#uma demonstração de sentimento único é Intenso!

[jhuliaaaaa]

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[auroraescritora]

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XIII

Oii, como vai? Demorei, mas cheguei. Como sempre a ansiedade quase me mata, mas aí dá uma vontade de escrever e faço um capítulo em menos de dois dias. Esse capítulo vem com aviso de cena +18, nada muito intenso, eu acho? Estava pensando em colocar as cenas mais intensas em algum lugar fechado porque sinto que um dia a censura vem, sabe? Vou pensar nisso para a próxima história, por enquanto fica aqui disponível para quem gostar de ler.

Espero que você gostem^^

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII

Anteriormente:

— Meu bebê está com ciúmes, hm?

— Não sei do que você está falando. — Mas o rubor no rosto de Nico dizia o que Percy precisava saber.

— Por que a gente não conversa num lugar mais calmo? — Mas antes de guiar Nico para longe da multidão, Percy se voltou para Annabeth: — Você não foi convidada. Vá embora.

— Mas, Percy! Você prometeu!

— Eu não prometi nada.

— Seu mentir--

— Não vou repetir. 

Com isso, ele pegou Nico pela mão e o guiou para dentro da casa, deixando para trás uma multidão curiosa e uma loira espumando de raiva.

O pior era que ao invés de ficar bravo com a demonstração de possessividade, seu peito voltou a se aquecer. Ele nem ao menos poderia julgar o comportamento de Nico quando ele próprio fez coisas piores. Na verdade, Percy amava ver Nico tão afetado e emotivo, tão diferente do garotinho que guardava tudo para si mesmo e que nunca mostrava o que sentia. Percy se sentia aliviado, como se ele não precisasse carregar esses sentimentos sozinho e que talvez, só talvez, Nico o quisesse tanto quando Percy queria Nico.

— Para de sorrir. — Nico murmurou contra seu ombro, ainda o segurando pela cintura. Estava tudo bem porque Percy o segurava de volta, tão forte quanto Nico, o guiando pelas costas e escadas acima, para dentro de seu quarto mais uma vez, ambos se sentando em sua cama.

— Você quer conversar? — Percy tentou. Ele amava saber que Nico tinha agido daquela forma por causa dele, o problema era que esse não era um comportamento que Nico costumava ter. E se tinha alguma coisa errada, Percy queria consertar antes que fosse tarde demais.

Não que ele realmente esperasse que Nico fosse esconder algo dele, mas…

— Não é nada. — Mas, então, Nico levantou a cabeça do seu ombro e o encarou com aqueles grandes olhos negros, lacrimejando, e segurou em sua camisa como se fosse arrancá-la para fora do caminho. — É só que… é só que ela continua me perseguindo! Dizendo que você ficou com ela e… e que vocês passaram muito tempo juntos e que por isso você ia no baile com ela!

— Nico. Bebê. — Talvez ele tenha soado um pouco… autoritário. Rude. Até frio. Às vezes, era o único jeito de fazer Nico escutá-lo, o que funcionou perfeitamente.

Nico parou imediatamente de reclamar e seu rosto corou num tom incrivelmente avermelhado. Percy amava esses momentos onde ele podia ver o velho Nico ressurgindo, todo obediente e comportado, tão tímido que o fazia querer trancar a porta e mostrar o quanto Annabeth era insignificante. Talvez ele devesse, ações sempre falariam mais alto do que palavras.

— Qual o problema? — Percy tentou mais uma vez.

— É verdade?

— Eu fiquei com alguns garotos. Luke é um deles. Ela só me ajudou com algumas sessões de estudo e em troca eu iria no baile com ela.

— É só isso? — Nico se aproximou mais dele, se ajoelhando na cama e engatinhando para sentar em seu colo.

— Eu nunca ficaria com ela. Depois de estudar com ela duas vezes, encerrei nossas sessões.

— Por quê?

— Eu não precisava mais. — Percy deu de ombros, mas isso não pareceu convencer Nico mesmo em seu estado inebriado.

— Ela tentou te beijar, não foi?

— Como você sabe disso?

— Ela pode ter insinuado algo assim… 

Então esse era o problema.

— Lindo, você não precisa se preocupar. Eu vou me casar com você. Não é o suficiente para provar o quanto eu te amo?

Nico o encarou longamente e mordeu os lábios, parecendo ansioso: — Só porque você me deu uma aliança não significa que um casamento vai acontecer.

Deuses! E Percy pensando que ele era o inseguro da relação.

— Você quer marcar a data? Que tal no mês seguinte da nossa graduação? No verão antes da faculdade?

— Eu… — Nico abriu bem os olhos, parecendo acordar, e se sentou melhor no colo de Percy, colocando certa distância entre eles. — A gente nem teve uma festa de noivado! Como eu poderia marcar… marcar… 

Agora Nico parecia que iria vomitar. Ou talvez sair correndo de ansiedade.

— Shhh… é uma ideia que eu quero que você pense com cuidado. Quero ficar com você pelo resto da vida. Uma festa e um documento dizendo que somos um casal é apenas um detalhe. Você está me entendendo, Nico?

— Per! — Nico guinchou e se atirou contra Percy, o pegando desprevenido. Nico os derrubou para trás na cama e Percy gargalhou, surpreso e contente, ouvindo Nico fungar: — Porque você faz isso comigo!? Eu quero casar em um lugar bonito e ao ar livre! Com muita música e comida. Depois quero viajar o verão inteiro com você e te levar para conhecer minha nona!

— Isso é ótimo. Mas, por que você está chorando? — Percy sorriu para Nico e levou a mão ao rosto levemente corado e agora começando a inchar por causa das lágrimas. — Não chore, sim?

— Então, não fale essas coisas pra mim! Meu coração não aguenta. — Para mostrar o quanto Nico estava sendo sincero, ele segurou na mão de Percy e a levou para o próprio peito. 

De fato, o coração de Nico estava disparado, pulsando forte e descompassado sobre suas mãos. Talvez Percy devesse dar mais uma razão para o coração de Nico continuar a bater tão forte por sua causa. Então, observando Nico respirar rápido, Percy deslizou sua mão do peito de Nico para o abdômen dele, devagar e sensual, desceu mais um pouco e encontrou as calças de Nico. Bastaram alguns suaves toques e com uma leve pressão, um pequeno volume se formou ali, Percy decidindo que se eles se apressassem ninguém perceberia a demora deles.

— O que-- o que você está fazendo?

— Mostrando o quanto o meu garoto é especial para mim.

— Percy! 

Já era tarde para Nico. Percy tirou Nico de seu colo, o colocou na cama, se ajoelhou no tapete felpudo e puxou Nico para a beirada da cama. Em poucos instantes, Percy abriu as calças jeans de Nico e puxou o membro para fora, todo ereto e molhado na cabecinha, poucos pelos finos decorando a virilha. Percy gostava disso em Nico, gostava de tudo nele, desde o membro pequeno até o pelos discretos, amava que com o mais suave dos toques Nico sempre ficava excitado, às vezes tentando esconder, outras, manhoso, se deixando levar. Hoje, eles pareciam estar no meio-termo, Nico tocando em seus ombros, parecendo que iria para-lo só para gemer e jogar a cabeça para trás quando Percy acariciou a base, sentindo a pele macia, envolvendo o membro inteiro de Nico com a mão, massageando devagar até que uma verdadeira bagunça se estabelecesse.

— Você quer gozar na minha mão ou na minha boca? — Percy perguntou na intenção de permitir que Nico decidisse, apenas para ter o prazer de ver o constrangimento emanar das feições de Nico. — Se você não me dizer, não vou te deixar gozar.

— Per-cy!

— Vamos, é só uma palavrinha.

— Não!

— Você quer que eu pare?

— Percy!

— Por favor?

Quando Percy viu que dessa vez ele tinha perdido, se deu por vencido.

— Dessa vez, eu decido. Mas na próxima, vou te torturar até você implorar.

Percy era um homem de palavra. Sem avisar, segurou nas pernas de Nico, as colocou sobre seus ombros e agarrou os quadris de Nico, o mantendo no lugar. Ele gostaria de dizer que tinha durado, o problema é que eles não tinham muito tempo. Bastou uma longa lambida, um beijinho na cabecinha e algumas chupadas que Nico estivesse gozando, as pernas de Nico se enrolaram em volta de seu ombro e os dedos longos e finos se fincaram, puxando seu cabelo. Foi uma visão maravilhosa para Percy, em dois minutos Nico tinha gozado e agora o garotinho arfava olhando para teto, derretido contra os lençóis. Percy podia dizer com segurança, tinha sido um recorde até para ele. Mas tudo bem, eles tinham o resto da noite e do domingo para aproveitar.

***

Depois de cinco minutos, Nico e Percy apareceram na festa de mãos dadas e ambos bem mais calmos que antes. Nico tinha o rosto corado e a expressão relaxada, enquanto Percy estava com os cabelos ligeiramente fora do lugar e um grande sorriso no rosto. Era óbvio o que tinha acontecido para qualquer pessoa com um bom senso, embora fosse algo novo para a pequena multidão naquele jantar. Nico costumava ser um anjo intocado, mas parecia que agora ele tinha se tornado humano como todos os outros. Bem, Percy não se importava com as fofocas, o que não significava que ele gostasse da forma que as pessoas olhavam para Nico. Será que seria muito ruim se ele pegasse Nico e fosse para outro lugar? Talvez…

— Percy, meu rapaz! — Percy ouviu uma voz retumbar atrás deles e imediatamente soube quem era. O tão infame Hades. Não para ele, porém não foi Percy quem teve que viver com um pai ausente. Poseidon podia ter traído sua mãe, mas o homem esteve presente em cada etapa de sua vida.

— Senhor. — Percy cumprimentou.

— Vejo que vocês finalmente se acertaram.

Hades se aproximou e com um grande sorriso cheio de dentes brancos e olhos tão negros quanto os de Nico, apertou sua mão de forma energética. Já quando chegou a vez de Nico ganhar um abraço, o garoto deu um passo para trás, suas feições antes contentes se amargurando mais rápido do que uma fruta podre caindo ao chão.

— Hades. — Nico disse, e só para se certificar, deu outro passo para trás, se afastando de Hades e Percy. — Quem te convidou?

— Sally. Vim com Bianca. Ela deve estar em algum lugar por aqui.

— Ótimo. — Sem qualquer outra palavra, Nico deu as costas para eles e se meteu na multidão, desaparecendo de vista.

— Vejo que as coisas estão indo bem?

— Elas estão. Obrigado.

— Como Nico está?

— Muito bem. Melhor do que antes.

— Isso é bom. Continue assim.

Com isso, Hades tocou em seu ombro, acenou e tão rápido quanto Nico, desapareceu entre as pessoas. 

O que Percy podia dizer? Os Di Angelo eram conhecidos pela brevidade. Eles sempre eram diretos e diziam apenas o que precisavam. Podia parecer estranho, Percy sabia disso. O fato era que ele e Hades tinham um trato. Percy contava o que acontecia na vida de Nico e Hades não se meteria no relacionamento deles. Funcionava bem para todo mundo. Houve um tempo em que Percy pensou que Hades iria impedir a amizade entre ele e Nico, mas, então, no dia seguinte Hades fez uma visita a sua casa, falou com sua mãe e pediu desculpas. Desde então eles têm esse acordo. Nico sabe disso, é claro, o que não torna nada mais fácil. Percy sempre ficava preocupado quando pai e filho se encontravam, por isso, foi sua vez de se meter na multidão, buscando pela cabeleira negra de Nico.

Não demorou muito para encontrá-lo, Nico estava sentado em uma das mesas vazias. Pratos, taças e talheres já estavam organizados na mesa para o jantar que aconteceria mais tarde. Ninguém precisava dizer o que estava acontecendo. Percy deu a volta na mesa e abraçou Nico por trás, o apertando forte entre seus braços.

— Sinto muito. — Sussurrou para que somente Nico pudesse escutar.

— Ele perguntou como eu estava?

— Sim.

— Ridículo.

E realmente era. Ao invés de Hades falar com o filho, o homem preferia perguntar para ele, ou para qualquer pessoa que não fosse o próprio Nico.

— Sinto muito. — Era tudo o que ele podia dizer. Então, colocou o rosto contra o pescoço de Nico e o beijou ali, escutando Nico rir, se contraindo todo.

— Faz cócegas.

— Cócegas. Sei.

— Seu bobo.

Nico se virou em seus braços e enfim o abraçou de volta, suspirando, colocando o rosto encostado em seu ombro.

— Não sei porque ainda me importo.

— Ele é seu pai.

— Ele nem teve coragem de visitar a gente na casa da nona! E depois, ele aparece assim, como se tudo estivesse bem.

— Eu sei.

— Sabe quanto tempo eu não via ele? Um ano inteiro! Tive que telefonar para ele avisando que eu estava voltando. Que tipo de pai faz isso?

— Shhh. Ele não vale sua preocupação.

— É tão frustrante!

— Nico.

— O quê foi? 

— Quer dançar comigo?

— O quê? — Isso fez Nico parar no meio de outra reclamação e levantar a cabeça, seus olhos lacrimejando, sem derrubar nenhuma lágrima.

— Vamos dançar.

Percy segurou na mão de Nico e o puxou suavemente pelo gramado até chegar no centro do jardim, onde uma pista de dança improvisada tinha sido colocada. Percy parou no centro da pista feita de uma espécie de piso de plástico e se aproximou de Nico, colocou uma de suas mãos na cintura de Nico e outra em seu ombro, enquanto Nico apenas ficou lá, parado no meio das outras pessoas que dançavam, sua reação congelada chamando mais atenção ainda do que seria o normal.

— Percy! Eles estão olhando pra gente! — Nico murmurou entre os dentes, tentando se esconder contra o peito de Percy.

— Deixe eles olhar. Devem estar com inveja. Olha pra você, tão bonito e inteligente. Como eles poderiam não admirar algo tão lindo?

— Per-cy!

— Tá bom. — Percy sorriu para Nico e o puxou para mais aperto até que nenhum centímetro restasse entre eles. — Olhe para mim, tudo bem? Só pra mim.

A expressão no rosto de Nico se suavizou e só assim Nico relaxou, colocando as mãos nos ombros de Percy.

— Obrigado. — Nico murmurou, o olhando entre os cílios. — Não sei o que eu faria sem você.

Percy queria soltar uma piadinha para ver se aliviava o peso no coração de Nico, mas quando se tratava de família, não havia como consertar as coisas. Então, ele decidiu fazer o que de melhor Percy sabia fazer; segurou no pescoço de Nico e o beijou no meio da pista de dança. O mundo parou de girar e o silêncio se fez dentro de sua cabeça, porque Nico o abraçou pelo pescoço e abriu a boca, permitindo que seus lábios se tocassem, sem vergonha e sem pudor algum. Foi quando Percy finalmente soube que não havia nada a temer ou a esconder. Mesmo com todos os problemas, agora sabia que Nico finalmente era seu.

