#sexóloga
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laurinha diva tá cedo ou podemos abrir o tópico anal por aqui? confio na sua mente brilhante pra nos dar um hc sobre 🤧🙏
não só podemos como acho que devemos😌📝
vou começar falando de enzo, esteban (fernando entra nessa brincadeira tb), esses aqui não fazem alarde não, mas também não vai existir uma conversa muito específica sobre entre vocês. num relacionamento esses três aqui te conhecem, vão te observando até nos mínimos detalhes. então chega um dia que você tá lá toda fogosa, de quatro igual uma gatinha e eles levando o tempo que bem entendem com as preliminares até que te seguram pela nuca e forçam pra baixo, sua coluna sendo colocada num ângulo perfeitinho de 45°. e ai vão levar o polegar - depois de darem uma babadinha no dedo, óbvio - até seu cuzinho, massageando... você geme arrastado mexendo o quadril e eles erguem a sobrancelha e soltam um riso meio sombrio "perra", dizem sem mais nem menos - apesar de estarem gratos por você não repudiar a ideia, ficam de cara porque você é oferecidinha a ponto de não estar nem ai (pelo contrário, sempre quis tentar). e ai vão enfiar o polegar inteiro dentro de ti, sentindo você piscar e ficar mais necessitada. "calma, nena... você precisa ficar mais larguinha antes de eu colocar o pau". e quando te fodem, mesmo sendo a primeira vez não tem muito cuidado não, vão até te degradar um bocado e falar que você é una puta cuando te rompen el culo
o matías e o fran são fissurados nisso. honestamente consigo ver os dois sendo aqueles namorados que por qualquer coisinha dizem "tá, mas se eu ganhar a aposta você tem que me dar o rabinho, vida", e quando você fica "???? sai fora", vai ser o mesmo que quebrar o coraçãozinho deles, vão dar show, mandar audio, vão MUITO PROVAVELMENTE encontrar um tiktok de alguma sexóloga falando os cinco benefícios do sexo anal e te mandar "tá vendo? se um dia você tiver um avc saiba que poderia ter evitado me dando o cuzinho" - o matías iria mandar aquela figurinha enfadonha do zap "cuzinho hoje?" TODOS os dias😪😪. e quando você finalmente aceitasse eles iam mover montanhas, iam comprar dois tipos de lubrificante, pagar motel e o krl a quatro, iam fazer de tudo pra pintar um clima super romântico te beijando e te elogiando até você - sem paciência nenhuma - falar "vai foder meu cu ou vai esperar eu mudar de ideia, krl?", e eles ficam literalmente excuse me?🤨 mas engolem o choro e te comem bem gostosinho (vc nunca admitiria que gosta também, mas agr toda vez que eles pedem manda um "🙄👍🏻". eles tornam toda situação embaraçosa em algo leve, mesmo quando seu buraquinho tá todo judiadinho e fazendo aqueles sons de bolha (peidinho) vão soprar no seu ouvido "viu, mô? seu cuzinho tá falando comigo", e é patético que isso faça vocês dois ficarem ainda mais excitados, mas... é oq tem
pros bebês garotos pussy drunkos felipe e simón vai ser algo que vocês descobrem juntos. numa noite que beberam mais do que deviam e tão bem sedentinhos um pelo outro, eles segurariam sua bunda com vontade, afundando os dedos nos seus glúteos e comendo (devorando) sua buceta por trás, as lambidas ávidas e muito molhadas do seu grelinho pra sua entrada até que eles se empolgam e sobem um pouquinho mais. nessa hora, vc que tava se apoiando nos braços perde totalmente as forças, é tão gostoso, e eles percebem na hora, começam a focar a língua só ali na entradinha traseira até chuparem de um jeitinho estalado e você levar a mão pros fios deles puxando mais deles pra si. ficariam ilogicamente duros, nem sabem como estão aguentando e quando colocam a cabecinha a primeira vez precisam segurar a respiração "relaxa pra mim, amorcita..." pedem num fiozinho de voz, e você toda proativa fazendo de tudo pra não apertar eles enquanto empurra a bunda contra a pelve deles. depois de umas três vezes você quem começa a pedir pra eles e eles obviamente não negam, e SEMPRE te passam pomadinha pra não ficar assada.
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QUEM É A MUSA SOLITÁRIA?
APRESENTAÇÃO
Para começar a falar sobre mim mais intimamente. Sou queer/pomossexual; e uma pessoa gênero-fluído — a quem deseja um rótulo, embora eu não dependa deles — e sim, eu uso ela/dela, ele/dele, e elu/delu.Sou uma artista desde que me entendo por gente, comecei escrever aos dezesseis anos, e comecei da poesia para as fanfictions, e só entre dezoito e agora que comecei a me alçar em mais gêneros literários; e publicar aos meus dezoito anos, e atualmente tenho vinte e dois anos. Escrevo e divulgo com mais frequência: ficção fantástica, ficção histórica, ficção queer/lgbtqia+; fora crônicas, contos e poesias. Mas, devo reiterar que já escrevi os subgêneros de uma das citadas acima, a saber: fantasia alta, baixa, e sombria. E outros gêneros de ficção os quais já me arrisquei: fição erótica, ficção contemporânea; ficção científica: punk e space opera; romance: new young e young adult; new young, young adult, ficção de fã/fanfiction/fanfic/fic, contos de fadas, horror, terror, trilher e suspense.
sou PAH/SD, e sou também filomata, polímata, poliglota autodidata, designer e ilustradora/capista entusiasta, graduante de psicologia, entusiasta da sexologia, e futura psicóloga-sexóloga e terapeuta sexual, historiadora e antropóloga entusiasta, teóloga e cientista das religiões entusiasta, linguista e filóloga entusiasta, entusiasta das ciências humanas, biológicas, linguagens e códigos, e sociais; nos tempos livres, também faço: canto, atuação e dublagem de forma autodidata e entusiasta. Sou leitora de livros, e-books, mangás, manhuas, manhwas, webtoons, quadrinhos. Assisto várias séries, filmes, minisséries, animes e animações. E também curto vários estilos musicais, a saber alguns: rock, phonk, pop, j-pop, j-rock, k-pop, indie. A título de curiosidade, eu sou uma espiritualista universalista. E pratico yoga, mudra, dhyana, sutra, ho'oponopono, tai chi chuan, e calistenia. Meus esportes preferidos e que já pratiquei foram natação e vôlei.
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ADENDO
Vou explicar alguns termos que coloquei no texto que podem ser de interesse de quem lê
Queer/Pomossexual:
Ser queer/pomossexual é se identificar fora das normas tradicionais de sexualidade. Se você se sente que não se encaixa perfeitamente como heterossexual ou dentro das expectativas convencionais de sexualidade, você pode se considerar queer. Isso inclui uma ampla gama de identidades, como ser gay, lésbica, bissexual, e etc; também significa que você não gosta de rótulos tradicionais para sua orientação sexual. Você pode ter várias relações e atrações sem querer se identificar como gay, hétero, bissexual, ou qualquer outro rótulo. É uma abordagem mais fluida e pós-moderna da sexualidade.
