyonce nunca gostamos muito, até hoje nao consigo lidar mt bem com o conteúdo da bey.
Essa época eu tinha uns 3 grupos de amigos. Isa, Augusto e Amanda. Carolzinha, Flavia, Leticia, Bruna Sitta, Louis, Vini e afins. Bruna, Vitória, Clara, Bia. Gabi Ninin, Manfla, Akemi... Eram grupos muito diferentes uns dos outros e cada um trazia uma parte de mim à tona. Eu nao sei como eu consegui conciliar tudo isso na minha vida em tao pouco tempo. Eu sinto que eu tenho uma facilidade muito grande de fazer amizades e manter proximo de mim por um certo tempo. depois, por qualquer que seja o motivo, eu afasto as pessoas de mim e sigo minha vida do jeito que der pra ser. Nunca entendi isso muito bem. Agora, parando pra colocar isso escrito, fica mais claro o que acontecia e o que aconteceu nos últimos anos. Isso, na faculdade, aconteceu muito. As pessoas queriam muito que eu estivesse por perto, que eu fosse pros roles, que eu fosse amigo delas. Nao todos, mas uma parte deles. E eu nao queria a amizade de ninguém. Parece que desde 2019 eu nao consegui ter tantos momentos bons na minha vida. 2019 foi bom só o final. 2020 começou a pandemia. 2022 foi meu ultimo ano de faculdade. É como se a vida nao tivesse me dado um segundo sequer de paz pra pensar. Como se a vida tivesse me cobrando tudo o que ela quer sobre mim. E eu deixo. O pior de tudo é que eu deixo a vida passar por cima da minha cabeça.
Isso das amizades, sinto que tá acontecendo de novo, agora com meus amigos de Marilia. Fer, Manu, principalmente. Eu sei que eles são mais próximos entre eles do que eu deles. Antes era um trio, hoje é uma dupla+1. Pelo menos é o que eu senti desde que a Manu se mudou pra são paulo. É quase como se fosse uma separação por conveniência. Eu parei de ser exemplo ali naquele meio. Agora sinto que o Paschoal também está se afastando de certa maneira. Ainda to entendendo esse fato, mas tenho sentido isso. Eu tenho sentido que bastante gente ao meu redor tem se afastado de mim e tenho desconfiado de que eu esteja sendo a pessoa que esta se afastando de cada um deles sem nem pensar sobre. Eu tenho, sim, ficado mais sozinho há um bom tempo por estar cansado demais e a companhia de outras pessoas me deixa mais cansado ainda. É com se eu nao conseguisse gerar assunto nenhum pra falar com as pessoas e me sentisse emocionalmente cansado. Quando o Fer e a Manu estão juntos parece que nada mais no mundo existe a menos que esteja falando das mesmas coisas que eles estão naquele momento. Sao conversa que se fecham e deixam os dois ali, numa roda de assunto unilateral, com pouca interação externa. E eu me mantenho calado porque 1. eu nao sei quase nunca o que dizer sobre os assuntos que eles falam (nao sei nem citar, parei até de prestar atenção); 2. furar aquela bolha costuma ser bastante difícil e algo que o Joao geralmente consegue fazer a força, mas eu nao tenho paciência; 3. eles realmente tem uma amizade muito mais aprofundada entre eles do que qualquer outra pessoa. O Paschoal eu tenho sentido que ele também está indo embora de certa maneira porque eu nao vejo mais ele interessado nas mesmas coisas que eu. Nao vejo mais tanto assunto assim entre nos dois a ponto de fazer nos dois ficarmos conversando por tanto tempo. Acho que isso faz parte da vida também. O Paschoal está cada dia mais consciente de si, com boa autoestima e fazendo as coisas que quer fazer. Isso com certeza deixa ele mais alegre e confiante. Alem do fato de que ele ta vivendo tudo o que ele sempre quis viver antes.
Parece que de certa maneira, eu estou mudando muito minha forma de viver e que tem ficado cada vez mais incompatível com a vida dos meus amigos atuais e por isso eu acabo ficando incomodado por eles estarem distantes. Na verdade, eu também to distante e nós nao estamos nos esforçando tanto assim pra fazer nossa amizade se manter próxima.
Acho que preciso fazer psicanalise e começar a olhar pra trás por um tempinho pra ver o que veio de lá.
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Quando eu não estiver mais aqui
Uma conta anônima no facebook postou fotos minhas caídas no chão do colégio com cortes amostra e várias pessoas começaram a comentar coisas horríveis dizendo que era drama, que era para aparecer, outros eram ainda piores, falavam que eu deveria cortar mais fundo e me matar logo de uma vez, que ninguém me queria aqui e que se fossem eu também gostariam de se cortar, pois deve ser horrível. Então eu busquei alivio aqui e encontrando outros jovens como eu, eu descobri problemas similares e problemas que me faziam sentir idiota com os meus, descobri também formas de lidar com essa dor, foi quando eu comecei a me cortar. Eu queria um alívio dessa dor emocional, que você não vê onde é e não sabe como vai curar. No começo comecei cortando na coxa, como me foi ensinado, em um lugar que ninguém vê, era um alívio tão grande, sentir aquela dor física que você sabe da onde veio, do por que dela existir, sua mente foca naquilo e esquece do resto. Quando eu não estiver mais aqui, eu quero que as pessoas saibam o quão arrependida eu estou por tudo, quando eu não estiver mais aqui eu quero que as pessoas saibam que eu não fiz por mal, eu não quis magoar ninguém, quando eu não estiver mais aqui, eu quero que as pessoas saibam como tudo começou, quando eu não estiver mais aqui eu quero que minha história tenha sido contada... Boa leitura a todos vocês, esse é o último post do Beta Bug
Essa história tem dois começos na verdade, o primeiro diz respeito ao blog, o segundo ao fim dele. No primeiro começo, você tem um grupo de crianças que se divertem o tempo todo, que brincam e riem das piadas um dos outros e tem uma menina que não brinca com ninguém, que não ri com ninguém, que é a piada da turma.
Eu não sei bem como tudo começou, parece que desde sempre meus colegas nunca gostaram de mim, eles diziam que eu era estranha, que eu era chata, cdf, chaveirinho dos professores, que eu era sem graça, gorda, feia. Parece que um dia eles simplesmente decidiram escolher alguém para poder falar mal, esse alguém era eu, porém à medida que fomos crescendo as piadas e ataques foram diminuindo, não falavam mais de mim, nem comigo, era como se eu não existisse, virei invisível.
Em meio a tudo isso, sempre tive um amigo que esteve comigo em todos os momentos, o Pedro, ele foi por muitas vezes minha força e vivia me dizendo que eles tinham inveja pois eu era eu mesma e não uma cópia que queria se encaixar. Então, à medida que eu fui crescendo eu decidi usar toda aquela violência e maldade que faziam comigo para crescer e ficar mais forte.
Assim, mesmo com o apelido Beta que significa fase de testes, eles me chamavam de bug pois estava cheia falhas, e eu peguei esse apelido e transformei em algo bom, o Beta Bug, e o Bug Brechó. Com o Beta Bug eu achei minha voz, eu falava sobre tudo e dava minha opinião sincera sobre as coisas, já que eu sempre achei que ninguém queria escutar o que eu tinha para falar. E com o Bug Brechó, eu encontrei minha personalidade, me deu forças para encarar as pessoas e me forçou a socializar mesmo com gente que eu não gostava ou que não gostava de mim.
