#procurando nascer do sol
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Ryan Ditch
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OITAVO ANDAR
Simón Hempe x leitora
Angst - Simón babaca, consumo de álcool, minimini cenário, menção de sexo, alusão a suicídio
N.A - Hoje de manhã eu tava tão morta, triste, xoxa, campenga, só o verme que roeu a carne de Brás Cubas [nunca li, sei lá.], escrevi essa porrinha aqui e feliz cumple Messi!! Bençoe
— Você que pensava o quanto era desonesto a forma como Simón se afundava dentro de você e ainda te pedia para não se apaixonar.
— Simón que achava hipócrita a forma como lutava para não dizer um "te quiero" quando vocês estavam deitados um ao lado do outro, vendo o sol nascer pela janela do seu quarto.
— Você que se irritava ao ler as mensagens dele às quatro da tarde de uma quinta feira — "'tá me traindo com o Martinez ou pode falar agora?" — quando desde o início ele foi o único a evitar sentimentos a todo custo. Te dizendo constantemente que não estava pronto para algo sério e você aceitando já que só buscava uma foda ocasional.
— Simón que te estressava quando chegava na sua casa e fazia vocês começarem uma briga porque — "Martinez me disse que você ficou com ele semana passada." — quando ele mesmo estava com outra mulher a poucas horas, fazendo questão de você saber disso quando te mandou uma foto das mãos dos dois.
— Você que fez ele chorar quando, no meio da sua sala, descarregou completamente e disse em alto e bom tom — "Faz o que 'cê quiser, Simón. Só sai da minha casa e não me enche mais o saco. Quer me cobrar de coisas que desde que te conheci 'cê nunca fez? Sinceramente, vai se foder." — e quando ele passou por sua porta, o destino, com ódio dele, fez com que uma tempestade caísse. Quando se virou e observou sua porta se fechando sabia que dificilmente abriria ela de novo e então quis se atirar pela janela do oitavo andar do prédio em que morava.
— Simón que ao invés disso, deu meia volta, bebeu uma garrafa inteira de tequila e te infernizou com mensagens e ligações, se desesperando quando nenhuma delas chegavam para você e as ligações se quer eram completadas. Estava miseravelmente sentado no chão da cozinha do próprio apartamento, a garrafa da tequila mais barata que ele encontrou no mercado sendo sua única companhia naquela noite chuvosa e fria de sexta feira.
— Você que pegou um guarda chuva e seguiu caminho para a casa de Dona Maria, sua vizinha que te oferecia ajuda sempre que via seus olhos inchados. Foram tantas vezes na porta da mulher nesses últimos sete meses que ela já sabia o motivo antes mesmo de você falar. Naquela noite você assistiu os piores filmes possíveis enquanto comia uma pizza com a senhora, deitadas no sofá e rindo das piadas toscas de Gente Grande. O celular apitava a cada dois minutos, te estressando, e então o modo avião ficou muito atrativo para você.
— Simón que passou a noite em claro, bêbado e pensando em todas as coisas ruins que ele tinha feito para você nos últimos meses. Pensando em todas as vezes em que ele te dizia de forma cruel que você não devia se apaixonar quando ele era o mais apaixonado.
— Você que acordou em casa nem sabia como tinha chegado lá. Sentia frio por não ter o corpo de Hempe junto com o seu naquela manhã. E apesar de querer nunca mais ver ele, ainda pensava nos momentos bons, naqueles em que ele não era um completo babaca.
— Simón que mal conseguiu trocar de roupa antes de sair às pressas de casa, procurando lojas que vendessem o que ele precisava comprar, tentando criar uma tentativa de ter um novo começo com você.
— Você que fechou a cara quando abriu a porta de casa e viu Simón Hempe parado com um buquê de dálias e uma caixa de chocolates em formato de coração, respirando fundo e se preparando para o discurso que faria.
— Simón que travou quando você interrompeu ele antes mesmo das palavras saírem da boca dele. — "Escuta, já perdeu teu dinheiro então pelo menos poupa teu tempo. 'Cê me chamou de vagabunda, veio na minha casa p'ra me xingar e me cobrar de um relacionamento que você nunca quis e agora vem aqui na porta da minha casa com essa cara de coitado e espera que eu faça o que? Vai a merda, Hempe." — foram as suas palavras antes de fechar a porta na cara dele e deixá-lo lá parado, com flores em uma mão e chocolates na outra e com lágrimas se formando nos olhos castanhos.
— Você que quando fechou a porta desabou completamente. O rolinho de sete meses impactou mais na sua vida do que você gostaria de admitir. Lágrimas fugiam dos seus olhos enquanto você respirava fundo, se controlando para não arrancar os próprios fios de cabelo em um ataque de raiva.
— Simón que nunca mais te viu
— Você que agradecia por isso todos os dias.
#alexia is typing😍🌟💥#la sociedad de la nieve#lsdln cast#brasil#the society of the snow#simón hempe fanfic#simón hempe#simón hempe smut#simón hempe x reader#Simón Hempe x you#Simón Hempe angst#doloooorrrr#amor y dolor 😫😫😫😫
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3. certidão.
olaaa a todos, tardo mas não falho (ou falho né, vai saber). tw de tiro, mas posso ter deixado algo passar. me perdoem qualquer erra e boa leitura. ♡
No reflexo do espelho, a sombra rosa parecia excessivamente cintilante nas pálpebras caídas da garota. Se daria o luxo de passar um algodão com demaquilante e refazer a maquiagem, mas não contaria com a sua sorte de demorar mais meia hora para sair de casa. Já se passavam das onze da noite e a casa estava em silêncio, todos aparentemente dormindo. Sentindo o celular vibrar no bolso da jaqueta jeans, ela entende que é um sinal para finalmente abrir a janela e sair de fininho.
— Caramba, Eunha, que demora — a garota no banco do motorista diz e então sorri — Tá gata.
— Você acha? — passa os dedos pelos fios tingidos de loiro — Fiquei com medo de ter exagerado.
— Não, ficou linda — começou a dirigir para longe da casa da Kwon e as duas foram em direção ao lugar que já era tão familiar para elas — Sabe quem vai concordar comigo?
— Ah, Zoe, para com isso — cobriu o rosto com as duas mãos, sentindo as bochechas esquentarem de vergonha — Ele deve me achar uma boba. Da última vez que fomos lá eu mal tive coragem de falar com ele.
— Eu concordaria com você se o convite para irmos até o SaxyClub não tivesse vindo diretamente da boca dele.
Aquilo faz Eunha arregalar os olhos, surpresa. Passa o restante da curta viagem de carro pedindo todos os mínimos detalhes para a amiga de tudo que o seu paquera tinha dito sobre ela quando conversaram no dia anterior. A garota sente seu coração batendo descompassado e as mãos suadas quando pararam na frente da balada que íam todas as sextas-feiras, religiosamente, no último mês. Mostraram as identidades falsas ao segurança e, enfim, entraram.
