#transicidade
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seasickpoetry · 6 years ago
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[abertura]
uma cidade não-nascida como escultura e não moldada pelas mãos mas sim pelo ocaso ocaso como intransponível barreira de edificações. de futuros. antes de posto de troca, passaram grupos tupi e bugres, magia transição de tempos e climas - encruzilhada na existência, ali nasceu, cresceu e não ficou ninguém. só restou.
cá só existem caminhos e só passagem início do fim dos mares de morros; grande barreira com o Paraná; Sul mais ao Sul possível inclusive do Sul o repositório de um imenso contingente escravizado na expansão cafeicultora a derrota da humanidade &
sangue brota do chão amaldiçoado construindo igrejas de terra, muros de argila, fazendas, pedras e vão e caminham e passam por Itapeva as Tropas levando bois e eras passadas e passam boiadas e convivem fantasmas levantando poeira, sempre andando, sempre por tempos que se desconectam mensagens caminhões & turistas Que nunca param, nunca, rios encanados ou não Na noite que fumega na brisa que afasta e na roupagem colonial se escondem
pessoas que prometem nunca mais voltar. Mas descumprem.
Cobra alaga e alarga e se move cabisbaixa da igreja: fluem todas as narrativas para o fundo, vazam histórias como num ralo o corpo da cobra o cano que desce pela praça do green, via crucis noturna, difícil sair dali, difícil não sentir o que acontece difícil não pensar e sair e não entender pois o céu é estrada e todo rolê é um ensaio sobre a formação e a implosão de faxina todo rolê refaz de caminho a vilarejo de vilarejo a bairro de bairro a cidade de cidade a cidade.. e daí para o fim Onde
parece escoar parece Onde crescem os causos que fogem o centro esquisito de nada parece O berço da nossa corrida para o oeste, alísios vestígios de história pingadas tornou-se Pedra Chata onde nasceu um povo no esvaziamento e no caminho como um chocalho de serpente balançando ao fundo e acena no cemitério o destino daqueles que se apegaram à terra todos que estão, até os mortos, o fazem desconfiados, sabidos, de rito e de passagem uma história sobre a transicidade;
{Esse é um projeto sobre a formação da cidade de Itapeva. Quero capturar seu caráter transicional e sua encruzilhada e seu vento e etc e tal e o objetivo é ter qualquer objetivo quanto a compreensão do seu formato, complexo cultural, suas produções seus destinos. Todos. Cidade de caminhos, onde se cruzam, para onde volta e para onde vai, eu quero é saber se você quer ler mais sobre ou me ajudar. Entre em contato.}
Pintura: Debret (Itapeva da Faxina) Mapas: Google maps e Caminho das Tropas (Wikipedia) Foto: Felipe Johnson Inspiração: Relato poético/geográfico (Marcelo Labes); Narrativas, intercruzamento, magia (Alan Moore e Neil Gaiman); Realismo Fantástico (Gabriel García Márquez)
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jmjln · 3 years ago
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Se vai ler isso agora, devo avisar: não há métrica, não há rima. Isso sou eu, isso é minha mente gritando. Meus átomos fervilhando.
Obrigado Nando Reis e Samuel Rosa, esse é o resultado de uma madrugada preso em seus vídeos!
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É isso. Eu sou isso. Um eterno romântico, completamente apaixonado.
Realmente, eu posso ser o vento, o raio, trovão, rio e infinito. A transicidade de quem sou, quem sinto que sou e quem aparento ser.
E assim, totalmente intenso e sem rédea nenhuma eu fico pensando em você. E pensar em você é torturante e completamente mágico, pensar em você é o que põe meu corpo no mais alto céu e minha cabeça firme na terra.
Tu, mulher, tem o poder de me fazer sentir as ondas que fluem de mim, como infinitos rios no imenso universo. Eu sou poeta, cartunista, cantor, jornalista, criador e posso até ser um homem completo. Mas junto de ti, quando tu abre a boca, eu sou só eu.
Tu me faz sentir uma explosão no peito nas noites em que fico sozinho no quarto, no raiar da lua, na fria madrugada, enquanto ouço Skank e anseio para pegar meu violão e aparecer na tua porta, Sutilmente, cantando Dois Rios, esperando tua Resposta.
Você me faz ser Lô Borges, Nando Reis, Renato Russo, Samuel Rosa e Chorão. Quando me esquece, me sinto imerso num acústico do Kid Abelha, sozinho, escutando Como Eu Quero.
Não me faz citar todos os grandes nomes da música brasileira, pois tu já me faz ser todos os eles no meu peito, cantando para ti.
Não quero que venha até em mim em sonhos, quando acordo de madrugada e me frusto por estar sozinho.
E para ser sincero me irrita muito que não importa o quanto escreva sobre você, nunca consigo ser tão direto e manter as rimas que tanto prezo.
E esses mil acasos que me arrastam para você... E deixam a sensação de que tô sozinho nisso tudo, me fazendo tapar a boca, me contentando com pouco, achando que você já está acompanhada na sua dança cósmica.
Que medo horrível de um não mesmo quando não estou atrás de um sim.
Quem é você? Como você consegue?
Como pode sem fazer nada, sem mover um dedo, criar os mundos que eu gasto horas para significar, que me imergem.
Meu Deus que mulher é essa, então essas são tuas criações? Realmente, é divino. O homem não teria o poder de fazê-la.
Só queria te chamar de linda, esperando o sorriso de volta.
Ah, que doce loucura. Então esse são os efeitos do quase amor, da notória paixão. Esses são os efeitos que talvez nunca te fale diretamente.
Só queria dizer que te amo. Além do que devia, além do meu controle.
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