***

A festa tinha sido um grande sucesso. Os pratos já tinham sido retirados e as taças de sobremesas comidas pela metade estavam espalhadas pelas mesas, embora taças de bebidas ainda estivessem sendo oferecidas. Champanhe, vinho, whisky e cerveja, apenas as pessoas que gostavam de beber ou que ainda dançavam estavam presentes, com a maioria dos convidados se despedindo de sua família no caminho para a saída. Bem, o fato é que estava ficando tarde e eles enfim poderiam abandonar a festa sem parecer mal-educados.

Ele acenou para Luke, Thalia, Clarisse e Cris que passaram por eles, decidindo que era a vez deles irem também.

— Bebê.

— Hm?

— Está na hora de ir pra cama.

— Cama?

Percy segurou Nico pela cintura para que ele não caísse e Nico se ajeitou em seu colo, arrumando a cabeça contra o ombro de Percy. Era agora ou nunca, parecendo que passariam o resto da noite sentados e bebendo sem controle, o que acabaria dando em um espetáculo mais grandioso do que Percy estava preparado para lidar. 

Ele beijou o rosto de Nico e se levantou, segurando nas pernas de Nico, enquanto Nico se apoiava sobre seus ombros.

— Hmmm… Per.

— Shhh. Segura firme.

Foi o que Nico fez. Eles andaram pelo gramado, Percy carregando Nico feito um bebê e Nico reclamando de ser acordado. O bom é que não restava mais ninguém que pudesse envergonhá-los. Sua mãe já tinha se retirado com Tyson já que Paul, o novo marido de sua mãe estava fora em uma viagem de negócios, Hades e Bianca tinham ficado na festa pelo menor tempo possível e todos seus amigos estavam bêbados demais para se lembrar de alguma coisa, ou também já tinham ido embora. Percy queria dizer que Nico estava pesado e que era difícil de ver por onde eles iam, mas isso seria uma mentira. Nico era tão leve que ele mal sentia o peso, o que ele sentia era Nico colado a ele, suas pernas em volta de sua cintura, o volume entre elas óbvio demais para que ele pudesse ignorar.

— Per. — Nico disse novamente, naquele mesmo tom suave e doce. Só que ele não esperava que Nico fosse ser quem iria iniciar as coisas, beijando seu pescoço e respirando contra sua orelha, ou melhor, gemendo e o agarrando com força.

— Estamos quase lá. 

Eles estavam mesmo, Percy apenas precisava andar mais alguns passos e abrir a porta. Ou é o que ele teria feito se Nico não escolhesse aquele momento para levantar a cabeça e com os olhos deslocados e dilatados, e rosto corado, segurar em seu rosto e encostar seus lábios em um suave e quase inocente toque.

 — Você vai me fuder hoje? Na sua cama, onde sua família pode ouvir?

Percy congelou no meio do caminho, suas pernas falhando na mesma velocidade que o sangue em seu corpo descia para seu membro.

— Deuses, Nico! O quanto você bebeu?.

— Eu não estou bêbado! 

A forma que Nico mal conseguia manter os olhos abertos ou sua fala lenta, mostrava o contrário. Felizmente, Percy estava sóbrio o suficiente para continuar os poucos passos até seu quarto e trancar a porta, se certificando que ninguém os interromperia.

— Você foi um garoto muito arteiro hoje. Você merece uma punição. Meu garotinho lembra o que eu disse hoje mais cedo?

— Hmm… que você me deixaria gozar? — Nico tentou, esperançoso.

— Não, que eu te faria implorar.

— Oh. — Foi tudo o que Nico disse antes que ser jogado na cama e de suas calças serem arrancadas.

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Como sempre fico muito contente com a presença de vocês e todos os comentários, likes e reblogs. Faz toda a diferença e se vocês puderem me contar o que estão achando até aqui me ajudará muito para a fase da revisão^^

Obrigada por ler e até a próxima vez que pode ser no fim de semana ou depois!

[laradoliver]

No turbilhão das relações modernas, muitas vezes nos vemos diante de uma confusão sutil, mas significativa, entre dois tipos de indivíduos: aqueles que se entregam emocionalmente de corpo e alma e aqueles que são intensos, mas não necessariamente apaixonados. É como se a linha entre a profundidade dos sentimentos e a intensidade das experiências se misturasse, deixando espaço para interpretações equivocadas.

A pessoa emocionada é aquela que se entrega de forma genuína e profunda. Ela mergulha nas águas turbulentas dos sentimentos, sem medo de se afogar, porque acredita na beleza e na importância de se conectar emocionalmente com alguém. Cada gesto, cada palavra é carregada de significado, e ela não hesita em demonstrar seu afeto de maneira sincera e apaixonada.

Por outro lado, temos a pessoa intensa, aquela que vive cada momento ao máximo, saboreando cada instante ao lado de alguém especial. Ela gosta de demonstrar afeto de maneira efusiva, sem reservas, porque acredita na importância de celebrar as pequenas alegrias da vida. Sua energia é contagiante, sua presença é cativante, mas nem sempre seus sentimentos vão além da intensidade do momento presente.

O problema surge quando essas características são mal interpretadas. A pessoa emocionada pode ser vista como excessivamente carente ou dramática, enquanto a pessoa intensa pode ser confundida com alguém que está profundamente apaixonada. Essa confusão pode levar a expectativas não correspondidas e frustrações desnecessárias.

É importante, portanto, aprender a reconhecer e valorizar as nuances das emoções humanas. Nem sempre uma demonstração intensa de afeto indica um amor profundo, assim como nem toda entrega emocional é sinônimo de paixão arrebatadora. Cada indivíduo é único em sua forma de sentir e expressar seus sentimentos, e cabe a nós aprender a respeitar e compreender essa diversidade emocional.

[zigzheng]

since we're dating, does that mean i can hold your hand whenever I want? || prompt

↳ prompt :: 001.

"I was confused every night, I didn't think I could take care of you but as time passed by, surely, more clearly, I missed you, I kept thinking about the way you looked at me, baby, you belong to me. It starts now, just the two of us. Are you ready? I'm ready. There's no fear, no hesitation. As much as I've thought about it, I know for sure, all in I am betting everything. Deciding from now on and forever more, I'm yours, you're mine."

huan fintava a face do mais novo com um semblante sereno, de pura admiração. o contraste das cores laranjada rosado com aquela pitada de amarelo já sumindo na linha do horizonte enquadrava himchan como se fosse uma pintura, em sua opinião, a mais adorável de todas. 

a ideia de fazerem um piquenique no pôr do Sol surgiu do próprio chinês, atitude esta que pegou a ambos de surpresa, afinal, nem himchan, nem o próprio zheng, esperavam aquele convite. todavia, enquanto faziam uma caminhada pela manhã, o desejo de passar as últimas horas do dia ao lado do bae o encorajou a fazer o convite. 

chan parecia tão perdido em sua história de quando era mais novo e desobriu que seria irmão de uma menininha que não percebia a maneira que o mais velho o encarava, nem o sorriso abobado que teimava em aparecer no canto dos lábios deste. mas estava tão presente quanto a paz que sentia dentro de si quando estava na presença do loiro.

e muito embora pudesse dar a impressão de que estava perdido, tal como himchan, o moreno prestou atenção em cada palavra proferida a si e, ao final, soltou uma risada baixa balançando a cabeça de leve. “consigo sentir o amor que tem por sua família só pela maneira que seus olhos brilham ao falar deles...” 

seu comentário fez com que as bochechas do menor corassem suavemente, algo que acontecia com frequência e que nunca deixaria de ser fofo no ponto de vista de huan. ele mordeu o próprio lábio para impedir que seu sorriso, outra vez, rasgasse sua face pela maneira que sorria com gosto pelas reações de chan. 

“não se desculpe, está tudo bem... sempre estarei disposto e disponível para ouvi-lo.” deixou claro antes que o loiro continuasse a se desculpar. huan jamais o impediria de ser quem é, do contrário, um de seus maiores objetivos era fazer himchan se aceitar da forma que era, especialmente por ser tão único e especial, tão diferente dos outros. 

ele suspeitava que era por isso, por sua personalidade, que acabou se apaixonando de forma tão irracional e gradativa; o que havia começado com um leve e genuíno interesse ocupou um espaço demasiado grande em seu coração e o fez perceber que estava nutrindo um sentimento bem mais intenso pelo coreano. 

- hmm.. hyung? - a voz alheia o tirou de sua zona e o levou de volta para a realidade - não que a realidade fosse ruim, na verdade, era ainda melhor -, huan tombou a cabeça para o lado e murmurou um ‘hmm?’ incentivando-o a continuar sua fala. - e-eu queria.. qu-queria saber se... vo-você e.. eu... se, assim.. eu e você... - atrapalhando-se mais do que o normal, himchan fechou os olhos e balançou a cabeça.

“continue. respire fundo, tome o tempo que precisar, mas fale ou pergunte o que quiser, não se preocupe, estarei aqui.” confortou o loiro com um sorriso dócil a fim de passar segurança. huan estaria mentindo se dissesse que não tinha vontade de puxar himchan em momentos como aquele, colocá-lo sentado em seu colo e o abraçar até que chan se sentisse confortável para falar o que ia dentro de si. 

mas sabia que precisava respeitar o tempo e o espaço do mais novo, não suportaria assustá-lo e fazer o bae se afastar agora que estavam, de certa forma, namorando. haviam ido longe demais para se permitir reprimir tudo e perder chan por um erro bobo guiado por desejos egoístas de tê-lo em seus braços, enquanto conseguisse controlar, estava tudo bem.

- já que... estamos, uh, na-namo... namorando? - neste instante, com a clara demonstração de dúvida que estava a cerca do status de relacionamento entre eles, huan não evitou de soltar uma outra risadinha, não de deboche ou algo do gênero, apenas achando graça da maneira de himchan se portar. “sim, namorando... a menos que... tenha se arrependido...”

- não! não! n-não é... isso... - adiantou-se em dizer chan para o mais velho, erguendo as pequenas mãos no ar em um leve desespero em pensar que pudesse ter feito huan pensar aquilo. o olhar do coreano foi até as próprias mãos, e o chinês espelhou ao encarar o que chan encarava. o menor soltou um suspiro e, por fim, falou. - já que.. estamos namorando... isso significa que... po-posso segurar sua... mão sempre que, hmmm... quiser? - 

pego em total surpresa, huan permaneceu em silêncio. a pergunta carregada de inocência o deixou desarmado, como conseguia se apaixonar mais ainda por aquele ser humano? como era possível amar alguém mais do que achava já amar? as maças no rosto do loiro estavam em um tom vermelho escalarte, ele parecia tremer e tudo que huan queria era abraçá-lo, mais do que nunca.

inevitavelmente, ainda que seu lado racional o estivesse alertando para ser mais cauteloso em cada passo e fala, as emoções afloraram e o oriental levou a mão até o queixo alheio e o aproximou de seu rosto. sua primeira intenção era beijá-lo, no entanto, em um estalar de dedos ele acordou e percebeu que talvez pudesse assustar o bae.

então, considerando que já havia se aproximado, apenas desviou seus lábios e depositou um beijo na bochecha. ao se afastar, dando distância apenas para que a ponta dos narizes estivessem tão próximos que uma leve inclinação os faria tocar. “segurar, apertar... minha mão, meu braço.. o que quiser, sou seu e serei sempre.. sempre que quiser e estiver pronto para o próximo passo, até lá, faça o que se sentir a vontade e confortável.” 

a brisa balançou os cabelos do loiro, ainda que não fossem longos o suficiente para ficarem bagunçados, mas alguns fios entraram no campo de visão do bae e huan levou a mão para retirá-los de forma delicada, admirado com a face bela que se encontrava centímetros longe da sua, e pensar que poderia dizer que estava namorando com himchan o fez sentir seu coração palpitar ainda mais. 

a noite já havia caído quando o chinês encarou o céu, estendendo a mão para o menor. “já escureceu... você quer entrar?” indagou, seus lábios não conseguindo esconder o sorriso. 

[bertolazzo]

O FANTÁSTICO MUNDO DOS INTENSOS. PRAZER, NASCI COM ALMA TRANSBORDANTE. SINTO TUDO DERRAMANDO, E NÃO SEI EXPLICAR PORQUÊ ACONTECE E SE HÁ ALGUM REMÉDIO PARA ISSO. SE HOUVER CURA, DISPENSO. AS COISAS NORMAIS NÃO ME ATIÇAM. NÃO ME ACELERAM. NÃO ME CONTINUAM. PRECISO DA SOFISTICAÇÃO DO QUE É APARENTEMENTE SIMPLES. DO ABRAÇO DA BRISA NOS POROS. DOS RESPINGOS DO SOL ADORNANDO A TARDE. DA CARÍCIA NA PONTA DOS DEDOS, DA MASSAGEM DEMORADA NAS COSTAS. PRECISO SENTIR QUE HÁ UM OUTRO. PRECISO SENTI-LO EXISTINDO, RESPIRANDO PERTO, PULSANDO, TROCANDO IDEIAS E EXPERIÊNCIAS. PRECISO DESSA VIZINHANÇA DE ALMAS QUE CONVERSAM ATÉ MESMO SEM NADA DIZER. EU NÃO NASCI PARA O MORNO. EU NÃO NASCI PARA A REALIDADE PÁLIDA QUE NÃO SE OFERECE À OUSADIA. EU NÃO NASCI PARA OS DIAS PARADOS E SEM CORES. EU NASCI PARA PINTAR. EU NASCI PARA AMAR INTENSAMENTE, DE DENTRO PARA FORA! POR DENTRO E POR FORA, SEM MEDO DO NÃO E DO ADEUS REPENTINO. O ÚNICO MEDO É NÃO AVANÇAR QUANDO QUERO. NÃO AMAR QUANDO POSSO. QUANDO O CORAÇÃO SINALIZA QUE JÁ NÃO DÁ PARA DESCONVERSAR E MUDAR A ESTRADA. EU NASCI PARA O FOGO, PARA INTIMIDADE QUENTE DE UM COBERTOR DIVIDIDO. PARA UM SORRISO QUE SE ABRE SEM PROCURAR MOTIVO. PARA O CAFÉ FORTE COADO NO COADOR DE PANO. PARA O DELÍRIO DE UMA BELA CANÇÃO EXECUTADA NO VIOLINO. QUEM É INTENSO, É DELICADO, É ESVOAÇANTE. TEM RENDA NO PENSAMENTO E MANIA DE LEVITAÇÃO. SER INTENSO É RECONHECER-SE EM TUDO, É COLOCAR BORDA NA ALMA DOS OUTRO. É RETIRAR O TAPUME DOS OLHOS QUANDO A REALIDADE AMEAÇA A DOÇURA. QUEM É INTENSO SABE O QUANTO PODE SER CONSIDERADO ESTRANHO POR "SENTIR DEMAIS” NUM MUNDO DE PALAVRAS E SENTIMENTOS TÃO MEC NICOS, ONDE QUALQUER DEMONSTRAÇÃO DE AFETO É CONFUNDIDA COM FRAQUEZA. O CORAÇÃO DO INTENSO NÃO É BLINDADO. VEZ OU OUTRA, UMA PANCADA FORTE O ACERTA EM CHEIO, E ELE, DOLORIDO, RECLAMA, ARDE, SOLUÇA NO TRAVESSEIRO E PEDE PROTEÇÃO. A TRISTEZA ÀS VEZES BATE À PORTA, MALTRATA, DERRUBA ALGUMAS CERTEZAS, REVIRA ALGUNS SONHOS, ESCULACHA, MAS NÃO É CAPAZ DE MATAR A ESPERANÇA. A ESPERANÇA DOS INTENSOS É COMO UM MEMBRO PRIMORDIAL DO CORPO, NÃO É POSSÍVEL ARRANCAR. NÃO SE DESFAZ À TOA. A ESPERANÇA NUNCA ANDA SÓ. QUEM TEM ESPERANÇA TEM ARTIMANHA E CARTA NA MANGA PARA REERGUER O CASTELO DEPOIS DA TRAGÉDIA E AINDA SOBRA DISPOSIÇÃO PARA FAZER GRAÇA. O GRANDE TRUNFO DO INTENSO É, SEM DÚVIDA A SUA CAPACIDADE DE NÃO SABER DISFARÇAR O QUE SENTE. OS SENTIMENTOS ESTÃO SEMPRE FALANDO ALTO, SE ESPALHANDO PELOS GESTOS, ORQUESTRANDO AS AÇÕES. O INTENSO NUNCA NEGA O QUE É. A ALMA NÃO DEIXA ... Fãs da psicanálise Por: Nathalia Paccola @fasdapsicalise

[eusouevangelica-eusouevangelico]

28/40 - Primeira Carta de João (Parte 1)

Neste ponto da história, João era o “estadista” e o ancião respeitado na igreja primitiva. Ele era, provavelmente, o último discípulo ainda vivo, dos doze originais, e vivia em Éfeso. As três cartas que temos dele foram escritas já perto do final de sua vida, mas antes que ele fosse exilado na ilha de Patmos, onde recebeu uma visão do Senhor e a registrou no livro do Apocalipse.

