#queria fazer edit bonitinho mas fazer o que né
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⁀ ────── POINT OF VIEW ⋆ task two. @silencehq @devigheden
Hwon estava sentado na cama com as pernas cruzadas. Ele segurava o pequeno caderno de capa laranja que todos os semideuses do acampamento haviam recebido naquele dia. O kit também incluía uma caneta de tinta preta, uma folha de louro, um isqueiro e uma conta de argila sem pintura. A instrução de Quíron era simples: eles deveriam encontrar um lugar calmo, onde não fossem incomodados, e escrever no papel os sentimentos mais frequentes que tiveram durante a missão mais importante de suas vidas. Depois disso, acender o isqueiro e queimar a folha de louro.
Para Hwon, aquilo era mais difícil do que parecia. Ele era extrovertido, sempre sorridente, mas falar sobre seus sentimentos mais profundos era outra história. Tinha medo de se machucar demais ao desenterrar certas memórias. Eram poucas as pessoas com quem ele realmente compartilhava os pesos em seu coração. Mas, por que não cumprir a tarefa? No final das contas, ninguém leria mesmo.
O quarto estava tranquilo, com apenas o som distante das atividades do acampamento ao longe. Hwon olhou para a página em branco do caderno e segurou a caneta por um momento, sem saber por onde começar. Pensou em sua missão mais importante, um evento que havia mudado sua vida para sempre. A memória do medo e da tensão voltou rapidamente, e ele teve que respirar fundo para manter a calma.
Ele começou a escrever, hesitante, suas palavras sendo guiadas pelos sentimentos que tentava manter enterrados. As lembranças traziam emoções fortes, mas ele sabia que precisava enfrentá-las, mesmo que fosse só no papel.
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Hwon ajustou o capuz do casaco enquanto se preparava para sair em missão pela primeira vez desde que descobriu ser filho de Hades. A descoberta havia sido um choque para ele, algo que ele ainda estava digerindo, mas as missões no acampamento não esperavam por ninguém. Dessa vez, ele deveria encontrar e eliminar um vrykolakas, uma espécie de vampiro grego, que estava causando pânico no interior de Wyoming.
O clima estava frio e sombrio, com nuvens baixas cobrindo o céu. O vento cortante parecia penetrar até os ossos, mas Hwon sabia que o frio era o menor de seus problemas. Ele olhou ao redor, vendo outros semideuses se preparando, e sentiu um aperto no estômago. A responsabilidade era enorme, e ele não queria falhar. Principalmente agora que sabia o porquê de ser tão perseguido por monstros. Tentou várias vezes convencer Quíron a ir sozinho, não queria colocar a vida de ninguém (além da dele) em risco. Entretanto, o centauro estava irredutível.
Ele ajeitou a mochila nas costas, verificando seu conteúdo pela última vez: frascos de água benta, uma faca de prata, alguns amuletos de proteção. O interior de Wyoming era vasto e desolado. Hwon viajou com outros semideuses até a cidade mais próxima do último ataque do vrykolakas. Os detalhes eram assustadores: corpos encontrados com órgãos faltando, rastros de destruição por toda parte. O terror local era óbvio, e as pessoas evitavam sair à noite.
Ao chegarem, ele sentia um arrepio na espinha enquanto caminhava pelas ruas quase desertas. As sombras pareciam se mover de maneiras estranhas, e o silêncio era perturbador. Ele apertou a arma com força, tentando encontrar coragem dentro de si mesmo.
Com passos firmes, ele e os outros dois semideuses avançaram em direção ao local do último ataque, prontos para enfrentar o que viesse. Entraram na fábrica abandonada, a atmosfera era densa, com escombros espalhados e colunas de fumaça subindo do chão rachado. O som de gotejamento ecoava pelas paredes de concreto, e cada passo era uma aposta, pois havia destroços por todo lado.
O trio avançava com cautela, as lâminas prontas para o confronto. Nyra, a filha de Nêmesis com o dom da umbracinese, liderava o caminho. Hwon caminhava ao seu lado, mantendo um olho atento a qualquer sinal de perigo. O terceiro semideus, Lucius, estava logo atrás, sua espada reluzindo na escuridão.