Do lado de dentro a música era alta e haviam muitas pessoas espalhadas por lá, fazendo com que as duas precisassem se espremer para passar por entre os corpos amontoados e chegarem até o bar. Beberam sozinhas por alguns minutos antes que um grupo de garotos chegasse para acompanhá-las, um entre eles se destacando aos olhos de Eunha.
— O que tá bebendo? — o garoto de cabelos compridos senta ao lado dela e diz ao garçom — Vou querer um igual ao dela.
— É uma piña colada, é bem gostoso — responde, tímida — Obrigada por ter nos convidado. Foi bem legal da sua parte.
Wonbin sorri e dá de ombros.
— Queria te ver de novo, não foi nada — ele pisca e pega sua bebida dando um gole generoso antes de voltar a falar — Depois daqui os caras vão fazer um after na casa do Eunseok, anima?
Eunha morde o lábio, receosa, e olha na direção de Zoe, que está sentada no banco ao lado conversando com dois dos garotos, procurando uma aprovação ou um sinal de que aquilo não fosse uma boa ideia. Mas, como já era de se imaginar, ela levanta os polegares e assente com a cabeça.
— Claro.
𖥔
De dentro do carro, você assiste o sol começar a nascer através da janela. Estava deitada no banco de trás, acordada não há muito tempo, abraçada de seu casaco e usando a mochila como travesseiro. Despertou do seu sono depois de ouvir um baque do lado de fora do armazém em que o carro estava parado, diferentemente de Jeno que não se moveu da posição que estava deitado a várias horas no banco da frente.
Como já era um consenso entre vocês, alternavam as noites nos bancos traseiros, que eram obviamente mais confortáveis para passar a noite. Quem dirigia durante o dia ficava atrás e o outro se espremia na carona. Em outras circunstâncias você sentiria pena de ver um homem enorme feito o Lee todo encolhido entre o pedaço nada espaçoso em que ele dormia, mas não tinha nenhum remorso te atormentando.
Depois do contato com o coronel vocês procuram algum lugar próximo do hospital para passarem a noite, e assim não correrem o risco de serem surpreendidos com muitas pragas lá dentro. Acharam um galpão na rua debaixo, que provavelmente era a parte de trás de algum supermercado, e depois de fazerem uma limpa no lugar e se certificarem de bloquear os portões com as caixas de madeira pesadas que estavam espalhadas, ficaram por lá mesmo. A única visão que dava para o lado de fora eram das vigas de concreto no alto, que possibilitava que a luz iluminasse o lugar.
— Que horas são? — ouviu a voz rouca do seu parceiro murmurar enquanto ele abria os olhos devagar.
— Meio dia e quarenta — você responde.
— O que? Tudo isso? — ele se exaspera.
— Não. O relógio tá aí no porta-luvas, olha você — dá de ombros e ouve quando Jeno bufa e resmunga algo que você não entende, te causando um sorriso — Acabou de amanhecer, tenente Lee.
Jeno vasculha o porta-luvas e tira o relógio de ponteiro que trouxeram de lá, checando as horas e se deitando no banco logo depois, aparentemente cansado.
— Cinco e cinquenta e quatro — ele suspira — A gente tem mesmo que ir até o hospital?
— Quer ser demitido? — pergunta, sem resposta — Pois é, eu também não quero.
— Eu tenho tanta pena do homem que vai se casar com você e ser obrigado a acordar do seu lado todos os dias — murmurou o rapaz, bocejando — Você é um péssimo estímulo matinal.
— Oi? — sua voz sobe duas oitavas.
— Sem ofensas — Jeno levanta as mãos — Apenas comentando.
— Vai ter "estímulo matinal" o suficiente quando arranjar uma mulher que se odeie o suficiente pra se casar com você — esbraveja e bufa logo em seguida — Por enquanto vai ter que se contentar.
— Me contentar com o que? Com o seu mau humor desnecessário tão cedo da manhã?
— É, com a minha desagradável presença matutina — diz com uma das sobrancelhas arqueadas e se levanta, colocando o corpo entre os bancos da frente pegando seus sapatos que estavam ao lado dos pés do Lee — E acho bom que se contente rápido. Precisamos sair daqui.
Jeno pragueja quando te ouve, sabendo que você tem razão. O rapaz passa as mãos pelo rosto cansado e também começa a calçar as próprias botas, te assistindo pegar sua mochila e abrir a porta, saindo do carro.
— Tá indo onde? — ele abre a janela e pergunta, vendo você tirar lá de dentro o moletom das Forças Armadas Contra o Terrorismo — Vai vestir isso por algum motivo especial ou...?
— Só gosto do meu antigo uniforme, Lee. E eu preciso trocar de roupa — explica a ele mesmo que não visse necessidade para aquilo — Tá planejando me ver sem blusa, por acaso?
— O que? Claro que não — arregalou os olhos e, se não estivesse ido para a parte de trás do carro, conseguiria ver a expressão indignada, quase ofendida de Jeno — Você é muito exibida de ficar andando para cima e para baixo com esse moletom, só isso.
— Só sabe me chamar de exibida, você não é muito criativo — tirou o casaco xadrez e a camiseta que vestia antes, os substituindo pela nova peça — Nem me ofende mais.
Embolou as roupas e jogou pela janela, pegando a arma que usou nos últimos dias e abrindo o porta malas. Ficou parada por alguns segundos, pensando qual seria a troca que faria.
— Não trouxe nenhuma arma de gente normal? — Jeno apareceu do seu lado de repente, ainda com uma cara de quem recém acordou, as roupas amarrotadas e cabelo bagunçado.
Você revira os olhos e pensa em como ele não troca o disco, nunca.
— Arma de gente normal? — franziu o cenho e olhou para ele — O que isso deveria significar?
— Sabe, armas fáceis de transportar, de recarregar, de atirar. Esse tipo de coisa — ele dá de ombros como se estivesse dizendo algo óbvio demais.
— Se você não sabe fazer todas essas coisas — usou o indicador para gesticular e o apontou no peito dele em seguida — O problema é todo seu. Nas Forças Armadas a gente usa não revólver.
Jeno, te olhando de cima, ri com sarcasmo e segura seu pulso, aproximando o rosto do seu enquanto aperta os olhos.
— No exército também não, e nem por isso eu saio me gabando do tamanho das minhas armas por aí.
Você arquea uma sobrancelha e puxa sua mão, o olhando de cima a baixo.
— Não deve ter muito do que se gabar mesmo — murmura e volta a se concentrar no porta malas, tirando seu fuzil de lá de dentro e checando se estava devidamente carregado, fechando o porta malas logo após.
O tenente revira os olhos.
— Vamos deixar para a minha futura mulher que se odeia o suficiente para checar esse detalhe — pisca para você, te causando uma careta enquanto ele abre a porta de trás e pega a própria mochila — Por mais que eu odeie admitir, é mesmo melhor que a gente leve armas para o hospital. Duvido que lá esteja vazio.