A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO

João não escreveu esta carta a nenhuma igreja em particular, mas, em vez disso, parece tê-la destinado a ser lida em várias congregações que ele havia servido, por toda a região. Ele escreveu a respeito dos aspectos mais vitais da fé, para que seus leitores pudessem distinguir a verdade cristã do erro. João enfatiza os fundamentos da fé, para que possamos ser confiantes em nossa fé. No nosso mundo sombrio, Deus é luz. No nosso mundo frio, Deus traz o calor do amor. No nosso mundo moribundo. Deus traz vida. Quando nos faltar confiança, essas verdades poderão nos trazer a certeza.

APLICAÇÕES PRÁTICAS

1Jo 1:5-6 - A luz representa o que é bom, puro, verdadeiro, santo e confiável. As trevas representam o que é pecaminoso e maligno. A declaração “Deus é luz” quer dizer que Deus é perfeitamente santo e verdadeiro, e que somente Ele pode nos guiar, tirando-nos das trevas do pecado. A luz também está relacionada com a verdade, uma vez que a luz revela tudo o que existe, seja bom ou mau. Nas trevas, o bom e o mau são parecidos; na luz, podem ser distinguidos, facilmente. Da mesma maneira como as trevas não podem existir, na presença da luz, o pecado não pode existir, na presença de um Deus santo.

Se quisermos ter um relacionamento com Deus, devemos deixar de lado nossos modos de vida pecaminosos, é hipocrisia afirmarmos que pertencemos a Ele, e então vivermos da maneira que quisermos. Cristo denunciará e julgará este comportamento enganoso.

1Jo 1:6 - Aqui, João estava confrontando a primeira de três declarações dos falsos professores: a de que podemos ter comunhão com Deus e continuar vivendo nas trevas espirituais. Os falsos professores que pensavam que o corpo físico era maligno ou indigno, ensinavam uma de duas perspectivas para o comportamento: eles insistiam em negar os desejos físicos, por meio de uma rígida disciplina, ou aprovavam a gratificação de cada desejo físico, porque o corpo seria destruído de qualquer maneira. Obviamente, a segunda perspectiva era a mais popular! Aqui, João está dizendo que ninguém pode afirmar ser cristão e ainda viver na iniquidade e na imoralidade.

Não podemos amar a Deus e cortejar o pecado, ao mesmo tempo.

1Jo 1:8-10 - Na conversão, todos nossos pecados são perdoados - os passados, os atuais e os futuros, no entanto, mesmo depois que nos tornamos cristãos, ainda pecamos, e ainda precisamos confessar. Esse tipo de confissão não é feita para conquistar a aceitação de Deus, mas para remover a barreira para a comunhão, que nosso pecado colocou entre nós e Ele. Muitas pessoas têm dificuldade para admitir seus erros e defeitos, até mesmo a Deus.

É preciso humildade e honestidade para reconhecer nossas fraquezas, e a maioria de nós prefere fingir que somos fortes. Mas não precisamos ter medo de revelar, nossos pecados a Deus - Ele já os conhece. Ele não nos rejeitará, não importa o que tenhamos feito. Em vez disso, Ele nos levará para junto de si.

1 Jo 1:9 - A confissão visa nos libertar, para que desfrutemos a comunhão com Cristo. Ela alivia nossa consciência e nossas preocupações. Mas alguns cristãos não entendem como isso funciona. Eles se sentem tão culpados, que confessam os mesmos pecados, repetidas vezes; então, se perguntam se podem ter se esquecido de alguma coisa. Outros cristãos creem que Deus os perdoa quando confessam, mas se morrerem com pecados inconfessos, estarão perdidos para sempre. Esses cristãos não entendem que Deus quer nos perdoar. Ele permitiu que seu Filho amado morresse, exatamente para que Ele pudesse nos oferecer seu perdão. Quando vamos a Cristo, Ele perdoa todos os pecados que já cometemos. Se a partir daí cometermos algum pecado, por falharmos, Ele também nos perdoa mediante nosso arrependimento genuíno.

A verdadeira confissão também envolve um compromisso de não continuar no pecado. Não estaríamos confessando, genuinamente, nossos pecados a Deus, se planejássemos cometê-los novamente, e apenas estivéssemos buscando um perdão temporário. Também devemos orar pedindo forças para derrotar a tentação, na próxima vez que a enfrentarmos.

1Jo 1:9 - Se Deus perdoou nossos pecados, graças à morte de Cristo, por que devemos confessar nossos pecados?

Quando admitimos nossos pecados e recebemos a purificação de Cristo, nós (1) concordamos com Deus, em que nossos pecados estão verdadeiramente perdoados e que estamos dispostos a nos afastar deles; (2) asseguramos que não escondemos dele nossos pecados e, consequentemente, de nós mesmos; e (3) reconhecemos nossa tendência de pecar e confiamos no seu poder para vencermos esta tendência. Embora, Cristo tenha levado todos os nossos pecados não significa que o cristão não peca. Se o cristão der lugar à concupiscência haverá grande risco de tropeçar e dar luz à morte (Tg 1). No entanto, o cristão não sente mais o desejo de pecar e o abomina porque agora quem opera o querer e o efetuar é Deus nele (Fp 2:13).

1Jo 2:1-2 - Para as pessoas que estão se sentindo culpadas e condenadas, João oferece consolo e tranquilidade. Elas sabem que pecaram, e Satanás (chamado de “o acusador”, em Ap 12:10), está exigindo a pena de morte. Quando você se sentir dessa maneira, não desista da esperança - o melhor advogado de defesa do universo está defendendo seu caso. Jesus Cristo, seu advogado, seu defensor, é o Filho do Juiz. Ele já sofreu a punição, no seu lugar. Você não pode ser julgado por um caso que não está mais na pauta de decisões. Unido a Cristo, você está tão a salvo quanto Ele. Não tenha medo de pedir a Cristo que defenda seu caso - Ele já o venceu (veja Rm 8:33-34; Hb 7:24-25).

1Jo 2:2 - Às vezes, é difícil perdoar aqueles que foram injustos conosco. Imagine como seria difícil perdoar todas as pessoas, não importando o que elas tenham feito! Foi isso o que Deus fez, através de Jesus.

Ninguém, não importa qual pecado tenha sido cometido, está fora do alcance do perdão de Jesus Cristo. Tudo o que uma pessoa tem a fazer é se afastar do pecado, receber o perdão de Cristo e viver uma vida comprometida com Cristo.

1Jo 2:3-6 - Como você pode ter certeza de que pertence a Cristo? Esta passagem apresenta duas maneiras para saber: se você faz o que Cristo diz, e se você vive como Cristo quer. O que Cristo diz que devemos fazer? João responde, em 1Jo 3:23: “Que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e nos amemos uns aos outros”.

A verdadeira fé cristã resulta em um comportamento amoroso e afetuoso; por isso, João diz que a maneira como agimos pode nos dar a certeza de que pertencemos a Cristo. Esses dois mandamentos resumem toda a Lei e os profetas. Sabendo que o ‘crer em Cristo’ não é apenas saber que Ele existe como a maioria da humanidade reconhece, mas crer conforme às Escrituras com a santíssima fé e confiança de que Ele é o Único Salvador de nossas almas e por isso é digno de obediência e glorificação.

1 Jo 2:9-11 - Isso quer dizer que, se você não gostar de alguém, então você não é um cristão? Estes versículos não estão falando sobre não gostar de um irmão cristão desagradável. Sempre haverá pessoas de quem não gostamos tanto como gostamos de outras. As palavras de João se concentram na atitude que faz com que ignoremos ou desprezemos outras pessoas, que as tratemos como pessoas irritantes, concorrentes ou inimigos.

Esse amor não é um sentimento, mas uma decisão, uma escolha. Podemos decidir nos interessar pelo bem-estar das pessoas, e tratá-las com respeito, quer sintamos ou não afeição por elas. Se decidirmos amar os outros. Deus nos ajudará a expressar nosso amor. O amor ao próximo, seja quem for, é fazer o bem e ajudá-lo a encontrar o Caminho da salvação. Exortar, repreender, edificar uma pessoa compartilhando o Reino dos Céus é a maior demonstração de amor porque envolve amor pelas almas assim como o Espírito Santo ama as almas e não quer que elas se percam. Quando Cristo disse para orarmos pelos inimigos, Ele dizia isso porque a salvação veio sobre toda a carne e se amamos o céu e queremos ir para lá é uma prova desejar isso a quem nos persegue, mas uma prova de que de fato o amor genuíno de Deus habita em nós.

1Jo 2:15-16 - Algumas pessoas pensam que o materialismo se limita ao comportamento externo - as pessoas com quem nos relacionamos, os lugares a que vamos ou que frequentamos, as atividades que desfrutamos.

O materialismo também é interno, porque começa no coração, e é caracterizado por três atitudes: (1) desejo de prazer físico - a preocupação com a gratificação dos desejos físicos; (2) desejo de tudo o que vemos - cobiçar e acumular coisas, curvando-nos ao deus do materialismo; e (3) orgulho de nossas realizações e posses - a obsessão com nosso próprio status ou importância. Quando a serpente tentou Eva (Gn 3:6), a tentou nessas áreas. Além disso, quando o diabo tentou Jesus, no deserto, essas foram suas três áreas de ataque (veja Mt 4:1-11).

Por outro lado. Deus valoriza o autocontrole, um espírito generoso e um comprometimento com o serviço humilde. É possível dar a impressão de evitar prazeres mundanos, abrigando, ao mesmo tempo, atitudes materialistas no coração. Também é possível, como Jesus, amar pecadores e passar tempo com eles, e, ao mesmo tempo, manter um compromisso com os valores do reino de Deus. Quais valores são mais importantes para você? Seus atos refletem os valores do mundo, ou os de Deus?

1Jo 2:17 - Quando o desejo de posses e prazeres pecaminosos parece muito intenso, provavelmente duvidamos que esses objetos de desejo desaparecerão, um dia. Pode ser ainda mais difícil crer que a pessoa que faz a vontade de Deus viverá para sempre. Mas esta era a convicção de João, com base nos fatos da vida, morte, ressurreição e promessas de Jesus.

O fato de saber que esse mundo perverso terá um fim pode lhe dar a coragem para negar a si mesmo alguns prazeres temporários neste mundo, para desfrutar aquilo que Deus prometeu por toda a eternidade.

1Jo 2:19 - Os anticristos não eram totalmente estranhos à igreja; eles já haviam estado na igreja, mas não sentiam que pertenciam .a ela. João não diz por que eles se afastaram; está claro que as razões para participar da igreja estavam erradas, para começar. Algumas pessoas podem se dizer cristãs por motivos não tão bons. Talvez frequentar a igreja seja uma tradição familiar. Talvez elas gostem dos contatos sociais e profissionais que fazem ali. Ou, possivelmente, ir à igreja é um hábito de longa data, e elas nunca tenham parado para se perguntar por que fazem isso.

Qual é sua principal razão para ser um cristão? A menos que seja uma razão centrada em Cristo, você pode, realmente, não ter a sensação de que pertence à igreja. Você não precisa se contentar com algo aquém do melhor. Você pode conhecer pessoalmente a Jesus Cristo e se tornar um seguidor leal, digno de confiança.

1 Jo 2:28-29 - A prova visível de que uma pessoa é cristã é o comportamento correto. Muitas pessoas fazem boas obras, mas não creem em Jesus Cristo, ao passo que outras afirmam ter fé, mas raramente produzem boas obras. Uma falha na fé ou no comportamento adequado será motivo de vergonha, quando Cristo voltar.

Como a fé verdadeira sempre resulta em boas obras, aqueles que afirmam ter fé e que, constantemente, fazem o que é correto, são crentes verdadeiros. As boas obras não podem produzir a salvação (veja Ef 2:8-9), mas são uma prova necessária de que a fé está, realmente, presente (Tg 2:14-17).

1Jo 3:1 - Quem somos nós? Membros da família de Deus, seus filhos (Jo 3:1). Quem estamos nos tornando? Reflexos de Deus (Jo 3:2). O restante de 1Jo 3 nos diz o que obtemos, à medida que nos tornamos mais parecidos com Deus: (1) a vitória sobre o pecado (Jo 3:4-9); (2) o amor pelos outros (Jo 3.10-18); e (3) a confiança diante de Deus (Jo 3:19-24).

1 Jo 3:2-3 - A vida cristã é um processo, em que nos tornamos cada vez mais semelhantes a Cristo (veja Rm 8:29). Este processo não será concluído, até que vejamos a Cristo face a face (1Co 13:12; Fp 3:21), mas saber que esse é nosso destino supremo deve nos motivar, para que purifiquemos a nós _ mesmos.

Purificar-se significa conservar-se moralmente correto, livre da corrupção do pecado. Deus nos purifica, mas também devemos adotar medidas para permanecermos em forma, moralmente (veja 1Tm 5:22; Tg 4:8; 1Pe1:22).

1 Jo 3:4 - Existe uma diferença entre cometer um pecado e continuar a pecar. Até mesmo os crentes mais fiéis, às vezes, cometem pecados, mas não apreciam um pecado particular, nem decidem cometê-lo continuamente.

Um crente que comete um pecado pode se arrepender, confessá-lo e ser perdoado. Uma pessoa que continua a pecar, por outro lado, não lamenta o fato de fazê-lo. Assim, essa pessoa nunca confessa, e nunca recebe o perdão. Essa pessoa se opõe a Deus, não importando que os religiosos afirmem o contrário.