O problema é que quando você sofre tanto bullying como eu sofri, nem sempre é fácil ser forte, e no meu caso eu precisava de uma ajuda para aliviar tanta dor. Veja bem, eu não podia exatamente buscar conforto com os meus pais. Minha mãe parou de trabalhar depois que me teve e depois nunca conseguiu ter sua carreira de volta, meu pai falava que ela ficou ranzinza, um pouco mais bruta, vivia gritando e brigando por tudo, então desde pequena eu sempre achei que ela nunca me quis e por isso sempre procurei segurança no meu pai, até que parei. Bom se vocês têm o costume de passar por aqui de vez em vez devem saber que meu pai trai minha mãe, sabem que eu descobri isso a dois anos atrás e desde então eu vivo morta de vergonha, pois nunca consegui falar a verdade para ela. E minha relação com meu pai foi destruída no momento que eu vi ele com aquela mulher na rua, se beijando e abraçando.
Então eu busquei alivio aqui e encontrando outros jovens como eu, eu descobri problemas similares e problemas que me faziam sentir idiota com os meus, descobri também formas de lidar com essa dor, foi quando eu comecei a me cortar. Eu queria um alívio dessa dor emocional, que você não vê onde é e não sabe como vai curar. No começo comecei cortando na coxa, como me foi ensinado, em um lugar que ninguém vê, era um alívio tão grande, sentir aquela dor física que você sabe da onde veio, do por que dela existir, sua mente foca naquilo e esquece do resto.
Com o passar do tempo, minha coxa cheia de cicatrizes não era o suficiente, evolui para o braço, peito, barriga, costas (sim, requer uma grande força de vontade e engenhosidade) e de repente eu não podia usar roupas muito curtas mais. No entanto a medida que meu guarda-roupas se limitava, meus episódios foram diminuindo, o Bug Brechó foi ficando popular, o Beta Bug estava funcionando, eu conhecia jovens de todos os lugares do mundo que foram ficando meus amigos e eu vi eles superando suas dores, o que me dava forças para superar a minha, além de ter criado novos e fortes laços com pessoas que eu não achava possível
E tudo isso me leva ao segundo começo e ao fim do Beta.
Algumas semanas após tudo que aconteceu com a Ana Júlia e o Pedro, as coisas foram se normalizando outra vez. Pedro contou tudo para os pais, eles ajudaram ele a buscar tratamento e começaram a aceitar a ideia de que o filho deles nunca vai ser médico. Pedro estava finalmente feliz e se sentindo aceito pelos pais. A Anaju demorou um pouco, mas o problema que ela tinha, foi resolvido de forma triste, porém, a partir de tudo que rolou, anaju foi ficando mais forte, mais livre, ela ainda vomita de vez em quando, porém ela tem ficado menos tempo sem fazer isso e parou de ter tanto medo da mãe e do que as pessoas vão dizer dela, nos cumprimentávamos no colégio na frente de todos e ela tentava ser mais legal de modo geral
O que eu não sabia, era que a medida que minha felicidade ia aumentando, outras coisas estavam acontecendo como o Alefe descobrindo o BB e imprimindo as postagens que fiz sobre ele, a Anaju e o Pedro e depois distribuindo nos corredores do colégio
Álefe contou para todo mundo sobre meu Blog, aparentemente alguém contou para ele sobre e foi como ele descobriu sobre sua mãe traindo seu pai com o meu pai. Eu entendo a raiva dele, nunca imaginei que alguém próximo a mim lia o blog, então achava que podia escrever o que eu quisesse, pois era meu lugar secreto no mundo que ninguém nunca ia achar. Eu peço desculpas para você Álefe, eu sei que eu também me sentiria muito mal se descobrisse assim sobre meus pais.
Após todo mundo ficar sabendo o que aconteceu e Pedro e Ana Júlia me atacarem com razão no colégio, eu me tranquei no meu quarto por dias sem saber o que fazer, eu só chorava e me cortava tentando aliviar aquela dor que não sumia de jeito nenhum. Tentava ligar para eles, mas eles não atendiam minhas ligações, Ana Julia me bloqueou do whats e o Pedro visualizava mas nunca respondia. Minha mãe vivia batendo porta dizendo que eu tinha que parar de drama e ir para o colégio, mas ela não sabia o que estava acontecendo e só de pensar que ela iria descobrir sobre meu pai, sobre eu saber e nunca ter contado para ela, eu queria desaparecer, não conseguia nem olhar no rosto dela de tanta vergonha.
Nas redes sócias a coisa só piorava, eu deixei de ser invisível e outra vez era o motivo de piada e agora de raiva de todos. Ana Júlia postou uma foto com várias peças de roupas jogadas no lixo com a hashtag #Buglixo, o meu insta e o do brechó tinha cada vez menos seguidores e comentários maldosos, dizendo que eu era uma pessoa ruim, podre, que eles sabiam que tinha um motivo para ninguém querer chegar perto de mim. Mas o pior ainda ia começar...
Uma conta anônima no facebook postou fotos minhas caídas no chão do colégio com cortes amostra e várias pessoas começaram a comentar coisas horríveis dizendo que era drama, que era para aparecer, outros eram ainda piores, falavam que eu deveria cortar mais fundo e me matar logo de uma vez, que ninguém me queria aqui e que se fossem eu também gostariam de se cortar, pois deve ser horrível.
Depois que vi aquela postagem, aqueles comentários, somando com o fato que minha mãe foi chamada no colégio e logo ela saberia sobre meu pai eu não podia mais ficar parada e decidi que eu não queria está mais aqui para ver os olhos dela, ela sempre me odiou, mas eu sempre amei ela e vê que ela sabe o que eu fiz iria me matar por dentro...
Então para finalizar eu só queria pedir minhas últimas desculpas. Mãe desculpas por ter nascido, desculpa por não ser a filha que você quis que eu fosse e ter estragado sua vida.
Álefe, mais uma vez me desculpe por tudo. Eu não deveria ter feito o que eu fiz, eu espero que você encontre paz daqui para frente e talvez, tente não matar meu pai se possível.
Ana Julia, eu sempre quis ser sua amiga, sempre te achei incrível, forte independente desde pequena, você para mim continua sendo maravilhosa, eu espero que você continue seguindo seu caminho e se torne cada vez mais alguém que você ame tanto quanto eu amo você. Me desculpa por tudo.
Meu amigo Pedro, eu peço desculpas por tudo, você esteve do meu lado, em todos os meus piores momentos, foi meu pilar de força e meu único vínculo com o mundo por tanto tempo, me desculpa ter traído sua confiança desse jeito, eu não queria que fosse dessa forma. Eu não achei que estivesse te fazendo mal, porém e principalmente, peço desculpas por não ter sido corajosa e ter falado para você o que eu penso e como eu penso como você sempre fez. Eu te amo muito e espero que você seja feliz sendo você e não o que outras pessoas querem de você.
E finalmente para você leitor do blog, que está comigo por um tempo, desculpa não ter conseguido superar meus problemas, desculpa por não ser forte e ser um exemplo que as coisas podem melhorar, desculpas por desistir. Adeus Beta Bug.
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Serva da Luz
Eu vejo uma possível jogadora extremamente tímida, mas que ao mesmo tempo atrai bastante atenção, talvez por alguma característica marcante em sua aparência que seja difícil desviar o olhar. Os holofotes estão sempre apontados até ela o que gera grande desconforto. Ela talvez possa ter bastante conhecimento, mas evita compartilha-lo para não ser taxada sabichona e CDF, ou até para não ter todos os olhos voltados a si. Sua missão pessoal é aprender superar sua prisão para fornecer o aspecto ao time. Q.I não é motivo de vergonha.
A serva da Luz apesar de ter uma ideia básica de estratégia, prefere deixar outros aliados tomarem partido dos planos de conquista. Talvez se dê melhor sozinha, quando não estiver ninguém olhando.