— É, pois é. Eu, como sempre, tenho razão — dá de ombros, convencida, e vai em direção ao portão — Vou tirar as caixas e você sai com o carro.
— Não sigo ordens debaixo, Borboleta — Jeno dá a volta para ir até o banco do motorista.
Você ri com escárnio e resolve que talvez seja melhor apenas ignorá-lo, preservando assim a sua paz de espírito e não começando o dia com sua paciência no zero. Então, faz o que disse que iria fazer, arrastando as grandes caixas de madeira e desfazendo o nó da corda que amarrou alí horas antes. Fecha um dos olhos para enxegar através do buraco da fechadura e, ao não ver nada do lado de fora, faz força para abrir os portões, liberando a passagem para que Jeno saísse com o carro do armazém. Assim que está do lado de fora, você entra e se senta no banco do carona, vendo o Lee já com sua jaqueta e o boné do batalhão na cabeça.
Seguem, então, rumo ao hospital. Durante o curto percuso, você pega uma das mochilas e coloca dentro dela algumas coisas que pensa serem necessárias. A corda, dois walkie-talkies, munição para as armas, lanternas. Acha no fundo do estofado o seu boné do batalhão e pega em mãos, analisando cuidadosamente e pensando sobre usá-lo ou não. Olha para Jeno e o analisa com o próprio boné na cabeça.
— Que foi? — ele pergunta quando sente que está sendo observado.
Você o deixa sem resposta e desiste da ideia, apenas jogando o objeto na parte traseira.
Não demora muito para chegarem no quarteirão do hospital e decidem deixar o carro estacionado na parte de fora do estacionamento, para que o acesso quando saíssem fosse mais fácil. Pegam seus respectivos pertences e deixam o veículo, indo em direção a entrada do lugar. Não deixam de observar ao redor, em estado de alerta para qualquer sinal de algo fora do normal, mas está tudo aparentemente no lugar. Como sempre, não ouvem nada que não seja o som dos próprios sapatos em contato com o asfalto.
As portas de vidro possibilitam que vejam a parte de dentro do hospital, o que facilita muito para que saibam qual seria a maneira mais inteligente de entrar.
— Tá tudo quieto.
— E escuro — você adiciona, aproximando o rosto do vidro para ter uma visão melhor do interior da recepção — Você tem razão, Lee. Tá tudo quieto, muito quieto.
Jeno te acompanha e também observa o espaço vazio que você olha.
— Pega as lanternas e destrava a arma — ele diz e você assente, o entregando uma das lanternas e segurando a outra, destravando o fuzil em seguida — Consegue segurar os dois ao mesmo tempo?
— Que merda de pergunta é essa? — indaga enquanto segura a fonte de luz entre os dentes e posiciona sua arma da forma correta nos braços. Aponta na direção de Jeno, o que o faz franzir o cenho, e aponta para a porta depois indicando que ele abra.
— Espertinha — e então, sem mais nem menos, ele dá um chute na fechadura. Você revira os olhos, pensando em como ele poderia ter transformado o vidro em milhares de pedacinhos com aquele agressividade desnecessária, e entra antes dele — De nada.
Assim como viram pelo lado de fora, lá dentro estava tudo aparentemente quieto. As lanternas facilitam para que consigam ver as extremidades da recepção. Os móveis, as plantas, estava tudo revirado e quebrado, uma verdadeira bagunça. Andaram um pouco pelo espaço e chegaram no começo de um enorme corredor que dava em várias portas, corredor esse que, diferentemente da recepção, tinha as luzes funcionando.
— Vou dar uma olhada nas salas e nos consultórios, procura na recepção — Jeno disse e saiu andando, não te dando a oportunidade de contrariá-lo.
Se dando por vencida, você dá meia volta e vai para atrás do balcão, se deparando com várias gavetas, algumas abertas, outras no chão, outras em seu devido lugar. Muitos papéis e envelopes estavam espalhados também, o que te faz fechar os olhos em derrota. Aceitando que não seria a tarefa mais fácil de todas, você aumenta a intensidade da laterna na sua boca e se agacha, começando a procurar por qualquer coisa que julgasse útil.
Toda aquela bagunça acaba por te dar trabalho, quase chora quando percebe que precisaria ler cada mínimo nome de todos os prontuários. Suspira enquanto pega uma das gavetas avulsas jogada, mais envelopes, mais papéis. Confere um por vez, joga de forma desleixada quando não encontra nada. Procura em outra gaveta, e outra, e mais uma. Nada. Vários nomes, muita gente doente, mas nada do que estava procurando.
Muda, então, o local de busca. Se ergue outra vez e varre o olhar pelo balcão, seus olhos parando no computador praticamente em pedaços que estava jogado sobre a superfície de madeira. Não perde tempo em tentar ligá-lo, ação essa que é mais lenta do que gostaria. O monitor do aparelho estava tão quebrado que dificultava que enxergasse grande parte da tela, tinha manchas pretas e coloridas espalhadas pelas extremidades, as partes rachadas triplicavam o número de letras escritas. Ficou aliviada, porém, quando o viu aceso, mesmo que com as limitações.
Inclinando o tronco para dar uma espiada no corredor, tudo que teve em resposta foi o silêncio. Logo volta sua atenção para o computador, arrastando a setinha do mouse pelas pastas da área de trabalho, precisando espremer os olhos para que conseguisse ver com mais clareza. E seu rosto se ilumina quando vê uma das pastas nomeada como 'Fichas de Anamnese'. Quando clica sobre o ícone, porém, uma mensagem de 'Acesso Restrito: Digite o código-chave' te decepciona.
— Merda... — observa ao decorrer da recepção, usando a laterna como auxílio. Procura por qualquer mínimo sinal de algo que poderia ser usado como senha, olha os post-its coloridos colados no mural, mas nada parecia promissor — Pensa, pensa.
Corre os dedos pelo mural e, quando desce o toque para a parte inferior, sente uma das pontas de madeira solta. Coloca a arma sobre o balcão e segura a laterna em uma das mãos, soltando a capa do mural e vendo uma data cravejada. 2017.04.17
E quando tenta os números no campo da senha de acesso, a pasta logo te é liberada. Você grunhe de felicidade.
Busca por Kwon Eunha na barra de pesquisa e dois documentos diferentes são liberados, clica no que aparece primeiro.
1) Dados gerais
Nome: Kwon Eunha
Idade: 18
2) Queixa Principal: Convulsões fortes e recorrentes.
Sexo: Feminino
Filiação: Kwon TaeHee e Lee Soojin
3) Avaliação do paciente:
Diabetes ( ) Tabagismo ( X ) Varizes ( )
Sinais vitais PA: 132 bpm
Peso: 48kg
Epilepsia ( X ) Lesões ( X ) Cirurgias ( )
Você suspira e direciona o documento para impressão, ficando muito grata pela máquina impressora acoplada ao computador. Enquanto o prontuário fica pronto, clica no segundo item que apareceu quando buscou pela nome da garota. Suas sobrancelhas imediatamente se erguem.
