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O Guarda-Costas - 1992
Trás uma mistura interessante entre os dois protagonistas: Rachel Marron, uma cantora famosa que está sofrendo ameaças anônimas, e Frank Farmer, um guarda-costas experiente que foi contratado para cuidar da sua segurança. Logo que são apresentados existe grande resistência da parte de ambos em querer ficar perto um do outro, Rachel demonstra desde o inicio que está acostumada a ter o que quer, ela dedicou sua vida ao trabalho e além de seu talento essa é a razão do seu sucesso. Até ai não há nada de errado em tomar suas próprias decisões ou ter ambição de crescer na vida, mas é natural que uma mulher que se dedica quase que inteiramente ao trabalho acabe permanecendo em sua energia masculina, ainda mais se ela não tiver conhecimento sobre o assunto. Vemos um exemplo disso na forma como ela trata Frank, dando ordens e resistindo caprichosamente à liderança dele, o guarda-costas por outro lado permanece focado apenas em mantê-la a salvo, atento a tudo o que acontece ao seu redor, ele está preparado para antecipar qualquer situação de risco, características de um homem alinhado com seu masculino. Tudo isso é comprovado quando o primeiro incidente acontece em uma boate, da qual ele a resgata com facilidade, até a maneira como lida com a equipe de Rachel, quando tentam confrontá-lo por agir sozinho, deixa claro que ele sabe o que está fazendo. Frank demonstra através de seu comportamento reservado e observador, que um homem que age na hora certa tem a capacidade de apresentar um perigo muito maior do que aqueles que apenas falam, mas que na hora certa não agem. Ou seja, a atitude faz o homem, não as palavras. Em outra conversa entre Rachel e Frank ele deixa claro que faz parte de seu trabalho estar disposto a morrer por ela, o que além de surpreendê-la também revela seu nível de comprometimento e hombridade.
Mais adiante ambos se envolvem romanticamente, mas somente após algumas investidas bem diretas por parte da cantora, já que o guarda-costas tem conflito com seu lado profissional, o que não o detém por muito tempo já que também tem interesse nela. Em um determinado momento Rachel acaba dizendo: "eu nunca me senti tão segura, ninguém poderia passar por você", uma expressão bastante feminina, que mostra a admiração e confiança que ela tem na força e habilidade do homem ao seu lado. Mas sua fala não é o suficiente diante da postura que a cantora vem tendo, já que na manhã seguinte Frank age com distanciamento, assumindo que não quer misturar trabalho e vida pessoal, uma vez que ele é responsável por protegê-la, acrescento que a decisão dele teve influência da energia masculina de Rachel.
Desde o inicio ela investiu em Frank, demonstrando abertamente que estava disponível para ele, bastava ele querer, o que não despertou o instinto de conquista do homem, Rachel se sente destratada por ele, mas não entende que ela mesma foi quem se desvalorizou. Rachel não reage bem a rejeição, tendo impulsos de chamar a atenção através de gestos mimados, apenas para causar ciúmes, demonstrando sua necessidade de aprovação e de ser desejada, evidenciando sua carência e até mesmo falta de autoestima, seu comportamento representa uma sombra feminina, tanto que no final ela se sente mal com ela mesma por causa disso. Enquanto isso Frank recebe a abordagem de outra mulher, que diz: "eu venho te observando a noite toda do outro lado da sala", ao ele responde: "então volta pra lá e continua olhando". Essa cena entrega seu grau de integridade ao não dar abertura para uma desconhecida, mesmo não mantendo nenhum tipo de envolvimento com Rachel, ele havia acabado de se relacionar com ela e permanecia interessado. A cantora ainda mantém uma atitude ruim com Frank por mais um tempo, até ele decidir que não irá mais trabalhar para ela, tudo isso acontece justo quando Rachel volta a ser ameaçada, o medo que ela sente a faz assumir uma postura humilde e vulnerável: "eu preciso de você, eu estou com medo". E se engana quem pensa que isso é uma fraqueza, pois ao expor uma necessidade verdadeira para Frank ela não só volta para o seu feminino, como também se aproxima dele novamente e faz com que ele aceite ficar. "Eu vou fazer o que você quiser", finalmente ela se submente a sua liderança - é importante ressaltar que isso só acontece por que ela confia sua vida à capacidade que ele provou ter de protegê-la, do contrário não seria assim. No fim Frank realmente arrisca sua vida por Rachel. Um homem verdadeiramente masculino tem instinto de dar tudo de si por aqueles que são essenciais em sua vida. Fica a incógnita se eles terminam juntos ou não, afinal os dois tem propósitos muito diferentes e para um relacionamento de longo prazo dar certo este é um fator importante para se ter em comum.