Eu confesso que para uma maioria não deve ser comum ler "pomossexual", ou até próprio "queer", mas eu me identifico assim. Eu não amo rótulos, eu amo pessoas, não corpos e genitalias, e mesmo quando amo, eu não sou um rótulo, mesmo que eu já tenha tentado.
Gênero-Fluído: "Ser gênero-fluído é quando você sente que seu gênero muda ao longo do tempo. Em alguns momentos, você pode se sentir mais masculino, em outros mais feminino, ou talvez uma mistura dos dois, ou mesmo nenhum dos dois. Ser gênero-fluído significa que sua identidade de gênero é flexível e pode variar, permitindo que você experimente e expresse seu gênero de diferentes maneiras ao longo do tempo. Cada pessoa gênero-fluído vive essa experiência de forma única, então não há uma única maneira de ser gênero-fluído."
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AH/SD
Altas habilidades ou superdotação é quem possui capacidade mental significativamente acima da média comum. Como um talento, a superdotação é a aptidão para atividades intelectuais, artísticas ou esportivas que parecem ser inatas, uma vez que a pessoa superdotada parece apresentar tais habilidades sem que se possa explicar como aprenderam. Contudo, tais aptidões ou habilidades também são desenvolvidas através de esforço pessoal e é um erro pensar que pessoas superdotadas não precisam ser ensinadas, elas apenas precisam de uma educação diferenciada que atenda a sua demanda de conhecimento.
Não confundir com precoces e gênios, pois há esses estereótipos; mas aprendem algumas coisas de um jeito diferente e mais rápido. Elas podem gostar muito de certos assuntos e querem aprender tudo sobre eles. Inclusive, às vezes, a alta-habilidade/superdotação não é reconhecida na infância e as crianças alto-habilidosas são, por vezes, diagnosticadas como tendo transtorno afetivo bipolar, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, transtorno desafiador e de oposição, depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo ou outras.
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Autodidatismo
Autodidata é a pessoa que tem a capacidade de aprender algo sem ter um professor ou mestre lhe ensinando ou ministrando aulas. O próprio indivíduo, com seu esforço particular intui, busca e pesquisa o material necessário para sua aprendizagem.
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Polímata
Imagine uma pessoa que não só gosta de aprender sobre muitas coisas diferentes, mas que também se torna realmente competente e capacitada em várias dessas áreas. Essa pessoa é chamada de "polímata".
Um polímata é alguém curioso e apaixonado por aprender, que não se limita a apenas um campo do conhecimento. Eles podem saber muito sobre ciência, arte, música, literatura, tecnologia e muito mais. Pense em figuras Leonardo da Vinci, que embora órfão, e sem educação formal era pintor, inventor, cientista e muito mais. Ele é um exemplo clássico de polímata.
Ser polímata é como sempre querer explorar conhecimento, sempre buscando entender e conectar diferentes áreas de estudo para ver o mundo de uma forma mais completa e criativa.
(A palavra "polímata" vem do grego antigo "polymathēs" (πολυμαθής), onde "poly" (πολύ) significa "muitos" e "mathēs" (μαθής) significa "aprendizagem" ou "conhecimento". Portanto, "polímata" literalmente significa "aquele que aprendeu muito" ou "aquele que possui conhecimento em muitas áreas".)
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Filomata Pense em uma pessoa que sente uma grande alegria em descobrir coisas novas, seja lendo livros, assistindo a documentários, explorando novos hobbies ou simplesmente fazendo perguntas sobre o mundo ao seu redor. Eles têm uma curiosidade insaciável e estão sempre buscando aprender algo novo. Um filomata não precisa ser um especialista em vários campos como um polímata, mas sim alguém que aprecia o processo de aprender e valoriza o conhecimento por si mesmo. É alguém que vê o aprendizado como uma aventura contínua e emocionante.
(A palavra "filomata" também vem do grego, onde "philo" (φίλο) significa "amor" e "matēs" (ματής) significa "aprendizagem" ou "conhecimento". Assim, "filomata" pode ser entendido como "aquele que ama aprender" ou "aquele que tem amor pelo conhecimento".)
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Sexologia Imagine que você tem um amigo com quem pode conversar sobre qualquer coisa, inclusive aquelas questões sobre sexo que às vezes são difíceis de abordar. Esse amigo é um sexólogo. Um sexólogo é alguém que estudou bastante sobre a sexualidade humana para poder ajudar as pessoas a entenderem melhor suas próprias vidas sexuais, resolverem problemas e terem relacionamentos mais saudáveis e felizes. Sexologia é o estudo da sexualidade humana em todas as suas formas. Isso inclui entender como e por que as pessoas se sentem atraídas umas pelas outras, como funcionam nossos corpos durante o sexo, e como as emoções e os relacionamentos influenciam nossa vida sexual. É como um guia que nos ajuda a navegar pelas águas muitas vezes complicadas da sexualidade. Os sexólogos vêm de diferentes áreas, como psicologia, medicina e educação, mas todos têm em comum o desejo de ajudar as pessoas a viverem uma vida sexual mais plena e satisfatória. Eles podem ajudar com coisas práticas, como problemas de disfunção sexual ou questões de identidade de gênero, mas também estão lá para falar sobre sentimentos, medos e expectativas. Um sexólogo pode trabalhar como terapeuta, conversando com você sobre suas preocupações e ajudando a encontrar soluções. No final das contas, a sexologia é sobre criar um espaço seguro onde você pode aprender, perguntar e crescer. É sobre entender que a sexualidade é uma parte natural e importante da vida, e que todos nós merecemos nos sentir bem e seguros em relação a ela.
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Espiritualismo Universalista
O espiritualismo universalista é uma perspectiva que valoriza a busca espiritual como algo que transcende as fronteiras religiosas e culturais, focando na essência espiritual comum a todas as tradições e crenças. Imagine que você está explorando o sentido mais profundo da vida e da existência. O espiritualismo universalista é como uma jornada interior que convida você a descobrir conexões profundas entre todas as pessoas e todas as formas de espiritualidade. Ele não se prende a uma única religião ou dogma, mas sim busca compreender os princípios universais que unem todas as tradições espirituais. Isso significa que no espiritualismo universalista, você é encorajado a encontrar sua própria verdade espiritual, seja através da meditação, reflexão pessoal, ou explorando diferentes ensinamentos espirituais. Ele promove a ideia de que todos nós compartilhamos uma essência espiritual comum, e que através dessa conexão podemos encontrar harmonia, compreensão e paz interior. É uma abordagem que respeita a diversidade das crenças e culturas, reconhecendo que cada pessoa pode ter uma jornada espiritual única e significativa. Ao abraçar o espiritualismo universalista, você está abrindo-se para um caminho de crescimento espiritual que é inclusivo, compassivo e profundamente pessoal.