Ao ascender ao traje Divino, a serva como classe ativa desbloqueará uma série de habilidades, visto como seu aspecto é vago. Por Exemplo:
Sol da Manhã - A Serva consegue gerar uma grande quantidade de luz, emitir um clarão que cega/queima. inimigos ou ilumina a área ao redor
Olho que tudo vê - A luz criada pela jogadora pode aumentar a sabedoria e conhecimento de si ou dos jogadores. Seja informações sobre o jogo ou de coisas que parecem óbvias, mas que ninguém ainda notou.
Roda da Fortuna - Cria sorte para salvar-se de momentos desastrosos, escapar de perseguições ou enriquecer rápido. Caso bem patenteada, vai ser quase impossível ser derrotada em combate.
Periculosidade: Média. Apesar de servas e Iight players não darem muito trabalho, esta terá a importante missão de suprir a falta de um aspecto que pode fazer muita falta. Ignorância e uma onda de azar podem por tudo a perder
Sua arma será algo logicamente ligado ao seu aspecto, TALVEZ com uma propriedade mágica como os dados lendários ou as agulhas encantadas. Eu diria uma lanterna com uma alta potência (luz), um livro (sabedoria) ou dardos (Sorte).
Seu planeta vai servir pra ela lidar com sua prisão. Algo tipo: Terra de Esgoto e Olhos.
Os consortes Crocodilos vivem por anos no subsolo, rastejando dentro de túneis circulares cheios de canos e rios de sujeira. Os canais se bifurcam várias vezes, descem, sobem e terminam em grades de ferro. É Muito difícil não se perder ali embaixo.
Ao longo das paredes há enormes olhos entalhados que seguem o jogador, vendo cada movimento seu. A missão na Terra de Baixo é se conformar com os observadores e iluminar os caminhos mais escuros para guiar os reptilianos.
Adm. A ( Prince of blood)
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My Very Gay To Read List
Six of Crows (Six of Crows #1) by Leigh Bardugo
Criminal prodigy Kaz Brekker has been offered wealth beyond his wildest dreams. But to claim it, he'll have to pull off a seemingly impossible heist:
Break into the notorious Ice Court (a military stronghold that has never been breached)
Retrieve a hostage (who could unleash magical havoc on the world)
Survive long enough to collect his reward (and spend it)
Kaz needs a crew desperate enough to take on this suicide mission and dangerous enough to get the job done - and he knows exactly who: six of the deadliest outcasts the city has to offer. Together, they just might be unstoppable - if they don't kill each other first.
The Raven Boys (The Raven Cycle #1) by Maggie Stiefvater
It is freezing in the churchyard, even before the dead arrive.
Every year, Blue Sargent stands next to her clairvoyant mother as the soon-to-be dead walk past. Blue herself never sees them—not until this year, when a boy emerges from the dark and speaks directly to her.
His name is Gansey, and Blue soon discovers that he is a rich student at Aglionby, the local private school. Blue has a policy of staying away from Aglionby boys. Known as Raven Boys, they can only mean trouble.
But Blue is drawn to Gansey, in a way she can’t entirely explain. He has it all—family money, good looks, devoted friends—but he’s looking for much more than that. He is on a quest that has encompassed three other Raven Boys: Adam, the scholarship student who resents all the privilege around him; Ronan, the fierce soul who ranges from anger to despair; and Noah, the taciturn watcher of the four, who notices many things but says very little.
For as long as she can remember, Blue has been warned that she will cause her true love to die. She never thought this would be a problem. But now, as her life becomes caught up in the strange and sinister world of the Raven Boys, she’s not so sure anymore.
Loved this book so much: Know Not Why (Know Not Why) by Hannah Johnson
Howie gets a job at Artie Kraft's Arts 'N Crafts hoping to score with his lady coworkers. After all, girls love a sensitive guy, and what's more sensitive than dedicating your life to selling yarn and ... stuff? (Okay, so maybe it'd be a good idea to actually learn what one sells at an arts 'n crafts store.) But things don't go exactly according to plan. Coworker #1 is Cora: tiny, much-pierced, and way too fierce to screw with in any sense. Coworker #2 is Kristy: blonde, bubbly, unattainable perfection. And Coworker #3 is, well, Arthur. It goes without saying that he’s not an option. Right?
… Right?
Yeah, Howie’s life just got straight up confusing.
Pun intended.
How They Met, and Other Stories by David Levithan
Just in time for Valentine’s Day comes a confection from David Levithan that is sure to appeal to fans of Boy Meets Boy. Here are 18 stories, all about love, and about all kinds of love. From the aching for the one you pine for, to standing up and speaking up for the one you love, to pure joy and happiness, these love stories run the gamut of that emotion that at some point has turned every one of us inside out and upside down. What is love? With this original story collection David Levithan proves that love is a many splendored thing, a varied, complicated, addictive, wonderful thing.
Strong Signal by Megan Erickson
I was counting down the months until the end of my deployment. My days were spent working on military vehicles, and I spent my nights playing video games that would distract me until I could leave Staff Sergeant Garrett Reid behind.
That was when I met him: Kai Bannon, a fellow gamer with a famous stream channel.
I never expected to become fixated on someone who'd initially been a rival. And I'd never expected someone who oozed charm to notice me—a guy known for his brutal honesty and scowl. I hadn't planned for our online friendship to turn into something that kept me up at night—hours of chatting evolving into filthy webcam sessions.
But it did. And now I can't stop thinking about him. In my mind, our real life meeting is perfect. We kiss, we fall into bed, and it's love at first sight.
Except, like most things in my life, it doesn't go as planned.
Simon vs. the Homo Sapiens Agenda by Becky Albertalli
Sixteen-year-old and not-so-openly gay Simon Spier prefers to save his drama for the school musical. But when an email falls into the wrong hands, his secret is at risk of being thrust into the spotlight. Now Simon is actually being blackmailed: if he doesn’t play wingman for class clown Martin, his sexual identity will become everyone’s business. Worse, the privacy of Blue, the pen name of the boy he’s been emailing, will be compromised.
With some messy dynamics emerging in his once tight-knit group of friends, and his email correspondence with Blue growing more flirtatious every day, Simon’s junior year has suddenly gotten all kinds of complicated. Now, change-averse Simon has to find a way to step out of his comfort zone before he’s pushed out—without alienating his friends, compromising himself, or fumbling a shot at happiness with the most confusing, adorable guy he’s never met.
Two Boys Kissing by David Levithan
New York Times bestselling author David Levithan tells the based-on-true-events story of Harry and Craig, two 17-year-olds who are about to take part in a 32-hour marathon of kissing to set a new Guinness World Record—all of which is narrated by a Greek Chorus of the generation of gay men lost to AIDS.
While the two increasingly dehydrated and sleep-deprived boys are locking lips, they become a focal point in the lives of other teen boys dealing with languishing long-term relationships, coming out, navigating gender identity, and falling deeper into the digital rabbit hole of gay hookup sites—all while the kissing former couple tries to figure out their own feelings for each other.
Boy Meets Boy by David Levithan
This is the story of Paul, a sophomore at a high school like no other: The cheerleaders ride Harleys, the homecoming queen used to be a guy named Daryl (she now prefers Infinite Darlene and is also the star quarterback), and the gay-straight alliance was formed to help the straight kids learn how to dance.
When Paul meets Noah, he thinks he’s found the one his heart is made for. Until he blows it. The school bookie says the odds are 12-to-1 against him getting Noah back, but Paul’s not giving up without playing his love really loud. His best friend Joni might be drifting away, his other best friend Tony might be dealing with ultra-religious parents, and his ex-boyfriend Kyle might not be going away anytime soon, but sometimes everything needs to fall apart before it can really fit together right.
