#tudo sempre vai girar em torno de coisas que só existem na cabeça dela
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naomiinyun · 1 year ago
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I give up. Tired of all this shit. She should have aborted me while there was still time. Nothing is ever enough for her. She only knows saying craziest shit. Fuck it.
Dude... I'm fucking tired of all this bullshit, sometimes the only thing I want to do is kill myself. My mother is literally supporting my abuser, who physically and psychologically abused me, saying that what I told about some of the abuse was a lie. It's been a month since she talks to me anymore, but every time she calls my grandma, it's basically to talk more and more absurd things. I can't take this shit anymore,I'm sick of this constant psychological abuse, physical abuse I suffered from my own cousin, and I was pressured not to tell his mother because she was in poor health, and I didn't want to make it worse for her..even if i tell them now i feel scared, Even though my grandma knows what happened, she didn't support me, and she still doesn't support me.
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life-nemesis · 4 years ago
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Eu nem sei como dizer, e nem sei se é isto mesmo que quero dizer, mas há algo de muito errado, e sinto que devo ir embora, que devo partir, e deixar você.
Me assusta o que isto pode causar em você, como você pode reagir, mas minha expectativa é que isto te faça o bem que eu não consigo fazer.
É tão bom quando estamos juntos, produz uma sensação tão gostosa, e me dá momentos tão doces e puros de alegria e prazer. É tão único, tão nosso. Me sinto sua, e isso me causa um prazer imenso, que talvez eu nunca seja capaz de expressar em palavras.
O que me assusta é quando estamos longe. Você aparece com suas bad vibes, não me dá muita vazão para cuidar de você, começa a pirar com as minhas. Mas as minhas sempre foram tão simples de resolver... E você é tão bom em me afastar delas, até mesmo a longo prazo. E você parece ignorar isto tão bem, quase como se desconhecesse que isto acontece, ainda que eu fale isto pra você. Acredito que seja questão de empatia, de sentir, e infelizmente, só o tempo pode mudar isto. Não posso enfiar goela abaixo que você me faz bem; o efeito pode ser exatamente o contrário, e você passar a achar que estou tentando convencer você de uma mentira, só pra você ficar, e isto seria um engano. Tenho medo de que isto possa acontecer.
Eu sempre tenho crises. Eu sempre tive. Mas não conseguimos lidar bem com a existência delas. E a maioria delas vêm por eu estar longe de você, e te querer um monte, e não poder ter. Sei que isso é ser mimada, mas posso sentir e não contar para ninguém, que tudo estará bem. Mas às vezes isso me toma um pouco mais, e transparece nas minhas atitudes, e aí a coisa começa a azedar.
Eu não sei como dizer que eu te quero mais do que qualquer coisa, que desejo ter você, que eu gosto de você, e às vezes acho que já está deixando de ser um simples gostar para se tornar algo mais intenso e duradouro. E isto pode complicar bastante as coisas. Não sei como dizer que acredito que estou começando a amar você. É algo tão puro, e existem tantas formas de amar, mas acho que contar isto para você pode estragar muita, muita, muita coisa. Então, prefiro me convencer de que não é, que é coisa da minha cabeça.
Só queria conseguir te manter por perto, ainda que estivesse longe. E não consigo. E por isto acho que é melhor partir. "Ir embora, mesmo sem querer, mesmo amando, mesmo gostando e não cabendo o sentimento dentro do corpo". Eu não quero. Eu nunca quis. Desde que nos conhecemos rolou algo muito diferente aqui dentro, e de uma maneira muito diferente. Não foi uma excitação, não foi uma ansiedade ruim, não foi um comichão... Foi simplesmente uma paz, um sentimento de calma, tranquilidade. E pouco a pouco, e sem a gente perceber ou entender como, o sentimento simplesmente estava ali, sem que soubéssemos como ele foi parar ali.
E hoje eu acho que é melhor partir, porque sinto que estou destruindo você por dentro.
"Sentimos as coisas de maneiras muito diferentes um do outro."
"Coração é terra que não se pisa."
"Se acabou, não era amor." (My mistake. Não sei, eu deveria pegar um tempo, sentar, e pensar no que de fato penso sobre o amor. Mas acredito que se trate de escolha, também. Talvez o amor possa existir, e a escolha acabar. Mas não sei o que dizer quanto ao sentimento em si, se ele vai, se ele fica, se ele existiu ou não. Eu não sei... mas pensar sobre isto agora pode piorar ainda mais o que está acontecendo aqui dentro.)
"Nossa parceria é estranha."
"Se você não gosta de você, e diz que gosta de mim, por que você quer me dar você? Você quer me dar algo ruim?"