'Certidão de Óbito'
— Achou alguma coisa?
— Puta que pariu — pula de susto quando ouve, de repente, a voz do Lee no seu ouvido. Coloca a mão sobre o peito e sente o coração acelerado, se vira na direção do rapaz e o encontra segurando o riso — Você tem alguma problema? Seu imbecil.
Jeno dá uma risada contida e se aproxima de você.
— Não tinha nada sobre a garota nos consultórios do primeiro andar, preferi passar pra te ver antes de subir — explica ele se escorando no balcão.
— E o que é isso aí? — aponta com a cabeça para os lençóis envoltos em alguma coisa — Agora você rouba hospitais?
— Não é roubo se, tecnicamente, não é de ninguém mais — diz e desembrulha as coisas, te entregando em seguida. Você, por sua vez, pega os objetos com uma careta no rosto — Duas bolsas de soro, lençóis para o frio, curativos, bisturi, esparadrapos, camisolas e...
— Camisolas? — o interrompe com uma risada, Jeno dá de ombros.
— Nunca se sabe, Borboleta — ele tira um pote de remédios do fundo da bolsa improvisada — E por último, remédio.
Você semicerra os olhos para conseguir ler o nome do medicamento e o olha com uma sobrancelha arqueada.
— Jeno, isso é sertralina — diz devagar, o assiste voltar a guardar seus novos pertences e amarrar as pontas dos lençóis sobre um dos ombros e sob uma das axilas, e depois dar de ombros outra vez — Você, por um acaso, sabe pra quê isso serve?
— Pra dor? — responde o tenente como se fosse muito óbvio e você revira os olhos, tomando o frasco da mão dele, que se indigna — Ei, eu que peguei.
— Você é um idiota — guarda no bolso do moletom e aponta na direção da impressora — Achei o prontuário da Eunha. Parece que ela tinha epilepsia.
— Tinha? Não tem mais? — pergunta e pega o papel, lendo as informações.
— Achei uma certidão de óbito no nome dela também, aparentemente ela bateu as botas.
Jeno desvia o olhar da ficha e encara a certidão na tela do computador, fazendo uma careta confusa.
— Por que o coronel quer a amostra de uma pessoa morta?
Queria ter uma resposta para aquela pergunta, mas, infelizmente, estava tão confusa quanto ele. Não consegue encaixar as peças na sua cabeça, por mais que se esforce. Toda aquela história era muito estranha e sua vontade maior era questionar o próprio coronel sobre aquilo. Por que Eunha? Por que se ela está morta? Quem é Kwon Eunha?
Se questiona sobre tudo isso em silêncio e termina de imprimir o segundo documento quando de repente um barulho muito alto assusta você e Jeno. Trocam olhares rápidos e se armam, olhando na direção em que veio o barulho, e parecia vir do final do corredor. Logo ouvem outro baque, tão alto quanto o anterior, mas mais perto desta vez. Percebem, então, que seja lá o que estava no corredor, estava se aproximando.
Colocando o indicador sobre a boca em pedido de silêncio, você passa pelo Lee e caminha cautelosamente até estar entre a penumbra e a parte iluminada do primeiro andar. Consegue ouvir o som de pegadas arrastadas e alguns grunhidos, o que acaba por confirmar o que está indo até vocês. Uma praga, uma solitária, se estiverem com sorte. Você se agarra ao fato de que ela viria de um lugar iluminado e se inclina para conseguir enxergá-la. E estava certa.
Em frente a um dos consultórios, a praga bate sua cabeça contra a porta. Consegue ver quando, a cada novo impacto, cacos de vidro abrem a pele da testa do morto-vivo, deixando o rosto ainda mais deformado. Aparentemente ela não nota vocês, por isso, acena para Jeno e sinaliza para que saiam do hospital. Em silêncio, ele pega os papéis e te segue.
Na ponta dos pés, caminham até a entrada e ele abre apenas uma brecha para que se espremam entre ela e sigam até o lado de fora. E quando finalmente estão na rua e longe do hospital, um suspiro esvazia seus pulmões, aliviada.
— Eu odeio esse trabalho — o ouve resmungar do seu lado — Com quantos anos será que consigo me aposentar?
— E eu lá sei? — o encara com o cenho franzido — Podia parar reclamar por meia hora que seja.
— Não tô reclamando, só fazendo um comentário — ele justifica e você apenas assente, desinteressada — Tipo, esse trabalho já deve ter me tirado uns dez anos de vida. Envelheci uma década em trezentos e sessenta e cinco dias.
— Uhum — concorda sem olhá-lo e continua subindo o morro em direção ao carro de vocês.
— E eu aposto que ganho uma bolada de aposentadoria. Tô servindo ao país, afinal.
— Pois é, Jeno.
— Acho muito chique o posto de ex-militar. Imagina só, 'ex-tenente militar, Lee Jeno' — ele abre as mãos no ar, orgulhoso do futuro título, mas quando olha para você e percebe que não estava prestando atenção nele, Jeno murcha — Nem tá me ouvindo.
— Hum? — se vira para ele no instante certo para que visse a carranca que se apossou do rosto dele. As sobrancelhas imediatamente caíram junto dos olhos, o nariz se retorceu e os vincos de animação na testa dele sumiram.
— Como você é arrogante e prepotente, argh — ele falta rosnar quando diz, de repente assumindo um estado agressivo.
Seus olhos se arregalam.
— Ei, bonitão, calma lá — dá uma risada soprada — De onde veio isso? Você tá ficando muito gratuito.
— Não, não tô. Acho que não é exatamente agradável tentar conversar decentemente com alguém e a pessoa só fingir que você não existe — aquilo te arranca outra risada, uma mais sincera dessa vez.
— Não me diga que ficou magoado, Lee — semicerra os olhos na direção dele e tudo que recebe em resposta é ele bufando — Não fazia ideia de que é tão carente de atenção assim.
— Quer saber? É melhor assim, você se acha demais para que eu aguente — e então, Jeno aperta o passo e começa a andar na sua frente. Você percebe que ele ficou verdadeiramente irritado e, mesmo que ache bobo e absolutamente sem sentido, segura sua risada e tenta acompanha-lo.
— Ah, qual é, para de levar pro coração — diz ofegante — E suas pernas são muito maiores que as minhas, vai mais devagar.
Ele continua no mesmo ritmo e te ignora completamente.
— Tá bom, foi mal! Foi mal! Se isso machuca tanto o seu coração, eu não finjo que não tô te ouvindo mais, Jeno — continua tentando, sem sucesso.
Acha a situação muito cômica, para ser sincera. O tenente Lee, aquele mesmo com a fama de mesquinho do batalhão, estava genuinamente bravo com você. E melhor, estava bravo simplesmente porque não respondeu meia duzia de palavras dele. Não se importava realmente caso ele não quisesse mais falar com você, mas é engraçado demais para que deixe passar. E as suas risadas mal seguradas não falham em irritá-lo ainda mais.