(Entenda 'não é espiritismo e nem universalismo apenas', o espiritismo é uma crença na comunicação com espíritos após a morte, oferecendo conforto e orientação espiritual através de médiuns. O universalismo, por sua vez, celebra valores e princípios universais compartilhados por todas as pessoas, promovendo a compreensão e aceitação entre diferentes culturas e crenças. O espiritualismo amplia essa visão, enfocando a existência de uma dimensão espiritual além do físico, encorajando práticas como meditação e busca de significado espiritual. Já o espiritualismo universalista combina esses elementos, valorizando a busca espiritual além das fronteiras religiosas específicas, buscando uma compreensão inclusiva e harmoniosa da essência espiritual compartilhada por todos. Cada uma dessas abordagens oferece caminhos únicos para explorar a vida, o significado da existência e o crescimento espiritual pessoal, promovendo uma jornada interior de autoconhecimento e conexão com o mundo ao nosso redor.)
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Técnicas Holísticas
Yoga une corpo, mente e espírito através de posturas físicas, técnicas de respiração e meditação para promover equilíbrio e harmonia. Mudras são gestos das mãos que não só influenciam a energia física e mental, mas também conectam com aspectos sutis da consciência. Dhyana, ou meditação profunda, busca integrar mente e espírito para alcançar clareza mental e paz interior. Sutras são ensinamentos curtos que guiam práticas espirituais e filosóficas, oferecendo orientação holística para uma vida alinhada com valores elevados. Ho'oponopono, prática havaiana de perdão, não só promove cura emocional e relacional, mas restaura equilíbrio espiritual e mental. Tai Chi Chuan usa movimentos suaves para fortalecer o corpo e promover harmonia energética e equilíbrio interior. Calistenia, com exercícios que usam peso corporal, melhora saúde física, mental e emocional de maneira simples e integrada. Cada uma dessas técnicas visa não apenas melhorar o corpo físico, mas também promover bem-estar integral, abordando aspectos essenciais da pessoa em sua busca por saúde, equilíbrio e crescimento pessoal.
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Escritora
Uma escritora é alguém que cria textos, seja para contar histórias, compartilhar ideias ou transmitir informações. Isso pode incluir livros, artigos, poesia ou até mesmo publicações online. A habilidade de escrever envolve criatividade, técnica e a capacidade de se comunicar com clareza e emoção.
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Designer entusiasta
Um designer é alguém que planeja e cria coisas com um propósito estético e funcional, como gráficos, produtos, roupas ou até mesmo ambientes. Como entusiasta, você explora e experimenta essas ideias por conta própria, estudando e conhecendo bastante por autodidatismo, aprendendo ferramentas e técnicas criativas para desenvolver projetos bonitos e úteis.
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Graduante de psicologia
Estudar psicologia significa investigar como a mente humana funciona, como pensamos, sentimos e nos comportamos. Como estudante, você está mergulhando em conceitos como emoções, personalidade, desenvolvimento humano e formas de compreender e melhorar a saúde mental.
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Linguista e filóloga entusiasta
Linguistas estudam as línguas humanas: como elas funcionam, suas estruturas e como evoluem. Já a filologia é o estudo histórico e comparativo das línguas, especialmente focada nos textos escritos. Como entusiasta, você provavelmente se dedica a explorar idiomas e textos por autodidatismo, analisando palavras e histórias e descobrindo como as línguas revelam a cultura e a história humana.
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Teóloga e cientista das religiões entusiasta
A teologia explora as crenças religiosas, os textos sagrados e as questões sobre a existência de Deus e a espiritualidade. Já a ciência das religiões estuda essas práticas de forma acadêmica e comparativa, buscando entender como as religiões influenciam a sociedade e a cultura. Como entusiasta, você provavelmente lê, reflete e busca compreender bastante sobre esses temas por meio do autodidatismo.
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Historiadora e antropóloga entusiasta
A história estuda o passado, investigando eventos, culturas e pessoas que moldaram o mundo. A antropologia se dedica a compreender as sociedades humanas, seus costumes, crenças e maneiras de viver. Como entusiasta, você explora esses campos por autodidatismo, buscando aprender profundamente sobre a humanidade, sua evolução e as conexões entre o passado e o presente.
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Poliglota Autodidata
Um poliglota autodidata é uma pessoa que aprende a falar várias línguas por conta própria, sem frequentar cursos ou escolas tradicionais. Essa pessoa utiliza métodos alternativos, como livros, aplicativos, vídeos, músicas e até conversas com nativos, para adquirir conhecimento em diferentes idiomas. O termo "poliglota" significa alguém que domina várias línguas, enquanto "autodidata" se refere a quem aprende sozinho, guiado pela curiosidade e disciplina. Por exemplo, um poliglota autodidata pode decidir aprender espanhol assistindo filmes, francês lendo livros, ou japonês jogando videogames, ajustando os métodos ao seu estilo e ritmo de aprendizado. Essa abordagem exige bastante dedicação, mas dá liberdade para explorar o que funciona melhor para cada pessoa.
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Asexuality on BoxNews 30 Apr 2006
Asexuality on BoxNews Nightside Interview 30th April 2006
Tareck karrascal: Has escuchado a las personas asexuales con relaciones románticas
Monika Jalapegno: Las personas asexuales son aquellas que no experimentan atracción sexual hacia otros pero experimentan atracción romántica tenemos con nosotros a la Sexóloga Victoria Soleda y su pareja Ray Cox y la Analista de Box News Yolanda Grason ¿Qué significa ser asexual?
Victoria Soleda: La asexualidad es falta de atracción sexual No veo que el celibato sea una disfunción sexual
Monika Jalapegno: No te atraen en absoluto los hombres ni las mujeres.
Ray Cox: Exact.Tareck Karrascal: Both you've a romantic relationship?
Ray Cox: Cuando veo a mi pareja no la deseo sexualmente la amo pero no la atraigo sexualmente.
Victoria Soleda: También digo lo mismo que mi esposo llegamos casados hace 6 años y nunca hemos tenido sexo ningún contacto sexual.
Ray Cox: I don't think that is a problem of testosterones moreover i developmed to my 15 years old when the kid arrives to the puberty is where feels desires i to arrive my puberty i didn't felt sexually attracted upto that i meeted to Soleda and i still do not attracts anyone and I'm happy!
Tareck Karrascal: If you're very happy hard x2[Launghs]
Monika Jalapegno: Victoria Soleda goes to say something
Victoria Soleda: The asexuality is recognozed too as a lack of desire whose desire is in the sexual activity.
Monika Jalapegno: What you opinate to this Dra. Grason?
Yolanda Grason: What said this Victoria Soleda can that has reason the asexuality is recognozed too as a lack of desire whose desire is refered to the sexual interest or sexual activity the asexuals people do not is sexually interessed in any people the asexuals go not feel none desire or interest engaging in an sexual activity the asexuals people do not feel the sex drive or the sex drive to search to someone someone that's asexual does not feels or has no sex drive because the sex drive not goes directed toward their couple or others does not is a libido problem the asexual person would be horny or aurosed sexually but won't be interessed or not feel none desires to have sex with others the asexuality would be recognozed by that okey.
Monika Jalapegno: Thanks to you 3 by come in here to this interview.
Victoria Soleda: Thanks so much...Ray Cox: Thanks.
Yolanda Grason: Thanks by this.
Archived: ©️2006
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¿LEER o NO LEER?