Por essas e outras, eu realmente acho que já falei muita besteira, e estraguei muita coisa entre a gente, e acho que a melhor escolha, a escolha mais sensata, que apesar de dilacerar agora, vai ser a que menos vai doer, é eu ir embora. Eu sei que você não vai. Então, eu tenho que ir.
Eu não quero. Eu não quero, mesmo. Eu não vou conseguir me olhar no espelho sem me odiar por esta escolha, mas eu estou destruindo você, e não acho que isto possa dar certo. Não com tudo que tem acontecido. Eu queria, eu tentei, eu me esforcei, mas quando mais me aproximo, mais crises você tem, mais triste e agoniado você fica, e mais pra baixo eu fico, porque sei que, no fim das contas, é a minha própria essência que está causando isto em você. É como se fosse tóxico, como se fosse venenoso. Você sempre me diz que você é tóxico, mas vejo você quase adoecer quando me aproximo um pouco mais. E se você realmente fosse tóxico, e o que saísse de mim fosse doce, os efeitos não seriam como são. Tudo aponta que a toxicidade vem de mim.
Eu não suporto ver você sofrendo. Eu não suporto quando tenho que dizer as coisas porque você não percebe. Eu não suporto quando tenho que procurar as palavras certas porque você não consegue encontrá-las. Não gosto quando tenho que dar dicas do que o meu corpo e minha mente estão pedindo. Eu queria que as coisas encaixassem, fluíssem, mas é uma brincadeira de sempre dar pistas e girar em torno do que se queria que fosse dito, porque o dia não pode terminar bem se não for assim. Não há sorriso, não há tranquilidade se não for assim.
Enxergo orgulho e arrogância em você, e enxergo em mim também, mas lidamos com isto de maneiras muito diferentes, e o mundo está começando a cair ao nosso redor, porque tudo o que sai de um, quanto a sentimentos e desejos, destrói o que tem no outro.
Apesar de gostar tanto de você, e sentir que amo você (mesmo!), e saber que você diz que gosta muito de mim, isto está se provando ser impossível de continuar. Não conseguimos passar sequer um mês sem ter uma das crises que tanto evitamos, e que nos afasta.
É a Lucy que desliga, e o caldo engrossa, é o sono que vem, e o dormir que azeda as coisas. Não conseguimos lidar bem com a ausência do outro, e isto está começando a ficar grave, e complicar as coisas.
Eu não sei o que fazer, mas eu VEJO que a bagunça que causei em você é grande demais para eu tentar reparar. É melhor eu ir, e torcer para que você fique bem. Você é bom nisto. Pelo menos disse que sempre foi. O que me preocupa é que isto pode não ser por culpa minha, vir de anos, e ter explodido agora, e eu ser quem iria te ajudar a sair daí, desse negócio de tantos anos. Mas você fala com uma saudade tão grande de tempos passados que não consigo acreditar que naquela época havia algo de errado. Mas hoje tem. Naquela época não tinha eu. Hoje tem. É fácil calcular. Pra mim é. Sempre fui problemática, mas nunca encontrei alguém que absorvesse todo esse bolo ruim de dentro de mim. E você, além de ter o seu próprio, por algum motivo que desconheço, absorve o meu.
Não consegui colocar um sorriso duradouro em você até hoje, com exceção de um único dia nesse quase um ano que nos conhecemos, e não vou conseguir repetir a dose. Foi nosso primeiro beijo. E nenhum outro beijo será o primeiro novamente.
Eu não sei se meus braços são compridos o suficiente pra te salvar do precipício, e não quero correr o risco de você chegar lá.
Acredito que você é melhor sem mim. É o que tudo indica.
"Sinto falta da tranquilidade, da simplicidade."
E eu sei que eu sou complicada. Sempre soube. E isto está te matando aos poucos. E não vou ficar assistindo a morte do meu amor por culpa minha.
Eu preciso partir. Eu preciso te deixar. Eu nem sei se é isto mesmo, mas sinto isto muito intensamente, como nunca senti antes, e acho que é hora de eu tentar te salvar, de verdade.
Minha família não se encaixa pra você, minha maneira de sentir não se encaixa para você, minha religião não se encaixa para você (se é que eu tenho alguma), meus costumes não se encaixam pra você. Eu não sei o que sobra que faça você ficar, mesmo que por um curto período, algumas horas, por alguns dias da semana.
O que mais dói é que eu quis ficar. Eu quero ficar. Eu sei que é no seu colo que tem o conforto que nenhum outro vai me dar. É no seu beijo que tem calor, risada, provocação e desejo. É no seu abraço que tem carinho como nenhum outro tem. E é você que eu quero, mais do que qualquer coisa, mais do que qualquer pessoa. E eu estou mudando minha mente para poder ter você, e isto não é ruim; nem de longe é ruim. É bom. E digo por que é bom: porque eu nunca tive um relacionamento antes, e agora estou tendo algo próximo de um, e isto muda minha mente no sentido de eu experimentar o que nunca experimentei, e ver como é bom. Mas acho que dado o seu histórico, você não vai ter muita paciência pra me ensinar, e me esperar aprender. Não o culpo. Não sei se eu teria se estivesse no seu lugar. Nem passei pela experiência de ter, o que o dirá de ter que ensinar alguém.