1 Jo 3:8-9 - Todos nós temos áreas onde a tentação é forte e os hábitos são difíceis de controlar. Essas fraquezas dão um apoio ao diabo, e por isso devemos lidar com nossas áreas de vulnerabilidade. Se estivermos lutando contra um pecado particular, esses versículos não são dirigidos a nós, mesmo que, por algum tempo, pareçamos continuar pecando. João não está falando de pessoas cujas vitórias ainda são incompletas; ele está falando a respeito das pessoas que têm o costume de pecar e procuram formas de justificar o pecado.

Três passos são necessários para obter a vitória sobre o pecado preponderante: (1) buscar o poder do Espírito Santo e a Palavra de Deus; (2) permanecer afastado de situações de tentação; e (3) buscar a ajuda do corpo de Cristo - estar aberto à orientação da igreja, que é o corpo de Cristo, considerar-se responsável e pedir que os Irmãos orem por você.

1 Jo 3:9 - Somos “nascidos de Deus”, quando o Espírito Santo vive em nós e nos dá a nova vida de Jesus. Nascer de novo é mais do que um recomeço; é um renascimento, o recebimento de um novo sobrenome, com base na morte de Cristo por nós. Quando isso acontece Deus nos perdoa e nos aceita totalmente; o Espírito Santo nos dá uma nova mente e um novo coração, vive dentro de nós, e passa a nos ajudar para que nos tornemos como Cristo. Nossa perspectiva também se modifica, porque nossa mente é renovada, diariamente, pelo Espírito Santo (veja Rm 12:2; Ef 4:22-24). Por isso, devemos começar a pensar e a agir, de maneira diferente. (Jo 3:1-21).

1 Jo 3:12-13 - Caim matou Abel, seu irmão, quando Deus aceitou a oferta de Abel, e não sua (Gn 4:1-16). A oferta de Abel mostrou que Caim não estava dando a Deus o melhor de si, e a ira invejosa de Caim o levou ao homicídio.

As pessoas que são moralmente justas e corretas denunciam e envergonham as que não o são. Se vivermos para Deus, o mundo frequentemente nos odiará, porque fazemos com que eles sejam dolorosamente cientes de seu modo de vida imoral.

1 Jo 3:15 - João repete o ensinamento de que qualquer pessoa que odeie outra é um assassino, no coração (Mt 5:21 -22). O cristianismo é uma religião do coração; a obediência externa, apenas, não é suficiente.

A amargura com relação a alguém que lhe fez alguma injustiça é um câncer maligno dentro da pessoa que odeia, o que acabará destruindo-a. Não permita que “nenhuma raiz de amargura" (Hb 12:15) cresça em você ou na igreja em que você serve ao Senhor.

1Jo 3:16 - O amor verdadeiro é uma ação, e não um sentimento. Ele produz amor e doação abnegados além de um grande sacrifício. O maior ato de amor é dar-se pelos outros. Como podemos “dar a vida?” Servindo os outros, sem pensar em receber qualquer coisa em troca. Às vezes, é mais fácil dizer que morreremos pelos outros, que, verdadeiramente, viver por eles - porque isso requer colocar os desejos dos outros em primeiro lugar. Jesus ensinou esse mesmo princípio do amor, em Jo 15:13.

1Jo 3:19-20 - Muitos se sentem aflitos por pensarem que não amam os outros como deveriam. Eles se sentem culpados, porque pensam que não estão fazendo o suficiente para mostrar amor apropriado a Cristo. Suas consciências os incomodam. João tinha essas pessoas em mente, ao escrever esta carta.

Como podemos escapar das terríveis acusações de nossas consciências? Não é ignorando-as, ou justificando racionalmente nosso comportamento, mas fixando nosso coração no amor de Deus. Quando nos sentimos culpados, devemos nos lembrar de que Deus conhece nossos motivos, bem como nossas ações. Sua voz de promessa é mais forte do que a voz acusadora de nossas consciências. Se estivermos em Cristo, Ele não nos condenará (Rm 8:1; Hb 9:14-15). Assim, se você está vivendo pelo Senhor e para o Senhor, mas sente que não é bom o suficiente, lembre-se de que Deus é maior do que sua própria consciência.

1 Jo 3:21-22 - Se sua consciência estiver limpa, você pode comparecer diante de Deus sem medo, confiante de que seus pedidos serão atendidos. João confirma a promessa de Jesus de que o que quer que peçamos nos será dado (Mt 7:7; veja também Mt 21:22; Jo 9:31; 15:7).

Você receberá, se obedecer e fizer o que agrada a Ele, porque, então, você estará pedindo em conformidade com a vontade de Deus. Naturalmente, isso não quer dizer que você poderá ter tudo o que quiser como, por exemplo, a riqueza instantânea. Se você estiver verdadeiramente buscando a vontade de Deus, há alguns pedidos que você não fará.

1Jo 3:24 - Esse relacionamento mútuo, viver em Cristo como Ele vive em nós, se exibe nos cristãos que obedecessem a esses três mandamentos essenciais: (1) Crer em Cristo, (2) amar os irmãos e irmãs, e (3) viver vidas moralmente justas, obedecendo aos seus mandamentos. A presença do Espírito não é apenas espiritual e mística, mas também prática. Nossa conduta confirma sua presença.

FONTES: BICEAP + EPESE

[repliesmia]

Franziu o lábio à menção do Aston Martin favorito da ex-sogra, enquanto o bocal da garrafa ainda encostava o par deles e Theo sorvia mais uma fração do líquido suavemente amargo, a veemência da expressão logo dissipando-se em delinear sutil de uma curva, curtinha, na esquina dos lábios, em mera pretensão, enquanto reorientava o olhar à Nellie mais outra vez. "Ótimos tempos aqueles." a linha entre flerte e amizade era testada a cada piadinha imprópria do Dubois, e ele as entregava com tamanha naturalidade que sequer percebia ultrapassar certos limites. "Péssimo pra Snow, infelizmente. Acho que ela teria uns setenta ataques cardíacos um atrás do outro se descobrisse as noites de nicotina no terraço da minha casa." liberou um risinho ímpio, pouco substancial e pelas narinas, em decorrência à memória, oscilando uma única vez a cabeça em negativo. O olhar decaía intenso sobre a silhueta feminina sem que nenhum aviso piscasse na parte consciente de seu cérebro e o alertasse da demonstração excessiva da atração pela Charming, impedindo-o de segurar a onda uma vez na vida enquanto a tinha tão próxima de si. O sorrisinho em linha perpendicular ocupando-lhe os lábios davam certeza — a quem os observasse de fora da bolha ao menos — que ele ainda não havia superado Eleanor, a medida em que assistia a movimentação alheia com o bartender e toda sua manipulação descarada. O apropriar dos dígitos dela em sua coxa foi a cereja do bolo, aliás, e ele subiu os ombros, em falsa indiferença, um riso rouco, breve, deixando-lhe a garganta. "Yas também não tem interesse de nada sério comigo. Além do mais, vejo como Njord olha pra você. Como se pertencesse a ele. É bizarro, sabia? Longe de mim querer me meter nos seus relacionamentos, mas acho que ele não seria bom pra você. Ou pra ninguém, honestamente." o timbre diminuiu ao fechar a opinião, como se materializasse seu pensamento ao verbaliza-lo sem querer. Desvendar o primogênito de Hans era ligeiramente complicado para o Dubois, alguma coisa nele soava errada, tão somente, só não sabia o que. Culparia o álcool pelo descontrole da língua só daquela vez. "Não tenho certeza se dá para esquecer algo assim, ainda sou apegado a memórias. We really were something else, weren't we?" nostálgico o suficiente para arriscar a curiosidade e camuflá-la na pergunta, Theo proferiu, retoricamente, encarando a outra face tempo por mais tempo que deveria. A atenção incidiu sobre os lábios dela de maneira inevitável, e ele precisou se afastar antes que cedesse ao desejo por eles, pigarreando sucessivamente. "Até onde sei, minha futura esposa está tentando se embebedar com um… Martini? Qual é." uniu as sobrancelhas, pseudo julgamento intrínseco em cada fechamento de sua provocação. Meia fração de segundo depois e o Dubois entregou-lhe um sorriso, afável até certo ponto, denunciando a comicidade da sentença.

“Não lembro de ter tido melhores.” Não desviou o olhar do dele enquanto proferia, o sotaque alemão carregado, graças à temporada recente no país non-maj e o nervosismo, se fazendo presente na fala. Prosseguiu o olhando, mordendo o lábio inferior, por alguns segundos antes de desviar e observar, de longe, uma discussão entre dois desconhecidos. Quando voltou a direcionar o olhar para ele, cogitou mexer nas lembranças, mas optou por deixar a linha, que se estendia por um único fino fio, entre platônico e romântico intacta. Por ora. “Estou começando a achar que ela reprovaria todos os nossos programas daquela época. Até nos bailes dela, você conseguia me levar para fazer o que não devo.” Não havia teor algum de repreensão na fala de Eleanor, ou arrependimento; se cavassem bem, a nostalgia e a saudade eram os únicos sentimentos presentes. Com ele, não sentia-se tão presa aos ideais familiares e tinha a sensação que era uma pessoa independente, livre. Não interpretava um papel, não precisava. O sorriso e o olhar eram retribuídos, este último cheio de afeto e devoção — estava claro o quanto o adorava. Ouviu tudo que ele dissera em silêncio e não conseguiu esconder o incômodo crescente no peito e nas feições, enquanto se permitia fitá-lo em desgosto. “É, Theodore? Então, se ela quiser, você vai fundo?” As sobrancelhas ergueram-se em incômodo, numa ira repentina. O tempo todo, se convencia de que não tinham mais nada e que não podia se meter na vida romântica do ex, mas a Hook era demais para ela. E tinha certeza que a viu saindo do dormitório de Njord esses dias. “Eu que digo que ela não seria boa para você! Uma dançarina de bordel, tenha santa paciência. E ele não me olha com possessividade, não passa de atração.” Encolheu os ombros, sendo honesta. Chegou perto de achar que sentia algo por Njord, depois da tarde em que transaram, mas, assim que viu a figura de Theo pela Academia, o sentimento se esvaiu; a atração continuava, no entanto, e os encontros entre Charming e Westergaard, também. “Não que você possa falar nada, é claro! Você devia tomar cuidado, ela é perigosa. Colocou um feitiço em você, junto daquela vaca, a Soul. Elas são malignas, acredite, querem tomar tudo que é meu.” A falta de filtros, causada pela bebida, a impedia de notar o que entregava — sempre poderia falar que ele é dela pela amizade, mas não seria verdade e ele saberia. “E quem seria bom para mim?” Dois dedos brincaram no joelho dele, mas o momento foi interrompido por uma briga que, por pouco, não a atingiu. “Puta que pariu.” O xingamento deslizou ácido pelos lábios quando, pelo susto, despejou generosas gotas da bebida adocicada em sua coxa e vestido. Os dois homens, agressivos pelo álcool, conseguiram chegar até onde estavam e, por ter ficado tão inebriada no rosto do Dubois, só percebeu a aproximação quando ouviu a poluição sonora da violência ao seu lado. Um pulinho para a frente se fez involuntário, sempre buscando a proteção dele, por puro medo, e pôs a mão no peito. Não sentaria no banco novamente, no entanto, por ter sido comprometido com parte de sua bebida — se não bastasse toda a outra sujeira de antes. “We were.” Sorriu, sem tentar impedir a mão de tocar na lateral do rosto do Dubois, tamanha afeição e atração por ele naquele momento. “Mas eu não mudaria nada, sabe? Quer dizer, tem uma coisa que eu mudaria.” Manteve um silencioso misterioso para que pudesse se encaixar no meio das pernas dele e roubar a garrafa das mãos masculinas — precisava molhar a garganta com algo mais forte —, antes de devolver-lhe e retomar o assunto. “Teria insistido mais em você, na gente. Sabia que esperei você aparecer? Era uma regra lá em casa: ninguém podia entrar no meu quarto, só você, caso quisesse me ter de volta. Mas foi tolice, já que eu quem acabei com tudo.” A confissão, gostaria de pensar, era virtude da bebida, mas sabia que não era. Não conseguia remover a atenção do rosto dele, alternando entre írises e boca. “Eu entendia sua necessidade de encontrar o culpado, então foi meu jeito de lhe ajudar. Enfim, não precisamos falar sobre isso, esquece que toquei no assunto.” Deu de ombros, apoiando a lombar numa das pernas dele. A proximidade era perigosa e a essência do perfume, agora, não mais era abafada pelo cheiro de bebida do estabelecimento — pelo contrário, embriagava seus sentidos mais que qualquer garrafa de absinto. O comentário alheio fê-la rir, rolando os olhos, e empurrou, delicadamente, a testa dele, por pura provocação. “Quem disse que eu quero me embebedar, Dubois? Estou aqui para ser a responsável da relação, como sempre, ainda que eu faça um trabalho medíocre e sempre seja corrompida.” Umedeceu os lábios ao fim da frase, numa atuação impecável. Girou o calcanhar para que o corpo o fitasse, duas sobrancelhas erguidas em pura jocosidade. “Mas temo que precisamos casar, não se quebra promessas feitas na infância. O anel de chocolate é válido, caso tenha outros planos. Estou noiva desde os sete.”

