#será que eu acho pra ler no kindle
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strawhatboy · 2 years ago
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me deu uma vontade aleatória de ler os livros da coleção vaga-lume 🥹
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booklovershouse · 2 months ago
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Oiiii, booklovers!
A capa desse post ficou uma vibe meio "Crepúsculo" mas enfim 🤡
Nos outros meses eu reclamei que não tava lendo muito, né? Pois então, em novembro li sete livros - e agr cadê a coragem pra resenhar?
🌑 | Girafas e Açaí - Danielli Jesus (5★)
Júlia tem 13 anos e quer chamar seu crush pra tomar um açaí, mas não tem coragem suficiente. Então, um dia antes do passeio da escola para o zoológico, Júlia tem um sonho estranho com uma girafa expert em romances. E aí, será que ela vai conseguir chamá-lo para tomar um açaí?
Amei que esse livro me lembrou do fundamental. Tenho uma nostalgia enorme dessa época pq quando a pandemia começou eu estava no início do 7° ano e, quando terminou, tava com um pé no ensino médio. Saudades daqueles tempos que não voltam mais...
🌒 | Agnus Dei - Lyta Racielly (3,5★)
Hosannah nasceu em Yaacov e sempre soube que seria chamada para uma missão no Além-Reino. Quando o momento enfim chegou, Hosannah não sabia bem o que fazer, mas deu seu melhor.
Achei legalzinho, mas é bem mais voltado pro evangelismo do que uma história, história. Enfim, é ok.
🌓 | Morte no Nilo - Agatha Christie (4,5★)
Meu primeiro da Agatha Christie. E acho que posso afirmar que prefiro minha duplinha do 221b. Sherlock e Watson já ocupam um espaco muito grande no meu coração para serem superados a essa altura do campeonato.
Linnet Ridgeway, inteligente, bonita e rica (sim, eu amo essa frase de Emma kkkkkkk) casou-se com Simon Doyle, um "zé ninguém" e ex-noivo de sua melhor amiga, Jaqueline. Em sua lua de mel no Nilo, nem tudo são flores: Jackie segue o casal para todo lado e Linnet sente que corre perigo. Então, quando ela é encontrada morta em sua cabine, cabe a Poirot descobrir quem é o assassino.
Não posso fazer comentários sobre minhas impressões da história pq vai ser um spoiler gigantesco, mas talvez quem já leu entenda o que quero dizer. Me senti uma palhaça no final e não foi no bom sentido.
🌔 | Um Milhão de Dates Ruins - Isabela Borrelli (4★)
Já imaginou ficar presa no tempo tendo vários dates ruins?
Amanda não tem quase esperanças de encontrar sua "pessoa certa" para quebrar sua maldição e fazer o tempo voltar ao normal, ainda mais depois de ter vários dates bizarros. Mas a solução pode estar mais próxima do que ela imagina.
Entendi o que a autora quis passar, mas confesso que esperava um final melhor. Acho que é por isso que a nota no Skoob é meio baixa: tivemos nossas expectativas jogadas no lixo kkkkkkkkrying Mesmo assim, gostei da escrita e do estilo da autora.
🌕 | Grama de Vidro - Débora C. Eller (5★)
Eu tava louca pra ler mais alguma coisa da Débora depois de Apenas Mais um Conto em julho, então quase tive um ataque quando vi Grama de Vidro gratuito no Reforme seu Kindle kkkkkkkk
Madu e sua melhor amiga, Carol, estão indo para (mais um) show da Grass of Glass, banda pela qual Carol é apaixonada. No hotel - onde só tem gente podre de rica-, Madu acaba ficando amiga de um cara que conheceu enquanto cantava no banheiro, mas que nunca viu o rosto...como será que essa história vai terminar?
A escrita da Débora estava incrível como sempre, é esse tipo de livro que me faz amar a literatura nacional pq, nossa, é o puro suco do Brasil. Fora isso, me relembrou meus tempos de fã da 1D (One Direction). Foi nostálgico e ao mesmo tempo triste. Maaaas, eu simplesmente amei o nome da banda, achei genial! Tipo, ✨Grass of Glass✨
🌖 | Voz de Âmbar - Débora C. Eller (4,5★)
Esse aqui é um spin-off do livro anterior (o pov do mocinho de uma das cenas), então só leia depois do primeiro.
🌗 | Três Fatias de Amor - Ana Souza (3,5★)
Débora nunca imaginou que trabalharia como garçonete em sua pizzaria preferida, até espalhar currículos pela cidade e não receber nenhuma resposta positiva. Ela logo faz amizade com Mateus, um dos garçons da pizzaria e agora eles precisam lidar com os sentimentos que estão começando a surgir...
Na minha humilde opinião, esse caiu naquela velha reclamação que faço: a autora não soube quando parar. Acho que a história se estendeu demais, o que deixou meio entediante em alguns pontos. E confesso que não fui com a cara da Débora.
Enfim gnt, foi isso, sorry pelo post quilométrico kkkkkkkkk
Bjs e boas leiturasssss <333
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desallinho · 5 years ago
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pra curar a insônia talvez eu tenha um bebê
segunda, 15 de junho. 
talevz eu tenha uma nova rotina na segunda-feira: acordar, tomar meu café, arrumar o quarto, escrever e ir lavar meu cabelo. vou começar agradecendo o mimo que o capitalismo proporcionou: um fone jbl bluetooth. ele me ajuda a a conseguir existir dentro daqui de casa. posso fazer coisas na cozinha junto com minha mãe, ela assistindo tv e eu escutando minhas músicas. posso coloca-lo e parar de escutar da voz do meu irmão gritando, isso é muito bom.
essa semana eu vivi meio que em um limbo. não conseguia estudar pois ansiosa _e sei oq devo fazer pra melhorar isso: exercício físico_ e não consigo dormir a noite no horário que costumo dormir -entre 22 e 23h. aí eu também não consigo acordar entre 8 e 9h -hoje foi uma exceção pq acordei com os gritos de mainha e titia procurando mel achando q ela tinha fugido, mas na vdd ela tava escondida debaixo da minha cama, acredita caro leitor?- e já viu a doidice né. cozinhei bastante essa semana. cozinhar está sendo muito terapêutico, mantenho as mãos e a cabeça ocupadas, além de ser muito legal saber o que eu to colocando dentro do meu corpo.
na quinta acordei em cima da hora pra reunião de indumentária, mas consegui assistir e falar com a fran. foi uma coisa meio coach, meio terapia mas foi bom. eu tava esquecendo de cuidar de mim por fora também. terminou a “aula”, fui aparar meu cabelo e os pelos, coisas que já tavam me deixando meio mal. enfim, cuidei um pouco da aparência e fiz num sei o que. ah, na quarta tive terapia e foi meio que um feedback sobre tudo o que eu tava sentindo. gabi ficou feliz com o meu avanço, falei que tava tranquila em relação a pedro e a também não estar conseguindo estudar e tantas outras coisas. mas ansiosa com medo do futuro e de ficar presa em cajazeiras por bastante tempo.sempre que acontece esse tipo de sessão eu entro na bad depois e foi o que aconteceu. patrícia me deu um feedback positivo e construtivo sobre minha escrita e argumentos, fiquei muito feliz. assisti um pouco dos vídeos do show ofertório, do caetano e filhos dele. foi legal pq não sou muito de assistir clipes etc. to apaixonada por pink floyd.
na sexta, eu ia acordar cedo pra levar a gata no veterinário e não o fiz, mas ainda bem porque na clínica só tava atendendo com hora marcada. tava meio que de mau humor e aqui em casa tava faltando algumas coisas ai fui no mercado e hortifruti. fiquei muito triste porque mesmo com os estabelecimentos “fechados” o centro estava lotado, tinha fila até na cacau show. eu odeio as pessoas. fiquei com muita raiva e comentei com mainha que às vezes eu achava que o brasil merece a merda que vive. não tem condições. almoçei um mungunzá que minha tia fez pra mim e fiquei assistindo tv. a globoplay adicionou two broke girls e aí to assistindo. tomei coragem e comprei um livro de culinária, fiquei lendo ele e aí percebi que quero estudar um pouco os fundamentos da nutrição. 
sexta a noite foi bastante mau humor, fiquei ansiosa com as informações do ebook e aí penso que é bastante coisa e acho que não vou conseguir. também estava de mau humor por causa da minha mãe. ela havia comido a lentilha que eu fiz e usado a última cebola roxa. eu não tinha mais janta planejada. é um estresse e esforço bastante pensar no que vou comer e colocar energia pra cozinhar também, aí vem mainha -que não é vegetariana e sempre solta uns deboches pela minha escolha de não consumir produtos de origem animal- e sempre come tudo o que eu faço. eu fico possessa pq ela come o meu e ainda come as coisas que titia faz (com carne). fiquei com esse estresse pra mim e comentei com virna e pedro. mas ao mesmo tempo eu não posso reclamar pq ela paga tudo né e, para além disso, ela é minha mãe, simples assim.
to bem low profile, em todas as redes. ver meu perfil no twitter é engraçado pq quase não posto mais -só as vezes, só dou rt. demoro a responder as pessoas no insta e zap e as notificações me deixam agoniada. prefiro esquecer que as redes existem. um dia desse, passei o dia todo pra responder pedro e ele com ódio. o bixim. até virna que é sumida perguntou se eu lembrava q ela existia. a bixinha. to me sentindo meio culpada por não ler como tava lendo antes no kindle. eu so doida.
sáabdo de manhã levei a gata no veterinário e pra resumir: ela pode tá com câncer ou infecção. neto fez um exame citológico nela, passou uns remédios e o resultado sai quarta-feira. to ansiosa pra saber, se for câncer vai ter que sacrificar :( engraçado pensar em eutanásia, peguei algumas viagens sobre isso já.