Liked this book: Peter Darling by Austin Chant
Ten years ago, Peter Pan left Neverland to grow up, leaving behind his adolescent dreams of boyhood and resigning himself to life as Wendy Darling. Growing up, however, has only made him realize how inescapable his identity as a man is.
But when he returns to Neverland, everything has changed: the Lost Boys have become men, and the war games they once played are now real and deadly. Even more shocking is the attraction Peter never knew he could feel for his old rival, Captain Hook—and the realization that he no longer knows which of them is the real villain.
Lucas e Nicolas by Gabriel Spits
Lucas é um adolescente como qualquer outro: seu corpo cheio de hormônios o enche de desejos e sua cabeça de dúvidas. Na escola, Lucas é considerado um ‘loser’: tímido, péssimo nos esportes e muito inteligente, alvo constante de chacota dos alunos mais ‘populares’ e completamente inábil na arte da conquista amorosa. Mas, no caso de Lucas, algo mais o deixa vulnerável ao assédio dos colegas: ele é gay. E isso faz toda a diferença, principalmente em um ambiente conservador como na pequena cidade do interior paulista onde vive.
A tanto sofrimento, soma-se uma novidade: recém-chegado da capital São Paulo, Nicolas é tudo o que ele não é: bonito, forte e popular. E é, talvez, justamente por isso, ou por algum outro motivo que ele não consegue identificar, que Lucas se apaixona pelo seu oposto – ou pelo seu complemento? Como lidar com isso? Pode-se considerar “Lucas e Nicolas”, lançamento do Fábrica231, um livro necessário. Com habilidade, o autor traça um perfil honesto de Lucas, um menino desprotegido e solitário em suas dúvidas e questionamentos acerca de sua orientação sexual. Sem interlocutores que possam ouvi-lo e orientá-lo, resta-lhe o sentimento de vergonha, deslocamento e medo. Afinal, o mundo parece não perdoar quem é diferente. Por conta disso, sofre toda sorte de agressões, verbais e físicas, numa homofobia que é negada conscientemente por seus perpetradores, mas muito presente na vida diária.
Na impossibilidade de poder expressar seu afeto, Lucas corre para o abrigo da internet, onde faz um amigo, Matheus, gay assumido, mas que nunca viu ao vivo. Matheus é seu confidente e representa aquele jovem homossexual que tem orgulho de ser quem é. Assume seu caráter único e vive com intensidade toda uma cultura gay que se reflete em músicas, filmes e num linguajar muito peculiar. Ao desabafar sobre Nicolas, ele descobre com Matheus uma informação crucial sobre seu objeto de desejo. Nicolas é o típico aluno popular, forte, bonito e atlético. Mas, por trás de tanta fortaleza, esconde-se uma personalidade frágil, um menino com uma família desajustada, que o obriga a amadurecer cedo. Ele vem da capital para o interior, mas tem dificuldade de se adaptar. Sente saudades dos amigos de São Paulo, e de um em especial. Péssimo nos estudos, ele é obrigado a ter aulas particulares com o CDF do colégio: Lucas. E agora?
How to Repair a Mechanical Heart by J.C. Lillis
Eighteen-year-old Castaway Planet fans Brandon and Abel hate bad fan fiction—especially when it pairs their number-one TV crushes of all time, dashing space captain Cadmus and dapper android Sim. As co-runners of the Internet’s third most popular Castaway Planet vlog, they love to spar with the “Cadsim” fangirls who think Cadmus will melt Sim’s mechanical heart by the Season 5 finale. This summer, Brandon and Abel have a mission: hit the road in an RV to follow the traveling Castaway Planet convention, interview the actors and showrunner, and uncover proof that a legit Cadsim romance will NEVER, EVER HAPPEN.
A Brandon and Abel romance: also not happening. Brandon’s sick of his struggle to make “gay and Catholic” compute, so it’s safer to love a TV android. Plus Abel’s got a hot new boyfriend with a phoenix tattoo, and how can Brandon compete with that? But when mysterious messages about them start popping up in the fan community, they make a shocking discovery that slowly forces their real feelings to the surface. Before they get to the last Castaway Planet convention, Brandon’s going to find out the truth: can a mechanical heart be reprogrammed, or will his first shot at love be a full system failure?
The Dark Wife by Sarah Diemer
Three thousand years ago, a god told a lie. Now, only a goddess can tell the truth. Persephone has everything a daughter of Zeus could want--except for freedom. She lives on the green earth with her mother, Demeter, growing up beneath the ever-watchful eyes of the gods and goddesses on Mount Olympus. But when Persephone meets the enigmatic Hades, she experiences something new: choice. Zeus calls Hades "lord" of the dead as a joke. In truth, Hades is the goddess of the underworld, and no friend of Zeus. She offers Persephone sanctuary in her land of the dead, so the young goddess may escape her Olympian destiny. But Persephone finds more than freedom in the underworld. She finds love, and herself.
Keeping You a Secret by Julie Anne Peters
With a steady boyfriend, the position of Student Council President, and a chance to go to an Ivy League college, high school life is just fine for Holland Jaeger. At least it seems to be. But when Cece Goddard comes to school, everything changes. Cece and Holland have undeniable feelings for each other, but how will others react to their developing relationship? This moving love story between two girls is a worthy successor to Nancy Garden's classic young adult coming out novel, Annie on My Mind. With her characteristic humor and breezy style, Peters has captured the compelling emotions of young love.
Annie on My Mind by Nancy Garden
This groundbreaking book is the story of two teenage girls whose friendship blossoms into love and who, despite pressures from family and school that threaten their relationship, promise to be true to each other and their feelings. This book is so truthful and honest, it has been banned from many school libraries and even publicly burned in Kansas City.
Everything Leads to You by Nina LaCour
Emi is a film buff and a true romantic, but her real-life relationships are a mess. She has desperately gone back to the same girl too many times to mention. But then a mysterious letter from a silver screen legend leads Emi to Ava. Ava is unlike anyone Emi has ever met. She has a tumultuous, not-so-glamorous past, and lives an unconventional life. She’s enigmatic…. She’s beautiful. And she is about to expand Emi’s understanding of family, acceptance, and true romance.
Him (Him #1) by Sarina Bowen
Jamie Canning has never been able to figure out how he lost his closest friend. Four years ago, his tattooed, wise-cracking, rule-breaking roommate cut him off without an explanation. So what if things got a little weird on the last night of hockey camp the summer they were eighteen? It was just a little drunken foolishness. Nobody died.
Ryan Wesley’s biggest regret is coaxing his very straight friend into a bet that pushed the boundaries of their relationship. Now, with their college teams set to face off at the national championship, he’ll finally get a chance to apologize. But all it takes is one look at his longtime crush, and the ache is stronger than ever.
Jamie has waited a long time for answers, but walks away with only more questions—can one night of sex ruin a friendship? If not, how about six more weeks of it? When Wesley turns up to coach alongside Jamie for one more hot summer at camp, Jamie has a few things to discover about his old friend... and a big one to learn about himself.
Truth in the Dark by Amy Lane
"I am not beautiful..."
Knife's entire existence has been as twisted as his flesh and his face. The only thing beautiful in his life is his sister. When Gwennie is obliged to turn a suitor down because she fears to leave her brother to the brutality of their village, Knife is desperate for anything to ensure her happiness.
Her suitor's cousin offers him a way out, but it won't be easy. Aerie-Smith has been cursed to walk upright in the form of a beast, and his beloved village suffers from the same spell. Aerie-Smith offers Gwen a trousseau and some hope, if only Knife will keep him company on his island for the span of a year and perform one "regrettable task" at year's end.
