#povos originário
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oinfodemaniaco · 2 months ago
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Primeiro tentaram assassiná-lo. Ao mesmo tempo uma denúncia por estupro arquivado em 2020 foi desaquivado, e supostas testemunhas estão sendo ameaçadas se não assinem documentos apontando sua suposta culpa.
A violência contra millhões dos seguidores d e Evo nos bloqueios pacíficos às mãos de narcomilícias, a polícia, e o exército está escalando rapidamente.
Agora isso. Evo passa muito tempo em Argentina, onde é amado apaixonadamente pelo povo mais humilde.
Só falta mentiras grotescas sobre suposta necrofilia.
Essa reportagem é o canal em Miami cujo âncora comandava esquadróes de morte e narcomílicias genocidas nos anos 1980.
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gravedangerahead · 1 year ago
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Lil Pataxó warrior 🥹🤏🥰☺️🥺
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piononostalgia · 1 year ago
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« Uýra: A Retomada da Floresta »
dir. Juliana Curi
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sarava · 8 months ago
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O marco desses povos é ancestral. Sempre estiveram aqui.
História que não começou em 1988 e nem em 1500.
Luta contínua e de muita resistência.
Sabedoria de milênios, de preces que vagueiam pelos milênios, sopradas pela textura das matas, na frieza das águas, roçada na pele áspera dos bichos, no baforar dos cachimbos, com o chiar dos maracás, na grandeza dos gritos de guerra e no pisar das danças de festa.
Em cada juremar, um sagrado revelado, uma troca de afetos e segredos, sem ter um pingo de medo de que dali pra frente algo desande, que agora toda folha se faz importante, todo raio de sol é um abençoar, toda gota de chuva um descarregar.
Todo abraço de caboclo é afeto, fartura, escudo e continuidade de que a fé numa troca de olhares sincera, num encostar de testas que vale mais que uma declaração de amor.
19 de abril, dia dos povos que nunca deixarão de estar aqui.
#axé #saravá #jurema #umbanda #quimbanda #catimbó #macumba #matrizafricana #matrizindígena #caboclos #caboclas #povosindígenas
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jacks-weird-world · 7 months ago
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Lᵢₗ Jacₖ wᵢₜₕ ₕᵢₛ ₙaₙₙy. ₕₑ ᵢₛ wₑaᵣᵢₙg aₙ Aqᵤᵢₙₙaₕ ᵢₙdᵢgₑₙₒᵤₛ ₜᵣᵢbₑ ₜ-ₛₕᵢᵣₜ.
🏹
Aquinnah, pronounced as uh-KWIN-uh (/əˈkwɪnə/), derives its name from the Wampanoag term Âhqunah. Situated on the western tip of Martha's Vineyard island in Massachusetts, this town was known as Gay Head from 1870 to 1997. As per the 2020 U.S. census, Aquinnah boasted a population of 439 residents. Renowned for its stunning clay cliffs and serene natural surroundings, Aquinnah holds significant historical importance for the native Wampanoag people. In 1965, the Gay Head Cliffs earned distinction as a National Natural Landmark by the National Park Service.
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nando161mando · 6 months ago
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"Povos originários" (PT: Português)
"Original peoples" (EN: English)
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amor-barato · 4 months ago
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"Meu corpo representa o facão, e o facão representa meu corpo, pois são uma única força. Uma força e uma luta. Uma história".
Morre, aos 54 anos, Tuíre Kayapó M'bêngôkre guerreira kayapó que em 1989 parou a construção de Belo Monte com um facão.
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almanaquecaleidoscopico · 6 months ago
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Brésil, photographies de Fulvio Roiter. Editions Atlantis, 1970.
📸 Fulvio Roiter
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ariel-seagull-wings · 9 months ago
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Lenda do Dia e da Noite - Rui de Oliveira
youtube
@themousefromfantasyland @gravedangerahead @sabugabr
A Lenda do Dia e da Noite: desenho animado baseado na mitologia do povo Karaja.