ta cada dia mais difícil conviver com meu irmão e seu bolsonarismo. ontem ele disse que é a mesma coisa comer alface e bolacha recheada. percebi que não tem como mais ter uma discussão saudável com ele, parece que esse tipo de pessoa não consegue pensar e só introjeta ideias (obrigada, tiburi - inclusive recomendo o livro como conversar com um fascista). ah, lembrei o porquê de eu odiar essa militância de internet: um dia desse, uma mina postou artistas negros pras pessoas conhecerem -apesar de todas as referências dela serem brankas-, e aí no outro dia postou que tava desejando as peças da coleção do dia dos namorados da FARM... sim, um minuto de silêncio por favor... eu quase comentei “mulhe tu não tem vergonha na cara não?” porém preferi ficar calada pois não sei conversar com as pessoas.
sei lá o que fiz sábado a tarde mas sei que de tardezinha fiz guacamole e testei uma receita de sopa. ficou aquela bem de gente doente, sabe? mas fiquei feliz porque teste colocar couve e vagem. ficou um abraço no coração. se eu pudesse escolher apenas uma comida pra comer o resto da vida, essa seria sopa afinal existem MIL MANEIRAS de você váriar, além de ser bastante prática. eduarda, quem você se tornou???? to amando essas mudanças. mainha e segundo pediram pizza. fiquei assistindo e depois fui dormir.
ontem acordei umas 11h e fui direto pra cozinha. fiz uma receita de hambúrguer de lentilha e macarronada com molho de tomate caseiro pro almoço. ficou deli apesar de não gostar desse macarrão de feijão que comprei. segundo brigou um pouco mas conseguimos contornar a situação. tinha encomendado um bolo caseiro e fui buscar com meu irmão. assisti um pouco e lembrei de modelar os hambúrgueres. tive vontade de fazer um pão que letícia tinha mandado a receita. foi minha primeira experiência e surtei um pouco quando não estava dando certo. mas fiquei muito feliz sovando a massa e vendo que ela tava bem bonita. peguei muita viagem quando vi que ela tava crescendo e depois quando tava fazendo as bolinhas. fiquei muito feliz mesmo, a natureza é linda demais e aquele lance: os nossos avós já sabiam o que era alimentação de verdade e não tem produto alimentício que substitua a beleza de preparar refeições. fiquei muito animada com o resultado do meu pão e escrevi um texto e compartilhei no instagram -vou postar depois aqui pra deixar registrado e comentar um pouco mais sobre ele. fiquei ansiosa e com falta de ar _sério_, mas deixei um pouco de lado e fui dormir. 
mel ta agoniando meu juízo desde sábado, ela fica chorando e depois para. to doidinha porque não sei o que isso significa. será que ela tá sentindo falta de andar?
quero ajeitar minhas playlists. preciso estudar. e tomar banho também.
tchauuuuu
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sextaventura · 5 years ago
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Entrevista com a roteirista Jaqueline Souza
Sabe quando você tá conversando com uma pessoa e aquilo faz muito muito sentido? E você quer dizer "Nossa, adorei isso que você disse! Me faz pensar que ta ra ra e tan tan tan...”? Eu senti falta disso nessa entrevista! Por escrito não dá pra dizer na hora o que a gente sente ou pensa. Senti falta disso em todas as entrevistas que fiz até agora, mas só me dei conta disso lendo as respostas da Jaque. 
Jaqueline Souza é roteirista, já fez curtas, escreveu longas, trabalhou em séries e criou o Tertúlia Narrativa que, eu acho, é a maior fonte de informações online sobre roteiro na língua portuguesa. Foi uma surpresa muito boa saber que ela é uma das pessoas por trás disso e poder agradecer virtualmente, que por agora é o novo pessoalmente. 
Jaque, ouvir a sua história me deu arrepio de plot twist e olhos quentes de emoção. Quando eu crescer, quero ser que nem você! Obrigada por compartilhar mais uma vez.
Agora vamos lá, entrevista. 
***
Quero começar dizendo que tava muito animada pra essa conversa. E quero muito saber da sua história roteirística! Como foi que você encontrou essa função? Como descobriu que gostava?
Jaqueline Souza: Que massa!! Muito feliz também com a conversa, sempre bom poder conhecer, trocar e conversar com uma mina preta, pensando em roteiro, que é uma das coisas que mais gosto no mundo!!  
Começando bem do começo, eu nunca sonhei com uma profissão que não fosse nas artes. Logo muito cedo já sabia que queria trabalhar com cinema - provavelmente muito por conta do programa Zoom da Tv Cultura.  E quando descobri que tinha alguém que fazia escrita em cinema, eu soube que queria fazer isso. Acho muito raro ouvir isso, as pessoas sempre parecem ter sido levadas a roteiro e pra mim, não. Foi uma busca. E eu sempre digo, que só foi possível porque quando eu disse pra minha mãe, ela não riu da minha cara, porque era algo completamente fora da nossa realidade. E eu não fazia ideia de como chegar lá, mas na ingenuidade, eu achava que só precisava fazer uma faculdade e pronto. Minha mãe era metalurgica, ninguém na minha família tinha feito faculdade até então. Fiz curso técnico profissionalizante em comunicação visual porque gostava de desenhar e achava que podia me dar uma base pra qualquer coisa que tivesse a ver com cinema. Na faculdade, passei primeiro em um curso de Letras, que eu não conclui, e só depois consegui entrar em Cinema.  Lá tive bons professores, mas nada que aprofundasse em roteiro. Na faculdade, eu conheci o Marcos, meu parceiro, marido e sócio. Juntos escrevemos roteiros de curtas, dirigimos, mas por eu ter um perfil muito proativo para tentar fazer as coisas acontecerem, acabei caindo em produção. Passei por várias funções dentro do cinema, mas fiquei em produção por alguns anos. A gente abriu nossa produtora e também fizemos de tudo, institucional, casamento, etc. Mas sempre com aquela voz dentro da gente, dizendo que queria trabalhar com roteiro. A partir daí minha trajetória se confunde com a da Tertúlia. Os nossos estudos, muito autodidata mesmo, fundaram os primeiros passos com o site e no tentar migrar profissionalmente para o roteiro. Foi aos poucos. Daí rolou uma seleção de um argumento meu em um edital do Ministério da Cultura e as pessoas começaram a ficar de olho. O chute na porta foi quando o roteiro desse mesmo projeto foi selecionado para o Novas Histórias, que é nosso laboratório mais tradicional de roteiro. Eu era a primeira mulher negra entrando no laboratório e sai dele com uma bolsa de desenvolvimento do Projeto Paradiso, na época recém lançado. A busca continua, mas foi um momento decisivo para minha carreira.
Como é a sua rotina de estudos? E o que você faz pra se manter atualizada nessa área?
Jaqueline Souza: Eu sou uma pessoa que racionaliza muito processo, então escrevo, depois analiso, leio materiais que possam servir de inspiração. Também gosto muito de assistir referências e estudá-las, enquanto estou escrevendo. O que mais gosto é de fazer isso entre um tratamento e outro, porque tem um distanciamento que permite mergulhar com olhos frescos, entender as lacunas, os desejos do que você queria alcançar. Hoje meio que meus estudos são integrados ao próprio processo de escrita.
Qual é o seu gênero preferido de escrever? O que você curte nele?
Jaqueline Souza: Não sei se tenho um gênero favorito, mas eu adoro gênero em si. Mergulhei no terror há alguns anos por conta de um projeto específico, Incubo, que foi esse roteiro que me abriu portas no mercado. Começou como um estudo de gênero mesmo, eu tinha uma ideia antiga e depois do Corra!, entendi que aquele argumento era um filme de terror! O filme tem produção da Joelma Gonzaga Oliveira e será dirigido pela Renata Martins, que é uma diretora que eu admiro muito, e que também tem pensado sobre o terror como forma de versar sobre algumas experiências raciais. O terror é um gênero que me interessa muito, porque permite falar de sentimentos muito internos, porém de uma forma física. Mas eu também gosto de thriller e tenho estado cada vez mais apaixonada pelo fantástico. Amo comédias. E curiosamente, se eu fizesse uma lista dos meus filmes favoritos da vida, a maior parte deles seriam romances, mas ainda não me aventurei pelo gênero e adoraria.
Qual foi o primeiro roteiro que você escreveu?
Jaqueline Souza: Quando eu era adolescente, escrevi dois longas. Longa mesmo. Um deles era um filme coral, imitando Magnólia, que eu amava. Imitando mesmo. Tinha até uma sequência em que todas as histórias suspendiam e os personagem cantavam uma mesma música. Fiz até tentando formatar, fui atrás de roteiros de filmes que gostava pra ler. Tenho uma cópia dos roteiros até hoje. Apesar da qualidade naturalmente questionável, eu realmente considero que foram minhas primeiras experiências. O Cartier-Bresson dizia que suas primeiras dez mil fotos são as piores. E muito do nosso trabalho escrevendo é jogar fora, ideais, cenas, roteiros inteiros, mas pra jogar a gente tem que escrever. São nossas dez mil primeiras fotos.  Depois, eu escrevi alguns curtas. Quando começamos a Tertúlia, eu e o Marcos tínhamos o hábito de desenvolver ideias, e disso, escrevemos juntos mais dois projetos de longa. Eu sempre falo que o Incubo é meu primeiro roteiro de longa escrito, mas antes dele, já tinha escrito muito, ele só foi o primeiro a emplacar.
Pelo que eu vi, você teve a experiência de criar roteiros sozinha e em equipe. O que você vê de prós e contras nessas duas experiências?