Knife is unprepared for the form the island's curse takes on his own misshapen body. In one moment of magic, he is given the body of his dreams—and he discovers that where flesh meets spirit and appearance meet reality, sometimes the only place to find truth is in the darkness of a lover's arms.
Luck in the Shadows (Nightrunner #1) by Lynn Flewelling
When young Alec of Kerry is taken prisoner for a crime he didn’t commit, he is certain that his life is at an end. But one thing he never expected was his cellmate. Spy, rogue, thief, and noble, Seregil of Rhiminee is many things–none of them predictable. And when he offers to take on Alec as his apprentice, things may never be the same for either of them. Soon Alec is traveling roads he never knew existed, toward a war he never suspected was brewing. Before long he and Seregil are embroiled in a sinister plot that runs deeper than either can imagine, and that may cost them far more than their lives if they fail. But fortune is as unpredictable as Alec’s new mentor, and this time there just might be…Luck in the Shadows.
I'll Give You the Sun by Jandy Nelson
Jude and her twin brother, Noah, are incredibly close. At thirteen, isolated Noah draws constantly and is falling in love with the charismatic boy next door, while daredevil Jude cliff-dives and wears red-red lipstick and does the talking for both of them. But three years later, Jude and Noah are barely speaking. Something has happened to wreck the twins in different and dramatic ways . . until Jude meets a cocky, broken, beautiful boy, as well as someone else—an even more unpredictable new force in her life. The early years are Noah's story to tell. The later years are Jude's. What the twins don't realize is that they each have only half the story, and if they could just find their way back to one another, they’d have a chance to remake their world.
Lies We Tell Ourselves by Robin Talley
In 1959 Virginia, the lives of two girls on opposite sides of the battle for civil rights will be changed forever.
Sarah Dunbar is one of the first black students to attend the previously all-white Jefferson High School. An honors student at her old school, she is put into remedial classes, spit on and tormented daily.
Linda Hairston is the daughter of one of the town's most vocal opponents of school integration. She has been taught all her life that the races should be kept separate but equal.
Forced to work together on a school project, Sarah and Linda must confront harsh truths about race, power and how they really feel about one another.
The Diviners (The Diviners #1) by Libba Bray
Evie O’Neill has been exiled from her boring old hometown and shipped off to the bustling streets of New York City—and she is pos-i-tute-ly ecstatic. It’s 1926, and New York is filled with speakeasies, Ziegfeld girls, and rakish pickpockets. The only catch is that she has to live with her uncle Will and his unhealthy obsession with the occult.
Evie worries he’ll discover her darkest secret: a supernatural power that has only brought her trouble so far. But when the police find a murdered girl branded with a cryptic symbol and Will is called to the scene, Evie realizes her gift could help catch a serial killer.
As Evie jumps headlong into a dance with a murderer, other stories unfold in the city that never sleeps. A young man named Memphis is caught between two worlds. A chorus girl named Theta is running from her past. A student named Jericho hides a shocking secret. And unknown to all, something dark and evil has awakened.
The Magicians (The Magicians, #1) by Lev Grossman
Like everyone else, precocious high school senior Quentin Coldwater assumes that magic isn't real, until he finds himself admitted to a very secretive and exclusive college of magic in upstate New York. There he indulges in joys of college-friendship, love, sex, and booze- and receives a rigorous education in modern sorcery. But magic doesn't bring the happiness and adventure Quentin thought it would. After graduation, he and his friends stumble upon a secret that sets them on a remarkable journey that may just fulfill Quentin's yearning. But their journey turns out to be darker and more dangerous than they'd imagined.
The Darkest Part of the Forest by Holly Black
Children can have a cruel, absolute sense of justice. Children can kill a monster and feel quite proud of themselves. A girl can look at her brother and believe they’re destined to be a knight and a bard who battle evil. She can believe she’s found the thing she’s been made for.
Hazel lives with her brother, Ben, in the strange town of Fairfold where humans and fae exist side by side. The faeries’ seemingly harmless magic attracts tourists, but Hazel knows how dangerous they can be, and she knows how to stop them. Or she did, once.
At the center of it all, there is a glass coffin in the woods. It rests right on the ground and in it sleeps a boy with horns on his head and ears as pointed as knives. Hazel and Ben were both in love with him as children. The boy has slept there for generations, never waking.
Until one day, he does…
As the world turns upside down, Hazel tries to remember her years pretending to be a knight. But swept up in new love, shifting loyalties, and the fresh sting of betrayal, will it be enough?
Deathless (Leningrad Diptych #1) by Catherynne M. Valente
Koschei the Deathless is to Russian folklore what devils or wicked witches are to European culture: a menacing, evil figure; the villain of countless stories which have been passed on through story and text for generations. But Koschei has never before been seen through the eyes of Catherynne Valente, whose modernized and transformed take on the legend brings the action to modern times, spanning many of the great developments of Russian history in the twentieth century. Deathless, however, is no dry, historical tome: it lights up like fire as the young Marya Morevna transforms from a clever child of the revolution, to Koschei’s beautiful bride, to his eventual undoing. Along the way there are Stalinist house elves, magical quests, secrecy and bureaucracy, and games of lust and power. All told, Deathless is a collision of magical history and actual history, of revolution and mythology, of love and death, which will bring Russian myth back to life in a stunning new incarnation.
Dash & Lily's Book of Dares by Rachel Cohn, David Levithan
So begins the latest whirlwind romance from the bestselling authors of Nick & Norah’s Infinite Playlist. Lily has left a red notebook full of challenges on a favorite bookstore shelf, waiting for just the right guy to come along and accept its dares. But is Dash that right guy? Or are Dash and Lily only destined to trade dares, dreams, and desires in the notebook they pass back and forth at locations across New York? Could their in-person selves possibly connect as well as their notebook versions? Or will they be a comic mismatch of disastrous proportions?
Rachel Cohn and David Levithan have written a love story that will have readers perusing bookstore shelves, looking and longing for a love (and a red notebook) of their own.
Nick & Norah's Infinite Playlist by Rachel Cohn, David Levithan
It all starts when Nick asks Norah to be his girlfriend for five minutes. He only needs five minutes to avoid his ex-girlfriend, who’s just walked in to his band’s show. With a new guy. And then, with one kiss, Nick and Norah are off on an adventure set against the backdrop of New York City—and smack in the middle of all the joy, anxiety, confusion, and excitement of a first date.
Every Day (Every Day #1) by David Levithan
Every day a different body. Every day a different life. Every day in love with the same girl. There’s never any warning about where it will be or who it will be. A has made peace with that, even established guidelines by which to live: Never get too attached. Avoid being noticed. Do not interfere.
It’s all fine until the morning that A wakes up in the body of Justin and meets Justin’s girlfriend, Rhiannon. From that moment, the rules by which A has been living no longer apply. Because finally A has found someone he wants to be with—day in, day out, day after day.
When Dimple Met Rishi by Sandhya Menon
A laugh-out-loud, heartfelt YA romantic comedy, told in alternating perspectives, about two Indian-American teens whose parents have arranged for them to be married.
Dimple Shah has it all figured out. With graduation behind her, she’s more than ready for a break from her family, from Mamma’s inexplicable obsession with her finding the “Ideal Indian Husband.” Ugh. Dimple knows they must respect her principles on some level, though. If they truly believed she needed a husband right now, they wouldn’t have paid for her to attend a summer program for aspiring web developers…right?
Rishi Patel is a hopeless romantic. So when his parents tell him that his future wife will be attending the same summer program as him—wherein he’ll have to woo her—he’s totally on board. Because as silly as it sounds to most people in his life, Rishi wants to be arranged, believes in the power of tradition, stability, and being a part of something much bigger than himself.