[lovcherrymotion]

Seventeen como namorados [pt.2]

Hoshi

seu cheerleader pessoal

literalmente acharia tudo o que você faz incrível, te apoiaria em tudo, nunca passaria um dia sem dizer o quão incrível você é

nuncanuncanunca vai permitir que você fique triste, quer fazer você sorrir o tempo inteiro

o tipo de namorado que levaria você em um encontro em um parque de diversões, tiraria 587867 fotos de casal, e beijaria você no topo da roda gigante :’)

falando em beijos, Kwon Soonyoung realmente ama beijos, e os beijos dele são daqueles que começam no meio de uma brincadeira, em uma guerra de cócegas ou alguma coisa assim, e são sempre tão energéticos (you make me feel so high~) (sorrynotsorry)

ele gosta de segurar você pela cintura o mais perto possível, provavelmente esqueceria inteiramente do resto do mundo, e fica vermelhinho quando se afasta, awn

quer abraçar você 24/7, ele ama afeição

mas também pode ser sério quando for necessário, 100% o tipo de namorado que prefere conversar calmamente sobre um problema ao invés de gritar e discutir

1000% de certeza que ele compraria ursinhos de pelúcia para você e “esqueceria” os moletons dele na sua casa para você vestir

sempre gentil e sempre procurando fazer você sorrir, porque você feliz é a coisa preferida dele

Minghao

não seria o mais afetuoso dos namorados, mas isso não quer dizer que ele te amaria menos

do tipo que demonstra os próprios sentimentos de um jeito único e próprio, com ações pequenas que só você notaria- afinal de contas, essas ações seriam destinadas unicamente para você

do tipo que faria compras com você e daria os melhores conselhos de moda e opiniões, e vocês seriam O Power Couple™

se sentiria inseguro sobre o relacionamento de vocês de vez em quando, se perguntando se ele é bom o suficiente e se faz você realmente feliz, e são nesses momentos em que ele seria mais afetuoso e precisaria de mais carinho, e vocês ficariam até bem tarde abraçados, conversando e fortalecendo ainda mais a conexão entre vocês

de fato, isso aconteceria sempre que ele se sentisse inseguro sobre qualquer coisa, porque você seria o porto seguro dele, o lugar onde ele recarrega suas energias e se sente bem novamente

e ele gostaria que você se abrisse e confiasse nele também, porque um relacionamento com Minghao seria principalmente sobre confiança

eu disse antes que ele não seria o mais afetuoso, mas isso é uma exceção quando se trata de beijos; ele sempre iria querer te beijar

e ele seria intenso, mas também lento e calmo, sem pressa, as mãos nunca parando em lugar nenhum porque ele ama demais cada pedaço do seu corpo para não apreciar o máximo que puder

mais do que cuidar de você, Minghao iria querer um relacionamento no qual o cuidado fosse mútuo, e ele não seria um namorado muito protetor

mas ele iria amar e confiar em você com toda a alma preciosa dele <3

Mingyu

ok, então, Kim Mingyu é aquele cachorro gigante que ainda acha que é um cachorro de colo, então ele provavelmente iria precisar de carinho e amor 24/7

estaria sempre tocando em você de alguma maneira, segurando suas mãos, os braços ao redor dos seus ombros, uma mão em sua perna, qualquer coisa mesmo, ele precisa de contato

do tipo romântico, tando que as vezes se tornaria clichê e você não teria outra opção a não ser rir dele, mas ele não se importa, porque ao menos ele fez você sorrir

não cala a boca nunca, compartilharia cada detalhe do dia dele com você, e iria querer ouvir tudo o que teria para falar, também

ele é bom com as mãos, então seria o tipo de namorado que montaria móveis para você, ajudaria você a limpar a casa, cozinharia para você, faria compras, o pacote de utilidades inteiro

aaah, e ele adora cozinhar para você!! e adora cozinhar com você, também :) seria sempre divertido inventar moda na cozinha com ele (e vocês fariam uma bagunça enorme, mas ok)

e ele também é muito protetor e carinhoso, então te encheria o saco para vestir um casaco, para não pular refeições, para não estudar demais, para não estudar de menos, praticamente sua mãe

exceto que ele também iria querer beijar você o tempo inteiro, raramente em público, mas quando vocês estivessem sozinhos, ele não iria largar você

ele gostaria de levantar você ou de sentar você no colo dele, porque ele tem 25 metros e provavelmente é bem chato se abaixar o tempo todo, e os beijos dele poderiam passar de leves, afetuosos e carinhosos para intensos e ligeiramente indelicados em questão de segundos

mas ele só iria querer mostrar o quanto ele ama você o tempo inteiro

Dokyeom

outro que precisa de atenção o tempo todo

provavelmente faria vocês dois passarem vergonha na rua, ele é tão barulhento e está rindo o tempo todo, seria difícil vocês passarem despercebidos

o namorado que adora uma demonstração pública de afeto, mas nunca de um jeito que possa fazer as pessoas ao redor de vocês se sentirem desconfortáveis

gostaria de provocar e brincar com você o tempo

ele tem um coração leve, e gosta de encontros em lugares abertos e onde ele possa ser tão extra quanto desejar, então adoraria levar você para piqueniques e para a praia, e também para lugares nos quais vocês nunca estiveram, com pouco ou nenhum planejamento

você teria que cuidar mais dele do que o contrário; DK perde as coisas com muita facilidade e é muito distraído, então alguém tem que ser responsável entre vocês dois

também é um romântico, e tentaria recriar com você todas as cenas fofas de casais em doramas e A-D-O-R-A couple wear

cantaria para você ♥ a voz dele é tão incrível (é provavelmente a minha preferida do SVT)

e estaria abraçando você o tempo inteiro, também. Beijos não seriam tão frequentes, mas, quando acontecessem, seriam leves e energéticos como ele próprio, e ele seria do tipo que seguraria seu rosto entre as mãos e deixaria um monte de beijinhos de borboleta pelo seu rosto antes de beijar sua boca

vocês seriam um casal muito divertido e único, e o relacionamento de vocês seria precioso e incrível para Dokyeom ♥

Seungkwan

um bebê que vai amar você com todo o coração dele <3

o jeito que ele trataria você seria único, uma mistura de provocações, afeto e humor, para fazer você sorrir e se sentir amada ao mesmo tempo

sempre iria querer fazer os programas de casal mais clichês da face da Terra, mas que acabariam sendo especiais e únicos por causa da personalidade dramática dele

se esforçaria para tornar cada momento que vocês passam juntos em momentos memoráveis, mesmo coisas comuns como noites de filme

as horas livres de vocês seria como um filme do High School Musical, ele estaria cantando o tempo todo e dançando também e ele gostaria que você cantasse e dançasse com ele também

Seungkwan é muito sensível ao humor das pessoas ao redor dele, então sempre saberia quando alguma coisa está errada com você. Ao invés de fazer você falar com ele, no entanto, ele procuraria maneiras de distrair você e aliviar qualquer sentimento ruim que poderia ter dentro de você 

pode ser muito romântico, também, e gostaria de levar você para andar na praia durante a noite, ou para passar um final de semana em um lugar no qual estivessem apenas vocês dois, e 100% iria cantar baladas românticas para você

adora carinho e afeto, mas especialmente aqueles carinhos distraídos e espontâneos, e também adoraria passar o tempo abraçadinho com você, assistindo um filme ou apenas em silêncio

beijos não seriam frequentes, e, quando acontecessem, seriam calmos e carinhosos, e geralmente quando a atmosfera favorece esse tipo de afeto

Seungkwan nunca deixaria você duvidar que é incrível, perfeita e amada

Vernon

seria um namorado que também seria um amigo

mandaria mensagens para você o tempo todo, falando sobre as coisas mais estranhas e aleatórias

do tipo que apareceria na sua porta à uma da manhã para arrastar você para comer alguma coisa no McDonalds

é um garoto espontâneo, então a maioria das coisas no relacionamento de vocês também seria, como encontros, presentes ou demonstrações de afeto

não é muito de expressar seu amor de uma forma convencional, então não seria particularmente afetuoso e amorzinho, mas, assim como Minghao e Jun, vai demonstrar de um jeito próprio, que você entende

enviaria memes para você o tempo todo, e teria memes seus também, um monte deles, para falar a verdade

não seria do tipo que faria “coisas de casal”, mas do tipo que faria coisas normais, como jogar video-games, só que em uma atmosfera de intimidade e conforto, sabe? faz sentido?

também não seria muito carinhoso fisicamente, mas gostaria de segurar sua mão e aproximadamente 80% do tempo de vocês sozinhos seria gasto com ele beijando você, e ele beijaria você com toda a alma dele, talvez até com um pouquinho de alma demais, mas a gente supera isso

não seria muito protetor, também

de um modo geral, o relacionamento de vocês seria tranquilo, mas você nem imaginaria o quanto ele precisa de você na vida dele

Dino

estranhamente maduro

mesmo sendo o maknae, o Chan geralmente é calmo e mais calado, e levaria o relacionamento de vocês muito a sério, e se comprometeria se verdade

seria tímido no início, porque ele provavelmente não tem muita experiência com namoro, sendo tão novo e tendo passado bastante tempo da adolescência dele treinando, então não saberia direito como ser um namorado

mas tentaria o seu melhor, embora vez ou outra iria se sentir inseguro, e sentiria que não está fazendo os suficiente por você

assim como Vernon, ele seria do tipo que não faria “coisas de casal” propriamente ditas, mas coisas comuns em casal (isso não fez muito sentido, mas acho que deu pra entender)

em público, vocês nem pareceriam um casal, pra falar a verdade, porque ele não seria do tipo que gosta de DPA

e seria mais do tipo que dá carinho do que do tipo que recebe, e beijos com ele também não são frequentes, mas, nas raras ocasiões, ele poderia passar horas e horas beijando você, de um jeito que fica entre o suave e o intenso, e seria do tipo que esquece completamente todas as suas preocupações e dúvidas

nunca vai admitir, mas se sente tímido perto de você e constantemente se preocupa com o seu conforto, porque ele ama você demais e odiaria que você estivesse menos do que feliz e segura com ele

iria querer ser alguém em quem você pode confiar, e também seria protetor, embora de uma maneira ligeiramente tsundere

o bebê Dino iria amar você com todo, todo o coração dele, e colocaria um pouco de você em tudo o que ele faz ♥

♥obrigada @erro404thaisanotfaund pelo pedido amorzinho, eu adorei demais fazer esses reactions ♥

[feelingsethoughts]

PEQUENOS DETALHES

Os pequenos detalhes são na maioria das vezes mais importantes do que qualquer outra coisa.

Seja um pequeno sorriso sincero, até uma música que faz lembrar de um momento ou de alguém, uma data, uma palavra, uma atitude, um contato, um gesto.

Pode parecer não ser nada de mais ou que a pessoa nem vai perceber, mas é de extrema necessidade e importância!

É nos pequenos detalhes que se conquista, é nos pequenos detalhes que se demonstra a importância das coisas, são os pequenos detalhes que deixam tudo melhor: uma história, um encontro, um momento, uma data, uma viagem, um contato, um passeio, um beijo, um olhar, um sentimento, uma demonstração, o estar juntos, o comemorar algo.

Os pequenos detalhes são absolutamente importantes. É o que deixará mais intenso, mais único, mais incrível. É o que torna uma lembrança seja do momento, do dia, da pessoa, da data ainda mais prazerosa, feliz e gostosa de se lembrar.

Mesmo que parece sem necessidade, os pequenos detalhes é o que deixa auténtico, e muito mais especial!

[durableties]

Prazer, nasci com a alma transbordante. Sinto tudo derramando, e não sei explicar porquê acontece e se há algum remédio para isso. Se houver cura, dispenso. As coisas normais não me atiçam. Não me aceleram. Não me continuam. Preciso da sofisticação do que é aparentemente simples. Do abraço da brisa nos poros. Dos respingos do sol adornando a tarde. Da carícia na ponta dos dedos, da massagem demorada nas costas. Preciso sentir que há um outro. Preciso senti-lo existindo, respirando perto, pulsando, trocando ideias e experiências. Preciso desta vizinhança das almas que conversam até mesmo sem nada dizer. O ritmo lento da normalidade não me empurra, não me anima. Não me agita. Não me faz querer voar para a voragem dos olhares que troco na rua, para os encontros que fazem com que as almas se encaminhem para dentro de si mesmas e se abracem por dentro. Eu não nasci para o morno. Eu não nasci para a realidade pálida que não se oferece à ousadia. Eu não nasci para os dias parados e sem cores. Eu nasci para pintar. Eu nasci para amar intensamente, de dentro para fora! Por dentro e por fora, sem medo do não e do adeus repentino. O único medo é não avançar quando quero. Não amar quando posso. Quando o coração sinaliza que já não dá para desconversar e mudar a estrada. Eu nasci para o fogo, para intimidade quente de um cobertor dividido. Para um sorriso que se abre sem procurar motivo. Para o café forte coado no coador de pano. Para o delírio de uma bela canção executada no violino. Quem é intenso, é delicado, é esvoaçante. Tem renda no pensamento e mania de levitação. Ser intenso é reconhecer-se em tudo, é colocar borda na alma dos outros. É retirar o tapume dos olhos quando a realidade ameaça a doçura. Quem é intenso sabe o quanto pode ser considerado estranho por “sentir demais” num mundo de palavras e sentimentos tão mecânicos, onde qualquer demonstração de afeto é confundida com fraqueza. Fraco é quem não sabe mais sentir. Quem não sabe abraçar com o olhar. Fraco é quem joga a toalha e vive no modo “automático”. Sentindo pouco, guardando emoções para usar depois, estocando sentimento para uma oportunidade especial. Especial é ser intenso. E quem disse que não tem lágrimas? O coração do intenso não é blindado. Vez ou outra, uma pancada forte o acerta em cheio, e ele, dolorido, reclama, arde, soluça no travesseiro e pede proteção. A tristeza às vezes bate à porta, maltrata, derruba algumas certezas, revira alguns sonhos, esculacha, mas não é capaz de matar a esperança. A esperança nos intensos é como um membro primordial do corpo, não é possível arrancar. Não se desfaz à toa. A esperança nunca anda só. Quem tem esperança tem artimanha e carta na manga para reerguer o castelo depois da tragédia e ainda sobra disposição para fazer graça. O grande trunfo do intenso é, sem dúvida, a sua capacidade de não saber disfarçar o que sente. Os sentimentos estão sempre falando alto, se espalhando pelos gestos, orquestrando as ações. O intenso nunca nega o que é. A alma não deixa…

[maresdeinspiracao]

A verdade de Marcos Harter

“Meu nome é Marcos de Oliveira Harter, gaúcho, nascido em Porto Alegre, médico, cirurgião plástico.

Fui criado com princípios, os quais defendi durante toda a minha participação no BBB17 e defenderei pelo resto da minha vida: a retidão de caráter e o compromisso com a verdade.

Juro pelo que tenho de mais importante em minha vida - a minha família - que aquilo que aqui escrevo é a mais pura verdade.

Não há mais como suportar as pessoas sofrendo pelo destino de um relacionamento sem entender de fato o que aconteceu.

O Brasil, farto de mentiras em várias esferas, merece saber a verdade, pois, mesmo que doa a curto prazo, será sempre o melhor caminho a longo prazo.

Esta é uma carta que eu começo chorando e talvez, ao final, muita gente faça o mesmo.

Inscrevi-me no BBB com o objetivo de passar uma mensagem. Lembro-me de ter chamado muito a atenção da produção do programa na fase de entrevistas. Perguntavam o porquê de alguém querer entrar no programa sem ter o prêmio de um milhão e meio como o seu objetivo principal. Sim, é verdade. O prêmio em dinheiro era, para mim, nada mais do que uma consequência da missão que eu teria lá dentro, tal como eu penso aqui fora: dinheiro é consequência.

Nas primeiras horas dentro da casa conheci Emilly e Mayla, na beira da piscina, atrás da mesma espreguiçadeira na qual Emily estava deitava quando a vi pela última vez, antes de ir embora.

Recordo-me de que, inicialmente, achei elas muito parecidas, mas logo fui me atentando aos detalhes. Apesar de possuírem a mesma carga genética e, fenotipicamente, expressarem-se quase como clones, cada uma tem a sua alma, e aquela que vislumbrei ser a minha gêmea era a que tinha uma mancha na têmpora esquerda.

E logo Emily me contou a sua história.

Emilly...

Você vinha de Eldorado do Sul, cidade próxima a Porto Alegre, onde eu aprendi a dirigir. Lembra?

Sua mãe havia falecido há menos de um mês no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Durante minha formação médica, fiz estágio neste mesmo hospital e, por ter tido contato com muitos familiares de pacientes, sabia exatamente o trauma psicológico pelo qual vocês acabavam de passar.

