#que foi divulgado na última terça-feira (8). Para fazer o relatório
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inovaniteroi · 5 years ago
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Entenda o que é lockdown e o que pode acontecer
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Em Niterói, medidas serão fiscalizadas pela Guarda Municipal. Foto: Arquivo
A palavra Lockdown, que até poucos dias não era utilizada no cotidiano da população brasileira, acabou ganhando destaque em todo o território nacional no decorrer das últimas semanas, após a medida ser adotada, ainda que parcialmente, em algumas cidades como nos estados do Rio, Ceará, Pará e Maranhão, por conta do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
O termo em inglês, que significa fechamento total ou confinamento, é determinado pelos governos para que todas as pessoas fiquem realmente em casa, sendo um plano de bloqueio total, onde as medidas restritivas se tornam mais duras e as recomendações se tornam determinações, com ordens de multas e até mesmo coerções para quem descumprir as regras.
Apesar do bloqueio total ou cercamento de um determinado perímetro (estado, cidade ou região), há liberação para quem trabalha ou precisa utilizar serviços essenciais como: mercados, padarias, farmácias, hospitais, cemitérios, petshops, postos de combustíveis e serviços médicos em geral.
Especialistas, no entanto, alertam que o lockdown precisa de um suporte do Ministério Público, já que envolve direitos essenciais. A medida é polêmica e amplamente discutida.
No Rio, somente entre esta quinta (7) e sexta-feira (8) os bairros de Campo Grande e Bangu, na Zona Oeste do Rio, e municípios vizinhos como São Gonçalo e Niterói, na Região Metropolitana, por exemplo, já anunciaram uma espécie de lockdown, que na prática se trata de um distanciamento social mais restritivo, já que em determinadas áreas ainda há afrouxamentos. O uso de máscaras já é obrigatório nas cidades via decretos.
Durante o regime de lockdown, que normalmente acontece em um breve período de tempo, o controle da circulação de pessoas pode ser feito por agentes de segurança (Polícia Militar) e de trânsito (Guarda Municipal). Nos casos de Niterói, por exemplo, a Guarda ficará responsável pela fiscalização, embora os detalhes sobre os cumprimentos das regras ainda não tenham sido divulgados pela administração pública do município.
Um relatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado esta semana, considerou urgente a adoção de medidas mais rígidas de distanciamento social no estado do Rio de Janeiro, sobretudo na Região Metropolitana.
O objetivo, segundo o parecer, é salvar vidas, diante do agravamento do cenário da pandemia. O documento contém análises, justificativas e ponderações de especialistas sobre o tema.
Confira os avanços dos termos em meio ao coronavírus:
Isolamento social – Sugestão com caráter preventivo para que as pessoas fiquem em casa;
Quarentena – Determinação oficial de isolamento social decretada por um governo (federal/municipal);
Lockdown – Medida de bloqueio total que proíbe deslocamentos não essenciais, viagens e até mesmo o fechamento de vias;
De acordo com o Ministério da Saúde, o lockdown tem como vantagem ser ‘eficaz para redução da curva de casos e dar tempo para reorganização do sistema em situação de aceleração descontrolada de casos e óbitos’. A desvantagem é o alto custo econômico. O ministro da pasta, Nelson Teich também já reconheceu que em locais com situação mais grave, o confinamento pode ser uma estratégia necessária.
Rio – O ‘Calçadão de Campo Grande’, que concentra grande número de comércios, já foi interditado. Em Bangu, onde há grande incidência do vírus, também foi necessário o bloqueio de algumas áreas específicas, desde esta quinta (7). O Ministério Público do Estado pediu aos governos estadual e municipal estudos para adoção do lockdown.
São Gonçalo – Já foi publicado no Diário Oficial do município nesta sexta (8) a prorrogação do isolamento social, sendo dessa vez uma medida mais rígida, com fechamento total de estabelecimentos não essenciais e proibição de pessoas em vias e locais públicos de 11 até 15 de maio. A desobediência está prevista nos artigos 268 – detenção, de um mês a um ano, e multa para o infrator.
Niterói – Serão aplicadas multas de R$ 180 para aqueles que forem flagrados circulando pelas ruas da cidade. A Mensagem do Executivo enviada pelo prefeito Rodrigo Neves (PDT) à Câmara dos Vereadores já foi aprovada nesta quinta (7). A medida entra em vigor a partir da próxima segunda-feira com duração de até dez dias.
Estados e municípios
A definição concreta das medidas de distanciamento social cabe aos estados. Assim como nas iniciativas de distanciamento ampliada, há diferentes abordagens no confinamento. Cada governo estadual ou prefeitura está determinando os limites e eventuais formas de sanção.
O governo do Maranhão, por exemplo, foi um dos primeiros a empregar o termo, que traduziu como “bloqueio”, em medida que passou a valer na terça-feira (5) na Ilha de São Luís. Foi proibida a circulação, mantidos alguns serviços como mercados, farmácias e circulação de caminhões de carga. O estado registrou nesta sexta (8) 330 mortes e 5.909 casos confirmados.
O número de usuários de transporte público caiu de 641 mil para 96 mil com o início do bloqueio. Em entrevista coletiva nesta sexta (8), o governador Flávio Dino (PC do B) anunciou para a próxima semana o rodízio de carros na Capital, com aqueles de placa com número final par e ímpar podendo circular em determinados dias alternadamente.
Pará
No estado o confinamento passou a valer na capital Belém e em outras nove cidades na quarta-feira (6) com duração até o dia 17. A população foi orientada a somente sair de casa para serviços essenciais. Os municípios foram selecionados pela alta taxa de incidência da pandemia e pela sobrecarga no sistema de saúde. O Pará registrava até esta sexta (8) 5.524 casos confirmados e 410 mortes.
Forças de segurança foram escaladas para fazer a fiscalização nas vias públicas. Quem sair às ruas precisa levar documento com foto e comprovante profissional, caso se trate de um trabalhador de atividade essencial. As pessoas estão sujeitas a sanções que vão de advertência a R$ 150 para pessoas físicas e até R$ 50 mil para empresas.
Ceará
No Ceará, o governo decretou o “isolamento social rígido” na capital Fortaleza, que teve início nesta sexta-feira (8) e irá até o dia 20 deste mês. Foram montados bloqueios para restringir a circulação em vias da cidade. As forças de segurança atuam para evitar aglomerações. Em transmissão pela internet nesta quinta-feira (7), o prefeito Roberto Cláudio (PDT) disse que os serviços de saúde estão no limite da sua capacidade.
Mundo
Sendo a origem da pandemia do novo coronavírus, a cidade chinesa de Wuhan foi a primeira a fazer o bloqueio total, ainda no mês de janeiro. Na época, apenas voluntários eram autorizados a circular pelas ruas. Tudo isso durou dois meses, até o fim da transmissão comunitária.
