Acusado de matar rapaz por ciúmes após vê-lo em vídeos com ex é preso
Jefferson Bambil da Silva, de 42 anos, foi preso na noite dessa quinta-feira (22/4) suspeito de esfaquear André Pereira Neves, 33, após ver vídeos da ex-namorada com a vítima. O crime aconteceu em em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá (MT), na tarde de quinta-feira.
As informações são do site RDNews.
No dia do crime, Jefferson foi até a casa da ex-namorada, onde desceu com um facão e deu vários golpes em André. O socorro foi chamado, mas a vítima não resistiu e morreu no local. Um tênis com marcas de sangue foi deixado na cena.
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A ex-namorada e testemunhas do crime identificaram o suspeito, que havia fugido. Jefferson foi localizado em uma rodovia próxima à cidade e encaminhado pela polícia para depoimento.
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Quilombola, gay e pai de santo, Nezinho mantém a força dos antepassados
As mãos calejadas pelo trabalho pesado na roça, o grande pé descalço que se conecta com a terra e o torço amarelo na cabeça demonstram que aquele homem não é qualquer um. A pele preta tem a mesma cor que os ancestrais que vieram de Angola, na África e, depois de alforriados, instalaram-se no quilombo na zona rural de Nossa Senhora do Livramento (a 38 km de Cuiabá). Sizenando do Carmo Santos, 60, é conhecido como Nezinho. Negro, homossexual e pai de santo de Umbanda há 50 anos, é um verdadeiro guardião dos segredos dos ancestrais e da espiritualidade ligada à natureza e aos guias espirituais que habitam o Quilombo Boa Vida Mata Cavalo, que é dividido em seis comunidades.
Distante 50 km de Cuiabá, a comunidade Mata Cavalo de Cima é o local onde Nezinho nasceu e vive até hoje. O local é um ponto de cultura, onde é ensinado o Siriri, o Cururu, a festa de São Benedito, a dança da capoeira e a prática da Umbanda de raiz.
O RDNews esteve no sítio São Benedito, onde mora Nezinho. A presença da reportagem no local foi intermediada pelo fotógrafo José Medeiros, que desenvolve trabalho de registro fotográfico com comunidades tradicionais e pediu autorização do líder quilombola para conceder a entrevista. Para a ocasião, Medeiros também organizou um encontro com a presidente e vice-presidente da Comissão da Lavagem das Escadarias de São Benedito, Maria José e Lidice Catarina de Sá, respectivamente, que foram ao local para conhecer a vassoura artesanal feita pelo quilombola, e que será utilizada na lavagem das escadarias este ano.
Roda de capoeira no Quilombo Mata Cavalo. Local é ponto de Cultura, mantendo vivas as raízes do Siriri, Cururu, festa de São Benedito e a Ubanda raiz | Foto: RDNEWS
Quando chegamos ao sítio, Nezinho estava dedicado em lavar uma vasilha toda suja de carvão. Suas roupas estavam manchadas com a hulha desprendida da panela. A cozinha estava em função. Algumas mulheres se dividiam nos afazeres para preparar o furrundu, tradicional doce de mamão feito com melado de cana, que será servido como sobremesa na Festa de São Benedito, que é realizada pelo pai de santo há 50 anos, tradição iniciada pelo seu bisavô Marcelino.
Mãe Maria, presidente da Comissão, chegou ao local e logo foi cumprimentar o padroeiro da casa, São Benedito, a quem dedicou algumas preces. Nezinho se colocou por perto, apresentou a imagem de quase dois metros de altura do santo que, durante o ano, fica na humilde sala de estar mas, durante a festa, ganha posição de destaque entre os convidados, e pôs-se a fumar seu cachimbo. Em seguida foi preparar um café para receber as visitas. Sentamos ao entorno da rústica mesa de madeira posicionada na área frequentada por cães, gatos, suínos e galinhas. Os animais vivem soltos no espaçoso quintal de Nezinho e não se intimidam com a presença dos visitantes.
O café foi acompanhado por uma porção generosa de banana verde frita, muitas histórias, análises críticas da realidade e ensinamentos de feitiços, mandingas, rezas e oferendas. Algumas para alcançar prosperidade, outras para livrar do mal olhado, da língua do povo ou para que tudo dê certo na Lavagem das Escadarias, preocupação manifestada por Nezinho em quase todo o tempo da conversa.
Nezinho e a presidente da Comissão da Lavagem das Escadarias Maria José no altar do terreiro. Ela foi conhecer as vassouras fabricadas pelos quilombolas | Foto: RDNews
Nezinho não tem cerimônias, sua vida simples é levada de acordo com a necessidade de cada dia. A única questão que lhe dá ansiedade é a realização da festa de São Benedito, que em sua casa é comemorada em julho.