Suas histórias eram tristes e, ao mesmo tempo, engraçadas: Balneário Camboriú com 10 reais no bolso; os 20 reais que você achou no chão, juntou com mais 50 que você tinha e comprou um vestido que queria muito...

Confesso que sentia uma peninha, mas ao mesmo tempo brotava algo que, na minha opinião, é o primeiro passo na construção de um relacionamento: a admiração. E não apenas pela sua beleza, mas pelo seu modo aventureiro de levar a vida. Conheço um cara assim…

Não precisei de muitos dias na casa para entender a minha missão ali. Sensibilizei-me com a sua história e determinei-me a fazer o possível e o impossível para conduzi-la até a grande final. Eu só não contava com uma coisa: existia um espacinho em meu coração que era exatamente do seu tamanho!

E assim a nossa história começou…

No começo você não me dava bola, mas quando o Doc aqui quer, ele vai até o final.

É possível "ficar" sem beijar? Sim! Lembra da primeira noite que viramos juntos? Você me contou de uma luz cor de rosa que saía de dentro de você no centro espírita. Ali comecei a acreditar na sua iluminação. Lembra do café da manhã naquele dia? O único ovo que tínhamos estava podre e você acabou fazendo arroz pra gente comer às 7h da manhã! Que amor…

Na pobreza já dava para ver a sua parceria, faltava ver na riqueza ou na iminência dela.

Acredito que uma das melhores maneiras de trazer uma pessoa para perto de si é dando carinho, e assim eu fiz com você.

Dei-lhe flores todos os dias, até que a produção pediu para eu não arrancar mais as flores do jardim. Nas férias eu sempre era acordado por minha mãe com caldinho de feijão na cama. Entende agora a forma de carinho que eu queria transmitir a você?

Daí veio a primeira massagem… Hummm… Beijos no pezinho… E como era gostoso ouvir aquele uivo do lobisomem durante aquela prova do anjo…

Não via a hora de dormir juntinho de você! Nem que fosse em camas separadas, mas de mãos dadas e com o meu braço apoiado na gaveta aberta do criado mudo… kkk Que cena!

Com o tempo, notei que você, quando cansada, dormia facilmente deitada em mim. Era como se eu fosse a tua concha, e isso é muito bonito porque significa: "eu me sinto seguro com você".

E como era bom dormir abraçadinho!

Lembra que eu chegava a acordar com o braço formigando de tanto tempo abraçado em você?

É óbvio que você não vai saber, mas se ver os vídeos aqui fora vai descobrir uma noite no México na qual eu praticamente amanheci fazendo carinho no seu rosto.

Curti todas as noites que dormi com você, inclusive aquela na qual você exagerou com o baldinho e, por ironia do destino, tivemos que dormir com outro balde na cama.

E na hora de acordar? Para mim já era automático, tapava seus olhos e seus ouvidos, porque princesas jamais devem acordar daquela maneira.

O clima era tenso tanto para mim quanto para você. Você cuidava de mim e eu de você. À medida que o tempo passava eu conhecia você, curtia você e cada vez mais eu me apaixonava por você. Ao ponto, inclusive, de não a ver mais como adversária, e você sempre soube disso.

Várias vezes tive vontade de ir embora dali com você. Lembra que cheguei a convidá-la algumas vezes a irmos embora?

Sabia que o prêmio era muito importante para você, mas ao mesmo tempo tinha a nítida noção de que o que eu poderia dar a você aqui fora não tinha preço.

Os dias foram passando e eu fui vivendo uma das mais incríveis histórias de amor da minha vida. Cientificamente, a ideia de avaliar o comportamento de seres humanos mediante confinamento sempre me pareceu fantástica. Fazer parte da experiência fazia tudo ser sensacional, pois provaria para mim mesmo e para um país inteiro que o amor verdadeiro pode existir sim, mesmo em condições laboratoriais.

Durante boa parte do programa eu agi com a razão. Fui autêntico o máximo que eu pude. Acertei. Cometi erros. Pedi perdão por eles. Fui solícito com todos. Elogiei atitudes e participantes sem medo de que isso pudesse beneficiar alguém no jogo. Questionei o que achei errado e sempre estendi a mão para quem me pedisse ou para quem eu julgasse que precisava de ajuda. Atuei sempre com honestidade do princípio ao fim. Tive coragem de enfrentar gente muito grande. Defendi com todas as minhas forças a prevalência da verdade e da retidão de caráter.

Mas teve um momento em que passei a agir com o coração, e, inclusive, verbalizei essa minha decisão em um raio-x.

Os problemas que muitos apontavam em você, Emilly, eu também via. Atitudes de egoísmo, soberba, deslumbramento não passavam despercebidas por mim.

O carinho que eu sentia por você era verdadeiro e intenso, mas mesmo assim não me tirou a capacidade de discernir entre o certo e o errado.

Quando vi você tomando as mesmas atitudes de pessoas que eu já havia questionado, tive a sensação de ter chegado a uma grande encruzilhada: manter a razão e julgá-la por erros também cometidos pelos outros ou passar a agir pela emoção e defender quem estava dentro do meu coração?

Assim eu fiz: desde o primeiro até o último paredão, defendi você com unhas e dentes.

Era tudo muito intenso e muitas vezes me via confuso. Às vezes me sentia seu namorado, outras, seu pai, seu irmão, ou seu amigo… Mas o importante é que nunca me senti seu adversário, pois o meu sentimento por você sempre esteve acima de qualquer atitude pela qual você poderia ser julgada. Essa é uma grande demonstração do quanto eu gostava de você e você não percebia.

Minha decepção começou a se instalar quando vi que as amizades que eu achava que estava construindo ali, me pareciam não tão sólidas como eu pensava.

Perder o Ilmar como aliado no jogo me deixou bastante abalado. Nossa ideia de irmos nós 3 até a grande final e deixar o público decidir parecia perfeita, mas o tempo me mostrou que esse pensamento não era compartilhado por nós três.

Na reta final, nos vimos novamente sob a ameaça de sermos emparedados. Não nos "acadelamos" e lutamos feito guerreiros para que isso não ocorresse. Ao ser desclassificado da última prova de resistência, sentei no gramado e ali fiquei por 12 horas. Meus gritos e assovios ecoaram pelo PROJAC. Sabia que minha voz em seus ouvidos lhe daria garra para vencer aquela prova.

E como fiquei feliz e orgulhoso quando você voltou com a vitória nas mãos. A última chance de sermos emparedados, um contra o outro não existia mais!

Com muita coragem enfrentei e voltei do paredão com Marinalva com 77% de aprovação.

Nossa batalha, nossa união, nosso relacionamento, nossas conquistas tornavam-se épicas.

Ajoelhei com você diante da bandeira deste país que tanto amo para agradecer os votos da nação.

E foi ali que você cometeu um dos seus maiores erros dentro do programa: ao ouvir minha torcida gritar "É campeão!", passou a me ver como alguém que eu nunca tinha sido para você: um adversário.

Ahhh… Picinho… São tantas coisas que eu sei e não queria saber… Ou será que você esqueceu que eu "fui programado para desconfiar"?

Sei porque você passou a me olhar de modo diferente a partir do momento em que ouviu minha torcida gritar: "É campeão!" Seu olhar surpreso estava de acordo com as atitudes que viria a tomar nas 24 horas seguintes…

Sei porque você insistia em não me contar porque tanto lhe chamavam no confessionario no decorrer de domingo…

Sei porque na segunda-feira, 10/04, dia de minha eliminação, você estava tão distante de mim…

Sei porque você pediu e foi várias vezes ao confessionário…

Sei porque você me perguntou o que seria considerado como uma agressão física na mesa enquanto eu esculpia o mascote do programa em um bloco de sabão.

Na segunda-feira, dia de minha eliminação, ao sair do confessionário pela última vez, você veio até mim na cozinha e me encontrou lavando a louça. Vestia o roupão laranja e arrumava o microfone no braço direito, pois o tinha retirado para ser examinada pelo médico da produção. Sei porque você não conseguiu falar comigo e saiu chorando para fora da casa dizendo: "Meu Deus… O que eu fiz…"

O peso em sua consciência era tão grande que nem as palavras que hoje sugerem a verdade você conseguiu segurar…

Deus viu sim o que você fez, e, aos poucos, as pessoas vão ver também.

Considero essa uma das cenas mais tristes do programa: você acabava de acusar injustamente a pessoa que você dizia que tanto adorava!

Vi você saindo, chorando pelo espelho da cozinha, e lembra do que eu fiz? Saí atrás de você lá fora e lhe ofereci ajuda caso precisasse. Estava lhe oferecendo a minha outra face pra você bater.

Sei por que nesse mesmo dia foi a única vez que você não foi espontaneamente atrás de mim na academia. Lembra que tive de chamar você lá fora para você me ajudar? Sentia que você não estava com muita vontade de ficar perto de mim. Simplemesmente nao acreditava no que você estava armando contra mim.

Sei por que nosso último beijo na academia foi tão frio…

Sei por que na sequência você também não quis entrar na piscina comigo, dizendo que já havia tomado banho. Toda essa falta de parceria era inédita e você ainda achava que eu nao sabia o porquê.

Sei por que você nao fez cara de duvida quando me chamaram pela última vez no confessionário.

Sei por que você não disse: "Não tá esquecendo de nada?". Seu último beijo já havia sido dado na academia.

Infelizmente também sei o que você sentiu quando ouviu meus gritos aos prantos na porta do lado de dentro do confessionario pedindo pra você retirar a acusação que havia feito às 20h daquele dia.

Sei por que você chorou sem lágrimas quando Tiago Leifer anunciou minha eliminação.

Sei por que você tapava o rosto com as mãos enquanto "chorava" no colo da Ieda.

Sei por que você demonstrava tanta saudade de mim, cheirando minhas roupas após a minha saída, mas não demonstrou isso na final, ao sair da casa.

Sei, Emilly, por que você não veio me abraçar na final… E foi tão feio… Não jogue a culpa na sua irmã…

Você se enganou sobre qual seria a minha atitude. O tiro de misericórdia que você deu em minha nuca na reta final do programa matou o homem que a adorava lá dentro, mas não o homem que a perdoaria aqui fora.

Confesso que a partir do momento em que entrei no confessionário pela última vez e fiquei sabendo de sua traição, fiquei bastante decepcionado com você.

O meu desejo de ver você campeã era tão grande que neguei o chute que você me deu na volta da piscina após a brincadeira de esconde-esconde e também o fato de você ter jogado a boia da trident propositalmente em meu rosto, dentro da piscina, no entardecer do dia 5/4. Ou você acha que também não me foi oferecido dar queixa de você?

Após sair da casa, em momento nenhum fiz torcida contra você. Entretanto, não consegui conter os votos de minha família e amigos, os quais também foram informados de sua denúncia contra a minha pessoa no dia 10/4 às 20h.

Sei, há algum tempo, que ninguém é de todo bem e nem de todo mal. Às vezes a gente erra e essa foi a sua vez de errar gravemente comigo. Só não imagina a dimensão da sua ganância.

Saber perdoar é para poucos. Diria que você tem sorte em eu ser um deles.

Mas você realmente não precisa pedir perdão para mim, mas talvez tenha que pedir a todas as pessoas que acreditaram no amor que você dizia sentir por mim.

Tem outra pessoa, pela qual você tanto chorou durante o programa, que viu tudo que você fez lá do céu, e para essa eu creio que você também deveria pedir perdão.

Tente se lembrar de todos os conselhos que eu dei para você. Demorei anos pra aprender tudo o que te falei, e todos os conselhos foram dados com muita sinceridade e carinho.

Nao deixe de doar uma parte do prêmio, conforme prometido, às pessoas que precisam mais do que você. Você sabe a dor que eles sentem.

E lembra do COSMOS?

Ele existe sim! Respeite-o sempre e esteja preparada para o que ele decidir por você, por mim e por todos que nos rodeiam.

Nossa história de amor terminou no momento em que entrei no confessionário e descobri quem realmente é você. Seu pedido para me retirar do programa me mostrou que o que você sentia por mim tinha um preço. Meu coração se estraçalhou naquele exato momento, pois mesmo sabendo que era capaz de lhe perdoar, entendi que jamais conseguiríamos construir uma relação na qual o dinheiro já havia sido colocado acima do amor uma vez.

Você ainda é jovem. Tem tempo para refletir e mudar. Saiba que pessoas do bem existem e elas vão querer te ajudar de uma forma tão incrível que você pode levar algum tempo para entender.

Siga com Deus, desejo-lhe muita luz interior e que a paz esteja sempre com você e com a sua família.

Sei que você vai negar, gritar, espernear, fazer tudo o que fazia no programa quando as pessoas apontavam uma falha em você.

Mas eu espero apenas uma coisa de você: feche os olhos, respire fundo, vá bem lá dentro de você.

Procure um lugarzinho onde você está sentindo uma dorzinha.

Aprenda que em toda a história da humanidade, amor e caráter nunca estiveram à venda.

Adeus.