Por Juan Ángel Cabaleiro -Escritor-
En una anécdota muy ilustrativa que Ernesto Sábato incluyó en Uno y el universo, alguien pide que le expliquen la teoría de la relatividad, y un experto en el tema lo intenta varias veces, rebajando más y más el nivel de abstracción y buscando ejemplos concretos y cotidianos. Y cuando el otro finalmente capta la idea, el experto, resignado, le aclara que eso, en realidad, ya no tiene nada que ver con la teoría original. Son los límites de la divulgación científica, que también existen en el mundo del arte y las humanidades.
Pienso en los notables esfuerzos que hacemos a veces para embutir de algún modo la cultura en espíritus reacios, como esas madres que dan una medicina amarga a sus hijos embadurnándola en dulce de leche: así tratamos de colarle la literatura a nuestros jóvenes, al descuido, sin que le noten su verdadero sabor, haciéndoles creer que es otra cosa, porque de esa manera, jugando y jugando, conseguimos que toquen un libro con el dedo, que lo miren de cerca, que consideren remotamente su lectura sin que un escalofrío les suba por la espalda.
Un caso de tantos fue la reciente Feria del Libro de Tucumán (Argentina), que ponía en la vidriera a una sexóloga, un experto en mercadotecnia de heladerías y un relator deportivo al servicio de la política, amén de otras engañifas varias para echarle un anzuelo al pretendido lector.
Para ser justos, no se trataba de una «feria de la literatura», sino «del libro», que soporta los contenidos más diversos. Si antes las ferias del libro eran eventos esencialmente literarios, hoy ya no lo son, sino grandes centros comerciales donde desfilan famosos de todo tipo. Los viejos y amargados lectores de Dostoievski se renuevan con alegres booktubers, booklovers y hasta bookstagrammers, que en un futuro no muy remoto serán sustituidos por otra flor de un día, por algo más efímero y encandilante aún, mientras el fenómeno profundo y solitario de la lectura va quedando tan lejano como la teoría de la relatividad en la anécdota de Sabato.
Seudolectores
Tanta buena voluntad por edulcorarnos la lectura termina alejándonos de ella, porque mata o nos oculta su esencia verdadera, la específica manera de disfrutar del lenguaje que tenemos los humanos. Dudo mucho que un auténtico lector abandone el sillón de su casa y se sienta atraído por estos paripés culturales en los que se ha visto ya de todo, hasta lo más ajeno a la literatura, con la excusa de ser amplios y estar al día. En definitiva, están convocando a las ferias del libro a los que no quieren leer, aunque tal vez les guste aparentarlo, dar un paseo, conocer al famosillo de turno, sacarse la foto y conseguir la firma, rebañar el dulce de leche y dejar de lado la medicina. Son los seudolectores, una mayoría que valora la lectura por la rara inercia simbólica que mantiene el libro, pero que no tiene tiempo para leer ni verdaderas ganas. O que leen, en el fondo, no por la lectura, sino por la política, las heladerías o la esperanza ilusoria y siempre rentable del sexo. Lectores de autoayuda, de consejos milagrosos, de fórmulas secretas para el éxito, de chismes de famosos. Los que tienen a la lectura como medio o instrumento para otra cosa y no como un fin en sí mismo. La gran legión de los seudolectores que mantiene en pie la industria editorial.
¿Leer o no leer?
Dan ganas de inmolarse en esta idea: si no quieren leer, que no lean, qué tanto… Seguirá pasando, a pesar de todo, el fuego sagrado de mano en mano, entre minorías, como ha sido siempre. Y me pregunto: ¿no va siendo hora de que abandonemos esta absurda batalla perdida de forzar a la gente a hacer algo que no quiere? Quizá tengan ellos la razón y no nosotros. Si hoy la lectura concentrada y profunda es un padecimiento o una imposibilidad para la mayoría de las personas, sobre todo para los jóvenes, que no lean, que busquen en otro lado los estímulos para la imaginación, el pensamiento y la creatividad.
Me amparo en Borges, cuando decía que la lectura es una de las formas de la felicidad, y uno no le puede imponer a nadie ser feliz.
#libros#lectura#gracias por leer#literatura#escribir#escritor#poesia#lectura interesante#escritos#psicología
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HISTERIA
Marzo 2023
Dícese de una fémina enferma de los nervios, del exceso emocional ingobernable que experimenta una mujer, preocupación crónica por síntomas físicos. Freud define a la histeria como la neurosis que tiene origen en un incidente sexual… hasta aquí algunas definiciones que me llamaron la atención cuando le consulté al que lo sabe todo mister Google.
A propósito de la conmemoración de la lucha por los derechos de la mujer el 8 de marzo de cada año, me puse a indagar sobre algunos mitos que han estigmatizado a la mujer.
Una de las formas más básicas de minimizar la figura femenina a través de los años, ha sido y sigue siendo, el cuestionamiento a su cordura.
La frase más común cuando a un hombre se le cuestiona o contradice, es replicar: histérica.
¿Pero qué significa esta palabra? Se deriva del término griego “hysteron” que significa útero. Es claro que en la anatomía femenina, el útero tiene un rol protagónico en la conservación de la vida humana. Los ovarios producen las hormonas sexuales llamadas estrógeno y progesterona, los que preparan la matriz donde cada mes se podría gestar un nuevo ser humano.
Y entonces, desde el origen de la vida hasta los tiempos modernos, las mujeres hemos sentido los efectos emocionales de los cambios hormonales que nuestra anatomía tiene reservada solo para nosotras.
Pero no es hasta el siglo XIX, que empieza a estudiarse y entenderse los efectos de los ciclos y su impacto como los cambios de humor, la ansiedad, la depresión, la afectividad. Y esto último, es interesante, puesto que una mujer dispuesta para el amor, pero frustrada por la falta del mismo, es una mujer candidata a ser etiquetada como “histérica”.
Nótese la frecuencia de la incidencia de estos ciclos hormonales en la vida reproductiva de la mujer. Y no se diga cuando empieza la etapa de la desaceleración y el climaterio.
Refiere la historia, que en tiempos en que mencionar la sexualidad no era propio de las damas, y que las necesidades femeninas eran un tabú incluso puertas adentro; los maridos enviaban a sus mujeres con un profesional de la salud, para que evaluara y practicara un remedio para los efectos de los excesos emocionales manifiestos incluso físicamente.
Y bueno, el desenlace de la historia es que las mujeres descubrimos los beneficios de saciar por cuenta propia o manos expertas, las necesidades y tensiones relativas a la sexualidad.
La lucha por la igualdad de derechos y la libertad sexual de las mujeres, son simbióticas, no existe la una sin la otra.
La discriminación y represión de la capacidad de la mujer para expresar su sexualidad de manera segura, consensuada y sin coacción, es un tema que todavía se discute en varias, sino en todas, las sociedades.
Más, o menos controvertida, la discusión sobre derechos es simplemente apasionante, y sobre todo cuando se trata de un tema que siendo tradicionalmente censurado, empieza a crecer en interés porque resulta que es placentero y muy estimulante.
La fisionomía femenina siendo estudiada por mujeres, le da un carácter más profundo, porque es una anatomía conocida, expertas sexólogas hablando sin tapujos sobre el “paroxismo sexual” o mejor llamado orgasmo femenino, es un camino aún por explorar, puesto que todavía se considera un tema vetado.