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blogdojuanesteves · 1 year ago
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HÊMBA> Edgar Kanaykõ Xakriabá
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"O céu respira a terra
Temos que ter cuidado
Pois uma foto é uma imagem"
[ Pagé Vicente Xakriabá, 2019]
Hêmba, na língua Akwê [ o povo Xakriabá pertence ao segundo maior tronco linguístico indígena brasileiro, o Macro-jê, da família Jê, subdivisão Akwê, um dos poucos grupos que habitam Minas Gerais.] traz a ideia de alma e espírito, na alusão da fotografia e imagem. É o nome do livro do fotógrafo e antropólogo paulista Edgar Kanaykô Xakriabá, publicado este ano pela Fotô Editorial, que promete ser o primeiro de uma coleção voltada para autores indígenas, publicação com incentivo do ProAc SP e com a parceria do Centro de Estudos Ameríndios (CEstA) da Universidade de São Paulo (USP) que disponibilizará uma versão permanente em e-book em seu repositório digital.
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Fabiana Bruno, professora e pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) edita - com participação de Fabiana Medina e Eder Chiodetto,  e escreve o texto do livro, o qual também acomoda escritos do autor e suas narrativas indígenas ( visuais e textuais)  que voltam-se não somente para uma poética vernacular, mas fortemente amparados pela produção gráfica do fotógrafo. A publicação teve consultoria da professora Sylvia Caiuby Novaes, do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas ( FFLch) da USP, especialista na Antropologia Visual. ( Leia aqui no blog o excelente livro organizado por ela: Entre  arte e ciência, usos da fotografia na antropologia (Edusp, 2016) em https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/143117323916/entre-arte-e-ci%C3%AAncia-a-fotografia-na-antropologia ).
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Edgar Kanaykõ Xakriabá nasceu em São Paulo em 1990 e vive e trabalha na terra Indígena Xakriabá, compreendida entre os municípios de São João das Missões e Itacarambi, no estado de Minas Gerais. É graduado na Formação Intercultural para Educadores Indígenas (Fiei/UFMG) e tem mestrado em Antropologia Social (Visual) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Sua dissertação, Etnovisão: o olhar indígena que atravessa a lente (2019) é uma discussão acerca da utilização da fotografia pelos povos indígenas como instrumento de luta e resistência e o conceito de imagem, a primeira realizada por um pesquisador indígena em um programa de pós-graduação da UFMG. Sua composição baseia-se em registros fotográficos de sua comunidade Xakriabá, de outros povos, assim como de manifestações do movimento indígena no país.
Não somente para ler ou ver, Hêmba é um livro para uma imersão no universo peculiar do autor, que salvo raras exceções, distingue-se certamente de outras representações dos indígenas já publicadas no Brasil, as quais normalmente limitam-se a explorar o exótico e o superficial, explicitados pelo substantivo beleza. É uma publicação produzida por alguém que faz parte essencial de uma comunidade no sentido mais abrangente, ao incorporar uma colaboração multidisciplinar que assimila questões atuais de representação visual, como parte integrante de um processo mais profundo, filosófico e existencial, que apesar de nos mostrar belas imagens, algumas poucas até mesmo recorrentes, transcende em grande parte sua poética em seu fazer mais ontológico.
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A editora Fabiana Bruno, alerta em suas preliminares que "a fotografia é um meio de luta para fazer ver - com outro olhar- aquilo que o povo indígena é." A definição do próprio Edgar Xakriabá de conceber as fotografias no mundo, daí um conjunto de imagens que ganham este título Alma e Espírito- Fotografia e Imagem, palavras que aparentemente sugerem a mesma coisa, mas que de fato não são. Para a professora, a imagem é um dispositivo de resistência em sua linguagem. O gesto fotográfico torna visível mundos e cosmologias indígenas, a resistência e a sobrevivência em histórias: "As fotografias de Edgar Xakriabá correspondem aos próprios atravessamentos da sua história e pertencimento ao mundo das aldeias, relações e compromissos com os povos indígenas sem desvincular-se da construção de um olhar, que define seu trabalho autoral há mais de uma década, no qual se incluem as suas pesquisas no âmbito da sua formação em antropologia." diz a pesquisadora.