Marcos de Oliveira Harter”

[leatherandjeeans-blog]

Black Jeans

Janelas. Janelas altas. Janelas altas com vista privilegiada para lugares urbanos aleatórios, e nem tão agradáveis, que remetem à lembranças de sensações. Não amor. Não ódio. Não... Qualquer outro sentimento comum. Sentimentos que se assemelham aqueles de lembrar do perfume de alguém. Mas não é um perfume. Sensação... Nostálgica. Como pode alguém ter uma lembrança tão fixa de um sentimento de nostalgia que uma casa passava!? Quase um pecado... Se formos caminhar hoje, e o lugar escolhido for aquela praia agoniante, lembre-se de tirar os seus sapatos - coturnos (Idiota...), e de dobrar a barra da sua calça preta. Aquela que prefiro parear com você em uma saída à noite e você prefere utilizar como uma tatuagem em seu corpo. Gosto disso. E de tira-la também. Céu no tom daquela capa do álbum da vizinhança, carregado de lágrimas involuntárias cinzas e fumaça densa assim como aquela que sai da sua boca ao tragar o seu Marlboro, sendo primeiro ou último. É a cidade. Nada pode muda-la ou tira-la da monotonia das rotinas cansativas e perturbadoras. Até mesmo às três da manhã, quando os únicos sussurros pairantes são nossos, há uma alma viva que vai ao trabalho. No ritmo da urbanização, uma trilha sonora de sorrisos e risadas de desespero. Sendo vindas de bêbados à suicidas. Trabalhadores à ricos. Pobreza à burguesia. Vamos sentar na escada e apostar em quem vai morrer primeiro, intoxicado pela fumaça ou pela própria desgraça no sentimento de autodestruição. Bombas relógio em forma de seres humanos. Eu jogo no homem da pista de baixo, e você, na mãe que passa pela pista de cima. Dois viajantes estupidamente espertos a ponto de se entregar a ideia de superioridade nesses momentos. Prevendo cada passo, quando, para cada, há apenas 50% de chance de acerto dessas previsões. Caímos na fraqueza muitas vezes. Auto estima lá em baixo e gatilho entre os dedos para morrer pelas próprias mãos antes daquele exército de homens cansados do trabalho em que apostamos se entregar à morte antes da sexta feira. E hoje já é quarta. Mas sempre aguentamos. Dialetos de leitura labial, piscadas e pigarros na garganta. Maneira específica de mexer no cabelo que indicava outro código... Menores de idade que não se assemelham à tais. O suicida que fuma e a ansiosa que tem vício em metáforas sexuais e embreagadas; os melhores pecadores antes dos 18. Minha vida era menos filme antes daquela mensagem... Gosto por poucos machucados feitos por nós mesmos. Nunca precisamos da ajuda de alguém para fazer nosso serviço em cicatrizes físicas; apenas compartilhamos nossos resultados e jogadas e largamos uns hematomas perdidos um no outro. Nunca conte a eles das nossas blasfêmias, muitas vezes relembradas e escondidas atrás de sorrisos safados que se estendem pelo canto do rosto. Vamos fingir que não tememos Deus... Os gritos vão ficando mais intensos. O céu começa sua metamorfose e encontra a tonalidade da sua calça. E assim permanecerá na cor. O vento já atrapalhou os nossos blefes e apagou o fogo do seu isqueiro três ou quatro vezes. Criminosos. Ladrões do tempo. Será que seremos considerados culpados pelo júri popular mais tarde? Ah, foda-se. Já temos compromisso. Luzes e luzes. E rotas de aviões que passam cruzados em direção ao nada que leva até o aeroporto. Dentro deles, mais rostos cansados. Levantou, ergueu a mão. Aceitei. Seguiu para os fundos da casa, subindo as escadas. Não tive problemas quanto a isso. Agora as apostas serão feitas em segredo, mas logo estaremos expostos à nostalgia como quadros na parede de um pintor em decadência. O que realmente somos. Óculos escuros à noite. Imunidade irrelevante. Um conjunto de palavras e ideias flutuantes que se escritas por um bom poeta, se tornam sucesso. Passos calculados para combinar com a trilha em nossos fones. Dois filmes diferentes que se cruzam até então. Os roteiristas esqueceram de escrever o final. 30, logo mais, 31 e por fim, 32 na soma. E vai de dois em dois à cada ano, assim como 20, 209 e 529 mudam à cada dia ou semana. Imensidão negra com pontos pingados de estrelas artificiais e segredos à dois que combinam com frases e situações clichês. Fios macios e bons de puxar que, unidos, formam o seu cabelo. Olhos que ardem nas luzes, brilhando como se uma iluminação forte fosse posta na frente deles, dando cor a indefinição. Círculos luminosos ao redor das pupilas. Deixe-me lhe morder. Demonstração de afeto única vinda do meu peculiar e estranho. "Teeths on your shoulder." Frieza irreconhecível. Chegamos ao topo. Da sacada, agora, podemos nos declarar oficialmente superiores, já esquecendo das apostas em cima de vidas medíocres, estando ali só pelo título. Leather and Jeans; a combinação perfeita para noites específicas, como essa. Cace a ironia no nome. Eu já devo ter repetido o quanto os teus contornos me agradam, o quanto as suas metáforas fodem bem a minha alma e o quanto eu amo esse seu 'black jeans' que combina bem com a banalidade e arrogância dessa cidade... - Letícia Freitas, 25/01/17, 8:52 PM.

[kiro-anarka]

COMO PESSOAS NEGRAS QUE BATALHAM PELAS VIDAS DE MUITOS OUTROS, DEVEMOS LEMBRAR QUE A NOSSA LIBERDADE ESTÁ DIRETAMENTE LIGADA À QUEDA DO FASCISMO, E QUE MUITOS MILITANTES ANTIFAS TRABALHAM COMO ALIADOS DO NOSSO MOVIMENTO.

Nos dias seguintes a eleição do 45º presidente – me recuso a digitar seu nome – dos EUA, muitos de nós enchemos as ruas protestando contra o resultado eleitoral. Para além da gritante diferença entre voto popular e eleitoral, aquele desfecho pareceu trazer consigo algo assustadoramente desconfortável. Enquanto esteve em campanha, 45º usou políticas dog whistle¹ e, algumas vezes, uma retórica explicitamente carregada de racismo e sexismo que agitou e direcionou a fúria de sua base eleitoral (majoritariamente branca) contra aqueles que já eram marginalizados; pessoas negras, imigrantes, muçulmanos, pessoas com deficiência e mulheres. Então não foi surpresa que as ruas estivessem lotadas com diversos grupos populares. Entretanto, entre as pessoas, eu me vi marchando com alguém aparentemente desconhecido. Todo trajado de preto, com direito a balaclava e capuz, coturnos, e correntes prateadas balançando ao lado da sua coxa. Fiquei cada vez mais desconfortável e amedrontada por aquela pessoa ao meu lado que também gritava “FODA-SE, TRUMP!”. Esta pessoa e outras pessoas com uma estética semelhante não tinham medo de confrontar fisicamente contramanifestantes de extrema direita (ou policiais) com força, colocando seus corpos entre aqueles que protestavam por mudanças e progresso sociais e aqueles que defendiam a manutenção do status quo.

A medida que fui a outros protestos, encontrei mais deles – “Antifa” – demonizados pela mídia mainstream e pelos políticos, compostos por um contingente multiétnico de manifestantes anticapitalistas. E agora que estamos na segunda onda do Movimento pelas Vidas Negras, que têm atraído mais desses misteriosos personagens, se levanta a questão: quem ou o que é “Antifa”?

Antifa, abreviação para “antifascistas”, data de muito antes do 45º. Nas escolas estadunidenses, aprendemos que o primeiro movimento antifascista organizado emergiu como uma resposta ao espalhamento do fascismo pela Europa nos anos 20 após o fim da Grande Guerra, particularmente com a ascensão do ditador Benito Mussolini na Itália e do Terceiro Reich de Adolf Hitler na Alemanha. Fascismo pode ser melhor descrito como um autoritarismo de extrema-direita com um marcante nacionalismo ancorado na exclusão do “outro”. Líderes fascistas agem como ditadores, esmagando a democracia ou qualquer dissidência – seja de civis, opositores políticos dentro ou fora do país, ou imprensa – usualmente com violência ou uma retórica que promova e facilite a violência. Outro fator chave do fascismo é o genocídio e a limpeza étnica. Historicamente, regimes fascistas promoveram programas e políticas de extermínio daqueles fora de um determinado modelo de branquitude (noções de raça “ariana” ou superior). O fascismo prospera de modo violento e geralmente auxiliado por forças paramilitares, como os Camisas Negras italianos ou a Gestapo nazista. Essas forças estão sob o comando de seu líder fascista, seja para arrastar milhões aos campos de concentração ou encarcerar em massa os imigrantes.

Em suma, o fascismo é absurdamente violento, poderoso e uma forma inegável de supremacia branca altamente organizada.

Como Mussolini e Hitler, Trump é um fascista, e ele não se encontra sozinho. Testemunhamos globalmente a ascensão do fascismo como no caso de presidentes como o brasileiro Jair Bolsonaro, o filipino Rodrigo Duterte, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi; e cada vez mais o presidente chinês Xi Jinping e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson abraçam o nacionalismo e o autoritarismo, usando suas polícias e/ou exército para encarcerar e até mesmo matar minorias étnicas – povos indígenas brasileiros aos muçulmanos uigures ou imigrantes africanos na China.

Os Estados Unidos não são uma exceção. Além de décadas de encarceramento em massa, que engoliram gerações inteiras de negros e indígenas, temos visto nos últimos anos imigrantes negros e latinos sendo detidos e negros em quantidades alarmantes enquanto crianças da América Central são postas literalmente em gaiolas pela atual administração. Policiais por todo o país continuam a deter e assassinar negros em quantias exorbitantes de forma impune; a despeito de um treinamento para uma atuação mais “humanitária”, das câmeras corporais, nas câmeras nas viaturas, de uma diversidade maior entre os oficiais ou do “policiamento comunitário”. Apesar disso tudo, os casos de brutalidade tornam-se cada vez mais e mais notórios.

Botham Jean, Atatiana Jefferson, Korryn Gaines e Beonna Taylor foram mortos pelas forças da lei em suas próprias residências. Stephon Clark foi assassinado no jardim da avó segurando apenas um celular. E, mais recentemente, a maior parte do mundo assistiu o ex-policial de Minneapolis (Derek Chauvin) ajoelhar-se no pescoço de George Floyd por quase nove minutos. Enquanto isso, Trump sancionou, justificou e até louvou esse tipo de violência branca. Isso é fascismo e nós devemos nomear como tal. E é esse terror sistemático típico do nacionalismo branco que os manifestantes antifas buscam combater.

Em março de 2019, eu novamente me encontrei de pé ao lado de um manifestante antifa, desta vez num protesto em Sacramento em resposta ao assassinato de Stephon Clark e à recusa do procurador distrital em processar os oficiais culpados pelo homicídio. A medida que as tropas do Estado aumentaram suas hostilidades, usando bicicletas e cassetetes contra nós, aquele mesmo antifa pulou na minha frente, agindo como uma barreira entre mim e o policial. Durante essa demonstração de solidariedade, eu me lembro de pensar “Eles realmente estão de corpo e alma nisso!”. Aquele momento me ajudou a entender que os antifascistas não estavam apenas contra o Trump, mas sim contra toda forma de racismo uma vez que estas são manifestações do fascismo.

De acordo com o autor e professor Mark Bray, antifa é uma intersecção de políticas radicais de esquerda com o conceito da ação direta. Manifestantes antifascistas acreditam na organização vinda da base e tem pouca ou nenhuma fé no Estado, na polícia ou nas cortes – no governo, em geral – uma vez que esses sistemas de poder foram corrompidos pelos regimes fascistas. Soa familiar? Como Trump e Mitch McConnell (líder da maioria no Senado) aparelhando nossas cortes e juízes conservadores sem qualificação necessária. Ou policiais raramente sendo indiciados ou sentenciados por seus atos violentos. Perante um sistema sociopolítico completamente defeituoso, antifascistas muitas vezes veem a resistência armada e a autodefesa comunitária como os únicos meios de derrotar o fascismo; seríamos negligentes em não reconhecer que esse sentimento ressoa em muitas pessoas negras.

Nesses momentos atuais e intensos de agitação racial, com que frequência vemos a imagem icônica de Malcolm X espiando por uma cortina enquanto segura um rifle em nossas redes sociais? Essa imagem, assim como fotos semelhantes dos membros do Partido dos Panteras Negras, costuma instigar nossas ideias radicais e nosso próprio legado de antifascismo negro.

Para os Panteras, fascismo não era apenas algo que aconteceu na Alemanha nazista ou em colônias europeias no exterior. O fascismo também está em atuação aqui. Escravidão, revoltas antiabolicionistas, o bombardeio da Wall Street negra e o massacre de Tulsa, o surgimento da Ku Klux Klan e dos conselhos de cidadãos brancos, as políticas rígidas e a guerra às drogas do Nixon; todas foram formas fascistas que almejavam escravizar, reprimir e matar pessoas negras. Portanto, o Partido dos Panteras Negras se alinhou aos movimentos antifas durante seu período, uma vez que reconheciam que negros sempre tiveram as botas dos fascistas sobre seus pescoços.

Glorificamos imagens da militância do Poder Negro, mas rapidamente esquecemos as mensagens de advertência de Malcolm, que nos alertou que sempre que nos opormos à supremacia branca e exigirmos nossa liberdade seremos confrontados com a violência do Estado. Sua imagem é uma lembrança que devemos estar preparados para defender a nós mesmos “por quaisquer meios necessários”. Sedes do Partido dos Panteras Negras em Sacramento, Los Angeles e Chicago foram atacadas por policiais no final dos anos 60, e muitos partidários ousaram atirar de volta.

Foi seu entendimento do fascismo estar ligado ao preconceito contra pessoas negras que levou o Partido dos Panteras Negras a sediar a conferência da Frente Unida Contra o Fascismo em Oakland, Califórnia, em julho de 69; a ocasião também atraiu negros, bem como latinos, caribenhos, amarelos, indígenas, progressistas e até brancos da classe trabalhadora, de todo o país. Foi seu entendimento compartilhado do fascismo estadunidense que uniu as organizações e as pessoas.

Para deixar claro, os brancos não detêm o monopólio do antifascismo. Além disso, os negros estão entre a vanguarda dos antifascistas.

Ao contrário da crença popular, negros estão inseridos nas atuais redes antifas. Ezili (nome falso), um antifa de Sacramento e pesquisador de movimentos de rua, começou a se engajar com movimentos antifascistas após a eleição de Trump e subsequente difusão de retóricas de extrema direita em campus universitários. Ezili argumenta que estamos presenciando o ressurgimento global do fascismo devido a falha da supremacia branca neoliberal e conservadora. O fascismo emerge na crise da branquitude, da masculinidade branca, e do capitalismo. Segundo Ezili “pessoas brancas acham que essa ordem racial e social não é mais o bastante, portanto devemos retomar alguns dos antigos costumes”, como meio de retomar o domínio branco.

Logo, ser antifascista é ser antirracista

Como uma resposta para o racismo do 45º e crescimento fascista, os antifas de hoje veem uma oportunidade de reimaginar uma sociedade onde ajuda mútua, cobertura médica acessível e oportunidade de um salário digno sejam valores universais. “Nós focamos em antifas e anarquistas destruindo coisas em vez de ver o antifascismo como um processo ao mesmo tempo criativo e destrutivo. Sim, nós socamos os fascistas, mas você também vai encontrar um antifa – especialmente um negro – que se preocupa em assegurar que sua avó recebe comida e que seu amigo tenha suas despesas médicas cobertas; isso, também, é antifascismo!”, diz Ezili.

Enquanto somos estimulados a demonizar manifestantes antifas, rotulando-os como “provocadores de anarquia”, Ezili nos lembra de refletir sobre as palavras de James Baldwin: “De toda forma, brancos que haviam roubado das pessoas negras suas liberdades e lucrado com esse roubo a cada hora, não tem base moral na qual possa se apoiar.” Tal sentimento também ecoa no clipe viral da autora e ativista Kimberly Latrice Jones sobre o “contrato social quebrado” nos EUA e em defesa do saque, da violência e da anarquia em Minneapolis após a morte de George Floyd.

Ser antifascista é ser antirracista

Na esteira da atual revolta provocada pelas trágicas mortes de Breonna Taylor, George Floyd, Tony McDade e muitas outras pessoas negras nas mãos da polícia, o antifascismo apareceu mais uma vez, atraindo críticas polarizadoras, principalmente de especialistas políticos de direita acusando os antifas de instigar e alimentar a violência, bem como os negros, que foram amplamente desconectados de seus legados do antifascismo negro. Como pessoas negras lutando uma batalha por suas vidas, devemos lembrar que nossa liberdade está diretamente atrelada ao fim do fascismo, e que muitos antifas trabalham junto aos nossos movimentos como aliados. Próxima vez que você compartilhar uma foto do Malcom X ou dos Panteras Negras portando armas, lembre-se que eles foram antifascistas. E, em tempos como estes, todos devemos nos esforçar para sermos também antifascistas.

