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vidabytoejully · 8 years ago

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É PRECISO CONHECER O INIMIGO

VIDA EAGLE, JÚLIA NAGUMO

Coruscant, Coruscant Paradise, Homeollus Street 5689 - D

Vida não sabe ao certo o que esperar quando entra em Coruscant, mas nada está diferente e por isso não se sentiu no direito de ter grandes emoções, embora fosse surpreendente que não houveram mais ataques ao planeta desde Novembro do ano passado, quando Caezar foi morto.

A grande verdade era que Vida realmente gostara da ideia de estar alí, porque enjoara do pântano lodoso de Dagobah. Óbvio que se sentiu excluída de todos, mas pra ela foi mais intenso. Dagobah era o planeta mais afastado da Orla Média, tinha que viajar cerca de três horas no hiperespaço para começar a ver outros planetas. Sem falar na demora que Vida teve para encontrar a colônia que Kamino tinha estabelecido naquele planeta.

Quando fora mandada para Dagobah, não sabia que o planeta era mais desagradável ainda do que já comentavam com ela antes de partir. Uma espécie de “boa sorte” extremamente desencorajadora.

Centenas de anos antes da Primeira Guerra entre os Cinco Irmãos, o Jedi Minch lutou e matou Bpfasshi, o Jedi Negro neste planeta inexplorado. As energias do Jedi Negro foram absorvidas em seus arredores, contaminando a terra com seu lado sombrio.

O planeta ainda raramente aparecia em gráficos astrográficos e foi descoberto e re-sondado várias vezes. O primeiro levantamento oficial da República Galática sobre Dagobah ocorreu em 39ABY. Uma equipe de exploradores de Alderaan foi e ficou presa lá, e foram devorados por animais selvagens enquanto uma pré-expedição das Guerras Clônicas foi forçada a recorrer ao canabalismo.

No início de 22 ABY, pouco antes da eclosão das Guerras Clônicas, uma equipe de investigação da República em Halka Four-Den estava estacionada em Dagobah para pesquisar sobre a flora e fauna nativas. Da mesma avaliação inicial, a equipe concluiu que Dagobah estava rastejando com uma incrível diversidade de vida, e fez anotações para recomendar Dagobah para pesquisas mais amplas, dados os avanços prováveis em genética e medicina que mesmo algumas das suas formas de vida iriam causar. Infelizmente, Halka Four-Den e sua equipe de pesquisa morreu em Dagobah antes que pudessem ser recuperados. Provavelmente devido ao surto das Guerras Clônicas, os seus sinais de socorro foram ignoradas até que fosse tarde demais. Os poucos sobreviventes foram obrigados a criar seus filhos como canibais.

Com a eclosão das Guerras Clônicas, o Mestre Jedi Yoda foi rápido para recordar ao Mestre Obi-Wan Kenobi a busca por Kamino, um planeta perdido além da Orla Exterior. Ele sabia que se Kamino foi excluído do Arquivos Jedi, outros tais planetas deveriam existir. Ele descobriu 37 tais mundos, Dagobah era um deles. Ele passou por este, mas não antes de considerá-lo como um refúgio. Dagobah foi anexado à Confederação de Sistemas Independentes durante este conflito.

E Vida só foi descobrir tudo isso com o tempo que passou lá, conversando com o General Jhordunnius, um primo distante do Imperador Donnus. Dagobah foi uma experiência horrenda para ela, e ela não teve vergonha de admitir que sentia inveja de alguns de seus colegas, como Júlia por exemplo, que ficou em Naboo vivendo como uma princesinha bla bla bla.

Mas agora sua realidade era outra. Estava indo se hospedar em um hotel cinco estrelas para ter uma reunião com todos os Pronterianos. Finalmente veria Near e mal conseguia disfarçar a alegria que sentia. A saudade transbordava dentro dela, e cuidou para que ficasse bonita, afinal, seja lá qual foi a impressão que Prontera teve dessa garota durante todos esses anos, Vida queria muda-la. Queria mostrar ser forte, mostrar ser poderosa. Era tão forte quanto Júlia e Emily já fora um dia. Até um pouco mais forte do que elas. Estava na hora de mostrar que voltou para ganhar essa guerra.