En las aulas todavía se enseña la anatomía como un mapa de ubicación de órganos funcionales y cada vez más, se explica de las consecuencias de los encuentros adolescentes, amorosos o no, pero no se va más allá.
El conocimiento y el autoconocimiento de nuestra naturaleza debería ser eso: natural.
Los hombres intentarán entendernos, los que se dicen mujeres o quieren serlo, no experimentarán los estragos reservados exclusivamente para el género femenino, sin embargo, cada vez se escucha más fuerte y más claro sobre la necesidad de igualdad de derechos de género, y en todo campo, incluido este.
Las mujeres somos seres emocionales por naturaleza, llenas de capacidades intelectuales, afectivas y artísticas, eso nos hace emocionalmente inestables y maravillosamente impredecibles.
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Manifesto Utópico-Ecológico em Defesa da Poesia & do Delírio
Os partidos políticos brasileiros não têm nenhuma preocupação em trazer a UTOPIA para o quotidiano. Por isso em nome da saúde mental das novas gerações eu reivindico o seguinte:
1 - Transformar a Praça da Sé em horta coletiva & pública.
2 - Distribuir obras dos poetas brasileiros entre os garotos (as) da Febem, únicos capazes de transformar a violência & angústia de suas almas em música das esferas.
3 - Saunas para o povo.
4 - Construção urgente de mictórios públicos (existem pouquíssimos, o que prova que nossos políticos nunca andam a Pé ) & espelhos.
5 - Fazer da Onça (pintada, preta & suçuarana) o Totem da nacionalidade. Organizar grupos de Proteção à Onça em seu habitat natural. Devolver as onças que vivem trançadas em zoológicos às florestas. Abertura de inscrições para voluntários que queiram se comunicar telepaticamente com as onças para sabermos de suas reais dificuldades. Desta maneira as onças poderiam passar uma temporada de 2 semanas entre os homens & nesse período poderiam servir de guias & professores na orientação das crianças cegas.
6 - Criação de uma política eficiente & com grande informação ao público em relação aos Discos-Voadores. Formação de grupos de contato & troca de informação. Facilitar relações eróticas entre terrestres & tripulantes dos OVNIS.
7 - Nova orientação dos neurônios através da Gastronomia Combinada & da Respiração.
8 - Distribuição de manuais entre sexólogas (os) explicando por que o coito anal derruba o Kapital
9 - Banquetes oferecidos à população pela Federação das Indústrias.
10 - Provocar o surgimento da Bossa-Nova Metafísica & do Pornosamba. O Estado mantém as pessoas ocupadas o tempo integral para que elas NÃO pensem eroticamente, libertariamente. Novalis, o poeta do romantismo alemão que contemplou a Flor Azul, afirmou: "Quem é muito velho para delirar evite reuniões juvenis. Agora é tempo de saturnais literárias. Quanto mais variada a vida tanto melhor ".
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Deixar Ela Louca na Cama com o Curso de Julia Santos
O curso é mais do que apenas uma série de dicas rápidas. Com a experiência e conhecimento da psicóloga e sexóloga Julia Santos, você vai aprender de forma prática e direta como agradar a sua parceira como nunca antes. O conteúdo abrange desde técnicas avançadas de prazer até insights psicológicos para que você entenda melhor o corpo feminino e saiba exatamente como estimulá-lo. Os Benefícios de…
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Mi prima la sexóloga 2 (de la fantasía a la realidad) en streaming
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Mãe denuncia marido por abuso da filha adolescente: "Nunca duvidei dela"
A iluminadora Marina Stoll, 44, recebeu uma ligação da filha às 6h07 de uma manhã de janeiro. A garota de 17 anos estava aos prantos, sem conseguir dizer à mãe o que tinha acontecido. "Fui tentando descobrir por eliminação. Perguntei se tinha brigado com o namorado, se morreu algum amigo, até que questionei se o meu então marido, padrasto dela, com quem eu estava há 12 anos, tinha feito algo. Ela disse que sim", relembra Marina a Universa. "Ela chegou a falar que estava com medo de me contar porque eu não acreditaria. Mas nunca duvidei dela, nem por um segundo." A filha então revelou que o padrasto havia abusado dela.
Naquela madrugada, a garota e o padrasto, o empresário Gian Carlo Cuvrad Bortolotti, do ramo de eventos corporativos, dormiam no mesmo quarto do hotel onde organizavam um encontro corporativo que seria transmitido pela internet. Algum tempo antes, ele a havia convidado para trabalhar em sua empresa.
No começo da manhã, ela diz que acordou com ele em sua cama. "Eu me lembro dele me acordando, encostando em mim, dizendo que o fio do carregador estava em volta do meu corpo. Não fazia sentido e continuei dormindo. Depois de um tempo ele voltou para a minha cama e começou a passar a mão no meu corpo. Abaixou o lençol, tocou nas minhas partes íntimas e me segurou, abraçando por trás", afirma a adolescente a Universa.
"Pedia para ele parar, e ele pedia só mais cinco minutos, dizia que estava gostoso e que queria passar mais tempo comigo. O que mais me vem à memória é ficar com os olhos arregalados, estava em estado de choque. Achei que minha mãe pudesse duvidar, porque é esse tipo de coisa que a gente escuta. Parece que nunca acreditam quando uma mulher fala que foi abusada." Depois disso, ela recebeu um comprovante de depósito de R$ 450 em sua conta, feito pelo padrasto.
Quando Marina ouviu a história, percebeu que, naquele momento, sua vida viraria de cabeça para baixo. "Passei dias chorando. Berrava de dor. Me sentia culpada. Ainda me sinto. Mas a culpa é dele". No dia seguinte, ambas foram a uma delegacia registrar um boletim de ocorrência. Bortolotti agora é réu por importunação sexual.
O caso envolvendo a filha de Marina é comum quando se trata de violência sexual contra mulheres no Brasil. Entre as denúncias envolvendo criança ou adolescente, em 40% das vítimas afirmam que o agressor é o pai ou o padrasto, segundo dados do MMFDH (Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos). De acordo com a Childhood Brasil, somente 10% dos casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes são notificados às autoridades.
"Mas, infelizmente, essa história especificamente é rara e foge à regra. Para a maioria das mães e dos outros familiares, há a necessidade de provas concretas, um flagrante por exemplo. E, mesmo assim, em alguns casos o abusador é poupado", afirma a médica e sexóloga forense Mariana da Silva Ferreira, que tem experiência de dez anos no atendimento de vítimas de violência sexual. "Muitas famílias escolhem resolver entre si. Preferem que ninguém fique sabendo e não denunciam."
Marina diz que sua família está em pedaços. Além do processo criminal contra o ex-marido pela denúncia de abuso, o casal também passa por uma separação litigiosa, pois eles têm dois filhos juntos, de 10 e 12 anos.
Para a filha, a dor maior é ver a comoção dos familiares. "Cheguei a me preocupar se meu ex-padrasto seria preso porque via minha mãe sofrendo muito. Mas está claro para nós que quem causou isso não fui eu", diz ela, que tem acompanhamento psicológico duas vezes por semana depois do ocorrido.
