#sem molecagem
Explore tagged Tumblr posts
sarava · 1 year ago
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Andamos em dupla. Pela mão, levamos a criança que fomos, que somos, que não largamos.
A vontade de brincar, de carnavalizar.
Essa pequena pessoa que você tem, que te olha com saudade do que você foi, que te ensinou a ser mais do que agora você é, te é permanente, ainda que você a negue.
Ela que te tenta a bulir em sujeira, a se meter em mato, a correr pra água, a amassar a terra, a decidir sem culpa.
Ibeji é ela.
Os deuses da infância são também os do inesquecível. Aqueles momentos onde a seriedade vai para o banco de reservas e entra em campo a coragem do ridículo. Sem pensar nos julgamentos, nem mesmo o teu, você vive.
Eles são 2 porque a gente é 2.
Erês que ainda somos, que contemos num cantinho por obediência ao contrato de maturidade.
É pelo desacato às cláusulas que a pequena dupla de orixás interfere, porque sem o cheiro de bala, capim e chulé, a maturidade é a carranca estúpida, autoritária e insuportável do mau-humor, que respeito não consegue, somente medo desperta.
Segura que lá vem itã:
Numa cidade, Iku, a morte, levava indiscriminadamente muitos cidadãos antes da hora. Ninguém dava solução. Os Ibejis, muito espertos, bolaram um plano. Com seu tambor mágico, um dos gêmeos tocaria uma música irresistível enquanto o outro dançava.
Iku, atraída pela canção irresistível, dançou, dançou, dançou até não aguentar mais. Enquanto Ikú se cansava, os irmãos trocavam de posição, sem que Iku percebesse nada, hora no tambor, hora dançando, festejavam sem parar.
A morte, exausta, não parava de dançar. Implorou trégua. Jurou que não levaria mais ninguém antes da hora.
Com festa, alegria, zoação e sabedoria infantil, os pirraias derrotaram a morte.
Venceram a morte prévia, aquela quando, ainda com o coração batendo, a dança inexiste, a brincadeira encerrou, a molecagem se apagou e se largou a mão do erê.
Oni beijada, Beijiró, nossos senhores do entusiasmo.
#ibeji #ibejada #orixá #orixás #axé #matrizafricana #candomblé #umbanda #batuque #saravá #povodeterreiro
48 notes · View notes
domquixotedospobresblog · 1 year ago
Text
As pessoas da cidade se dizem espertas,mas não chegam nem aos pés dos matutos do interior,vou contar uma pequena passagem onde três garotos resolveram fazer uma molecagem,um veio da cidade,seu nome era Buda,nome mesmo em homenagem ao Dalai Lama,era afilhado do fazendeiro onde seu pai era o homem de confiança para tratar dos negócios,os outros dois Pedro e Olavo,ajudavam nas colheitas do laranjal,o menino da cidade encontrou os dois matutos se gabando de ter um padrinho rico,os dois então pediram para ele convencer o dono a deixar que chupassem algumas,já que ele era tão querido, foram lá os três falar com o fazendeiro, só que ele disse que só na próxima semana,ainda estavam fora do ponto de consumo,eles voltaram fazendo troça do menino estudado,que não queria sair de bobo,perguntou se eles tinham coragem,os dois disseram que sim,foram para o laranjal e se sentaram embaixo de um bem escondido,descascando com as mãos o fruto agora proibido,os matutos chupavam uma e o menino exibido chupava dez, sabiam que o dono podia notar, ficaram umas duas horas a se esbaldar,mais o afilhado que chupava sem parar, enquanto os dois olhavam no que ia dar,de noite uma dor de barriga começou a fazer o menino bobo rolar,fez amizade com os dois e estava com eles a posar,os pais preocupados foram avisar o padrinho,que se pôs a pensar,chamou o pai dos meninos,lhe deu uma ordem baixinho e depois se puseram a caminho da casa do empregado para ver seu afilhado,ele dormia com os garotos com quem tinha se apegado, mas gemia que dormia,de repente chegou de volta o pai com o fazendeiro,chamou os três para sala,dois chegarão rápido,o outro veio logo atrás segurando a barriga como um travesseiro, amassando com os braços entrelaçados,o homem rico tinha ficado triste por não deixar os três chupar as laranjas e por isso o afilhado adoeceu,agora acabará de trazer um saco cheio com ajuda do empregado,ia ficar ali até ver os meninos se empanturrarem com laranjas maduras que tinha guardado,o menino caiu duro depois dele ter falado, castigo será?
Jonas R Cezar
7 notes · View notes
videarj · 10 months ago
Text
Tenho andado com o sono estacionado n'algum lugar que não sei onde. Não acho.
O cansaço me pesa as pálpebras e o coração, que murcha e anda assim meio desalinhado, bagunçado. Mesmo com tudo no lugar: para tudo há um nome, um espaço, um cantinho reservado... e o cansaço embaça a vista na hora de ver.
Cansaço.. sem trégua. Aqui não, trégua não. Um dia, Deus queira, trégua pra sempre.
Mas aqui, não. Cansaço e cansaço. Suor que brilha diferente; sorriso esforçado e sincero que rasga o coração fazendo sangrar. É, vale a pena sim. Eu sei que vale.
Mas, agora é um cansaço grande que deixa a pena pouco vistosa... Que molecagem! Há de trazer de volta o peso do vale. Vale sim. Vamos, só mais um pouco... Um cochilo aqui, uma risada acolá, e o cansaço vai desfazendo, vai se dissolvendo. Como um pózinho jogado num copo d'água.