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Em suas narrativas os argumentos ficam evidentes quando o conteúdo desloca-se do mainstream dos acontecimentos generalizados sistematicamente. Já de início afastando-se das primeiras descrições mitológicas criadas pelos viajantes estrangeiros quando chegaram na América, mediações feitas pelo senso comum, que posicionavam-se diante desta incompreensível alteridade. O historiador americano Hayden White (1928-2018) em seu Trópicos do discurso-Ensaios sobre a crítica da cultura (Edusp, 1994),publicado originalmente em 1978 pela John Hopkins University , já apontava que a humanidade era então definida pela negação do divino ou do que não era animal, classificando os indígenas como estes últimos ou ao contrário como super-humanos, como os antigos patriarcas, algo impreciso, principalmente pelo medievo, escreve a professora Maria Inês Smiljanic da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em seu paper  "Exotismo e Ciência: os Yanomami e a construção exoticista da alteridade." 
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O livro é resultado de associações entre fotografias desveladas como constelações, que emergiram após um longo e profundo mergulho de edição no acervo do autor formado por mais de duas mil imagens. Para ela, o autor " pontua a urgência de se tecer outras histórias não ocidentais da fotografia brasileira, descoladas de uma história única, defendida por muito tempo em campos especializados do conhecimentos." define a editora.
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Imagens extremamente líricas, stills de flores abstratos abrem para o leitor a representação de sua cosmogonia, tão cara ao imaginário indígena, a qual ganha a amplitude visual do firmamento em seu esplendor, destacando o cenário da natureza- ao mesmo tempo uma visão poética e um manifesto contrário às atitudes do homem branco que vem desprezando este conceito estabelecendo resultados nefastos. Em seu texto: “Antigamente muitas pessoas eram conhecidas por virar toco, animais, folhas e então se dizia que esta capacidade é uma "ciência" um conhecimento dos antigos. Ver esse "outro mundo" é coisa de gente preparada e que tem "ciência" como os pajés. Ver esse "outro lado" sem os devidos cuidados e a preparação necessária pode levar a uma série de "alucinações" e até mesmo a um estado de loucura. Na aldeia a gente não aprende a lidar com a roça sem lidar com a "ciência" das plantas, dos bichos, dos tempos."
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Imagens mais textos consolidam a estrutura ontológica do autor ao continuar pelo caminho natural, flora e fauna, em um belo preto e branco e cores românticas, ora a lembrar uma captura em infra-vermelho, nas árvores, nos ninhos de pássaros, nas asas de uma borboleta, nas patas assombrosas de um réptil, caminhando para uma alegoria do conhecimento ancestral, do homem e a natureza ou nas cores meio borradas próximas das experiências das capturas lisérgicas feitas pela fotógrafa suíça Claudia Andujar com os Yanomami nos anos 1970."Quando uma pessoa mais velha diz de onde veio, sempre aponta com o dedo mostrando que foi de muito longe. Outros relembram que, no passado, eram só um povo, junto com os Xavante e Xerente, formando assim os Akwê, vivendo no Brasil central. Quando se fala em povo Xakriabá, costuma-se dizer que habitam à margem esquerda do Rio São Francisco. Mas no atual território que vivemos não temos acesso ao rio..."
Inegável também é o caráter epistemológico que o autor adiciona ao artístico, quando descreve o conhecimento ancestral em seus textos enquanto procura também o registro mais documental e contemporâneo das manifestações urbanas pela causa indígena, uma vivência politizada de seu grupo, estruturada pelas novas gerações dos povos originários, essenciais no debate de seu tempo.
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Se na estética romântica literária, as alegorias foram substituídas pelos símbolos, no sentido de uma ideia geral ou ideal, sendo que a primeira seria mais artificial e exterior ao seu conceito. Entretanto, esta se manifesta no romantismo brasileiro, com a ideia de realismo, como pode-se notar na obra de Machado de Assis (1839-1908) ou Oswald de Andrade (1890-1954), em sua fotografia Edgar Xakriabá aproxima seu imaginário aos detalhes mais emblemáticos e figurativos. Daí, por exemplo, os rituais das lutas  indígenas, tão registrados ad nauseam, ganharem nova dimensão pela sua construção mais poética, descartando o confronto e revelando paradoxalmente certa amorosidade em seu extremo realismo.