Na Itália, foram oito semanas de lockdown. Segundo autoridades de Saúde locais, cerca de 60 milhões de pessoas ficaram impedidas de sair de casa, sendo o primeiro país fora da China a entrar totalmente em regime de confinamento. Atualmente, de forma lenta, parte das atividades ensaiam um retorno a normalidade.
Algumas regiões dos Estados Unidos e Espanha também decretaram bloqueio total quando os casos dispararam. Em 9 de março, a iniciativa foi adotada na Itália, num cenário em que o número de casos e mortes também começaram a disparar. Os moradores só eram autorizadas a sair para fazer compras de itens essenciais. A flexibilização do isolamento começou no último dia 4 de maio de forma lenta.
A Nova Zelândia, que teve poucos registros de casos, também decretou o lockdown, sendo um exemplo de sucesso, e elogiado até mesmo pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
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18kronaldinhoblog · 5 years ago
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Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira
Os mercados respiram com alívio na manhã desta quarta-feira, após o Senado e o governo dos Estados Unidos terem aprovado na madrugada um acordo para o pacote de US$ 2 trilhões de socorro à economia americana, combalida pelo avanço do coronavírus. Senadores democratas e republicanos aprovaram um conjunto de medidas fiscais e incentivos diretos a empresas e cidadãos. O acordo só será votado mais tarde nesta quarta-feira.
Na Europa, o Eurogrupo fracassou em reativar o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) mas as bolsas de valores avançam impulsionadas pelo pacote americano.
No Brasil, destaque para a repercussão do pronunciamento de Bolsonaro, que retomou o tom agressivo que parecia ter abandonado recentemente. Ele defendeu reabertura do comércio e escolas e voltou a criticar governadores pelo que chama de política de “terra arrasada”, sendo criticado por líderes políticos.
Na manhã de hoje, o IBGE publica o IPCA-15 de março, e à tarde o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, farão uma teleconferência.
1. Bolsas mundiais
O Senado dos Estados Unidos chegou a um acordo para aprovar pacote de US$ 2 trilhões, de forma a socorrer a economia do país, abalada pela epidemia do coronavírus. Os futuros de Nova York, que estavam em terreno negativo na madrugada, se recuperaram após o anúncio, mas agora voltam a operar com leves perdas. As bolsas de valores da Ásia tiveram um rali após a notícia; Tóquio avançou 8%, informa a CNN.
“Este não é um momento de comemoração, mas de necessidade”, disse o senador Chuck Schumer, líder da minoria democrata no Senado, à CNBC. “No final, temos um acordo. Este é um nível de investimentos de tempos de guerra na nossa nação”, disse o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell. Mesmo com o acordo para a aprovação do pacote, muitos ressaltam a incerteza que ainda paira sobre a economia americana e mundial.
A Bolsa de Nova York teve ontem um dia de “bull market”, com o índice Dow Jones fechando em alta superior a 11%, maior ganho em porcentual desde 1933.
O acordo, que ainda é preliminar e deve seguir para votação no Senado e na Câmara dos Representantes já nesta quarta, acontece após dias de divergências que deixaram os mercados financeiros em suspense. Só depois irá à sanção de Donald Trump.
Os detalhes do pacote serão revelados mais tarde nesta quarta-feira. Alguns pontos conhecidos: cada adulto receberá um cheque de US$ 1,2 mil, cada casal US$ 2,4 mil e cada criança um de US$ 500. Se o cidadão recebe mais de US$ 75 mil por ano e o casal mais de US$ 150 mil por ano, terão direito a um cheque de menor valor.
Pequenas empresas terão US$ 350 bilhões para mitigar os efeitos da recessão. McConnell disse que o pacote estabilizará “setores-chave na economia americana”. As empresas aéreas haviam pedido US$ 58 bilhões.
O senador Chuck Schumer disse que os US$ 2 trilhões vão cobrir as necessidades de cada americano por quatro meses. O país se prepara para uma onda de demissões. Um relatório do banco Goldman Sachs projetou que só nesta semana 2,2 milhões de trabalhadores perderiam o emprego.
Na Europa, as bolsas de valores abriram em alta por causa do pacote americano. Na noite de ontem, ministros do Eurogrupo fracassaram em chegar a um acordo para reativar o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) bastante usado na crise da Grécia em 2009.
Veja o desempenho dos mercados, às 7h37*
Nova York *S&P 500 Futuro (EUA), -0,93% *Nasdaq Futuro (EUA), -1,81% *Dow Jones Futuro (EUA), -1,57%
Europa *Dax (Alemanha), -1,99% *FTSE (Reino Unido), +0,24% *CAC 40 (França), +0,01% *FTSE MIB (Itália), -0,85%
Ásia *Nikkei (Japão), +8,04% (fechado) *Kospi (Coreia do Sul), +5,89% (fechado) *Hang Seng (Hong Kong), +3,81% (fechado) *Xangai (China), +2,17% (fechado)
*Petróleo WTI, +2,64% a US$ 24,62 o barril *Petróleo Brent, +1,33%, a US$ 27,51 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de 5,06% cotados a 665.000 iuanes, equivalentes a US$ 93,69 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 7,0972 (-0,29%)
*Bitcoin, US$ 6.907,71 +1,53%
2. Agenda de indicadores
O IBGE publica na manhã de hoje o IPCA-15 de março. A inflação deve ter registrado alta de 0,06% em março na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de ter avançado 0,22% na medição anterior.
No mesmo horário, o instituto publicará sua pesquisa sobre o setor de serviços em janeiro, após vendas do varejo ontem abaixo do previsto ajudarem a derrubar juros futuros curtos
Um pouco mais tarde, às 9h30, o Banco Central deve divulgar o saldo em conta corrente e o investimento estrangeiro direto em fevereiro. O BC também realiza leilão de linha de US$ 3,3 bilhões para rolagem a partir das 10h20
Nos Estados Unidos, serão divulgados os pedidos dos bens de capital em fevereiro, também às 9h30.
3. Discurso polêmico de Bolsonaro
O discurso do presidente Jair Bolsonaro, feito na noite de ontem em cadeia nacional de televisão, foi elaborado com a ajuda do seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, e do chamado “gabinete do ódio” que funcionaria dentro do Palácio do Planalto, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. No discurso, o presidente criticou o fechamento de escolas e do comércio no Brasil por causa da epidemia do coronavírus. “Sem pânico ou histeria venceremos o vírus”, que chegou e brevemente passará, disse o presidente.
Moradores de pelo menos nove capitais fizeram panelaço enquanto a TV exibia o discurso, pedindo a renúncia do mandatário. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que o pronunciamento foi “grave” e cobrou uma liderança “séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), considerou “equivocado” o pronunciamento e criticou o fato de Bolsonaro usar a estrutura de transmissão para distribuir ataques. “Desde o início desta crise venho pedindo sensatez, equilíbrio e união. O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública”, escreveu o presidente da Câmara em uma rede social.