Quando chegaram ao coração da fábrica, o vrykolakas surgiu das sombras com um rugido aterrorizante. Ele era grande e ágil, seus olhos vermelhos brilhando com fome. Nyra imediatamente entrou em ação, usando sua umbracinese para manipular a fumaça ao redor. Ela a canalizou em direção ao monstro, fazendo com que a fumaça se enfiasse nas vias aéreas do vrykolakas. A criatura começou a sufocar, lutando para respirar enquanto se contorcia.
Hwon ficou ao lado de Nyra, protegendo-a, pois sabia que o uso intenso da umbracinese a deixava cega e vulnerável a ataques. Ele mantinha a guarda alta, pronto para defender a companheira de qualquer perigo enquanto ela sufocava o monstro. Lucius, por sua vez, avançou para atacar o vrykolakas, cortando com sua espada enquanto a criatura lutava contra a fumaça.
Parecia que a batalha estava chegando ao fim. O vrykolakas estava enfraquecido, caindo de joelhos, e Lucius se preparava para o golpe final. Mas, de repente, Hwon sentiu uma dor aguda nas costas. Algo o perfurou por trás, atravessando sua carne e ossos. Ele mal teve tempo para gritar antes de cair de joelhos.
Outro vrykolakas havia surgido do nada, atacando Hwon sorrateiramente. A dor era intensa, e ele sentiu o sangue escorrendo pelo corpo. Nyra, ainda cega, não podia ver o que estava acontecendo, e Lucius estava focado no primeiro monstro.
Hwon estava de joelhos, sentindo a dor excruciante do ataque. O segundo vrykolakas tinha aparecido do nada, perfurando suas costas com garras afiadas. Ele lutou contra o choque inicial e tentou se levantar, mas a dor era debilitante. O sangue escorria pelo chão, mas ele sabia que precisava reagir rapidamente para não ser um alvo fácil.
Com um esforço tremendo, Hwon girou o corpo e conseguiu se levantar, ainda que precariamente. Ele agarrou o braço do vrykolakas que o havia atacado e puxou com força, tentando desequilibrar o monstro. A criatura era forte, e seu rosto grotesco estava próximo o suficiente para Hwon sentir o fedor de sangue em sua respiração.
O vrykolakas tentou golpear Hwon, mas ele se abaixou e escapou do golpe. Em seguida, ele usou a parte metálica da prótese para chutar a perna do monstro, causando um estalo seco ao atingir o joelho da criatura. O vrykolakas caiu para o lado, rugindo de dor e fúria.
Hwon estava machucado, mas sabia que não podia parar. Ele agarrou uma das facas de prata que carregava e avançou contra o vrykolakas, agora no chão. A criatura tentou se levantar, mas Hwon foi mais rápido. Com um movimento rápido e preciso, ele enfiou a faca no peito do monstro.
O vrykolakas soltou um grito estridente enquanto a prata queimava sua carne. Hwon usou toda a sua força para manter a faca no lugar, apesar da dor que sentia nas costas. A criatura se contorceu por um momento antes de começar a enfraquecer, seus movimentos ficando cada vez mais lentos até finalmente parar.
Hwon respirou fundo, tentando ignorar a dor em suas costas. Ele sabia que ainda não estavam seguros. A missão ainda não havia terminado; eles precisavam garantir que os monstros não retornariam. O método mais seguro para isso era desmembrá-los e queimá-los até as cinzas. O vrykolakas, como outros seres do mundo antigo, tinha uma estranha habilidade de regeneração, e se apenas fossem mortos sem mais cuidados, poderiam voltar à vida.
Lucius, o terceiro semideus do grupo, foi quem começou o processo. Ele usou sua espada para cortar os membros do primeiro vrykolakas, ainda contorcido pela fumaça que Nyra havia invocado. O som do metal cortando carne e ossos ecoava pela fábrica abandonada, sinistro e desagradável, mas necessário.
