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A jornada do herói
1. O mundo comum É a ambientação inicial, que mostra quem é o personagem, como e onde ele vive, com quem se relaciona e como sua vida poderia ser monótona e bem parecida com a vida de qualquer outra pessoa comum.
Aqui, a natureza do personagem é exibida, assim como suas qualidades e defeitos, forças e fraquezas, e demais detalhes capazes de fazer com que o público encontre pontos de identificação com ele.
2. O chamado à aventura A aventura começa quando o personagem se depara com o conflito, com o chamado para uma missão que o tira do seu mundinho comum, da sua zona de conforto. Não necessariamente precisa ser algo dramático como a morte — basta que seja um desafio que o obrigue a experimentar coisas novas.
Esse desafio está relacionado a coisas importantes para ele, como a manutenção da sua própria segurança ou da sua família, a preservação da comunidade onde vive, o destino da sua vida, ou qualquer outra coisa que ele queira muito conquistar ou manter.
3. Recusa do chamado Diante de um grande desafio, é natural que surjam os medos, hesitações e muitos conflitos interiores. Por isso, em um primeiro momento, o personagem recusa o chamado que recebeu e tenta convencer a si mesmo de que não se importa com aquilo.
Mesmo que surja algum tipo de ansiedade para realizar a missão que recebeu, ele compara a segurança e conforto do seu lar com os caminhos tortuosos que poderá encontrar à sua frente e, consequentemente, prefere se manter onde está. Porém, o conflito não deixa de incomodá-lo.
4. Encontro com o mentor Diante do impasse em que se encontra, o nosso herói precisa de um empurrãozinho. É chegada a hora de ele encontrar seu mentor, que dará a ele o que for necessário para que ele enfrente o desafio que foi proposto.
Nesse ponto, é possível incluir até mesmo algum tipo de força sobrenatural, que dá ao personagem um objeto, um treinamento, conselhos, poderes ou qualquer outra coisa que faça com que ele encontre a autoconfiança necessária para resolver o seu conflito e aceitar o desafio.
5. A travessia do primeiro limiar Finalmente, chegou o momento em que o nosso herói está pronto para cruzar o limite entre o mundo que ele conhece e com o qual está acostumado e o mundo novo para o qual ele deve ir.
Esse mundo não precisa ser um local físico, de fato, e sim algo desconhecido pelo personagem. Pode ser, por exemplo, a descoberta de um segredo, a aquisição de uma nova habilidade, ou até mesmo a mudança de lugar propriamente dita.
6. Provas, aliados e inimigos Agora que o herói colocou o pé na estrada rumo ao seu objetivo maior, ele começa a se deparar com diversos desafios menores, contratempos e obstáculos que, gradativamente, vão testando suas habilidades e deixando-o mais preparado para as maiores provações que ainda estão por vir.
Aqui, é mostrada uma visão mais profunda do personagem e sua capacidade de descobrir quem são as pessoas com quem pode contar e quem são as que desejam prejudicar sua jornada, ou seja, seus aliados e inimigos. Nesse ponto, a identificação com o público se torna ainda maior.
7. Aproximação da caverna secreta Sabe o recuo do mar antes do Tsunami? É nesse ponto que chegou o nosso herói. Aqui, ele faz uma espécie de pausa, se recolhe em um esconderijo — interior ou não — e retorna aos seus questionamentos iniciais e ao enfrentamento dos medos que o impediam de iniciar sua jornada.
Quando não há o conflito interior, ainda assim, essa pausa é necessária para mostrar ao público a magnitude do desafio que está por vir e, então, esse recuo é utilizado para que o nosso herói se prepare melhor para ele.
8. A provação A provação é uma espécie de morte pela qual o nosso herói precisa passar para cumprir o seu destino. Para isso, ele passará por um teste físico de extrema dificuldade, enfrentará um inimigo letal ou passará por um conflito interior mortal.
Seja qual for a prova, para que ele seja capaz de enfrentá-la, precisará reunir todos os conhecimentos e experiências adquiridos durante a sua jornada até aquele momento. Essa provação tem um significado de transformação e, por isso, é comparada com a morte e ressurreição para uma nova vida.
9. A recompensa Depois que o nosso herói já passou por diversos desafios, como derrotar o inimigo e sobreviver à morte, ele merece uma recompensa, você não acha?