4. Coronavírus avança no Brasil 
O Ministério da Saúde informou que pretende aplicar 22,9 milhões de testes do coronavírus no Brasil. A promessa envolve a produção acima da capacidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, a compra de kits no mercado internacional. O Brasil já registra 47 mortes – na noite deste terça-feira, de um paciente no Amazonas – e pelo menos 2.201 casos confirmados da doença.
5. Noticiário corporativo 
A Petrobras informou na noite de ontem que fechou um contrato de R$ 350 milhões para a compra e venda de asfalto com a Stratura, sua coligada e subsidiária da BR Distribuidora em Paulínia (SP). O acordo tem validade de seis meses. Já a Sul América adiou a sua Assembleia Geral Ordinária, que deveria ocorrer amanhã no Rio de Janeiro, para o final de abril, por causa da epidemia do coronavírus. A Usiminas vai receber R$ 393,9 milhões em acordo com fundo de pensão.
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folha12suzanotv · 6 years ago
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Caraguá lidera ranking de praias com mais lixo na areia no litoral norte
Caraguá lidera ranking de praias com mais lixo na areia no litoral norte
Caraguatatuba lidera o ranking das praias com mais lixo na areia. O balanço faz parte de um levantamento do Instituto Argonauta e do Aquário de Ubatuba, que foi divulgado na última terça-feira (8).
Para fazer o relatório, em dezembro de 2018 foram monitoradas 132 praias do litoral norte de São Paulo, sendo 57 em Ubatuba, 15 em Caraguatatuba, 31 em São Sebastião e 29 em Ilhabela. As visitas em…
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#&039;alguns traços de lixo&039;#&039;inaceitável&039; e &039;caótico&039;. Nove delas foram caracterizada como inaceitáveis e todas são de Caraguatatuba. Elas são a pra#15 em Caraguatatuba#2%#256 quilos; São Sebastião; 302 quilos; e Ilhabela#31 em São Sebastião e 29 em Ilhabela. As visitas em todos esses locais foi diária no período analisado. As praias foram classificadas como &#52#7 quilos de lixo das praias. Em Ubatuba foram 330 quilos; Caraguatatuba#74#Caraguatatuba lidera o ranking das praias com mais lixo na areia. O balanço faz parte de um levantamento do Instituto Argonauta e do Aquário#cerca de metade delas#em 27 não foram encontrados resíduos. "Algumas das praias chegaram a ficar em situação caótica#em dezembro de 2018 foram monitoradas 132 praias do litoral norte de São Paulo#Flecheiras#foram predominantemente classificadas como &039;traços de lixo&039;. As demais#Hugo Gallo. Limpeza Em dezembro foram retirados 942#Indaiá#mas em um dia ou outro e a média mensal acaba sendo mais baixa. Com o relatório#mas quem também quer frequentar uma praia poluida e cheia de lixo?"#ou seja#PALMEIRAS#Pan Brasil#predominaram ausentes de lixo. Nenhuma praia foi classificada como &039;caótico&039;. São Sebastião foi a cidade com maior registro de pra#que foi divulgado na última terça-feira (8). Para fazer o relatório#que representa 43#questionou o oceanógrafo responsável pelo projeto#Romance e Porto Novo. De todas as praias do litoral norte#sendo 57 em Ubatuba#vamos chamar atenção da população para que comece a agir de forma consciente. O lixo impacta na fauna e na flora
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congressoemnotas · 7 years ago
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NO. 78
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(Foto: MPT/RJ)
TRABALHO ESCRAVO I. No dia 13 de outubro, foi expedida pelo Ministério do Trabalho a Portaria 1.129/17, que mudou regras de fiscalização do trabalho escravo no Brasil, dificultando sua identificação. Anteriormente o país seguia as orientações na Organização Internacional do Trabalho e do Código Penal para definir o crime, que envolviam trabalho forçado, jornada exaustiva, servidão por dívida ou condições degradantes. Agora, para ser considerado análogo ao trabalho escravo, devem ser identificadas quatro condições: ameaça de punição, o cerceamento da liberdade de locomoção, a presença de seguranças armados para impedir que o trabalhador deixe o local e a retenção de documentação pessoal. Acrescentou-se também a exigência de um boletim de ocorrência policial para fins de comprovação. Além disso, a portaria condiciona a liberação da “lista suja” com os nomes de empresas autuadas por esse crime a uma autorização do ministro do Trabalho (veja aqui a lista suja de 2016).
TRABALHO ESCRAVO  II. A fiscalização do trabalho escravo estava a cargo de equipe técnica do ministério, a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae) da Secretaria de Inspeção do Trabalho. O responsável pela divisão, o auditor-fiscal do trabalho André Esposito Roston, foi exonerado -- possivelmente após desagradar o governo ao informar em audiência pública no Senado que a fiscalização contra o trabalho escravo e infantil estaria suspensa desde agosto deste ano por falta de verbas, como informa a carta de repúdio à exoneração assinada por representantes da sociedade civil e instituições públicas divulgada antes mesmo da publicação da portaria no Diário Oficial.
TRABALHO ESCRAVO III. As mudanças na legislação têm sido atribuídas a um acordo do governo federal com a bancada ruralista em troca de votos que possam impedir o prosseguimento da segunda denúncia do ex-PGR contra Temer. O texto tem sido condenado por diversas organizações, entre elas o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A portaria também repercutiu no Congresso: no Senado, foi tema de uma audiência pública da Subcomissão temporária da Comissão de Direitos Humanos, que deve elaborar até abril do ano que vem um Estatuto do Trabalho para contrapor a reforma trabalhista recentemente aprovada pelo governo federal. A subcomissão convidará o ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira para dar explicações sobre o documento.
TRABALHO ESCRAVO IV. A oposição apresentou três projetos de decreto legislativo com intenção de sustar os efeitos da portaria no Senado: o PDS 190/17, de autoria dos petistas Lindbergh Farias (RJ), Paulo Rocha (PA), Regina Sousa (PI) e Paulo Paim (RS); o PDS 191/17, de autoria de Randolfe Rodrigues (REDE/AP); e o PDS 192/17, de autoria de Lídice da Mata (PSB/BA). Já na Câmara, foram 20 Projetos de Decreto Legislativo com o mesmo fim, 12 propostos por parlamentares do PT e o restante por deputados do PDT, PV, REDE, PCdoB, PPS, PSB, PSOL e até do PMDB (ver aqui a lista completa de projetos). Entre 1995 e 2015, quase 50 mil vítimas do trabalho escravo foram libertadas no Brasil. Na quinta-feira, houve um ato contra a medida no Salão Verde da Câmara. Temer já admitiu a possibilidade de fazer mudanças na portaria.