Cansaço e cansaço. Sorriso e sorriso. Verdade e compromisso.
Tumblr media
1 note · View note
caronicas · 2 years ago
Text
Fez língua para mim
Hoje eu vim falar de vitalidade. De viver sem perceber que está respirando. De andar descalço e observar as nuvens. De inocência e de alegria. De molecagem, pouca idade, sem linhas de expressão.
Foi isso que eu pensei nos milésimos de segundos em que estava com meu pai no carro. O dia parcialmente nublado em uma das principais avenidas da cidade. Dia estressante. Faixa de pedestre e sinal aberto para os carros. A vitalidade se materializou em minha frente.
Tinha pele preta e cara alegre. Ameaçou atravessar, colocou o pé na faixa. Pensei que fosse mesmo atravessar em frente aos carros. Meu pai freou. Mas garoto estava brincando. Era brincadeira, não ia atravessar nada. Ele sorriu. Fez língua para mim. A gente sorriu de novo. Bobeira. Molecagem. Vida.
1 note · View note
radiorealnews · 2 years ago
Link
0 notes
lislie · 5 years ago
Photo
Tumblr media
2 notes · View notes
sofiaberninimangeon · 5 years ago
Text
Tumblr media
BALADA DO POETA INSANO
Sou um louco. Definitivamente um louco, a ponto de não ver a distância e se atirar com coragem: e com medo. Mas que se dane o medo, as convenções. O vazio me mata; porém, preciso estar repleto de desejo para preencher-me: e preciso de ti. Não que esteja: é que contigo quero extravasar, soltar ao Universo, aprontar uma molecagem de tocar o céu quando te beijar, ao sabor do inalcançável, de sorrir sem sentido, apenas porque te vi sorrindo. De fazer tais coisas como coisas tais. A falha que dimensiona meu silêncio, se rompendo numa risada. Sou a soma dos silêncios que se faz fluir num abraço, na vontade de roubar um doce prazer, de agradecer aos céus pelo momento, de trazer para perto, sentir tua pele e perfume, de vibrar em cada instante de tua alegria, de recolher tuas tristezas, de se fazer cantar. Sou um louco. Definitivamente um louco. Queres fazer loucuras comigo?
16 notes · View notes
coyle30tilley-blog · 6 years ago
Text
Mantimentos Que Aumentam A Libido
Homens com pinto pequeno podem ser um entrave para varias mulheres, porém que fazer quando você se apaixona por um cara desses? Ele tem pau pq mesmo,ou vc que ta arrombada,pq senhora q e senhora n estaca comentando isso,e muito mesmo n ia deixar de matrimoniar pelo tamanho da cacete,vc deve ser e uma tremenda puta,que deve ter constituído muito a alegria da molecagem da rua,tenho pena e dele ,de ter unido com uma meretriz como vc. Paula Viana é enfermeira-obstetra em Recife (PE), faz partos domiciliares e coordena Conjunto Menino, uma organização não governamental feminista que desenvolve projetos de fortalecimento da cidadania das mulheres em todas as fases de suas vidas. Juntamente em que asemelhava a empoderar varão de pinto extensa (sentir-se pica das galáxias), enfraquece varão de pinto pequeno na falta de tamanho-sucesso desejado. Então batemos bastante nessa tecla, não para expor pessoas a riscos, mas sim para mostrar que culpar atacante é muito mas eficiente do que ensinar as mulheres que x ou y coisa diminui riscos. Trata-se de fantasias, de se excitar mediante atitudes sadomasoquistas ao seu volta (estar indefesa diante de outra persona deve ser excitante para pessoas bastante duronas” na vida real), porém, isso não implica libido, nem direto nem indireto, de ser violada sexualmente ou de provocar violações. Seus aminoácidos colaboram com aumento da vigor sexual e seu consumo promove desejo sexual. Clitóris é a uma das zonas de maior prazer de uma senhora, porém não se deve focar unicamente nesse tema. Só estou apontando que, em termos de fuga, vemos tanto homens com orgulho golpeado quanto mulheres traumatizadas. Nosso objetivo e satisfazer número reduzido de temas prazerosos. Mito # 2 - Se ereção de um varão durabilidade horas uma senhora vai ficar feliz. Conforme a figura vai minguando com tempo as haveres amorosas vão diminuindo exponencialmente para as mulheres. Ao dar sexo verbal a uma mulher, lembre-se novamente que clitóris é bastante sensível, desta maneira, não vá de forma direta para este, inicia a beijá áreas circundantes. mais informações teoria é bastante triste, porque nós mulheres gostamos, também, de satisfazer nosso parceiro, felizmente eles desenvolvem formas de sentir prazer físico mesmo sem um pênis organico. Se alguém pega parte do que você diz descontextualizada pra justificar as merdas que fala: aí é ideologia, e não possui ligação com a busca científica. Esse é aquele rosto que compra flores, leva a mulher para jantar a luz de velas, a chama para ir ao cinema observar aqueles filmes ultra melados, e a apelida com os nomes mas piegas existentes. As variações hormonais no corpo da mulher, durante a embaraço, provocam profundas alterações, tanto físicas como emocionais.
