#verdureiro
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um dos residentes do apartamento F4 da torre TWILIGHT é o SONG SEJUN, que tem TRINTA anos e é TATUADOR E BODY PIERCER do seu próprio estúdio em hongdae.
nascido em jeju. 1/10, libriano. ex-presidiário, por envolvimento com mafia e drogas. bissexual e demiromântico. enrolado com seu roommate nakyum. ensino superior em belas artes incompleto.
ㅤ•ㅤQUAL O MOTIVO DE ESTAR EM HANEUL COMPLEX HÁ CINCO ANOSㅤ?
apesar dos pesares, aquele apartamento foi sua primeira conquista após a saída da prisão e levando em conta que trabalha para ele mesmo seu salário é volátil então ali é o melhor lugar que consegue pagar por conta do valor e que o permite manter uma vida meramente confortável na medida do possível, além disso gosta dos vizinhos nem que seja pra falar mal deles e por isso não tem pretensão de se mudar por agora, afinal isso demandaria um custo que não pode arcar no momento, ainda assim vem fantasiando com a ideia de ter uma casa no interior, longe de tudo, só ele e nakyum.
ㅤ•ㅤE COMO É A DESCRIÇÃO DA SUA APARÊNCIAㅤ?
olhos castanhos, cabelo naturalmente castanho mas contrastantemente descolorido então é comum encontra-lo com as madeixas amareladas ou com sorte platinadas, as vezes com mechas de um rosa quase sempre desbotado nas pontas ( seu favorito ), 180cm quase todo preenchido de tatuagens ( pescoço - frase hate me do lado direito e love me do lado esquerdo; mão esquerda - uma borboleta feita em fumaça e uma cruz vazada no dedo do meio; mão direita - uma caveira com rosas; panturrilhas - rodeadas de um jardim silvestres; costas - asas de fada; coxa direita - na parte inferior de trás a palavra chaos; coxa esquerda - na parte inferior de trás o desenho de correntes destruídas; quadris - parece pequenas pintinhas mas na verdade é a constelação que estava no céu de jeju no dia e horário em que nasceu; peito - no lado esquerdo logo acima do coração um tipo de espelho quebrado onde a imagem refletida é uma praia com bastante vegetação; braço direito - contém vários desenhos entre eles borboletas, pássaros, diversos tipos de flores, um cervo, as datas de quando entrou e saiu da prisão e a frase if you're going through hell, keep going; braço esquerdo - envolto de trepadeiras/videiras ) e piercings ( double nostril - ponto de luz nos dois lados do nariz; ashley - ponto de luz no meio do lábio inferior; middle tongue ; umbigo - tradicional superior; mamilos ) roupas com o dobro do seu tamanho, jeans rasgados, tênis e coturnos surrados, camisas de banda de rock, toucas e buckets, correntes e anéis de prata.
ㅤ•ㅤE É VERDADE O QUE DIZEM POR AÍ SOBRE SUA PERSONALIDADEㅤ?
provavelmente quem o vê o julgaria como alguém que deve se manter distância, seu passado o condena afinal. entretanto qualquer um que se de o trabalho de arriscar se aproximar vai encontrar alguém extremamente bobo e brincalhão, alguém pra se divertir nas noites solitárias e monótonas ou para te apoiar a fazer merda e passar pano pra você. poucos sabem mas sua paixão por artes não é suprida apenas com o trabalho mas um dos quartos do apartamento é um ateliê e seus desenhos e pinturas não se limitam a ele, todas as paredes de seu apartamento são rabiscadas e preenchidas por quadros sendo tudo feito por ele mesmo. além disso ele é definitivamente apaixonado por flores e talvez não seja algo tão secreto porque seu histórico de tatuagens tem muitas delas. cozinha muito bem. eclético. adora séries e filmes de ação, suspense ou terror. bebe e fuma (cigarros e drogas) ocasionalmente.