DENÚNCIA CONTRA TEMER. Após negociações nem sempre transparentes, como a citada acima, Michel Temer conseguiu uma vitória na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados: foi aprovado o parecer do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG), que recomendou ao Plenário da Câmara negar autorização à instauração do processo no Supremo Tribunal Federal. Lembramos que, na denúncia, Temer, Moreira Franco, Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e Rodrigo Rocha Loures são acusados de formação de quadrilha e obstrução de justiça. Os deputados do PT, PSB, PSOL, REDE, PODE, PPS e PDT votaram contra o parecer, ou seja, a favor da abertura do processo. Os deputados do PHS, PP, PRB, PTB, SD, PSD, PROS e PV votaram a favor de Temer. O PMDB teve 8 votos a favor de Temer e uma abstenção; o DEM, 3 votos a favor e um contra (o deputado desobedeceu a orientação partidária); e o PSDB, por incrível que pareça, teve 6 votos contrários e apenas 1 a favor da interrupção da denúncia (os deputados tucanos foram liberados para votar como preferissem). Na próxima quarta-feira, o relatório será examinado pelo Plenário da Câmara. Para que Temer venha a ser denunciado, o parecer da CCJ deve ser contrariado por 342 deputados.
AÉCIO NEVES. Na última terça-feira, o Plenário do Senado Federal anulou as medidas cautelares aplicadas pelo STF ao senador mineiro Aécio Neves (PSDB). Foram 9 ausências, 44 votos contra e 26 a favor da manutenção do afastamento do mandato e do recolhimento noturno do tucano, denunciado por obstrução de justiça e corrupção passiva pelo ex-Procurador Geral da República Rodrigo Janot. Eram necessários apenas 41 votos para anular as punições. Em seu retorno à Casa, Aécio afirmou ser vítima de uma “ardilosa armação” corroborada por Janot.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, que deve ser votado na próxima segunda-feira, indica que não há necessidade de reforma e recomenda aprimoramentos de gestão que não recaiam sobre os trabalhadores. As premissas dos cálculos do déficit apontado pelo governo para justificar a reforma já haviam sido questionadas em notas técnicas elaboradas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e pela Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), a saber: A Previdência Social em 2060: as inconsistências do modelo de projeção atuarial do governo brasileiro; Previdência: reformar para excluir? Documento completo; e Previdência: reformar para excluir? Síntese. A polêmica resulta de formas diferentes de calcular receitas e despesas da Previdência. Para mais informações sobre o assunto, acesse matéria da ONG Repórter Brasil.
PUNIÇÃO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Deve ser votado na próxima terça-feira na Comissão Especial sobre Revisão das Medidas Educativas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) o relatório do deputado Aliel Machado (REDE-PR) sobre o Projeto de Lei 7197/02, que pretende aumentar de três para até dez anos de internação a duração de medidas socioeducativas para menores de idade. Em junho deste ano, membros de organizações como o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Conselho Distrital de Promoção e Defesa de Direitos Humanos posicionaram-se contra o aumento das penas e também contra a diminuição da maioridade penal durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Os conselheiros argumentaram que o sistema socioeducativo brasileiro apresenta graves problemas como a institucionalização da tortura e outras violações.
NOVO CÓDIGO DA MINERAÇÃO. Continua a tramitação na Câmara dos Deputados das Medidas Provisórias 789/17 (altera as regras e taxas de cobrança da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), conhecida como “royalties da mineração”) e 790/17 (que segundo o governo federal, reduz a burocracia e estimula a atividade de exploração mineral). O voto dos relatores, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) e senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), foram divulgados durante a última semana e serão apreciados nas comissões especiais na próxima terça-feira. O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e o Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (MAM) apresentaram uma agenda propositiva como alternativa ao novo Código da Mineração, que você pode ler aqui.
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(Foto: Tania Rêgo/ Agência Brasil) POSSE E PORTE DE ARMAS. A questão do desarmamento voltará a ser debatida no Congresso Nacional. O Projeto de Decreto Legislativo 175/17, de autoria do senador Wilder Morais (PP-GO), prevê que uma consulta pública sobre o tema seja realizada junto às eleições de 2018. No plebiscito, os cidadãos deverão responder a três perguntas: 1) “Deve ser assegurado o porte de armas de fogo para cidadãos que comprovem bons antecedentes e residência em área rural?”; 2) “O Estatuto do Desarmamento deve ser revogado e substituído por uma nova lei que assegure o porte de armas de fogo a quaisquer cidadãos que preencham requisitos objetivamente definidos em lei?”; e 3) “O Estatuto do Desarmamento deve ser revogado e substituído por uma nova lei que assegure a posse de armas de fogo a quaisquer cidadãos que preencham requisitos objetivamente definidos em lei?”. O mesmo senador também é autor de projeto chamado “Estatuto do Armamento” (PLS 378/17), que dispõe sobre fabricação, importação, comercialização, registro, posse e porte de armas, e de um projeto que permite o porte de armas em áreas rurais (PLS 224/17). Ao defender o projeto em programa de entrevistas da TV Senado, Wilder argumentou que o Estatuto do Desarmamento teria desarmado homens e mulheres de bem e oficializado a profissão dos bandidos. Tais afirmações tem parco assento na realidade. O número de armas ilegais apreendidas pelas polícias nas duas maiores capitais brasileiras - Rio de Janeiro e São Paulo -- foi de 136.626, entre 2009 e 2013, e o número de armas recolhidas na Campanha Nacional do Desarmamento foi de 40.353 no mesmo período. Ou seja, para todos os efeitos há ainda muitas armas em circulação no país, o que justificaria uma regulação ainda mais restritiva e não menos, como pretende o senador. Para mais informações sobre o Estatuto do Desarmamento acesse o site da ONG Sou da Paz.
APLICATIVOS DE TRANSPORTE. O projeto de Lei (PLC 28/17), que regulamenta aplicativos de transporte como Cabify e Uber, já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e teve sua discussão no Senado adiada para a próxima semana. O relator do projeto na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), senador Pedro Chaves (PSC-MS), apresentou um substitutivo ao texto baseado em outras iniciativas legislativas que tratam do tema. Por um acordo entre os líderes partidários, a matéria deve ser discutida na próxima terça-feira na CCT e, caso os senadores não cheguem a um consenso, será apreciado no Plenário um pedido de urgência.
DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO. Entre 15 e 21 de outubro foi celebrada a Semana   Nacional pela Democratização da Comunicação 2017, em torno do tema “Em defesa da liberdade de expressão”. Foram dezenas de eventos acontecendo pelo país, dentre eles o lançamento do Relatório Calar Jamais! - Um ano de denúncias contra violações à liberdade de expressão”, elaborado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que será levado a autoridades nacionais e organismos internacionais. No documento, foram relatadas 72 violações de direitos da liberdade de expressão contra comunicadores e jornalistas, servidores públicos e manifestações políticas e artísticas.