1 note · View note
distorcendo · 4 years ago
Text
Eu fico tentando me abster das histórias que não merecem ser contadas. Mas elas sempre retornam, de uma forma ou de outra. Essa é a maluquice de tudo aquilo que se imagina quando se fala em relações humanas. Somos seres profundamente afetáveis. Aquela noite eu descobri isso e percebi a delicadeza que é existir. Antes eu já sabia e outras noites antecederam a grande noite. Mas aquele dia era palpável. Era um tubo enorme. Uma mão nos meus pés. Aquela mão nos meus pés que era a mesma daquele filete de sangue. Que me fez, mais uma vez, perceber que aquilo não fazia sentido e que haviam outros sentidos. Outras utopias. Que eram presentes os territórios do cuidado. Fui salva tantas vezes. Dei sorte outras tantas. E acho que por isso outra vez me coloquei numa posição do ser que salva e permanece. Embora isso tenha sido d’uma estupidez tamanha. E eu fico imaginando o passado feito um oleoduto que de repente explode e arde no meio do oceano e que fica impossível de não ver. É impossível não saber que abaixo da superfície as pessoas carregam construções imensas. Que vez ou outra explodem. É difícil entender quem escolhe escapar disso. Era exatamente isso que eu dizia quando eu dizia que a nossa cabeça é território de disputa. Que nossos afetos são o principal território pra ser revolucionário. E que não entender isso é, mais que molecagem, burrice mesmo. No sentido de falta de leitura básica de mundo e de palavra. Principalmente quando a gente fala do lugar do letrado. É impossível fazer qualquer coisa sem antes sair disso. Pelo menos disso. 
Nossas vivências nunca são uníssonas. E dizê-las em prefácios é também uma forma de mira-las e constituí-las dentro de determinados sentidos. Talvez por isso eu esteja sentindo esse dilúvio de palavras. Porque eu sonho em um dia poder contar a história. E poder contar a história é um lugar de extrema liberdade que a gente só alcança quando entende que as explosões do oceano são partes do oceano mas não definem o oceano. A coisa que hoje mais me ocupa é poder um dia chegar nesse lugar de dizer. Já disse mil vezes pra Bianca. O que me dói é não poder dizer. Eu sonho com isso. Com dizer sem correr o risco de ouvir “eu não queria ter escutado essa história”. E dizer sem ser imediatamente posicionada em lugares que são de vítima e gritam: puta, manipuladora, ambiciosa, ardilosa. Eu quero dizer e dizer de um lugar que idetifica que eu não sou vítima. “Eu sou um bicho violento”. E dizer dentro de uma perspectiva que me vê holística e parte duma trajetória que é, antes de ponto, reta. E, além de erro, tentativa. Existem certos lugares dos quais a gente não retorna. E isso, sim, é uma grande ameaça. E as ameaças de quem renasceu do útero da pachamama são diferentes e você sabe. Por isso entendo quando dizem que a recusa da poesia é irremediável. Há certos pontos sem retorno. Certos chamados dos quais não se pode partir sem que lá adiante eles reverberem, com força. Existem lugares de perigo. Que não permitem “militâncias e sessões de análises como muletas”. Assim me disse uma velha sábia. Lugares de fazer a gente cair de joelhos sem entender. Digo do lugar de quem caiu. De quem viu cair. E descobriu a densidade do corpo. E o ruído que faz quando os corações já não batem.
0 notes
midiag4posts · 4 years ago
Text
CPI deve convocar governador do Rio para explicar 'molecagem' de passeio de moto de Bolsonaro, diz Renan -
CPI deve convocar governador do Rio para explicar ‘molecagem’ de passeio de moto de Bolsonaro, diz Renan –
A CPI da Covid deve convocar o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), para explicar o apoio que ele deu ao passeio de Jair Bolsonaro (sem partido) com motociclistas no domingo (23). O senador Renan Calheiros (MDB-AL) confirmou a informação à coluna e disse que o assunto será debatido na quarta (26), quando os senadores da comissão vão se reunir para aprovar requerimentos de novas…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
gladsontarga · 4 years ago
Text
Viva Flávio Dino!
Viva o grande Flávio Dino, defendendo o Maranhão contra a covid-19, sem tempo pra molecagem de presidente genocida brincando de ser gente.Arte digital inspirada em poster da revolução comunista de 1917.
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
cunhacruz2 · 4 years ago
Text
Por que será que o racimo brasileiro tem tanta vergonha de si mesmo?
Pensando sobre Lélia Gonzalez, Que Horas Ela Volta e racismo no brasil. Breve resenha de atividade realizada em disciplina do curso de Ciências Sociais. 