ㅤ•ㅤE O QUE SE SABE SOBRE SEU PASSADOㅤ?
filho de verdureiros, sejun cresceu em uma casinha simples perto da praia em jeju, seus pais eram donos de uma vendinha local que às vezes além das frutas e legumes vendia também alguma flores cultivadas ou às vezes roubadas pelo mais novo, uma paixão boba que o fez descobrir o que queria ser quando crescesse. artista, sejun começou desenhando flores e então paisagens, até que quando completou a maior idade tentou a sorte nas faculdades de belas artes, ele era tão bom que conseguiu uma bolsa de 100% na karts (korea national university of arts) mas não conseguiu finalizar o curso. três anos vivendo na nova realidade de seul, tão diferente da que foi criado, sejun se viu encantado pela cidade grande, acabou se aproximando das pessoas erradas e então entrou em um ciclo de festas, transas casuais, drogas, e etc. então tudo desandou de um jeito que rapidamente ele se viu no fundo do poço.
ou ao menos foi o que pensou, até acabar sendo pego pela policia no lugar errado, na hora errada com as pessoas erradas. em uma festa no ano novo sejun foi pego junto com verdadeiros criminosos e acabou sendo preso, em torno de cinco anos em regime semiaberto, que duraram mais tempo do que ele imaginava e que o assombrariam pra sempre. após cumprir a pena, tinha pouco dinheiro mas com o sistema de governo conseguiu emprego em uma indústria, era algo temporário já que ele pretendia seguir com a carreira artística de alguma forma assim que conseguisse um lugar melhor pra viver do que um quarto minúsculo em um conjunto para ex-presidiários. se mudou tantas vezes que perdeu a conta até conhecer o complexo haneul. foi no haneul onde finalmente pode se estabelecer e chamar novamente ter um lugar para chamar de lar.
o local era perfeito, ironicamente levando em consideração o estado decadente do apartamento quando se mudou, além da situação geral do prédio mas com toda certeza muito melhor do que todos os lugares que morou anteriormente naqueles últimos anos, além de estar dentro do orçamento que podia pagar. se mudou, pediu demissão e começou a procurar por outro trabalho, um que o agradasse de fato. foi explorando seul que conheceu os estúdios clandestinos de tatuagens. interessado começou a trabalhar ali como aprendiz, às vezes fazendo um pouco de tudo como atender os clientes na entrada, limpar as salas, comprar materiais e ajudar nos desenhos para clientes, foi assim que conseguiu conquistar os tatuadores a lhe ensinar de fato a arte de desenhar em corpos, não demorando a pegar o jeito e se tornando requisitado pelos clientes, até que conseguisse dinheiro e se sentisse confiante de abrir o próprio estúdio, o que não demorou muito.
o estúdio que tem fica em hongdae, assim como muitos outros, e é bastante famoso por atender a diversas técnicas de tatuagem além da especialização em body piercing, ao qual aprendeu depois de pedidos de clientes. então sejun agora tem uma vida confortável, digamos que ele tem tomado jeito, ainda que a profissão que segue seja um pouco controversa já que legalmente só pode ser executada por médicos, por enquanto afinal tatuadores costumam pedir a modificação da lei constantemente. ele precisa ter cuidado pra não ser descoberto afinal mesmo que tenha certificados e estudado para fazer o que faz ainda há riscos. infelizmente, tanto pela ficha criminal que dificulta entrar na faculdade quanto a concorrência do curso de medicina, é totalmente inviável para ele conseguir o diploma, assim como também terminar o curso de belas artes que quis anteriormente. no final das contas sua vida já era fodida, não tinha porque tentar concerta-la, não tinha como desfazer o seu passado e sim apenas lidar com ele, era melhor viver assim do que não viver.
ㅤ•ㅤE COMO É MAIS OU MENOS O SEU APARTAMENTOㅤ?
coming soon.
#ㅤ•ㅤ𝘿𝙀𝙑𝙀𝙇𝙊𝙋𝙈𝙀𝙉𝙏ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙄𝙉𝙏𝙀𝙍𝘼𝘾𝙏𝙄𝙊𝙉ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙎𝙈𝙎ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝘼𝙀𝙎𝙏𝙃𝙀𝙏𝙄𝘾ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙑𝙄𝙎𝘼𝙂𝙀ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙈𝙐𝙎𝙄𝙉𝙂ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙋𝙇𝘼𝙔𝙇𝙄𝙎𝙏ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙂𝘼𝙈𝙀ㅤ.#ㅤ•ㅤ𝙀𝙓𝙏𝙍𝘼ㅤ.
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Senador Cleitinho Azevedo ex verdureiro deixou ESQUERDISTAS sem RUMO na ...