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Não é à toa que a maioria das imagens são noturnas, a reforçar a ideia das constelações, aludida pela editora Fabiana Bruno. Na alegoria proposta pelo autor, “a "noite" guarda seus segredos, como um modo fabulatório de seu projeto criativo, ao articular suas diferentes abordagens, com substratos conceituais estéticos próprios em suas cenas, mas entrelaçadas em um todo, constituintes de uma sedimentação  histórica de sua herança e seu estado contemporâneo: " Os Xakriabá, assim dizem os mais velhos, são conhecidos como o povo do segredo. O segredo é importante para manter aquilo que somos. Não no sentido de "preservar" e sim de cuidar, de ter consciência daquilo que é parte. É um tipo de conhecimento que não é transmitido nos mesmos modos do mundo dos brancos. Quando se trata de segredo, há de se remeter ao sagrado..."
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"Como almas as fotografias em Hêmba são as próprias evocações de outras existências e memórias." acertadamente escreve Fabia Bruno. " Os seus altos contrastes, de cores vibrantes. luzes e forma intangíveis transparecem como imagens densas e porosas, cujas espessuras  resultam não explicações de mundos mas em manifestações de luzes e reverêcias de sinais..." Continua ela: Há de se concordar igualmente com suas ideias de 'temporalidades imemoriais" e da fotografia como o devir exploratório da vida, intrínseca ao seu processo primordial.
Imagens © Edgar Kanaykõ  Xakriabá.  Texto © Juan Esteves
Infos básicas:
Publisher: Eder Chiodetto
Coordenação editorial: Elaine Pessoa
Edição: Fabiana Bruno 
Co-edição Fabiana Medina e Eder Chiodetto
Textos: edição trilíngue ( Akwê/Português/Inglês) Edgar Xakriabá e Fabiana Bruno
Consultoria editorial: Sylvia Caiuby Novaes
Design gráfico: Fábio Messias e Nathalia Parra
Impressão: 1000 exemplares, brochura, papel Munken Lynx Rough Gráfica Ipsis
Para adquirir o livro https://fotoeditorial.com/produto/hemba/
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brasil-e-com-s · 2 years ago
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Meu Brasil brasileiro ♥︎
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comunicologia · 2 years ago
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Descobertas sobre a origem dos povos indígenas da América do Sul reveladas pela genética
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Como os primeiros seres humanos chegaram ao continente americano? Como se expandiram por regiões tão diferentes, desde as geleiras canadenses ao litoral brasileiro? E qual era a relação entre os povos que dividiram territórios próximos, mas completamente distintos, como os Andes e a Amazônia?
Muitas dessas perguntas começaram a ser respondidas com mais precisão na última década, graças ao avanço da genética e das técnicas que permitem avaliar e comparar a ancestralidade de duas ou mais pessoas. Mais especificamente na América do Sul, essas ferramentas de análise do DNA estão causando uma verdadeira revolução no conhecimento — e permitem entender melhor as origens e as histórias dos povos originários. Esse trabalho é liderado por um grupo de cientistas do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).
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Nos últimos anos, a equipe coordenada pela geneticista Tábita Hünemeier publicou pelo menos três trabalhos que modificaram o que se sabia sobre as populações que já habitavam o continente bem antes da chegada dos europeus nos séculos 15 e 16. "Graças à genética e à capacidade de processamento de dados pelos computadores, conseguimos hoje estudar essas populações de uma maneira muito mais profunda. A partir disso, detectamos mutações e traçamos a história desses indivíduos", resume Hünemeier. "Saber tudo isso é muito importante, porque temos praticamente um apagão da história indígena brasileira. Nas escolas, o estudo da época pré-colombiana não é obrigatório e, mesmo quando existem aulas sobre o tema, elas focam de forma superficial apenas nos incas, nos maias e nos astecas." "O DNA talvez seja a única maneira de reconstruir a história dessas populações", completa.
Conheça a seguir as principais descobertas sobre o passado dos povos indígenas do Brasil e da América do Sul até agora — e o que ainda falta descobrir.
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Os primeiros humanos nas Américas
Nas aulas de História na escola, aprendemos que a chegada dos primeiros indivíduos às Américas se deu pelo Estreito de Bering, um canal de gelo e terra firme que conectou a Sibéria, na Rússia, ao Alasca, nos Estados Unidos. E esse trajeto continua a ser encarado como a principal — e talvez a única — porta de entrada para o continente. A partir dali, os grupos "desceram" até chegar à Patagônia, ao sul. "Mas nossos trabalhos mostram que o povoamento das Américas é muito mais complexo do que se imaginava", aponta Hünemeier.