COTAS RACIAIS. Foi discutido em audiência pública na última quarta-feira o Projeto de Lei 6573/16, de autoria do deputado Chico D’Angelo (PT-RJ) que prevê, para fins de ação afirmativa, a exigência de autodeclaração de raça/cor. O projeto também institui multa pecuniária para os casos de fraude comprovada às cotas. Membros do movimento negro -- especificamente mulheres negras -- posicionaram-se favoravelmente à punição aos fraudadores, mas não houve consenso sobre a questão do documento de autodeclaração. D’Angelo comprometeu-se a recolher o projeto e reelaborá-lo a partir de um grupo de trabalho que integre sugestões das participantes.
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josepsousa · 4 years ago
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Ibovespa cai seguindo Wall Street em mais um dia de sell-off das ações de tecnologia
SÃO PAULO – O Ibovespa opera em queda nesta terça-feira (8), volta do feriado de 7 de setembro, quando a Bolsa esteve fechada. Lá fora, os futuros dos índices das bolsas americanas recuam puxados pela queda de 10% das ações da Tesla no pré-market, 5% da Apple, 4% da Amazon, entre outras companhias do setor.
No noticiário macro, as tensões entre os Estados Unidos a China continuam no radar, depois que o presidente Donald Trump prometeu reduzir drasticamente os laços econômicos entre os dois países. Também geram expectativas os dados da economia da zona do euro, que serão divulgados hoje.
Às 10h12 (horário de Brasília) o Ibovespa tinha queda de 1,46%, aos 99.767 pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial 1,46% a R$ 5,3845 e a R$ 5,3858. O dólar futuro para outubro sobe 1,17%, a R$ 5,366.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 tem alta de quatro pontos-base a 2,78%, o DI para janeiro de 2023 ganha seis pontos-base a 3,96%, o DI para janeiro de 2025 opera com valorização de sete pontos-base a 5,77% e o DI para janeiro de 2027 varia positivamente seis pontos-base a 6,73%.
Entre os indicadores, os economistas esperam uma retração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 maior do que a projetada na semana passada, mostrou o Relatório Focus do Banco Central. De -5,28%, agora os especialistas consultados veem o PIB caindo 5,31% este ano. Para 2021, a expectativa mediana é de crescimento de 3,5%.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) as projeções oscilaram de 1,77% para 1,78% em 2020. Já para 2021 elas continuaram em 3,00%.
Em relação à taxa básica de juros, Selic, a expectativa se manteve em 2,00% ao ano para 2020 e em 2,88% ao ano para 2021.
Por fim, os economistas consultados esperam que o dólar encerre 2020 cotado a R$ 5,25, mesmo número da semana passada. Para 2021 as previsões continuam em R$ 5,00.
Por aqui, continuam no radar do mercado as sinalizações do governo a respeito do controle fiscal do país. No final de semana, o senador Marcio Bittar (MDB-AC), que é relator da PEC do pacto federativo e do Orçamento para 2021, sinalizou que a PEC pode incluir pontos que foram atenuados na reforma administrativa, atingindo os salários mais altos do funcionalismo.
Ele disse ainda que a aplicação mínima de recursos em saúde e educação prevista hoje na Constituição será extinta no seu relatório. Os investidores também ficarão atentos à alta dos preços dos alimentos, que deve elevar a inflação no país.
Pacto Federativo
Um dos destaques dos últimos dias foram as declarações do senador Marcio Bittar (MDB-AC), que é relator da PEC do pacto federativo e do Orçamento para 2021. Segundo ele, a aplicação mínima de recursos em saúde e educação prevista hoje na Constituição será extinta no relatório do senador a PEC do pacto federativo e também do Orçamento de 2021.
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, ele disse que combinou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente Jair Bolsonaro o fim da vinculação de recursos para as duas áreas. “É polêmico, mas tem que fazer”, declarou ao jornal.
O senador disse ainda que a PEC do pacto federativo vai incluir medidas que vão atingir o funcionalismo e os salários mais altos. Segundo Bittar, seu parecer vai explicitar o que pode ficar de fora do teto remuneratório do serviço público, com o objetivo de acabar com os supersalários que existem hoje. Além disso, a PEC permite que sejam acionados gatilhos automáticos de cortes de despesas.
Em pronunciamento no último 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro não deu ênfase para a agenda de reformas do governo. Ele deu mais ênfase ao tema da liberdade dos brasileiros. Nos próximos dias, o mercado deve acompanhar se Bolsonaro vai vetar ou sancionar um projeto aprovado pelo Congresso Nacional que perdoar quase R$ 1 bilhão de dívidas tributárias de igrejas.
Desgaste de Guedes e inflação
Os investidores continuam a acompanhar nesta semana a situação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Na noite da última sexta-feira, a Folha de S.Paulo informou que o ministro decidiu se afastar da tarefa de negociar as reformas estruturantes apresentadas por ele ao Congresso. O trabalho deve ser feito pela ala política do governo.
Antes disso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, havia dito que deixaria de tratar deste tema diretamente com o ministro. Neste sábado, foi noticiado pelo Estado de S.Paulo que a briga entre Maia e Guedes tem como motivo uma discussão sobre os recursos de um fundo bilionário de desenvolvimento regional.
Segundo a reportagem, estados das regiões Norte e Nordeste pretendem usar uma parcela do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para alimentar um fundo de desenvolvimento regional. Para Guedes, esta seria uma tentativa de sangrar os cofres da União. A ida de Maia ao Recife, na semana passada, para falar de reforma tributária com secretários de Fazenda do Nordeste, teria sido interpretada pelo ministro como um gesto nesse sentido.
Outro destaque é o debate sobre a alta do preço dos alimentos no Brasil, que está sendo causado pela desvalorização do real frente ao dólar e pela forte demanda externa de alimentos, principalmente da China. Segundo O Estado de S.Paulo, os economistas já projetam inflação de 3,3% para este ano.
O assunto chamou atenção depois que Bolsonaro pediu patriotismo dos varejistas para tentar segurar a alta da cesta básica. O presidente também declarou que a recuperação econômica do Brasil não será rápida.
Radar corporativo
No noticiário corporativo, o destaque é a notícia de que a Oi aceitou proposta vinculante apresentada em conjunto pela companhia e as empresas Telefônica Brasil, TIM e Claro para a compra da operação de telefonia móvel da Oi (UPI Ativos Móveis) e de suas subsidiárias. A informação foi divulgada pela empresa ontem à noite. A proposta prevê a compra dos UPI Ativos Móveis por R$ 16,5 bilhões.
Além disso, a Vale disse que não chegou a um acordo com a New Century Resources Limited para adquirir a sua participação de 95% na Vale Nouvelle Caledonie (VNC). A AB InBev, fabricante da Budweiser e da Stella Artois, deu início a um processo para substituir o executivo chefe Carlos Brito, de acordo com o Financial Times.
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josepsousa · 4 years ago
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Ibovespa Futuro cai mais de 1% seguindo pré-market dos EUA na volta do feriado; dólar sobe
SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em queda nesta terça-feira (8), volta do feriado de 7 de setembro, quando a Bolsa esteve fechada. Lá fora, os futuros dos índices das bolsas americanas recuam puxados pela queda de 10% das ações da Tesla no pré-market, 5% da Apple, 4% da Amazon, entre outras companhias do setor.