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SURREAL!!! Senador VERDUREIRO agora ACABA com Governo Lula!!!
https://youtu.be/tiz1M8si5n8
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O INCRÍVEL LOBISOMEM DO BAIRRO DO CORDEIRO Texto: Roberta Cirne PALESTRAS: DIRECT @sombrasdorecife ou EMAIL: [email protected] Na década de 30 do século XX algo deixou os moradores do bairro do Cordeiro, no Recife, de cabelos em pé: Tratava-se da visão de um fantasma ou lobisomem assombrando a tantos quantos passassem pelas ruas escuras do bairro. E cada um o pintava de cores mais e mais assustadoras. Mas aquilo não assustava Luiz do Banho, morador das cercanias. Na noite do dia 17 de janeiro de 1935 ficou de tocaia, esperando a horrenda aparição do monstro. Logo este surgiu, todo desconjuntado, andando a esmo pela rua. Corajoso “pero no mucho”, Luiz correu a buscar a polícia de cavalaria que estava acampada no bairro do Prado, ali perto. De imediato os cavalarianos da força pública para lá se encaminharam, surpreendendo o bicho bem no meio da rua. Ele, ao avistar a polícia , correu, rumando para a Rua Amélia e indo se esconder na casa de número 172. Ora, ali era a casa do verdureiro José Luiz, que negociava na Caxangá e estava já dormindo, na companhia de sua namorada Maria Alexandrina. A força de polícia montada cercou a casa e deu ordem clara para todos saírem. O verdureiro não se fez de rogado: saiu munido de um cassetete e deu uma bordoada no cavalariano mais próximo. Este revidou com pancadas de sua espada, fazendo o verdureiro fugir. Na casa, foram apreendidas duas mulheres: uma, a Maria Alexandrina, ainda confusa de sono e a outra, a irmã de José Luiz, moça de nome Minervina Xavier, 23 anos. O mistério digno de Scooby-Doo estava desvendado. Desde o natal de 1934 que Minervina subtraíra algumas roupas e sapatos do irmão, no intuito de passear pelas madrugadas vestida de homem. E aquela figura desengonçada, com roupas, sapatos e chapéu muito maior que ela causava pânico a todos na rua. Era ela o fantasma, o lobisomem do Cordeiro. Afirmava adorar as roupas masculinas, na época proibidas às mulheres, e que se pudesse, usava camisa e calça tipo culote pela vida inteira. Era apenas pela liberdade que ela fazia isso, buscando uma emancipação de sua condição de mulher inserida na época que vivia. Nenhum lobisomem. Uma feminista à frente de seu tempo (em Cordeiro, Recife) https://www.instagram.com/p/CnH7qhnvU4s/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Marrocos ganha apoio da África na Copa do Mundo contra a França
Marrocos ganha apoio da África na Copa do Mundo contra a França
Seu país está em crise diplomática com o Marrocos, mas isso não impede o tunisiano Wissam Sultani de apoiar a primeira seleção árabe ou africana a chegar às semifinais da Copa do Mundo de futebol. “Não há política em campo. Apoiar um país árabe, seja ele qual for, é um dever quando ele chega a esta fase do torneio”, disse Sultani, um verdureiro de 41 anos em Túnis, capital do país norte-africano.…
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Crônica de Hildegard Angel
Um amigo sugere o título “Morre a última grande dame“. Boa sugestão. Mas não condiz com a realidade. Grandes damas ainda temos poucas. Carmen não foi a última, foi a Primeira e Única, como eu a chamava. Mais do que grande dame, era grande personalidade, grande formadora de opinião, o maior mito da alta sociedade brasileira. Único de abrangência nacional, galgando espaços internacionais. Soube desempenhar seu papel como verdadeira diva, no exclusivo palco dos aristocratas do dinheiro, do poder e dos sobrenomes. Ela fez por onde. A postura sempre altiva, o esnobismo, a seletividade foram elementos importantes na construção de seu mito. As glórias não lhe caíram no colo, ela teve mérito e tenacidade. É nos detalhes sutis que as pessoas se distinguem das outras e são alçadas ao pedestal de nossas admirações. O diferencial de Carmen era ser sempre a mesma com qualquer um, fosse ele o Bill Gates, o Roberto Carlos, um artista anônimo ou o verdureiro da esquina. Carmen conversava igual, tratava igual, emitia os mesmos conceitos, que para alguns soavam como vindos de um universo paralelo. Era igual.
Falar com Carmen Mayrink Veiga foi um dos desafios profissionais que precisei vencer logo aos 18 anos. Não que ela me fosse inacessível, ao contrário. Tinha recebido de minha chefe, a colunista social de O Globo Nina Chavs, a relação de suas fontes diretas, que eu podia contatar quando ela viajava. E lá estava ela, a diva, a Carmen!