— Só não começa a chorar, por favor — caçoa — Não sei lidar com pessoas chorando...
Ia continuar o enchendo até que ele parasse com de birra, mas parou de falar e, bruscamente, suas pernas travaram no lugar quando ouviu um som de tiro e, ao mesmo tempo, Jeno caiu no chão com as mãos no ombro e sangue jorrando dele. Arregalou os olhos, assustada, e destravou o fuzil que carregava, olhando em todas as direções possíveis.
Até que viu, atrás de uma das árvores daquela rua, uma arma que dessa vez estava apontada para você. E o suposto atirador, quando percebeu que tinha sido notado, se preparou para dar outro disparo.
— Mãos na cabeça na cabeça e armas no chão. Tem cinco segundos antes de eu estourar os miolos de vocês, seus militares de merda.
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já faz muito tempo que não durmo direito - estou de luto pela minha própria partida, procurando por um nascer do sol que nunca chega
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aleksei passou a última noite distraído. pensativo sobre os acontecimentos do jantar, as verdades mencionadas. sua mente vagou sobre possíveis traidores, hipóteses de pessoas que desconfiava sem poder acusar. hektor apareceu em sua mente, com o ivashkov o procurando até em meio a multidão durante o jantar, dado encontro que tiveram semanas atrás. memórias apagadas, comportamento confuso. parecia tudo se correlacionar, mas não era o suficiente para que incriminasse alguém. ou talvez estivesse sendo muito piedoso.
ele não dormiu bem. não deve ter descansado mais que quatro ou cinco horas antes de se levantar, com o sol ainda iniciando a nascer. suas malas já estavam feitas, mas ele aproveitou as últimas horas para correr pela praia. era como se estivesse tentando arejar sua mente, se preparar para possíveis casualidades que poderiam acontecer naquela noite. o lado ruim de estar crescendo com responsabilidades no acampamento, era que também acabava se apegando. aos novos alunos, aos amigos novos e antigos, aos seus familiares (que agora os aceitava assim, depois de muita recusa).
não foi uma das pessoas que gastou energia na biblioteca. dado o volume de campistas que se deslocaram até lá, ainda que não menosprezasse seu raciocínio, não havia o que pudesse acrescentar melhor que um filho de atena. não, ele ocupou aquele tempo em preparar a lança, tenebris e até mesmo sua arma nova.
aleksei fez parte da linha de frente. enquanto a lança está presa em suas costas, seu ataque é de curto alcance, propiciando a agradável experiência de sentir o bafo desagradável dos monstros do submundo. cigarro entre lábios, reclamação dos campistas vizinhos (desculpe, todo mundo!), ele estava pronto! não estava muito distante de @bakrci quando assistiu o ataque das serpentes da campe. ouvia, "não é real, não é real", mas o irmão machucado fazia com que os instintos agissem diferente. a manipulação de um tronco gerou um escudo para que pudesse se aproximar, tentar ferir a criatura para que esta recuasse.
mas a sorte não estava muito boa para os filhos de nyx, e logo seus olhos recaíram sobre @sonofnyx e @nyctophiliesblog. não havia muito a ser feito, pois antes mesmo que pensasse em alcançá-los, a explosão de magia vermelha atordoou a todos próximos do campe. as suspeitas do russo foram confirmadas, conforme ele via hektor ascendendo com a marca de hécate em si.
outros dois. que confirmava o que pensava: não era serviço de apenas um. não imaginava que fossem três, entretanto. seguia sem tempo para pensar sobre os acontecimentos, dada a sucessão frenética de eventos. caçadoras chegando em algum ponto, gosmas pretas e o fechamento da fenda. a luta, frenética, em corpo exausto e suado, até enfim ouvir o canto da vitória.
antes que todos pudessem comemorar, ainda, o aviso do desaparecimento dos campistas fez com que tudo fosse agridoce demais, exatamente como sempre era para semideuses. o desaparecimento de katrina e melis teve efeito particular no russo, que conhecia as duas com mais proximidade. parece que nada vem sem uma consequência macabra no acampamento meio-sangue, como esperado.
pouco depois, o russo passou para se assegurar que seus irmãos conseguiram chegar na enfermaria, e que estavam bem. parecia que por aquele dia, o trabalho estava feito.
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Às vezes, estamos tão ocupados procurando grandes milagres que esquecemos de notar as pequenas bênçãos ao nosso redor. Deus se revela de maneiras simples e sutis, e é nesses momentos que encontramos o verdadeiro extraordinário.
🌿 Um sorriso sincero, um abraço apertado, o nascer do sol, o som da chuva… São nesses detalhes que sentimos a presença divina. Deus está nas pequenas coisas, nos gestos cotidianos, nos momentos de paz e reflexão.
🙏🏾 Que possamos abrir nossos corações e mentes para perceber o extraordinário no simples. Que cada dia seja uma oportunidade de agradecer e celebrar as pequenas maravilhas que Deus nos proporciona.
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#5
"O pior cego é aquele que não quer ver" e acaba fazendo de suas ilusões uma verdade absoluta!
328 notas - publicadas em 20 de outubro de 2022
#4
332 notas - publicadas em 17 de setembro de 2022
#3
Olhei para o céu tentando entender o que aconteceu... Nós dormimos juntos, os três. Mas na verdade eu não dormi. Eu estava olhando para o teto quando abri o olho, ela estava na esquerda com a bunda virada para mim. Você estava a direita com seu joelho em cima de mim e sua mão na minha barriga, subindo e descendo. Levei um momento para me situar, entender o que acontecia e quando olhei para você a única coisa que eu consegui vê foram seus olhos procurando os meus. Você sorriu para mim e quando eu sorri de volta sua mão desceu um pouco mais, alcançando os limites do short e se escondendo ali. Como não reagir ao seu toque? Ao seu carinho? Ao sorriso de quem está fazendo travessuras estampado no rosto? Te puxei para mais perto e no momento que seu corpo se chocou com o meu eu senti que o seu estava estava mais feliz que o meu. Você continuou me olhando nos olhos com sua mão ainda lá em baixo. Seu sorriso aumentou e fomos um em direção ao outro, você desviou o olhar e localizou minha boca e eu não sei porque encarei seu nariz. Os lábios se encontram, bocas em uma urgência como se estivéssemos a dias sem um copo de água. O lado esquerdo da cama fez barulho e o colchão balançou. Nós fomos arrancados da nossa colisão, nossos mundos não vão se chocar com outros assistindo... Não neste momento. Nós recuamos, seu olhar travou e sua mão me abandonou. Foi um movimento tão rápido que quando eu pisquei você estava de costas para mim, talvez se arrependendo de sua investida. Agora eu tinha duas pessoas de costas para mim. Ironicamente duas pessoas "nos meus braços". Tive que me levantar, procurar o resto de sanidade que ainda tinha em mim. Puxei meu braço que estava em volta de você e você não mostrou nenhuma resistência. Apenas me deixou ir. Não vou mentir, eu pensei que você me seguiria mas isso não aconteceu. No tempo que fiquei olhando para o céu esperando o sol nascer... minha mente foi acordando aos poucos já meu corpo tinha sido acordado horas atrás. Eu continuei tentando organizar meus pensamentos em mais um rascunho da vida, um que provavelmente você jamais vai ler. Com o celular na mão e o aplicativo aberto voltei para dentro e encontrei você na bancada com o cabelo molhado passando café. Como eu amo café. Quando te olhei e abri minha boca para falar sobre o que aconteceu a porta do quarto abriu e a minha esquerda veio correndo. Me dando um bom dia tão alegre que tive que sorrir. Me abraçou tão apertado, reflexo da nossa amizade de anos que toda a água do cabelo ficou em mim. Eu tive que olhar para você e seus olhos desviaram dos meus, com vergonha. Apesar de saber que vocês nunca tiveram nada, eu sei também que até algumas horas atrás... nós também nunca tivemos.