A resenha que aqui seguirá, e considerando os temas propostos, será feita observando uma única cena do filme assistido. Nela tentarei condensar questões que considero, aqui, fundamentais, levando em conta especificidades que só me dei conta à luz dos textos lidos, bem como do debate feito em sala. Cuido, especialmente, da cena em que uma festa é oferecida na casa onde boa parte do enredo se desenrola. Dada por volta do minuto 20 da película. Apesar de reconhecer o curto espaço para a resposta, imagino ser necessário descrevê-la com detalhes:
Ao som de “Águas de Março”, na voz de Tom Jobim, Val, a personagem principal, é mostrada de costas, vestida com touca e uniforme cinza com avental e babados brancos. Val leva, nas mãos, uma bandeja de carapés e alguns guardanapos perfeitamente organizados. Sai da cozinha e segue para as salas de jantar e estar. No caminho, passa por alguns convidados elegantemente vestidos que conversam entre si. Uma das convidadas, em alguns poucos segundos, passa por Val e desvia seu caminho. A protagonista, ainda vista de costas (como se o espectador a acompanhasse) segue para a sala onde se encontram a grande maioria dos presentes: por segundos, se vê diante duas mulheres que, sem interromper o assunto se servem dos quitures e guardanapos, Val, em silêncio, parece precionar os lábios fortemente e se contorce para dar conta do trabalho feito. Segundos adiante, passam outras duas mulheres que, também sem interromper o assunto se servem ou se negam, sem olhar para o rosto de quem as oferece. Passa ainda por outras pessoas, entre ela seus patrões que também rejeitam os carapés. Val observa, com certa preocupação, a todos, parecendo buscar quem estaria necessitando de seus “serviços”. Continua a servir e tem sua presença ignorada por todos. A personagem se dirige para a área externa onde encontra Fabinho e seus amigos, estes não a ignoram e ela parece dar pequena bronca em um dos amigos que aparece com o cabelo grande. Em segundo plano, Val faz o caminho de volta e, no meio do trajeto, outra vez observa a todos os presentes. De volta à cozinha, e estando com a porta fechada, a personagem organiza algumas xícaras e garrafa, brancas e pretas, que cenas antes nos relevaram ser um presente da empregada à patroa. Val demonstra estar orgulhosa pelo conjunto - que a patroa, em cena anterior, dissera que o utilizaria em ocasiões especiais. A personagem, com o conjunto às mãos, volta para servir os convidados. Abre e fecha a porta e a cena imóvel da cozinha fechada é apresentada por alguns segundos, ao ser interrompida pelo retorno apressado de Val, agora acompanhada pela sua patroa, que, nervosa, a repreende pelo uso daqueles objetos, enquando recomenda o conjunto que havia sido trazida da Suécia. Ao questionar a patroa, Val é outra vez ignoranda, enquanto a coadjuvante fecha a porta e retorna à área “social”.
Bem, diante desta cena, partamos para os comentários. Por estar nos minutos iniciais do filme, e sem tratar, de maneira mais direta, de nenhuma questão, a mesma pode nos parecer inofensiva. Estamos diante de uma empregada que faz o seu trabalho como deveria, enquanto outras pessoas aproveitam a festa para que foram convidadas. É possível até pensar que “ela está sendo paga para isso”. O desconforto, ainda mínimo (diante dos demais que se seguirão durante toda produção), só vem quando, até então ignorada, Val é repreendida por sua patroa por não usar um conjunto de xícaras que não estava “à altura” da recepção. Mas, como mencionei, e bem diante do desconforto que a obra completa causa, a cena, por si só, nos ajuda a compreender as questões sugeridas, quais sejam, migração e trabalho, bem como os resquícios da escravidão.
Para tanto, e tratando do conjunto (trabalho e migração), parto inicialmente para segregação - visivelmente marcada na cena: a indumentária de Val e dos convidados, os espaços compartilhados e a invisibilidade da protagonista e da cozinha. Todos estão colocados nos seus lugares - lugares que, que como vai dizer Val em outro momento, todo mundo já “nasce sabendo” qual é. Os convidados parecem estar diante apenas de um objeto em serviço, que se mantém invisível. Objeto que, para além de sua “serventia”, e utilizando a expressão disposta por Lélia Gonzalez, é apenas “lata de lixo” da sociedade brasileira, bem apesar do mito da democracia racial. Vale ressaltar, desde já, que Val é, naquele lugar, permitia e necessária (ibid. 230); mas permitida e necessária enquanto for invisível. Só é vista e notada por Fabinho e seus amigos - numa relação de “molecagem”. Val percebe a todos e não é percebida por ninguém.
Tal qual os belos bairros e condomínios, enquanto enclaves fortificados, em relação aos bairros de trabalhadores, “hiperperiféricos”, a impressão que se tem, até mesmo pela cena de confronto entre patroa e empregada, é de que a “casa” vomita na “cozinha”. Vomita suas posições e as escancara. Vomita o lugar de cada um e suas necessidades. E bem falando de necessidades, somente à “casa” é permitida tê-las. À “cozinha” não se chegam os sonhos, tampouco a realização. Aí se encontra a zona fronteiriça entre o possível e o já dado. O “desejo” é da “casa” e tão somente, se há desejos na “cozinha”, eles não importam - porque, provavelmente, jamais se realizarão, até porque cada um sabe de seu lugar e o desejo da “cozinha” deve ser sempre o de realizar os desejos da “casa”.
Há que se lembrar e corroborar: o mito do conjunto de xícaras, ou ainda, o mito da democracia racial, onde “pretos” e “brancos” convivem em harmonia, não deve passar das portas da “cozinha”. A inclusão, diz a casa, deve ser “allegro ma non troppo”, uma vez que a inclusão, apesar de “un poco maestoso”, deve mesmo ficar nos livros e discursos, nas estantes e salas de descontração, tal qual o carnaval das mulatas. Aos do lado de cá da porta, devem deixar apenas o brilho das panelas polidas, ou ainda, seus valores morais em compensação à sua cor, cabelo e condição. Enquanto isso, quando a “cozinha” passar pelas “salas”, de aula ou direção, terão que responder, às vezes repetitivamente, aos “questionabrancos”. De brancos. Será tua cor tão escura assim? Será teu cabelo tão duro assim? Será tua condição tão ruim assim? Ou será que já é um “preto de alma branca”, nas palavras de um nobre ministro do egrégio Supremo Tribunal Federal da República Federativa do Brasil?
