#postando isso só pra avisar que passei o fim de semana longe de casa e por isso não respondi nada
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Tarron após cruzar o parapeito.
#postando isso só pra avisar que passei o fim de semana longe de casa e por isso não respondi nada#mas farei isso agora#— musings
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deixando doer.
Resolvi que ia escrever aqui sobre minha vida, que nem um diário. Já estamos no século XXI, não tem essa de escrever em caderninho, né? Antes de tudo, quis começar porque eu preciso desabafar enquanto não tenho escuta qualificada, vulgo psicoterapia. Chegou num ponto que eu já contei tudo pra todo o mundo e nem sinto mais como se minha privacidade existisse. Esse Tumblr é pra mim e quem me achar, seja lá como, e queira ver. Eu realmente não me importo. As coisas aqui serão um pouco rasas.
Vamos começar por onde tudo começou: meu nascimento.
Sou a filha mais velha, nasci em 1999 e sou de aquário. Em qualquer lugar você consegue achar mais informações sobre mim. O ponto é: minha família não é perfeita, assim como a de ninguém. Não julgo meus pais pela falta de instrução, planejamento ou por sempre manterem as expectativas altas porque acontece às vezes. São os mesmos motivos pra diversos erros ao longo de toda a vida de todo o mundo, eles não seriam exceções ao serem simplesmente medíocres (no significado real da palavra, não no ofensivo).
Enfim, como minha vida em família não é tão expressiva, recebi uma proposta de intercâmbio de trabalho pros EUA logo depois te ter entrado na faculdade. Ia passar 3 meses inteiros longe de casa. Maravilhoso, né? Meus pais concordaram e fechei o contrato. Ia ser um certo livramento viver por mim mesma e ter uma certa liberdade.
Parti. Fui morar em Wisconsin Dells num quarto de 10m² com mais 3 meninas desconhecidas, brasileiras também. Um tempo antes nos contatamos e tivemos a ideia de ficar juntas, pelo nosso bem. Eu trabalhei como barista num Starbucks dentro do hotel onde eu trabalhava até o dia 31 de dezembro. Do dia 1º de janeiro em diante trabalhei como front desk, costumer service, etc. Mais pra frente eu explico.
Por a gente amar uma festinha no nosso quarto, conheci muita gente. Conheci gente do Peru, do Chile, das Filipinas, da África do Sul e por aí vai. Conheci muitos brasileiros também. Vários de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Mas um do Rio me pegou de jeito.
É meio clichê e um pouco bobo lembrar de datas, mas eu lembro. Foi no dia 11 de dezembro que ele foi no meu quarto pela primeira vez. Tinha acabado de chegar do trabalho e ainda tava com o uniforme do lugar que a gente trabalhava, ele era front desk.
Quando vi ele já gostei. Aliás, ele era carioca. O sotaque era lindo, o jeito era lindo e estudava Psicologia, que nem eu. Tanto que, eu só lembro desse dia porque justamente eu, ele e uma das minhas roomates estávamos conversando sobre Psicologia e eu fiz um vídeo dela dizendo que era Behaviorista “raiz” e ele, segue a Psicanálise. É um vídeo engraçadinho mas só tenho olhos pra ele. Ele tá lindo alí.
Enfim, todo final de semana geral ia pra uma baladinha da cidade. 6 dias depois que ele foi no meu quarto, fiquei com ele. A gente tem até uma foto desse dia, tal ato depois virou nossa rotina de balada: ir pra área de fumante tirar uma foto nossa. Tenho uma coleção.
A gente foi se envolvendo e ele é incrível, admirável. Ouvir ele sempre foi muito bom, em todos os momentos. Nossas trocas de conversa, música, clipe, filme, palhaçada, saliva, suor, sempre foram trocas boas. Minha cultura sobre meu próprio país cresceu muito em pleno Estados Unidos só por causa dele.
No ano novo, eu fiz merda. Tinha um menino de São Paulo que era muito meu amigo. Eu peguei ele sem mais nem menos. E ainda mais uma chilena. E ainda dei um beijo triplo depois. Obviamente ele ficou puto. Com razão, eu também ficaria. Foi o primeiro dia que eu dormi sozinha depois de 1 semana, e não acordei pro trabalho pela 3ª vez em 7 dias. Fui “despedida”, me remanejaram pro front desk, onde ele trabalhava. E a gente ainda não tinha se resolvido. Ele me treinou e foi tudo ok, mas não tava tudo ok. Uns dias depois conversei com ele e a gente se resolveu como adultos. Ficamos bem e eu creio que aí eu já amava ele.
Meu palpite é: nesse lugar, ninguém se conhecia e ser “jogado” lá nos deixa desesperados por dependência de alguém. Minhas amizades ficaram fortes muito rápido, todos meus sentimentos ficaram a flor da pele.
No meu aniversário andamos pela rua e bebemos vinho com queijo. Uns dias depois planejamos uma viagem por 3 estados, sem contar o nosso. Eu já amava muito ele. Eu amava a sensação de passar por aqueles lugares com ele. Seria diferente se fosse com qualquer outro. Mas aí que vem o problema que persiste até o fim desse texto: eu nunca fui de demonstrar. Eu gosto de ter tempo de qualidade com quem eu gosto, mas com isso eu estou sendo egoísta e não fazendo o que gostam. É bem chato da minha parte e eu tenho noção total sobre isso. Coisas que já aprendi que tenho que mudar.
Nos meus últimos dias, passei 1 semana sozinha porque minhas amigas já tinham voltado pro Brasil. Ele ficou lá no meu quarto quase todos os dias. Me ajudou muito. Eu tive um pequeno episódio de um surto e ele me ajudou como ninguém conseguiria.
O último dia foi dia 9 de março. Eu tive que dar tchau e ir, e eu dei tchau e fui. Mas eu tava empolgada, nem liguei muito e fui pra Chicago. Pensei que a gente ia se ver quando ele voltasse. Até que começaram todos os problemas reais e próximos do coronavírus. Fiquei preocupada em voltar. Quando cheguei no hotel, fui trocar de roupa, queria explorar a cidade.
Eu tinha comprado algumas câmeras descartáveis e tinha revelado as fotos. Fui vendo elas e vi o verso de uma que eu tinha tirado dele, de costas, vendo um trem passar em Des Moines. O que ta escrito atrás eu não vou dizer, mas foram poucas palavras que me fizeram desabar por inteiro. Passei uma hora inteira chorando e tentando me recuperar. Eu amava muito ele e caiu a ficha que não ia mais ter nada ali. Pois bem, fui tentando conversar com ele ao longo do dia e aí percebi que ele estava diferente.
Eu sinceramente não sei o que aconteceu. Muita coisa passava na minha cabeça e a provavelmente mais plausível era: será que ele tava me esperando ir embora? E agora eu tinha ido, não tinha mais pra quê ele sustentar papinho.
Voltei pro Brasil e nossas conversas estavam cada vez mais espaçadas. Demora pra responder ou então ficar dias sem falar nada. Fui ficando mal, de verdade. Chorei por quase 1 mês todos os dias, parei lá pro dia 2 de abril, 3 dias atrás só, quando tomei a decisão de que eu precisava de respostas. O relacionamento não era só meu pra eu sofrer por tudo e nem só dele pra ele tomar qualquer decisão sem me avisar.
Pois bem, mandei a mensagem hoje às 8:59 da manhã. Estou postando isso às 23:40 e ainda não tenho respostas, e não sei se vou ter também. Mas tá tudo bem comigo. Meu psicólogo é forte, apesar de tudo. Além do mais, é só fingir que tudo isso não existiu, né?
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