Essa recompensa simboliza a sua transformação em uma pessoa mais forte e pode ser representada por um objeto de grande valor, a reconciliação com alguém querido, um novo conhecimento ou habilidade, um tesouro ou o que mais a imaginação do autor permitir.
Metaforicamente, essa conquista é representada pela força do nosso herói para arrancar a espada da vitória enterrada em uma pedra. Mas vale lembrar: ele não deve se demorar muito em suas comemorações, pois sua jornada ainda não chegou ao fim. Ele precisa voltar para o ponto de onde veio como um vitorioso.
10. O caminho de volta O caminho de volta para casa não oferece tantos perigos, mas sim um momento de reflexão, em que o nosso herói poderá ser exposto à necessidade de uma escolha entre a realização de um objetivo pessoal ou um bem coletivo maior.
De qualquer modo, a sensação de perigo iminente é substituída pelo sentimento de missão cumprida, de absolvição e de perdão, ou aceitação e reconhecimento pelos demais.
11. A ressurreição Aqui é o ponto mais alto da história. É aquela última batalha em que o inimigo ressurge quando mais ninguém esperava por isso, nem mesmo o nosso herói. Esse desafio é algo que vai muito além da vida dele, representando perigo para as pessoas à sua volta, sua comunidade, família, enfim, seu mundo comum. Se ele perder, todos sofrem.
É nesse ponto que ele destrói o inimigo definitivamente — ou não — e pode, de fato, renascer para uma nova vida, totalmente transformada para todos.
12. O retorno com o elixir Chegou o momento do reconhecimento efetivo do nosso herói. A chegada ao seu local de origem simboliza o seu sucesso, conquista e mudança. Aqueles que nunca acreditaram nele ou mesmo os que tentaram prejudicá-lo serão punidos, além de ficar muito claro para todos que as coisas nunca mais serão as mesmas por ali.
Referência: https://comunidade.rockcontent.com/jornada-do-heroi/
Exemplo de histórias que usam a jornada do herói:
Harry Potter Senhor dos Anéis Percy Jackson Moana
Link de apoio
https://www.storyboardthat.com/pt/articles/e/jornada-her%C3%B3ica
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Dicas para escrever um poema
1. Tenha um objetivo em mente
O primeiro passo para escrever um bom poema é ter um objetivo. Afinal, sem um destino, você não pode chegar a lugar algum.
A poesia é uma linguagem concisa e, como qualquer obra literária ou projeto em geral, é uma boa ideia você saber onde quer chegar. Caso contrário, suas palavras serão vagas.
Para ajudar nesta tarefa, pense no que você quer que o seu poema “faça”. Que tipo de reação você quer causar no leitor? Há algo em específico que você queira descrever? As respostas podem ser diversas. Por exemplo: “descrever uma experiência pessoal”, “protestar contra injustiças da sociedade”, “exaltar a beleza da natureza”, “provocar desconforto no leitor”.
Escolha um objetivo principal e guarde-o com você. Esse será o elemento central do seu poema.
2. Expresse o seu tema
Muito bem, você tem um objetivo, um elemento principal. Já está próximo de ter um tema definido para o seu poema. Um tema pode ser considerado a combinação de uma ideia com uma opinião. Por exemplo, o “amor” não é um tema por si só. “Amor é sofrimento”, por sua vez, já pode ser considerado um tema, ainda que um pouco pessimista.
O tema é uma afirmação. Uma ideia sobre um assunto. E, muitas vezes, podemos inclusive observar temas que persistem por movimentos literários inteiros. No romantismo britânico, por exemplo, havia o tema recorrente de como o homem se desconecta da natureza na vida adulta e que a literatura poderia ser o elo perdido. Esse tema caracterizava o movimento e trazia beleza e significado para os poemas. Ele era uma expressão da angústia pessoal dos poetas que transpassava até os leitores. Em outras palavras, o tema torna a poesia mais tangível, fortalecendo a conexão com o leitor.
Torne o seu objetivo em um tema e expresse suas ideias. Valerá a pena.
3. Estimule todos os sentidos
A poesia é muito mais do que texto, palavras. Ela deve estimular cada sentido do corpo humano. Visão, audição, olfato, toque, paladar e também o que vai além, como a nossa intuição e a maneira como absorvemos a realidade em constante movimento como um todo.
A beleza da literatura está justamente na capacidade de levar o leitor para outro lugar, onde cada sentido estará aguçado e nossa percepção estará voltada para os dilemas e conflitos levantados na obra.