Tímida, atriz, alheia àquele mundo, apesar de curiosa dele, eu precisava reunir a coragem de um acrobata em salto sem rede, sempre que tinha que discar o número de Carmen e ser atendida pelo copeiro Manuel, com empostação de Alec Guinness fazendo mordomo em filme inglês. Eu, respeitosamente, o chamava de “seu Manuel”.
E lá vinha Carmen, transbordando sofisticação. Havia chegado de uma temporada de caça na Áustria. E descrevia os castelos, as roupas, os jantares, os faisões servidos nas travessas ou enfeitando os chapéus das caçadoras, os pavilhões, as matilhas de cães e as cabeças coroadas participantes, príncipe tal e marquês qual, e os nomes se sucediam, Schlumberger, Rothschild, Ali Khan. E tudo acabava em Paris, para onde todos retornavam, enroscados nas mantas de vison das poltronas de seus jatinhos particulares. E eu anotando em ritmo de taquigrafia, para não perder uma vírgula, um respiro, uma entonação, porque tudo o que ela falava, e do jeito que ela dizia, era tão diferente e interessante. Sem dúvida se, naqueles tempos, já se pensasse em Luxo como disciplina de formação em Marketing, Carmen teria sido a mestra decana.
Mestra, Carmen efetivamente foi, informalmente. No Brasil, ela compartilhava aquele mundo inatingível com os sequiosos comuns mortais à sua volta. Era fonte inesgotável de aprendizado. Quer através das informações aos colunistas sociais, das suas entrevistas ou das atenções aos amigos. Se encontrasse algum livro de moda ou de decoração que interessasse ao costureiro Guilherme Guimarães, tratava de trazer com ela, sempre com uma dedicatória com suas impressões e anotações dos trechos que deveriam interessa-lo. Era um “oráculo do luxo”, distribuindo saberes e refinamentos. O bijoutier Alberto Sabino, os estilista Liliane Sirkis, Lino Villaventura e Heckel Verri, a joalheira Laja eram alguns de seus discípulos, e também para as amigas.
Quando me casei pela segunda vez, já aos 38 anos, pedi a Carmen sugestão de um vestido. De Paris, ela me enviou o recorte de um modelo de Yves Saint Laurent, um tailleur longo, e recomendou: “Faça com a Liliane Sirkis da Casa Colette. Ficará perfeito”. E ficou. Até o bordado, Liliane mandou fazer no mesmo bordador de YSL em Paris. Conselho de Carmen não tinha erro.
Mas havia certos conselhos… Quando fiquei noiva de Francis, Carmen nos convidou para almoçar com ela em seu clube. O colunista Zózimo havia publicado que eu estava namorando um “empresário armênio”. E a tribo carioca logo achou que devia ser caixa alta. Tinha quem se dirigisse a ele falando em inglês, em francês. A gente achava graça. Estávamos de partida para uma peregrinação a Medjurgorje voltando por Paris. Carmen resolveu aconselhar o noivo. “Qualquer vestidinho para de dia, de alta costura, em Paris, está custando 30 mil dólares. Os de coquetel custam 80 mil dólares pra cima. Então, quando Hilde for usar os vestidos que você vai comprar, ela tem que ficar atenta, porque essa coisa de comer caviar em pé acaba com qualquer roupa”. Apertei a mão do Francis com medo de ele se levantar da mesa pra nunca mais. E Carmen nem aí. “Outra coisa, Francis. “Não dê bugigangas de 100 mil dólares pra Hilde. Essas joias perdem todo o valor na revenda. O que vale é a pedra. Compre joias importantes para ela”. Foi aí que não me contive. “Ô, Carmen, você quer que eu perca o noivo antes da viagem?”. E caímos os três na gargalhada.
Carmen foi nossa madrinha. Vestiu amarelo. Cerimônia na Candelária às 6 da tarde, pedi chapéu a todas as madrinhas. Carmen usou arco e laço nos cabelos soltos. Estava um deslumbramento. Algumas vieram depois me dizer: “Como uma mulher daquela idade bota um laço no cabelo?”. “Que idade?”, perguntei. Ninguém sabia a idade de Carmen. Ela jamais revelou. E deve ter adorado ver a imprensa brasileira em peso errar sua idade nos obituários.
