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Resenha do romance “Até que as Ondas Percam o Sal”
Tema de infinitas variações, a viagem habita a literatura e a alimenta com suas nuances: a sátira, com Swift; a aventura, com Defoe; a obsessão, com Melville. Moisés em busca da Terra Prometida estabelece os alicerces do modo hebreu de ver o mundo, Odisseu ajuda a compor o grego, a “Divina Comédia”, de Dante, e “O Peregrino”, de Bunyan, exemplificam a vida cristã como uma travessia. Conrad e Joyce, no século XX, transpõem, ou talvez enfatizem, o plano interior em que se processa a viagem — o coração das trevas, o coração atormentado de um homem durante suas perambulações em Dublin.
“Até que as ondas percam o sal”, estreia no romance do paulista radicado no Sul Danilo de Albuquerque, é também um livro cujo tema é a viagem, em um sentido bastante especial. Trata-se de uma obra em que a viagem interior, de autoconhecimento, ascese ou construção de um novo significado para a vida estabelece ponto a ponto uma correspondência com a novidade do espaço exterior — a exuberância natural da Praia do Bonete, em Ilhabela, São Paulo. “Gaúcho”, o protagonista, homem de obscura história pessoal, vivendo no limite entre a cordialidade e o distanciamento com os caiçaras, propõe não apenas às personagens que o rodeiam, mas ao próprio leitor, mais de uma interrogação: sua origem, os motivos de sua chegada e a motivação obsessiva em eludir o passado são os mistérios a ser desvendados no correr das páginas. Por sua vez, o narrador em terceira pessoa lança aos que se embrenham na trama de Albuquerque a experiência do estranhamento e a concretude da experiência do encontro com uma nova realidade; para o leitor urbano, uma experiência quase física de contato com a Mata Atlântica. Isso não pode ser conseguido de outra maneira que não por meio de um sério trabalho com a língua. Danilo de Albuquerque, não sendo poeta, recorre à poesia e todo seu arsenal de fusões, contrações, comparações, aproximações insólitas para tirar árvores, bichos e águas do reino sem sabor da abstração. O começo do livro não é simplesmente o começo da história: é a abrupta imersão do leitor em um cenário vivo.
As descrições, aliás, têm um grande papel em “Até que as ondas Percam o Sal”. Longe de servir como artifício retórico para a composição do espaço, elas são, por assim dizer, orgânicas, ligando-se à trama e, principalmente ao tempo da narrativa.
Pois o tempo é também, como o leitor constatará, uma das personagens do romance. O passado, o presente, a permanência ou a impermanência no futuro se entrelaçam aos dramas de Gaúcho e de Morgana — esta figura feminina magnificamente esculpida no texto, cujo papel na trama não pode ser aqui aprofundado sem subtrair o prazer das surpresas durante a leitura.
É o tempo da narrativa, agora elemento estrutural, ligado às descrições, sejam estáticas, sejam dinâmicas, que exerce sobre o leitor a magia literária. O narrador desenha uma linha temporal espiralada, um funil em que uma lentidão contemplativa percorre o círculo mais amplo do início do livro e, obedecendo a um roteiro matemático, perfaz círculos mais curtos à medida que revelações vêm à tona até o ponto final.
A contemplação tem seu papel, portanto, e ela se insere em outra dimensão do romance, mais sofisticada, na qual encontramos a crítica da sociedade pós-moderna. A grande habilidade do autor está em realizar essa crítica sem incorrer no discurso ideológico, sem ferir o tecido literário habilidosamente urdido com panfletarismo. Ele o faz com a “simplicidade” de três símbolos: o mar, o amor e a cerveja.
Gaúcho produz cerveja. Cuidadosas são as descrições dos ingredientes e do processo de produção artesanal. A cerveja em nenhum momento se associa a um episódio sombrio da trama; no ouro da bebida estão os reflexos do prazer, do encontro, da comunhão. Artesanato e comunhão: contra a lógica da produção “anônima”, industrial, e das relações fugazes, o autor erige seu primeiro símbolo.
O amor tem seu papel relevante contra a objetificação do ser humano. Há neste livro a mensagem subterrânea de que a dignidade humana é o valor supremo, cuja presença em nossas mentes deve ser imprescindível. E o amor, sem contaminações semânticas de pieguice, ao romper os limites que separam os seres humanos uns dos outros e iluminar a presença única de cada ser, estabelece a verdade do nosso estar no mundo.
O mar, por fim, esse repositório universal de símbolos, mostra, em contraposição à sociedade na qual vivemos, a profundeza contra a superficialidade, o mistério em oposição a tudo que é fácil e dado, e a noção de infinitude e inesgotabilidade — que inspira, inclusive, o nome do romance.