"Ao ouvir minha filha, pensei: 'Vou colocar esse cara na cadeia'"
Marina conta que, enquanto conversava com a filha, recebeu cerca de 20 chamadas do então marido. "Atendi com ela no carro comigo. Ele me perguntou se estava tudo bem e só respondi que sim. Depois começou a dizer que não sabia o que tinha acontecido, que a vida dele tinha acabado. Três dias depois ainda estava pedindo perdão, falando que não sabia o que passou na cabeça dele, que tinha sido um carinho mas que sabe que passou do limite. Foi uma situação muito difícil, no começo ainda o ajudei, marquei psiquiatra porque disse que ele precisava de ajuda, mas eu estava firme, ficaria ao lado da minha filha.
Marina diz que situações anteriores já chamavam a atenção para o comportamento do ex em relação à filha. "Seriam comportamentos típicos de um padrasto, não fosse o fato de ele agir diferente só com minha filha adolescente. De uns tempos para cá, ele havia começado a dar mais atenção para ela do que para nossa, de 12 anos — que, inclusive, reclamou comigo que a mais velha ganhava 'os melhores presentes'. Ele a levou para trabalhar junto, ensinou a dirigir, passeava no shopping e deixava ela comprar roupa, mandava dinheiro. Parecia que estava preparando o terreno."
Boletim de ocorrência e medida protetiva
No dia seguinte, mãe e filha foram a uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência por estupro de vulnerável, acompanhadas de um advogado. Também foi concedida uma medida protetiva para que o padrasto não pudesse se aproximar da garota. A reportagem teve acesso ao registro na delegacia, além de outros cinco documentos envolvendo o caso.
A denúncia foi para uma segunda delegacia, onde ficou parada por dois meses. Em março, foi encaminhada ao Ministério Público de São Paulo, que fez uma denúncia por importunação sexual, considerado crime mais brando do que estupro e com pena de um a cinco anos de prisão. Nesse caso, há um aumento de metade da pena pelo fato de se tratar do padrasto da vítima. A Justiça aceitou a denúncia da promotoria, e o acusado agora virou réu. Na decisão, a juíza Fernanda Salvador Veiga afirmou que havia prova e indícios suficientes para abertura do processo contra o empresário.
O advogado de defesa de Bortolotti foi procurado pela reportagem. Fabio Mariz de Oliveira, de um dos principais escritórios de advocacia do país, informou que seu cliente não se pronunciará por se tratar de processo em segredo de Justiça e afirmou que a inocência dele será provada.
O ex-casal ainda trava um embate na Justiça pela guarda dos filhos que tiveram juntos. "Ele pediu a guarda compartilhada. Abriu um processo de alienação parental porque condicionei as visitas às crianças à vontade delas. Eu virei a acusada e ele, a vítima", conta Marina, que diz ter ouvido dos filhos a recusa em encontrar o pai por não se sentirem confortáveis na presença dele.
"Há casos em que um processo judicial se torna instrumento de poder e controle em relação às mulheres, causando prejuízos financeiros e emocionais gigantescos. Chamamos de litigância abusiva. Entre as práticas mais comuns temos justamente falsas acusações de alienação parental. Isso se repete muito", afirma Lize Borges advogada, especialista em direito civil pela Faculdade Baiana de Direito e integrante do IBDFAM/BA (Instituto Brasileiro de Direito de Família).
"Foi essencial que minha mãe acreditasse em mim"
Cinco meses depois da denúncia, a jovem diz conseguir contar o que aconteceu sem a mesma angústia de antes. "No começo, eu só chorava. Chegava a vomitar. Consigo falar com mais tranquilidade sobre isso hoje, mas a lembrança das cenas daquele dia ainda vem na minha cabeça", conta.
Nesse processo pós-traumático, segundo ela, um dos pontos essenciais foi a mãe ter acreditado em sua palavra desde a primeira conversa, assim como os outros membros da família. "Fez muita diferença ter o apoio dela ao levar a denúncia adiante. Foi importante para que eu percebesse que minha voz é importante."
"Ela tem muita força", diz Marina. "A gente começou a perceber, conversando com outras mulheres e especialistas, que o problema do abuso sexual é um buraco, muitas passaram e passam por isso e sequer são ouvidas. Ou não tem força e não conseguem denunciar. É uma questão cultural. Quero justiça pela minha filha e por todas."
Como procurar ajuda em caso de abuso contra menores
O Disque 100 é um número do Governo Federal que dá orientações e registra denúncias de violações de Direitos Humanos. Um dos focos do serviço é em casos de violência contra crianças e adolescentes, principalmente sexual. Funciona diariamente, das 8h às 22h.
Charles Funes
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Mãe denuncia marido por abuso da filha adolescente: "Nunca duvidei dela"
A iluminadora Marina Stoll, 44, recebeu uma ligação da filha às 6h07 de uma manhã de janeiro. A garota de 17 anos estava aos prantos, sem conseguir dizer à mãe o que tinha acontecido. "Fui tentando descobrir por eliminação. Perguntei se tinha brigado com o namorado, se morreu algum amigo, até que questionei se o meu então marido, padrasto dela, com quem eu estava há 12 anos, tinha feito algo. Ela disse que sim", relembra Marina a Universa. "Ela chegou a falar que estava com medo de me contar porque eu não acreditaria. Mas nunca duvidei dela, nem por um segundo." A filha então revelou que o padrasto havia abusado dela.
Naquela madrugada, a garota e o padrasto, o empresário Gian Carlo Cuvrad Bortolotti, do ramo de eventos corporativos, dormiam no mesmo quarto do hotel onde organizavam um encontro corporativo que seria transmitido pela internet. Algum tempo antes, ele a havia convidado para trabalhar em sua empresa.
No começo da manhã, ela diz que acordou com ele em sua cama. "Eu me lembro dele me acordando, encostando em mim, dizendo que o fio do carregador estava em volta do meu corpo. Não fazia sentido e continuei dormindo. Depois de um tempo ele voltou para a minha cama e começou a passar a mão no meu corpo. Abaixou o lençol, tocou nas minhas partes íntimas e me segurou, abraçando por trás", afirma a adolescente a Universa.
"Pedia para ele parar, e ele pedia só mais cinco minutos, dizia que estava gostoso e que queria passar mais tempo comigo. O que mais me vem à memória é ficar com os olhos arregalados, estava em estado de choque. Achei que minha mãe pudesse duvidar, porque é esse tipo de coisa que a gente escuta. Parece que nunca acreditam quando uma mulher fala que foi abusada." Depois disso, ela recebeu um comprovante de depósito de R$ 450 em sua conta, feito pelo padrasto.
Quando Marina ouviu a história, percebeu que, naquele momento, sua vida viraria de cabeça para baixo. "Passei dias chorando. Berrava de dor. Me sentia culpada. Ainda me sinto. Mas a culpa é dele". No dia seguinte, ambas foram a uma delegacia registrar um boletim de ocorrência. Bortolotti agora é réu por importunação sexual.