Para Carmen, não havia idade, havia aparência. Se o rosto “segurava”, podia usar cabelão. E seus cabelos se mantiveram longos até o fim. Usar joias com brilhantes de dia não pode? “Bobagem das brasileiras”, dizia. E usava. Se as pernas estavam bonitas, podia mostrar. E ela vestiu as saias curtas que quis, até ser obrigada a utilizar a cadeira de rodas. Sentava-se nela como uma rainha no trono, envolta em sedas e xales de voile ou cashmere, que movia com feminilidade e elegância. Em seu show da vida, a cadeira de rodas era simples figuração. Ela, a protagonista.
Quando os Mayrink Veiga perderam a fortuna, as cortinas não se cerraram. O interesse da imprensa permaneceu igual, o mundo social continuou a girar em torno de Carmen, Primeira e Única. Os holofotes em potência plena. A fortuna era componente importante, mas Carmen era a luz.
A família era seu interesse principal. Era 100% a favor de manter o casamento, custasse o que custasse. E ficou muito abalada com a morte de Tony. Imaginava que iria antes dele. Nos últimos tempos, cansada e entristecida, só falava em morrer. Queria morrer. No seu aniversário, em abril, segurou-me a mão e se despediu de mim. Achava que a morte logo a levaria. Brinquei, sorri, saí do quarto e chorei. Carmen Única não tem reposição. Éramos só sete amigas e a família. Carmen não conseguiu deixar o leito para nos encontrar na sala. O bolo, carregado por seu filho Antenor, os parabéns, o champagne foram em volta de sua cama, as amigas todas muito bem vestidas e arrumadas. Carmen abriu largo sorriso, estava feliz. Um raio de glamour iluminou aquele seu momento. Ela se alimentava da beleza e do glamour. E beleza plantou por todos os caminhos em que passou.
Resistiu o mais que pôde. A resistência consistia em encontrar ânimo para se preparar para sair, sempre impecável, para almoçar ou jantar (preferia almoço) com amigos ou prestigiar algum lançamento da neta joalheira, Maria. Uma onça matriarca. Sua paixão pelos gatos era legítima e absoluta. Possuíam entre si uma conexão que só a ciência para explicar no futuro. Tudo dela tinha gato. Nos bilhetes e cartões, ao lado da assinatura, um gatinho desenhado (guardei todos, nesses 50 anos), ou selava o envelope com o cromo de um gato. Nas paredes de seu banheiro. Objetos de gato pela casa. Quando morreu, Top Show e Sylvie foram dos primeiros a perceberem que ela não estava mais lá.
Eliane, a gentil, dedicada, amorosa acompanhante de Carmen nesses anos de dor, pediu aos padres José Roberto e Jorjão para fazer uma oração após a missa de corpo presente no Memorial do Carmo. O caixão estava fechado (pedido dela, segundo Antonia). Sobre ele, um ramo de orquídeas brancas, ao qual Antonia depois juntou um buquê de rosas vermelhas, as rosas de Santa Therezinha, devoção de Carmen Therezinha. Audiência em círculo recuado, contornando o caixão numa distância respeitosa e solene. Todos de preto ou preto e branco. Homens de terno. Muito formal. Reverência a uma grande dama da elegância.
De frente para o caixão e de costas para nós, Eliane falou seu pranto. Uma oração contundente como são as dos fiéis evangélicos. Eliane atribuiu a Jesus e apenas a Jesus todas as superações alcançadas por Carmen, que, numa das muitas idas e vindas ao hospital, morreu e depois sobreviveu por um ano. Eliane emocionou a nós todos. E fez uma revelação: “Antes de morrer, ela disse “minha mãe, eu estou vendo você””.
A mãe de Carmen chamava-se Lourdes. Há meses fui tomar um chá em casa com Carmen. Só nós duas. Ela falou e falou muito de seu pai, Enéas Solbiati, como se quisesse me fazer depositária das informações, para uso futuro. Descreveu a beleza do pai, a amizade entre eles. Foi o homem mais bonito que conheceu. A altura privilegiada. A elegância, sempre de ternos de linho branco, de sapatos bicolor de pelica. E seu sucesso no mundo financeiro, com ocasionais insucessos, dos quais sempre conseguia se reerguer. Lembrou dos bons amigos que ele tinha em São Paulo, como Francisco Scarpa e o conde Matarazzo, e dos tempos da fazenda em Pirajuí. Quando se referiu à mãe, foi de passagem, “mamãe era elegante, mais para baixa, um pouco para gordinha…”. Eu outra ocasião, contou-me que sua mãe morreu depois de muito sofrimento, vítima de uma doença degenerativa. Morava em São Paulo aos cuidados da irmã de Carmen, que para vê-la vinha de Paris, onde vivia nessa época. Mas Carmen não gostava de falar coisas tristes. Era alegre.