E DEUS, como eu gosto de você.
"Você ou é vítima, ou tem razão."
Espero que com este texto, você entenda que em uma crise eu mostrei uma parte, em outra crise eu mostrei outra, e agora você tem o panorama completo. Ou quase. Nem eu sei qual é o panorama.
Eu estou cansada, eu não tenho tempo para pensar, para ouvir uma música, deixá-la correr pelas minhas veias e produzir um texto com lágrimas. Faz anos que não consigo. Consegui apenas uma vez, em anos. E foi na última carta que dei para você. Antigamente, eu faria o que eu fiz naquelas quatro páginas em poucas linhas. Eu não era tão confusa, tão cheia de palavras desconexas, e caos, e bagunça...
Eu era mais simples...
E sinto falta de algo que eu nem sabia que eu tinha.
Hoje sei.
E não posso tentar reparar em você um buraco que eu nem sei onde começa. O perigo é eu me aproximar, e nossas feridas nos unirem, nos cicatrizarem juntos um do outro, sem nos deixar separar. E isto pode parecer lindo, mas assusta demais. É o que dói em você. É o que te deixa perdido. Eu deito no seu colo para tratar das suas feridas, e as outras que eu vou tratar assim que terminar de limpar as que estou limpando, começam a grudar nas minhas. E isto te assusta. Me assusta.
Eu já nem sei mais voltar, e dar um fim neste texto, neste monte de coisas sem sentido algum. Eu não sei o que dizer, eu não sei o que escrever...
Eu amo você...
"Mas somos tão novos, talvez nem saibamos o que é amor."
Se amor realmente existe, deve ser algo muito próximo do que sinto. Eu tenho vontade de ter você, e não pra ficar de graça, beijar, e deixar outras coisas acontecerem. Tenho vontade de te ter pra sentir seu cheiro, pra te ver sorrir, pra te assistir, pra poder cuidar de você como não posso cuidar por estar longe. Só quero estar junto. E isto, pra mim, é o começo de um amor.
Não me julgue. Não faça isto doer.
Mas preciso ir embora enquanto eu ainda não consigo definir o que é este sentimento, porque se for amor, e eu descobrir isto enquanto você estiver aqui, teremos mais feridas do que tínhamos antes de nos conhecer.
Antes, você procurava alguma moça, saía, transava, fazia o que queria fazer, e a vida era simples. Hoje, por minha causa, não é. E, por isto, me vejo na obrigação de partir.
Apenas não deixe isto doer em você como dói em mim. Não suportaria saber, e ia querer voltar, mas não posso. Não posso ficar. Eu estou te matando. Eu sinto que estou te matando. Eu sinto que estou tirando algo à força de você, sem que você sequer me tenha dado o direito de conhecer ou saber o que é.
Eu tirei o prazer carnal que você tinha, e você me diz que não é disto que sente falta, que não é isto que quer, "que já teve uma dose muito grande disto no começo de 2017", mas te vejo precisando disto cada vez mais, e sabemos que não posso dar isto pra você.
Eu tirei a simplicidade da sua vida de "estou solteiro, quero sair, quero beber, quero dar uns beijos e, se rolar algo mais, ótimo". E me sinto um monstro horrível por isto. É como se não pudéssemos procurar nossos próprios prazeres juntos, porque seria errado, seria estranho. É estranho beber um copo de chopp na minha frente. Imagine sair e beber comigo. Não pra encher a cara, mas por gostar, tão somente. Gostar da bebida, da comida, da companhia.
E isto está cansativo. Para os dois.
Preciso deixar você, sendo esta a última coisa que, de fato, quero fazer, se é que quero fazer isto, afinal de contas. Sei que não.
Eu irei, mas temos que saber se a ferida for grande demais e precisarmos um do outro, se podemos voltar, ou se devemos deixar o tempo curar. Se passaremos anos longe um do outro, talvez sem nunca mais nos encontrarmos, ou apenas alguns momentos, para nos encontrarmos logo em seguida, e estarmos um no outro. Mas aí é que está o problema. Arriscamos sem saber. Não dá pra saber. Ninguém sabe. Ninguém sabe o que acontece amanhã...
Eu te quero, mas não posso te ter sem te destruir (é o que o tempo está mostrando)...
Eu não sei de onde vai sair um sorriso estando longe de você...
Mas espero que minha ausência te dê prazer, sorrisos, noites tranquilas, calmas, e dias mais simples.