OBS. Essa dinâmica de artista famosa e guarda-costas funciona muito bem para representar o feminino e o masculino, pois a proteção masculina dá suporte e estabilidade para que o feminino transborde sua luz para o mundo. Apesar de Rachel trazer à tona mais o lado sombra do feminino, o filme representa bem o masculino sadio e por isso merece ser citado. (@feminilidade)
nota:⭐⭐⭐⭐
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A Lenda de Tarzan - 2016 Pode parecer apenas mais uma história onde o herói salva a mocinha em perigo, mas do meu ponto de vista esta versão cinematográfica do clássico A Lenda de Tarzan vai muito além e me encanta pelas nuances do relacionamento de Jane e John Clayton (Tarzan), que mesmo trilhando jornadas separadas boa parte do filme ainda permanecem conectados um ao outro. A começar pela forma como Jane é crente da capacidade de seu marido de enfrentar qualquer desafio para tê-la de volta, mesmo quando ela se vê diante do pior cenário possível, demonstra o tamanho da sua fé em sua própria escolha de parceiro, aquele com quem decidiu dividir a vida, porque ele conquistou e se tornou merecedor da sua confiança. Me faz lembrar de uma frase que ouvi de um mentor: devemos escolher para ter ao nosso lado alguém com quem iriamos para a guerra, pois a nossa vida depende dessa escolha. Se formos analisar, o futuro de um relacionamento depende dos valores e objetivos compartilhados entre o casal estarem alinhados, para que a família prospere diante das dificuldades. Outro trecho do filme que representa a potência da união entre os protagonistas é quando o sequestrador de Jane fala sobre a selvageria de Tarzan o perturbar, mas que se sente fascinado pelo espírito selvagem de Jane, que por ser uma dama da sociedade não é uma característica que se espere dela, reforçando a ideia de que ela e o marido parecem ser feitos do mesmo material. Aqui temos dois pontos que são bem interessantes, o primeiro é que um casal realmente acaba se tornando muito parecido um com o outro - quanto maior for o tempo que estiverem juntos. Isso acontece porque as características que uniu a ambos são reforçadas com a proximidade, mas veja bem, essas características já existiam individualmente, elas já estavam lá antes de se encontrarem. Jane, apesar de ser inglesa e ter uma educação refinada, nesta versão do filme viveu boa parte da sua vida em uma tribo africana no Congo, inclusive no inicio da história ela se refere ao país como seu verdadeiro lar ao invés de Londres, o que nos leva ao segundo ponto onde ser uma mulher feminina, delicada e elegante, não significa não ter garra, coragem e até mesmo força de se manter fiel a si mesma e ao que acredita, qualidades que a personagem tem de sobra. E é claro que ter um personagem masculino cheio de virilidade, capaz de se sacrificar para proteger aos seus, profundamente atraído por sua parceira, com determinação de sobra para fazer o que precisa, nem que para isso tenha que mover o mundo inteiro, pois agir de maneira contrária não condiz com seu caráter, é simplesmente a cereja do bolo.
(@feminilidade) nota: ⭐⭐⭐⭐⭐
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