E nós nunca mais falamos sobre o assunto.
401 notas - publicadas em 19 de março de 2022
#2
Gente, as vezes do nada bate uns pensamentos de putaria que até me assusta! KkKKKK
567 notas - publicadas em 5 de janeiro de 2022
Meu post nº 1 de 2022
Eu já gostei muito de escrever sobre o amor, sobre superação, sobre o clichê... hoje em dia eu já não sei mais sobre o que escrever, já deixei muito de mim em cada texto... E em cada texto eu reconheço todas as minhas fraquezas, que também passaram a ser minha força. Em cada um deles eu entendo uma emoção, que acabam dando o significado de cada palavra. Talvez eu não saiba mais o que escrever, por que me sinto esgotado? Mas a verdade é que cada texto me completa, se tornam um mosaico lindo de sentimentos. Um quebra cabeça repleto de decepções e conquistas.
Horizonteador & Desonestos
584 notas - publicadas em 29 de agosto de 2022
Veja a sua Retrospectiva 2022 →
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Domingos e seus abismos, suas cores cinzentas contando coisa alguma.
Domingos e seus silêncios matinais e noturnos procurando por algo a que não se sabe o nome.
Domingos e o eco que faz se um grito sair pela cidade, as ruas vazias fazendo analogias. A visita de uma paz estranha que beira a discordância.
Domingos tem cheiro de chuva quando toca a terra, cheiro de livro novo antes de ler o primeiro verso, cheiro do cangote do meu gato, e do perfume que eu espirrei no corpo antes de deitar.
Domingo me lembra da ausência de vida dos meus avós, me lembra de todas as partidas, e do quanto me sinto ao meio também.
Domingos me fazem ter acesso a pastas no meu inconsciente que eu nem queria abrir, me faz ver uma série e me perguntar se aquilo poderia ser real - na vida real.
Domingos me transportam pra outro lugar. É estar aqui querendo não estar. Não me faço presente, sou mais como um poema que se escreve pra ninguém ler. Silêncio, pausa e desaparecimento.
Mas o que seria de mim sem essa pausa de 24h na semana pra me lembrar de desligar o telefone, vestir um pijama e beijar pausadamente a bochecha do meu bichinho que depois recosta sobre uma de minhas mãos e dorme? O que seria da humanidade sem um pouco de nostalgia e silêncio pra nos lembrar de que nem sempre precisamos ser produtivos ou fortes?
Aquilo que vem antes do sol nascer, nos confronta a vida. E nossas dores, e nossos sonhos mais ocultos.
Que estejamos preparados para as respostas, ou falta delas.
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O pôr do Sol em um dia cinza de abril
Confesso que tenho segredos letais
Corro pela praia em busca do Sol da meia-noite
Canto à solidão procurando paz
Não sei se serei capaz de ir até maio
O Sol se põe lentamente, mas está tudo cinza
A luz está evadindo-se, e eu continuo aqui
Talvez tudo isso seja uma ilusão
Ou meu coração esteja apodrecido
Peço um Uber, desço até as escadarias do centro
Vejo a morte do Sol em um dia cinza de abril
Sempre há dois caminhos, o desprezo está aqui
A ausência me toma, a escuridão me destrói
Em meio a todos nós, em meio à solidão
Abro uma caixa com cartas antigas
Vejo minha letra em palavras mortas
Aquele sou eu?
Já estou perdido há muito tempo
Olho o nascer da Lua, espero por um novo ciclo
Um que seja melhor do que os últimos
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Eu vi cada segundo passar diante dos meus olhos. Vi o nascer do sol sozinho em quanto estava vagando nas ruas. Olhei em volta e senti um vazio, minha lata vazia me fazia companhia, os cachorros latiam antes das 6. Pessoas ligando as primeiras luzes das suas casas. Andei quilômetros sem rumo. Procurando um lugar pra dormir. Uma cama pra voltar, um abraço pra me esquentar, um sorriso pra me perder. Me apagar e me sabor é um grande defeito que tenho. Quem sabe não encontre um lugar onde minha cabeça recline sem medo e sem julgamento.
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PROFUNDO SERMÃO DE JESUS QUE FALA SOBRE A VERDADE.
JESUS DIZ: Jesus olha para ele fixamente, enquanto vai comendo o pão e os figos, que os apóstolos lhe levaram.
A refeição terminou.
Jesus, permanecendo sentado, começa a falar, como se estivesse dando uma simples lição aos apóstolos. O camponês também está perto dele.
- Muitos são os que procuram a Verdade, durante toda a vida, sem chegarem a encontra-la. Ficam parecendo loucos, que querem ver, mesmo tendo uma corrente de bronze sobre os olhos, e ficam apalpando e procurando, de um modo convulsivo, e de tal maneira, que sempre vão se afastando da Verdade, ou então a escondem, despejando sobre elas coisas que a procura louca deles vai removendo da sua frente, ou faz sair para fora dali. Não lhes pode acontecer senão assim, porque vão procurar a verdade onde ela não pode estar.
Para encontrar a Verdade, é preciso unir a inteligência com o amor e olhar as coisas, não somente com olhos sábios., mas também com olhos bons. Porque vale mais a bondade do que a sabedoria. Aquele que ama, sempre consegue achar um caminho para chegar à verdade.
Amar não quer dizer gozar de uma carne, ou pela carne . Isso não é amor. É sensualidade. Amor é o afeto de um espírito a outro espírito, de uma parte superior a outra parte superior, pelo qual na companheira não se há de ver uma escrava, mas a geradora dos filhos, só isso, ou seja, a metade, que forma com o homem um todo, que é capaz de criar uma vida, e mais vidas, e até a companheira que é mãe, irmã e filha do homem, que é mais fraco do que um recém-nascido, e mais forte do que um leão, conforme os casos, e que, como mãe, irmã, filha, é amada com um respeito confiante e protetor. O que não é como estou dizendo, não é amor. É vício. Não leva para o alto, mas para baixo. Não para a luz, mas para as trevas. Não para as estrelas, mas para a lama. Amar a mulher, para saber amar ao próximo. Amar ao próximo para saber amar a Deus.