Jaqueline Souza: Sim! Tenho projetos solo, mas também trabalho muito em dupla e tenho experiência em salas de roteiro. Cada um desses formatos de trabalho, é completamente diferente do outro como metodologia, abordagem, estilo. Projetos solo são realmente um mergulho em você próprio. É onde seu estilo mais se materializa e se molda. É onde você mais aprende sobre você mesmo e isso é ótimo. Mas também é um processo muito solitário e no geral, mais lento…
Com trabalhos em dupla, eu tenho dois tipos de experiência, um mais pessoal e outro por demanda. Nesse primeiro, em geral, trabalho com o Marcos, que é meu parceiro de escrita oficial. A gente escreve juntos há anos, conhecemos o estilo um do outro e apesar de existir uma simbiose no jeito que escrevemos e pensamos, somos muito diferentes e isso sempre vem pra escrita de uma forma surpreendente. Recentemente tenho desenvolvido projetos pessoais com outras parcerias, pessoas que tenho uma boa relação e admiro o trabalho e também tem sido uma experiência ótima.
Agora outro formato é fazer trabalhos em dupla, em projetos por encomenda, em geral, com alguém que você não trabalhou antes. Também faço muito isso e acredito ter certa facilidade pra trabalhar assim. Sou muito flexível, gosto de conhecer o outro através do próprio processo e gosto acima de tudo de boas histórias, então não tenho vaidades a respeito de de quem é a ideia, mas sim se ela é boa ou não. Se a outra pessoa também é assim, ótimo, o processo é facilitado por que todo mundo tá indo pro mesmo lado. Ainda assim é difícil adequar a metodologia. Cada roteirista desenvolve um método de criação e trabalho para si e encontrar esse lugar que seja confortável para duas pessoas que mal se conhecem é complexo.
Sala de roteiro é um método coletivo mesmo de trabalho. É difícil dizer o que é cada uma das pessoas, porque tudo vira uma amálgama de todos.  E existe dois processos em sala, que pra mim, são completamente diferentes. Um é a sala em si, outra é a escrita dos episódios. A voz que mais prevalece é a do chefe de sala. Aquele processo de refletir muito sobre o que vai escrever ( ou já escreveu),  chegar a conclusões que algo não funciona e o porquê não funciona, que você passa ao longo de meses em um trabalho solo, em uma sala acontece na hora. É  imediato. É um processo acelerado de criação.
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Site Tertúlia Narrativa, na área dos artigos. Recomendo!
A Tertúlia Narrativa é um site fantástico! Aprendo muito com ele e fico feliz de saber que ainda tem vários assuntos pra fuçar por lá. Obrigada por ter criado tudo isso. Como foi que surgiu a ideia? E como tem sido pra você essa experiência do site? O que tem aprendido com ele?
Jaqueline Souza: Que lindo!! Muito obrigada! Pra gente é muito gratificante conhecer as pessoas e ver que de alguma forma influenciamos o aprendizado e o pensamento sobre roteiro pra tanta gente.
Pra gente, as coisas surgiram com advento do Kindle e dos livros virtuais. Tivemos acesso a livros de roteiro, resgatando nosso interesse da faculdade e que tínhamos tido tão poucas chances de estudar. Como não tínhamos dinheiro para fazer cursos de roteiro (e nem existiam muitos na época), nós baixamos a bibliografia de cursos e começamos a ler os livros que eram recomendados. 
Em 2014, abriu o primeiro edital de Núcleos Criativos da Ancine.  Nós juntamos um grupo de profissionais e propusemos um núcleo, que se alternava em suas atividades entre o desenvolvimentos das séries e estudos de roteiro. Chamamos o Núcleo de Tertúlia Narrativa. Fomos até a final do processo de seleção, mas não fomos contemplados. Um pouco depois, eu e o Marcos, estávamos bem quebrados financeiramente, fazendo trabalhos que pouco tinham a ver com o que gostávamos. E depois de uma crise de depressão, decidimos que precisamos fazer algo pela gente. Algo que gostássemos, que fosse nosso, um aceno pro futuro. A solução dentro das nossas possibilidades na época era criar um site, cristalizando nosso interesse por roteiro e pensando que isso poderia gerar frutos profissionalmente. Passamos uns 30 dias montando o site e os textos iniciais, junto com o Cipriano Wisky, nosso amigo de faculdade e também roteirista. E esse foi o começo de tudo.  Pra gente, a Tertúlia é um projeto de vida.  É uma extensão do nosso trabalho em formação, que tivemos durante anos voltados a oficinas de cinema e animação para jovens das periferias da Grande Curitiba. Só é em outro formato. Nosso maior aprendizado é que a troca é a forma mais eficiente de aprender algo.  E que o saber precisa ser compartilhado, é uma ferramenta e tem que estar na mão de todos, democraticamente.
Você foi roteirista na série Boca a Boca, que vai estrear na Netflix esse ano! Como foi a experiência dessa sala de roteiro?
Jaqueline Souza: Meu sonho era participar de uma sala, eu sabia que estava pronta e tinha a capacidade para isso. Quando o Esmir me convidou, foi tudo muito rápido. E é um outro tipo de escrita, de processo. Foi minha primeira sala. A Shonda Rhimes compara uma série com um trem que não pode parar. Em um longa, você consegue parar e entender o processo, refletir sobre ele, fazer escolhas e daí voltar para escrever. Em sala, não. O ritmo não é seu, então você precisa entender e ir escrevendo no processo. Quando digo entender, não é trama. É o processo mesmo. Depois que você passa por esse processo mental de entender o funcionamento de uma sala e como você funciona dentro de uma, as coisas começam a tomar forma.  Em cada projeto novo, ainda rola a descoberta sobre aquela sala em específico- porque cada sala é completamente diferente uma da outra.
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Essa é a imagem que aparece quando a gente procura Boca a Boca na Netflix. Ainda tá bem misterioso, mas a gente pode clicar em “lembrar”, pra ser avisado quando a série estrear. 
Quais são os livros, filmes ou séries que foram importantes para você como roteirista?
Jaqueline Souza: Minha formação é uma colagem gigante de coisas de lugares completamente diferentes. Acho que não lemos muito pouco sobre dramaturgia, em geral, a maioria dos jovens roteiristas lê direto livros sobre roteiro, e quando comecei a ler sobre dramaturgia foi onde o estalo realmente deu pra mim. Dentro disso, vou citar o Introdução à Dramaturgia da Renata Pallottini. E no lugar de filmes, vou falar de roteiros mesmo. Eu comecei a ler roteiro muito cedo e muitos deles foram muito importantes pra mim: o primeiro roteiro que li, o primeiro brasileiro, roteiros que influenciaram minha forma de escrever, etc. Vou destacar Shame do Steve McQueen e da Abi Morgan, porque foi o primeiro roteiro que li sem ter visto o filme antes. E só aí entendi o roteiro também como uma experiência de leitura.
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Jaque, obrigada por ter topado! Foi muito bom ter lido isso e eu espero que tenha sido bom pra você também. :)
Essa entrevista também foi um oferecimento da Mariana Tesch, que me indicou a Jaque! E Nina Kopko, que também indicou a Jaque. Everybody Loves Jaque.
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myfreakingbooks · 3 years ago
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2022: #10 - O Rei Perverso
"Eu queria e também temia isso, e agora que está acontecendo, não sei como vou poder querer outra coisa."
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UUUUUUAAAAAA JUDEEEEEEE
GENTE! >SPOILERS<
O Rei Perverso promete pouco e entrega tudo! Eu realmente não esperava sair do livro chocada. Li, comecei o terceiro livro, dormi, acordei, vi vídeos no yt, repensei toda minha vida, almocei e ainda não parei de pensar naquele último capítulo! CARDAN!!!!!
Vamos do começo, faeries, eu geralmente não gosto de jumping time, mas esse eu posso perdoar, mesmo que seja meio difícil acreditar que a Jude conseguiu mesmo evitar o Cardan por 5 meses.
Mas tudo bem, porque:
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Tadinha, tava passando por uma barra. Se o Cardan pode ser perdoado porque tem trauma, a Judinha também pode!
Eu tava sem bateria no kindle, então comecei lendo pelo celular mesmo. O desespero era tanto pra ler, que já meti 30% do livro só antes de dormir.
Se a Taryn foi a herdeira dos mommy issues, neste livro foi para mostrar que a Jude também recebeu umas boas doses:
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Uma coisa que eu amei nesse livro foram as lições, como essa lembrança ou flashback do Madoc treinando Jude e Taryn para proteger a árvore, ensinando sobre poder.
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A Jude talvez só não saiba lidar com essas lições, como foi na cena com o antigo senescal:
"Meu conselho - diz Val Moren - é que você aprenda e faça malabarismo melhor do que eu, senescal."
Também foi engraçadinho ele podendo andar desleixado porque foi senescal do Grande Rei E poeta, enquanto a Jude tem que estar apresentável pois é SÓ senescal kkkkkkkk
Vou botar um print do Cardan sendo um gostoso como Grande Rei.
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Mais alguns prints aqui sobre a Jude do segundo livro:
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A coisa que me incomodou nesse livro foi ter TANTO Nicásia e Balekin, os personagens que menos gosto. Foi uma tortura. A Jude rateou de andar o veneno, não podendo entregar o Balekin e errou mais ainda de não ter prendido a Nicásia por traição. E outra, por que ela não contou pro Cardan da dívida com a Corte dos Cupins? Jude foi tramando a própria teia, até que se viu presa.