[1] Apito de cachorro, ou política do dog whistle, é uma mensagem política empregando linguagem em código que parece significar uma coisa para a população em geral, mas tem um significado mais específico e diferente para um subgrupo alvo

>> Jeanelle K. Hope, PhD, é uma ativista, pesquisadora e professora-assistente em Estudos Comparados Étnico-Raciais. Ela escreveu e conduziu pesquisas sobre movimentos sociais negros, solidariedade afro-asiática, juventude de mulheres negras, e produções artísticas e culturais de pessoas negras.

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Como utilizar imagens para gerar curiosidade em seu público-alvo

Ah, a curiosidade! Seja através de situações que acontecem em nosso dia a dia ou de imagens curiosas, é fato que esse sentimento mexe conosco de uma maneira bastante intensa, às vezes até superando algumas barreiras da racionalidade.

Além de ser tão interessante no dia a dia, seu uso pode (e deve!) ser feito em projetos de design, tanto nos digitais quanto nos impressos, dado o poder que ela tem sobre nós e às consequências que isso pode levar.

Se você quer incorporar esse tipo de elemento em seus projetos, então sua curiosidade te trouxe ao lugar certo. Entenda melhor como isso funciona em seu cérebro e como aproveitar essa reação natural e psicológica a seu favor.

Como a curiosidade afeta nosso cérebro?

Antes de tudo, vamos dar uma pincelada científica ao tópico, que já chama a atenção da comunidade há muito tempo.

Há mais de 100 anos, o filósofo e psicólogo norte-americano William James sugeriu que este era um dos elementos principais da motivação humana. Desde então, vários modelos foram introduzidos, visando explicar não apenas a maneira com a qual nos motiva, mas também como a curiosidade varia entre cada indiv��duo.

O também norte-americano Dr. Todd Kashdan estudou a curiosidade por anos e desenvolveu diferentes modelos, sendo um deles responsável por dividir a curiosidade em cinco dimensões, as quais podem ser mais fracas ou fortes de acordo com cada pessoa.

Kashdan define a curiosidade neste modelo como o reconhecimento, a perseguição e o desejo de explorar eventos novos, incertos, complexos e ambíguos. Os cientistas por trás do modelo trabalharam com centenas de adultos americanos para ajudar a determinar como eles sentiam e, assim, dividir em elementos principais.

Posteriormente, eles tentaram quantificar os elementos em um único modelo e, por fim, chegaram às cinco dimensões da curiosidade, que podem ser medidas com uma série de perguntas de “sim” ou “não”: a cada resposta positiva, a dimensão é mais intensa naquele indivíduo.

As cinco dimensões foram as seguintes:

Exploração alegre;

Sensibilidade à privação;

Tolerância ao estresse;

Curiosidade social;

Procura por emoções.

Você pode ter achado que entramos em um devaneio fora do assunto imagens curiosas, mas entender como a questão funciona pode te ajudar a saber como despertar a curiosidade das pessoas e, assim, tirar proveito do sentimento em seus projetos.

Como despertar a curiosidade das pessoas com imagens em seus projetos de design?

Nós já abordamos as emoções que você pode explorar ao escolher fotografias para seus projetos de design, mas ao lidar com a curiosidade, é preciso ser bem específico. Algumas dicas são as seguintes:

Não dê todos os detalhes na imagem

Diz-se que uma imagem vale mais que mil palavras, não é? Pois bem, a frase não deixa de ser verdade, mas se você demonstrar toda a ideia daquela estratégia apenas com o que o público pode ver, o objetivo pode ser perdido.

É preciso que haja um chamariz, aquela pitada de mistério, de modo que as imagens curiosas realmente despertem este sentimento e atraiam o olhar do público-alvo. Assim, ele também poderá ler o texto e entender do que se trata.

A linha que divide esse mistério da ausência de chamar a atenção é bem tênue e desafiadora, é verdade, mas quando se encontra o equilíbrio, o resultado tende a ser o melhor possível.

Tire proveito do movimento nas fotos

A captura de uma imagem traz como resultado algo estático, é verdade, mas algumas delas deixam clara a presença de movimento, o que também pode atrair a atenção do público, ainda que de maneira inconsciente.

Veja a imagem acima. É evidente que a garota abaixou os óculos, em uma clara demonstração de curiosidade pelo que pode ver. Pode ser que você não esteja usando óculos agora, mas provavelmente teve vontade de fazer o mesmo, não é?

Essa captura de movimento chama a atenção, em mais uma das claras vantagens de escolher fotos espontâneas para seus projetos.

Aposte no contato visual

Seja em imagens, vídeos ou no dia a dia, o contato visual é muito forte. Em vários estudos, uma conclusão comum é de que este contato atrai e prende nossa atenção, tornando-nos menos ligados ao que acontece ao nosso redor.

Um estudo feito por Shogo Kajimura e Michio Nomura buscou entender os efeitos deste contato. Nele, voluntários tinham que assistir o vídeo de um rosto ao mesmo tempo em que deveriam completar um desafio de palavras que envolvia verbos relacionados – ao ouvirem sobre “leite”, poderiam responder “beber”, por exemplo.

O que se observou é que os voluntários tiveram muito mais dificuldade de responder – ainda que apenas em palavras difíceis – quando o rosto no vídeo parecia fazer contato visual com eles. Os cientistas acreditam que o contato visual, mesmo com um estranho em um vídeo, é tão intenso que drena nossas reservas cognitivas.

As imagens curiosas podem ter este elemento, o que tende a atrair a atenção das pessoas e, assim, colocá-las um passo adiante rumo ao objetivo proposto com aquele projeto, seja ele virtual ou não.

Desperte a curiosidade do seu público!

Pode-se dizer que essa é praticamente uma arte, que demanda estudo, paciência e testes, mas certamente pode te beneficiar em seus projetos.

Para ter acesso aos melhores recursos gráficos, conte com a iStock, um banco de imagens profissional com milhões de opções para lhe atender perfeitamente no que procura e, assim, saber como despertar a curiosidade das pessoas na prática.

Ficou curioso? Então cadastre-se gratuitamente na iStock e conheça as opções disponíveis!

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[giovana-melo]

O Fantástico Clube dos Intensos

Prazer, nasci com a alma transbordante.

Sinto tudo derramando, e não sei explicar porquê acontece e se há algum remédio para isso.

Se houver cura, dispenso. As coisas normais não me atiçam. Não me aceleram. Não me continuam.

Preciso da sofisticação do que é aparentemente simples. Do abraço da brisa nos poros. Dos respingos do sol adornando a tarde. Da carícia na ponta dos dedos, da massagem demorada nas costas. Preciso sentir que há um outro. Preciso senti-lo existindo, respirando perto, pulsando, trocando ideias e experiências. Preciso desta vizinhança das almas que conversam até mesmo sem nada dizer.

O ritmo lento da normalidade não me empurra, não me anima. Não me agita. Não me faz querer voar para a voragem dos olhares que troco na rua, para os encontros que fazem com que as almas se encaminhem para dentro de si mesmas e se abracem por dentro.

Eu não nasci para o morno. Eu não nasci para a realidade pálida que não se oferece à ousadia. Eu não nasci para os dias parados e sem cores. Eu nasci para pintar. Eu nasci para amar intensamente, de dentro para fora! Por dentro e por fora, sem medo do não e do adeus repentino. O único medo é não avançar quando quero. Não amar quando posso. Quando o coração sinaliza que já não dá para desconversar e mudar a estrada.

Eu nasci para o fogo, para intimidade quente de um cobertor dividido. Para um sorriso que se abre sem procurar motivo. Para o café forte coado no coador de pano. Para o delírio de uma bela canção executada no violino.

Quem é intenso, é delicado, é esvoaçante. Tem renda no pensamento e mania de levitação.

Ser intenso é reconhecer-se em tudo, é colocar borda na alma dos outros. É retirar o tapume dos olhos quando a realidade ameaça a doçura.

Quem é intenso sabe o quanto pode ser considerado estranho por “sentir demais” num mundo de palavras e sentimentos tão mecânicos, onde qualquer demonstração de afeto é confundida com fraqueza.

Fraco é quem não sabe mais sentir. Quem não sabe abraçar com o olhar. Fraco é quem joga a toalha e vive no modo “automático”. Sentindo pouco, guardando emoções para usar depois, estocando sentimento para uma oportunidade especial.

Especial é ser intenso. E quem disse que não tem lágrimas?

O coração do intenso não é blindado. Vez ou outra, uma pancada forte o acerta em cheio, e ele, dolorido, reclama, arde, soluça no travesseiro e pede proteção. A tristeza às vezes bate à porta, maltrata, derruba algumas certezas, revira alguns sonhos, esculacha, mas não é capaz de matar a esperança.

A esperança nos intensos é como um membro primordial do corpo, não é possível arrancar. Não se desfaz à toa. A esperança nunca anda só. Quem tem esperança tem artimanha e carta na manga para reerguer o castelo depois da tragédia e ainda sobra disposição para fazer graça.

O grande trunfo do intenso é, sem dúvida, a sua capacidade de não saber disfarçar o que sente. Os sentimentos estão sempre falando alto, se espalhando pelos gestos, orquestrando as ações. O intenso nunca nega o que é. A alma não deixa…

Ester Chaves

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Candidiase Acabe Imediatamente

As doenças sexualmente transmissíveis na fêmea, inclusive conhecidas tal como Doenças Venéreas Femininas, conseguem aparecer devido na direção de desobediência ou consumo defeituoso a armas. Caso a sobriedade dos sintomas vá mais, profissional pode requestar com finalidade de executar exames para averiguar a presença de candidíase no esôfago. Se a endometriose nunca for diagnosticada bem como passar a ter intervenção cabido, pode crescer e também apurar-se outros tecidos do corpo. No caso de ela atinge ovário e obstrui as tubas uterinas, bando a alguma impedimento destinado a embarrigar. Em que momento atinge as manias íntimas, seus indícios incluem já-começa, rubor, inflação, além de outros mais. Em que momento assemelha a estuário, manchas brancas aparecem. Na epiderme, motivo cólera. E no momento em que é sistêmica, pode acarretar sérias problemas, de que jeito distúrbios no metodologia candidiase desonerado. Carcinoma de mama: carcinoma dentre mama é alguma das em grau superior temidas doenças femininas, tal como cancro do cólon do matriz, desenvolve-se pelota passamento com mão-posta, pode achar-se diagnosticada contra petição decomposição de outra maneira também através da mamografia.

Visto que declarado precedentemente, cada vez que jamais tratado, a febre intermitente tifóide pode tornar-se mortal, reparar único facultativo quando esses tipos dentre sinais surgem é vital. Estes medicamentos naturais precisam estar vistos que nem medicações complementares, e apenas podem achar-se usados ​​após discuti-los com sô profissional, no mesmo momento em que buscam abordagens a intervenção também formais. Gálico congênita minguado provável → a factor foi tratada ao longo de a embaraço e também tratamento foi intenção corretamente com mais dentre 4 semanas outrora do produto; E também a mãe jamais possui realce com reinfecção em outras palavras recaída. Realizar a sanidade íntima frequentemente, proteger rouparia com tecidos com algodão e prevenir peças justas, mais desde preservar-se hábito durativo de absorventes internos similarmente ajudam a abster a candidíase vaginal. Costumar preservativo dentro de todas as relações sexuais igualmente evita que você ou infectado. Candidíase Determinado demais demonstração frequente é defluência vaginal. Ele geralmente é esbranquiçado, crasso, inodor e a exíguo objeto. Com proteção chegado, praticamente todas as indivíduos em nações industrializadas se recuperam da malária tifoide. Nem proteção, algumas gente conseguem recusa restar fera complicações da enfermidade. Se estiver pejada ou amamentando e também mantiver candidíase, fale com respectivo medicinal antigamente com adotar algum sustento. Imunossupressão - mulheres imunossuprimidas, vá por doenças, tal como HIV, em outras palavras por hábito desde drogas imunossupressoras, apresentam mais alto desenho a desenvolverem candidíase. tratamentos para candidíase vaginal fluconazol Depois de gratular seus sinais e também ter sabor de que não salutar graves, ajudaremos você a mourejar com a candidíase desde modo abastado, em casa. A candidíase nunca atraso muito destinado a expirar em seguida que sustento é aberto. Fale com qualquer pessoa no quem confia. Conviver com enfermidade renal estória pode íntimo estressante e pode ajudar a expor em relação a seus sentimentos.  Fonte Referência consultada para compartilhar o tema dessa postagem Tú podes acompanhar outras dados sobre isto Você pode ter cada companheiro quer doméstico que seja um ideal auditor. Ou você pode resolver útil palrar com certo representante da sua religioso ou com indivíduo no que você confie. Peão a sô doutor qualquer correspondência com o objetivo de único residente comunitário quer ilharga. A violeta genciana a 1%, se aplicada através de medicinal localmente na vulva, pode inclusive melhorar os sinais. Os médicos recomendam que nem assunto do sustento que pessoa evite correspondência sexuais até mesmo a confirmação da sacerdote da pudendagra. https://securityholes.science/wiki/Sustento_Da_Candidase_No_Companheiro No primata, os sinais da candidíase ordinariamente perfeito ansiedade bem como certa exterior ‘descamação' da bolota (porção fim do pipi)”, explica facultativo João Serafim da Uau Neto. Igualmente é relativamente comum ouvirmos a realce reumatismo no sangue” de que jeito método de expor a maleita reumática, certa outra moléstia todo estranho, que costuma acometer meninos com tonsilite bacteriana jamais fraude. Reumatismo no vida inclusive negação é alguma realce médica, negação era utilizada no nenhum meio científico. A companheira moderna possui certo hábitos de vida em grau superior intenso, afinal de contas ela se desdobra a fim de resolver a todas as suas responsabilidades de acordo com a grupo, ou no serviço e também proveito dessa arruaça reflete pessoalmente em sua bem-estar, uma vez que algumas doenças tipicamente femininas podem se provar em lento limite. Se você isto com a imunidade decréscimo, se a flora bacteriana normal da casca se encontra desregulada pelo motivo de antibióticos, stress , ingestão excessiva desde carboidratos quer disfunções hormonais, a Candida albicans pode desaprovar muitas partes do lhe corpo.

Essa dor no ovário pode influenciar mulheres em idade propícia em cima de todo período, era também normal em cima de pacientes que realizam tratamentos de secura com hábito a indutores de ovulação. Em cima de pequeno número de casos, a candidíase peniana pode ser determinado pisadura a nascimento a diabete mellitus. Se eupático negação apresentar nulo feitor desde risca evidente para candidíase, a observação dos padrões com dextrose sanguínea pode achar-se requisitada. Do mesmo jeito que caranguejo de peito do matriz, desde mama somente avança por erro dentre cautela, nesse caso caranguejo desde mama é certa mazela completamente tratável quando diagnosticada precocemente. Mais adiante do observação da mamografia, autoexame completo mensalmente pode ajudar a definir nódulos iniciais, que é ordinariamente alerta nascente. No feito de crianças que possuem candidíase, deve-se esterilizar o mundo inteiro os brinquedos que a inocente emprega na dívida. Mães que estão amamentando precisam locomover-se ao médico a fim de verificar se têm candidíase por outra forma negação.