Obrigada por tudo. Pelo tempo, pelas coisas que aprendi. Mas não há mais nada que possa ser aprendido ou ensinado sem machucar mais. O processo de me ensinar, me mostrar, está te matando.
Preciso de você, mas seria egoísmo ficar sem dar o que você quer.
Se eu tiver sucesso em te deixar, ver você feliz longe de mim, eu vou poder morrer em paz. Quem sabe morrer por mim mesma. Te ver bem, sorrindo, feliz, com aquilo que tem desejado há tanto tempo, com alguém que te faça o bem que eu não consigo fazer você sentir.
E eu não sei nem como te dar um oi, como me reaproximar, como tirar essa parede do meio do caminho, e rir com você, ter um dia simples, gostoso.
Só preciso ir...
E falei, falei, falei, mas não disse nada. Minha mente está cansada. Antigamente, eu encontraria o problema, e resolveria. Hoje eu nem consigo pensar.
De qualquer forma, preciso partir...
Sem querer...
Querendo ficar...
Querendo te amar....
Querendo me dar para você...
Querendo ser sua, e ser o que você quiser, te deixar fazer o que quiser comigo, desde que esteja comigo...
Querendo dormir ao seu lado, e acordar ao seu lado...
Viver nossas músicas e nossas frases um com o outro...
Viver nossos sonhos, nossos desejos, e vontades...
E, no fim das contas, o que dois jovens podem saber sobre o amor? Mas frases tão poéticas e tão rancorosas, de pessoas tão ranzinzas, não mudam o sentimento que tenho por você. Porque, no fim das contas, cada um ama e deseja no seu individual; não podemos amar um ao outro, não podemos nos desejar juntos. Mas cada um no seu individual sente como é, deseja como é. Você absorveu tão para si tudo que já te falei, que virou eu, e não sobrou você. Quando proponho algo, espero você, e você me dá o que eu falaria. Quando te contei sobre determinadas coisas, a intenção era que fosse um aviso, e não que você virasse eu. Mas tudo bem, não há motivo para chateação. Sempre vivi minha vida da forma como ela está tendendo a ser. A única diferença é que agora tem você. Mas não está sendo diferente, porque você está sendo e agindo como eu agiria. E não estamos arriscando. Não estamos tendo nada diferente. E é isso. Quase pura vitimização, ainda que seja verdade. Por isso, mantenho pra mim. Quem sabe surja um momento em que compartilhar isto não seja vitimização. Ou eu simplesmente possa sucumbir ou matar tudo isto aqui dentro. E voltar a ser o que era. Ou morrer junto com tudo isto.
05 de março de 2018.
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entertainerzm · 5 years ago
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10 YEARS OF ONE DIRECTION
• Imagine songs - (01/06 - 31/07)
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LITTLE THINGS
HARRY’S PDV
Vislumbra-la diante do espelho, pontuando defeitos inexistentes em sua forma física soava-me como uma tortura. Aquela prática comum de minha parceira me fazia desejar que – ao menos por um único dia – ela pudesse se enxergar através de meus olhos.
- Honey. – Anunciei minha presença naquele cômodo. – O que está fazendo?
- Nada demais, H. – Respondeu-me, simplesmente. – O que tem nessa xícara?
Qualquer pessoa teria sido – facilmente – manipulada, por aquele rápido e certeiro desvio de assunto, mas, isso não se aplicava a mim. Não quando eu conhecia tão profundamente todos os medos e inseguranças contidos em seu coração.
- Seu chá. Sua mãe preparou o de erva doce hoje. – Informei, direcionando a ela o objeto fumegante. – Sei muito bem o que você estava fazendo na frente desse espelho, S/N.
- Ei! Do que está querendo me acusar? – Suas bochechas gordinhas adquiriram um tom rubro. – Acabei de sair do banho, estava apenas me arrumando, se é isso que quer saber.
- Sua explicação poderia ser bastante convivente, se eu não te conhecesse como as palmas de minhas mãos, querida.
- O que está querendo insinuar, Styles? – Com os olhos em formato de fenda, S/A caminhava sorrateiramente em minha direção. – Não acredita mais em minhas palavras?
- Sou perfeitamente capaz de reconhecer esse brilho de vulnerabilidade em seu olhar, amor. – Sussurrei, abraçando a frágil garota de um metro e sessenta. – Posso ganhar um beijo?
Agarrei-lhe a cintura, dando a S/N maior sustentação para se manter nas pontas dos pés, enquanto nossos lábios tocavam-se com suavidade e delicadeza, armando uma perfeita trama entre nossas línguas.
Tudo sobre a minha garota a tornava tão singular. Desde os seus toques, até suas palavras; tudo nela compunha um belíssimo conjunto que a tornava única e eu, seu apaixonado admirador.