É por isso que achei o final tão genial, porque eu não acreditava nem por um segundo que o Cardan a exilaria. Por mais que eu esteja amando essa triologia, ela, não exatamente, tinha me surpreendido... Até o último capítulo! Não acho que o livro PRECISE de milhões de plot twist só para a Caroline ficar surpresa e postar sobre no tumblrzinho dela, não. Mas algumas coisas eram óbvias, como o Fantasma ser o traidor. Na verdade, eu até achei uma jogada inteligente o sequestro de um nobre, fosse na verdade, do Balekin, não do Oak, mas isso foi arruinado por um monte de escolhas burras. Primeiro que a Jude tinha que ser descido o cacete no Locke por ter atacado ela, roubado o presente e por ser um cretino. Na briga, a Jude já sentiu o que acontece com ela por estar andando sozinha por aí, então o que ela faz? SAI SOZINHA. Tudo bem que ela confiava no Fantasma, mas será que não podia chamar uns guardas juntos??? Jude, jude, jude...
Odiei tudo envolvendo Nicásia e já estou de cara de ter que ler sobre ela no terceiro livro.
Não achei o Balekin dos piores, mas chatão hein! Pelo menos foi Jude o enganou, ele merecia depois de ter forçado os beijos nela. Cretino.
Quanto ao Cardan, nem sei o que dizer... Vou me preservar.
Vou colocar aqui as frases que marquei, talvez comentar algumas, mas não todas. Estou cansada, isso foi uma jornada de emoções!
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1433 - a autoestima da Jude é mesmo uma coisa né...
1462 - as mentiras foram realmente um assunto aqui, quase um motif, achei interessante. Estou curiosa para ver como as mentiras da Jude vão desenrolar no último livro.
1732 - temos que concordar que a vibra do Madoc é de se admirar as vezes.
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1756 - de novo, os segredos. Como dizemos em Duna: tramas, dentro de tramas, dentro de tramas
1915 - kkkkkkk adoro como o ser amamentado por uma gata vai aparecendo na história assim como o rabo do Grande Rei, a jude não deixa a história morrer kkkkkk
1991 - mano WTF? kkkkkkk
Agora vou ter que digitar porque aparentemente essa porra tem limite de imagens
J: "Te odeio tanto que às vezes não consigo pensar em outra coisa."
C: "Quero te dizer tantas mentiras."
J: "...gosto mais dele do que já gostei de qualquer pessoa e que, de todas as coisas que Cardan já fez comigo, fazer com que eu goste tanto dele é de longe a pior"
❤️🧡💛💚💙💜🤎🖤🤍❣️💕💟💞💘💝 ELES!!!!
Depois da migalha de romance, o casal sáfico foi outro que brilhou, ou melhor, Heather brilhou. Eu não gosto da Vivi. Essa obsessão dela com o mundo mortal e o jeito que ela trata a família por querer ficar em Elfhame me irrita demais. Uma cavalona dessas metendo essa, it's not cute anymore. Parece o Pedro Scooby no BBB22.
"Senão, a notícia de que sereias são reais vai chegar junto com a notícia de que as sereias querem nos pegar." JUDE!!!!! O tanto que eu ri
"embriago e perturbadoramente embriagante"
Aprenda, Jude Duarte: "Mas algumas mentiras não precisam ser contadas."
"Olha, eu entendo que você acha que o que estou fazendo é burrice. Mas não aja como se fosse inútil." Fecho que a Vivi precisava!
"Ela está linda e dolorosamente humana." Tenho a impressão que já vimos outra versão dessa frase no primeiro livro.
"Às vezes duvido da minha eficiência como senescal, mas nunca como assassina."
"O medo é uma coisa terrível, mas a combinação de esperança e medo é pior."
"Você diz que vou ficar bem porque tem medo de eu não ficar."
"Mas, o pior de tudo, você é um tolo." OS FATOS!!!!
"A vingança é doce, mas sorvete é mais."
É isso, dentro de uns dias, venho aqui contar sobre A Rainha do Nada.
- C
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srvtnlh · 3 years ago
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“Ia contar sobre o box das nove temporadas de Arquivo X + filme que eu queria me convencer a não comprar, e então me toquei que talvez a pergunta de verdade a ser feita é o que é que a gente vai assombrar quando morrer?”, verborragias pateticamente sentimentais correlatas e relembrando a polissemia de “assombração”.
Passei o dia lendo as respostas a minha enquete sobre mídias físicas. Esse é um termo bonito pra falar das tranqueiras que são uma espécie de manifestação tangível (e eu ia escrever “tocável”, mas achei que a palavra não existia e decidi por essa outra, meio contrariada, mas aí descobri que o tocável existe sim e em vez de substituir um substantivo por outro, escrevi três linhas em liberation serif) que a gente vai juntando, seja por valor instrumental ou emocional (ou até mesmo econômico, sei lá).
De modo geral, a maioria das pessoas é bem apegada a livros físicos. Alguns comentários sobre o prazer ritualístico de cheirar e folhear e apreciar capas e contracapas e rabiscar e bla-bla-bla. Bem fofo. Por outro lado, só conseguia pensar no consenso não manifesto: a luz da tela faz nosso olhos doerem e ficarem ressecados, como eu redescubro a cada mês de mais um chá de cadeira fazendo rômófis.
Passei a quarenterna etena inteira certa de quê, se eu fosse só um pouco mais louca, estaria plenamente convencida de que morri e venho vivendo um purgatório que já está se repetindo pela terceira ou quarta vez, na esperança de que dessa vez eu faça o certo. Mas, graças aos 7 anos de psicoterapia, outro tanto de acompanhamento psiquiátrico e um ceticismo que, no fim das contas, é só medo de acreditar mesmo (e eu quero acreditar, igualzinho ao Mulder), eu só desconfio da hipótese de purgatório.
Já faz mais de um ano que eu não sei mais o que é sonho e o que é memória. E tem outro tanto que parece uma premonição esquecida (e lembrada só no último minuto. “Djavan” o nome. Mentira. Mas não sabia onde iam os acentos em “Déjà vu”, e a Wikipédia casualmente me informou que a experiência está relacionada às de quem tem TOC. E aí eu lembrei que consegui esquecer que minha cabeça não funciona exatamente como deveria).
Já faz mais de um ano que eu não sei mais o que é sonho e o que é memória, mas meu jardim aumentou e agora tem planta até no box do chuveiro, a lavanda que era do vaso toma o solo mas também morre morre morre morre (… morre. Aí, pronto. Morre em ímpar, como a coisa é mesmo) e os bichos comem as florezinhas mas os morangos brotaram e seguem maiores, ainda que verdes.
Já faz mais de um ano que eu não sei mais o que é sonho e o que é memória, mas eu continuo lembrando que continuo esquecendo de lavar o terceiro de quatro suéteres tricotados nessa quarenterna etena. A saia ainda não saiu das agulhas (e acho que é elas o que eu gostaria de assombrar quando morrer), mas ela continua crescendo. Meu cabelo também, e aí eu corto tudo de novo e ele cresce de novo e mais uma vez e tudo de volta.
Tudo todo dia é bem igual, mas cada dia é outra coisa. Cada mês é uma conta diferente da porcaria do spotify, porque eu odeio a caralhada de anúncio e odeio mais ainda não conseguir piratear mais nada na internet. Aqui é que começa o objeto de verdade disso aqui (N.A: fui revisar, e descobri que essa última frase é mentira).
Bom, começou quando o deezloader parou de funcionar. Quero dizer, começou desde de que volta e meia meu pai me pergunta se tenho baixada a música que tô ouvido, e aí eu digo que não e resmungamos um pro outro sobre como é um saco só achar as coisas em plataforma de streaming. Ou começou quando pedi pro meu namorado baixar Buffy no computador dele, porque não queria levar o meu pra lá e pra cá, e descobrimos que quase não tinha seeder pro torrent. (Na quarta vez que eu assistir, será que vai ter torrent ainda?) Mas também começou sete anos atrás, quando eu comprei um CD em outro continente porque não achava em lugar nenhum por aqui. E continuou nesse ano, quando queria ouvir outro, e descobri que era uma demo de edição limitada, que ninguém fez upload e provavelmente nunca vai fazer.
Geral curte livros físicos. Prazer ritualístico cheirar folhear apreciar capas e contracapas rabiscar dobrar google pesquisar et cetera e tal, bar e lanches. Bem fofo. A luz da tela do celomputablet também deixa meus olhos ardendo, mas o kindle é bem bacana.
Por falar nisso, hoje em dia, eu - que costumava ficar horrorizada com livro avacalhado - rabisco e pinto e marco e grudo notas adesivas e gosto das espinhas quebradas que eu causo. Prova material de que minhas mãos passaram por ali eles passaram pelas bolsas e mochilas e passearam comigo, algum dia.
Mas eu nem leio mais. E comprei o kindle porque tava na promoção, ou melhor, porque é mais leve de levar por aí e é mais barato baixar livro de graça. Tem até dicionário embutido, vou aprender outro idioma. Ainda nem comecei a aprender italiano.
Baixei uma caralhada de livro e enfiei num drive. Mandei o drive pro Lucas e pra Marina, e decerto em algum grupo do Whats também, nem sei. Pô, igualzinho emprestar livro de verdade pros outros. Abarca completamente a sensação de se separar fisicamente do receptáculo da história (não, não. esse aí é a gente. Talvez outro termo seja melhor, mas esse também serve) ao qual você ficou tão afeiçoada, dizendo, sem dizer: “eu não me importo em confiar ele a você, porque quero que você veja e sinta e seja impactado por isso também, carregue o peso físico e o não-físico consigo, e até te perdoo se o sebo das suas mãos manchar as páginas e se seu esmalte arranhar uma lauda ou outra sem querer – mas evite, por favor –, desde que eu possa compartilhar mais isso com você.” Talvez não em tantas palavra – eu aprendi a me estender.
Não diz nada disso, não. Nem teria como. Tem coisa no drive que nem li, e nem lerei (lanchonete e snooker bar). Diz, no máximo, o que eu disse mesmo: “deve ter alguma coisa aí que você vai gostar também, e que eu também gostei”. E também o que eu não disse, que é: “e talvez seja outra ponte entre a gente”.