Para provocar esse efeito no leitor, você deve escrever de maneira muito visual, imagética. Explore o cenário, explore os movimentos, explore os sons, os cheiros, cada elemento que leva o leitor até seu poema.
4. Use figuras de linguagem
As figuras de linguagem existem para enriquecer o idioma e tornar a nossa comunicação ainda mais vívida. Nada melhor do que usá-las na poesia, não é mesmo?
Um destaque especial vai para as comparações e metáforas. Isto é, quando afirmamos que algo ou alguém é parecido com outro ou quando substituímos um termo por outro a fim de provocar essa comparação, respectivamente.
Por exemplo, “meu pensamento é um rio subterrâneo” é uma metáfora. No caso, o pensamento não pode ser um rio subterrâneo, mas há semelhanças, como o fluxo de consciência que se assemelha ao fluxo constante do rio e a individualidade dos pensamentos, que não podem ser ouvidos por mais ninguém, assim como o rio não pode ser visto.
Quando usadas sabiamente, as figuras de linguagem podem enriquecer o poema ao tornar tudo menos óbvio e instigar o pensamento crítico do leitor, que possivelmente precisará refletir para compreender as semelhanças que validam determinadas metáforas, por exemplo.
5. Tome cuidado com as rimas
Infelizmente, rimar com excelência não é tão fácil quanto parece. Se não tomarmos cuidado, nossas rimas parecerão dignas de uma música infantil. No geral, não é bem esse o efeito que os poetas querem causar.
Logo, apesar das aventuras com rimas serem necessárias para o desenvolvimento de um poeta, recomendamos que, pelo menos no começo, você evite usar rimas demais. Vá com calma. Experimente o verso livre e, aos poucos, implemente elementos formais complexos na sua poesia.
Nas mãos de um poeta iniciante, existem elementos mais importantes do que a rima e a métrica. Foque nas palavras que escolhe, na mensagem que transmite, nos temas. E, então, conforme ganhar experiência, experimente rimas novas.
6. Revise sua poesia
Como toda obra literária, a poesia também precisa ser revisada. Talvez até mais do que a prosa, afinal, na poesia, cada palavrinha deve cumprir um papel específico no texto. Cada elemento deve ser essencial, até a última vírgula.
Assim como ao editar o próprio livro, recomendamos que você tome certas medidas antes de revisar. A primeira é deixar o poema de lado por uns tempos. Esqueça dele e, então, o revise com novos olhos e ouvidos, como se nunca o tivesse lido antes.
Leia em voz alta. Grave o poema e corrija. Mude sua experiência o máximo possível e não tenha medo de reescrever, mas sempre anotando as modificações sem descartar as versões anteriores.
Referência:
https://bibliomundi.com/blog/escrevendo-um-poema-em-10-passos/
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Textos narrativos
Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço.
Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos.
Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula.
Estrutura da Narrativa
Apresentação: também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do texto apresenta os personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a trama.
Desenvolvimento: aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas ações dos personagens.
Clímax: parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o momento mais emocionante da narrativa.
Desfecho: também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final da narrativa, onde a partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo desenvolvidos.
Elementos da Narrativa
Narrador: é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador, narrador personagem e narrador onisciente.
Enredo: trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear e enredo não linear.
Personagens: são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em: personagens principais (protagonista e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).
Tempo: está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.
Espaço: local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente psicológico ou ambiente social.
Tipos de Narrador
Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a “voz textual” da narração, sendo classificados em:
Narrador Personagem: a história é narrada e 1ª pessoa onde o narrador é um personagem e participa das ações.
Narrador Observador: narrador em 3ª pessoa, esse tipo de narrador conhece os fatos porém, não participa da ação.
Narrador Onisciente: esse narrador conhece todos os personagens e a trama. Nesse caso, a história é narrada em 3ª pessoa. No entanto, quando apresenta fluxo de pensamentos dos personagens, ela é narrada em 1ª pessoa.
Tipos de Discurso Narrativo
Discurso Direto: no discurso direto, a própria personagem fala.
Discurso Indireto: no discurso indireto o narrador interfere na fala da personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não aparece a fala da personagem.
Discurso Indireto Livre: no discurso indireto livre há intervenções do narrador e das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso direto com o indireto
Referências: https://www.todamateria.com.br/texto-narrativo/#:~:text=Texto%20narrativo%20%C3%A9%20um%20tipo,%2C%20conto%2C%20cr%C3%B4nica%20e%20f%C3%A1bula.
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