- Você vai passar a noite comigo? – Questionou, ao quebrarmos nosso contato.
- Bom, eu posso ficar, desde que você esteja disposta a levantar da cama cedo comigo amanhã. – Impus a condição, enquanto meus dedos indicadores tocava-lhe as dobrinhas da barriga, causando-lhe cócegas. – Meu vôo para NY sai às sete da manhã.
- Ah! É verdade. A semana de moda. – Soltou um suspiro desanimado. – Você vai assistir a todos os desfiles?
- O convite para me acompanhar ainda está de pé, baby. – Comuniquei. – Sete dias passam voando. Fica tranquila, amor!
- Não é o tempo que me preocupa. – Sua voz doce soou quase inaudível.
Timidamente, S/A tomou de minhas mãos a imensa xícara, indo de encontro a sua cama de casal, onde tratou de se afundar em meio a dois grossos cobertores.
- Ei, amor. – Chamei sua atenção para mim. – O que foi?
- Não é nada demais, H. – Sua tentativa de persuasão passava longe de ser convincente. – Esquece isso, okay?!
- Você sabe que não vai me convencer a deixar esse assunto morrer, não é mesmo? – Tomei a liberdade de posicionar-me ao seu lado esquerdo. – Vamos, amor, você sabe que pode falar sobre todo e qualquer assunto comigo. Se algo te incomoda, você precisa externar.
O maior desafio encontrado por mim em quase um ano de nosso relacionamento, sem sombra de dúvidas, era estabelecer um diálogo entre nós, quando algo a incomodava. Sempre muito reservada, minha garota tinha o péssimo hábito de guardar para si coisas que a machucavam, sem se importar com as consequências disso a longo prazo.
- Está tudo bem, Harry. Confia em mim, okay?! – Gestos repetitivos davam indício de seu extremo desconforto. – Você sabe que não sou boa com sentimentos. Principalmente, quando tenho que falar a respeito disso.
Embora S/N relutasse em verbalizar os motivos por trás daquele comportamento, algumas possíveis razões formigavam minha mente, deixando-me um tanto cabisbaixo com a possibilidade.
Circulei meus braços em volta de seu corpo, num ato de ternura, buscando passar para ela toda a segurança e amor contidos naquele tímido abraço.
- Eu te amo, querida. – Declarei, depositando um singelo beijo no topo de sua cabeça. – Me sinto tão angustiado todas as vezes em que te vejo se corroendo em silêncio. Você não percebe como isso te adoece?
- Harry, é mais complicado do que parece.
- Então, tente me explicar. – Pedi, gentilmente, enquanto segurava seu queixo e mantinha meu olhar dentro do seu. – Se você tentar, sei que posso compreende-la melhor do que qualquer outra pessoa no mundo.
Sua boca abriu e fechou diversas vezes, como quem procura uma série de palavras boas o suficiente, antes de iniciar seu discurso. Minha habilidade em decifra-la através de pequenas atitudes, me levava a crer que seus fantasmas internos gritavam tão altos quanto sirenes, naquele momento.
- Sabe, Harry. É complicado estar ao seu lado. – Iniciou sua fala, fazendo meu coração apertar dentro do peito. – Tenho a sensação de que nosso relacionamento vai muito além de nós dois. Consegue me entender?
- Você se refere a isso em que sentido, S/A? – O ar parecia entalado em meus pulmões. – Consegue ser mais clara sobre isso, querida?
- Existem tantas coisas que precisam ser ditas. – Disse, bebericando seu chá. – Assumir a posição de sua namorada me faz ficar ansiosa. É muito difícil tomar para mim uma responsabilidade que já foi de pessoas como Kendall, Harry.
Pouco a pouco, sua fala começava a assumir a forma imaginada por mim desde o início. Tudo o que estava acontecendo, mais uma vez, girava em torno de seus sentimentos conflituosos em relação a sua aparência física.
- S/N, isso não faz sentido. Eu...
- Como não, H? - Cortou-me, rapidamente. – Por acaso, em algum momento, você parou para me avaliar de verdade? Olha pra mim, Harry. Como consegue não sentir repulsa?
Por uma fração de segundo, me permiti conjectura-la com olhos cautelosos, dotados de minúcia, dando uma atenção especial a cada setor de seu farto corpo.
Ela não era como as outras mulheres, eu sabia disso. Aliás, sempre soube. Seus atributos, tanto físicos, quanto psicológicos, não correspondiam as expectativas, outrora, criadas por mim. S/N nunca fez questão de esconder, ou mascarar a sua verdade e isso – definitivamente – não era um problema; e nunca seria.