No noticiário macro, as tensões entre os Estados Unidos a China continuam no radar, depois que o presidente Donald Trump prometeu reduzir drasticamente os laços econômicos entre os dois países. Também geram expectativas os dados da economia da zona do euro, que serão divulgados hoje.
Às 09h09 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para outubro tinha queda de 1,23%, aos 99.760 pontos.
O dólar futuro para outubro sobe 1,17%, a R$ 5,366.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 tem alta de quatro pontos-base a 2,78%, o DI para janeiro de 2023 ganha seis pontos-base a 3,96%, o DI para janeiro de 2025 opera com valorização de sete pontos-base a 5,77% e o DI para janeiro de 2027 varia positivamente seis pontos-base a 6,73%.
Entre os indicadores, os economistas esperam uma retração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 maior do que a projetada na semana passada, mostrou o Relatório Focus do Banco Central. De -5,28%, agora os especialistas consultados veem o PIB caindo 5,31% este ano. Para 2021, a expectativa mediana é de crescimento de 3,5%.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) as projeções oscilaram de 1,77% para 1,78% em 2020. Já para 2021 elas continuaram em 3,00%.
Em relação à taxa básica de juros, Selic, a expectativa se manteve em 2,00% ao ano para 2020 e em 2,88% ao ano para 2021.
Por fim, os economistas consultados esperam que o dólar encerre 2020 cotado a R$ 5,25, mesmo número da semana passada. Para 2021 as previsões continuam em R$ 5,00.
Por aqui, continuam no radar do mercado as sinalizações do governo a respeito do controle fiscal do país. No final de semana, o senador Marcio Bittar (MDB-AC), que é relator da PEC do pacto federativo e do Orçamento para 2021, sinalizou que a PEC pode incluir pontos que foram atenuados na reforma administrativa, atingindo os salários mais altos do funcionalismo.
Ele disse ainda que a aplicação mínima de recursos em saúde e educação prevista hoje na Constituição será extinta no seu relatório. Os investidores também ficarão atentos à alta dos preços dos alimentos, que deve elevar a inflação no país.
Pacto Federativo
Um dos destaques dos últimos dias foram as declarações do senador Marcio Bittar (MDB-AC), que é relator da PEC do pacto federativo e do Orçamento para 2021. Segundo ele, a aplicação mínima de recursos em saúde e educação prevista hoje na Constituição será extinta no relatório do senador a PEC do pacto federativo e também do Orçamento de 2021.
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, ele disse que combinou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente Jair Bolsonaro o fim da vinculação de recursos para as duas áreas. “É polêmico, mas tem que fazer”, declarou ao jornal.
O senador disse ainda que a PEC do pacto federativo vai incluir medidas que vão atingir o funcionalismo e os salários mais altos. Segundo Bittar, seu parecer vai explicitar o que pode ficar de fora do teto remuneratório do serviço público, com o objetivo de acabar com os supersalários que existem hoje. Além disso, a PEC permite que sejam acionados gatilhos automáticos de cortes de despesas.
Em pronunciamento no último 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro não deu ênfase para a agenda de reformas do governo. Ele deu mais ênfase ao tema da liberdade dos brasileiros. Nos próximos dias, o mercado deve acompanhar se Bolsonaro vai vetar ou sancionar um projeto aprovado pelo Congresso Nacional que perdoar quase R$ 1 bilhão de dívidas tributárias de igrejas.
Desgaste de Guedes e inflação
Os investidores continuam a acompanhar nesta semana a situação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Na noite da última sexta-feira, a Folha de S.Paulo informou que o ministro decidiu se afastar da tarefa de negociar as reformas estruturantes apresentadas por ele ao Congresso. O trabalho deve ser feito pela ala política do governo.
Antes disso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, havia dito que deixaria de tratar deste tema diretamente com o ministro. Neste sábado, foi noticiado pelo Estado de S.Paulo que a briga entre Maia e Guedes tem como motivo uma discussão sobre os recursos de um fundo bilionário de desenvolvimento regional.
Segundo a reportagem, estados das regiões Norte e Nordeste pretendem usar uma parcela do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para alimentar um fundo de desenvolvimento regional. Para Guedes, esta seria uma tentativa de sangrar os cofres da União. A ida de Maia ao Recife, na semana passada, para falar de reforma tributária com secretários de Fazenda do Nordeste, teria sido interpretada pelo ministro como um gesto nesse sentido.
Outro destaque é o debate sobre a alta do preço dos alimentos no Brasil, que está sendo causado pela desvalorização do real frente ao dólar e pela forte demanda externa de alimentos, principalmente da China. Segundo O Estado de S.Paulo, os economistas já projetam inflação de 3,3% para este ano.
O assunto chamou atenção depois que Bolsonaro pediu patriotismo dos varejistas para tentar segurar a alta da cesta básica. O presidente também declarou que a recuperação econômica do Brasil não será rápida.
Radar corporativo
No noticiário corporativo, o destaque é a notícia de que a Oi aceitou proposta vinculante apresentada em conjunto pela companhia e as empresas Telefônica Brasil, TIM e Claro para a compra da operação de telefonia móvel da Oi (UPI Ativos Móveis) e de suas subsidiárias. A informação foi divulgada pela empresa ontem à noite. A proposta prevê a compra dos UPI Ativos Móveis por R$ 16,5 bilhões.
Além disso, a Vale disse que não chegou a um acordo com a New Century Resources Limited para adquirir a sua participação de 95% na Vale Nouvelle Caledonie (VNC). A AB InBev, fabricante da Budweiser e da Stella Artois, deu início a um processo para substituir o executivo chefe Carlos Brito, de acordo com o Financial Times.
Profissão Day Trader: Quer gerar uma renda extra? Nesta série gratuita, Pam Semezzato explica como se tornar um day trader. Inscreva-se!
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josepsousa · 4 years ago
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Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira
A semana começou com as bolsas internacionais em alta, em meio a um maior otimismo causado por novos tratamentos para a Covid-19 nos Estados Unidos. Os futuros de Nova York e as bolsas europeias operam em alta nesta manhã.
No Brasil, todas as atenções estarão voltadas para o anúncio de um megapacote de medidas sociais e econômicas, que deve ser feito amanhã pelo governo federal. O evento está sendo chamado pelo governo de “Big Bang Day”, e tem como objetivo recuperar a economia e abrir caminho para as eleições de 2022.
São esperadas medidas para geração de empregos, novos marcos legais, obras públicas, atração de investimentos privados, privatizações e ações para corte de gastos.
No noticiário corporativo, o mercado aguarda os resultados do segundo trimestre da Ser Educacional e da Lojas Marisa. Além disso, será definido nesta segunda-feira o preço por ação da Rumo, que prepara uma oferta primária de ações.