Hwon, embora machucado, se aproximou para ajudar. Ele sabia que a prótese poderia ser útil para quebrar ossos mais grossos, então usou o pé metálico para esmagar as articulações do monstro. Nyra, mesmo cega temporariamente pela umbracinese, tentava se orientar pelos sons ao redor, mantendo-se atenta para qualquer outro ataque surpresa.
Depois que o primeiro vrykolakas estava completamente desmembrado, Lucius usou um frasco de álcool para molhar os pedaços e acendeu o isqueiro. As chamas cresceram, iluminando a fábrica com um brilho laranja intenso. A fumaça subia ao teto, e o cheiro de carne queimada encheu o ar. Era desagradável, mas eles sabiam que era a única maneira de garantir que o monstro não voltaria.
Hwon e Lucius então se voltaram para o segundo vrykolakas. O processo foi semelhante: desmembrar e depois queimar. Enquanto os semideuses observavam os restos queimando, Hwon sentiu uma pequena onda de alívio. A missão estava chegando ao fim, e eles estavam vivos. Nyra havia recuperado a visão, e Luc, apesar do cansaço, estava bem ao seu lado.
Mas o alívio foi breve. Das sombras mais profundas da fábrica, um terceiro vrykolakas surgiu, tão silencioso quanto a morte. Ele era maior que os outros, seus olhos vermelhos brilhando com uma fúria inigualável. Hwon ouviu um leve som de movimento, mas não teve tempo de reagir.
O vrykolakas avançou sobre Lucius com uma velocidade incrível. Antes que alguém pudesse gritar ou reagir, as garras afiadas do monstro atravessaram o peito de Jason, perfurando seu coração. Jason engasgou com sangue, seus olhos arregalados de surpresa e dor. Hwon gritou, mas o som foi abafado pelo rugido do monstro enquanto ele levantava Jason do chão como se fosse uma marionete quebrada.
Nyra, chocada, tentou usar sua umbracinese para sufocar o terceiro vrykolakas, mas estava fraca e lenta. Hwon, ferido e atordoado, lutava para se mover, mas a dor em suas costas o mantinha preso ao chão. Lucius estava morrendo, a vida se esvaindo de seus olhos enquanto o vrykolakas o segurava no ar.
Com um último suspiro, Lucius caiu, seu corpo atingindo o chão com um baque surdo. O vrykolakas soltou um grito triunfante, como se tivesse acabado de vencer uma batalha épica. Ele olhou para Hwon e Nyra, desafiando-os a tentar detê-lo. A atmosfera tornou-se gelada, e o medo voltou com força total.
Hwon sabia que precisavam agir rápido. O terceiro vrykolakas estava enfurecido e faminto, e eles precisavam de um plano para sobreviver. Mesmo em meio ao desespero, Hwon tentou encontrar uma maneira de honrar o sacrifício de Jason, para garantir que sua morte não fosse em vão. O monstro estava solto, e agora o desafio era maior do que nunca.
Com um esforço tremendo, Hwon se levantou, a faca em punho, pronto para se defender. Nyra começou a usar sua umbracinese, manipulando as sombras para formar uma barreira entre eles e o vrykolakas. O monstro, percebendo a ameaça, avançou com velocidade surpreendente. Ele investiu contra Hwon, suas garras prontas para dilacerar.
Hwon conseguiu se esquivar, mas o movimento causou uma dor intensa em suas costas. Ele retaliou com um corte rápido da faca, atingindo o braço do vrykolakas. O monstro rugiu de dor, mas continuou avançando. Nyra intensificou seu controle sobre as sombras, envolvendo o monstro em uma neblina espessa e sufocante. Ela estava tentando restringir sua visão e movimentos.
Com o monstro temporariamente desorientado, Hwon aproveitou a chance para atacar novamente. Ele mirou nas pernas do vrykolakas, tentando derrubá-lo. A faca encontrou seu alvo, cortando profundamente o tendão do monstro. O vrykolakas cambaleou, seu movimento agora instável, mas sua raiva aumentava a cada segundo.