Um dos conceitos que caiu por terra a partir das pesquisas da USP é a ideia de uma entrada única — ou seja, a teoria de que houve apenas uma incursão de seres humanos pelo novo território, que deu origem a todas as populações ameríndias dali em diante. "Hoje em dia, vemos que foram vários fluxos migratórios. As populações vieram da Ásia e chegaram nessa região conhecida como Beríngia, que se conectava com as Américas. Mas elas permaneceram ali por cerca de 10 mil anos", calcula a pesquisadora. Depois, com a mudança nas condições climáticas locais — como a inundação desses territórios —, essas populações tiveram que sair da Beríngia e foram em direção ao que conhecemos hoje como Alasca e Canadá.
Outra vantagem dessa mudança de território pode ter sido a maior quantidade de recursos em terras americanas. Embora a porção norte do continente seja tão fria quanto a Sibéria, ela apresenta uma umidade maior, o que facilita o desenvolvimento da fauna, com mais possibilidade de caça e alimentos. "Também vimos que essas ondas migratórias da Beríngia não aconteceram todas ao mesmo tempo. Elas ocorreram em levas, e grupos foram chegando aos poucos às Américas", explica Hünemeier.
Outra descoberta interessante das pesquisas foi a de que algumas populações nativas da América do Sul, como os suruí, os karitiana, os xavante e os guarani-kaiowá, no Brasil, e os chotuna, no Peru, ainda trazem no genoma uma pequena, mas estável semelhança com povos da Austrália e da Oceania. Segundo o trabalho, eles compartilham 3% do genoma. Isso indica, segundo Hünemeier, que esses indivíduos seriam descendentes de uma daquelas primeiras levas que cruzaram a Beríngia há cerca de 15 mil anos. Esse grupo antepassado é conhecido entre os cientistas como população Y (a letra inicial de ypykuéra, ou "ancestral" em tupi).
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Que fique claro: não há nenhuma evidência de que povos da Oceania cruzaram o Pacífico e chegaram diretamente à América do Sul. O que muito provavelmente aconteceu, segundo os dados mais recentes, foi a migração deles para a Ásia e depois para a Beríngia. Ali, eles se relacionaram com as populações que já habitavam o local — e uma fração do DNA desses indivíduos se preservou até hoje.
A (intensa) troca entre povos andinos e amazônicos
O biólogo Marcos Araújo Castro e Silva, que faz parte da equipe de Hünemeier, explica que, durante muito tempo, acreditava-se que as dinâmicas populacionais eram muito diferentes na América do Sul. "Por um lado, teríamos grandes populações conectadas nos Andes, que teriam dado origem a impérios, como os incas. Do outro, acreditava-se que os povos da Amazônia eram pequenos e isolados", contextualiza.
Em tese, essa teoria poderia ser explicada pelo DNA. Se isso fosse de fato verdade, a tendência era que a diversidade genética dos andinos fosse vasta — já que eles estariam em maior número e com comunidades conectadas —, enquanto os amazônicos teriam uma menor variabilidade genômica — porque seriam poucos e sem muita relação entre os grupos. "Só que não foi isso o que vimos na prática. Com base na diversidade genética que encontramos entre os habitantes da Amazônia, podemos inferir que existiam grandes populações ali, com milhões de indivíduos", pontua Castro e Silva. Esse achado, aliás, vai ao encontro do que é observado em outras áreas do conhecimento. Em trabalhos publicados recentemente pelo arqueólogo Eduardo Góes Neves, também da USP, há estimativas de que a Amazônia teria abrigado entre 8 e 10 milhões de pessoas no passado, antes da chegada dos europeus.
Outro mito que cai por terra a partir das últimas pesquisas é a chamada "divisão Andes-Amazônia". Segundo essa noção, existiria uma pretensa separação entre os povos que habitavam essas duas regiões, de modo que eles não se relacionavam. "As análises genéticas revelam que isso não acontecia, e essas populações tiveram trocas e contatos", afirma Hünemeier.
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A grande expansão Tupi
"A expansão tupi é uma das maiores migrações da história da humanidade", diz a geneticista. "Em resumo, eles saíram do noroeste da Amazônia e andaram mais de 4 mil quilômetros para vários cantos da América do Sul. E isso tudo aconteceu em cerca de mil anos."
