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A distância entre atletas de elite em competições tem sido cada vez mais reduzida atualmente, e um pequeno aperfeiçoamento na performance pode significar um grande ganho em classificações. Isso tem levado atletas, técnicos e estudiosos a buscar intervenções nutricionais, pois é um método para aumento de performance que é permitido pelo Comitê Olímpico Internacional.
Dentre os suplementos utilizados no meio esportivo, vem se destacando o mineral Cromo. Sabe-se que sua deficiência na dieta contribui para intolerância à glicose e alterações prejudiciais relacionadas ao perfil lipídico - ou seja, a proporção de gordura presente no organismo. A função primária do cromo é potencializar os efeitos da insulina (substância que faz a glicose entrar na célula e permite que você gaste energia) e, desse modo, alterar o metabolismo de carboidratos, lipídios e aminoácidos. Além disso, a suplementação com cromo tem sido utilizada com a finalidade de promover aumento de massa muscular e diminuição da gordura corporal.
Um dos testes feitos nos estudos mostra que roedores que apresentavam deficiência de Cromo davam sinais, que incluíam diminuição da tolerância à glicose e aumento das concentrações plasmáticas de insulina, colesterol e triacilglicerol. Além disso, pacientes com intolerância à glicose, diabetes tipo 2, colesterol alto, e idosos costumam apresentar baixa concentração sanguínea de cromo, o que pode demonstrar que o mineral, além de estar ligado ao metabolismo de carboidratos, interfere no metabolismo de proteínas e lipídeos simultaneamente.
Quando fazemos exercício físico, o cromo é mobilizado de seus estoques orgânicos para aumentar a captação de glicose pela célula muscular. O objetivo de se sugerir esse elemento como suplemento alimentar, voltado para o esportista, é garantir que não haja deficiência e também aumentar a sensibilidade à insulina, consequentemente, a síntese proteica, sendo que desse último processo resulta o ganho de massa muscular. Dessa forma, a suplementação de cromo poderia auxiliar no controle da glicemia de indivíduos diabéticos engajados em atividade física.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) não estabelece um valor seguro exato para a ingestão de cromo, mas relata que dosagens de 125 a 200µg/dia além da dieta habitual pode favorecer o controle glicêmico e melhorar o perfil lipídico. Dessa forma, a dosagem máxima, dentro de um limite de segurança, é de até 250µg/dia.
Pouco ainda se conhece sobre os efeitos do cromo e do exercício físico quando relacionados à sensibilidade à insulina. Atletas e praticantes de atividades de força só tiveram aumento de massa magra após 24 semanas e com uma dosagem alta de cromo (400µg/dia). Isso indica que os efeitos sobre a composição corporal atribuídos ao cromo podem ocorrer, porém necessitam de longos períodos e doses maiores às comumente descritas, associado também a um volume maior de treinamento. Outra população estudada é a constituída por indivíduos que apresentam sobrepeso e obesidade, na qual a suplementação de cromo parece não provocar alterações significativas de composição corporal isoladamente, porém, associada à prática de exercícios regulares, demonstra redução de peso. Claramente, o que pode indicar a eficácia apenas da atividade física. Contudo, o efeito mais benéfico da suplementação com cromo está relacionado aos fatores de risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes, que estão associados à obesidade. Uma vez que o cromo atua aumentando a sensibilidade dos receptores celulares de insulina, este mineral pode favorecer a saúde de indivíduos diabéticos não insulino-dependentes.
Além disso, o cromo – por mecanismos ainda não descritos completamente na literatura – parece melhorar o perfil lipídico desses mesmos indivíduos, diminuindo o risco de patologias coronarianas. Todavia, esses mesmos efeitos atribuídos ao cromo são observados e já comprovados quando o indivíduo está engajado em alguma prática de atividade física regular, pois alguns dos benefícios fisiológicos do exercício, por si só, é o de aumentar a sensibilidade à insulina, diminuir as concentrações plasmáticas de colesterol, triacilgliceróis e lipoproteínas de baixa densidade circulantes, aumentar a concentração plasmática de lipoproteínas de alta densidade, diminuir a massa corporal e o conteúdo de gordura e aumentar a massa muscular. Não se esclarece na literatura ainda se o cromo auxilia na promoção desses efeitos ou mesmo se os torna mais potentes.
Cabe ressaltar que não existem evidências científicas para concluir que a suplementação com cromo altere significativamente a composição corporal. A suplementação com cromo, possivelmente, atua como um fator adicional ao exercício físico na melhora dos quadros de resistência à insulina, mas ainda poucos estudos específicos se encontram na literatura que avaliam a ação conjunta do exercício físico e da suplementação de cromo sobre a sensibilidade à insulina.
Referências
TIRAPEGUI, Julio; et al. Considerações sobre cromo, insulina e exercício físico. Rev Bras Med Esporte, v. 11, 2005. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbme/v11n5/27585.pdf>. Acesso em 17/12/2020
GOMES, Mariana; TIRAPEGUI, Julio. Relação de alguns suplementos nutricionais e o desempenho físico. Archivos Latinoamericanos de Nutrición, v. 50, n. 4, p. 317–329, 2020. Disponível em: <http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-06222000000400001>. Acesso em: 16 Dec. 2020.
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