Também são esperados para esta semana novos lances na disputa pela Linx e andamentos sobre uma possível combinação entre Tecnisa e Gafisa.
1.Bolsas mundiais
As bolsas mundiais começaram a semana com um tom positivo, em meio a informações de que serão adotados novos tratamentos para a Covid-19 nos Estados Unidos. Neste final de semana, o governo norte-americano autorizou o uso de plasma no tratamento de pacientes com a doença no país.
Além disso, o governo de Donald Trump está considerando acelerar os testes de uma vacina experimental desenvolvida no Reino Unido para ser usada antes das eleições presidenciais, segundo o Financial Times.
A menor tensão entre Estados Unidos e China ajuda a impulsionar os mercados. Segundo a imprensa, a equipe do presidente Donald Trump tem assegurado as empresas locais de que elas ainda podem fazer negócios com o aplicativo de mensagens WeChat na China.
Os índices das bolsas europeias sobem e os futuros de Nova York operam em alta.
Os futuros da Dow Jones sobem 0,81%, e os do S&P 500 registram alta de 0,70%. Na semana passada, o rali das empresas de tecnologia levou o S&P 500 para níveis recordes. O índice teve sua quarta semana positiva consecutiva e fechou na sexta-feira em um novo recorde.
Na Europa, os mercados também avançam. O Euro Stoxx sobe 1,76%. O FTSE 100, de Londres, avança 1,87%, e o CAC, de Paris, sobe 2,26%.
Na Ásia, o mercado também operou em alta, enquanto os investidores seguem monitorando o desenvolvimento da pandemia. Na China, o Shangai SE subiu 0,15%, enquanto no Japão, o índice Nikkei 225 subiu 0,28%.
Na Coreia do Sul, o avanço do índice Kospi foi de 1,10%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, avançou 1,74%.
O número de mortes em todo o mundo pelo novo coronavírus ultrapassou 800 mil, segundo relatório divulgado pela Universidade Johns Hopkins (EUA) neste sábado. O total de casos passou de 23 milhões.
*Veja o desempenho dos mercados, às 7h04 (horário de Brasília):
Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,70% *Nasdaq Futuro (EUA), +0,93% *Dow Jones Futuro (EUA),+0,81%
Europa
*Dax (Alemanha), +2,36% *FTSE 100 (Reino Unido), +1,90% *CAC 40 (França), +2,29% *FTSE MIB (Itália), +2,20%
Ásia
*Nikkei 225 (Japão), +0,28% (fechado) *Hang Seng Index (Hong Kong), +1,74% (fechado) *Shanghai SE (China), +0,15% (fechado)
*Petróleo WTI, +0,76%, a US$ 42,66 o barril *Petróleo Brent, +0,77%, a US$ 44,69 o barril
**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em queda de 1,83%, cotados a 832.500 iuanes, equivalente hoje a US$ 120,43 (nas últimas 24 horas). USD/CNY = 6,9124
*Bitcoin, US$ 11.770, +1,44%
2. Agenda
O destaque da agenda de hoje é o Boletim Focus, que será divulgado pelo Banco Central às 8h25.
Hoje, a FGV vai divulgar o Índice de Confiança do Consumidor no Brasil de agosto, às 8h. Também está prevista a Sondagem da Indústria da Construção de julho, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Para as 15h, é aguardada a Balança comercial semanal do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
No exterior, o Federal Reserve de Chicago divulga o índice nacional de atividade às 9h30.
3. De olho no Big Bang
A semana começa com o mercado de olho no megapacote de medidas sociais e econômicas que deve ser lançado amanhã pelo governo federal. O evento de terça-feira está sendo chamado de “Big Bang Day” pelo governo.
Em um só dia, serão lançados o programa chamado Renda Brasil, medidas para geração de empregos, novos marcos legais, obras públicas, atração de investimentos privados, privatizações e ações para corte de gastos.
De acordo com O Estado de S.Paulo, o Pró-Brasil foi amplamente reformulado, e deve focar em marcos regulatórios que já estão no Congresso – gás natural, lei da falência e navegação na costa brasileira – para ampliar a participação da iniciativa privada e liberar R$ 4 bilhões do Orçamento neste ano para obras.
Para assegurar a manutenção do teto de gastos, o pacote vai propor uma série de medidas que podem abrir espaço entre R$ 20 bilhões e R$ 70 bilhões. Será enviada uma lista de programas considerados ineficientes que poderão ser cortados e sugestões para que os congressistas retirem “carimbos” do Orçamento e removam a necessidade atual de conceder reajustes automaticamente.
O Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família, vai aumentar o número de beneficiários de 14 milhões para mais de 20 milhões, além de elevar o montante pago aos beneficiários. Para o governo conseguir pagar a conta, devem ser extintos outros programas, como o Abono Salarial, o Salário-Família e o Seguro Defeso, de acordo com o jornal O Globo.
Outros destaques esperados são a desoneração da folha de pagamentos, avanços em privatizações e a reformulação do Minha Casa, Minha Vida, chamado de Casa Verde Amarela. Concessões e obras públicas também devem fazer parte do pacote. A redução do IPI sobre eletrodomésticos e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (para R$ 3 mil) também são esperadas.
A equipe econômica também quer lançar um novo imposto, mas este pode não ser incluído no pacote devido a resistências na área política do governo. Este imposto seria nos moldes da antiga CPMF.
4. Reforma tributária
A estratégia do governo é buscar um acordo para votação da reforma tributária até outubro, buscando uma fusão integral dos tributos de consumo. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o secretário da Receita Federal, José Tostes, disse que uma fusão de todos os impostos – PIS/Cofins (governo federal), ICMS (Estados) e ISS (municípios) – é a melhor solução.
O secretário propõe que a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), tributo previsto na proposta do governo que reúne o PIS e Cofins, entre em vigor antes para a implantação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) amplo. Segundo ele, as etapas da reforma deverão ser decididas nas próximas semanas.
No front político, declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro foram destaque no domingo e repercutem nesta manhã. Após ser questionado sobre depósitos feitos pelo ex-policial militar Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente ameaçou de agressão um jornalista do jornal O Globo.
A pergunta feita pelo jornalista (“Presidente @jairbolsonaro, por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?”) passou a ser compartilhada por jornalistas, artistas, políticos e outros usuários do Twitter.
5. Radar corporativo
Na esfera corporativa, o mercado aguarda os resultados do segundo trimestre da Ser Educacional e da Lojas Marisa. Além disso, será definido nesta segunda-feira o preço por ação da Rumo, que prepara uma oferta primária de ações.
Também são esperados para esta semana novos lances na disputa pela Linx, enquanto o conselho de administração da Tecnisa deve avaliar a possível combinação entre Gafisa e Tecnisa. No último dia 19, a Tecnisa informou ter recebido, de forma inesperada, uma proposta do Bergamo Fundo para combinação de negócios com a Gafisa (GFSA3).