The Shahs and Patels didn’t mean to start turning the wheels on this “suggested arrangement” so early in their children’s lives, but when they noticed them both gravitate toward the same summer program, they figured, Why not?
Dimple and Rishi may think they have each other figured out. But when opposites clash, love works hard to prove itself in the most unexpected ways.
A Darker Shade of Magic (Shades of Magic #1) by V.E. Schwab
Kell is one of the last travelers--magicians with a rare, coveted ability to travel between parallel universes connected by one magical city.
There's Grey London, dirty and boring, without any magic, and with one mad King--George III. Red London, where life and magic are revered--and where Kell was raised alongside Rhy Maresh, the roguish heir to a flourishing empire. White London--a place where people fight to control magic and the magic fights back, draining the city to its very bones. And once upon a time, there was Black London. But no one speaks of that now.
Officially, Kell is the Red traveler, ambassador of the Maresh empire, carrying the monthly correspondences between the royals of each London. Unofficially, Kell is a smuggler, servicing people willing to pay for even the smallest glimpses of a world they'll never see. It's a defiant hobby with dangerous consequences, which Kell is now seeing firsthand.
Fleeing into Grey London, Kell runs into Delilah Bard, a cut-purse with lofty aspirations. She robs him, saves him from a deadly enemy, and finally forces Kell to spirit her to another world for a proper adventure.
Now perilous magic is afoot, and treachery lurks at every turn. To save all of the worlds, they'll first need to stay alive.
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Alforria
Quinta-feira, seis e trinta e cinco da manhã e eu ainda relutava com a ideia de colocar um maiô. Chorava escondida no banho e me torturava arranjando diversas desculpas para faltar ao passeio só para no final lembrar que meus pais gastaram dinheiro com aquilo e não poderia fazê-lo. Eu sinto a crise de ansiedade chegar e é tudo o que eu não precisava.
Eu me visto e quase que automaticamente coloco o bendito dentro da bolsa. Não consegui prestar atenção às instruções nem aos outros alunos. A vergonha martelava dentro do meu peito. Ameaçava me fazer acovardar. Sentia que todos podiam adivinhar minha vulnerabilidade.
Entrei no ônibus e sentei-me ao lado da janela. Comecei a encarar a bolsa aos meus pés e pensar desde quando esse medo ganhou poder e conseguiu me dominar. Dar nós na minha mente e cimentar como me enxergava. Maria, quando você deixou isso acontecer?
A resposta me fez chorar lá mesmo, rodeada de adolescentes eufóricos.
A escola fora um dos lugares mais difíceis para ser ir quando criança, por lá começaram a embaçar minha visão.
“Maria, você lembra um poste”
“Alguém tem que segurá-la antes do recreio, porque se ela sair antes, todos nós ficaremos sem comida”
“Você não pode ser a Barbie, Maria, você não é magra para isso”
“A Maria, aquela que só fica na biblioteca? Ela é tão estranha que faz prova do nono ano. CDF!”
“Você não pode pular com a gente, Maria Clara! Imagina se você cai em cima de mim?”
Imaginava que merecia a maldade e mesmo mudando de colégio, passei a fazer isso comigo mesma. A voz não era dos outros apenas, virou minha também. Minha voz concordava com os insultos e os intensificava. A minha visão ficara turva e escura.
Ano passado, eu fiquei cega. Descobri que poderia me machucar mais fundo e o fiz. O início de bulimia possibilitou a perda de alguns quilos e a minha perda maior, quase irreparável, a gentileza com o meu próprio corpo.
Me tornei só algo que residia naquele monte de tecido. Não sabia como parar e não queria parar. Me exercitava e mal comia. Adoecia e isto não parecia tão importante, pois perdi dois quilos essa semana! Viva!
Após diversos quilos, esconder o problema se tornou algo quase impossível. O dano mental era profundo demais para ser escondido. O hábito latente custou a me deixar e ainda não deixou completamente.
Descemos do ônibus e fomos trocar de roupa. Cada passo me deixava mais assustada e mais ansiosa. Me tranquei no banheiro. Dei longas respiradas e sentia meu coração apertado. Minha coragem era tão ínfima! Eu relutava, e relutava. Então, eu lembrei de alguns. Esses alguns que me diziam que minha beleza ameaçava o sistema. Que diziam que eu era suficiente. Como cada um deles apostava em mim e me viam sem neblina. Como eu ousei duvidar disso? E em um surto de coragem, com as mãos trêmulas, me vesti e abri a porta.
Me olhei no espelho.
Meus olhos, meus ombros, meus cabelos. E pela primeira vez em anos, me vi. Como eu pude te odiar? Você jamais mereceu tamanha violência. Tamanho descaso e desamor. Prometi que não repetiria tamanho terrorismo com todos os meus traços herdados de mamãe. Não julgaria minha altura que veio de papai. Eu limparia cada arranhado e fumaça na minha visão e permitiria me ver.
Eu me senti linda. De repente agradeci pelos ácidos que passei nas minhas estrias não terem funcionado, pois agora as via banhadas pelo sol. Analisei minha barriga, eu amei como ela não era lisa. Minhas pernas longas me fizeram andar com mais firmeza naquele dia. Meu cabelo armou e eu não pude resistir em colocar uma flor, honrando minhas origens. Eu era poesia e não existia algo a se reclamar. Meu corpo não seria mal tratado. Eu não me desculparia por ser quem era.
Eu me libertei.
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Spring, 1998 — Meu erro foi encontrar segurança em sua escuridão
“Já havia lido diversas histórias onde o popular da escola se apaixona pela CDF sem graça da primeira carteira, mas apesar de desejar com todas as minhas forças que aquilo acontecesse comigo, no fundo sabia que era algo impossível de se alcançar na vida real. Ou ao menos era o que pensava até conhecer Seth Brandon Mallory, em outras palavras, o tipico badboy jogador de futebol americano que estranhamente, dentre todas as garotas do colégio central da Carolina do Norte “Amerian Layther High School”, sentou-se ao meu lado na arquibancada vazia antes de um dos treinos, onde eu geralmente aproveitava o silêncio do campo para ler. E antes que você pense que era só isto, saiba que ele também pareceu bastante interessando em puxar assunto e entender mais sobre The A. B. C. Murders, de Agatha Christie. Claro que já havia escutado alguns boatos do mulherengo Mallory, e mais ainda sobre sua beleza sem tamanho. Mas somente ali, naquela tarde de primavera onde o sol nos privilegiou com um dia quente, foi que notei em meio aos seus traços o quão ridiculamente ele conseguia ser perfeito. Talvez fosse apenas tolice de uma garota de quinze anos, mas quando vi aquele sorriso dançar em seus lábios pela primeira vez, descobri que não era tão imune ao amor quanto pensava.” Trecho tirado do Diário de Elle Louise Harondalle, numero 008
— O que achou deste vestido?
Naquela tarde me achava radiante. Isto geralmente acontecia quando ele me elogiava discretamente nas trocas de aulas ou durante os intervalos não se importando com os olhares curiosos em nossa direção e nem com os múrmuros indignados de seus colegas. Desde que havia me abordado na arquibancada nossos encontros vinham se tornando mais frequentes, assim como as conhecidencias também. As vezes me pegava acreditando fielmente de que todo o universo estivesse conspirando para que nós nos aproximássemos mais, mesmo que vivêssemos em mundos completamente distintos. Seth era da turma de atletas, onde não largava sua jaqueta e seus óculos escuros nem mesmo após sair do colégio, e suas notas com certeza eram vindas do esforço de um de seus colegas que não queria perder suas habilidades no time. Já eu era a presidente do jornal da escola com perfeitas notas e os exercícios físicos resumidos a aulas e recitais de balé clássico. Basicamente, eu era o sonho de qualquer pai e professor.