Eu já nem sou mais tão apegada aos meus livros pra escrever tantos parágrafos sobre isso. Mas escrevi. E escrevi cada vez mais certa de que a gente assombra, mesmo que só um pouquinho, todas as coisas que toca.
O copo que a Laura me deu uiva quando eu viro ele pra beber água. Nos livros que a Agda e a Giu me deram, elas me assombram da estante. Se eu ouvir ao contrário o CD que a Bea me deu, a gravação vai dizer o quanto ela gostava de mim quando me deu ele de presente de Natal. Espero que goste até hoje. Sem vergonha da blasfêmia, na Bíblia que minha tia me deu de presente, a assombração residente é ela (que ainda está viva-e-bem-graças-a-Deus), e não o Espírito Santo.
Eu, que nunca me liguei muito em metafísica.
Na noite de quinta, fui ler o tarô e tirei a torre. Detesto a Torre. Minha terapeuta – ou, melhor dizendo, a mulher muito legal e querida que me terapiza e que terapiza muita gente além de mim – gentilmente me fez ver que eu tenho uma certa maniazinha de controle. Coisa pouca que em 2020 me fez imaginar morte violenta e formas de evitá-la (tm) umas trocentas vezes por dia, porque meu cérebro é, cof cof, peculiar desse jeito, enfim. Olhei pra Torre e tive certeza de que a amenorreia era gravidez. Mas, no dia seguinte, o que fez o chão sumir sob mim foi sentar no sofá e descobrir que Bones tinha saído do Prime Video (e a menstruação desceu à tarde, depois de quatro meses, olha só).
Pra ser sincera, Bones nem é tão bom assim. Os close-ups nos cadáveres são tão brega, meu deus. E como assim ninguém percebeu que a Brennan tá no espectro autista? Mais importante: porque é que todo mundo é tão malvado com o Sweets? E, enfim: não tem como escapar da propaganda para a polícia e o Exército dos EUA. E como é que o psicólogo prodígio do FBI não percebeu que a Brennan é uma mulher autista?
Que seja. Bones nem é tão bom assim. Mas já era meu seriado companheiro de todas as manhãs. Foi companheiro de esperar notícias do hospital também. Quer dizer, do meu pai, quando hospitalizado.
Mas fiquei encasquetada mesmo quando vi que Arquivo X não tava mais no Prime. Que saco. Eu adorei Arquivo X – e também achei tão mal escrito. Será que Mad Men saiu também? Falei pro André que ia assistir. Faz dois anos que saí do escritório. Teve tantos estagiários depois de mim, mas será que eles lembram de mim? Eu espero que lembrem. Meu deus, será que eu ainda assombro a mesa que era minha e que também não era? Será que ela continuou lá quando eles mudaram de sede? Dois anos depois, o Érico ainda assombrava minha conta do Projudi. A Diana (que eu conheço) e a Fran (que eu não conheço) ainda assombram o pdf do caderno que a Diana tão generosamente me cedeu. (E decerto que os defuntos das fotos que o Amaral mostra na aula Medicina Legal é que assombram o projetor que ele traz pra sala).
Assisti Arquivo X com meu pai durante a quanterna etena. Meu pai nunca teve muito saco pra seriado, mas hoje ele tá até acompanhando novela. O guarda-roupa dele é um guarda-roupa cápsula, e não é nem pelo conceito – mais de trinta anos como militar e, a bem da verdade, a maioria do que ele tem ele consegue carregar sozinho. Mas ele tem uns CDs. Um monte deles, na verdade. E uns que eram deles mas no fim a mãe trouxe com ela, depois da separação. E minha mãe também comprou tanto livro depois que eles se separaram! Esses tempos fomos organizar a estante, e eu, tão desapegada, perguntei se não dava para chispar uns pra um sebo. Ela falou que não.
Já não cabe mais nada na estante.
A tartaruga de casa sou eu. Pari passu, volta e meia (bar e lanches) eu me atento a jogar tudo fora.
Será que tudo isso, no fim das contas, não tem a ver com o divórcio? Não. Ou tem.
Tem a ver com controle também. Detesto pagar os boletos todo mês sem nem ao menos saber se vou poder reassistir ou reouvir o que quiser, quando quiser, na merda da plataforma. O CD e o DVD eu carrego comigo. Já tô craque em carregar mala de um lado pro outro.
E tem a ver com o anúncio do 9 temporadas completas + filme em um box edição de colecionador de Arquivo X.
Arquivo X é tão bom quanto é ruim. Ou é mais bom que ruim. Ou não tava tão bom, mas, depois, pareceu que piorou.
Eu assisti Arquivo X com meu pai antes de voltar a rezar depois de passar um apuro achando que ele ia morrer. Comecei a ver sozinha, e aí comecei de novo a ver com meu namorado, que não gostou tanto assim, e aí continuei a ver sozinha, quando meu pai começou a ver comigo o que continuei a ver com ele.
Todos os meus adultos estão vivos e bem. Meu pai quase morreu na pandemia e minha mãe recuperou o emprego por causa dela, e esses tempos começou a comprar coisa no Enjoei. Criei uma conta também. Ninguém mais compra DVD; mas anunciaram por tão barato, e esperar encomenda ajuda a perceber a passagem do tempo. Esperar o cartão virar, também. Esperei demais e outra pessoa comprou o box antes de mim. Passei o resto do dia aborrecida e escrevi isso aqui.
Lucas, se você leu até aqui: já faz quatro anos desde que você começou a dizer todo dia que me ama, mas, desde que você não leu O Apanhador no Campo de Centeio e eu fiquei incomodada de não ter minha cópia comigo e pedi ela de volta, a pergunta que só não me tira o sono porque eu sou muito dorminhoca é: será que você odiaria o Holden, como boa parte das pessoas odeia?
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itacoisa · 4 years ago
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As segunda leva de leituras de 2021 (ou como sou influenciável e talvez burro (?))
No post anterior falei um pouquinho das minhas primeiras leituras do ano, essa então é a continuação com as leituras de número 5 ao 8, #partiu.
(estou escrevendo isso ás 23 horas, estou com soninho, mas só agora tive vontade de escrever isso, então, relevem qualquer coisa kkkkkkkkkk)
5. Meninas Selvagens: Quem me convenceu a ler esse livro foi a Tamirez do Resenhando Sonhos e valeu a pena! É um livro estranho, misterioso e que li muito rapidinho. MAS se eu criasse uma listinha de “OBRAS QUE ERAM MAIS LEGAIS QUANDO EU NÃO SABIA NADA NO COMEÇO”, esse livro estaria lá... junto com Attack on Titan, por exemplo! Não que o final em si seja ruim, mas quando tudo foi se encaixando, o que formava era um plano de fundo apenas okay. Mesmo assim, indico a leitura! E VEJAM O VÍDEO DA TAMIREZ ANTES!
6. A Grande Caçada:  Após ser bombardeado com diversos LEIAM A RODA DO TEMPO pelo Alec do UB, li o primeiro livro e gostei, depois a Tamirez do Resenhando Sonhos (sim, ela voltou), junto com a Gi e a Jess fizeram um projeto pra ler A Roda do Tempo, então, decidi que era hora de ler essa continuação e, galera, vamos combinar ELE SERVIU. O começo foi bem... O Olho do Mundo, o Rand sendo qualquer coisa, eles andando, eles fugindo, eles cavalgando, até que elas, as primeiristas de Hogwarts Torre Branca pegaram a história e disseram “DEIXA EU MOSTRAR COMO QUE FAZ” e salvaram o livro, foi isso que aconteceu. O rolê final foi muito interessante, não esperava que iria por esse caminho, parando agora pra pensar, tinha até um vibe da Trilogia do Império (LEIAM).
7. O Nariz: Recebi minhas edições da Antofágica e fiquei com fogo no rabo vontade de ler mais edições dessa editora, já que são maravilhosas! Mas, me impus uma regra de SÓ COMPRAR EDIÇÕES DE LIVROS QUE GOSTEI MUITO, pra isso decidir ler pelo KU. Resultado: agradeci que me impus essa regra porque não entendi nada no livro e não iria comprar mas é nunca. Terminei a leitura pensando: será se sou burro? A resposta é s–.
8. É assim que se perde a guerra do tempo: Comecei essa leitura assim: ????????, terminei tentando decidir o tanto que gostei, porque vejamos: o livro é um romance e eu não estava interessado com o romance!!!!! O plano de fundo de ser uma guerra do tempo, dimensões, universos paralelos, inimigos, era muuuuuito mais interessante. Mas, mesmo assim, eu curti toda da melação, rs. É um livro diferente, nem todos irão gostar, mas curti a leitura. 3 estrelas. (Gente, tinha tanta coisa pra falar dele, mas não sei o que dizer e tbm não quero me alongar aqui).
Então é isso... Engraçado que É assim que se perde a guerra do tempo e Meninas Selvagens não foram as melhores leituras, mas fiquei tão satisfeito em ter lido... Acho que foram leituras bem diferentes das que vinha tendo, por isso. 
O conselho que dou pra vocês no post de hj é: respeitem as suas regras autoimpostas (mas nem sempre).
P.S: Dessa vez, sem fotinha, porque li tudo no kindle...
P.S2: Não sei a diferença dos 4 porquês, uso tudo “porque” e FODASSE!!!!! AQUI NÃO É REDAÇÃO DO ENEM!!!!
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tob-rpg-contos · 4 years ago
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Primeiro dia e já quase morro.