No dia em que morreu, Carmen Mayrink Veiga, brasileira do Hall of Fame das Mais Bem Vestidas do Mundo, vestia uma camisola verde água, combinando com o cinza claro dos bordados dos lençóis. Eliane a ajeitou nos travesseiros para dormir, como sempre fazia naquele horário. Eram cinco e meia da tarde. Carmen virou a cabeça para trás e fechou os olhos, para sempre. Eternizou-se.
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A Cacofonia na Vida de Lukinha: Capítulo 1
| Confira todos os capítulos AQUI |
Apresentando...
O Lukinha!
Garoto esperto, inteligente... “Pero no Mucho”.
Não era nenhum gênio à frente de sua época, mas num geral era bem espertinho. Na escola, ele não passava por muitos apertos. Quando sua professora iniciava uma matéria, ele concentrava toda sua atenção na explicação. Procurava tirar todas as dúvidas, fazia os exercícios...
Se a cachola não absorvia direito ele pedia uma nova explanação...
Fazia novos exercícios e... Bingo! Aprendia.
Ele era bom nisso. Sempre antenado, falante, ligado e curioso.
Tirava boas notas nas avaliações bimestrais, e no final do segundo semestre já estava tudo fechado.
Na sua opinião, “muleque” que tinha dificuldade de aprender ele até oferecia uma mãozinha, mas malandro que tinha dificuldade de querer aprender, ele logo abria o jogo: “Dá seus pulo, meu”.
Assim era o menino na escola. Levava tudo “na boa”.
Sem susto...
Sem grandes preocupações...
Sem estresse…
E em casa?
Tranquilo também em casa...
Família sossegada... Estabilizada financeiramente... Algum conforto.
Ele é filho único... Obediente... Cumpridor dos seus deveres...
Faz a lição de casa rigorosamente em dia...
Fica um pouco na internet...
Brinca na rua com os coleguinhas de quarteirão...
De vez em quando uma partida de futebol na quadra de esportes...
Depois do banho janta com a família, vê um pouco de TV e... pimba!
Cama.
Invariavelmente é assim.
Longe de ser um tédio... Mas... Sem muitas novidades...
Pelo menos por enquanto…
Bem próximo da casa de Lukinha morava uma família, até certo ponto, bastante comum, igual a tantas outras.
Vitor, o chefe da família, já com seus quarenta e todos...
Érica, a mãe, na faixa dos trinta e cinco, seis, sete...
Flamel, o filho mais velho do casal, mais ou menos onze anos.
Jeoneide, a menina, com nove, e Liromar, o caçula, com sete aninhos.
Vitor sempre deu duro na vida trabalhando numa indústria metalúrgica. Ultimamente a fábrica não vinha bem das pernas e, para contenção de despesas, vários funcionários foram demitidos. Na última leva de dispensa, Vitor estava na lista.
Tendo família pra sustentar e as contas para serem pagas, o cabra teve que dar seus pulos. Pegou uma parte da grana da indenização e comprou uma Kombi meia boca. Em seguida equipou a “Kombosa” com um possante par de alto falantes em cima dela e um microfone da hora. No dia seguinte foi até o Ceasa, lotou a Kombi com frutas, verduras e legumes e saiu às ruas como vendedor ambulante.
Berrava ele no microfone:
Olha aí, olha aí, distinta freguesia A Kombi da economia Já está na rodovia. Frutas, legumes e verduras. Tudo muito baratinho. E a mercadoria... É do mesmo dia... Traz a cesta e a bacia, dona Maria Pra levar bastante e fazer economia...
Desce rua, sobe ladeira, desce ladeira, sobe rua. E lá ia o seu Vitor rompendo as horas do dia pra vender a mercadoria. E, na medida do possível, procurando sempre pronunciar as palavras direitinho. Mas...
- Olha aí, freguesia. Venha dona Sônia e dona Tereza... Levar qualidade pra sua mesa. Alface, laranja, tomate. Tudo fresquinho! Ovo e uva fresca!
Lukinha não estava muito longe dali e ouviu…
Será que eu ouvi direito? Xiii! Se a dona Orlanete ouviu, não deve ter gostado. É que o marido dela morreu recentemente.