Nyra usou as sombras para puxar o monstro para baixo, tentando mantê-lo preso enquanto Hwon se preparava para o golpe final. A dor nas costas de Hwon era insuportável, mas ele sabia que não podia parar. Com um grito de determinação, ele correu em direção ao vrykolakas e fincou a faca no coração do monstro, usando toda sua força.
O vrykolakas gritou em agonia, seu corpo começando a desmoronar à medida que a faca de prata queimava sua carne. Nyra segurou as sombras firmemente, mantendo o monstro no chão até que finalmente parou de se mover. As sombras começaram a se dissipar, e o silêncio tomou conta do lugar.
Hwon caiu de joelhos, exausto, mas aliviado por ter derrotado o terceiro vrykolakas. Nyra ajoelhou-se ao seu lado, ainda com dificuldade para ver, mas grata por estarem vivos.
Depois da batalha brutal contra o terceiro vrykolakas, Hwon e Nyra estavam exaustos e feridos, mas sabiam que precisavam voltar para o acampamento. Eles haviam cumprido a missão, mas o preço foi alto. Lucius, seu amigo e companheiro, tinha sido morto pelo monstro, e agora eles precisavam levar seu corpo de volta para o acampamento para o rito final.
Hwon lutou para se manter em pé, a dor nas costas ainda intensa dos ferimentos que o vrykolakas infligiu. Nyra estava ao seu lado, a visão retornando lentamente, mas ainda um tanto turva. O cheiro de sangue e fumaça permeava o ar da fábrica abandonada, tornando a atmosfera pesada e sinistra. Com a força restante, Hwon usou sua conexão com as sombras para conjurar um portal que os levaria para casa.
Ele sabia que ao voltar para o acampamento, teriam que explicar o que aconteceu e se preparar para o rito da mortalha, uma cerimônia para honrar os mortos que todo semideus do acampamento temia. Hwon se sentia culpado por não ter conseguido proteger o amigo, mas sabia que não havia tempo para lamentos. Eles passaram pelo portal, o frio das sombras envolvendo-os enquanto eram transportados de volta para casa.
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A caneta de tinta preta parecia pesada em suas mãos, cada palavra que ele escrevia carregando o peso das lembranças. O cheiro de fumaça e sangue ainda assombrava seus sentidos. Ele sabia que escrever poderia ser uma maneira de processar a culpa e a tristeza, mas não esperava que fosse tão difícil.
Ele começou a escrever uma versão diferente do que aconteceu na fábrica abandonada. Nessa versão, ele conseguiu salvar Jason. Hwon imaginou-se mais rápido, mais forte, enxergando o terceirovrykolakas antes que ele pudesse atacar. Ele descreveu como teria derrubado o monstro e como teria puxado Lucius para longe, antes que as garras o alcançassem. Era uma versão idealizada, uma fantasia onde tudo terminava bem, mas à medida que escrevia, lágrimas começaram a escorrer por seu rosto.
Depois, escreveu uma versão em que ele mesmo teria morrido no lugar do amigo. Hwon detalhou como teria sacrificado a si mesmo para proteger Luc, tomando o golpe fatal e garantindo que o amigo sobrevivesse. Nessa versão, Lucius voltava para o acampamento para contar a história do sacrifício de Hwon. À medida que escrevia, a dor se intensificava, e as lágrimas se tornavam mais difíceis de conter.
Quando terminou, Hwon estava com os olhos vermelhos e inchados, as lágrimas caindo livremente. Ele sabia que essas versões alternativas não mudariam o que realmente aconteceu. As lembranças do último grito de Lucius ecoavam em sua mente, e a culpa o consumia.
Com as mãos trêmulas, Hwon pegou a folha de louro que veio com o kit. Ele pegou o isqueiro e acendeu a chama, observando-a dançar por um momento antes de tocar na folha. O louro começou a queimar, soltando um aroma suave, mas a fumaça trouxe de volta as lembranças da batalha. Hwon assistiu à folha se transformar em cinzas.
Enquanto as cinzas caíam sobre a mesa, Hwon fechou o caderno e enxugou as lágrimas. O luto era uma jornada longa e dolorosa, mas ele estava determinado a honrar a memória de Jason, não importa o quanto isso doesse.
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