Semideus. Eu tive que repetir essa palavra algumas vezes enquanto observava os créditos finais do vídeo de orientação sobre o acampamento. Eu pensava que seria algo bem mais assustador, mas fazia muito sentido. Quero dizer, monstros reais, deuses imortais cujo hobbie é fazer bebês pareceu bastante lógico pra mim. Até os sinais de ser metade deus e metade humano eram bem claros na minha cabeça:
Hiperatividade, ok (adeus remédios para controle de hiperatividade, vou jogar tudo na privada)
Transtorno déficit de atenção (Isso explica por que eu sempre uso fonte 72 pra ler no kindle)
Físico sobre-humano (caramba, eu pedalei pelo país todo, isso realmente não é coisa de gente normal)
Atrair monstros (será que eles colocam um rastreador na gente quando nascemos?)
- Então... semideus, né? Qual metade minha é divina? A direita? A esquerda? Ou é distribuído na horizontal?
- Não criança. Não é tão literal assim. Semideus é um estágio entre ser mortal e ser divino, você é parte dos dois mundos. - Quíron, o homem cavalo que era também diretor de atividades se mostrou muito paciente com minhas perguntas idiotas. E olha que eu fiz umas perguntas bastante idiotas, tipo se eu era a prova de balas (spoiler: não), se eu podia voar (definitivamente não), se eu preciso me esconder do governo (também não, isso é coisa de seriados) ou se tinha visão de laser (ia ser legal derreter pneus de carros superpoluentes e explodir petroleiras muahahahahahaha).
Após minha sessão de perguntas vergonhosas, fui direcionado pro chalé de numero 11, o chalé de Hermes. Sinceramente, os boatos e o panfleto não faziam muita jus ao local, que na minha opinião era mil vezes melhor do que os albergues que eu estava acostumado a passar a noite. Tendo camas e um banheiro sem ratos, pra mim tá perfeito. E o fato de ter varias pessoas que vivem por ali só torna a experiência mais emocionante.
Meu primeiro grande desafio: achar uma cama. Tendo a maioria ocupada, as opções tendem a parecer meio limitadas. Particularmente minha preferência pela cama de baixo se mostrou uma vantagem. A maioria das pessoas não sabe aproveitar bem a cama de baixo dos beliches, mas com alguns ajustes, dá pra tornar o espaço da cama de baixo muito mais privativo e incrível que a cama de cima. E sempre importante seguir a regra dos albergues: mantenha suas coisas por perto e não se meta na vida alheia.
A primeira noite foi tranquila. O colchão muito melhor que de albergue, ninguém roncando que eu tenha notado e quando acordei, minhas coisas ainda estavam onde deixei. Como ainda era bem cedinho, tinha a maior galera dormindo. Fui na ponta dos pés até o banheiro para lavar o rosto e eis que me acontece a pior coisa que eu poderia imaginar: uma espinha na testa.
Mas não aquelas espinhas normais, essa era praticamente um chifre de unicórnio. Era colossal, a maior espinha que eu já vi na vida, de aspecto amarelado, saliente e bem dolorida de cutucar. Bem. No. Meio. Da. Testa.
Dica do Aether: se quer ser zoado pra vida toda, arrume uma espinha dessas. Sério, vão apelidar de unicórnio com certeza. Minha cabeça estava pensando todas as zoeiras que eu iria sofrer com aquilo. Inaceitável. Eu precisava arrancar esse chifre da cara e tinha que ser agora. Mexi na minha necessaire, pegando o meu fiel canivete. Ia ser facinho, que nem tirar carrapato. Só fazer um furinho e aí espremer. Qualquer um consegue.
Cutuquei bem devagarinho com a ponta da lâmina, que entrou como cortar manteiga (pensar nisso fez meu estômago roncar, eu ainda precisava de café da manhã). Furo feito, um pouquinho de pus saindo (que nojooooooooo), agora vinha a parte cruel: espremer.
Só de tocar perto daquela coisa na minha testa, já doía. Respirei fundo, contando até dez e apertei com toda a força. Erro número 1: eu devia ter ido na enfermaria. Foi tipo um vulcão em erupção, pus amarelado e sangue espirrou no espelho, com uma cachoeira de sangue escorrendo da minha testa. Deus (algum deus, agora sei que tem um monte) deve ter sido o que me impediu de gritar de dor. Coloquei a mão na testa, fazendo uma pressão pra tentar segurar o sangramento um pouquinho que fosse. A pia e o espelho estavam cheios de pus e sangue, e para completar com chave de ouro, tinha um cheiro fedido demais. Com a mão livre, abri a torneira e comecei a jogar água onde havia sujado. Isso não foi exatamente sensato, afinal eu estava com um sangramento feito na cabeça (acho que me perfurei bem mais com o canivete do que devia). Engraçado que até eu terminar e secar minha mão na toalha de rosto, minhas pernas estavam bem estranhas. Meio como uma coceira misturada com dormência.
Usei a toalha de rosto para conter melhor o sangramento e saí correndo do banheiro. Nem guardei minha necessaire, só joguei na cama mesmo.
O ar fora do chalé estava fresquinho, com o sol nascendo e pincelando o céu com seus tons de laranja, vermelho e rosa. Clima perfeito pra uma pedalada matinal, mas eu tava desesperado demais pra pensar nisso, já que eu estava a um passo de ser o primeiro semideus a morrer de hemorragia causada por uma espinha. Se era humilhante a espinha, a morte por causa dela parecia pior. Me imaginei nos portões do submundo (na minha cabeça tem portões) com um guardinha gargalhando por causa dessa morte besta e eu ser punido para sempre tendo que contar pra todo mundo como eu morri.
Felizmente não morri. Eu cheguei na enfermaria, que tinha aquele cheirinho agradável de álcool e desinfetante, com uma moça vestida em branco muito, mas muito (eu já falei que é muito) bonita sentada numa maca lendo uma revista. Pelo menos eu acho que era uma revista, sei lá, as coisas nem sempre são o que parecem. Me aproximei com toda a calma do mundo para explicar meu problema.
- Espinha! Sangue! Vou morrer! Socorro!!!!
A enfermeira me olhou, erguendo uma sobrancelha, mas acho que ela estava acostumada com novatos acidentados em desespero, pois só levantou da maca e mandou eu deitar. Um filetinho de sangue estava escorrendo por baixo da toalha, contornando o lado direito do meu nariz. Excelente hora pra eu lembrar de ter ouvido certa vez num pronto-socorro (intoxicação alimentar, longa história) que a testa está cheia de vasos sanguíneos e por isso qualquer corte parece um desastre. Observei o teto branco, enquanto a enfermeira removia a toalha da minha testa.
- Por Zeus! 
- O que foi? Eu vou morrer?
- Não.  - Ela riu, aquilo claramente era pra descontrair. Pegou uma garrafinha e um algodão, que embebedou no líquido da garrafa e começou a limpar meu rosto. Seu toque era bem gentil, bem médico mesmo, super profissional, 5 estrelas. Será que tem caixa de elogios na enfermaria? Eu não sabia.
- Tá muito ruim?
- Nem, foi só um cortezinho, é que na testa sangra mesmo. Mas o que aconteceu exatamente?
A enfermeira começou a jogar líquido de uma outra garrafa na minha testa. Tinha um cheiro adocicado, tipo suco de abacaxi com hortelã. Não queria contar o ocorrido, mas ela é medica, sei que não ia espalhar pra todo mundo. Respirei fundo e contei. Ela não esboçou nenhuma reação, era profissional demais.
- Costuma ter problema com espinhas? Sua pele parece bem saudável pra mim.
- Não, raramente aparece uma aqui, outra ali. É que essa foi bem feia mesmo.
Ela batucou os dedos no queixo e se afastou, indo num armário e voltando com um tubo de algum tipo de creme e uma caixinha de sabonetes.
- Esse aqui. - Ela me entregou a caixa. - Você vai usar todos os dias para lavar o rosto, pode ser quando acordar. E esse aqui - Ela entregou o creme. - Você vai passar SE alguma espinha aparecer mesmo com o uso do sabonete. Nada de usar canivetes na cara, nem espremer. Fui claro?
- Sim, doutora.
Ela sorriu, me entregando um espelho de bolso. Olhei meu reflexo, notando meu rosto impecável como sempre. Não tinha nem mesmo uma marquinha indicando a espinha monstruosa.
- Como é sua alimentação? Ingere muita carne, muito chocolate?
- Er... Normal, eu acho. Eu sou vegano, então não como nada de origem animal.
- Certo. Quanto tempo faz que é vegano?
- Uns três anos, eu acho, quase quatro.
- Entendi, pratica alguma atividade física?
- Ciclismo e natação.
- Fuma, bebe, toma algum remédio?
- Não... - Olhei pra ela com mais atenção. A garota me fez mais um monte de perguntas, até pegou uma prancheta pra fazer anotações. Aquilo estava indo um pouco além do que eu esperava. Tive meus olhos analisados, garganta, nariz, ouvido, batimentos cardíacos, medição de pressão, um check-up completo. Quando ela terminou de fazer as anotações, me mandou esperar e foi até uma salinha privativa. Ela não demorou, voltando com uma pasta dessas tipo fichário, laranja com a logo do acampamento e meu nome colado em uma etiqueta ao lado de uma palavra em outro idioma que eu reconheci como dizendo “Paciente”. Ela abriu e me entregou algumas folhas, tudo escrito no mesmo idioma estranho, que eu conseguia ler bem. Agora que eu parava pra pensar nisso, o panfleto do Quíron era escrito com os mesmos símbolos.
- Que é isso?
- Sua dieta. Tomei a liberdade de preparar seu planejamento alimentar, para evitar problemas da falta de proteína animal. Você pode combinar os alimentos como quiser, só precisa respeitar os grupos nutricionais e vai ficar bem. Isso deve ajudar com as espinhas também.
- Obrigado - Eu corei. Tratamento gentil demais dessa garota. Eu estava até meio envergonhado, mas normal essa timidez quando conheço uma pessoa nova, especialmente uma garota bonita que agora sabe tudo do seu estado de saúde.