A saudade que sentia de Semag também não era nada pequena. Por mais que fosse difícil pra ela admitir, de vez em quando ela sentia falta dele dizendo coisas obvias que ela devia fazer, como um avô chato que pegasse demais no pé dela, mas tivesse a mesma intimidade de um pai.

- Quarto 401. Meu nome é Vida Eagle.

Vida passou o documento para a recepcionista. Passou tanto tempo fantasiando os horrores que passou em Dagobah e quão maravilhoso ia ser rever seus colegas, que nem sequer percebeu que andou bastante até o Coruscant Paradise, local onde encontraria a todos. Já deviam ter chegado na verdade.

- Obrigado, senhora Eagle. – Disse a recepcionista devolvendo o documento para ela. – Peço desculpas pela inconveniência, mas teremos que fazer algumas perguntas de segurança e esperamos que as responda com total coerência e exatidão. São medidas de segurança novas. Ordens de Etiel.

- Não vejo problemas, em responder algumas perguntas. Não estou com pressa. – Disse Vida tentando imitar o tom formal da recepcionista, mas parecendo um pouco assustadora, já que ela arregalava os olhos e balançava a cabeça demais.

A moça não esboçou nenhuma reação. Apenas pegou um papel que se encontrava embaixo da tela hologramatica do computador e leu em voz alta: - Qual o nome verdadeiro do detetive Near?

- Nate River.

Essa era fácil. Nunca Near declarou o verdadeiro nome em público e até tinha um RG oficial com o nome Near ao invés de Nate.

- Qual era o quarto de Hashirama no Dormitório em Prontera?

- Quarto número 2.

- Qual era o nome da funcionária doméstica eletrônica do Dormitório em Prontera?

- Alice Parker.

- O quarto 401 fica no quarto andar à esquerda do elevador. Curta sua hospedagem. Akira chegou aqui mais cedo e já pegou a chave. Está no quarto esperando você.

- Obrigada.

- Seja bem vinda ao Coruscant Paradise.

Vida se vira para cruzar o grande saguão, em direção ao elevador e se impressiona em como o Hotel �� belo e organizado. Tudo parecia funcionar ao mesmo tempo em uma praticidade incrível. Tanto funcionários como hóspedes, pareciam sintonizados e ensaiados. Todos usavam o mesmo sorriso na cara, com um aspecto gentil e paciente. Era até um pouco assustador.

Talvez isso até parecesse assustador pra alguém que passou doze longos meses em Dagobah, mas não para Vida. Ela não deixara de sonhar com o conforto das cidades grandes durante o tempo que passou por lá. Os hotéis luxuosos, os cômodos confortáveis e modernos de Kanaban.

Quando o elevador chegou, deu de cara com Júlia, saindo. O cabelo dela não estava cheio de tinta, como Vida costumava encontrar a colega. Estava usando um belo vestido branco com flores amarelas estampadas e uma tiara branca segurando seu cabelo. Estava linda. Isso sempre incomodou Vida, mas por uma algum motivo, Vida não conseguia detestar aquele momento.

- Ah Júlia! – disse Vida se adiantando um abraço.

A colega obviamente estranhava o comportamento de Vida, mas não hesitou em corresponder o afeto. É estranho o que doze meses afastados podiam fazer com alguns corações. Era por momentos como esse que Júlia se convencia de que ela, na verdade não era odiada.

- Eu já estou subindo, só vou lá fora um pouco para checar o motivo de Hashirama estar demorando tanto.

- Ué vocês não estavam juntos no Chalé das Contas?

- Estávamos mas tivemos complicações na vinda. Não podíamos entrar juntos por questão de segurança. Tivemos que responder as perguntas separadamente. Eu já subo. – Disse Júlia passando direto por Vida tentando evitar mais perguntas que a colega com certeza faria.

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