Muito ao contrário do “Outrem” como possibilidade, nos termos de Deleuze e Guatarri, o outro, ou a “cozinha”, como aqui foi chamado, não é nada mais que negação. Na série de porquês dispostos por González, ressalto um: “por que será que o racismo brasileiro tem vergonha de si mesmo?”. A vergonha, se vale uma aposta, imagino estar materialmente no desconforto que o filme causa. É no desconforto que nos confrontamos com o confronto do conforto.
0 notes
patiepatata · 4 years ago
Text
❛ conexões de hypatie ❣
Na lista abaixo você encontrará as conexões pré-definidas e plotadas de Hypatie Love-Hauet ( também conhecida como Febe ) e os desenvolvimentos até o dia 14.10.2020 em tempo OOC. 
SKELETON
RHEA & MNEMOSINE  Madelinne & Jeanne
A amizade foi natural desde crianças. As três são super diferentes entre si, mas de um modo estranho, elas se completam em suas diferenças. São o trio parada dura, amigas unidas, independentemente do quê. Aceitam as próprias falhas e se amam mesmo assim.
( BÔNUS + ) 
O trio divide um apartamento duplex no edifício Semiramis e vivem em conflito por conta das personalidades diferentes, mas são sempre capazes de resolver as diferenças de forma pacífica. São mais passivo agressivas e respeitam muito o espaço uma da outra, por isso raramente brigam (inclusive quando Jeanne acidentalmente ficou com Sumner, não sabendo que era alvo das paixões de Hypatie!). Além disso, elas já formaram uma girl band que apresentava covers na Notre Dame, estão se preparando para um comeback na Truffaut para fechar o ensino médio com chave de ouro. 
@mcdelinne @anneblnc
CEOS  Sumner
É a cara de Febe colocar na cabeça algo impossível de acontecer. Pelo jeito socialmente estranho dele, mas o cérebro gigante e inteligente que ele tem mais a grande variedade de assuntos das quais ele consegue dominar, conquistaram o coração esquisitinho e doido da menina há muito tempo. Só que ela prefere morrer do que admitir o crush, enquanto isso Céos, tão inteligente em matérias lógicas e racionais, é extremamente sonso quando se trata de relações interpessoais.
( BÔNUS + )
Os dois são amigos desde que começaram a estudar juntos, no entanto, a amizade cultivada fez com que Sumner se fechasse para a possibilidade de ver Hypatie de outra forma. Por ser uma das poucas pessoas que ela considera ter um intelecto à sua altura, Hypatie frequentemente o arrasta para colaborar em seus planos mirabolantes, por isso estão trabalhando juntos para descobrir o mistério de -E e Eloise. 
@s-umner​
PERSÉFONE  Margot
Por lógica, as duas deveriam se odiar. Afinal, as duas melhores amigas de ambas estão travando uma guerra eterna contra a outra. Acontece que Febe conheceu melhor Perséfone em uma das festas de Dionísio e desde então as duas são amigas em segredo. Elas conversam sobre as bobeiras da briga entre esses dois lados e riem sozinhas.  
( BÔNUS + )
Embora nenhuma das duas dê ouvidos ao que os amigos dizem sobre a rixa entre os grupos, precisam evitar certos assuntos para não acabarem brigando como os outros, afinal, no fim são leais ao seus. Ainda assim, possuem muito em comum, são garotas independentes e fortes, que estão sempre se colocando para cima e lembrando uma a outra de não deixarem homens interferirem no crescimento pessoal. 
@margotdbsl
APOLO Santiago
Claro que o conflito entre Deuses e Titãs era inegável, mas Apolo nunca ligou muito para isso quanto os outros. Quando foi pareado com Febe para o laboratório de química, foi meio esquisito – aqui está uma pessoa que eu deveria teoricamente ter o pé atrás, que as pessoas próximas de mim com certeza possuem o pé atrás… E mesmo assim, foi uma dupla que deu certo. Tinham conversas legais, gostam da companhia um do outro, acima de todas as expectativas.
( BÔNUS + )
São suas pessoas que não poderiam ser mais diferentes! Vez ou outra, Santiago chega até mesmo a irritar Hypatie com seu jeito carinhoso e sentimental, porém ela não consegue continuar o vendo com maus olhos. Tentam ajudar um ao outro com os pontos em que têm mais dificuldade, seja o lado passional ou racional. 
@santflcres
ALASTOR Cédric
Os dois se conheciam antes mesmo dele entrar para Truffaut e se encontravam nos mesmos lugares por muito tempo. Quando Alastor transferiu para a escola e viu Febe lá, achou que teria algum problema, porém foi exatamente o contrário: os dois criaram uma amizade meio sem explicações. Depois da bomba soltada pelo -E, Febe é uma das únicas pessoas que não julgou ou parou de falar com ele.
( BÔNUS + )
Quando Hypatie estava em sua fase de garota bohêmia, anos atrás, Cédric era o traficante que estava sempre lá para fornecer os entorpecentes que ela procurava e vez ou outra ajudá-la quando a situação se tornava complicada. Os dois perderam o contato com o tempo, mas se reaproximaram quando ele apareceu em Truffaut. Hypatie o acolheu imediatamente, grata pelo que viveram no passado, e se dispôs a ajudá-lo com a adaptação e o caso da irmã desaparecida. São os únicos que se recusaram a descansar nas férias de inverno e permanecem determinados a chegar ao fundo do mistério para trazer paz à família Martin. 