- Só mais uma pergunta. Que língua é essa?
-  Grego. Nosso cérebro entende automaticamente por causa dos nossos pais, então não rola dislexia.
- Uh, legal. Obrigado doutora. Posso ir agora?
- Claro. É sério, nada de estourar espinhas. Use o que te dei. Se tiver dúvidas sobre a dieta, me procure. Se tiver alguma coisa que você não goste de comer, pode me falar para orientar as substituições.
Eu sorri e sai carregando os medicamentos e a lista da dieta. Acho que só por respeitarem minha opção de ser vegano, esse lugar já estava se mostrando incrível. Agora é torcer pra essa ser a última vez que eu precise visitar a enfermaria, apesar que não parece ruim se for pra ser atendido por aquela garota.
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elizabethcustodio · 4 years ago
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Não acredito que estou fazendo este anúncio mas EU PUBLIQUEI UM LIVRO AKDBWUKBUWDXK (isso foi eu surtando! me deixa, ok!) Agora vocês vão saber o que eu ficava fazendo durante todo o meu Ensino Médio ao invés de estudar para o Enem. Sim, eu ficava rabiscando e escrevendo poesias nas últimas páginas dos meus cadernos, divagando durante as aulas (principalmente as de matemática, #sorrynotsorry) e basicamente sendo uma adolescente como qualquer outra, tentando sobreviver a selvageria desses corredores, batalhando diariamente com saúde mental, tendo o coração partido algumas (boas) vezes, rindo, chorando e rindo mais um pouco. Não é à toa que falam que o Ensino Médio é um grande 8 ou 80 na vida de todo mundo. Nossos hormônios estão à flor da pele, adolescente é uma criatura meio estranha. O livro está em pré-venda na Amazon, e dia 27 (esse domingo!) será lançado! Você já pode garantir o seu indo no link que está na minha bio! É um ebook, então você pode ler no seu celular, tablet, e-reader, e até mesmo no pc! É só ter o app do Kindle (ou o Kindle cloud-reader se for no pc!) E está disponível no Kindle Unlimited também! Eu sei que estamos já chegando ao final de setembro, mas eu sempre fiz coisas para o #setembroamarelo, e acho que entrar em setembro foi o empurrão que eu precisava pra publicar esse livro, porque afinal, são os escritos que ME ajudaram nos momentos que me sentia sozinha e/ou confusa. Com toda a certeza, a Emilly de 16,17 estaria muito brava com a de 20 por estar publicando os poemas que ela estava rabiscando no fundo da sala de aula, que lidam com assuntos tão sensíveis e vulneráveis, mas mas eu aprendi muito cedo que o melhor é sempre falar, compartilhar. É sempre bom saber que você não está lidando com seus problemas sozinho, e saber que alguém conseguiu superar é bom demais para acreditar que você também consegue. Eu te prometo, tudo vai ficar bem <3 Lembrando que se você é alguém lutando com alguma doença mental, por favor, fale com alguém. Peça ajuda. Não há nada de errado em pedir ajudar. Você é forte para superar qualquer coisa que estiver no seu caminho. CVV - 188 🎗💛 https://www.instagram.com/p/CFhff-rlqEo/?igshid=15vc00ckptbvi
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gabrielpardal · 5 years ago
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Cinco fatos literários sobre mim
Participei de uma dessas correntes (é assim que chama?) do Twitter onde as pessoas listavam cinco fatos literários curiosos que ninguém sabia. Decidi aqui explicar melhor cada um deles. 
- Leio muito, sempre, todo dia, é um vício. E prefiro ler a versão digital do que a versão impressa. Algum dia desses cheguei a contar para meus amigos que estava começando a ficar preocupado comigo porque eu não conseguia passar um dia sem ter um livro pra ler. Será que isso configura algum tipo de problema psicológico? Digo, será que é vício? E será que me prejudica de alguma forma? Por enquanto consegui perceber pelo menos três características problemáticas. 1) Em algum momento do dia eu vou bancar o autista e irei para um lugar onde será possível ficar sozinho lendo um livro. É uma necessidade quase fisiológica. Na última viagem que fiz com amigos percebi isso claramente. Enquanto todos passavam o dia inteiro juntos, conversando, brincando, cuidando das crianças, em algum momento (ou até mais de um) eu entrava no meu quarto e ficava lá deitado sozinho lendo. 2) Passo um bom tempo da minha vida mergulhado em um mundo inventado (por outros ou por mim mesmo). Isso acaba me alienando um tantinho do que chamamos de vida real. Me pego pensando na história que estou lendo (é mais comum acontecer com a história que estou escrevendo) durante vários momentos do dia. Até aí tudo bem enquanto estou lavando a louça, fazendo supermercado, dentro de um ônibus indo pro trabalho, mas fica chato quando é no meio de alguma conversa no bar com amigos. Quem lê muito sabe que às vezes as histórias que lemos nos livros são mais interessantes do que a vida banal, as conversas repetidas, as polêmicas políticas e o trabalho escroto. 3) Após concluir uma leitura que me tira do chão, eu anseio por ler algo que me provoque a mesma reação novamente. E é preciso saber: nem sempre acontece. Não é sempre que um livro vai nos tocar da mesma forma. A leitura é um encontro e como tal depende de muitos fatores. Terminar de ler um livro que mexeu comigo acaba criando um vazio que raramente conseguirei preencher, mas a busca nunca acaba e nessa busca posso me frustrar e largar livros que, se não fosse por isso, eu provavelmente não largaria. Será que realmente tenho que ler tanta coisa assim? Todos os três tópicos aqui acabam se intensificando pelo hábito de ler no Kindle. Porque para qualquer lugar que eu vou, carrego comigo centenas de livros, então posso me alienar em qualquer lugar, em qualquer momento, e ficar eternamente procurando o livro certo entre tantos que cabem neste micro dispositivo. - Já baixei livros piratas mas na maior parte das vezes eu compro ebooks, o preço é baratinho. O primeiro livro que li na versão digital foi o "Ficando longe do fato de que você já está tão longe de tudo", ensaios do David Foster Wallace. Comecei lendo uma amostra grátis e em poucas semanas concluí a leitura sem sentir cansaço ou dificuldade por estar lendo no celular. A partir daí me apeguei a todas as comodidades que a leitura digital proporciona e não larguei mais. Às vezes autores entram em contato comigo me pedindo para que eu leia o livro deles e a primeira coisa que pergunto é "Tem no formato digital?" No início eu baixava livros piratas, principalmente livros gringos que não foram traduzidos por aqui. Baixava livros que eu tinha a impressão de que não iria gostar. Mas depois comecei a comprá-los porque, óbvio, é importante que o autor receba pelo seu trabalho, que a editora saiba que esse formato têm saída, e porque a diagramação do livro fica mais bonita. Na maior parte das vezes o livro digital é mais barato do que o impresso (e tem que ser, afinal, não se paga com papel, tiragem, distribuição). Muitas vezes custa menos do que um almoço e muito, muito menos do que a conta de um bar. - Gosto mais de contos do que de romances. Gosto mais de narrativas curtas de modo geral. O romance é super valorizado. Borges dizia que gostava de contos porque tinha a duração de uma história contada por alguém em volta de uma fogueira. É verdade. Por isso mesmo acho que a narrativa curta é a história por excelência. Gosto de ir saltando entre contos de autores diferentes, lendo-os como obras independentes das coleções em que estão reunidas.  Mas gosto também de ler o livro inteiro, pensando que é como se cada história fosse uma faixa de um disco. Há vários tipos de livros de contos e gosto da experiência que tiro deles. Acho que não consigo definir melhor do que a analogia do Borges citada acima. É como uma história contada durante um passeio, é como um filme que se assiste no cinema, como uma música, é algo que você pode absorver em um ato e aquilo é rearranjado na sua cabeça e faz parte daquele momento único. - Durante os últimos cinco anos eu só conseguia ler não-ficção. Mas isso mudou, voltei à ficção com toda força. Não tem como ter estado vivo nestes últimos tempos sem ter sido afetado pela narrativa da história recente do país e do mundo. A realidade se tornou mais pungente do que a ficção. Inclusive, a realidade se parecia mais com um mundo ficcional do que a própria ficção. Parecia que estávamos (estamos) dentro de uma novela do Kafka. Ler um mundo imaginado, com personagens criados por um autor, me parecia, naquele momento, uma perda de tempo. Com tanta coisa para aprender, entender, conhecer, era mais interessante ler ensaios, pesquisas, reportagens, teses filosóficas, estudos científicos. Isso fez muito sentido para mim durante muito tempo até eu me cansar da realidade e precisar escapar de tudo o que estava acontecendo. Redescobri o óbvio: a boa literatura de ficção não está aqui para nos esconder a realidade, mas para nos revelar mais da realidade do que sabíamos. Em uma entrevista para a Paris Review, Enrique Vila-Matas disse "O que realmente me interessa bem mais que a realidade é a verdade. Acredito que a ficção é a única coisa que me aproxima de uma verdade que a realidade encobre..." Vila-Matas é um buscador de verdades e, como os melhores escritores, ele usa a arte da invenção para encontrar essas verdades. Ele é sábio o suficiente para saber que a literatura não entrega as respostas; a boa escrita é a arte de fazer boas perguntas. - Eu gosto de ler ouvindo música e em alguns casos preparo uma playlist para o que estou lendo. Neste mundo disperso e fragmentado em que vivemos, se concentrar em uma atividade como a leitura se tornou um exercício difícil. Se coloco uma música enquanto leio, a minha concentração dobra. Acredite. A música cria uma atmosfera que se mescla com o enredo. Mas tem que ser música instrumental e de preferência que tenha a ver com o tipo do livro. Por isso mesmo passei a montar playlists de acordo com o que estava lendo. Um achado muito bom são as trilhas sonoras de filmes -- por exemplo, se estou lendo um livro de terror, seleciono músicas de filmes de terror. O curioso é que só funciona quando ouço no headphone, por ser uma forma mais intimista e intensa de experienciar os efeitos que a música pode provocar. Funciona muito bem da mesma forma quando estou escrevendo. Posso repetir a mesma música centenas de vezes enquanto escrevo uma cena para me manter no clima do que pretendo atingir. *** Esses são os cinco fatos literários que publiquei no Twitter outro dia. Poderia citar outros tantos, como quando acabei com um clube de leitura ao ler um conto pornográfico, o quanto eu não gosto de lançamentos de livros, como escritores são pessoas estranhas de se conviver, ou o fato de que irei publicar um livro de ficção neste ano, mas essas foram as primeiras que me vieram à cabeça e as que cabiam no espaço da rede. As outras eu conto por aqui em alguma outro momento.
