#ship: linda & meliora

[littlemcrmaid]

send me  “ 🤼‍♂️ “   for my muse’s reaction to yours physically tugging them away from a fight. (reverse ou não) + melinda

flashback na escola e antes do acidente da meliora.

“O Charming vai apanhar da Dunbroch! Vamos assistir!” Linda teria sido a última pessoa em todo o reino de Storydom a ir atrás de uma briga, ainda mais pelo bel prazer de assistir a duas pessoas recorrendo à violência antes de qualquer outra coisa — mas a informação de que Meliora estava envolvida foi o suficiente para arrastar a Adormecida na direção da multidão que se aglomerava no pátio da Storydom High, formando um círculo ao redor de Meliora e o filho do meio dos Charmings. Longe das arenas dos Li, lutas costumavam ser raras na parte de cima do reino; normalmente, arthurianos recorriam aos duelos como demonstração de poder, e brigas de rua eram consideradas coisa de castigados — um conceito sujo e mal visto para a elite sofisticada de Storydom, mas que não deixava de saciar as suas vontades reprimidas, vide o tanto de alunos que agora gritava em uníssono “Briga, briga, briga!”. 

Ah, pela Excalibur...

Era questão de tempo até que algum professor aparecesse, ameaçando chamar a Ordem e ligar para os pais como se estivessem no fundamental, todos sabiam, e por isso regozijavam-se com a cena tanto quanto podiam enquanto não havia ninguém para impedir que Meliora e David Charming Jr. quebrassem os narizes um do outro. 

“Me deixem passar!” Linda ordenou e, automaticamente, dezenas de adolescentes abriram espaço para ela; alguns rebaixando as cabeças. Haviam muitas vantagens em ser Linda Adormecida. 

De repente, encontrava-se diante da ex-amiga e do primo, no centro da roda. Meliora caminhava pesadamente até David, os punhos cerrados, enquanto o rapaz continuava provocando-a sobre algo que Linda não entendia. 

Ela não pensou duas vezes. Correu até a Dunbroch e a segurou pela manga do casaco, puxando-a contra o seu corpo e a impedindo de cometer o que certamente seria a maior burrice da sua vida. “Você não quer brigar com um Charming, Meliora.” Sussurrou perto do ouvido dela, firmando o aperto no braço feminino. David provocava Meliora porque sabia que mesmo que acabasse com um olho roxo e um nariz sangrando, a garota teria um destino pior.

Manteve-a perto por mais alguns segundos, sentindo o calor do corpo dela emanar contra o seu. Meliora havia mudado. Parecia mais forte sob o toque de Linda, o que significava que por baixo daquele casaco deveriam haver músculos que não costumava ter antes. Ela também tinha cortado o cabelo; a Adormecida reparava, agora, as pontas desiguais na parte de trás do corte — porque com certeza Meliora o fizera sozinha. Algo que continuava igual, porém, era o cheiro dela; o mesmo perfume que Linda lembrava ter sido Aurora quem escolhera para ela.

Praguejou silenciosamente por estar focando nisso em vez de terminar o que havia começado ali, então se afastou, voltando-se para a plateia que havia se calado desde que Linda aparecera para romper a briga. Ela pigarreou, passando a mão no vestido cor-de-rosa, e levantando o tom de voz de maneira elegante:

“O show acabou, pessoal.” Disse, recebendo alguns ‘ahhh’s em resposta, mas só isso. Ninguém se atrevia a ir contra os desejos de Linda. “Oras, não fiquem tristes! Vai ter muita luta para vocês assistirem no meu novo filme que estreia essa sexta-feira, Merlin’s Angels!” Deu uma mexidinha no cabelo, piscando com um olho para ninguém em específico. Um garoto do sétimo ano, Bénigne ou algo assim, quase desmaiou antes de puxar uma série de aplausos e ovações para Linda. 

Ela sorriu, convencida, e quando a multidão começou a se dissipar, virou-se novamente para Meliora. 

“Deixe as lutas para o dojo da sua namorada, Melmel.” Foi tudo o que disse, soando ligeiramente mais amarga do que intendia. Deu as costas para a Dunbroch, tentando não pensar em como o seu coração batia descompassadamente desde o momento em que a segurara contra o seu corpo. 

[littlemcrmaid]

❛ nope, puppy dog eyes aren’t going to work this time! ❜ (melinda)

flashforward para um futuro onde dá certo pra elas duas. 

As escapadas no meio da madrugada para o mundo non-maj eram a parte favorita dos dias de Linda. Às vezes, sentia que vivia no piloto automático até que a hora de encontrar com Meliora — sempre depois da meia noite — chegasse. Nem mesmo o tempo nos estúdios da Briar Productions, fazendo o que mais amava — atuar — se comparava à sensação de liberdade que as pequenas aventuras lhe proporcionavam. 

Era algo delas, algo que ninguém mais sabia que faziam, e talvez fosse isso que tornasse as viagens tão especiais. Sendo uma figura pública, Linda estava acostumada a dividir da sua vida com o mundo, então ali estava a única coisa que não precisava compartilhar. 

Ademais, se tornara um hábito na relação das duas. Desde antes de assumirem terem alguma coisa, elas faziam aquilo. Idas às compras em Tóquio ou jantares no interior da Itália só porque Linda estivera entediada em sua eterna insônia em noites quaisquer; viagens à Hollywood para que Meliora conhecesse a lendária calçada da fama; a vez em que acabaram bloqueando um dos cartões de Merida por tanto gastarem em um cassino na Las Vegas de verdade... 

E agora que tinham alguma coisa e que nenhuma das duas escondia, tudo o que Linda queria era levá-la até Paris. Porque ela tinha um plano! Sabia que se dependesse de Meliora elas nunca dariam um nome para a “alguma coisa”, e que lugar melhor para exigir que a sua guarda-costas-colega-de-quarto-amiga-de-infância-atual-ficante lhe peça em namoro do que a própria Cidade do Amor?

O problema era que Meliora atrapalhava o maldito plano todas as vezes que se recusava a ir à Paris, o que resultava em uma Linda tentando vencê-la pelo cansaço ou pelo drama. Ou fazendo cara de cachorrinho pidão. 

“E alguma vez eles funcionaram, Meliora?” Revirou os olhos, soltando um suspiro dramático. “Qual é, é só por uma noite! Paris não vai te matar.” Insistiu, batendo os cílios longos, mesmo que a Dunbroch tivesse acabado de falar que aquela tática não funcionaria. 

Pensou por um segundo em argumentos que poderia usar para convencer a outra, mas acabou tendo uma ideia melhor. Como se uma lâmpada tivesse acendido na cabeça dela, Linda sorriu para si mesma. 

Antes que Meliora pudesse mencionar o sorriso diabólico presente nos lábios rosados da Adormecida, antes que sequer pudesse catalogá-lo como perigo, Linda se aproximou, cortando todo o espaço que havia entre elas. Preguiçosamente, colocou os braços ao redor do pescoço de Meliora, tombando a cabeça um tantinho para o lado. “E isso? Isso vai funcionar?” Perguntou, propositalmente descendo os olhos até a boca dela, demorando-os na região e mordendo o próprio lábio. “Porque vai ter bastante disso em Paris.” Deu de ombros, afastando-se abruptamente e virando de costas para que Meliora não pudesse vê-la sorrindo de novo. “Você decide agora, Melmel. To Paris, or not to Paris?” Dramatizou, fazendo um gesto com a mão.