@fuckauthorityy
PLOTADAS
DEMÉTER Eloise
Assim que as pistas de que Eloise poderia estar viva começaram a aparecer, Hypatie suspeitou que ela poderia ser o rosto por trás de -E. No entanto, conforme mais evidências foram aparecendo, ela deixou de se sentir tão certa. Agora, com a volta às aulas, está disposta a ceder um pouco de confiança à colega, esperando que ela revele informações sobre a pessoa que a persegue. 
@eloquise-se
PALLAS Wolfgang
São amigos de longa data e estão sempre dispostos a se ajudarem. Hypatie é uma das poucas pessoa que o intimida, enquanto Wolfgang é o único que consegue arrancar demonstrações de afeto dela até então. No início do segundo semestre, Hypatie descobriu que o amigo sofre com dependência química, tal qual ela sofreu anos atrás, e está decidida a ajudá-lo a se recuperar, ele querendo ou não. 
@bigbadwclff
HERA Geneviéve
Por ser arqui-inimiga de Madelinne, Geneviéve é uma pessoa da qual Hypatie nunca fez questão de se aproximar. Com o fim das aulas, no entanto, as duas descobriram terem apostado as fichas no mesmo casal, Margot e Wolfgang, amigos das duas. Seria essa uma oportunidade para nascer mais uma amizade improvável?
@evreuxdharcourt
ARES Valentin
Os dois foram os primeiros amigos um do outro. Filhos únicos, crianças solitárias com pais focados no trabalho, acabaram se aproximando como uma técnica de negociação das famílias, o que se tornou uma amizade inabalável. Hypatie tenta ajudar Valentin a controlar seu temperamento impulsivo, mas, no fim do dia, agem como dois irmãos, pegando no pé um do outro e deixando um rasto de molecagem por onde quer que passem. 
@vclentinho
DIONÍSIO Diodore
Se conheceram anos atrás por participarem da comunidade jovem e boêmia de Cannes, quando Hypatie namorava um homem mais velho e emocionalmente distante. Nessa época, Diodore era o único que demonstrava afeto com ela, portanto, ao voltar solteira e reformada de sua jornada de autodescobrimento na Ásia, Hypatie decidiu tentar um romance com o velho amigo. Assim descobriu que o grude oferecido por Diodore não era sinônimo de um relacionamento saudável e teve por um fim à relação. Após algum tempo, ele superou o término e os dois se tornaram amigos. 
@dioido
ZEUS, POSEIDON & HERMES Sebastian, Benjamin & Romain
O trio de meninos populares e engraçadinhos logo despertou o ranço de Hypatie. Os três pareciam personagens secundários de um filme adolescente e é assim que ela os trata. O único em quem investiu um pouco mais de energia foi Sebastian, que pode conhecer melhor no Modelo das Nações Unidas e usar a seriedade com que ele leva o clube para provocá-lo. Não é raro declarar guerra contra qualquer que seja o país representado por ele apenas por diversão. 
@opaitaon​ @benjaminfrdrc​
TÊMIS Faheera
O jeito certinho de Faheera equilibra o instinto caótico de Hypatie, isto é, quando ela consegue manter os nervos calmos o suficiente para se dispor a exercer uma influência positiva sobre a amiga. Apesar de serem muito diferentes no quesito comportamental, Hypatie a admira e vez ou outra tenta escutar os conselhos dela. 
@ohfaheera​
HEFESTO Jun Ho
Quando Hypatie o conheceu, tinha todos os motivos para não gostar dele, afinal, Jun Ho engatou rapidamente um romance com Jeanne, tirando parte da atenção dela das amigas. Ainda assim, ela não conseguiu odiá-lo. O jeito carismático e estranho de Jun conquistou a simpatia de Hypatie e os dois se tornaram os amigos esquisitos que fazem os jovens olharem torto no shopping center. Eles ainda não sabem, mas, no futuro, irão se casar e ter um divórcio amigável!
@schoijunvho​
AFRODITE Penélope
Por ser inimiga de Jeanne, Penélope demorou a se aproximar de Hypatie, mas as duas se aproximaram rapidamente ao se conhecerem melhor nas aulas de yoga. Penélope descobriu sobre as viagens de Hypatie pela Ásia e a fama dela como guru de mindfullness dos amigos e pediu ajuda para conseguir se centrar melhor em meio ao turbilhão de emoções dos últimos meses. 
@not-inthebox​
CLÍMENE Chloé
Hypatie consegue ver que, por trás dos cabelos loiros e uniforme de líder de torcida, há uma estrategista. Assim que -E surgiu, as duas se uniram em um time de investigação para ligar os pontos chave e descobrir quem seria a pessoa por trás de tantas chantagens e manipulações. Com o tempo, a motivação de Chloé pareceu se perder e, ao fim das férias de inverno, ela destruiu o que haviam construído. Hypatie culpa o namoro com Benjamin por tê-la distraído, mas não fala abertamente para não brigar com a amiga.