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booklovershouse · 9 months ago
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Oiiii, booklovers!
Primeiramente, desculpem pelo sumiço 🤡 eu estava tentando terminar outro post (quilométrico) e daí me toquei que já era ✨30 de abril✨ e eu não tinha feito nem a capa das leituras do mês.
Minhas leituras desse mês foram mais ou menos tão mixurucas quanto nos outros meses - inclusive pq levei quase o mês inteiro pra ler Brás Cubas e fui lendo os outros junto com esse 🤡 em resumo, uma vergonha.
☁️| A Aposta de um Cavalheiro - Stefany Nunes 🇧🇷
• Nota: 3,5★
O mês dos nacionais chegou? Kkkkkkk considerando que há tempos venho tentando acabar com a lista enorme do meu Kindle, fiz até um bom progresso.
Winston deixou Londres há dois anos, fugindo da onda de fofocas que surgiu após ser traído por seu melhor amigo. Entretanto, como o novo Conde de Suffolk, ele precisa retornar à cidade - e descobrirá que ainda é o assunto no lugar. Porém, Amelia, uma velha conhecida da infância, é a única pessoa que não o julga e o faz sentir confortável nos intermináveis bailes.
Durante uma noite com muito álcool e provocações, Winston aceita uma aposta que envolve conquistar e descartar uma dama: Amelia Berrycloth.
A nota foi baixa mas não porque a história em si é ruim, apenas não me agradou. A atração do casal foi muito "física" e rápida. Gosto mais de slow burn e nada com cenas +18 ou indo para uma cena +18. Eu poderia ter percebido isso pela sinopse? Talvez, mas ele tava juntando poeira online e nem lembrava mais sobre o que era.
🌧️| Durante a Dança - Ludmila Wendy 🇧🇷
• Nota: 3★
Uma fuga, uma promessa de casamento, uma dança.
Dei 3★ pq foi um conto curtíssimo e com final aberto. Fora algumas partes que me deixaram um pouco confusa (meu app aparentemente tá meio bugado e de vez em quando começo a ler de um cap aleatório do e-book, até achar estranho e perceber que não estou no começo 🤡).
☁️| Dançando entre Galáxias - Madu Maia 🇧🇷
• Nota: 4★
Odile tinha tudo para ser a próxima primeira bailarina da Ópera Nacional de Paris, mas sofre um acidente bem no meio de sua apresentação. Convencida de que pode continuar a dançar mesmo com sua perna machucada, ela continua treinando e treinando. Até que sua mãe decide enviá-la para passar uns tempos com o pai, no Brasil.
Foi legal? Foi, porém, acho que algumas partes não foram bem construídas, por exemplo, quando ela decidiu vir para o Brasil tão facilmente. Nem eu faria isso e eu não sou egocêntrica como ela - o alecrim dourado se considera o sol. O SOL.
🌧️| Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis 🇧🇷
• Nota: 3★
Após a morte, Brás Cubas começa a narrar sua história. Conta sobre seus amigos, seus estudos, sua família e seus amores.
Assim, achei meio parado. Talvez tenha sido um problema meu, pq sou acostumada a procurar romance em todos os livros (esse é meu gênero principal, só comecei a sair da minha zona de conforto literária de 2022 pra cá) e quando não é isso, procuro mistério 🤡
☁️| A Biblioteca das Histórias não Contadas - Gabriella Campos 🇧🇷
• Nota: 4,5★
Arrancada de seu mundo, uma protagonista vai parar numa biblioteca cheia de personagens, com suas histórias abandonadas por sua Autora em crise. Dizem que só há duas formas de sair de lá: sendo escrita ou esquecida para sempre. Mas será que essas são as únicas opções?
Pessoalmente, gostei bastante (apesar de não explicar tuuuuudo). E eu, uma escritora que nunca terminou nada, só pude imaginar meus próprios personagens largados numa biblioteca no fundo da minha mente, querendo que suas histórias fossem escritas. ~ se vcs soubessem o tanto de histórias que tenho pra escrever...
Fora isso, estou lendo a amostra de O Departamento de Cartas Mortas e estou simplesmente apaixonada! Infelizmente sou uma leitora pobre e vou ter que esperar séculos pro preço baixar 🥲🫶🏻
Bjs e boas leiturassss <3333
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booklovershouse · 1 year ago
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Oi, booklovers!
Acabou que tive que fazer uma parte dois desse post pq (1) a primeira estava grande e (2) eu ainda tenho vários e-books nacionais me esperando no Kindle kkkkkkk
💙| Me Leve para Casa para o Natal - Thaís Dourado
Definitivamente meu favorito da Thaís até agora. É bem raro ver livros que se passam no natal aqui no Brasil - também não conheço ninguém que leve o natal tão a sério quanto o pessoal naqueles filmes dos Estados Unidos.
Charlie está presa no Colorado, depois de perder o último vôo de volta pra Boston. E o pior: Monteville é uma cidadezinha recheada de natal, justamente do que ela gostaria de fugir. Mas talvez Charlie consiga reencontrar seu "espírito natalino" (e o amor).
Esse livro me deu aquela velha sensação de estar assistindo mais um dos 928375892 filmes de natal da Hallmark e amei isso kkkkkk
🤍| Você me daria uma Chance? - Lívia Aviani
Para ser sincera, não gostei muito. Achei fraco, sem química e personalidade, mas tudo bem, talvez melhore no segundo conto - assim espero.
Bela é considerada a menina mais feia da escola, mas isso não a impede de sonhar com o dia em que Cadu - seu melhor amigo e o cara mais lindo do colégio - passe a considerá-la como algo mais que uma amiga.
💚| A Primeira Neve - Thaís Dourado
Então, né....eu amei Me Leve para Casa para o Natal, mas A Primeira Neve só foi bom até certo ponto (me refiro, mais ou menos, até metade do livro), depois ficou tudo muito cansativo e ia de cenas bregas e melosas a brigas sem fundamento.
Lisa é uma editora-assistente numa revista, junto com sua amiga Kim. Mas as coisas começam a desandar quando Lisa descobre que seu chefe, Joe, por quem sempre esteve apaixonada, é gay. Entretanto, talvez um estranho que teve seu táxi roubado por ela possa curar esses coração partido...
No geral, acho que seria melhor se a Thaís soubesse onde parar, pq pareceu que a história já tinha acabado, mas ela simplesmente seguiu enchendo com linguiça.
💛| Amor na Quarentena - Nathália Laryssa
Primeiramente, nada contra a conscientização contra preconceitos como o racismo/relacionados a classes socioeconômicas, mas acho que a pessoa também precisa saber dosar para não ficar forçado demais, como o que aconteceu nesse livro.
Com a quarentena afetando a rotina de todos, o cursinho de Lisa acaba formando duplas de estudo. Só que ela nunca viu o menino com quem estudará daqui pra frente e, mesmo assim, eles acabam desenvolvendo algo mais que amizade.
Achei que a personalidade dos personagens era muito rasa e que tiveram cenas bem desnecessárias, além da briguinha dos protagonistas.
💙| A Última Livraria de Paris - Marcelle Lopez
Livros que falam sobre pessoas que amam livros têm meu coração todinho! Não tem jeito melhor de fazer o leitor se identificar com o personagem kkkkkkk
Elyna era apenas uma órfã vagando pelas ruas de Paris quando bateu à porta da madame Solène, dona da Shakespeare Solitude. Logo, a garota também desenvolveu amor pelos livros e acabou herdando a livraria. O problema é que algo estranho está acontecendo em Paris: todas as livrarias estão fechando e a Shakespeare Solitude é a única que resta.
Além de ser mto clichê - e por algum motivo me passar a mesma vibe de Cartas para Julieta -, tem aquele toque de comédia que nós tanto amamos :)
🤍| Cecília Vargas em: Incêndio na Casa Grande - Kézia Garcia
Mistério e comédia, pq não? Quando peguei esse livro, senti que tava lendo uma história da Renata Lustosa com uma pitada de Sherlock Holmes (e amei que o meu querido detetive foi citado nesse livro ao menos uma vez kkkk).
Cecília está indo passar um tempo na casa dos avós em Itaipaema, uma cidade tranquila onde crimes nunca acontecem. Ao menos, é o que dizem, porque ela teve sua mala roubada assim que chegou. E ainda há o incêndio na Casa-grande, que Cecília suspeita ser criminoso...será que realmente não existem crimes em Itaipaema?
A Ceci é muito doida e se mete em cada confusão kkkkkkk amei o jeitinho dela, estou louca pra ler o segundo volume!
🇧🇷| Oq acharam das minhas leiturinhas nacionais desse ano? Tem outros, mas n estou muito afim de fazer parte 3 não kkkkkk
Bjs e boas leiturassss <3333
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