E isso foi para o caderninho de Lukinha.
Alheio à possíveis gafes, Vitor seguia em frente na sua nova rotina. Aliando bons preços, ótimos produtos, a simpatia do caboclo e até as rimas improvisadas, ele foi conquistando cada vez mais as donas de casa. O negócio até que estava indo de vento em poupa... Porém sem vento...
Cheio de confiança e otimismo, pensou em ampliar as atividades.
- Por que não? - Matutou com sua esposa. - Posso muito bem aproveitar a perua e fazer uns fretinhos nas horas de folga.
E não deu outra.
Arranjou uma placa de madeira medindo um metro quadrado, comprou uma lata de tinta à óleo e um pincel e disse para a dona Érica:
- Como diz o velho deitado: “A propaganda é a alma do negócio”. Vou escrever uns dizeres bem caprichado, pendurar a placa na traseira da Kombosa e... Seja lá o que Deus quiser.
Lukinha batia figurinhas com um dos filhos do seu Vitor mas estava ligadão nas conversas que se sucedia por ali...
Enquanto Vitor esbanjava talento na feitura da placa, Lukinha pegou um banquinho, achegou-se por perto do seu Vitor e sentou-se. Começou a sessão interrogatório.
- O que o senhor pretende escrever aí na placa?
- FAÇO CARRETO.
- É verdade que o senhor tem um apelido meio... Estrambólico?
- Tem gente que me chama de torneira.
- E porque torneira?
- Deve ser por causa do som do meu nome completo.
- E como é o seu nome completo?
- Vitor Neira - concluiu o negociante.
Nisso a esposa do torneira, digo, do seu Vitor, veio trazer um copo de refresco e continuar apreciando a obra de arte do marido verdureiro.
E por falar em continuar, Lukinha também resolveu continuar:
- E a senhora, dona Érica? Tem algum apelido?
- Quando eu era mais nova, me chamavam de caconde.
- Tem um porquê, esse caconde?
- Dizem que meu nome completo soa isso.
- E como é o seu nome completo?
- Érica Conde, ora.
- Entendi - disse Lukinha coçando a cabeça. Vai pro caderninho.
Feliz da vida, Vitor coloca o pincel numa latinha com solvente, tampa a lata de tinta e...
- Tá pronto! Agora é só esperar secar.
Enquanto secava, Vitor lavava as mãos e dona Érica trouxe mais refresco para homenagear o mais novo letrista da família. Lukinha, entretanto, não conseguia tirar os olhos da placa de anúncio.
“Tem alguma coisa errada aqui”, pensou ele, coçando a cabeça.
CATAPUMM!!!
É que... Na empolgação... Na distração... E na simplicidade...
Vitor simplesmente inverteu a posição da cedilha...
E acabou ficando escrito:
“FACO ÇARRETO”
Isso também foi para a cadernetinha do Lukinha!
Não desanima, não, seu Vitor.
Próximo: | A Cacofonia na Vida de Lukinha: Capítulo 2 |
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O INCRÍVEL LOBISOMEM DO BAIRRO DO CORDEIRO Texto: Roberta Cirne PALESTRAS: DIRECT @sombrasdorecife ou EMAIL: [email protected] Na década de 30 do século XX algo deixou os moradores do bairro do Cordeiro, no Recife, de cabelos em pé: Tratava-se da visão de um fantasma ou lobisomem assombrando a tantos quantos passassem pelas ruas escuras do bairro. E cada um o pintava de cores mais e mais assustadoras. Mas aquilo não assustava Luiz do Banho, morador das cercanias. Na noite do dia 17 de janeiro de 1935 ficou de tocaia, esperando a horrenda aparição do monstro. Logo este surgiu, todo desconjuntado, andando a esmo pela rua. Corajoso “pero no mucho”, Luiz correu a buscar a polícia de cavalaria que estava acampada no bairro do Prado, ali perto. De imediato os cavalarianos da força pública para lá se encaminharam, surpreendendo o bicho bem no meio da rua. Ele, ao avistar a polícia , correu, rumando para a Rua Amélia e indo se esconder na casa de número 172. Ora, ali era a casa do verdureiro José Luiz, que negociava na Caxangá e estava já dormindo, na companhia de sua namorada Maria Alexandrina. A força de polícia montada cercou a casa e deu ordem clara para todos saírem. O verdureiro não se fez de rogado: saiu