Por conta de todas nossas diferenças, foi até compreensível ver o choque no rosto de todos quando decidimos ser vistos publicamente pela primeira vez, incluindo meus três melhores amigos, as líderes de torcidas e principalmente NS Jones, que não era ninguém mais do que a ex e eterna admiradora de Seth. Meus amigos ainda tinham certa repulsa e viviam tentando me alertar sobre a longa lista de ex ficantes dele, mas somente eu sabia todas as coisas boas por trás daquela mascara de badboy. Alem disto, ele agia como se eu fosse única e pela primeira vez, eu acreditava nisto. As únicas pessoas que apoiavam nosso “relacionamento” eram meus pais e os tios de Seth, afinal ambos cuidaram do mesmo quando seus pais foram assassinados num roubo a mão armada quando ele tinha apenas 6 anos.
Aquela noite prometia ser especial, afinal no fundo algo me dizia que o loiro finalmente me pediria em namoro. Mas o que não imaginava, era que acabaria assinando a sentença de morte da vida que eu tinha até então.
— Perfeito... Se quiser ir a aula na segunda. — o sorriso que ameaçou se abrir em meus lábios tornou-se uma careta ao terminar de ouvir a frase da Senhora Harondalle, que logo tratou de chamar uma das vendedoras. — Por favor, poderia me ver aquele ali com duas fendas e aquele com o decote...
— Wow... Mãe, você não acha isso um pouco demais? Quer dizer, sabe o quanto desconfortável me sinto tão... Amostra.
— Eu sei, mas em poucos meses estará com 16 anos e já passou da hora de mostrar a todos o cisne que escondeu a vida toda — Segurei um dos braços incerta, mas ao mesmo tempo que tinha vergonha de sair dos meus padrões também concordava em partes com aquilo. Ela se aproximou e segurou meus ombros — Alem do mais, não estou pedindo para se vestir como uma prostituta, Lou! Mas se quiser sair daquele baile com um anel de compromisso no dedo, deveria mostrar a ele que é mais do que tem mostrado. Funcionou com o seu pai na minha época. — Ao ver o sorriso aberto da mais velha pelo reflexo do espelho, um nó se deu em meu estomago entendendo o recado.
Minha mãe veio de uma família Italiana muito rica, então era de longe perceptível seu ar Europeu refinado mesmo após toda a vida simples que ela viveu por alguns anos com meu pai antes de construírem seu atual império. Mas o que não podia negar, era que mesmo ela usando as perolas certas e os vestidos não passando no joelhos, ela sempre foi muito aberta quando se tratava de sexo, assunto que na época ainda era um grande tabu. E sinceramente, não conseguia dizer se ficava aliviada ou não por isto.
...
O baile estava cheio parecendo conter até mais do que a quantidade de pessoas que geralmente frequentavam o refeitório, e como de lei, já haviam pessoas bêbadas pelo tráfico de bebida alcoólica dos jogadores de futebol o que causou um grande número de casais se jogando na pista enquanto uma banda pequena que se nomeavam de N'Sync se apresentava no palco tocando alguns covers que reconheci logo de cara quando entrei recebendo alguns olhares curiosos. Eu podia ser conhecida pelo jornal do colégio, mas de longe fazia parte da lista ridícula das dez garotas mais populares e belas, e apesar de não me achar tão bonita assim, sabia que muito se dava devido as roupas fechadas que costumava usar, o que mudou naquela noite já que fui praticamente obrigada me vestir nos conformes da minha mãe. O vestido prateado parecia iluminado graça as luzes neon presas ao teto e as fendas deixando minha pálidas perna a mostra faziam todo o resto. Mas apesar de sentir-me desconfortável com toda a atenção recebida, logo parei de dar a eles tanta relevância e passei a procurar por um rosto amigo em meio a multidão. Meus amigos provavelmente não haviam chego e não havia nenhum sinal de Seth, o que me deixava um tanto decepcionada e com a sensação de abandono. Porem só foi eu me servir do ponche sobre uma das mesas métricas que notei o quão sortuda era estando sozinha, não demorou dois minutos para um dos s amigos do meu par perdido chamado Logan brotar seguido da projeto de satã Jones, esboçando seu já tão conhecido sorriso malicioso nos lábios.
— E não é que demos uma bolada para o Mallory... Que prazer vê-la, gatinha!
Naquele instante revirei meus olhos tão intensamente que pude sentir meus globos oculares doeram, então antes que pudesse sair dali ou ignora-lo completamente, o estridente sorriso da russa absorveu minha atenção. Não queria mesmo ter de lidar com aqueles dois, muito menos naquele momento onde só conseguia pensar no quão atrasado todos estavam. Mas assim que deu o primeiro passo para sair dali, a silhueta do corpo perfeito da garota se colocou em minha frente, obrigando-me a voltar para meu lugar inicial.
— Para que a pressa “Harondaller”? Que eu saiba seu príncipe nem chegou ainda...
— O que vocês querem?
Perguntei sem conseguir erguer os olhos para ele, um tanto desconfortável de estar naquela posição com aqueles dois. E sem delongas, Logan logo me respondeu.
— Queríamos apenas bater um papo, afinal é uma de nós agora. Não é?
— Oh, acredito que isto non esteja no acordo Andrews. Afinal, somente Seth estava destinado a está humilhação.
— Okay, já chega! Será que eu posso ir?
Assim que disse isto tentei novamente sair, mas a única coisa que consegui foi arrancar risadas da dupla que me encarava com um desprezo impressionante, não sendo diferente do olhar que mandei para eles quando finalmente criei coragem para encara-los.
— Nem pensar. Nós viemos em missão de paz e você precisa nos ouvir antes que passe mais vergonha do que já vem passando. - já estava acostumava a ouvir coisas piores deles, mas não podia negar que daquela vez fiquei intricada com a seriedade em sua voz, então fiz a pior coisa que podia fazer... Dei minha atenção a Natascha — A menos que saiba da aposta e esteja se divertindo com a fama que vem ganhando?
— O que? — murmurei soltando um riso inalado sem qualquer pitada de humor, estava mesmo perdida naquele assunto.
— Não se faça de sonsa “garrota”. Não é possível que seja tão idiota para pensar que Seth está mesmo afim de você, não é?
Sabia que aquela garota era baixa para conseguir o que queria, mas não que seria capaz de inventar aquela história ridícula. Porem, aos poucos alguns pontos eram ligados e todas as frases incompreensíveis ditas por eles antes começavam a fazer sentido.
— Opa. Eu acho que ela não sabia, coração.
— Do que vocês estão falando?
— Eu e os garotos estávamos com Seth em baixo da arquibancada naquele dia. Então apostamos que ele não conseguiria ficar com você, mas parece que ele aguentou fundo... E entrou também, se é que me entende.
O bile me subiu a garganta e eu já não conseguia ouvir mais nada após ver a piscada sacana do moreno a minha frente, então quando Natascha segurou meus ombros para espalhar seu veneno mais uma vez, fui mais rápida para esquivar desta vez me forçando a sair daquele ninho de cobra nem um pouco culpada por chocar meu ombro com o dela ao faze-lo.
Todos haviam me dito nas entrelinhas. Cada olhar ou sorriso maldoso tinha um motivo, cada briga dos meus amigos comigo não havia sido em vão e eu me sentia a pessoa mais ridícula do mundo estando ali depois de desfilar com ele ao meu lado acreditando mesmo que finalmente alguém havia me notado por ser quem sou. E mais, por estar naquele baile finalmente acompanhada de alguém que não fosse meu colega do jornal e ter perdido horas do meu dia no salão para surpreende-lo. Deveria saber...