O caso envolvendo a filha de Marina é comum quando se trata de violência sexual contra mulheres no Brasil. Entre as denúncias envolvendo criança ou adolescente, em 40% das vítimas afirmam que o agressor é o pai ou o padrasto, segundo dados do MMFDH (Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos). De acordo com a Childhood Brasil, somente 10% dos casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes são notificados às autoridades.
"Mas, infelizmente, essa história especificamente é rara e foge à regra. Para a maioria das mães e dos outros familiares, há a necessidade de provas concretas, um flagrante por exemplo. E, mesmo assim, em alguns casos o abusador é poupado", afirma a médica e sexóloga forense Mariana da Silva Ferreira, que tem experiência de dez anos no atendimento de vítimas de violência sexual. "Muitas famílias escolhem resolver entre si. Preferem que ninguém fique sabendo e não denunciam."
Marina diz que sua família está em pedaços. Além do processo criminal contra o ex-marido pela denúncia de abuso, o casal também passa por uma separação litigiosa, pois eles têm dois filhos juntos, de 10 e 12 anos.
Para a filha, a dor maior é ver a comoção dos familiares. "Cheguei a me preocupar se meu ex-padrasto seria preso porque via minha mãe sofrendo muito. Mas está claro para nós que quem causou isso não fui eu", diz ela, que tem acompanhamento psicológico duas vezes por semana depois do ocorrido.
"Ao ouvir minha filha, pensei: 'Vou colocar esse cara na cadeia'"
Marina conta que, enquanto conversava com a filha, recebeu cerca de 20 chamadas do então marido. "Atendi com ela no carro comigo. Ele me perguntou se estava tudo bem e só respondi que sim. Depois começou a dizer que não sabia o que tinha acontecido, que a vida dele tinha acabado. Três dias depois ainda estava pedindo perdão, falando que não sabia o que passou na cabeça dele, que tinha sido um carinho mas que sabe que passou do limite. Foi uma situação muito difícil, no começo ainda o ajudei, marquei psiquiatra porque disse que ele precisava de ajuda, mas eu estava firme, ficaria ao lado da minha filha.
Marina diz que situações anteriores já chamavam a atenção para o comportamento do ex em relação à filha. "Seriam comportamentos típicos de um padrasto, não fosse o fato de ele agir diferente só com minha filha adolescente. De uns tempos para cá, ele havia começado a dar mais atenção para ela do que para nossa, de 12 anos — que, inclusive, reclamou comigo que a mais velha ganhava 'os melhores presentes'. Ele a levou para trabalhar junto, ensinou a dirigir, passeava no shopping e deixava ela comprar roupa, mandava dinheiro. Parecia que estava preparando o terreno."
Boletim de ocorrência e medida protetiva
No dia seguinte, mãe e filha foram a uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência por estupro de vulnerável, acompanhadas de um advogado. Também foi concedida uma medida protetiva para que o padrasto não pudesse se aproximar da garota. A reportagem teve acesso ao registro na delegacia, além de outros cinco documentos envolvendo o caso.
A denúncia foi para uma segunda delegacia, onde ficou parada por dois meses. Em março, foi encaminhada ao Ministério Público de São Paulo, que fez uma denúncia por importunação sexual, considerado crime mais brando do que estupro e com pena de um a cinco anos de prisão. Nesse caso, há um aumento de metade da pena pelo fato de se tratar do padrasto da vítima. A Justiça aceitou a denúncia da promotoria, e o acusado agora virou réu. Na decisão, a juíza Fernanda Salvador Veiga afirmou que havia prova e indícios suficientes para abertura do processo contra o empresário.
O advogado de defesa de Bortolotti foi procurado pela reportagem. Fabio Mariz de Oliveira, de um dos principais escritórios de advocacia do país, informou que seu cliente não se pronunciará por se tratar de processo em segredo de Justiça e afirmou que a inocência dele será provada.
O ex-casal ainda trava um embate na Justiça pela guarda dos filhos que tiveram juntos. "Ele pediu a guarda compartilhada. Abriu um processo de alienação parental porque condicionei as visitas às crianças à vontade delas. Eu virei a acusada e ele, a vítima", conta Marina, que diz ter ouvido dos filhos a recusa em encontrar o pai por não se sentirem confortáveis na presença dele.
"Há casos em que um processo judicial se torna instrumento de poder e controle em relação às mulheres, causando prejuízos financeiros e emocionais gigantescos. Chamamos de litigância abusiva. Entre as práticas mais comuns temos justamente falsas acusações de alienação parental. Isso se repete muito", afirma Lize Borges advogada, especialista em direito civil pela Faculdade Baiana de Direito e integrante do IBDFAM/BA (Instituto Brasileiro de Direito de Família).
"Foi essencial que minha mãe acreditasse em mim"
Cinco meses depois da denúncia, a jovem diz conseguir contar o que aconteceu sem a mesma angústia de antes. "No começo, eu só chorava. Chegava a vomitar. Consigo falar com mais tranquilidade sobre isso hoje, mas a lembrança das cenas daquele dia ainda vem na minha cabeça", conta.
Nesse processo pós-traumático, segundo ela, um dos pontos essenciais foi a mãe ter acreditado em sua palavra desde a primeira conversa, assim como os outros membros da família. "Fez muita diferença ter o apoio dela ao levar a denúncia adiante. Foi importante para que eu percebesse que minha voz é importante."
"Ela tem muita força", diz Marina. "A gente começou a perceber, conversando com outras mulheres e especialistas, que o problema do abuso sexual é um buraco, muitas passaram e passam por isso e sequer são ouvidas. Ou não tem força e não conseguem denunciar. É uma questão cultural. Quero justiça pela minha filha e por todas."
Como procurar ajuda em caso de abuso contra menores
O Disque 100 é um número do Governo Federal que dá orientações e registra denúncias de violações de Direitos Humanos. Um dos focos do serviço é em casos de violência contra crianças e adolescentes, principalmente sexual. Funciona diariamente, das 8h às 22h.
Joey Feltner
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Mãe denuncia marido por abuso da filha adolescente: "Nunca duvidei dela"
A iluminadora Marina Stoll, 44, recebeu uma ligação da filha às 6h07 de uma manhã de janeiro. A garota de 17 anos estava aos prantos, sem conseguir dizer à mãe o que tinha acontecido. "Fui tentando descobrir por eliminação. Perguntei se tinha brigado com o namorado, se morreu algum amigo, até que questionei se o meu então marido, padrasto dela, com quem eu estava há 12 anos, tinha feito algo. Ela disse que sim", relembra Marina a Universa. "Ela chegou a falar que estava com medo de me contar porque eu não acreditaria. Mas nunca duvidei dela, nem por um segundo." A filha então revelou que o padrasto havia abusado dela.
Naquela madrugada, a garota e o padrasto, o empresário Gian Carlo Cuvrad Bortolotti, do ramo de eventos corporativos, dormiam no mesmo quarto do hotel onde organizavam um encontro corporativo que seria transmitido pela internet. Algum tempo antes, ele a havia convidado para trabalhar em sua empresa.