@ambitchiiious​
HADES Domenico
Como um dos esquisitos do colégio, Hypatie sempre nutriu um respeito velado por Domenico, no entanto, passou a desconfiar dele quando se aproximou de Margot. Ela conhece todos os boatos acerca do que o rapaz faz durante a noite, sobre o envolvimento com o submundo de Cannes, contudo, está disposta a conhecê-lo melhor agora que Eloise voltou aos corredores da Truffaut.
@bvrghese​ 
PROMETEU Nikoláos
Assim como os outros meninos da Notre Dame, Nikolaós é bastante próximo de Hypatie, o problema é que ele a vê como mais um dos moleques que precisa de um controle maduro para não extrapolar os limites do bom senso. Ela, por outro lado, enxerga a ingenuidade do amigo e está sempre vigiando com quem ele se relaciona. Agora que Nikolaós está se aproximando da nova aluna, Minerva, Hypatie se tornou ainda mais protetora.
@nikgrvs
ÁRTEMIS Viviana
As duas se conheceram quando Viviana ainda era a capitã da equipe de decathlon acadêmico. Hypatie não se importou com a rivalidade entre ela e Nikolaós e imediatamente desenvolveu admiração pela garota, com seu jeito frio e calculista de liderar o time. As duas se tornaram grandes amigas e, embora nunca tenha percebido, talvez Hypatie sinta uma paixonite platônica por Viviana. 
@vivflcres
ASTÉRIA Francesca
Uma católica fervorosa e uma budista ecumênica, uma viciada em reality shows e uma nerd de filmes e quadrinhos... As duas são extremamente diferentes, mas estão no mesmo círculo social desde sempre e por isso se importam uma com a outra. Assim como Faheera, Francesca é uma das pessoas que tenta trazer Hypatie de volta para a terra firme em vez de deixá-la viajando com suas ideias mirabolantes. 
@serafrances
TÁRTARO Ludovic
Os dois nunca foram amigos. Embora Ludovic pense que isso se dê pela inimizade com Cronos, a verdade é que Hypatie nunca o achou confiável, um puxa saco. Agora que ele voltou a Cannes, um ano após desaparecer da cidade, ela desconfia que os esqueletos no armário do rapaz irão transformá-lo no peão perfeito para -E. Assim, uniu-se a Ludovic no comitê de ações sociais, tentando descobrir como antecipar os novos passos do anônimo.
@ludcvic
MEDUSA Minerva
Como uma grande fofoqueira, Hypatie se interessou imediatamente na história da garota cega que voltou pra a escola depois de ser humilhada em público. No entanto, já assistiu Pretty Little Liars com Jeanne e sabe que não pode ser um bom sinal. Ela não se importa o suficiente com as brigas de Penélope e Geneviéve, porém está atenta à aproximação de Minerva e Nikolaós, sabe que ele pode ser facilmente manipulado e se recusa a deixá-la usar o amigo.
@minaja
0 notes
tatianasusukki · 5 years ago
Text
“Que a vida é mesmo coisa muito frágil
...já dizia Nando Reis. E ela realmente é. Esses dias eu estava dando risada e namorando a feição do meu avô, aquela feição de paz e sabedoria e muita molecagem (ele era muito divertido), dias depois, ele não se sentiu bem [na verdade-piorou- e foi parar no hospital. Dias depois, sem chance de vê-lo, me despedir ou qualquer uma dessas coisas... ele partiu. Me fazendo refletir sobre o quanto é importante aproveitarmos - o agora - ao lado de quem a gente ama, pois nunca se sabe o dia de amanhã. Às vezes, por conta da correria do dia a dia, acabamos esquecendo de demonstrar afeto por aqueles que estão por perto e vamos seguindo no automático, correndo atrás de certificações, dinheiro, status... Esquecendo não só os nossos, mas da gente também. [Não é a toa que estamos todos doentes]. Mas o ponto não é este - mas se priorize também ta?!; o ponto é...demonstre que se importa,não custa nada e faz um bem danado. Abrace mais, diga que ama, você é importante, senti sua falta, vi tal coisa e lembrei de você… Não deixa para amanhã o que pode ser feito hoje! Poque o amanhã, pode nem vir chegar, como canta Pitty.
0 notes
diamanteunickforex · 5 years ago
Text
Mais investidores na bolsa: loucos, visionários ou nada demais?
Segundo números da B3, o número de investidores na Bolsa passou 2.250.000 em março de 2020. Isso é mais que o dobro do total em março do ano passado. Só em março de 2020, 300 mil novos investidores entraram no mercado.
Muita gente, né? Depende do ponto de vista. Se considerarmos nossa população, menos de 1% do total está na bolsa. No Chile, por exemplo, 3,4% da população investe em ações. Na Colômbia, 2,3%. A média dos emergentes é próxima de 5%. Nos EUA, 52% são investidores na bolsa.
Selic lá embaixo, com perspectiva de cair mais – falam em 3% ainda no primeiro semestre. Inflação baixa. Tem gente inclusive falando que estamos em um momento tão maluco que “imprimir dinheiro não geraria inflação”. Imprimir dinheiro, sem inflação? Repercutimos isso em texto recente aqui no Dinheirama.
Leitura incrível do dia: “Quebre a Caixa, Fure a Bolha” (clique)
Cadê a rentabilidade que estava aqui?
O número de investidores na bolsa parece crescer na mesma medida em que a rentabilidade dos produtos conservadores cai para níveis historicamente baixos – e com uma tendência de o movimento se acentuar. E a lógica faz sentido.