Ainda no radar corporativo, a Petrobras assinou a venda de 8 campos na Bahia por US$ 94,2 milhões, divulgou teaser para venda de ativos no Espírito Santo, enquanto a Azul teve o rating rebaixado pela agência de classificação de risco Fitch de B- para CCC.
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18kronaldinhoblog · 5 years ago
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Para analistas, dólar pode chegar em breve aos R$ 4,40: o que faria a moeda parar de subir?
SÃO PAULO – Sendo dia de ânimo ou de aversão ao risco nos mercados mundiais, o dólar segue batendo sessão após sessão recorde em termos nominais, mostrando que a alta da moeda americana veio mesmo para ficar. Na sessão desta quarta-feira, o dólar comercial superou os R$ 4,35, renovando máxima histórica intradiária, após encerrar a última terça-feira em um novo recorde de fechamento a R$ 4,3269.
Com isso, apenas em 2020, a valorização da moeda ultrapassa os 8% – e a expectativa de analistas e economistas é de que o real ainda não vai encontrar forças para subir. Pelo contrário, o dólar pode se valorizar ainda mais.
O Credit Suisse, que na semana passada apontou que o dólar poderia chegar a R$ 4,30 com dados fracos da economia nacional e reflexo do coronavírus, apontou em novo relatório que a moeda americana pode ser negociada entre o intervalo de R$ 4,25 e R$ 4,45  no curto prazo.
Alvise Marino, estrategista do banco suíço, destaca como principal motivo para esta visão o ganho com carry trade (combinação entre fazer uma posição vendida em moeda com taxa de juros mais baixa e outra comprada em moeda com juro mais alto) cada vez menor no Brasil, uma vez que as taxas de juros no país estão historicamente baixas.
Além disso, aponta, há uma forte percepção entre os investidores, observada através do posicionamento dos investidores no mercado de câmbio, de que o Banco Central irá interferir no mercado caso o dólar atinja novos picos. Contudo, o Credit tem uma visão cautelosa sobre possíveis intervenções da autoridade monetária, percepção esta compartilhada pelo Morgan Stanley.
“Apesar do dólar estar nas máximas históricas, a probabilidade do BC entrar em ação permanece baixa”, apontam os estrategistas do Morgan, enquanto as expectativas de inflação permanecem baixas. O último Focus, divulgado na segunda-feira, reduziu de forma expressiva e pela sexta semana seguida a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2020, passando de 3,40% para 3,25%. “A sinalização das autoridades sugere que eles estão confortáveis com o dólar nos níveis atuais”, complementa a equipe do banco.
A última vez que o BC atuou mais fortemente foi em novembro de 2019. Na ocasião, o BC fez leilão de dólar em duas ocasiões apenas no dia 26 daquele mês, com a justificativa de que o real estava disfuncional e descolado de outras moedas. As intervenções se seguiram e, no dia 28, houve leilão à vista de US$ 1 bilhão, que ajudou a impulsionar a cotação do real em mais de 1% nas negociações intradiárias. Porém, por enquanto, os economistas não esperam uma atuação desta magnitude, uma vez que ela ocorreu, segundo a própria autoridade monetária, por conta da forte volatilidade da moeda.
Há chances do dólar voltar a cair?
Para o Credit, o que poderia fazer com que o dólar perdesse força no curto prazo, sendo negociado por volta do R$ 4,25, seria a mudança do discurso do Comitê de Política Monetária (Copom). Na avaliação do banco, apesar de ter cortado a Selic de 4,5% para 4,25% em reunião do último dia 5 de fevereiro, o Comitê indiciou menor flexibilidade na política monetária e fez com que os investidores interpretassem a mensagem como um fim do ciclo de cortes. A princípio, isso poderia levar a uma alta do real, já que os ganhos com carry trade, ainda que baixos, não diminuíram ainda mais.
Porém, com uma ata da reunião que ampliou os questionamentos sobre se o fim do ciclo realmente ocorrerá ou se há uma porta aberta para novos cortes (veja a análise completa clicando aqui), seguindo-se dos dados do IPCA de janeiro na sexta e de vendas no varejo abaixo do esperado nesta quarta, o real não encontra forças para subir. Nesta quarta, por exemplo, a moeda brasileira chegou a registrar o quarto pior desempenho entre os emergentes, mesmo com o alívio no exterior por conta dos menores temores sobre o coronavírus.
“O IPCA e vendas no varejo não permitiram a retirada total de apostas de novo corte da Selic este ano e este é um dos fatores que ajuda a manter o dólar em alta”, avalia o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, que segue com o alerta da possibilidade da moeda americana se aproximar dos R$ 4,40.
Para Faria, o real está proporcionalmente mais fraco na comparação com outras diversas moedas também por conta da ausência de maior fluxo para o país e pela fraqueza das commodities (com as cotações do petróleo e do minério de ferro sendo especialmente impactadas com o surto de coronavírus). “Assim, uma recuperação das commodities com algum fluxo adicional poderiam ser motivadores da queda do dólar”, avalia. No médio e no longo prazo, contudo, a tendência segue de alta para a moeda americana.
Além disso, Matheus Soares, analista da Rico Investimentos, ressalta em relatório que o fluxo de estrangeiro poderia voltar sem os juros altos caso o Brasil mostre forças para voltar a crescer. Desta forma, os últimos dados fracos da economia não ajudam na entrada do investidor de fora. “O mercado espera uma alta de 2,3% [do PIB] neste ano e 2,5% em 2021. O problema é que nos últimos anos o crescimento não veio como o esperado, e como o estrangeiro tem mais alternativas além do Brasil, ele só virá pra cá quando a economia crescer consistentemente”, afirma.
Enquanto isso, nos EUA, os dados de serviço e de indústria surpreenderam positivamente as estimativas do mercado, enquanto a temporada de resultados também aponta para um ambiente econômico saudável: quase 80% das empresas listadas no S&P500 reportaram seus números, sendo que cerca de 60% delas superaram o consenso de lucro.
Leia também Os “opostos” se atraem: o novo normal do Brasil é bolsa e dólar em alta juntos
Assim, a combinação do Brasil diminuindo juros sem apresentar crescimento expressivo (o que tirou a atratividade do real para o investidor estrangeiro), o fato dos EUA estarem mais atrativos em meio à economia mais forte e o “risco coronavírus” impactando emergentes faz com que o dólar siga em alta.
Somando-se isso à relativa tranquilidade do Banco Central em não atuar no câmbio, alinhado ainda ao discurso constante de que a alta da moeda americana não é reflexo da piora dos fundamentos da economia, corrobora a avaliação de que o dólar, mesmo que não suba, não encontrará tanto espaço para fortes baixas. O Credit, avalia que, caso a moeda americana volte para os R$ 4,25, essa pode ser uma boa oportunidade para ficar comprado, mostrando que os dias de dólar abaixo dos R$ 4,00 estão longe de retornar.
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