Mesmo sendo obra de estreia, “Até que as ondas percam o sal” é suma das preocupações filosóficas, teológicas e estéticas do autor. A arte aqui se entranha na arquitetura bem estruturada do livro, no artesanato da palavra e também nas referências literárias e musicais ao longo do texto. Tais referências jamais se apresentam como exibicionismo, mas como suportes que ajudam a compreensão de uma cena ou intensificam passagens de inegável importância. Trata-se de um deleite, este romance, para os sentidos e para o intelecto — além de um testemunho de confiança na beleza e na humanidade.
Rodrigo C. Pereira
Poeta, professor, Mestre em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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Veleiro faz viagem exclusiva entre Ubatuba e Ilhabela, em SP
Entre o último destino do litoral norte paulista, a poucos quilômetros de Paraty, e a capital brasileira da vela, existem lugares onde só dá para chegar de barco.
Para conhecer o que nem todo turista consegue ver, a dica é alugar um veleiro para chamar de seu (pelo menos até o dia da devolução) e fazer um roteiro exclusivo entre��Ubatuba e Ilhabela, em praias isoladas dessa região, a cerca de 3h30 da capital paulista.
Como funciona
Em embarcações movidas a vela, a sua única preocupação é com o roteiro. O resto fica a cargo do trabalho cuidadoso do skipper, o capitão responsável pelas questões técnicas da viagem.
O veleiro é entregue ao cliente com roupas de cama e banho, utensílios de cozinha e tanques completo com água e diesel.
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Só não pode esquecer que o serviço funciona como em hotéis, com check-in ao meio-dia e retorno no mesmo horário. Por isso, planeje-se para ter tempo suficiente para estar de volta à marina, no horário do check-out para a devolução do veleiro.
1º dia
A viagem começa na Voga Marine, marina localizada no Saco da Ribeira, em Ubatuba, e segue em direção ao Parque Estadual da Ilha Anchieta, na maior ilha de Ubatuba.
Endereço das ruínas de uma antiga colônia penal que funcionou no local, entre 1902 e 1952, essa área preservada tem trilhas auto-guiadas de fácil acesso e sete opções de faixas de areia.
Da Praia do Presídio, a faixa de areia de tombo que guarda a entrada principal da área de visitantes, é possível caminhar até Palmas, a maior praia da ilha e com águas rasas e tranquilas.
É hora de içar velas e seguir para rincões mais isolados da Ilha Anchieta, como a minúscula Praia do Leste que se esconde em uma fenda cenográfica, virada para mar aberto.
2º dia
O conjunto de ilhas do norte de Ubatuba é um dos destinos mais cenográficos do litoral paulista, a cerca de 40 km de Paraty.
O arquipélago norte abriga locais que merecem parada como a Ilha do Prumirim, conhecida pelo encontro das águas do mare da cachoeira de mesmo nome, e a Ilha dos Porcos, em área privativa, mas com acesso público.
Outra parada obrigatória, mas sem possibilidade de desembarque por conta das condições do mar, é na Selinha, uma ilha cenográfica, cortada por uma fenda interior que deu origem a uma praia dentro da ilha.
Picinguaba também merece uma visita mais demorada. Localizado nas encostas da Serra do Mar, esse tradicional bairro de pescadores é um dos últimos exemplares de comunidades tradicionais do litoral paulista e seu casario é tombado como patrimônio histórico pelo Condephaat.
Veleiro em Paraty: confira dicas e tarifas de aluguel
3º e 4º dia
Ilhabela tem 14 ilhas e 42 faixas de areia, aproximadamente.
Por isso é hora de abrir velas e rumar em direção às praias mais isoladas do lado leste da ilha, com acesso apenas por trilhas ou a bordo de barcos até praias minúsculas e quase privativas como a da Fome, do Poço, da Serraria e da Caveira.
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Ainda que o mar costume ser agitado e nem todas as praias convidem para ancorar, Ilhabela tem enseadas amigáveis com quem pernoita a bordo, como o Saco do Sombrio, um abrigo natural na face leste da ilha; e o cenográfico Saco do Eustáquio, de águas calmas e cristalinas, cuja prainha em forma de saco tem banheiro, quiosque com porções e até um mirante.
Cansou da vista panorâmica da Baía de Castelhanos? É só pedir para o capitão acionar os motores (ou subir as velas, em dias de ventos favoráveis) para seguir até a próxima parada em algum endereço exclusivo de Ilhabela.
Wind Charter
A baixa temporada vai de junho a setembro (exceto férias de julho) e a alta temporada acontece de janeiro a abril, e entre novembro e dezembro.
Quem não está habilitado para conduzir esse tipo de embarcação deve contratar também, obrigatoriamente, o serviço de skipper, como é chamado o capitão de um veleiro, além de devolver o barco com tanque cheio.
A empresa disponibiliza também serviços extras como alugueis de prancha de SUP e motor de popa para saídas em botes menores, disponível no veleiro.
Diária a partir de R$ 3.150. Saiba mais: windcharter.com.br.
Veja também: Confira destinos nacionais que os brasileiros ainda não conhecem
Veleiro faz viagem exclusiva entre Ubatuba e Ilhabela, em SPpublicado primeiro em como se vestir bem
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