Acontece que a queda da bolsa brasileira, do pico de quase 120 mil pontos para pouco mais de 60 mil pontos no auge da retração em menos de um mês, mostra o quanto a renda variável é realmente um investimento de risco, que varia bastante como o próprio nome já diz.
Tumblr media
A razão para mais de um milhão de investidores terem entrado no mercado nos últimos 12 meses parece ser a genuína busca por mais rentabilidade, mas como ficam os ânimos e as novas decisões de investimento diante da correção vista no começo de 2020?
A primeira (grande) crise é inesquecível
Perigo ou oportunidade, a avaliação precisa ser consistente com o foco do investidor e seu perfil de risco. O fato é que muitos investidores na bolsa viveram sua primeira grande crise com dinheiro de verdade alocado em ações.
Um aprendizado e tanto, mas será que as lições serão realmente fixadas? O teste está em curso. A busca por maior rentabilidade no longo prazo precisa continuar com maior exposição ao risco, mas sem deixar de lado a importância de construir a reserva de emergência e outros objetivos conservadores de curto e médio prazo.
O “crash” já aconteceu. A crise já chegou e seus efeitos ainda serão conhecidos. O mercado se antecipa, mas será que já conseguiu “entender” os impactos de algo que ainda está em curso? Quando a economia vai realmente voltar a girar? Os consumidores seguirão os mesmos padrões? Recessão ou depressão adiante?
Para muitas perguntas sem respostas, precisamos nos preparar com ações concretas, como proteção do patrimônio e escolhas conscientes de empresas fortes o suficiente para sobreviver e se beneficiarem do resultado de tudo isso.
O que não devemos fazer é lamentar pelo que não fizemos ou simplesmente desanimar porque nosso comportamento antes de tudo isso não foi o melhor possível. A situação atual não estava no radar da maioria das pessoas, portanto pare de remoer o que já passou.
Leia também: Preciso de muito dinheiro para me tornar um investidor?
A armadilha do “e se”
Pare de remoer! Não caia na armadilha tentadora do “e se”. Tudo o que você compreende tardiamente deve ser usado como parte do seu aprendizado para cometer menos erros, nunca para se transformar no “pesadelo a posteriori”.
Se eu tivesse comprado naquele dia, hoje já teria dobrado meu investimento…
…se eu tivesse vendido naquele momento, não estaria tão desesperado agora…
…eu sabia que aqueles preços eram muito baixos, mas não segui minha avaliação…
Tumblr media
…hesitei e não consegui seguir minha estratégia…
…poderíamos preencher todo o limite de caracteres aqui descrevendo como a memória seletiva e seu potencial destrutivo podem tornar a já difícil vida do investidor um inferno.
Analisar o passado é sempre muito fácil, mas é pura retórica para distrair você do que você pode fazer, de fato. Você só vai ser um investidor melhor amanhã se não cair na tentadora armadilha do “e se” hoje, agora. É uma luta diária para que o mundo a posteriori não se torne sua nova realidade.
As consequências deste comportamento são trágicas: tomada excessiva de riscos, apostas puramente emocionais e um sentimento de competição sem fundamento. Você não só vai perder feio do mercado, como vai se perder de si mesmo.
Siga sua estratégia (ou crie uma)
Dicas do que fazer, conselhos gratuitos e (bem) pagos, muitos relatórios daqui e de lá, tenha em mente de que todo esse conteúdo disponível hoje em dia se resume a opiniões, não verdades. É o que pensam outras pessoas e empresas.
É importante que você seja capaz de criar a sua própria visão das coisas para só então “colocar seu dinheiro onde sua boca está”, para usar expressão comum que vale mais do que muitas palavras lidas e vídeos assistidos.
Crie sua estratégia. Siga sua estratégia. Em outras palavras, desenhe sua carteira de investimentos considerando o seu perfil, sua realidade financeira, horizonte de investimento e possibilidades de aportes. Aprenda com os outros, mas decida-se sozinho. Assuma a responsabilidade.
youtube
Quanto sua vida vai mudar? Clique e veja!
Conclusão
Ainda que o investidor estrangeiro esteja fugindo de nosso mercado de ações, é natural que o número de investidores em bolsa continue crescendo. Enquanto os retornos da renda fixa continuarem caindo e em patamares tão baixos, mais pessoas se arriscarão em diferentes tipos de investimento.
O que você não deve fazer é migrar sua carteira “porque está todo mundo fazendo isso” e, neste processo, arriscar o dinheiro que estava reservado para outros objetivos. Ou vender carro, casa para fazer uma espécie de all-in nos ativos de risco. Isso é molecagem, coisa de maluco mesmo.
Respeite os acontecimentos, assuma a responsabilidade e arrisque aquilo que faz sentido. Repense tudo sobre sua carteira de tempos em tempos. Ainda mais a partir de agora, sua primeira crise. E pensar que 2020 está só começando, hein? Uau!
Foto: Pexels.
—— Este artigo foi escrito por Conrado Navarro. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama
0 notes
louco-de-pedra · 7 years ago
Text
eu adoro a tua molecagem, e tuas babaquices, teu sorriso idiota e tuas idiotices quando estou sendo sério. eu me divirto com tuas brincadeiras sem pé nem cabeça, me estresso com tua falta de responsibilidade e com teu jeito desastrado de achar que esta fazendo as coisas da maneira mais correta possível. eu rio, choro, te odeio, te amo muito.
netto f.
3 notes · View notes