munido de um cassetete e deu uma bordoada no cavalariano mais próximo. Este revidou com pancadas de sua espada, fazendo o verdureiro fugir. Na casa, foram apreendidas duas mulheres: uma, a Maria Alexandrina, ainda confusa de sono e a outra, a irmã de José Luiz, moça de nome Minervina Xavier, 23 anos. O mistério digno de Scooby-Doo estava desvendado. Desde o natal de 1934 que Minervina subtraíra algumas roupas e sapatos do irmão, no intuito de passear pelas madrugadas vestida de homem. E aquela figura desengonçada, com roupas, sapatos e chapéu muito maior que ela causava pânico a todos na rua. Era ela o fantasma, o lobisomem do Cordeiro. Afirmava adorar as roupas masculinas, na época proibidas às mulheres, e que se pudesse, usava camisa e calça tipo culote pela vida inteira. Era apenas pela liberdade que ela fazia isso, buscando uma emancipação de sua condição de mulher inserida na época que vivia. Nenhum lobisomem. Uma feminista à frente de seu tempo (em Cordeiro) https://www.instagram.com/p/CTSb9-8FJOL/?utm_medium=tumblr
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Taxista. Balconista. Secretário/a. Motorista de ônibus. Trocador/a. Recepcionista. Atendente. Vendedor/a. Enfermeiro/a. Médico/a. Pedreiro. Verdureiro/a. Manicure. Cuidador/a. Pedicure. Cabeleireira/o. Cozinheira/o, etc. Nenhum desses profissionais leva o vírus da covid para casa, só crianças, adolescentes e jovens universitários. Por isso, MANTER AS ESCOLAS FECHADAS é…
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Sigam @radio_divulga_caminhoneiro #scapedireto #flogueiroeflogueiro #gbn13am #caminhao #gbn #gbncontagia #graneleiro #caminhaotop #grupomafia #truck #flogao #flogueirosdeplantão #fixa #rebaixados #br153 #djwagner #verdureiro #curtam #sigam #ativemasnotificações #tudibão #13am #ceboleiroexpress #ceboleiro #napressão #ronco #scape #bob #scaniabrasil https://www.instagram.com/p/B8WvVgaDeKA/?igshid=9ddfwm6muamc
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↘️ Lixo, animais mortos e pneus queimados atrapalham feirantes do Pirajá. Imagem desta segunda (20), antes da limpeza efetuada pela prefeitura. Na esquina das ruas Coronel Fausto Guimarães e Otávio Aires, no bairro Pirajá, moradores precisam conviver com um “lixão a céu aberto”. Além disso, o lixo, entulho e até animais mortos são jogados entre as barracas de feira livre, onde comerciantes vendem frutas e verduras diariamente. O cheiro atrapalha até nas vendas. É o que diz o verdureiro Adriano Gutemberg, 44, que mora e mantém uma barraca bem ao lado do terreno baldio. Ele conta que além do mau cheiro, o lixo e o descarte irregular de pneus ocasiona infestação de mosquitos transmissores da dengue. “Os carroceiros dispensam muita terra, gerando poeira que entra nas casas”, contam. ⚠️ LINK DA MATÉRIA NA BIO & STORIES! ⚌⚌⚌⚌⚌⚌⚌⚌⚌⚌⚌ 📸 Foto: Reprodução/Guto Vital⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ılı.lıllılı.ıllı..ılı.lıllılı.ıllıılı.lıllılı.ıllı..ılı.lıllılı.ıllıılı. #cariri #juazeirodonorte #crato #barbalha #ceará #porteiras #aurora #barro #jardim #Fortaleza #mauriti #milagres #fariasbrito #missaovelha #assare #abaiara #brejosanto #altaneira #varzeaalegre #campossales #caririaçu #Padrecicero #Notícia #Crajubar ━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━ 🔹Use #f5cariri e venha fazer parte da nossa história. ━━━━━━ (em Juazeiro do Norte) https://www.instagram.com/p/CC4GQnNhGwE/?igshid=zhwc9cx0tsev
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Meu Tesão em ser Depósito
Apesar de estar em quarentena, a pegação está fraca. Confesso que dei uma relaxada, e das boas, com o verdureiro do pau cabeçudo que acabei por relatar recentemente. Mas, como sempre tenho dito, a peg... Continua source https://www.contoerotico.com/conto/158873/267366/meu-tesao-em-ser-deposito.html
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