De acordo com as pesquisas, essas populações tupi estavam em franco crescimento e foram margeando os rios ou a costa litorânea, em busca de terras férteis para a agricultura. Esse fenômeno começou mais ou menos há 2,1 mil anos e teria atingido o seu pico no ano 1000, quando a população tupi teria de 4 milhões a 5 milhões de indivíduos. "Antes, acreditava-se que essa onda migratória tinha acontecido por uma rota só", diz Hünemeier.
Os trabalhos da USP mostram que a expansão se iniciou no noroeste amazônico e, já na origem, se desmembrou em três ramos principais. A primeira parte seguiu até a Ilha de Marajó, no Pará, e desceu pela costa do Atlântico até o litoral sul de São Paulo — no caminho, deu origem aos tupinambá, tupiniquim e tamoios, grupos que se tornaram os senhores da costa litorânea e fizeram os primeiros contatos com os portugueses. "Um segundo grupo foi em direção ao sul, na borda da Bolívia e Paraguai, e deu origem aos Guarani. O terceiro, por sua vez, seguiu para o oeste, na região da fronteira entre Brasil e Peru", completa. A pesquisadora entende que esse é um feito notável, já que falamos de uma sociedade que não tinha acesso a metalurgia ou exércitos organizados. "Os tupis se locomoveram em grupos grandes e, conforme encontravam outros indivíduos, lutavam ou desviavam o caminho", explica.
Matéria completa
As descobertas sobre origem e história dos povos indígenas da América do Sul reveladas pela genética (msn.com)
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acalmaraalma · 2 years ago
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Não a PL 490, proteger a Amazônia e seus povos originários é proteger não só o Brasil mas a existência humana!
_* KATUQUINAS:
O primeiro deles, da família linguística katukina, os chamados Katukina do Rio Biá, localizados na região do rio Jutaí,no sudoeste do estado do Amazonas, nas Terras Indígenas Paumari do Cuniuá, Paumari do Lago Paricá, Rio Biá e Tapauá.
“Desde os tempos imemoriais, os Yawanawá, o povo da queixada, ocupam as cabeceiras do rio Gregório, afluente do rio Juruá, geograficamente pertencente ao município de Tarauacá, Acre. Sua população atual é de 636 pessoas e pertence ao tronco linguístico Pano. As famílias estão distribuídas nas comunidades Nova Esperança, Mutum, Escondido, Tibúrcio e Matrinxã. As comunidades são formadas pelas famílias Yawanawá, Arara, Kãmãnawa (povo da onça), Iskunawa (povo do japó), Ushunawa (povo da cor branca), Shanenawa (povo do pássaro azul), Rununawa (povo da cobra) e Kaxinawá (povo do morcego).”
Este é dos povos do sol, tentei uma comunicação viável sem muito sucesso, mas senti no coração seu tocar e cantar. Bem cedo ao nascer do sol, eles fazem um tributo ao sol.
São também chamados Katukina dois grupos da família linguística pano, localizados no estado do Acre.
Olá, você pode se juntar a mim nesse apelo? ✊ - https://secure.avaaz.org/campaign/po/a_fatal_blow_to_the_amazon_loc/?zCzSBbb
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multipolar-online · 1 month ago
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cubojorbr · 2 months ago
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São Luís será contemplada com projeto de valorização e salvaguarda da memória dos povos originários brasileiros
Evento realizará na capital maranhense um conjunto de ações que incluem apresentações musicais, espetáculo de artes cênicas e vivências indígenas
No mês de novembro, no período de 13 a 16, a cidade de São Luís vai receber o CIRCUITO ARETÉ – Tempo de Festa, um projeto gratuito que apresenta a cultura cabocla como forma de salvaguardar a memória dos povos originários brasileiros, em especial da região Nordeste, e incentivar a produção de conhecimento ancestral. O projeto celebra 10 anos de resistência e dedicação ao estudo do universo…
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edsonjnovaes · 2 months ago
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4 crenças incríveis de culturas indígenas pelo mundo! 1.2
De acordo com pesquisas, os povos indígenas representam cerca de 6% da população mundial, e estão espalhados por 90 países. Eles preservam culturas riquíssimas que guardam características e crenças únicas, que moldam a maneira como veem o mundo e se relacionam com ele – mas também com seus pares. Maura Martins – Megacurioso. 02 jun 2024 Houve um tempo em que os indígenas foram vistos como…
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