Então se terá encontrado o caminho da verdade. A Verdade está aqui, ó homens que a estais procurando. A Verdade é Deus. A chave para compreender o que é preciso saber está aqui.
A doutrina, que é sem defeito, é a de Deus somente. Como pode o homem achar resposta para suas perguntas, se ele não tiver Deus para lhe responder? Quem é que pode revelar os mistérios do universo, para falar, por enquanto, só e simplesmente deles, senão o Criador Supremos, que fez o universo? Como compreender esse prodígio vivo que é o homem, esse ser em que se une a perfeição animal com a perfeição imortal, que é a alma, pela qual somos deuses, se tivermos em nós viva a alma, isto é, daquelas culpas que aviltariam até um bruto, e que o homem comete e ainda se vangloria de cometer?
Eu vos digo as palavras de Jó, ó procuradores da verdade: “Interroga os jumentos, e eles te instruirão, os passarinhos, e eles te mostrarão. Fala à terra, e ela te responderá, aos peixes, e eles te farão saber.”
Sim, a terra, esta terra verdejante e florida, estas frutas que entumecem nas árvores, estes passarinhos que criam seu filhotes, estas correntes de vento, que distribuem as nuvens pelo céu, este sol que não se esquece de nascer desde séculos e milênios, tudo fala de Deus, tudo explica Deus, tudo revela e desvela Deus. Se a ciência não se apoia em Deus, torna-se erro, e não mais nos eleva, mas avilta. O saber não é corrupção, mas religião. Quem sobe por Deus, não cai, porque sente a própria dignidade e porque crê no seu futuro eterno. Mas é preciso procurar o Deus real. Não os fantasmas, que deuses não são, mas simplesmente delírios de homens ainda envolvidos nas faixa da ignorância espiritual, pela qual não há nem sombra de sabedoria em suas religiões, nem sombra de verdade em suas crenças.
Qualquer idade é boa para nos tornarmos sábios. E é ainda em Jó que está escrito: “Ao chegar a tarde, te surgirá uma espécie de luz do meio-dia e, quando pensares que está acabado, surgirás como a estrela da manhã. Estarás cheio de confiança pela esperança do que te aguarda.”
Basta a boa vontade de achar a verdade e, mais cedo ou mais tarde, ela se deixará encontrar. Mas, uma vez que tenha sido achada, ai de quem não a seguir e ficar imitando os cabeçudos de Israel que, tendo já nas mãos o fio condutor para encontrarem a Deus, isto é, todas as coisas que de Mim foram ditas no Livro, não querem render-se à Verdade, e a odeiam, acumulando em suas inteligências e em seus corações os entulhos do ódio e das fórmulas e não sabem que, por causa do peso demais, a terra se abrirá debaixo dos pés deles, que acham que seus pés são pés triunfadores, mas que não são mais do que pés de escravos dos formalismos, do ódio, dos egoísmos, e que ele serão engolidos, precipitando-se no lugar para onde vão os culpados, conscientes de um paganismo mais culpável ainda do que o dos povos que, por si mesmos, arranjaram para si uma religião, que lhes sirva de norma para regularem suas vidas.
Mas é que Eu, assim como não rejeito aos que se arrependem entre os filhos de Israel, assim também não rejeito nem mesmo a estes idólatras, que creem naquilo que lhes foi dado para crer, mas que dentro de si, em seu interior, gemem dizendo: “Dai-nos a Verdade!”
Tenho dito. Agora, repousemos nesta relva, se é que o homem no-lo permite. De tarde, iremos para Caná.
O EVANGELHO COMO ME FOI REVELADO - MARIA VALTORTA.
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Procurando motivos para louvar ao SENHOR?
"Aleluia - Hallelujah" ♪
Pela manhã: pense no dia da criação. Olhe ao seu redor, olhe a imensidão do céu azul e a mudança que ele recebe ao entardecer e logo ao anoitecer. Observe o sol, mesmo que seu olho não o possa olhar diretamente. Sinta o seu calor, quem o poderia ter criado? Tão cheio de importância para a existência... Olhe para a luz. Quão bela é, mesmo com todas as suas mudanças de fases. A natureza, a criação de Deus, O adora, com sua beleza, esplendor e perfeição. A despeito da destruição que o homem proporciona dia após dia, toda a natureza O adora, e O adora por quem Ele É! (CRIADOR). Com uma só palavra, tudo se criou. E ao término de cada ação e dia, uma frase sempre ecoou: Muito bom! Intencionado a relacionar-se em amor com aquele que viria a adorá-Lo, criou o homem a Sua imagem e semelhança. Em toda a virada do dia, o homem com o fôlego de Deus em seus pulmões O adorava incansavelmente e com Ele se relacionava. Veio, então, a mulher, a criação bela de Deus para acompanhar o homem. Mas ambos caem...
Eis um Pai de coração entristecido, mas julga a situação com toda a justiça que à Ele pertence. Os anos se passam, e o Deus, bem presente em todo o tempo oferece à humanidade razões suficientes para que O adorem! Tantos milagres... Tanto amor! E a maior prova de amor: "Meu Único Filho! O entrego aos homens, afim de restabelecer nova aliança entre o homem e Seu Deus! Criatura com o Seu Criador!" Tantos feitos, novamente Deus oferecendo N razões (razões mais do que suficientes) para ser adorado com toda a sinceridade. Então é morto o Filho de Deus, mas enquanto a dor procurava coração aonde se alojar, Deus já tinha TUDO preparado para novamente ser ADORADO! Em terra seu sangue caiu, unigênito de Deus, sepultado seu corpo esteve por apenas três dias (entre os nobres). Imediatamente promessa cumprida: Ressurreição! Um novo início. Nova oportunidade. Nova razão mais do que suficiente de entregar adoração unicamente ao Deus Eterno Criador! Com o nascer do sol, daquele domingo, primeiro dia da semana, TÚMULO VAZIO! E agora... A maior promessa aguardada por Seus santos! Que todos os dias recebem razões suficiente para O adorar, por Seu sustento, fôlego, conforto, consolo, amor e abrigo. E tanto mais. Um pastor, uma porta, um caminho, uma verdade, uma vida! Promete voltar e onde estiver estejais nós também! O último dia em que o sol irá nascer, ou talvez a última noite que irá irromper. - Pois Ele não nos disse dia e nem hora. Mas ao som das trombetas, o mundo receberá... Novamente, Aquele que prometeu voltar. Dividindo os céus, com Sua milícia de anjos. Todo olho O verá! Dos santos aos escarnecedores, dos pobres aos ricos. Notícia de alerta! "um povo está sumindo/sumiu". Enquanto muitos irão se preocupando... Os remidos do solo terreno serão violentamente tirados para as alturas dos céus, ao encontro do Eterno e Amado Noivo, e incansavelmente O adoraremos... Na Nova Jerusalém!