Já transtornada senti meu corpo trombar em alguém, mas minha mente estava tão perdida que nem me dei o trabalho de me desculpar decidindo continuar meu caminho até a porta. Mas não dei nem meu terceiro passo quando meu pulso foi puxado bruscamente para trás e eu o vi pela primeira vez frente a frente após descobrir de tudo. E eu era tão ridícula que mesmo sabendo da verdade, aquele maldito sorriso ainda me dava a sensação de borboletas na boca do estomago.
— Ai está a minha Lou e... — ele fez uma pausa para analisar todo o meu visual de baixo para cima e eu pude jurar ver seu queijo cair — Wow... E eu achando que não podia ficar melhor! Você está linda... — Eu estava irada, mas antes que ele conseguisse falar ou eu fugisse de seus braços senti meu rosto esquentar e lágrimas se acumularem na linha do meu olho, deixando-me completamente exposta e vulnerável em sua frente. O que pareceu o surpreender, já que logo seu cenho franziu e seu sorriso galante se tornou uma linha reta antes que ele me bombardeasse de perguntas — O que aconteceu? Fizeram algo para você? Ou... — havia perdido meu chão no momento em que montei o quebra cabeça e com isso, as palavras não saiam por mais que eu tentasse. — Pelo amor de Deus, será que pode falar que merda fizeram com você? — Desta vez as palavras haviam saído mais alta do que de costume e sua mão apertava ainda mais forte meu pulso fazendo-o formigar, o que cessava minhas lágrimas e fazia meus ombros se darem por vencido em forma de submissão.
— Eu sei... Eu sei de tudo! — fui obrigada a repetir, já que minha voz se recusou a sair de maneira compreensível. — Eu sei sobre a aposta que você e os meninos fizeram, me contaram tudo.
— Porra... — ao murmurar isto, sua mão me soltou imediatamente e seus ombros desviram do meu de maneira angustiada antes de se voltarem ainda mais intensos. — Você não entende...
— O que eu não entendo, Seth? Que você me usou para satisfazer uma aposta suja ou que eu descobri antes que pudesse me humilhar na frente de todos? — finalmente criei coragem para explodir, mas logo em seguida me arrependi quando vi o brilho de seu olhar parecendo realmente arrependido.
— Não, mas é claro que não. Eu...
— Por favor não ... Já chega de mentir, chega de brincar com meus sentimentos. Só chega por favor! — me sentia exausta e desesperada para fugir dali onde cada olhar inocente se tornava acusador ao meu ver. Eu só precisava fugir o quanto antes daquele salão, mas não sem antes perguntar — Queria entender como... Como você conseguiu fazer isso, porque eu realmente acreditei que... Droga Mallory, eu realmente pensei que...
— Eu te amo porra! Eu passei a te amar... — assim que aquelas palavras saíram de sua boca eu congelei. Havia passado tempo demais sonhando em como seria o momento que ele finalmente diria, mas nem nos meus piores pesadelos seria naquele contexto — Me escute. — sussurrou segurando seu rosto entre suas mãos de forma firme — Eu errei. Porra, eu sei que errei. Não deveria ter aceitado fazer parte daquela brincadeira. Eu subestimei você, mas conforme fui a conhecendo ia percebendo o quão incrível você era. O quão especial você é! Vim aqui hoje disposto a te contar tudo e dizer que eu te amo Louise, e por mais babaca que tenha sido meses atrás ou talvez até ontem por não ter conseguido ser forte o suficiente para contar a você, agora eu não sei mais viver sem tê-la ao meu lado. Ou sem poder ver de perto seu orgulhoso sorriso e olhar desafiador quando tira a melhor nota da classe... E quer saber, no fundo eu sou tão grato por terem me feito aquela aposta, pois se não fosse por ela eu nunca teria me arriscado a conhece-la de verdade e isto seria a pior burrice que um cara como eu poderia fazer. Então me perdoe, apenas me perdoe... Por favor!
Temerosa de que tudo aquilo não se passasse de uma mentira inventada para prosseguir com o plano e ao mesmo tempo impactada com suas palavras, simplesmente senti meu corpo se desmanchar ali enquanto ele me abraçava forte, se tornando o único pilar que me deixavam em pé. Todos tentaram me avisar, todos tentaram impedir nosso relacionamento e todos o queriam. Então não pensei muito quando decidi o abraçar de volta pedindo desculpas mudas por não tê-lo permitido se explicar.
— Ei, eu estou aqui por você— ele sussurrou em meu ouvido antes de levar seus lábios até os meus, finalmente selando o beijo tão desejado da noite que não demorou a ser correspondido, mas antes que eu pudesse me jogar completamente no mesmo, o rapaz se afastou o necessário para enfim limpar minhas lágrimas. — Eu prometo que não haverá mais segredos entre a gente. Está bem? — completamente fraca psicologicamente e sem saber como reagir aquele turbilhão de acontecimentos em uma distancia de empo tão minima, apenas fui capaz de assentir fungando e abaixei os olhos para o chão antes dele erguer meu queixo delicadamente — Prometi que não deixaria nada acontecer com você e vou manter minha promessa, mas preciso que faça sua parte e diga quem foi que falou todas essas besteiras para você? — exitei por um longo instante — Por favor, não me esconda. Eu quero me redimir.
No inicio não estava certa se deveria falar, mas quando perdi meus olhos na imensidão azulada que me encarava de maneira tão doce, só deu por mim quando as palavras já estavam saindo em voz alta.
— Jones e Logan. Foram eles que me contaram... — ao ouvir os nomes seu rosto passivo se contraiu irritado e seus músculos tornaram-se mais rígidos enquanto todo foco que me dava antes ia direto para atrás de seu próprio ombro a procura dos rostos conhecidos. Angustiada com o que poderia acontecer, logo tratei de corrigir o que havia dito. — Mas não tem importância, deixe isto para lá ok? Está tudo bem e...
— Nem pensar minha princesa, eu disse para não fazerem mal a você. Agora eles vão ter de pagar!
Antes que fosse capaz de conte-lo, seu corpo já distante se voltava para o lado oposto de onde íamos, me dando apenas a opção de correr atrás dele assutada com o que poderia acontecer. Afinal, era a primeira vez que via seu rosto tão furioso assim. Porem, assim que vi o mesmo deferir o primeiro soco no rosto de Logan, que por estar distraído tombou imediatamente para trás sobre a mesa, derrubando algumas das bebidas que antes pareciam fazer parte da decoração, todo o medo do que poderia acontecer se esvaiu dando lugar a uma estranha sensação de eforia. No inicio não sabia bem o que era aquilo, mas não demorou para mim perceber que se tratava de gratidão. Passei longos anos de minha infância sofrendo com brincadeiras de mal gostos e sendo alvo de boatos mentirosos, mas ninguém nunca havia se disposto a me ajudar verdadeiramente. Desta forma, aquela era a primeira vez na vida que alguém finalmente havia colocado tudo a perder para me defender sem se preocupar com manter a pose ou não descer ao nível. Seth havia me dado tanto em tão pouco tempo, mas enquanto eu o assistia paralisada trocar socos com aquele garoto, notei que a coisa mais relevante havia sido uma importância que nem mesmo meus amigos foram capazes me dar em todos aqueles anos. E se eu estava irada com ele instantes antes, eu nem lembrava mais do porquê. Afinal, eu estava grata e completamente apaixonada por Seth Brandon Mallory!
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