No começo da manhã, ela diz que acordou com ele em sua cama. "Eu me lembro dele me acordando, encostando em mim, dizendo que o fio do carregador estava em volta do meu corpo. Não fazia sentido e continuei dormindo. Depois de um tempo ele voltou para a minha cama e começou a passar a mão no meu corpo. Abaixou o lençol, tocou nas minhas partes íntimas e me segurou, abraçando por trás", afirma a adolescente a Universa.
"Pedia para ele parar, e ele pedia só mais cinco minutos, dizia que estava gostoso e que queria passar mais tempo comigo. O que mais me vem à memória é ficar com os olhos arregalados, estava em estado de choque. Achei que minha mãe pudesse duvidar, porque é esse tipo de coisa que a gente escuta. Parece que nunca acreditam quando uma mulher fala que foi abusada." Depois disso, ela recebeu um comprovante de depósito de R$ 450 em sua conta, feito pelo padrasto.
Quando Marina ouviu a história, percebeu que, naquele momento, sua vida viraria de cabeça para baixo. "Passei dias chorando. Berrava de dor. Me sentia culpada. Ainda me sinto. Mas a culpa é dele". No dia seguinte, ambas foram a uma delegacia registrar um boletim de ocorrência. Bortolotti agora é réu por importunação sexual.
O caso envolvendo a filha de Marina é comum quando se trata de violência sexual contra mulheres no Brasil. Entre as denúncias envolvendo criança ou adolescente, em 40% das vítimas afirmam que o agressor é o pai ou o padrasto, segundo dados do MMFDH (Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos). De acordo com a Childhood Brasil, somente 10% dos casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes são notificados às autoridades.
"Mas, infelizmente, essa história especificamente é rara e foge à regra. Para a maioria das mães e dos outros familiares, há a necessidade de provas concretas, um flagrante por exemplo. E, mesmo assim, em alguns casos o abusador é poupado", afirma a médica e sexóloga forense Mariana da Silva Ferreira, que tem experiência de dez anos no atendimento de vítimas de violência sexual. "Muitas famílias escolhem resolver entre si. Preferem que ninguém fique sabendo e não denunciam."
Marina diz que sua família está em pedaços. Além do processo criminal contra o ex-marido pela denúncia de abuso, o casal também passa por uma separação litigiosa, pois eles têm dois filhos juntos, de 10 e 12 anos.
Para a filha, a dor maior é ver a comoção dos familiares. "Cheguei a me preocupar se meu ex-padrasto seria preso porque via minha mãe sofrendo muito. Mas está claro para nós que quem causou isso não fui eu", diz ela, que tem acompanhamento psicológico duas vezes por semana depois do ocorrido.
"Ao ouvir minha filha, pensei: 'Vou colocar esse cara na cadeia'"
Marina conta que, enquanto conversava com a filha, recebeu cerca de 20 chamadas do então marido. "Atendi com ela no carro comigo. Ele me perguntou se estava tudo bem e só respondi que sim. Depois começou a dizer que não sabia o que tinha acontecido, que a vida dele tinha acabado. Três dias depois ainda estava pedindo perdão, falando que não sabia o que passou na cabeça dele, que tinha sido um carinho mas que sabe que passou do limite. Foi uma situação muito difícil, no começo ainda o ajudei, marquei psiquiatra porque disse que ele precisava de ajuda, mas eu estava firme, ficaria ao lado da minha filha.
Marina diz que situações anteriores já chamavam a atenção para o comportamento do ex em relação à filha. "Seriam comportamentos típicos de um padrasto, não fosse o fato de ele agir diferente só com minha filha adolescente. De uns tempos para cá, ele havia começado a dar mais atenção para ela do que para nossa, de 12 anos — que, inclusive, reclamou comigo que a mais velha ganhava 'os melhores presentes'. Ele a levou para trabalhar junto, ensinou a dirigir, passeava no shopping e deixava ela comprar roupa, mandava dinheiro. Parecia que estava preparando o terreno."
Boletim de ocorrência e medida protetiva
No dia seguinte, mãe e filha foram a uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência por estupro de vulnerável, acompanhadas de um advogado. Também foi concedida uma medida protetiva para que o padrasto não pudesse se aproximar da garota. A reportagem teve acesso ao registro na delegacia, além de outros cinco documentos envolvendo o caso.
A denúncia foi para uma segunda delegacia, onde ficou parada por dois meses. Em março, foi encaminhada ao Ministério Público de São Paulo, que fez uma denúncia por importunação sexual, considerado crime mais brando do que estupro e com pena de um a cinco anos de prisão. Nesse caso, há um aumento de metade da pena pelo fato de se tratar do padrasto da vítima. A Justiça aceitou a denúncia da promotoria, e o acusado agora virou réu. Na decisão, a juíza Fernanda Salvador Veiga afirmou que havia prova e indícios suficientes para abertura do processo contra o empresário.
O advogado de defesa de Bortolotti foi procurado pela reportagem. Fabio Mariz de Oliveira, de um dos principais escritórios de advocacia do país, informou que seu cliente não se pronunciará por se tratar de processo em segredo de Justiça e afirmou que a inocência dele será provada.
O ex-casal ainda trava um embate na Justiça pela guarda dos filhos que tiveram juntos. "Ele pediu a guarda compartilhada. Abriu um processo de alienação parental porque condicionei as visitas às crianças à vontade delas. Eu virei a acusada e ele, a vítima", conta Marina, que diz ter ouvido dos filhos a recusa em encontrar o pai por não se sentirem confortáveis na presença dele.
"Há casos em que um processo judicial se torna instrumento de poder e controle em relação às mulheres, causando prejuízos financeiros e emocionais gigantescos. Chamamos de litigância abusiva. Entre as práticas mais comuns temos justamente falsas acusações de alienação parental. Isso se repete muito", afirma Lize Borges advogada, especialista em direito civil pela Faculdade Baiana de Direito e integrante do IBDFAM/BA (Instituto Brasileiro de Direito de Família).
"Foi essencial que minha mãe acreditasse em mim"
Cinco meses depois da denúncia, a jovem diz conseguir contar o que aconteceu sem a mesma angústia de antes. "No começo, eu só chorava. Chegava a vomitar. Consigo falar com mais tranquilidade sobre isso hoje, mas a lembrança das cenas daquele dia ainda vem na minha cabeça", conta.
Nesse processo pós-traumático, segundo ela, um dos pontos essenciais foi a mãe ter acreditado em sua palavra desde a primeira conversa, assim como os outros membros da família. "Fez muita diferença ter o apoio dela ao levar a denúncia adiante. Foi importante para que eu percebesse que minha voz é importante."
"Ela tem muita força", diz Marina. "A gente começou a perceber, conversando com outras mulheres e especialistas, que o problema do abuso sexual é um buraco, muitas passaram e passam por isso e sequer são ouvidas. Ou não tem força e não conseguem denunciar. É uma questão cultural. Quero justiça pela minha filha e por todas."
Como procurar ajuda em caso de abuso contra menores
O Disque 100 é um número do Governo Federal que dá orientações e registra denúncias de violações de Direitos Humanos. Um dos focos do serviço é em casos de violência contra crianças e adolescentes, principalmente sexual. Funciona diariamente, das 8h às 22h.
Janie Wright
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