(sugestão) Leia ouvindo: Hallelujah - Casting Crowns
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Aluguel de Vans Para Monte Verde: Descubra a Charmosa Vila nas Montanhas de Minas Gerais
Se você está procurando um destino para uma viagem inesquecível em Minas Gerais, Monte Verde pode ser a escolha perfeita. Localizada na Serra da Mantiqueira, a vila charmosa é conhecida por suas paisagens deslumbrantes e clima frio e agradável. E para tornar sua viagem ainda mais especial, alugar uma van é a opção ideal para se locomover com conforto e comodidade.
História de Monte Verde
A história de Monte Verde começa no final do século XIX, quando o explorador espanhol Antônio Alvarez Vargas encontrou a região durante uma expedição. Ele ficou impressionado com a beleza do local e decidiu estabelecer ali uma fazenda de gado. Com o tempo, outros fazendeiros se instalaram na área e a cidade começou a se desenvolver.
No entanto, foi apenas na década de 1940 que Monte Verde começou a atrair turistas. Nessa época, a região era conhecida apenas por seus cafezais e plantações de batatas, mas aos poucos as belezas naturais da cidade começaram a ser descobertas pelos visitantes. Hoje, Monte Verde é uma das cidades mais procuradas por turistas em busca de tranquilidade, natureza e clima ameno.
Principais Pontos Turísticos de Monte Verde
Entre os principais pontos turísticos de Monte Verde estão as trilhas ecológicas, que permitem aos visitantes conhecer a flora e fauna local, além de contemplar belas paisagens. Destacam-se a Trilha do Platô, que leva a uma vista panorâmica da cidade, e a Trilha do Pico Selado, que oferece uma vista incrível do nascer do sol.
Outro ponto turístico bastante visitado é o Chapéu do Bispo, uma formação rochosa em forma de chapéu que oferece uma vista panorâmica da cidade. O local é muito procurado por praticantes de rapel e escalada.
Além disso, Monte Verde também é famosa por sua gastronomia, com uma grande variedade de restaurantes que oferecem pratos típicos da região, como a famosa truta. A cidade também conta com diversos cafés e chocolaterias, que oferecem produtos artesanais de alta qualidade.
Alugue Uma Van Para Monte Verde!
Se você está planejando visitar Monte Verde em um grupo grande, alugar uma van pode ser a melhor opção para você. Alugar uma van é fácil e acessível, e pode tornar a sua viagem mais confortável e conveniente. Contratando o aluguel de van com motorista, você pode viajar para os pontos turísticos da cidade com facilidade, sem se preocupar em encontrar estacionamento ou em lidar com o transporte público.
As vans são ideais para grupos grandes, como famílias ou amigos, já que permitem que todos viajem juntos.
Como Alugar Uma Van Para Monte Verde?
Agora que você já sabe que é possível alugar uma van para Monte Verde, saiba que a Vans Brasil, oferece o melhor custo-benefício da região!
Nosso atendimento é rápido, seguro e focado na satisfação de cada um dos nossos clientes, sejam individuais ou corporativos e ainda disponibilizamos a comodidade de cotação do serviço de aluguel pelo WhatsApp! Para sabe mais e falar com um de nossos atendentes, basta clicar aqui.
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Sábado - 5:59
Eu amanheci mais uma vez, faz tempo que isso não acontecia. Mesmo tomando energético é raro eu ver o sol nascer nós últimos tempos. O que não deixa de ser uma coisa boa. Eu precisava regular meu sono afinal de contas.
Olhar para a árvore do lado de fora me faz ter um vislumbre de um outono gelado em alguma parte fria e montanhosa do mundo. Qual será o nome dessa árvore? Eu deveria saber não é? Afinal, um dia eu vou está mesmo lá. Eu já estou.
A correção automática do meu cérebro em relação a minhas crenças limitantes me divertem.
Sexta foi um dia cheio. As coisas foram de zero a cem muito rápido do fim da tarde. É óbvio que tudo tem haver com elas, na maioria das vezes é assim. Agora, não é diferente.
Quer saber? Eu estou feliz comigo mesmo. Eu enlouqueceria com isso no passado, agora, eu aprendi a controlar a situação.
Sinto saudades delas, dela. De fato, mas sei que ela sente ainda mais de mim. Ontem foi a primeira vez que eu ouvir subliminals depois de um tempo, nada em particular, eu apenas esqueci de ouvir.
Eu encontrei um que estava procurando e ainda era com "505" tocando, aquilo foi feito pra mim.
E deu certo, poucos minutos ela me mandou mensagem.
Eu amo ter sucesso, na lei, na vida, em tudo.
Minha velha história é cheia de fracassos. Mas, agora, apenas vitória. Não posso mentir dizendo que isso não me assusta as vezes, fomos criados com muitas crenças para não ficar feliz por muito tempo, eu vou mudar isso em mim mesmo.
Eu preciso dormir, o sono está chegando.
Qual subliminal eu uso?
Qual cena eu visualizo?
O que manifestar em seguida?
Quero manifestar algo surreal agora, apenas por diversão.
Como se isso fosse um jogo, eu quero me divertir nele.
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Meu livro favorito é “A Visita Cruel do Tempo”. Em um dos capítulos acompanhamos um homem, Ted Hollander, procurando a sobrinha, Sasha. Sasha é o mais próximo que o livro tem de uma protagonista. Cada capítulo do livro gira em torno de uma pessoa que pode ou não ter conhecido ela. As vezes, se passa muito tempo antes dela nascer, com pessoas que vão conhece-la muito tempo depois.
Nesse capítulo, Ted encontra Sasha, que fugiu da casa da mãe há alguns anos. Ele encontra ela em Nápoles. Quando eles se encontram, ela o leva pro quarto dela, e ele pergunta o que ela tem para querer viver num lugar tão ruim.
A Sasha espera o momento exato em que o sol passa pelo pequeno buraco na parede que ela chama de janela, em que ele preenche exatamente aquele espacinho e ilumina seu rosto. “Ele é meu”, ela fala pro tio, que observa como, realmente, quando o sol entra pela fresta, ele parece ser todo dela.
Muitos anos depois de ler esse livro eu me peguei tomando meu último café do dia na minha sacada. É um ritualzinho que eu adoro fazer, mas que foi se fazendo tão lentamente que eu nem percebi que era um. Quando eu percebi que eu gosto de ficar na sacada nos últimos momentos de sol, eu percebi que minha casa tinha virado meu lar, e eu lembrei daquele trecho do livro, que finalmente fez sentido. Aquele pedacinho de céu, todo da Sasha. Esse é o meu, esse é o da minha casa.
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