Destoando daquilo que pairava em seus pensamentos, sua forma mais rechonchuda – que contava com dobrinhas no abdômen e coxas mais grossas – assim como, as covinhas alojadas no final de sua espinha dorsal e as ruguinhas formadas em sua expressão a cada novo sorriso, eram coisas que passavam longe de ser classificadas como incômodas, ou prejudiciais para a sua estética. Embora ela não se desse conta deste fato, cada conjunto formado por essas pequenas coisas faziam de S/A a criatura mais doce da face da Terra.
- Querida, você não percebe? – Questionei, com um sorriso torto brincando em meus lábios. – Não existe pessoa no mundo mais ideal para mim do que você. Até mesmo, sua mão tão pequena se encaixa de modo perfeito entre meus dedos. É como se o cara lá de cima te desenhasse exatamente para estar comigo.
- É inevitável não pensar que logo você vai estar entre todas aquelas modelos, com seus corpos esculturais e roupas de grife. Esse é o seu tipo de mulher, Harry. – Algumas lágrimas rolavam por sua face, refletindo a beleza das sardas na maçã de seu rosto. - Aposto que nenhuma delas conhece a sensação de se espremer para entrar em uma calça Jeans.
- Oh, meu amor! – Puxei a mesma, posicionando-a sobre minhas pernas. – Como posso provar a você tudo o que sinto quando estamos juntos? Se você, ao menos pudesse amar a si própria com metade da intensidade do amor que sinto por você, tenho certeza de que essas ideias jamais iriam germinar em seu cérebro, querida.
- Me sinto tão insegura, H. – Seu timbre ressoava sôfrego. – Ainda que eu tenha evitado consumir conteúdo de revistas e jornais de fofoca, volta e meia me pego lendo algo a respeito de nosso namoro. Me dói notar o quanto eles são cruéis, Harry. Me dói na alma, todas as vezes em que sou comparada com alguma das suas ex namoradas. E, sabe qual o motivo do meu sofrimento? É ter a consciência de que não sou nada, perto delas.
Apesar de S/N ser considerada uma pessoa “anônima” por não ter nenhuma carreira diretamente ligada ao meio artístico, minha vida pública a tornava alvo de diversas matérias, sendo estas, muito invasivas e cruéis, em alguns aspectos. Sentia-me extremamente impotente, por não conseguir preserva-la de tudo o ódio gratuito que circulava nesse meio.
- Se você é capaz de ver tudo isso, também consegue enxergar todas as vezes em que fui contra todos para defende-la, não é? – Afaguei sua cintura delicadamente. – Honey, você é a pessoa mais fantástica com quem já me relacionei. Sou incapaz de vislumbrar uma vida sem você nela.
- Hazza, eu...
- Ei, apenas me ouça, okay?! – Concordou com um breve acenar de cabeça. – Geralmente, eu me expresso melhor através da música, mas, preste atenção no que eu vou falar. Tudo em você faz sentido pra mim. Exatamente, tudo, cada pedacinho. E, todas essas pequenas coisas que você costuma odiar em si mesma, são o que mais me atraem em você.
Durante os últimos onze meses e meio, cada decisão de minha vida passou a girar em torno da mulher em meus braços. Da noite, para o dia, cai de amores por cada sistema que fazia parte de sua composição. E agora, mais do que nunca, era necessário que S/N tomasse conhecimento do que eu vinha guardando a algum tempo.
- Você pode até não perceber, S/A, mas, nesse curto período de tempo que estamos juntos, aprendi mais coisas sobre você, do que sei sobre mim mesmo. – Confessei, tomado por uma onda intensa de sinceridade. – Você odeia como sua voz fica em áudios gravados e têm diálogos indecifráveis enquanto dorme. Você não adere ao chá das cinco, porque, só consegue tomar uma única xícara por dia e esta tem que ser antes de dormir. Você nunca quer saber o quanto pesa, por ter medo dos números que serão apresentados no visor da balança. Mas, quer saber de uma coisa? Nada disso é relevante para mim. Eu amo todas essas coisas, S/N/C. Eu te amo por completo.
Num ato impulsivo, tomei seus lábios com urgência, tentando demonstrar através de nosso contato as verdades contidas em minhas palavras. Meu maior desejo naquele momento, era fazer com que ela pudesse se sentir feliz, segura e amparada comigo.
- Eu te amo, H. – Declarou, timidamente, após nosso beijo. – Obrigada por não desistir de mim, apesar de tudo. E, me desculpa por trazer tanta agitação para a sua vida.
- Eu estou aqui por você, amor. Para sempre. – Acariciei-lhe a face com carinho. – Não peça desculpas, querida. Você é perfeita para mim.
May
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viajandoentrelinhas · 5 years ago
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Clichês no desenvolvimento de personagens femininas
O empoderamento feminino e as lutas pelos direitos das mulheres têm influenciado as mais diversas esferas sociais - e o mundo literário não seria diferente. Cada vez mais vemos discussões a respeito de personagens femininas e as problemáticas relacionadas ao seu desenvolvimento nas histórias. Por isso, hoje lhes trago alguns dos clichês mais recorrentes nesse sentido.