Na puxada rotina, Nezinho acorda todo dia às 4h da manhã, toma guaraná ralado, depois o café, cuida dos porcos, galinhas, rega a horta, dá comida aos cavalos, molha as plantas. Vai à roça e, por volta das 10h, retorna à casa para fazer almoço. Sem muito tempo para o descanso, volta à roça por volta de 1h da tarde, onde encerra o trabalho ao final da tarde.
Quando termina as atividades, quase sempre tem alguém a esperá-lo para uma consulta espiritual. E aí não tem jeito. Nezinho não hesita em preparar o terreiro, acender velas, incenso e colocar a humilde roupa de vovó Catarina. Abre-se a gira.
Para se manter em pé no trabalho espiritual que presta no terreiro, Nezinho diz se dedicar todos os dias a oração de 1 mil ave-marias. Sua vida é a materialização do sincretismo. Entre os deuses africanos, os ancestrais e os santos católicos, Nezinho toca sua vida, reza, canta, pede, repele. Benze e cura. Sua força espiritual atrai gente de toda parte. Sua casa é local de discreta peregrinação.
Aqueles que ali frequentam nem sempre se admitem pertencentes à Umbanda. Na condição de consulentes, cantam os pontos, batem palma, ajoelham-se diante da preta velha, mas no imaginário popular a gira é maior que qualquer religião, é quase estar no quintal de casa, tomando benção da vó, ouvindo conselhos de como se livrar do mal e pedindo caminho para viver bem a vida cheia de desafios no quilombo ou em qualquer parte.
Pai Nezinho começando a gira, durante visita da reportagem, no terreiro da comunidade Mata Cavalo. Maria José acompanha compenetrada e emocionada | Foto: RDNews
Homossexualidade
Nezinho não esconde sua sexualidade e nem a história sofrida que viveu em torno da rejeição por ser gay. Por conta desta condição sofre a discriminação pela família e a principal das penas, o isolamento. A mãe, ainda viva, sempre o rejeitou, não aceita que o filho seja gay e por isso, chegou a dizer que “sujou a família”. A discriminação ficou mais evidente quando a mãe vendeu sua parte na terra e o dinheiro utilizou para comprar casas para todos os filhos, menos para Nezinho, que só teve direito a ficar com o pequeno sítio onde está o terreiro.
Desde criança Nezinho se descobriu gay. Tímido, não queria interagir com outras crianças. Aos 17 anos, seus pais tentaram obrigá-lo a se casar com uma mulher. Nezinho não aceitou, fugiu, e foi morar em uma gleba perto de Porto Velho (RO). Morou por seis anos no lugar e voltou ao quilombo, pois, sentiu saudades da família.
Mas seu retorno foi como voltar ao cativeiro. Passou a ter uma vida de reclusão, da qual só se desvencilhou aos 42 anos. Sua rotina era trabalhar na roça e ajudar a criar os irmãos. Por fim, todos se casaram, foram morar em suas casas, doadas pela mãe, enquanto Nezinho foi condenado pela família a viver no isolamento, sem direito a visitas, ligações ou reuniões de família no Natal, que é algo que ele reclama e lamenta com o triste sentimento da falta. “A solidão dói”, relata.
Nezinho mora sozinho. Leva a vida com muitas restrições e austeridade. A solidão é amenizada pela presença diária do companheiro, Thiago Costa, 24, bacharel em Direito e Teólogo, que está com Nezinho há cinco anos. Thiago também já sofreu perseguição e ainda sofre discriminação. “A ameaça é uma preocupação. Já tentaram me parar na estrada, eu fugi. Atiraram. Já o Nezinho recebe ameaça direto pelo telefone. Vamos tentando não se abalar por isso. Todo dia estou aqui”, relata.
Thiago Costa é companheiro de Nezinho há 5 anos e detalha perseguições e preconceitos. Acima, durante trabalho no terreiro, ele incorpora a Pomba Gira | Foto: RDNews
Thiago afirma que não esconde de ninguém que é o companheiro de Nezinho, e que sofre muito preconceito por isso, principalmente porque é branco e Nezinho, preto. Outra discriminação é a diferença de idade, enquanto Nezinho tem 61, Thiago tem 24 anos.
“Também me discriminam por eu estar tomando a frente, assessorando o Nezinho, não deixar as pessoas roubarem ele, é o que mais faziam. Muitos vem aqui obtém o conhecimento, e depois saem, como não são firmes na fé, fazem coisas erradas e saem dizendo que aprendeu aqui”, aponta.
Thiago está sendo preparado por Nezinho para herdar o terreiro e dar continuidade ao trabalho espiritual prestado no local. “E o principal valor que quero sempre manter é não cobrar nada pelo atendimento espiritual”.
Fonte: RDNews
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