Então só vem!
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A mocinha é sempre (muito) ingênua/puritana
Os clichês de desenvolvimento de histórias possuem uma partida em comum: uma mocinha excessivamente ingênua e passiva ao ponto de acreditar em tudo e qualquer coisa. Tudo bem que o objetivo é fazer a personagem evoluir, mas a ingenuidade dessas personagens chega a níveis que não são críveis com a realidade. É como se elas vivessem presas em bolhas cor de rosa sem noção alguma de mundo.
Outra questão que se encaixa nesse tópico é o excesso de puritanismo. Diversas protagonistas chegam a ser tão boazinhas, mas tão boazinhas que irritam. Todos a sua volta a maltratam e pisam nela e, em momento algum, ela tem qualquer tipo de reação, que seja chorar -- e, como se não bastasse, algumas ainda perdoam quem as maltrata ou se negam a ver o que está diante dos olhos.
Poderia citar inúmeros exemplos, porém, a Paulina de A Usurpadora (<3) é o primeiro que vem à cabeça. Ela era tão bondosa que chegou a fazer uma promessa para virar freira caso a Paola voltasse a andar; apenas acordou quando esta ficou completamente louca e revelou os planos malignos -- todavia, isso aconteceu lá no final da novela. Para completar, fizeram um especial chamado Além da Usurpadora, no qual ela acredita ter câncer e, ao invés de contar para família e afins, tenta fazer com que a babá (quem já é interessada no marido dela) tome seu lugar para que ninguém sofra. aff...
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 Eu quando vejo uma mocinha inocente demais.
É claro que o artifício da mocinha inocente pode se encaixar bem no enredo. Até porque, como disse, esse é um dos principais pontos do desenvolvimento de personagens femininas: fazê-las se tornarem mulheres fortes e mais resistentes. O maior problema reside no fato de que essa ingenuidade costuma ser associada com a castidade e bondade em excesso, como se uma mulher mais forte não pudesse ser bondosa nem casta ou uma mocinha não pudesse ter personalidade forte. Um tipo de história no qual essa "mecânica" funciona bem seriam as mocinhas de época, já que em séculos anteriores era comum que elas vivessem apenas para casar e ter filhos (mas nada contra mulheres que escolhem fazer isso por conta própria nos dias de hoje, que fique bem claro). 
Estupro gratuito
Quando escrevemos uma história, por mais fictícia que seja, temos compromisso com aquilo que colocamos no papel/Word, uma vez que podemos influenciar a forma como alguém (ou alguéns) vê o mundo. Dessa maneira, quando colocamos eventos/assuntos delicados dentro do enredo, precisamos saber tratá-los da melhor forma possível para passarmos a mensagem que queremos sem sermos desrespeitosos. 
Infelizmente, nem sempre isso acontece e um dos principais assuntos "vítima" desse descaso é o estupro.
Por si só, o estupro já evoca diversas problemáticas sociais e culturais - todavia, nas histórias, isso nem sempre é abordado. Não é incomum encontrarmos autores renomados que o utilizam como mero artifício para fazer a mocinha evoluir. Não estou aqui para argumentar sobre as capacidades de alguém de superar um trauma (longe de mim); a grande questão é que não existe algo mais profundo a respeito. Ninguém procura ajudar a mocinha como deve, chamar a polícia ou procurar ajuda psicológica (dependendo da época da história, claro). Um estupro causa diversas sequelas na vida de quem o sofre e daqueles ao seu redor.
De maneira geral a problemática se pauta no fato de que, desse jeito, parece que as personagens femininas precisam sofrer um estupro para evoluírem. O principal exemplo é a Sansa Stark, de GOT. Por mais que a história em si se passe num universo grotesco e violento, existem N maneiras de fazer uma personagem na mesma situação chegar ao fundo do poço e depois ascender como uma fênix. Outra personagem que posso citar é Tracy Whitney, de Se Houver Amanhã e Em Busca de um Novo Amanhã do Sidney Sheldon: ela é exatamente como citei e, além de sofrer um estupro por três mulheres na prisão, ainda sofre mais duas tentativas. Como se não bastasse, ela ainda é forçada a se juntar a uma de suas estupradoras para efetuar sua vingança.
Além do estupro, existe ainda a problemática de que as mocinhas precisam ter uma experiência sexual para poderem "acordar" para o mundo. Certa vez li uma fanfic na qual a garota estava destinada para casar com um sujeito lá e era submissa a tudo e todos; então, depois de o sujeito ter relações sexuais com ela de forma escondida dos pais, literalmente no dia seguinte ela passa a tomar atitudes mais reativas diante da opressão que sofria.
O sexo de fato afeta a vida de uma mulher, contudo, não necessariamente significa que sua personalidade vai mudar da água para o vinho de uma vez só.
"Não se vá, não me abandone por favor"
Esse clichê é um pouco menos pior (mas ainda é ruim). Trata-se daquelas mocinhas que são abandonadas por um cara e a) se tornam obcecadas em se vingar dele ou b) se tornam amargas com a vida e saem descontando em tudo e todo mundo.
Obsessão
Não é incomum encontrar mocinhas que, depois de uma desilusão amorosa, acabam colocando como objetivo de vida ir atrás do cara e destruí-lo completamente. Em muitas dessas vezes o sujeito acaba sendo um babaca, como trocar a mocinha por outra por puro interesse (O Plano Perfeito), abandoná-la no momento mais frágil da vida (Se Houver Amanhã), abandoná-la no altar (A Dona), etc; em outras, a situação fica mais grave, com ele literalmente acabando com a vida da mocinha, por exemplo, fugindo com o dinheiro todo dela ou incriminando-a para se safar da cadeia.
No segundo caso, a obsessão da personagem é bem mais crível, afinal, muitas pessoas adoram histórias de personagens que voltam para se vingar de quem os destruiu - eu inclusa. Porém, no primeiro caso, isso fica meio... Nhé. Em O Plano Perfeito, uma garota simples iria se casar com um cara, no entanto, ele a larga para casar com uma ricaça/parente de político e ascender na vida. É uma atitude ridícula? É. Só que a mocinha faz toda sua vida girar em torno disso a ponto de ascender como jornalista apenas para se vingar do cara. Entendem? 
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Como já dizia o filósofo (Créditos)
A grande questão aqui é o fato de a mocinha se empoderar somente após ser abandonada (desconsiderando o segundo caso). Tudo bem que ela pode se sentir motivada a mostrar para o sujeito que a fez sofrer que pode viver bem sem ele e se reinventar, mas passar a vida toda em prol disso é um pouco estranho.
Amarga com a vida
Para esse caso eu tenho outra novela para citar: A Dona (ou Soy tu dueña). Na história, a protagonista Valentina é deixada no altar após uma armação. Então, ela se muda para sua fazenda no interior, onde vira a Dona e passa a mandar e desmandar - entretanto, a personagem em si é um saco. Em boa parte da novela ela é ríspida, rígida e mal educada com os outros porque foi deixada no altar.
Esse tipo de personagem, tanto no caso de homens quanto de mulheres, é muito chato de acompanhar. É o equivalente aos personagens de passado sofrido que fazem coisas erradas apenas por terem sofrido. Como diria uma amiga, fora quem te machucou, ninguém tem culpa de vida ruim dos outros. E o vejo como sendo diferente de personagens que perderam as pessoas que amavam; geralmente nestes casos a tristeza acaba sendo demonstrada como uma forma fechada de encarar o mundo ao invés de rispidez.
Sidney Sheldon
Resolvi abrir este “espaço” porque Sidney Sheldon é definitivamente o mestre em fazer mocinhas de desenvolvimento clichê. Literalmente todos os pontos citados acima estão presentes em suas histórias; as mocinhas sempre irão começar como grandes idiotas (perdão da palavra), que se apaixonam tão cegamente por um cara a ponto de não perceberem que estão doentes -- sim, e isso acontece em ao menos duas das obras que li.  Depois, elas colocam como principal objetivo se vingar desse cara, fazendo das tripas coração para que consigam isso. E aqui, vem um arquétipo que também é bastante comum nas histórias dele: a femme fatale, uma mulher que usa majoritariamente o corpo para seduzir e manipular. 
Em algumas histórias, as protagonistas vão longe a ponto de tentarem matar outras pessoas para ficar com o homem que amam; grandes exemplos são O Outro Lado da Meia Noite e Um Estranho no Espelho. Nestes casos, elas acabam recebendo a devida “punição” pelas atitudes que tomam.
Contudo, o fato de eu colocá-lo como “o mestre” desse tipo de coisa é que 90% das histórias dele seguem o mesmo caminho. Se Houver Amanhã quase seguiu, mas no meio do enredo ele decidiu mudar a história. A continuação dela, Em Busca de Um Novo Amanhã,  é um pouco tediosa e ainda mais desconexa. De qualquer forma, vale a pena para quem quiser conferir -- apenas tenha em mente que verá mocinhas extremamente ingênuas a ponto de irritar e que podem tomar atitudes extremamente questionáveis porque sim.
Finalizando...
É válido falar que esses clichês podem acontecer não só com mulheres, mas, na maioria, acontecem. Não é problema que sejam abordados no seu texto. Apenas tenha certeza de que, quando os fizer, os aborde da maneira mais crível e verossímil possível.
Até a próxima.
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